Actualidad
Economia ibérica fevereiro 2020 ( mensal ) | N.º 272 | 2,5 € (cont.)
Andaluzia
procura dinâmica da inovação pág.38
“O equilíbrio dos preços depende da nova oferta, mas não vai acontecer a curto prazo” pág. 14
“É um momento fantástico para se estar no setor da hotelaria em Portugal” pág.20
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Índice
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índice
Grande Tema
DR
38. Nº 272 - fevereiro de 2020
Actualidad
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo
Andaluzia procura dinâmica da inovação
Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca, Laia Cerdán (estagiária) e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org)
Editorial 04.
Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro
Portugal está na moda, mas toda a cooperação é bem vinda
Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Cecilio Oviedo, Eduardo Serra Jorge, Gonzalo Avila, Joana Mota e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89
Opinião 06.
Deuda y transición ecológica - Cecilio Oviedo
47.
O direito de habitação duradoura - Eduardo Serra Jorge
48.
Um ano e meio depois, o que mudou com a aplicação do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados? - Joana Mota
Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
54.
Periodicidade: Mensal
Brexit - Gonzalo Avila
Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Maria Celeste Hagatong
Atualidade 24.
Los nuevos hábitos alimenticios estimulan la reinvención de la industria
26.
Victoria Seguros: um modelo de negócio sustentável assenta em políticas de prevenção
E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 28.Marketing 34.Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 50. Setor Imobiliário 52.Eventos 55.Vinhos & Gourmet 58. Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62.Intercâmbio Comercial 64.Oportunidades de Negócio 66.Calendário Fiscal 67.Bolsa de Trabalho 68.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
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Portugal está na moda, mas toda a cooperação é bem vinda
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mais investimentos lusos, e também, no sentido contrário, para captar investimentos andaluzes para Portugal, as autoridades regionais da Andaluzia e o Governo português participaram, juntamente com cerca de uma centena de empresas, no Fórum Empresarial Andaluzia-Portugal, que se realizou no mês passado em Lisboa. Neste seminário, ouviu-se falar muito do papel da inovação e dos sistemas tecnológicos e da cooperação entre entidades de I&D+i para desenvolver os negócios empresariais, captar mais incentivos comunitários e dar maior escala às empresas dos dois países. A cooperação inter-empresas e transnacional é, assim, fundamental, para diminuir custos e conferir maior capacidade para a internacionalização, garantem as entidades ligadas ao desenvolvimento tecnológico. O próprio ministro Pedro Siza Vieira defendeu ser desejável uma maior proximidade económica entre
Portugal e a comunidade autónoma da Andaluzia, para benefício de ambos, à semelhança do que tem sido alcançado em mercados transfronteiriços que tradicionalmente estão mais próximos, como a Galiza relativamente às regiões do Minho e do norte de Portugal. No seminário, houve ainda quem lembrasse que apesar dos avanços de Portugal na criação de novos negócios de base digital, o investimento global em I&D+i ainda está abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Por outro lado, o retorno de muitos dos investimentos feitos nas startups tecnológicas sedeadas em Portugal acaba por ir parar às mãos dos investidores que alavancaram os projetos. Realidades que não agradam aos talentos nacionais e que mostram como é importante aumentar a cooperação entre entidades e empresas com dimensões e objetivos semelhantes. E-mail: cfonseca@ccile.org
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comunidade autónoma da Andaluzia quer aproveitar o bom momento da economia portuguesa e aumentar o investimento direto estrangeiro (IDE) proveniente de Portugal, que nos últimos anos foi especialmente reduzido, embora o mercado conte com a presença de algumas das grandes multinacionais portuguesas, como a Sovena ou a Sonae Sierra. A nível do IDE português, mas sobretudo de exportação, a comunidade autónoma mais populosa de Espanha, com uma população de aproximadamente 8,4 milhões de pessoas e um PIB de 167 mil milhões de euros (dados de 2018), fica atrás das comunidades autónomas de Madrid, da Catalunha e da Galiza. Todavia, em 2019, aquele valor terá aumentado. O Governo Regional da Andaluzia garante que até setembro de 2019 o investimento produtivo de Portugal na região ascendeu a “18,9 milhões de euros”, o que repre sentou “um valor 12 vezes superior ao registado nos três primeiros trimestres de 2018”, representando mais de 14% dos investimentos nacionais em toda a Espanha, “só atrás das comunidades de Madrid e da Catalunha”. Para captar
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opinião opinión
Por Cecilio Oviedo*
Deuda y transición ecológica
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l año 2019 ha sido el año de la transición ecológica en la política europea, llevando el pacto European Green Deal con el objetivo de ser el primer continente climáticamente neutro. Puede dar un nuevo empujón económico y social, como el New Deal, impulsado por las ideas de Keynes y Roosevelt. Se ha llegado al núcleo del consenso sobre el cambio climático entre partidos, a pesar de los costes económicos y sociales. La hoja de ruta (road map) está trazada. En la UE todo el mundo conoce ya sus obligaciones para avanzar en la descarbonización hasta conseguir en 2050 unos niveles neutros de CO2, que puedan ser absorbidos naturalmente. Es una nueva cesión de soberanía para conseguir el sueño europeo de 1957, cuyo objetivo era evitar otra guerra en Europa, regulando los mercados. En esto hemos tenido éxito, porque a pesar de todos los nacionalismos y del Brexit, la UE se mantiene. En este año, en un momento de emergencia climática, con una nueva Comisión y con muchos problemas como la desaceleración económica, el Brexit y sus flecos (como un nuevo Tratado y Escocia), la falta del Reino Unido en el nuevo Presupuesto Comunitario, las relaciones trasatlánticas y con China, la reforma de la OMC y los frenos al comercio internacional, la agenda digital y las migraciones, la UE está apretando el acelerador de la agenda verde y la lucha contra el cambio climático. En 2020, una mayoría relativamente de los seres humanos del planeta Tierra estamos mentalizados en la defensa de la ecología y estamos convencidos de las consecuencias del cambio climáti-
