FELIZ ANIVERSÁRIO, JESUS!
Vamos celebrar o Natal
Um Salvador para todos
Porque Deus amou tanto o mundo
Reencontrando a alegria
O maior presente de todos
25, Número 12
CONTATO PESSOAL
A essência do Natal
A beleza do Natal parece ter se perdido em muitas partes do mundo. Os lugares de antigas tradições foram tomados por tendências chamativas. São enfeites brilhantes, ornamentos e bugigangas que, paradoxalmente, obscurecem a verdadeira luz da festividade. Muitas culturas que antes abraçavam ritos natalinos agora reduzem as festividades e, com isso, a alegria. Presépios foram substituídos por figuras espalhafatosas e as amadas canções natalinas por músicas bobas divertidas de cantar, mas que nos deixam com uma sensação de vazio.
Devemos buscar formas de resgatar o verdadeiro significado do Natal e celebrarmos a boa nova de que “Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16 ).
Ajudamos a trazer a luz de Jesus para as festas de Natal quando consideramos as necessidades dos outros, somos generosos e compartilhamos momentos especiais juntos. Nossas ações não precisam ser custosas ou extravagantes. Ligar para um amigo solitário, oferecer ajuda a alguém sobrecarregado, enviar um cartão de Natal tradicional, preparar uma cesta de presentes para uma família necessitada, visitar uma pessoa idosa e ouvi-la pacientemente são exemplos de pequenos atos de bondade que valem mais que um monte de boas intenções.
Façamos tudo ao nosso alcance para trazer alegria e paz aos cansados. Se quisermos ter um impacto positivo no mundo, devemos começar em nossa própria casa e com nossa família, nosso bairro, nosso local de trabalho e nossos arredores. Para celebrar o verdadeiro significado do Natal, devemos refletir o amor de Jesus em nossos semblantes, atitudes, ações e palavras.
A chegada do Natal é uma excelente oportunidade para espalhar a alegria. Dê com um coração aberto e não se decepcionará! É fácil pensar que pequenos esforços individuais não fazem diferença, mas se irradiarmos a luz do amor e da verdade de Deus, podemos iluminar nossa parte do mundo e a tornar melhor.
Vamos abraçar o verdadeiro Espírito do Natal e celebrar de todo o coração o nascimento do nosso Salvador. Que a alegria de Natal que você espalhar nesta temporada retorne a você e o abençoe muitas vezes mais.
Gabriel e Sally García
Equipe Editorial da Contato
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Feliz Aniversário, Jesus!
Como cresci na antiga União Soviética, somente em 1991, aos 16 anos, celebrei o Natal pela primeira vez. Até então, nunca tinha visto um presépio, ouvido uma canção de Natal nem conhecia a história do nascimento de Jesus.
Quando finalmente vivenciei a verdade e a alegria do Natal, meu coração e minha mente se encheram de felicidade, e fiquei tonta de alegria de 25 de dezembro até 7 de janeiro, quando o Natal é celebrado segundo o calendário juliano e a Igreja Ortodoxa Russa. Passei essas duas semanas com missionários que recentemente me haviam apresentado Cristo. Desejávamos Feliz Natal a todos que encontrávamos e distribuímos pôsteres coloridos com a história do nascimento de Jesus para milhares de pessoas, muitas das quais estavam, como eu até então, ouvindo Sua mensagem pela primeira vez.
Completei 16 anos pouco antes de encontrar Jesus, e para comemorar meu aniversário, minha família e amigos organizaram a maior festa da minha vida. Hoje mal me lembro da festa ou dos presentes, mas ainda posso descrever cada detalhe de como conheci Jesus. Minha vida, até então vazia, Ele encheu com Seu amor
e felicidade. Sem dúvida, foi o melhor presente que já recebi. Foi além dos meus sonhos!
Lembro-me de estar na rua, com alguns amigos, à meia-noite da véspera do Natal Ortodoxo, contemplando o céu estrelado e gritando: “Feliz aniversário, Jesus!” com tudo que tínhamos. Ainda me arrepio ao lembrar de como eu estava feliz naquele momento. Até hoje, no Dia de Natal, canto “Parabéns para Jesus”.
