EDIÇÃO
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SETEMBRO - OUTUBRO
Financiamento de Veículo Aditivo na economia
Justiça 4.0 Inovação em benefício do cidadão
Crédito & Cobrança Sustentabilidade para os negócios
Pág. 16
Pág. 22
Pág. 27
Bradesco Financiamentos
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EDITORIAL
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LUIS EDUARDO DA COSTA CARVALHO Presidente da ACREFI
AS LIÇÕES DA PANDEMIA
A
capacidade do brasileiro de se adaptar rapidamente a mudanças inesperadas na economia, tantas vezes comprovada ao longo dos anos, voltou a surpreender com a pandemia do coronavírus. As previsões pouco animadoras que pipocaram a partir de março pareciam bem fundamentadas, já que a crise era sem precedentes, mas se mostraram equivocadas – mais uma vez. Conseguimos nos recuperar com rapidez. E com o passar dos meses os números sobre o desempenho da economia, e de seus diversos segmentos, mostram que chegamos aos últimos meses deste surpreendente 2020 com uma forte indicação de retomada em bases sólidas, que autorizam uma visão mais otimista para o próximo ano. Nós, que trabalhamos com oferta de crédito, sentimos de perto o impacto desta crise inusitada, mas também conseguimos nos adaptar. Apesar das dificuldades, demos nossa contribuição para que o setor cumprisse, mais uma vez, seu importante papel de estimulador do crescimento. Diante da gravidade da pandemia, seria esperada uma retração do crédito, como aconteceu na crise financeira de 2015 e 2016. No entanto, aconteceu um aumento da carteira de crédito, tanto para pessoas físicas como para empresas. As instituições financeiras mostraram competência, agilidade e apetite por risco e deram sua importante contribuição em um período tão difícil. Sempre tendo o Banco Central como importante indutor das operações de empréstimos e financiamentos, o setor foi fundamental para que o saldo da carteira livre crescesse 26,9% no período de 12 meses, entre agosto de 2019 e julho de 2020. Esse movimento, além de expressivo, foi sólido e autorizou o Banco Central a prever um crescimento do crédito este ano de 11,5%. Mais ainda, a estimativa é que em 2021 tenhamos outra
elevação, prevista em 7,3%. É evidente que esses dados, embora positivos, não significam que vivemos em um cenário de céu de brigadeiro. A crise do coronavírus teve dimensões inéditas e seus impactos ainda deverão ser sentidos por muito tempo. Além disso, o Brasil tem outras dificuldades sérias a resolver, com destaque para a questão fiscal, a necessidade de reformas fundamentais, como a tributária, e as incertezas na política. Fora do nosso ecossistema, mas diretamente relacionado a ele, temos ainda a Lei Geral de Proteção de Dados, que tem impacto direto nos nossos negócios. E, no front externo, temos pela frente as incertezas trazidas pelas eleições nos Estados Unidos e seus efeitos para a economia global. Mesmo levando em conta essas incertezas, no entanto, o Brasil continua avançando. O Banco Central avança firme em sua agenda de inovações para modernizar e aumentar o acesso ao crédito. O PIX está aí, batendo à nossa porta, o Open Banking torna-se uma realidade e os efeitos do Cadastro Positivo – extremamente positivos – se farão ainda mais fundamentais ao longo do tempo. O quadro é, portanto, alentador. Certamente ainda há muito a fazer, mas nossa notável capacidade de adaptação aos novos tempos tem se mostrado, mais uma vez, uma importante aliada. Para ficar em um exemplo, quem poderia imaginar que conseguiríamos, em um espaço de dois meses, instalar com sucesso sistemas de home office, como resposta às restrições impostas pela pandemia? Uma das certezas que se solidificam nessa pandemia foi: os obstáculos não paralisam o brasileiro. Por isso, apesar de todas as dificuldades, temos tudo para esticar por muito mais tempo esse período de retomada que estamos vivendo. Vamos em frente! f
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CONFIAMOS TANTO NO BRASIL QUE COLOCAMOS ELE NO NOSSO NOME. B3. BRASIL BOLSA BALCÃO. A B3 é a Bolsa do Brasil. Isso significa que estamos sempre prontos para ajudar o mercado a tomar a melhor decisão pensando no futuro. No nosso e do País. Afinal, quando o Brasil cresce, todo mundo cresce junto com ele.
acesse: b3.com.br
SUMÁRIO
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EDIÇÃO # 121
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GESTÃO TRANSFORMADORA
Benefícios, sustentabilidade e inovação: diferenciais na hora de superar dificuldades
FOCO NAS COMISSÕES Pautas regulatórias
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FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS IMPULSIONA A ECONOMIA Crédito sustentável direcionado ao setor automotivo
JUSTIÇA 4.0
Modernização do Poder Judiciário para beneficiar o cidadão
CRÉDITO & COBRANÇA
Novo ânimo ao setor financeiro
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PAINEL B3
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PALAVRA FINAL
Financiamento de veículos cresce pela primeira vez em relação ao mesmo mês de 2019
Artigo de Nicola Tingas - Crescimento requer realismo, planejamento e metas de longo prazo
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ASSOCIADAS
• AGORACRED S.A. SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BV FINANCEIRA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• AVISTA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
• AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
• CREDIARE S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • CREDITAS SOCIEDADE DE CRÉDITO DIRETO
• BANCO DIGIMAIS S.A. • BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.
• FINAMAX S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO CETELEM S.A.
• FINANCEIRA ALFA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS
• BANCO CNH INDUSTRIAL CAPITAL S.A.
• GAZINCRED S.A
• BANCO COOPERATIVO DO BRASIL S.A. BANCOOB
• JBCRED S.A. SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO CSF S.A.
• KREDILIG S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO DAYCOVAL S.A. • BANCO DO BRASIL S.A.
• LECCA CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
• BANCO FIDIS S.A.
• LISTO TECNOLOGIA S.A.
• BANCO GMAC S.A.
• MERCANTIL DO BRASIL FINANCEIRA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS
• BANCO HONDA S.A. • BANCO HYUNDAI BRASIL S.A. • BANCO ITAUCARD S.A. • BANCO ITAÚ UNIBANCO S.A. • BANCO JOHN DEERE S.A. • BANCO JP MORGAN BRASIL S.A. • BANCO DE LAGE LANDEN BRASIL S.A. • BANCO LOSANGO S.A. • BANCO PAN S.A. • BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. • BANCO RCI S.A. • BANCO RODOBENS S.A. • BANCO SAFRA S.A. • BANCO SEMEAR S.A.