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co aunque no sepamos exactamente los argumentos científicos. Un mundo más verde, una economía más sostenible han entrado en nuestro vocabulario cotidiano a pesar de la oposición de determinados políticos y determinados países. “Hay que frenar el cambio climático” está diciendo la opinión pública. y esto vale también para los países con mayor contaminación que se oponen a un pacto global. El mismo Premio Nobel Krugman ya ha expresado su opinión sobre Estados Unidos. Nos estamos jugando el futuro del Planeta para las siguientes generaciones por el calentamiento global, independientemente de que nuestras vidas siempre estén sometidas al principio de la incertidumbre. Como seres racionales con unas tecnologías increíbles hace pocos años, podemos cambiar muchas cosas. En toda la historia de la humanidad nunca ha habido una sociedad global tan avanzada, tan rica, aún con grandes diferencias entre países y clases sociales. En lo posible tenemos que disminuir los riesgos climáticos y de calentamiento, así como la contaminación del Planeta. Siempre existirán riesgos de catástrofes por causas geológicas, climatológicas, nucleares o incluso el choque contra un gran aerolito. Las graves tragedias provocadas por los fuegos (muy frecuentes en la Península Ibérica, normalmente provocados y cuando se dan las condiciones 30/30/30 son un ejemplo de catástrofes con consecuencias sobre la ecología. Estas preocupaciones por el planeta no son nuevas. Cuando yo comenzaba la Universidad, en 1968, se reunió el Club de Roma para hablar de los peligros que se cernían sobre el mundo. Este Club cuenta hoy con más de 100
países asociados y creó la expressión “ecología política”. Ya estamos en 2020 y a niveles catastróficos de contaminación, habiéndose creado, especialmente en Europa, un consenso para actuar sin demora. Now or never!! Actualmente, para los miembros de la UE, estamos en un periodo de transición. En España y Portugal los ministerios competentes del cambio climático y de la energía han cambiado de nombre. Se llaman de “Transición Ecológica” y de “Ambiente e Transição Energética”. En la agenda política de muchos países y de los organismos internacionales la transición ya ecológica y energética está incluida. En la misma UE, Borrell habla de la importancia económica y moral de la diplomacia climática. Pensamos a menudo en la teenager sueca de 17 años que prematuramente se implicó como una celebrity, para que los demás tomemos consciencia del futuro desastre. Pero el problema hay que plantearlo de manera política y científica generalizada, como la UE. La lucha contra el cambio climático no se debe manipular por nada ni por nadie, ni a favor ni en contra, porque debe ser todo lo contrario a un espectáculo. Es responsabilidad de todos, de personas y países concienciados con el futuro del planeta. Los grandes países deben tomar nota. La utilización del carbón y derivados del petróleo en sucesivas revoluciones industriales, la utilización de combustibles contaminantes para propiciar la movilidad y el transporte han sido especialmente dañinas para el medio ambiente y el calentamiento. Sin embargo en la Cumbre de Madrid no se han conseguido compromisos, salvo por parte de la UE. No ha habido
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grandes compromisos en la Cumbre de Madrid, salvo por parte de la UE. A título de ejemplo de progreso en la Península Ibérica, hay un compromiso para cerrar las centrales eléctricas de carbón a corto plazo, con costes sociales y económicos asumidos para la minería y otros sectores relacionados. LA UE se ha comprometido a reducir a más de la mitad las emisiones de CO2 de efecto invernadero (Economía hipocarbónica con alta eficiencia energética) en 2030 y alcanzar la neutralidad climática en 2050, luchando así contra el cambio climático y en el camino hacia la sostenibilidad del sistema económico. LOS 28 Estados miembros de la UE han firmado la Convención Marco de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático (CMNUCC), el Protocolo de Kioto y el acuerdo sobre el cambio climático de París. En otro artículo veremos el necesario cambio para asumir otro reto relacionado con la economía circular, el cambio de tecnologías para luchar contra los hábitos de consumo actuales y la contaminación de los plásticos. Financiación Las empresas líderes y los financieros empiezan a ver el camino del futuro, con una evaluación de riesgos. pero la inversión puede bajar si no se le facilitan las cosas por el posible impacto macroeconómico de la descarbonización. Por ejemplo, la transición ecológica implica abandonar tecnologías que son contaminantes, pero más productivas que las tecnologías verdes que las reemplazarían. Esta potencial reducción de la productividad tendría un impacto negativo sobre el crecimiento y debe ser compensada con políticas fiscales. La transición ecológica beneficiará sobre todo en las generaciones futuras, y la lógica económica indica que, en estos casos, las inversiones necesarias deben financiarse con deuda pública y privada y serán inversiones muy importantes. Ya lo son. Las políticas fiscales tienen que jugar un papel fun-