Naquele meu primeiro Natal, depois que conheci Jesus, eu queria Lhe dar um presente que tinha certeza de que O agradaria: ajudar outros a conhecê-lO, para que Ele pudesse lhes encher os corações com tanta alegria quanto me dera. É um desejo em meu coração que não diminuiu desde então e, neste Natal, compartilharei Jesus com tantas pessoas quanto eu puder.
O infinito e envolvente amor de Deus —a essência do Natal— nunca deixa de transformar aqueles que toca. Façamos o que estiver ao nosso alcance para proporcionarmos a Jesus um aniversário muito feliz, compartilhando Seu amor e verdade com os demais.
Hélène Mineo é membro da Família Internacional, na França. ■
UM SALVADOR
Na noite do nascimento de Jesus, nas colinas próximas a Belém, pastores cuidavam de seus rebanhos, quando, de repente, um anjo do Senhor lhes apareceu e a glória do Senhor, Sua luz e brilho, resplandeceram sobre eles. O ser celestial lhes disse para não temerem, pois lhes trazia boas notícias: o Salvador, Cristo o Senhor, nascera naquela mesma noite, na cidade de Davi. Como sinal daquela proclamação, o anjo lhes disse que encontrariam o menino deitado em uma manjedoura, envolto em panos (Lucas 2:8–12).
Logo após o impressionante comunicado, uma multidão das hostes celestiais apareceu, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos
homens aos quais ele concede o seu favor” (Lucas 2:13–14 ). Tão logo a luz da glória de Deus, o anjo e o exército se foram, os pastores partiram para Belém, para ver o que Deus lhes disse que havia acontecido. Há evidências nos escritos judaicos de que, no primeiro século, os pastores e os que lidavam com o gado eram considerados pessoas de muito baixo status social em Israel. Isso se devia em parte ao fato de estarem sempre nos campos e serem incapazes de cumprir todas as leis religiosas, e porque levavam os rebanhos para pastar nas terras de outras pessoas sem permissão. Dado esse contexto, o fato de esse anúncio ter sido feito a pastores — de certa forma vistos como párias— é ainda mais notável. Em Belém, os pastores encontraram Maria, José e o bebê, exatamente como o anjo dissera. Encontrar Jesus no estábulo de uma casa rústica, cercado por animais, envolvo em panos e deitado em uma manjedoura não teria sido incomum para eles. Muito provavelmente, assim seus filhos nasceram, conforme os costumes dos camponeses. Colocar uma criança em uma manjedoura provavelmente não era algo comum, mas uma solução prática em acomodações lotadas.
O extraordinário daquela situação foi que a criança, cujo nascimento lhes fora anunciado por um anjo, acompanhado por um exército celestial, foi encontrada em uma casa de aldeia que era igual à deles! Os pastores —representando pessoas de baixo status, os pobres e humildes— descobriram naquela noite que o Messias, o Salvador do mundo, havia nascido como um camponês humilde, assim como eles.
PARA TODOS
O Evangelho segundo Lucas nos diz que “pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, como lhes fora dito” (Lucas 2:17–20). Jesus veio para os pobres, os necessitados, os humildes, os oprimidos, e não apenas para aqueles de elevado status e boa reputação. A mensagem era que todos são bem-vindos, o presente da salvação de Deus é para todos.
O Evangelho segundo Mateus relata a visita de reis que vieram do Oriente que interpretaram o surgimento de uma estrela especial como um presságio de que um rei dos judeus nasceria. Em Jerusalém, inqueriram onde deveriam
encontrar a criança destinada a ser rei, para que pudessem Lhe prestar homenagem (Mateus 2:1–2).
Quando o rei Herodes, governante da Judeia, soube disso, ficou perturbado, pois o nascimento de um novo rei poderia significar um desafio ao seu trono. Ao inquirir dos sábios sobre o lugar de nascimento da tal criança, foi informado que as Escrituras previam que o futuro rei de Israel nasceria em Belém. Ao contrário dos pastores, essa era toda a informação que os líderes religiosos de então tinham sobre o nascimento do Filho de Deus. Portanto, não há registro de nenhum dos líderes religiosos indo procurar a criança, embora estivessem a cerca de oito quilômetros de Belém.