• MIDWAY S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • NEGRESCO S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS • OMNI S.A. CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • PORTOCRED S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • PORTOSEG S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • REALIZE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. • SANTANA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • SANTINVEST S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • SAX S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO TOYOTA DO BRASIL S.A.
• SENFF S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO TRIÂNGULO S.A. (TRIBANCO)
• SICREDI VALE DO PIQUIRI ABCD PR/SP
• BANCO VOLKSWAGEN S.A.
• SOCINAL S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
• BANCO YAMAHA MOTOR DO BRASIL S.A. • BIORC FINANCEIRA CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. • BMP MONEY PLUS SOCIEDADE DE CRÉDITO DIRETO S.A. • BMW FINANCEIRA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO • BRB CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.
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• UNICRED DO BRASIL – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS CENTRAIS UNICREDS • VIA CERTA FINANCIADORA • ZEMA FINANCEIRA
EXPEDIENTE
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ISSN 1809-8843
PUBLICAÇÃO DA ACREFI — ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
SUPLENTES Alexandre Teixeira Maria Virginia Moreira
Rua Líbero Badaró, 425 - 28°andar São Paulo, SP - Tel. (11) 3107.7177 www.acrefi.org.br
ADMINISTRAÇÃO/ASSESSORIAS
DIRETORIA BIÊNIO 2020 / 2022 PRESIDENTE Luis Eduardo da Costa Carvalho VICE-PRESIDENTES André de Carvalho Novaes Celso Luiz Rocha Jaime Basso José Tadeu da Silva Leandro José Diniz Nelson Dias Aguiar Rodnei Bernardino de Souza Wanderley Vettore DIRETOR TESOUREIRO João dos Santos Caritá Jr. Roberto Carlos de Pádua DIRETORES Agnaldo Prado Donizeti Alfredo Dassan Jr. Edson Tadashi Ueda Heberson Góes Leonardo Lima Bortolini Marcos Alberto Loução Marcos Teixeira da Rosa Roberto Sadami Ikegami Thiago Rodrigues Urbaneja CONSELHO DELIBERATIVO Érico Sodré Quirino Ferreira Fábio Alberto Amorosino Giorgio Rodrigo Donini Hilgo Gonçalves Luis Eduardo da Costa Carvalho Roberto Willians Silva Azevedo CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) Domingos Spina Lourenço Cesar de A. Gomes Pedro Elias Dabbur Wilson Diniz
SUPERINTENDENTE Carlos Alberto Marcondes Machado RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Antonio Augusto de Almeida Leite (Pancho) CONSULTORA JURÍDICA Cintia M. Ramos Falcão CONSULTOR DE OPERAÇÕES Cleber Martins CONSULTOR ECONÔMICO Nicola Tingas CONSULTORA DE COMUNICAÇÃO Rosângela Villa-Real CONSULTOR DE REGULAÇÃO E COMPLIANCE Sergio Odilon dos Anjos AUDITORIA Boucinhas, Campos & Conti Auditores Independentes CONTABILIDADE Conaupro Consultoria e Contabilidade Ltda. ASSESSORIA DE IMPRENSA
PUBLISHER Sergio Tamer EDITORES Theo Carnier Gilberto de Almeida EDITOR ASSISTENTE Gustavo Girotto ARTE Deise Aneli REVISOR Vicente dos Anjos
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CAPA
Boa gestão transforma benefícios em lucratividade 2ª edição do Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar – Instituições Financeiras mostra que valorizar os colaboradores, investir em sustentabilidade e inovação são diferenciais na hora de superar dificuldades e buscar melhores resultados
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A
pandemia tirou do eixo, naturalmente, a maioria das pessoas e dos negócios. No entanto, as empresas que investiram em sustentabilidade, inovação e na gestão dos seus colaboradores estão superando as dificuldades de maneira mais competente e com melhores resultados. Essa é uma das constatações observadas na entrega da 2ª edição do Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar – Instituições Financeiras, evento promovido e organizado, dia 2 de outubro, pela Acrefi e pelo Great Place to Work (GPTW) Brasil. Conduzida pela jornalista Vanessa Palazzi, a entrega digital da premiação atraiu audiência de 1.500 pessoas ao vivo e seu link no Youtube já registra 6.174 visualizações. Ao saudar o público, em nome de Luis Eduardo da Costa Carvalho (presidente da Acrefi), Hilgo Gonçalves, atual presidente do Conselho Deliberativo, destacou o papel dos colaboradores diante dos desafios que todas as empresas estão enfrentando para garantir a sustentabilidade dos negócios. “São verdadeiros guerreiros, que dedicam enorme atenção tanto no atendimento dos clientes como também se mantêm atentos aos interesses corporativos. Ainda mais agora, quando estamos vivendo momentos de transformação e inovação”. Antes de concluir a sua participação, ressaltou que se sentiu extremamente honrado em representar o presidente da Acrefi em uma premiação tão importante. Aproveitou e deixou ainda um agradecimento muito especial aos patrocinadores do evento e aos associados da Acrefi. Também anfitrião da premiação, Ruy Shiozawa, presidente do GPTW Brasil, fez questão de reforçar que todas as empresas que participaram do ranking estão dando exemplo de gestão para todo o País. Aliás, revelou que aquelas que aplicaram a pesquisa já durante a pandemia, conseguiram médias maiores do que costumavam ter antes. “Isso por que demonstram um cuidado adicional com as pessoas, colocando seus colaboradores no centro da gestão”, destacou Ruy. Ao abordar com um pouco mais de profundidade aspectos corporativos relacionados à pandemia, o presidente do GPTW Brasil lembrou que 57% da população das empresas pesquisadas tem hoje menos de 34 anos, faixa etária que, segundo levantamentos adicionais do GPTW, foi a mais impactada por pressões externas nos últimos tempos. “Fica o alerta
HILGO GONÇALVES Presidente do Conselho Deliberativo da Acrefi
RUY SHIOZAWA Presidente do GPTW Brasil
CINTIA SANTINI Diretora do GPTW Brasil
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CAPA
para que cada líder acompanhe de perto o seu colaborador, com conversas individuais periódicas para saber como a pessoa e a sua família estão passando por essa fase de instabilidade”, sugeriu. Com a tarefa de interpretar os principais resultados da pesquisa aplicada para a elaboração do ranking Melhores Empresas para Trabalhar – Instituições Financeiras, Cinthia Santini, diretora do GPTW Brasil, exaltou crescimento em mais de 100% de participantes, em relação à premiação de 2019, aumentando, assim, a representatividade do setor. Foram 161 empresas inscritas, 292.616 funcionários envolvidos, 40 empresas premiadas – dez bancos, dez cooperativas de crédito, dez empresas de
serviços financeiros, seis seguradoras (nova categoria) e quatro financeiras. No ano passado, tivemos 89 empresas inscritas, 34 premiadas e 206.659 colaboradores impactados. A edição 2020 do estudo, preparado pelo GPTW, identificou outro avanço bastante significativo: o índice de confiança dos colaboradores nas empresas, o trust index, registrou evolução de 85% para 89%. Ou seja, apesar do cenário de pandemia, as empresas estão fortalecendo seus vínculos de confiança, conquistados por meio do apoio aos colaboradores e de atenção redobrada, à sustentabilidade dos negócios. São dados que mostram o empenho progressivo das instituições financeiras, direcionado à gestão de pessoas.