damental, dedicando los recursos de los presupuestos públicos y los dineros de los llamados bonos verdes. En este caso, no tendría sentido dedicar todos los recursos procedentes de impuestos, al ser los más jóvenes los más beneficiados. Como dijo el Presidente Hoover, “bienaventurados los jóvenes porque ellos heredarán la deuda nacional”. Además de conseguir los objetivos medioambientales las políticas fiscales tienen que tener éxito desde el punto de vista de la rentabilidad y de la política económica. Los llamados bonos verdes son títulos de crédito emitidos por instituciones públicas o privadas que están calificadas para ello. Son activos financieros para invertir en proyectos sostenibles desde el punto de vista medioambiental obteniendo intereses para los inversionistas concienciados y que buscan una lógica rentabilidad en sus rendimientos como ingresos fijos. En 2018 las emisiones de bonos verdes, públicos y privados, han crecido hasta uns 165 mil millones de euros, no lejos del PIB de Portugal en el mismo año. Además de crecer progresivamente, las expectativas de los inversores sobre los rendimientos de este mercado son cada vez más favorables. El Banco Mundial y la Corporación Financiera han favorecido este mercado de inversiones sostenibles. El BEI tiene también el objetivo de financiar en gran escala estos proyectos y los grandes bancos ibéricos han empezado a estudiar estos préstamos, al igual que sus colegas a nivel mundial. La nueva Comisión quiere el liderazgo mundial en la lucha contra las emisiones y ha aprobado el 14 de enero el Sustainable Europe Investment Plan para movilizar un billón de euros hasta 2030, para garantizar la neutralidad climática en 2050, con el liderazgo del sector público, pero con un papel primordial del sector privado en la transformación económica, social, tecnológica e industrial en marcha, con reglas especiales para regiones menos ricas y/o más dependientes de las emisiones. Bruselas quiere destinar el 25% del nuevo presupuesto comunitario
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2012-2027 a la lucha contra el cambio climático, y esto cambiará el destino de los Fondos estructurales, lo que obligará a reorientar en parte los modelos de gasto de los tradicionales fondos estructurales y de la Política Agrícola común. Habría una segunda aportación complementaria siguiendo el Plan Juncker llamada ahora InvestEU, con el que se espera movilizar casi 300 mil millones de euros, de fondos públicos y privados, además de una partida mucho menor llamada Innovación y Modernización, financiada con los derechos de emisiones (12.000 millones de euros). Euronext/ Dublin está fomentando también las finanzas sostenibles organizando emisiones de bonos verdes en sus seis mercados regulados europeos para promover la inversión más sostenible, ofreciendo a los emisores poder cotizar estos bonos y así poder financiar sus proyectos medioambientales sostenibles. Finalmente, los bancos centrales siguen detalladamente la regulación de estos nuevos activos con impacto medioambiental en la lucha con contra el calentamiento global, y política por el empleo de cuantiosos fondos públicos y privados que afectan a la políticas monetarias. La pasada semana del 20 al 24 de enero, el tema del cambio climático pasó a ser prioritario tanto para el Consejo de Ministros en España como para la Agenda del Foro Económico de Davos, apareciendo como una de las principales amenazas para los países europeos y asiáticos en 2020. Las impresionantes imágenes de las costas ibéricas son un reflejo de los posibles cambios meteorológicos futuros. La Comisaria portuguesa de Cohesión y Reformas, la ex-ministra de Medio Ambiente, Elisa Ferreira, colabora estrechamente con Frans Timmermans, Vicepresidente ejecutivo del Pacto Verde Europeo, con el objetivo de ser el primer continente climático neutro. *Economista y ex vicepresidente de honor de la CCILE E-mail: oviedotudela50@gmail.com
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Galp investe 2.200 milhões para liderar produção de energia solar fotovoltaica na Península Ibérica A Galp anunciou, no mês passado, a car as suas “ambições estratégi- 2020-2023, em project finance , e aquisição de vários projetos de pro- cas” e posicionar-se “como líder em antecipa oportunidades para realidução de energia solar fotovoltaica, solar PV [fotovoltaico] na Península zar uma potencial parceria para os a nível ibérico, num negócio que Ibérica”. negócios de renováveis”, acrescenascenderá a 2.200 milhões de euros. A Galp optou por não participar no ta o mesmo comunicado. O acordo alcançado com o grupo leilão solar realizado no ano pas- Apesar deste novo investimento ACS permite à empresa liderada por sado, em que o Governo espanhol avultado, a Galp adianta que o invesCarlos Gomes da Silva juntar ao seu pôs a concurso cerca de metade timento líquido do grupo até 2022 se portefólio um conjunto de ativos que da capacidade de injeção (1.400 irá manter em média em torno de mil representam uma capacidade insta- megawatts), que a empresa agora milhões a 1.200 milhões de euros lada de 2,9 gigawatts (GW). adquiriu. por ano, considerando “potenciais De acordo com o comunicado A energética controlada pela desinvestimentos”, que não foram enviado pela Galp à Comissão do Amorim Energia refere ainda que a especificados. Mercado de Valores Mobiliários transação, “que inclui a aquisição, Citado no comunicado, o presidente (CMVM), “o acordo inclui mais de desenvolvimento e construção dos da empresa, Carlos Gomes da Silva, 900 MW [megawatts] de capacidade projetos”, tem um valor total de sublinha que o acordo “irá reforçar a de geração recentemente comissio- 2.200 milhões de euros até 2023. posição da Galp como uma empresa nada e um conjunto de projetos em A sua conclusão, “ainda sujeita a integrada de energia e representa diferentes estágios de desenvolvi- certas condições habituais”, é espe- um avanço significativo” no compromento com instalação planeada até rada no segundo trimestre de 2020. misso de “apoiar uma transição gra2023”. Ainda de acordo com a empresa dual para uma economia de baixo Todos estes projetos têm já “asse- energética, 450 milhões de euros carbono”. gurado o respetivo acesso à rede” serão pagos no momento de fecho, Em 2019, a Galp havia anunciado elétrica, destaca a Galp, citada com 430 milhões a serem assumidos que na próxima década irá alocar pelo jornal “Público”. Graças a esta sob a forma de dívida de project entre dez a 15% dos seus inves“seleção de projetos de elevada qua- finance. timentos em ativos renováveis e lidade, com retornos atrativos”, a “A Galp tenciona financiar os restan- novos negócios, adianta o jornal Galp cria as bases para alavan- tes desenvolvimentos no período “Público”.