Depois de ser informado em uma conversa privada com os magos visitantes que estes haviam visto a estrela especial havia dois anos, Herodes lhes instruiu para que, quando voltassem de Belém, lhe revelassem o paradeiro da criança para que ele também a homenageasse (Mateus 2:3–8). Quando por fim encontraram Jesus e Sua família, os visitantes se prostraram diante dEle, prestaram-Lhe reverência e O presentearam com ouro, incenso e mirra (Mateus 2:9–11).
Na sequência, aqueles monarcas foram instruídos em sonhos para deixarem o país sem retornarem a Herodes. Quando soube que os estrangeiros partiram sem lhe dizer onde estava Jesus, o rei da Judeia ordenou, com grande ira, que seus soldados matassem todos os meninos com até dois anos de idade em Belém e nos arredores, na esperança de assim eliminar qualquer potencial ameaça ao seu trono.
Além de relatar esses eventos, o que essa parte da narrativa de Mateus procurava comunicar? Herodes e os líderes religiosos em Jerusalém não sabiam que o Rei prometido havia nascido, mostrando que Deus não havia priorizado as lideranças políticas e religiosas de então. Por outro lado, em resposta a um fenômeno natural nos céus, os magos gentios partiram em busca do recémnascido rei, encontraram e adoraram o Salvador. Mateus comunicou assim que a salvação prometida por Deus não estava reservada apenas para Israel, mas também para os outros povos, ou seja: era para todos.
Em Lucas, lemos que, após o nascimento de Jesus, Seus pais O levaram a Jerusalém para apresentá-lO a Deus. Quando estavam no templo, foram vistos por um ancião judeu, Simeão, a quem Deus havia dito que ele não morreria antes de ver o Cristo, o Messias. Quando viu Jesus, o idoso O tomou nos braços e orou: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a Tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para glória de Israel, Teu povo” (Lucas 2:29–32).
A oração de Simeão reflete o motivo de reis estrangeiros terem sido informados de antemão sobre o nascimento do Cristo: o Filho de Deus veio à terra para
todos, a salvação por meio de Cristo é para judeus e gentios, “todos os povos”.
Simeão então os abençoou e, profetizando, disse a Maria: “Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel e a ser um sinal de contradição, de modo que o pensamento de muitos corações será revelado” (Lucas 2:34–35). Depois de proclamar que a salvação seria para judeus e gentios, Simeão profetizou que Jesus seria rejeitado em Israel, que alguns acreditariam e outros não; e que o povo se dividiria, conforme os intentos dos corações das pessoas se revelassem.
No Evangelho segundo Lucas, os pastores, elementos dentre os mais humildes na sociedade judaica, foram os destinatários de um anúncio sobrenatural feito por um anjo, sobre uma criança nascida de uma camponesa — um sinal claro de que Ele veio para o povo comum. Então, um religioso devoto profetizou dentro do templo, afirmando que o Messias é para todos, apesar de ser rejeitado por alguns. No Evangelho segundo Mateus, o sinal do Salvador, visto na natureza, é seguido por magos gentios que O visitaram, outra indicação novamente de que a salvação é para todos.
A mensagem presente em várias passagens dos relatos evangélicos sobre o nascimento de Jesus — na verdade, em todos os Evangelhos — é que Ele veio para toda a humanidade e morreu pela salvação de todos. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16 ). Esta é a boa notícia do Natal. Foi a que os anjos proclamaram, a mensagem retratada pela estrela que guiou os Reis Magos e a mensagem do amor de Deus que carregamos em nossos corações e que Ele nos chamou para compartilhar com os outros.
Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original. ■
AS MELHORES MEMÓRIAS
Por Victoria Olivetta
Adoro a época de Natal! É quando costumo procurar novas maneiras de servir o Senhor e os outros.
Faz dois anos, procurei em muitas lojas envelopes e papéis coloridos, até encontrar o que queria e escolhi a cor favorita de cada pessoa que estaria na nossa festa de Natal. Na hora de compartilhar os presentes, entreguei um envelope e uma folha de papel para cada pessoa. Sugeri que, de um lado do papel, escrevêssemos uma lista das coisas que enchem nossos corações de gratidão, e do outro lado, nossos objetivos e sonhos para o próximo ano. Foi uma experiência gratificante e todos guardamos nossos envelopes.