Notas finais: Benchmark Melhores Instituições Melhores Instituições Financeiras Financeiras 2019 2020 Peso: 67%
Trust Index©
Peso: 33%
Análises Práticas Média Final
85 67 80
89 69 82
Ranking Brasil 2020
88 75 83
Confiança por dimensões Melhores Instituições Financeiras 2019
Melhores Instituições Financeiras 2020
Credibilidade dos líderes para gerenciar pessoas e administrar os negócios de forma geral.
85
88
Respeito dos líderes na relação com os funcionários, tanto na questão profissional como pessoal.
84
89
Imparcialidade dos líderes com relação a todos os funcionários. Orgulho de exercer a profissão e trabalhar nessa empresa.
83 89
86 92
Camaradagem entre os colegas de trabalho e presença de sentimento de equipe.
87
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GRANDES VENCEDORES
2020 - 1º Lugar Bancos
“É uma grande alegria para nós. Estamos muito felizes. Tenho certeza que também os nossos 250 membros e fãs. É graças a eles que temos um dos melhores lugares para se trabalhar no Brasil. Na nossa cultura, algumas palavras são muito fortes: diversidade, inclusão, sustentabilidade, solidariedade, flexibilidade, bem-estar e inovação. Quero agradecer aos nossos membros pelo caminho que o DLL vem construindo.”
SIMONE LISBOA Superintendente de RH do Banco DLL
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CAPA
Cooperativas de Crédito
“Não esperava tanto, muito obrigado! Gratidão aos nossos 1.558 colaboradores e a mais de 600 mil cooperados. Foram eles que nos proporcionaram esse momento agradabilíssimo. Foi por meio deles que conseguimos colocar em prática a essência do cooperativismo. Ela está no olhar para o outro e em favorecer o relacionamento harmônico entre colaboradores e cooperados.” SÉRGIO CADORE Presidente do Conselho da Viacredi
Financeiras
“Obrigado pelo reconhecimento. Mais uma vez conquistando o prêmio do GPTW. Temos um orgulho muito grande de trabalhar com vocês, de construir algo importante juntos com o nosso time. Temos trabalhado muito as soluções digitais, contribuindo com essa revolução que acontece no mercado financeiro. Encaramos isso como uma oportunidade de crescimento da equipe. A tecnologia não é uma ameaça, mas uma ferramenta de estímulo para a continuidade da nossa jornada.” ANDRÉ NOVAES Diretor da Santander Financiamentos
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Seguradoras
“Sou japonês, cheguei ao Brasil em 16 de março de 2009 e hoje é meu melhor dia aqui. É inacreditável participar de um evento inovador, aconchegante e importante, representando a minha querida Tokio Marine. Essa é uma conquista de mais de dois mil colaboradores. Muito obrigado!” MASAAKI ITAKURA Diretor de Estratégia Corporativa da Tokio Marine
Serviços Financeiros
“É uma alegria inenarrável a conquista deste prêmio pelo segundo ano consecutivo. Isso só corrobora que estamos no caminho certo. Esse cuidado, esse carinho, essa paixão que temos pelos nossos colaboradores. Eu, em nome da Visa, só tenho a agradecer a todos. Muito obrigada!” PRISCILA DUTRA MONACO Diretora de RH da Visa
Acesse o link e assista ao evento completo: https://bit.ly/2GSGJjI f
PATROCÍNIO
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FOCO NAS COMISSÕES
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PAUTAS REGULATÓRIAS: destaque nas atividades das comissões da Acrefi Cleber Martins*
N
o mês de setembro a Acrefi deu andamento a um desdobramento aprovado pela diretoria no âmbito das comissões, que foi a criação da Comissão de Bens de Capital. O objetivo do grupo será atender a bancos de montadoras e a demais instituições interessadas em temas que passem por financiamento de máquinas e tratores, equipamentos industriais, agronegócio, FINAME, entre outros, abrindo assim uma frente de interlocução com os reguladores e demais entidades, pautada nos objetivos previstos no estatuto social da Acrefi. Com isso, a Associação passa a contar com onze comissões recorrentes, além de grupos técnicos instalados pontualmente para tratar de demandas específicas. Do ponto de vista técnico, diversos itens estão sendo endereçados pelas demais comissões da Associação. Destaca-se o novo Manual de PLD/ FT da Acrefi, adequado à Circular 3978/2020 do Banco Central do Brasil, que teve minuta aprovada pela Comissão de Compliance e PLD/FT, bem como segue para diagramação e lançamento nos próximos dias, alinhado com a vigência da norma, em vigor desde 1/10. Já a Comissão de Relacionamento com Clientes e Ouvidoria endereça tratativas com o DEATI (Departamento de Atendimento Institucional do BACEN), relacionadas à implantação dos novos rankings de reclamações e qualidade
de ouvidorias, divulgados trimestralmente pelo órgão, com previsão de alteração a partir da segunda quinzena de outubro, a ser confirmada nos próximos dias. A Comissão de Assuntos Jurídicos estuda os impactos das novas regras contidas na Circular 4036/2020, que trata da escrituração para cédulas de crédito bancário e rural. Já a Comissão de Varejo recebeu, no mês de setembro, Carlos Brandt e Breno Lobo (Executivos do BACEN) para um overview sobre o PIX e o seus impactos para o varejo e o e-commerce. Na última edição deste artigo, foram apresentados todos os presidentes de comissões, que apoiam a Acrefi na liderança dos trabalhos dos grupos. E se registra um agradecimento especial. No mês de agosto, a Comissão de Inovação e Tecnologia passou a ser presidida por Willians Freccia (Santinvest C.F.I.) em substituição a Leonardo Bortolini (Agoracred C.F.I.). Leonardo, que continuará contribuindo com os trabalhos da comissão, agora como vice-presidente, salienta que a rotatividade da liderança é fundamental, de tempos em tempos, para garantir continuidade e aprimoramento do ambiente de trabalho da comissão. A Acrefi agradece a Leonardo pela contribuição. E deseja sucesso a Willians em sua nova função. f
(*) Cleber Martins é consultor de Operações e coordenador das Comissões Técnicas da Acrefi.