EDP ganha novo contrato para energia solar no Brasil
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reforça a sua presença num mercado com baixo perfil de risco, através do estabelecimento de contratos de longo prazo, recursos r e n ováve i s atraentes e perspetivas sólidas a médio e longo prazo”, assinala a empresa liderada por António Mexia, que a EDP, acrescentando que “tem controla 82,6% da EDP Renováveis. atualmente contratado 5,3 GW” dos “Este novo projeto solar incremen- cerca de sete GW de capacidade ta a diversificação tecnológica do global prevista para o período de portefólio da EDP, no qual a capa- 2019-22, conforme anunciado no cidade total solar deverá atingir 1,3 “Strategic Update”, documento datagigawatts (GW) em 2022”, diz ainda do de 12 de março último.
Foto arquivo
A EDP conquistou um novo contrato para o fornecimento de energia solar no mercado brasileiro. O contrato de aquisição de energia (CAE) tem uma duração de 19 anos, estando previsto o arranque das operações no ano de 2022. Em comunicado enviado à CMVM, a elétrica revela que este CAE para a venda de energia gerada pelo parque solar de Lagoa, localizado no estado brasileiro de Paraíba, “tem uma capacidade total de 66 megawatts ( MW) e o início de operações esperado para 2022“. “Com este novo contrato, a EDP
Breves Novo Banco eleito o melhor banco de trade finance em Portugal O Novo Banco foi, mais uma vez, eleito o melhor banco na área de trade finance, em Portugal, no ano de 2020 (*), pela revista internacional “Global Finance”. Os editores desta revista, bem como os analistas do setor, gestores de empresas e especialistas em tecnologias da informação, selecionaram os melhores bancos que prestam serviços na área do Trade Finance em 97 países e oito regiões dos Estados Unidos da América. A seleção contemplou, entre outros critérios, o volume de transações, o serviço ao cliente, a inovação tecnológica assim como o preçário competitivo. Este prémio, para além de reforçar o papel do Novo Banco no apoio à atividade das empresas, representa o reconhecimento internacional
das competências do banco nesta importante vertente de negócio onde é disponibilizada uma vasta oferta de produtos e uma equipa especializada que potencia o sucesso das operações de comércio internacional e dá o apoio necessário à exportação. O trade finance está a viver um momento de transição, impulsionado pelo aparecimento de novas tecnologias, que colocam desafios à capacidade de adaptação de todos os agentes económicos. Foram distinguidos os bancos que se encontram melhor posicionados na apresentação de soluções inovadoras aos seus clientes, bem como na transmissão de informação e conhecimentos resultantes do acompanhamento das tendências globais sobre o comércio e respetivo financiamento.
Cellnex adquire Omtel em Portugal A Cellnex chegou a acordo com dade. A OMTEL gere um atrativo a Altice Europe e a Belmont Infra portefólio de infraestruturas que Holding’s para a aquisição de 100% representam aproximadamente do operador português de torres 25% das torres de telecomunicade telecomunicações Omtel, por ções do mercado português. Os um valor equivalente da empresa contratos da OMTEL com os seus de 800 milhões de euros. clientes têm uma duração média de A aquisição contempla igualmente 20 anos com períodos adicionais a instalação de 400 novas infraes- de cinco anos, sendo o principal a truturas nos próximos quatro anos. Altice (Meo). Tendo em conta a evolução do Uma vez finalizada a integração mercado português e o desenvol- da Omtel e concluída a construção vimento da rede 5G, os planos de das novas infraestruturas, estimacrescimento da Cellnex estimam -se que o EBITDA1 adicional geraque o programa de construção de do para o grupo seja de 90 milhões novas infraestruturas (BTS) poderá de euros. A aquisição e os futuros ser atualizado com a construção de investimentos serão financiados 350 infraestruturas adicionais até com a disponibilidade de caixa do 2027. O investimento estimado para grupo Cellnex e os fluxos de caixa o plano de construção (contratado e gerados pela própria empresa. previsto) é de 140 milhões de euros. Com esta operação, as vendas A Omtel opera atualmente três mil futuras contratadas da Cellnex infraestruturas em Portugal, o qual ( backlog ) cresceram em 2.500 passa a ser o oitavo país da Europa milhões de euros, totalizando os onde a Cellnex exerce a sua ativi- 38.500 milhões.
Bankinter e Sonae Sierra lançam a primeira SIGI em Portugal Depois do sucesso alcançado em Espanha com a Olimpo Real Estate Socimi, lançada em fevereiro de 2017, o Bankinter e a Sonae Sierra decidiram replicar o modelo em Portugal já realizado o registo comercial da Olimpo Real Estate Portugal, SIGI, SA (ORES Portugal) como sociedade de investimento e gestão imobiliária (SIGI). O alargamento da parceria Bankinter/Sonae Sierra a Portugal permitirá abranger uma carteira de imóveis sob gestão superior a 500 milhões de euros, ao nível dos maiores players ibéricos. A parceria reúne duas instituições de referência nas respetivas áreas de atividade: a Sonae Sierra, que será responsável pela gestão da carteira imobiliária e a gestão administrativa da sociedade, e o Bankinter, um dos bancos mais sólidos da Europa, que será o gestor estratégico do veículo. Com esta iniciativa, pioneira em Portugal, o Bankinter proporciona aos seus clientes a possibilidade de investirem em ativos estáveis e com contratos de exploração de estabelecimentos comerciais, tirando partido de uma carteira retalhista diversificada e que se antecipa virá e inclui supermercados, hipermercados, lojas, retail parks e escritórios, localizados essencialmente nos maiores centros urbanos de Portugal, proporcionando-lhes igualmente a possibilidade de investirem em Espanha. Criação de empresas em Portugal bate um novo máximo histórico em 2019 A criação de empresas bateu um novo máximo histórico em 2019, naquele que foi o terceiro ano de crescimento deste indicador. Foram criadas quase 50 mil empresas, fomentadas sobretudo pelos setores dos transportes e da construção. No total do ano, foram criadas 48.854 novas empresas, quase mais três mil do que em 2018, de acordo com os números disponibilizados esta terça-feira pela Informa D&B. “A constituição de novas empresas cresce consecutivamente há três anos, e 2019 marca um novo recorde neste indicador”, refere a entidade. O barómetro de análise de tendências desta consultora mostra que o crescimento da criação de novas empresas “fica a dever-se ao número cada vez maior de sociedades unipessoais”, com estas a representarem 54% das entidades criadas. Os dados mostram ainda que perto de 90% desta evolução na constituição de empresas deve-se ao contributo dos setores da construção e dos transportes. Em especial na rubrica do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, que engloba as plataformas eletrónicas como é o caso da Uber.