No Natal seguinte, celebrei com esses mesmos amigos queridos, que estiveram ao meu lado por muitos anos e em muitas circunstâncias desafiadoras. Planejamos o cardápio, compartilhamos as despesas e um tempo maravilhoso juntos. Quando nos reunimos para a celebração, pegamos os envelopes do ano anterior e compartilhamos o que havíamos escrito – nossos agradecimentos e nossos sonhos e metas para o novo ano, e quantos deles haviam se tornado realidade.
Meses depois, uma amiga e eu estávamos fazendo uma refeição juntas, e com um brilho nos olhos, ela falou de como o Senhor é fiel. Foi um ano de muitas mudanças para ela, e para a família, inclusive, o nascimento de um neto. Confidenciou que se sentia muito grata por aquele pequeno envelope colorido que guardara, pois nunca tinha feito um registro escrito das bênçãos de Deus. Aquilo a ajudara a ver quanto fora abençoada com o amor, a proteção e a provisão de Deus, além de boa saúde, boa comunicação com seu filho que mora no exterior e muito mais.
Fiquei grata por ver que aquela ideia simples teve um impacto positivo. Que lindos são os presentes do coração! Aqueles pequenos envelopes continham tesouros porque nos permitiram lembrar das abundantes bênçãos do Senhor.
Nesta temporada de Natal, estou pedindo outra ideia ao Senhor. Pode exigir um pouco de tempo, imaginação e amor, mas valerá a pena!
Victoria Olivetta é membro da Família Internacional, na Argentina. ■
MEU NATAL EM JULHO
Por Katrin Prentice
Aos vinte e poucos anos, embarquei em uma jornada transformadora como integrante de um grupo musical cristão. Nosso propósito era levar o amor e a alegria de Deus às crianças que viviam em orfanatos e ansiavam por alguma luz em suas vidas. O Natal é uma época particularmente mágica, e um dia conduzi uma animada apresentação para um grupo de crianças com cerca de cinco anos. Mal sabia eu que quilo era o início de uma história comovente que se completaria quinze anos depois.
Naquele dia, com o ambiente cheio de empolgação, nossas canções ecoaram pelos corredores do orfanato, capturando a atenção das crianças e tocando seus corações. Ensinamos-lhes canções que contam a mensagem atemporal do nascimento de Jesus, do Seu amor e da esperança que nos traz. No fim do show, demos a cada criança uma lembrancinha, que incluía um pôster colorido para lhes lembrar de que Jesus as ama. Era algo que poderiam guardar e lhes serviria mesmo após a temporada de festas.
Quinze anos depois, em um quente dia do verão de 2005, poucos dias antes de eu me casar com o amor da minha vida, Brian, estávamos hospedados na casa do padrinho dele, rodeados pelos preparativos do casamento e pela excitação de um novo capítulo em nossas vidas.
Enquanto estávamos envolvidos com a agitação típica que precede o grande dia, alguns trabalhadores foram contratados para fazer reparos na casa onde estávamos. Como nossos anfitriões não estavam quando os homens chegaram, meu noivo e eu os recebemos. Quando servi café e biscoitos para eles enquanto consertavam a parede e os azulejos, aconteceu algo no mínimo extraordinário.
Eu passava as xícaras e os petiscos, quando notei o olhar curioso e cheio de admiração de um dos jovens trabalhadores. Um tanto desconfortável e intrigada, perguntei ao rapaz o que estava pensando. Sua resposta não foi nada que eu pudesse prever.
“Não é nada de mal, senhora”, ele começou. “Pelo contrário, estou ao mesmo tempo muito feliz e surpreso ao vê-la. Eu me lembro de você. Mal posso acreditar!” Meu desconforto aumentou. Por mais que me esforçasse, não conseguia lembrar de ter encontrado aquele homem antes.
“Permita-me voltar no tempo”, ele propôs, com um sorriso nos lábios. “Seu nome é Katrin, não é?” Acenei positivamente. Seus olhos brilharam! “Você toca violão, não toca? E canta, muito bem, devo dizer?” Sorri enquanto corava em confirmação. Como ele sabia tais detalhes sobre mim?
“Eu sabia!” — exclamou. “Você provavelmente não se lembra de mim. Faz muito tempo, eu tinha uns cinco anos e era uma de muitas crianças...”