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AUTOMOTIVO
Financiamento de veículos impulsiona a economia Em dois dias de debates produtivos, evento digital promovido pela Acrefi analisa os diversos ângulos da retomada e os benefícios do crédito direcionado ao setor automotivo
O
setor automotivo acelera de forma contínua, depois de meses de retração provocada naturalmente pelos efeitos da pandemia. Os financiamentos de veículos sinalizam significativa evolução, contribuindo com impulsionamento da economia. Diante desse contexto favorável, mas que deve ser analisado por diversos ângulos, a Acrefi promoveu, nos dias 9 e 10 de setembro, um amplo debate, com participação on-line de 12 lideranças do setor, em torno do tema “Financiamento de veículos: a hora e a vez da retomada”. Os painéis do evento digital foram mediados por Cleber Martins, consultor de Operações / Comissões Técnicas da Acrefi. Em uma das suas intervenções durante o webinar, Cleber lembrou que das 64 instituições associadas à nossa entidade, 60% delas operam com financiamento de veículos. A seguir, veja alguns trechos da participação dos convidados e do presidente da Acrefi, Luis Eduardo da Costa Carvalho.
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“O financiamento de veículos é uma das atividades mais relevantes da Acrefi, uma vez que a grande maioria do nosso quadro atua nesse segmento. Percebemos que, mesmo diante da pandemia, há uma retomada e o setor de veículos é um grande impulsionador dessa melhora.” LUIS EDUARDO DA COSTA CARVALHO Presidente da Acrefi
“A retomada é clara, mas precisa estar alinhada com nossos parceiros. A transação terá ainda mais valor, de acordo com maior compreensão da necessidade dos clientes. Sempre existirá aquele consumidor que prefere ir à loja, mas temos agora os que optam por comprar pela internet. Então, é necessário preparar os lojistas para esse novo mercado (digital) em expansão. O momento de retomada é importante, mas devemos continuar a investir na humanização e na construção de relacionamentos que transcendem às vendas.” LUANA BICHUETTI Vice-presidente de Auto da Creditas
“A partir de maio, a situação melhorou e estamos nos ajustando de acordo com a evolução da demanda, tanto do ponto de vista da quantidade como no tipo de modelo que atende a preferência do consumidor. No mercado de veículos para locação, também percebemos um movimento diferente por conta da pandemia. Temos ainda uma incerteza em relação ao mercado de trabalho, que faz com que o consumidor não contrate um financiamento de longo prazo. Mas, com certeza, a indústria já passou pelo pior. Estamos, porém, observando para entender como será a retomada.” LUIZ CARLOS MORAES Presidente da ANFAVEA
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AUTOMOTIVO
“Com a pandemia, todos precisaram reinventar-se no campo dos relacionamentos. Em um primeiro momento, o mundo parou. Depois todos começaram a reagir rapidamente. Com a ajuda da tecnologia, encontramos novos caminhos para ficarmos mais próximos do consumidor e ultrapassar as dificuldades. O relacionamento constante com os clientes nos ajudou a reencontrar o ritmo certo em direção da retomada do crescimento. O setor reagiu e, em julho, já tivemos indicadores parecidos com os do ano passado. Continuamos otimistas.” ALEXANDRE GIL Head Comercial da Safra Financeira
“No início da pandemia, a incerteza predominava. Em agosto, já tivemos um crescimento de 7,35%, em relação a julho. Porém, a Fenabrave projeta para o setor uma queda anual de 36%. Mas, devemos levar em conta alguns pontos positivos: uma taxa Selic baixa e uma maior propensão ao crédito, gerando melhor fluidez no mercado. No começo da crise sanitária, 70% das vendas eram negociadas nas plataformas digitais. Hoje, percebemos uma reversão desse quadro: as vendas começam pela internet, mas o consumidor busca o test-drive e fecha a negociação nas concessionárias.” JOSÉ MAURICIO ANDRETA JÚNIOR Vice-presidente da FENABRAVE
“Ainda vamos sentir alguns impactos econômicos gerados pela pandemia no médio prazo. Há risco para o aumento do desemprego e da inadimplência. Mas, todos no Brasil aprenderam a trabalhar em cenário de crise. Para nos ajudar nesse processo, temos queda da taxa de juros e inflação baixa. Os bancos estão preparados, até porque evoluíram na análise de dados e usam inteligência artificial na concessão crédito.” RODNEI BERNARDINO DE SOUZA Diretor de Negócios Veículos do Itaú Unibanco
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“O momento mostrou que, diante da pandemia, houve uma adaptação do perfil de compra do veículo frente à necessidade de cada cliente. Como estamos vivenciando uma crise, é preciso dedicar ainda maior atenção na concessão do crédito, mas há oportunidade para todos. A troca com troco e o refinanciamento continuam sendo produtos bastante importantes.” TADEU SILVA Presidente do Omni Banco & Financeira
“O crédito de veículos impulsiona a economia e os canais digitais melhoraram a experiência do cliente pela simplicidade e agilidade em termos de atendimento. Os benefícios do sistema PIX é importante complemento nesse processo, que ajudará na interoperabilidade com outras instituições. Será um instrumento que trará outras possibilidades de negócio.” ANDRÉ NOVAES Diretor da Santander Financiamentos