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Breves Vendas da Efapel crescem 9%, para 42 milhões de euros A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão e líder de mercado, registou em 2019 vendas no valor de “42 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 9% relativamente ao anterior exercício e confirma a trajetória de crescimento iniciada há mais de quatro décadas”, afirma a empresa de Serpins (Lousã). O fabricante nacional explica o sucesso mais uma vez verificado com a melhoria da imagem da marca e aumento do mercado, bem como o reforço da perceção do consumidor relativamente aos produtos Efapel nas vertentes de qualidade, preço e serviço. O crescimento das vendas na exportação da Efapel, que tem já presença direta em Espanha e em França, quase duplicou a performance global, atingindo os 15% relativamente a 2018. Refira-se que a empresa exporta cerca de 30% da sua faturação, para mais de 50 países de todo o mundo, desde a Europa e África até ao Médio Oriente e América Latina. Uma das prioridades da empresa, ao longo dos últimos anos, tem passado pela divulgação e consolidação da sua marca no exterior (designadamente pela participação em feiras internacionais do setor), tendo por isso levado a cabo o projeto de investimento “Diferenciação para Internacionalização”, com o objetivo de reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação, com vista a corresponder a novas solicitações e oportunidades de negócio detetadas. Restalia abre novo The Good Burger (TGB) no Porto A marca de hamburgueres The Good Burguer (TGB), criada pelo grupo Restalia, continua a sua expansão em Portugal, com a abertura de uma segunda loja no Porto, localizada na estação de São Bento. Segundo o diretor de Desenvolvimento Internacional do grupo Restalia, Enrique Lasso, a expansão internacional da marca continua a ser uma “prioridade” para a empresa e concentra-se principalmente na Europa. Para Lasso, a aposta em Portugal - onde a marca “100 Montaditos” já tem 19 lojas - isto porque “a economia portuguesa está a crescer acima da média da União Europeia e da Zona do Euro”, apoiada pela queda do desemprego para os níveis pré-crise. “Revolucionámos o conceito de fast food no nosso país e agora a TGB está a ter uma receção fantástica fora das nossas fronteiras”, frisou Enrique Lasso.
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Iberdrola avança com gigabateria de armazenamento de energia no Tâmega O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, e o primeiro-ministro português, António Costa, visitaram no passado dia 28 os trabalhos de execução da gigabateria do Tâmega, um dos maiores armazenamentos de energia da Europa. O complexo do Tâmega, com um investimento superior a 1.500 milhões de euros, compreende a construção de três aproveitamentos (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) no rio Tâmega, afluente do Douro. Os trabalhos, que começaram em 2014, já estão concluídos em dois terços. Estima-se a sua conclusão em 2023, conforme o calendário previsto, sendo que o aproveitamento de Gouvães e Daivões entrarão em operação já em finais de 2021. Durante a sua visita ao complexo, Ignacio Galán e António Costa puderam ver, em primeira mão, a evolução
dos trabalhos, que empregam milhares de profissionais de mais de 100 empresas, entre as quais 75 portuguesas. Uma vez concluída, esta grande infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para fornecer energia limpa a dois milhões de casas portuguesas durante um dia inteiro, o que contribuirá para os objetivos de redução de emissões fixados pelo governo português. Adicionalmente, a Iberdrola lançou há mais de cinco anos um plano de ação socioeconómico para a zona de influência que, através de mais de 50 milhões de euros, foram destinados a impulsionar iniciativas sociais, culturais e meio ambientais, beneficiando sete municípios: Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Chaves, Cabeceiras de Basto, Montalegre e Valpaços.
Santos e Vale desenvolve projeto de autossuficiência energética De um total de 17 plataformas a nível nacional, são já seis as que têm equipado um sistema de captação de energia fotovoltaica que permitirá uma diminuição da pegada ecológica da empresa. Este sistema irá poupar ao ambiente mais de mil árvores todos os anos. “Temos uma política ambiental muito bem definida para os próximos anos. Queremos ser o operador logístico em Portugal com maior crescimento económico mas com o menor impacto no ambiente. Sabemos que não vamos mudar o Mundo mas, o pouco que consigamos fazer pelo ambiente, apesar do enorme custo associado, sabemos que estamos a fazer pelos nossos filhos.”, referiu Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale. Com uma produção média diária de
mais de 260 kWh, o sistema cobrirá, para já, 70% das necessidades energéticas da empresa. No final do ano, a empresa estima uma produção de mais de 90 mil kWh, o equivalente à captação de CO2 de mais de mil árvores durante 10 anos, todos os anos. Além desta iniciativa, a estratégia de política ambiental da Santos e Vale inclui várias ações para promover a economia circular e o desperdício zero em todas as áreas da empresa.