Então me contou que era um dos órfãos para quem eu havia me apresentado naquele memorável show de Natal. Com clareza vívida, resgatou como eu havia segurado suas pequenas mãos, olhado em seus olhos e lhe assegurado do amor de Jesus. “Ainda guardo aquele
pôster que você me deu” —acrescentou com lágrimas nos olhos. “E nunca esqueci a senhora.”
Aquele pôster se tornara mais do que um símbolo de boa-vontade sazonal. Foi uma semente de fé em seu coração que germinou e cresceu ao longo dos anos.
Havia provavelmente mais de 50 crianças dançando ao nosso redor naquele inesquecível show de Natal. Quem imaginaria que eu encontraria uma delas, quinze anos depois, na véspera do meu casamento?! Mas lá estávamos. Duas vidas, conectadas por um ato de bondade e uma semente de fé plantada havia muito, se reencontravam.
Aquele momento foi “um Natal fora de época” e teve um significado profundo para mim. A experiência sussurrou em meu coração sobre o impacto potencialmente duradouro das palavras que falamos e dos atos de bondade que realizamos.
Esse encontro inesperado também sublinhou a importância de semearmos a fé, mesmo quando não podemos prever o resultado. Fico imaginando como a vida daquele rapaz teria sido diferente se eu tivesse perdido a oportunidade de lhe falar do amor de Jesus. Felizmente, esse não foi o caso. E lá estava ele; o pequeno órfão havia se transformado em um jovem notável.
No tapete da vida, cada vivência, por menor que seja, pode adicionar um fio único que tece uma bela história. Aquele encontro em julho não foi uma coincidência, mas um lembrete intencional do impacto do amor e da graça de Deus! — O melhor presente de casamento de todos!
Em nossos votos de casamento, meu marido e eu também prometemos levar adiante a lição aprendida –valorizar cada momento, nunca subestimar o poder de uma palavra gentil e sempre ser fiel em compartilhar a mensagem de Jesus com todos que encontrarmos.
Katrin Prentice é uma Accredited Life and Executive Master Coach (IAPC&M) com base na Bulgária. Já capacitou centenas de coaches em toda a Europa e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do setor na região dos Balcãs. ■
CELEBRE O POSITIVO
Por Amy Joy Mizrany
No fim do ano, minha atenção se volta para o Natal. É empolgante e grandioso, mas o último mês do ano geralmente costuma ser muito cansativo. Nessa época, reflito sobre o ano que está terminando, como as coisas foram e o que espero que seja diferente no próximo.
Às vezes, em dias particularmente ocupados e estressantes, penso como seria bom se toda a agitação do Natal fosse motivada pelo desejo de honrar Jesus e não pela luta frenética de consumismo.
Tem horas que dá vontade de gritar de frustração ao lembrar das resoluções com as quais me comprometi mas nunca cumpri, dos hábitos que no início do ano pensei largar, mas que continuaram comigo.
Esses eram alguns dos pensamentos que me assediavam com a aproximação do Natal. Mas então as coisas mudaram!
Eu estava caminhando por uma estrada com um amigo, quando algo me chamou a atenção: “Olha isso!!!” — disse para ele.
“Ah, cara! A prefeitura não está nem aí! Essa rachadura no pavimento deveria ter sido reparada há
muito tempo. Tudo é muito moroso. É ruim para todos, especialmente para os ciclistas.”
“Não é isso. Olhe bem. É um coração!” — respondi rindo.
Achamos engraçado como a mesma coisa fora vista de duas maneiras completamente diferentes. Meu amigo tinha razão: era uma rachadura na estrada que deveria ser reparada, oferecia risco aos transeuntes e provavelmente alguém já tenha tropeçado ali. Mas eu também estava certa: tinha a forma de um coração.
Essa experiência serviu de base para minhas reflexões sobre este ano. E é assim:
As pessoas foram hostis.
Eu falhei.
O inverno foi frio.
Eu fiquei triste.
Amigos e familiares faleceram ou se afastaram.
Esse é o buraco na estrada.
Deus foi fiel.
Eu fui amada.
Eu tive sucesso.
O verão foi quente.
Jesus permaneceu comigo.
Toquei a vida das pessoas.
Esse é o coração.