“Durante a pandemia, o crédito não faltou e não faltará, pois há uma mudança positiva no segmento. No sistema bancário e nas financeiras, tivemos movimentos importantes, com ofertas personalizadas às necessidades dos clientes. Para isso, os avanços digitais foram extremamente importantes. Ao olharmos para os números, temos indicativos de forte melhora. Estamos otimistas com o próximo ano.” ALFREDO DASSAN Diretor do Bradesco Financiamentos
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AUTOMOTIVO
“O mercado se readaptou e aprendeu a atender ainda mais rápido às exigências do cliente. O jogo hoje acontece de forma antecipada. A pandemia mudou as percepções. Cada vez mais, precisamos sentar na cadeira do cliente e entender as suas necessidades: praticidade, agilidade (no objeto de compra) e eficiência foram incorporadas ao processo.” CELSO ROCHA Diretor de Distribuição e Varejo do Banco BV
“Acreditamos que, se tudo ocorrer bem, podemos fechar como no ano passado. O mercado de multimarcas reagiu rapidamente. Lá, o caixa da loja está mais próximo do coração e do bolso do proprietário. Eles precisaram buscar alternativas, como vendas on-line e outros caminhos. O importante é que essa barreira já foi ultrapassada.” ENILSON SALES Vice-presidente da Fenauto
“Hoje o mercado de concessão de crédito atende clientes de maneira personalizada em qualquer nicho de segmento. Esse é um processo permanente de aprendizado e evolução. Atualmente estamos preparados para oferecer soluções atraentes e diferenciadas com segurança e agilidade.” WILSON DINIZ Superintendente executivo do Banco PAN
Assista ao evento completo no YouTube: https://bit.ly/2Sxu4F0 f
PATROCÍNIO
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MARQUE NA AGENDA
7 Semana Nacional de Educação Financeira De 23 a 29 de novembro
Eventos on-line e gratuitos
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INOVAÇÃO
JUSTIÇA 4.0 financeiro#121 setembro-outubro 2020
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6º Summit Jurídico da Acrefi debate a modernização do Poder Judiciário e caminhos alternativos para beneficiar e aproximar o cidadão
A
pandemia desafiou o mundo nos últimos meses na busca por novas soluções. A área do Direito não ficou imune a essas transformações. Para debater esse recente contexto, sem perder de vista as necessidades do mercado financeiro, a Acrefi promoveu, dia 28/5, o “6º Summit Jurídico – Direito sem Barreiras”. O evento digital contou com a participação de Luis Eduardo da Costa Carvalho, presidente da Acrefi, além de sócio fundador e presidente do conselho da Lecca Financeira; Marco Bruno Miranda, Juiz Federal no Estado do Rio Grande do Norte; Luciano Benetti Timm, professor da FGV Direito SP e sócio do escritório CMT Advogados; e Andrea Maia, sócia fundadora da Mediar 360, plataforma de negociação, mediação e conciliação. A mediadora do encontro foi Cintia Falcão, consultora Jurídica da Acrefi.
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INOVAÇÃO
Durante sua saudação aos palestrantes e ao público, Luis Eduardo da Costa Carvalho, presidente da Acrefi, falou sobre a importância da evolução tecnológica, principalmente em um momento em que a mobilidade das pessoas está restrita por causa da recomendação de isolamento. “Esses são temas relevantes tanto para o mercado financeiro quanto para os consumidores em geral. A Acrefi acredita que este debate é de fundamental importância, até para elucidar dúvidas e buscar respostas”, reforçou Carvalho. Em sua contextualização inicial, Cintia Falcão lembrou que existem 78 milhões de processos em tramitação no Poder Judiciário, volume que consome recursos equivalentes a um terço do PIB anual do Brasil. São demandas que poderiam ser resolvidas de maneira mais eficiente com a melhora da comunicação e do atendimento. “Sobre a comunicação, os rankings de reclamação mostram claramente que os clientes estão muito insatisfeitos com as informações prestadas pelo mercado financeiro. Um ranking divulgado pelo Banco Central mostra que, no último trimestre, os temas que mais geraram queixas estão relacionados ao atendimento do consumidor e às informações prestadas de maneira inadequada. No último mês, 28% das demandas registradas no (site) consumidor.gov.br foram sobre os mesmos temas”, destacou Cíntia, mencionando que “além da demora e dos custos que tudo isso gera, muitas decisões não são sinônimo de justiça para quem demanda. As plataformas digitais são extremamente importantes para desafogar as elevadas demandas do judiciário”, completou. O juiz Marco Bruno Miranda tratou dos benefícios da aplicação do Visual Law – recurso que emprega elementos visuais para tornar questões relacionados ao Direito mais claras e acessíveis, transformando a informação jurídica em algo compreensível por qualquer pessoa – avanço que tem ajudado o Judiciário a ser mais ágil e assertivo, favorecendo a comunicação com a sociedade. “Quando falamos de inovação no mundo jurídico, na verdade, devemos olhar para as pessoas e buscar como tornar essa relação mais próxima e eficiente. A nossa missão é atender bem o cidadão. Ou seja, o lucro do Poder Judiciário pode ser medido a partir da felicidade das pessoas, de saber que o seu direito foi respeitado e a demanda do cidadão atendida”, ponderou. Miranda destacou também algumas das atividades realizadas por meio do projeto JFRN Digital (Justiça Federal do Rio Grande do Norte), que utiliza a tecnologia para tramitação digital dos processos judiciais. Segundo o magistrado, ainda temos um ensino jurídico muito teórico. “Precisamos melhorar a prática do Direito, uma vez que temos o maior número de advogados do mundo”, alertou.