Gestores
Cosec distinguida por contributo para as relações comerciais com América Latina e Caraíbas A Cosec– Companhia de Seguro de esta distinção atribuída à Cosec, a Créditos foi distinguida pelo Instituto presidente da seguradora salientou para a Promoção da América Latina que este prémio é também dedicado e Caraíbas com o prémio “IPDAL – à comissão executiva da companhia, Vista Alegre 2019”. que esteve presente nesta cerimónia Este prémio anual tem como obje- e, sobretudo, aos colaboradores que tivo homenagear as entidades e as “ao longo dos 50 anos de existência personalidades que se distinguiram da Cosec fizeram dela a seguradora na promoção da América Latina e de referência em Portugal no ramo no fortalecimento das suas relações dos seguros de créditos”. com Portugal, bem como aquelas A cerimónia contou com uma que manifestaram maior entusias- ampla presença dos embaixadores mo e empenho nas atividades do da América Latina e Caraíbas em Instituto. Na edição de 2019, para Lisboa, e ainda de representantes além da Cosec, foi também distingui- do corpo diplomático de outros paído o BBVA Portugal. ses com forte relacionamento com O prémio foi entregue à presidente esta região do mundo, para além de do conselho de administração da representantes de diversos outros Cosec, Maria Celeste Hagatong, pelo grupos empresariais e de câmaras presidente da assembleia-geral do de comércio. IPDAL, João Novais de Paula, e pelo O IPDAL é o Instituto para a Promoção presidente da Direção, Paulo Neves, da América Latina e Caraíbas e tem que destacou o importante contri- como principais objetivos a promobuto da Cosec no fomento das rela- ção dos países da América Latina e ções comerciais entre Portugal e os das Caraíbas em Portugal e, parapaíses da América Latina e Caraíbas. lelamente, de Portugal na América Ao usar da palavra para agradecer Latina e nos países das Caraíbas.
Coviran finaliza 2019 com quatro novos supermercados em Portugal A Coviran inaugurou, de setembro até com presença nos seus 18 distritos e dezembro de 2019, quatro supermer- nas duas regiões autónomas insulares, cados em Portugal, fortalecendo o correspondentes aos arquipélagos projecto internacional após oito anos dos Açores e da Madeira. de evolução no país vizinho. “Fruto dos bons resultados obtidos, Estas aberturas foram centradas nos Portugal representa já 10% da massa distritos de Santarém, Porto, Setúbal social da cooperativa e ocupa um e Lisboa e criaram 20 novos postos de espaço relevante no setor da distribuitrabalho; desta maneira, a Cooperativa ção lusa, que representam uma quota soma 515 metros quadrados de sala de 0,88%, valor que ascende a 2,55% de vendas à sua rede comercial, que em estabelecimentos inferiores a um encerrou o exercício com 283 super- milhar de metros quadrados”, salienta mercados em todo o território nacional, a cooperativa.
em Foco
A Mazars, empresa internacional de auditoria e consultoria, prepara-se para lançar uma nova linha de serviços em Portugal na área de consulting, assente em eixos complementares de estratégia e transformação, organização e performance, e ainda IT e digital. A aposta acontece integrada na agenda estratégica da Mazars a nível global e segue os passos de outros escritórios da firma, que têm já esta oferta consolidada no seu portefólio. A nova área será liderada por Rui Lavado (na foto), com mais de 25 anos de experiência em projetos no setor financeiro, telecomunicações, saúde e setor público, em Portugal e no exterior, como consultor de estratégia e gestão, de tecnologia e do domínio do digital.
O Standvirtual acaba de nomear Pedro Menezes Soares (na foto), como o seu novo Sales Director. Com mais de 10 anos de experiência em empresas de relevo no setor automóvel, o profissional chega para reforçar e liderar a equipa de vendas, desenvolver novos serviços para clientes profissionais e aprofundar o acompanhamento a clientes a nível nacional. “Ao longo da última década tem sido feito um excelente trabalho comercial, que permite ao Standvirtual ser, há muitos anos, o top of mind dos consumidores e profissionais. Na essência, o desafio lançado é manter a forte dinâmica e resultados com uma abordagem mais consultiva em termos automóvel. A minha entrada surge para se garantir a implementação das novidades previstas para 2020 e, sobretudo, tentar chegar a mercados/públicos diferentes com a mesma eficácia registada até ao momento”, explica Pedro Menezes Soares. Maria Tavares Leal, especialista em liderança e em gestão do capital humano, junta-se ao Departamento de Leadership Consulting, a mais recente área de negócio da Boyden Portugal. Com o contributo da Maria Tavares Leal, “a Boyden Portugal reforça o apoio à maximização de resultados de líderes e organizações, ajudando a atingir os seus objetivos de Recursos Humanos e de negócio”, afirma João Guedes Vaz, partner e Head of Leadership Consulting da Boyden Portugal. Por seu lado, a nova manager da Boyden Portugal revela que o desafio “passa por criar novas formas de organizar, gerir e implementar a liderança”.