O que estou tentando dizer é que, neste Natal, estou vendo o coração, não o buraco. Deixando para trás os últimos onze meses, vou celebrar em dezembro o positivo, o progresso e a alegria.
Amy Joy Mizrany nasceu e vive na África do Sul, onde é missionária em tempo integral com a Helping Hand e membro da Family International. Nas horas vagas, toca violino. ■
Paz natalina
Por Marie Alvero
Fui abençoada com quase 50 Natais. É divertido relembrar como os celebrei em diferentes casas, em vários países, com pessoas diferentes, segundo várias tradições e quase sempre com pouco dinheiro.
Pensando bem, todos tinham duas coisas em comum: a celebração do nascimento de Jesus e o convívio. E são esses elementos que priorizo quando planejo minhas próprias comemorações agora. Aprendi que existem muitas maneiras de manter a festa simples e econômica, mas ainda assim amorosa, divertida e significativa. Aqui estão algumas ideias a considerar:
• Avalie com sinceridade seus recursos, tanto financeiros quanto de tempo, dos quais dispõe.
• Com base nisso, escolha as atividades e eventos em que pode participar.
• Comunique-se com seus amigos e familiares sobre o que você pode fazer para todos estarem no mesmo espírito.
• Muitas das coisas que tornam esta época especial custam muito pouco: tocar músicas, ler histórias, assistir a filmes sobre o Natal, fazer trabalho voluntário, etc.
• Os livros de Mateus e Lucas contam a história do nascimento de Jesus, mas todos os Evangelhos falam da vida de Jesus. O Natal é um momento perfeito para lermos suas histórias.
• Doe para os outros. A generosidade é um dos temas dominantes do Natal. Deus deu Seu Filho ao mundo, um presente incrível! Ser generoso com nosso tempo e recursos nos ajuda a refletir essa dádiva maravilhosa.
• Desacelere e aprecie as coisas simples. Canções e velas, um filme de Natal e pipoca, um passeio para ver as luzes de Natal, um jantar com amigos e familiares. Invista
menos na produção da celebração e desacelere. Precisamos aprender a viver e aproveitar o momento.
• Amplie seu círculo de amigos. Se você conhece alguém que está sozinho ou precisa de alegria, estenda a mão.
Meus objetivos para esta época de Natal são: 1) Celebrar Jesus e conhecê-lO um pouco melhor; 2) amar aqueles com quem convivo e compartilhar com eles alegrias simples; 3) desacelerar e aproveitar o que tenho; e 4) gastar com cuidado.
Mesmo que seus objetivos sejam outros, aprendi que intencionalidade no planejamento da celebração ajuda a mim e minha família a aproveitar ao máximo as festividades.
Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente, vive com a família no Texas, EUA. ■
Reencontrando a alegria
Por Rosane Cordoba
Tudo corria bem em 1992. Nossa caçula chegara em fevereiro e nos mudamos para uma casa melhor. O pequeno negócio de serigrafia do meu marido estava prosperando, as crianças estavam felizes e saudáveis. Tínhamos algum tempo livre nos finais de semana para fazer trabalho voluntário, cantando em casas lares e em uma instituição para idosos. Também arrecadávamos doações de frutas e legumes no mercado para compartilhar com famílias carentes.
Então, o inesperado aconteceu. Meu marido teve um AVC. Foi um grande choque. Nas três semanas em que ficou na UTI, eu me desdobrava entre gerenciar tudo em casa, tentar manter o negócio funcionando e visitá-lo todas as tardes. Contrariando todas as nossas expectativas, o Senhor o levou para o céu.
Passamos pelo luto lentamente. Minha fé na bondade de Deus me sustentava. A vida se tornou ainda mais ocupada e isso me ajudou um pouco a não pensar tanto
na tristeza. Nossos filhos estavam sendo corajosos e sofrendo em silêncio. Meu coração se partia em mil pedaços toda vez que olhava para seus olhos tristes. O aniversário da minha mais velha em setembro não foi comemorado. Além do bebê, meus filhos tinham entre 3 e 13 anos. Aquela perda os fez amadurecer mais rápido do que tipicamente acontece às crianças da mesma idade. Era como se estivessem saltando fases da vida e não havia nada que eu pudesse fazer.