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“O tema do Direito sem Barreiras é relevante tanto para o mercado financeiro quanto para os consumidores em geral. A Acrefi acredita que este debate é de fundamental importância, até para elucidar dúvidas e buscar respostas” LUIS EDUARDO DA COSTA CARVALHO Presidente da Acrefi
“O Brasil precisa trilhar o caminho da internacionalização do Direito do Consumidor. Ainda estamos em meados do século XX, cercados de muitos dogmas” LUCIANO BENETTI TIMM Professor da FGV Direito SP e sócio do escritório CMT Advogados
“Quando falamos de inovação no mundo jurídico, na verdade, devemos olhar para as pessoas e buscar como tornar essa relação mais próxima e eficiente. A nossa missão é atender bem o cidadão” MARCO BRUNO MIRANDA Juiz Federal no Estado do Rio Grande do Norte
“A verba pública gasta para manter o judiciário brasileiro chega a ser o dobro do investimento aplicado em educação. São cerca de R$ 90 bilhões direcionados à resolução de conflitos judicializados” ANDREA MAIA Sócia fundadora da Mediar 360
“As plataformas digitais são extremamente importantes para desafogar as elevadas demandas do judiciário” CINTIA FALCÃO Consultora Jurídica da ACREFI
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INOVAÇÃO
Na sequência, Luciano Benetti Timm trouxe sua contribuição ao abordar o perfil do consumidor 4.0, que exige maior dinamismo do mercado e melhoria na flexibilidade aplicada às negociações. “O Brasil precisa trilhar o caminho da internacionalização do Direito do Consumidor. Ainda estamos em meados do século XX, cercados de muitos dogmas. Continuamos louvando o passado e esquecendo a evolução conquistada nos últimos 10 anos. O Direito do Consumidor é uma intervenção do mercado. Ou seja, deve ser regido pelo impacto regulatório para evitar abusos”, justificou Timm. Ele usou como exemplo o preço exagerado praticado na comercialização do álcool gel no início da pandemia: “Precisamos avançar, evitar abusos e evoluir”, afirmou. Timm defendeu ainda a aplicação de um ensino menos teórico, pois para o jurista formalista a realidade é um detalhe que atrapalha o raciocínio. “No processamento cerebral, o sistema 1, é rápido, automático, inconsciente e dirigido por emoções e associações. Já o sistema 2 é lento, sequencial, baseado em regras e utiliza cálculos para chegar às decisões. Precisamos evoluir: o que vai nos salvar da pandemia é a ciência – e o Direito precisa acompanhar essa evolução do pensamento”, advertiu. Já Andrea Maia, da Mediar 360, falou sobre a sua experiência a respeito da mediação em desacordos, da “desjudicialização” e do uso de tecnologia para a solução de conflitos. “A mediação é uma maneira muito eficiente para a construção de soluções, mas no Brasil esse benefício ainda não evoluiu de maneira consistente. A verba pública gasta para manter o judiciário brasileiro chega a ser o dobro do investimento aplicado em educação. São cerca de R$ 90 bilhões direcionados à resolução de conflitos judicializados. A mediação é uma solução mais rápida e menos onerosa, além de desafogar as demandas crescentes do judiciário”, ponderou a executiva. Outro aspecto que devemos levar em conta refere-se às plataformas digitais. São vias seguras para o alcance de grandes resultados. “A mediação permite compreender com maior profundidade a origem dos problemas. Negociações automatizadas podem ser também uma via célere, menos dispendiosa e mais moderna para lidar com situações do cotidiano. Baseamos em exemplos internacionais, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, os mecanismos consensuais de resolução, que têm reduzido em bilhões de dólares o custo das empresas com processos judiciais”, enfatizou Andrea Maia. f
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CRÉDITO & COBRANÇA
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NOVO ÂNIMO AO SETOR FINANCEIRO Webinar promovido pela Acrefi revela como uma política bem planejada de crédito e cobrança é essencial para garantir a saúde financeira dos negócios
A
análise correta dos riscos envolvidos na concessão de crédito é um fator crucial para a saúde financeira, principalmente neste momento de instabilidade provocada pela pandemia. Sempre atenta às necessidades dos seus associados e aos movimentos do mercado, a Acrefi realizou, dia 17/8, o webinar “Crédito e Cobrança: Eficiência, Sustentabilidade e Tecnologia como Impulsionadores da Retomada”. O evento contou com a participação de Luis Eduardo da Costa Carvalho, presidente da ACREFI; Agustin Celeiro, diretor sênior de Operações do Banco GM; Eduardo Tambellini, business consultant principal – Latin America & Caribbean da Fico/GoOn; e Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech. A mediação do encontro foi conduzida por Cleber Martins, consultor de Operações / Comissões Técnicas da Acrefi.
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CRÉDITO & COBRANÇA
LUIS EDUARDO DA COSTA CARVALHO Presidente da Acrefi
AGUSTIN CELEIRO Diretor sênior de Operações do Banco GM
EDUARDO TAMBELLINI Business consultant principal – Latin America & Caribbean da Fico/GoOn
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A manutenção de uma política bem planejada de crédito e cobrança é essencial para garantir a saúde financeira do negócio. Com sua execução segura e permanente, o risco de inadimplência é minimizado. Para o presidente da Acrefi, Luis Eduardo da Costa Carvalho, esse é um período difícil tanto do ponto de vista nacional como global. Mais do que isso, é bastante desafiador para o mercado financeiro. “Crédito e cobrança são setores que foram fortemente atingidos durante a pandemia. Entretanto, felizmente, o efeito não foi tão intenso como se previa. Temos resultados menos prejudiciais do que foi projetado inicialmente. Essa realidade é positiva e trouxe um novo ânimo ao setor financeiro”, ressaltou Carvalho. Como fundador e presidente do conselho da Lecca Financeira, Carvalho fez uma avaliação dessa nova realidade vivida nos últimos 150 dias. “Com 53 anos de mercado financeiro já tinha visto de tudo, planos heterodoxos, plano Collor (com confisco da poupança), situações dramáticas e complexas – quando apareceu a crise provocada pela pandemia do coronavírus.
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"Crédito e cobrança são setores que foram fortemente atingidos durante a pandemia. Felizmente, temos resultados menos prejudiciais do que foi projetado inicialmente" Luis Eduardo da Costa Carvalho Presidente da Acrefi
BRENO COSTA Diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech
CLEBER MARTINS Consultor de Operações da Acrefi
Lidar com essa nova situação exigiu medidas de saúde atípicas, como o fechamento de comércios e das escolas. Isso provocou a previsão da queda do PIB em até 11%, com quadro bem ruim em termos de macroeconomia, com crédito e inadimplência. No entanto, assistimos a uma atuação brilhante do Banco Central, com adoção de medidas corajosas e assertivas. Tudo isso foi feito em sintonia com o mercado, preservando a interlocução. Até o temor de que o dinheiro não chegasse na ponta foi superado. Vejo essa evolução com bastante otimismo e acredito em uma recuperação mais rápida do que imaginávamos”, reforçou Carvalho. Na sequência, Agustin Celeiro, do Banco GM e presidente da Comissão de Crédito e Cobrança da Acrefi, falou sobre a concessão de crédito no novo cenário. “Hoje temos vários instrumentos que têm favorecido a liquidez do mercado, apoiando a concessão de créditos e a cadeia produtiva, como Letra Financeira Garantida, que injetou R$ 26 bilhões na economia. Temos também o DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), que incrementou com outros bilhões os negócios de pequenas e médias empresas. O Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e o Fundo de Auxílio também exerceram papéis importantíssimos nessa retomada da economia”, destacou Celeiro.