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Breves Endesa e Iberdrola instalarán electrolineras en los McDonald´s Las grandes energéticas abren una frenética carrera para instalar puntos de recarga del coche eléctrico en parkings de grandes cadenas, como McDonald’s, Alcampo, Ikea y otras. Los grandes grupos energéticos españoles, y en especial Iberdrola, Repsol y Endesa, han abierto una guerra sin cuartel para lograr grandes acuerdos comerciales que les aseguren el despliegue de puntos de recarga para vehículos eléctricos, las denominadas electrolineras. Tanto eléctricas como petroleras se disputan, sobre todo, acuerdos estratégicos de instalación de electrolineras en los parkings de los establecimientos de hipermercados, supermercados, grandes cadenas comerciales en general, o redes de gasolineras, como Ikea, Carrefour, Consum, Burger King, McDonald’s, Eroski, Ballenoil o Petromiralles, por citar solo algunos ejemplos de los últimos contratos. Todas esas redes de establecimientos con una amplia presencia comercial en España, y donde los usuarios suelen acudir con coche y permanecer un cierto tiempo, se han convertido en el objeto de deseo de todas las energéticas. Esas redes lo saben y se están dejando cortejar por todas las energéticas. La familia Mulder compra Tiendanimal y nace un gigante de retail para mascotas Emefin, el brazo inversor del grupo Mulder, una de las familias más ricas de Perú, ha adquirido el 100 % de la empresa malagueña Tiendanimal después de un acuerdo con el fondo de inversión Miura Private Equity. La operación, estimada en cerca de 200 millones de euros, está sujeta a la aprobación de la Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC). Tiendanimal fue creada en Málaga en el año 2006, por José Antonio Alarcón y Jorge Goldberg. En la actualidad, cuenta con más de medio centenar de tiendas físicas, al que añade el negocio online, 15 clínicas y 18 consultorios veterinarios. Con una plantilla de 750 tra-
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Indra compra SIA y crea el líder de servicios de ciberseguridad en España y Portugal
Indra ha adquirido SIA, una compañía especializada en servicios de ciberseguridad, con lo que se consolida como líder en el mercado de la seguridad de la información en España y Portugal por volumen de negocio en servicios de valor añadido. SIA posee una base diversificada y estable de clientes con más de 10 mil proyectos de seguridad y es el líder nacional
en soluciones de identidad y firma electrónica. Indra ha resaltado que la combinación de sus negocios de ciberseguridad y de SIA se posiciona como una plataforma sobre la cual capitalizar las buenas perspectivas de este mercado, que es un sector en transformación, con un alto nivel de demanda y en constante crecimiento (se espera un incremento cerca del doble dígito anual del mercado español hasta 2023), y que, además, se encuentra muy fragmentado en España, Europa y Latinoamérica.
Sabadell firma acuerdo de 1.000 millones de euros con IBM para impulsar su estrategia en la nube Sabadell ha anunciado un acuerdo con IBM para contratar sus servicios por la cantidad de 1.000 millones de euros durante un periodo de 10 años (a razón de 100 millones anuales), para ayudar al banco a impulsar su proceso de digitalización y facilitar la evolución estratégica de su negocio. El sector financiero continúa atravesando un intenso periodo de cambio, marcado por factores como el marco regulatorio, la aparición de nuevos modelos de negocio y la demanda por parte de los clientes de mayores niveles de digitalización
en su modo de acceder y utilizar servicios financieros. Banco Sabadell pretende con este acuerdo con IBM transformar su infraestructura tecnológica “en una avanzada plataforma, capaz de integrar todos sus datos y aplicaciones y de facilitar una visión central, única y completa de sus clientes”.
Aena bate récord en 2019 con más de 275,2 millones de pasajeros
Los aeropuertos de la red de Aena cerraron 2019 con más de 275,2 millones de pasajeros, lo que supone un 4,4% más que en el año anterior y una cifra con la que bate su récord histórico, tras registrar un total de 2,36 millones de movimientos de aeronaves, un 2,6% más. Del total de pasajeros registrados durante el
pasado año, 188,8 millones realizaron vuelos internacionales (+3,5%) y 85,5 millones fueron vuelos nacionales (+6,4%), según los datos publicados este lunes por Aena correspondientes al año completo. De los casi 275,2 millones de pasajeros, 274,4 millones correspondieron a operaciones comerciales (+4,4%). De toda la red, integrada por 46 aeropuertos y dos helipuertos, el Aeropuerto Adolfo Suárez MadridBarajas fue la instalación que mayor tráfico de pasajeros registró de toda la red, con casi 61,7 millones de viajeros, un 6,6% más que en 2018.
Cepsa y Masdar crean una empresa conjunta para proyectos de energías renovables en España y Portugal Cepsa ha firmado un acuerdo con Masdar para crear una empresa conjunta ( joint venture ) para desarrollar proyectos de energías renovables en España y Portugal, con un objetivo inicial de entre 500 y 600 megavatios (MW ), según ha informado la compañía. La ‘joint venture’ estará par ticipada al 50% por ambas compañías. Masdar es la filial de Mubadala Investment Company, que es el principal accionista de Cepsa. Esta nueva empresa se denominará Cepsa Masdar Renovables y estará dedicada al desarrollo de proyectos de energía eólica y solar
fotovoltaica en la Península Ibérica, con ese objetivo inicial de entre 500 y 600 MW. El consejero delegado de Cepsa, Philippe Boisseau, ha señalado que el acuerdo con Masdar “representa una importante palanca para nuestro crecimiento en este sector, en el que estamos centrados en España y Portugal”.
Breves bajadores, su facturación prevista para el ejercicio 2019 es de 120 millones de euros. Emefim había adquirido antes a TA Associates y a Meridia Capital una participación mayoritaria de más del 80% del capital de Kipenzi, el grupo líder en el sector de las mascotas en España y Portugal. España y Portugal referentes europeos en la adopción de la factura electrónica La factura electrónica, y con ella la digitalización de la actividad empresarial, es una realidad en la Península Ibérica donde, tanto en España como en Portugal, su uso ha crecido exponencialmente. En este impulso ha tenido mucho que ver la obligación generalizada de su utilización en el marco de la Unión Europea en las transacciones entre empresas y las administraciones públicas, según el “Estudio Situación de la Factura Electrónica en el Mundo”, elaborado por Seres, empresa internacional pionera y especialista en el intercambio electrónico seguro de documentos. En España esta obligación se adoptó en 2015 y en Portugal en abril de 2019. Además, los dos países ibéricos lideran, junto con Italia, la implantación de su obligatoriedad en las relaciones entre empresas. En Europa, la factura electrónica está presente en todos los países y gran parte del éxito de su uso se debe al impulso normativo por parte de los diferentes gobiernos para acelerar su implantación a través de la obligatoriedad. Paradores de Turismo aumenta su beneficio un 1,1% en 2019 Paradores de Turismo cerró 2019 con un beneficio neto de 16,8 millones de euros, lo que supone un incremento del 1,17% con respecto a un año antes, según ha informado la entidad. Durante el año pasado, Paradores aumentó sus ingresos en un 3%, hasta los 265,5 millones de euros. De estos, 136,6 millones de euros (+3%) provenían de ingresos por alojamiento, mientras que 119,4 millones (+3,2%) fueron ingresos por restauración. La ocupación en el conjunto de 2019 fue del 65,16%, 0,5 puntos porcentuales más. En concreto, Paradores terminó 2019 con más de 1,3 millones de habitaciones vendidas. El presidente y consejero delegado de la hotelera pública, Óscar López, ha destacado que Paradores está desarrollando una “gestión prudente que ha logrado que la compañía incremente sus beneficio mejorando, al mismo tiempo, los salarios de los empleados”.