A chegada da época do Natal intensificou o sentimento de vazio e pedi ao Senhor por um milagre de alegria. No início de dezembro, parentes de meu cunhado, que viajavam de férias, vieram nos ver. Donos de uma confecção, trouxeram roupas novas para todas as crianças e ficaram na varanda conosco por algumas horas. Aqueles cristãos foram como anjos da misericórdia, conversando com meus filhos e alegrando-os.
Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Lucas 2:10–11
Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:16
Vivíamos próximos à fronteira entre Brasil e Paraguai. Uma semana antes do Natal, minha irmã Mabel enviou algum dinheiro para que eu comprasse brinquedos para as crianças em Ciudad del Este, onde os preços são mais baixos. Foi o bastante para comprar um brinquedo especial para cada um. Lembro-me de ter comprado para minha filha do meio, que adora cantar, uma pequena caixa de som com um microfone e para meu filho aventureiro de sete anos escolhi um par de rádios comunicadores.
No dia de Natal, abriram os pacotes, riram e brincaram. Desfrutamos uma refeição especial, cantamos juntos e agradecemos a Jesus por dissipar nossa tristeza e nos trazer alegria. De alguma forma, era o que Ele estava fazendo por nós naquele Natal!
Com o tempo, voltamos a ser felizes. Apesar de nunca termos muito dinheiro, Deus sempre supriu nossas necessidades. Encontramos tempo e inspiração para voltar ao nosso trabalho voluntário, cantando e levando alegria às instituições. Passamos a entender melhor os órfãos e as viúvas solitárias no lar de idosos.
Hoje meus filhos são adultos e têm seus filhos. Todos os Natais nos reunimos, comemos e celebramos. Brincamos e cantamos juntos. Temos uma tradição familiar onde, depois que cada presente é tirado debaixo da árvore de Natal, imitamos a pessoa presentada e os outros tentam adivinhar quem é. Sempre há muitas risadas. Minhas irmãs e meu sobrinho-neto também
celebram conosco. Às vezes, um presente pode fazer a diferença no dia (ou no ano!) de alguém que precisa de um pouco de alegria. Foi o que minha irmã fez por mim e minha família naquele ano. A chegada do Natal me faz lembrar de que nosso Pai celestial é, sem dúvida, o maior presenteador de todos os tempos. Amou-nos tanto que deu Seu Filho para nos redimir.
Rosane Cordoba vive no Rio de Janeiro. É escritora freelancer, tradutora e produtora de material infantil baseado na fé e no desenvolvimento de caráter. ■
Se você ainda não recebeu a dádiva da vida eterna, pode fazê-lo agora, aceitando Jesus como seu Salvador com esta simples oração:
Querido Jesus, obrigado por ter vindo à terra, morrido por mim e por toda a humanidade. Obrigado por abrir um caminho para que eu possa ter um relacionamento pessoal com Você e com o Pai. Por favor, perdoe-me pelos erros que cometi. Peço que entre no meu coração. Encha-me com o Seu Espírito Santo e ajude-me a viver uma vida que Lhe agrade. Amém.
LEITURA QUE ALIMENTA
NOSSO HUMILDE SALVADOR
Vejamos como a natureza de Jesus se manifesta em alguns dos eventos-chave de Sua vida. O Rei dos reis escolheu o caminho da humildade e da modéstia. Jesus pregou e viveu a humildade.
NASCEU EM UM ESTÁBULO
E ela [Maria] deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.—Lucas 2:7
SEU MINISTÉRIO
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas-novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Mateus 9:35
A LAVAGEM DOS PÉS
Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos Seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em Sua cintura. Vocês Me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois Eu o sou. Pois bem, se Eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.—João 13:5 ,12-15
A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM
Eis que o seu Rei vem a você, humilde e montado num jumento.—Mateus 21:5
SILENCIOSO DIANTE DE SEUS ACUSADORES
Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a Sua boca; como um cordeiro, foi levado para o matadouro; e, como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, Ele não abriu a Sua boca.—Isaías 53:7
REJEITADO POR MUITOS
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo
foi feito por intermédio dEle, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam.
João 1:10–11
CRUCIFICADO JUNTO A CRIMINOSOS COMUNS
Dois ladrões foram crucificados com Ele, um à Sua direita e outro à Sua esquerda.