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CRÉDITO & COBRANÇA
Para o diretor sênior de Operações do Banco GM, essa curva evolutiva é um processo de aprendizagem. “Todos estão dividindo experiências, discutindo melhores práticas. Colocamos o valor do cliente no centro da decisão no que fazemos como organização. Ou seja, devemos nos posicionar, nos colocar no lugar dos clientes e ouvir suas necessidades. Isso ajuda na construção de ofertas e de oportunidades mais assertivas”, exemplificou. Em sua exposição no webinar promovido pela Acrefi, Eduardo Tambellini, da Fico/GoOn, tratou dos principais reflexos da pandemia no mercado de cobrança. “Desde o início da quarentena, nos debruçamos em cima dos indicadores e, no primeiro momento, notamos crescimento da inadimplência, que estava relacionado inicialmente à queda da carteira. No decorrer de março e abril, percebemos um aumento na primeira rolagem, mas que essa questão também poderia ser explicada pela falta de alternativa para efetuar os pagamentos – uma vez que muitos clientes ainda usam as agências para realizar esse tipo de operação. Nos meses seguintes, a inadimplência apresentou queda e o cenário passou a se mostrar positivo. Antes de encerrar, ele lembrou ainda outro fator positivo: o Auxílio Emergencial, que beneficiou 43% dos domicílios brasileiros. Ao fechar a rodada dos palestrantes do evento, Breno Costa, da Neurotech, abordou a importância da tecnologia para potencializar o processo de concessão de crédito. “Primeiramente, concordo que a inadimplência surpreendeu e a retomada é algo que estamos acompanhando. Tivemos em julho o melhor número do ano, com nível de aprovação melhorando. A inteligência artificial é uma realidade no Brasil e traz inúmeros benefícios durante o processo de concessão para decisão de crédito. É uma nova fronteira no uso dos dados. Saber quem recebeu Auxílio Emergencial é uma métrica relevante na concessão de crédito. O machine learning é uma ferramenta importante para a expansão de negócios”, avaliou Costa. Costa ilustrou que o indicador de estabilidade de modelo, que durante a pandemia poderia
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ser um problema pela nova dinâmica, não sofreu fortes alterações. “Medimos o índice de aderência e isso não mudou. Quando falamos do modelo de manutenção, temos a parte comportamental do cliente. Isso é uma métrica forte. Percebemos que, mesmo para esse modelo, o uso de dados alternativos enriquece, mas precisa estar centrado em conhecimento técnico, trazendo dados alternativos e modelagem. Na cobrança, isso também é um diferencial. O modelo ajuda a perceber quem é quem para ajustar essa oferta. É um ganho”, considerou o executivo da Neurotech. O consultor de Operações/Comissões Técnicas da Acrefi, Cleber Martins, mediador do evento, lembrou também a importância da implementação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). “Esse é um avanço significativo ao setor financeiro e, diretamente, provocará mudanças importantes no segmento”, finalizou. f
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PAINEL B3
VENDAS FINANCIADAS DE VEÍCULOS CRESCEM PELA PRIMEIRA VEZ EM RELAÇÃO AO MESMO MÊS DE 2019, DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA. ALTA FOI DE 5,7% EM SETEMBRO NA COMPARAÇÃO COM O ANO PASSADO O volume de financiamentos de veículos – incluindo autos leves, motos e pesados, novos e usados – realizados em setembro foi o segundo maior para o mês desde o início da série histórica, em 2014. As vendas financiadas de veículos em setembro de 2020 somaram 537,6 mil unidades, entre novas e usadas, incluindo autos leves, motos e pesados. Esse número representa uma alta de 5,7% em relação a setembro de 2019 e engloba veículos novos e usados – incluindo motos, autos leves e pesados – em todo o País. Na comparação com agosto de 2020, quando foram financiadas 503,7 mil unidades, os dados indicam uma recuperaçãode 6,7% em setembro.
1
VOLUME DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS (SETEMBRO 2020)
503.657 unidades
508.488 unidades
342.920
537.591
189.282
160.737
ago/19
unidades Novos: 173.757
O acumulado do ano, no entanto, registra 14,3% de queda nas vendas a crédito, com 3,82 milhões de financiamentos no acumulado até setembro de 2020 contra 4,45 milhões no mesmo período de 2019. Os números são da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil.
319.206
set/19 VARIAÇÕES
Usados: 363.834
Novos + usados
Novos
Usados
set/20 x set/19 = 5,7 % set/20 x ago/20 = 6,7%
set/20 x set/19 = -8,2% set/20 x ago/20 = 8,1%
set/20 x set/19 = 14% set/20 x ago/20 = 6,1%
Entre os automóveis leves, as vendas a crédito de zero-quilômetro atingiram 99,7 mil unidades em setembro de 2020, queda de 13,5% sobre setembro de 2019; já as vendas financiadas de leves usados registraram alta de 14,8% na mesma base de comparação e somaram 331,8 mil unidades.
2 VOLUME DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS POR CATEGORIA (AGOSTO 2020) Novos
Usados
AUTOS LEVES
2020 SETEMBRO
99.749
331.806
MOTOS
2020 SETEMBRO
62.513
18.174
PESADOS
2020 SETEMBRO
10.900
13.084
Novos + usados – 431.555
Novos + usados – 80.687
Novos + usados – 23.984
AGOSTO
AGOSTO
AGOSTO
86.810
312.347
63.094
17.454
10.462
12.398
Novos + usados – 399.157
Novos + usados – 80.548
Novos + usados – 22.860
2019
2019
2019
SETEMBRO
115.327
288.945
SETEMBRO
60.746
15.044
SETEMBRO
12.173
14.465
Novos + usados – 404.272
Novos + usados – 75.790
Novos + usados – 26.638
VARIAÇÕES
VARIAÇÕES
VARIAÇÕES
Novos set/20 x set/19 = -13,5% set/20x ago/20 = 14,9% Usados set/20 x set/19 = 14,8% set/20 x ago/20 = 6,2% Novos + Usados set/20 x set/19 = 6,7% set/20 x ago/20 = 8,1%
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Novos set/20 x set/19 = 2,9% set/20 x ago/2 = -0,9% Usados set/20 x set/19 = 20,8% set/20 x ago/20 = 4,1% Novos + Usados set/20 x set/19 = 6,5% set/20 x ago/20 = 0,2%
Novos set/20 x set/19 = -10,5% set/20 x ago/20 = 4,2% Usados set/20 x set/19 = -9,5% set/20 x ago/20 = 5,5% Novos + Usados set/20 x set/19 = -10,0% set/20 x ago/20 = 4,9%
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3 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS (SETEMBRO 2020) 0,1
10,5
0,7
Período
CDC
Consórcio
Leasing
Outros
Total
Setembro/2020
476.487
56.520
686
3.898
537.591
Setembro/2020
444.237
57.069
3.547
3.635
508.488
Agosto/2020
438.471
60.680
920
3.586
503.657
*Os dados referem-se a todas as categorias de veículos (autos leves, motos e pesados)
CDC CONSÓRCIO OUTROS
88,6
VARIAÇÕES
Consórcio set/20 X set/19 = -1,0% set/20 X ago/20 = -6,9%
CDC set/20 X set/19 = 7,3% set/20 X ago/20 = 8,7%
LEASING
Leasing set/20 X set/19 = -80,7% set/20 X ago/20 = -25,4%
O CDC continua sendo a categoria de financiamento mais utilizada pelos consumidores, com 88,6% de participação. O Consórcio segue com participação estável entre as modalidades de financiamento, com share de 10,5% na preferência dos consumidores em setembro.