Mateus 27:38
DESCEU AO NOSSO NÍVEL
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.—Filipenses 2:5–7 ■
Bem-vindo de volta
Por Chris Mizrany
Sempre que volto para casa de uma viagem de trabalho ou missão, minha família faz pequenos cartazes de boas-vindas, os quais penduram nos portões, nas portas, nas paredes e praticamente na casa inteira. É sempre uma sensação maravilhosa e incrível como o cansaço da viagem desaparece rapidamente e meu coração é atraído pelo calor acolhedor do lar. Sim, estou em casa novamente.
Fico imaginando como Jesus Se sentia, tendo deixado o céu para passar muitos anos em um mundo difícil e cheio de problemas. Na noite em que os anjos cantaram, era apenas o começo de Sua jornada, marcada por alegrias e lágrimas, amizades e traições. Ele era um viajante longe de Seu lar celestial, um estranho no mundo. Acredito que, como acontece comigo, houve vezes em que Se sentiu cansado. Ser rejeitado por falar a verdade deve ter sido tão doloroso para Ele como seria para qualquer outra pessoa. Mesmo com saudades do Seu lar e do Seu Pai, perseverou.
Agora sabemos como a história que começou no primeiro Natal se desenrolou ao longo daqueles longos anos: crescimento, aprendizado, ministério, escolhas, destino, milagres, sofrimento, morte. Vemos sua influência ao longo dos milênios e sentimos o amor eterno que marcou a vida de Jesus em inúmeros corações. Mas, para Jesus, a história se desenrolou um dia de cada vez, uma obediência de cada vez, cada dia era mais um dia longe de casa, até aquela manhã incrível em que Ele ressuscitou em
glória, pondo fim ao sofrimento da morte com o brilho da salvação eterna conquistada para todos os que O receberem (João 1:12).
Hoje, você e eu estamos passando por este mundo que, a cada dia, parece ser menos acolhedor para nossa fé. Nenhum de nós vê o fim de nossa história ou conhece nosso impacto total ainda. Haverá dias em que teremos vontade de desistir, de ir a qualquer custo para algum lugar longe de tudo, onde nos sintamos em casa.
Nessas horas, devemos reconhecer a honra que é caminhar segundo a tradição de tantos crentes ao longo dos tempos (Veja Hebreus 11 e 12:1–3). Não estamos viajando por acaso ou sem rumo. Fomos escolhidos e enviados. Por isso, vamos aproveitar ao máximo nosso tempo aqui!
Podemos celebrar Jesus, Aquele que torna nossa época de Natal festiva! Podemos espalhar bondade e alegria como luzes brilhantes em um mundo sombrio. Como será maravilhoso quando nós, viajantes cansados, finalmente estivermos em casa e virmos nosso Senhor. Naquele momento, ao ouvirmos mensagens de “muito bem” e “bem-vindos de volta”, saberemos que valeu a pena.
Chris Mizrany é missionário, fotógrafo e web designer na organização Helping Hand, na Cidade do Cabo, África do Sul. ■
COM AMOR, JESUS
MINHACOMPRESENÇA VOCÊ
Com a chegada do Natal, lembre-se que estou com você na alegria e na tristeza. Esteja você tentando superar dificuldades ou desfrutando de um momento positivo, Minhas promessas não mudam e Eu estou sempre com você (Mateus 28:20).
Estou ao seu lado para celebrar as vitórias e nos seus momentos de alegria. Também estou com você na dificuldade, quando aquele emprego prometido não se concretiza, um familiar adoece ou a situação financeira é preocupante. Onde quer que esteja em sua jornada, saiba que estou com você e seu futuro é de esperança e glória (Romanos 8:18). Você sempre pode contar Comigo e recorrer a Mim para receber orientação e soluções em cada dificuldade ou nova oportunidade que se apresentar. Pode ter perfeita paz de espírito—não importa o que esteja acontecendo ao seu redor—na certeza de que estarei com você a cada segundo de cada dia desta vida, e você estará Comigo no céu por toda a eternidade (Isaías 26:3).
Sou o Príncipe da Paz. Vim para que você possa ter vida em toda a sua plenitude e permanecer em Meu amor e alegria—e que a sua alegria seja completa (João 15:9–11).
Esse é Meu presente para você—e para todos que Me receberem.