4 FINANCIAMENTO POR TEMPO DE USO (AUTOS LEVES) – SETEMBRO 2020 Total Geral
Milhares de unidades
431.555
404.272
SET2020
SET/2019
até 3 anos Seminovos
Novos
148,2
115,3 99,7
de 4 a 8 anos Usados Jovens
83,7
de 9 a 11 anos Usados Maduros
+12 anos Velhinhos
145,7 76,3
65,8
63,0 23,6
SET/2020 SET/2019
SET/2020 SET/2019
SET/2020 SET/2019
SET/2020 SET/2019
17,5
SET/2020 SET/2019
Em relação a faixa de uso, entre todos os autos leves comercializados a crédito em setembro de 2020, 115.327 são zero-quilômetro, 65.812 têm até três anos de uso e 145.680 unidades somam entre quatro e oito anos de uso.
MÉDIO DE FINANCIAMENTO POR TEMPO DE USO – AUTOS LEVES (MESES) 5 PRAZO – SETEMBRO 2020 Novos
até 3 anos
seminovos
até 4 a 8 anos
usados jovens
até 9 a 12 anos
usados maduros +12 anos
velhinhos
Novos
39,7
45,2
45,0
43,4
39,1
Total Geral
43,0
44,1
SET/2019
SET/2020
até 3 anos
seminovos
até 4 a 8 anos
usados jovens
até 9 a 12 anos
usados maduros +12 anos
velhinhos
41,5
45,7
45,8
43,9
39,0
O prazo de financiamentos para automóveis leves aumentou em relação a setembro de 2019, para 44,1 meses. O maior prazo para crédito foi observado entre os autos usados entre 4 e 8 anos de uso, com 45,8 meses.
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PALAVRA FINAL NICOLA TINGAS*
CRESCIMENTO REQUER REALISMO, PLANEJAMENTO E METAS DE LONGO PRAZO "Estadista é aquele que pensa na próxima geração" Winston Churchill, ex-primeiro ministro da Grã-Bretanha
O Brasil entrou em processo de crescente endividamento externo desde o "Plano de Metas", de Juscelino Kubitschek (1956-1960). O endividamento externo foi intensificado durante o governo militar (1964-1985) para financiar a "estratégia de desenvolvimento" baseada nos planos do "PAEG", de Castelo Branco, e "II PND", de Ernesto Geisel. A década de 1980 foi período de crise e inflação, com choques externos (petróleo e dívida externa) e a desestruturação interna, gerando a recessão entre 1981 e 1983. José Sarney (1986 a 1989) terminou seu mandato em hiperinflação. O Brasil passou a enfrentar os chamados "deficits gêmeos" (dívida externa e deficit fiscal/dívida pública). Fernando Collor assumiu em 1990, estabelecendo o congelamento de ativos financeiros, o que provocou forte recessão. Em 1994, o ministro Fernando Henrique Cardoso implementou o "Plano Real", estabilizando a inflação, ancorada por taxa de câmbio fixo. Em 1999, o congelamento cambial ficou insustentável. Para sair da crise foi criado o "tripé macroeconômico" (câmbio livre, meta de inflação e responsabilidade fiscal). (*) Nicola Tingas é consultor econômico da Acrefi. Artigo concluído em 1.10.2020.
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O governo Lula (2002-2010) assumiu em condições macroeconômicas favoráveis e cenário externo de firme expansão global. Conseguiu distribuir renda, dobrar a relação Crédito/PIB de 24% para 50%, consolidou intenso crescimento econômico. Pôde-se quitar a dívida externa, acumular reservas e aliviar a pressão fiscal. No governo Dilma ocorreu forte expansão do deficit fiscal e profunda recessão (2015 e 2016). Em 2020, já no governo Bolsonaro, com a pandemia, foi necessário amplo gasto emergencial, agravando a situação fiscal. A prioridade atual é conter e reduzir o gasto público; para propiciar condições de estimular a volta do crescimento nos próximos anos. Infere-se desse histórico que quando a política econômica é realista, há planejamento e visão de longo prazo – mesmo com perdas durante o ciclo econômico – em termos estruturais e podese aferir "valoração futura" no contexto dinâmico da nação. Ao contrário, a visão política estreita e personalizada do "ganho rápido" estabelece resultado econômico parcial, que se dilui no tempo, prejudicando empresas, população e o futuro das próximas gerações. f
Kaike, paciente do GRAACC, com Reynaldo Gianecchini
CERCA DE 70% DE CURA, 90% DE PACIENTES DO SUS E REFERÊNCIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTIL COM A AJUDA DE MUITA GENTE, AMPLIAMOS O NOSSO HOSPITAL E AS CHANCES DE RECUPERAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER. NOSSO ORGULHO É PODER MOSTRAR A CADA DOADOR QUE SUA CONTRIBUIÇÃO É INVESTIDA COM MUITA RESPONSABILIDADE PARA OFERECER AOS PACIENTES, COMO O KAIKE, UM TRATAMENTO DIGNO, HUMANO E COMPARADO AOS MELHORES DO MUNDO. JUNTE-SE A NÓS! SEJA UM DOADOR.
WWW.GRAACC.ORG.BR
1991
1998
Ponto de Criação Foto: Maurício Nahas
SONHAR
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2013
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Com a Serasa Experian, dados viram rentabilidade e crescimento para sua empresa
Dados – que hoje estão disponíveis em toda parte – são tudo o que você precisa para vender mais e melhor, protegendo-se contra os riscos de inadimplência e fraudes. Na Serasa Experian, usamos o poder dos dados na criação de soluções que rentabilizam seus negócios. Está tudo à sua mão. Conte conosco para ajudar você a aproveitar.
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