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“O equilíbrio
dos preços depende da nova oferta, mas não vai acontecer a curto prazo”
Entre os planos da Merlin Properties, está o seu crescimento em Portugal, onde tem aproximadamente 8% do total dos seus ativos, de 12.400 milhões de euros. Esta socimi espanhola (regime semelhante ao criado em Portugal sob o nome de SIGI, as sociedades de investimentos e gestão imobiliária), passou a ser cotada na Euronext Lisbon no mês passado, naquele que foi o primeiro dual listing de uma empresa espanhola deste setor. Em 2020, outros planos passam pelo desenvolvimento do projeto da plataforma logística Lisboa Norte, onde vai investir 150 milhões de euros até 2025. João Cristina, diretor-geral da Merlin Properties em Portugal, explica quais os projetos a curto e médio prazo em território português e, ainda, quais as operações mais relevantes realizadas em Espanha. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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omeça o ano com a entrada de Merlin Properties na bolsa de valores de Lisboa. Que dimensão vai dar ao negócio esta presença?
Como já dissémos no passado, esta presença tem um valor simbólico. A Merlin vê-se sobretudo como uma empresa ibérica, tem um ADN ibérico, e vemos esta entrada como um passo natural. Queremos que os nossos stakeholders sintam que nós também somos portugueses, e foi essa a motivação para entrar na bolsa portuguesa. Cerca de 1% dos seus acionistas já são portugueses. Esperam que aumente
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João Cristina Head of Portugal da Merlin Properties
esse número a curto prazo?
Sim, um dos efeitos que esperamos da entrada na bolsa é uma maior diversidade da nossa parte de acionistas, onde os pequenos aforradores portugueses e investidores possam ter um maior peso na nossa estrutura. Neste momento, é mais interessante o mercado imobiliário português que o espanhol? Porquê?
O mercado imobiliário português vive um momento muito bom. Por um lado temos tido falta de oferta e uma crescente procura. Os investidores que tenham imóveis comerciais para arrendar têm um poder
negocial muito grande o que faz que as rendas tenham vindo a disparar. Por outro lado, o preço em Lisboa é mais baixo do que o preço em Madrid ou Barcelona. Portanto, o mercado imobiliário português é atrativo, não só no setor de escritórios, é transversal a todos os setores. A logística vai-se consolidar no próximo quinquénio. Como é que vão concretizar o esperado crescimento da Merlin Properties em Portugal, passando de um peso de 10% para 15 a 20% dos ativos do grupo? Será essencialmente pelos novos investimentos na plataforma logística de Lisboa Norte (Vila Franca de Xira)?
O crescimento será feito por um lado com os investimentos que estamos a fazer nos imóveis que temos, com um retorno sobre o capital investido mais alto do que comprar edifícios novos. Estamos a fazer intervenções no Monumental e nos outros edifícios, com o da Nestlé, e também na plataforma logística Lisboa Norte, onde o investimento rondará os 150 milhões de euros. Isto vai-nos permitir aumentar a carteira portuguesa frente à carteira global da Merlin. No entanto, depois, de forma paciente, veremos que oportunidades é que o mercado nos apresenta e nessa fase entraremos. Não temos pressa para comprar. fevereiro de 2020
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Que investimentos estão previstos para essa plataforma e quando serão concretizados?
Temos um terreno grande e o investimento será feito de forma faseada. A primeria nave logística vai ser construída a muito breve prazo e o resto do investimento será por fases. Vamos testando o mercado, e à medida que as naves logísticas sejam tomadas entraremos na construção de mais uma nova nave logística. Tudo isto num prazo de cinco anos.
Os vossos interesses em Portugal vão restringir-se à promoção e desenvolvimento imobiliário, ou podem entrar em outras áreas (energia, gestão de centros comerciais, etc.)?
O nosso objetivo é centrarmo-nos e focarmo-nos em três setores: escritórios, centros comerciais e logística. Não vamos entrar nem no setor residencial nem no hoteleiro, nem nas energias renováveis. Estamos especializados nestes três setores e daí não saímos. Haverá crescimento inorgânico?
Há possibilidade, mas não vamos entrar em loucuras. Não temos pressa para investir. Quando as oportuni16 ACT UALIDAD€
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dades aparecerem, serão analisadas e investiremos se achamos que é a melhor opção e, caso contrário, não.
“De forma paciente, veremos que oportunidades é que o mercado nos apresenta e, nessa fase [posterior, poderemos fazer novas aquisições] Não temos pressa para comprar” Preocupa-o o comportamento dos preços?
Na parte de escritórios, há claramente uma falta de oferta, que foi agravada com a reconversão de alguns edifícios antigos que outrora eram escritórios e passaram ao residencial ou a hotéis. Há cerca de 10% menos do que aquilo que estávamos à espera. E cresceu a procura de escritórios, e muitos projetos que pensávamos que estariam hoje prontos afinal ain-
da estão em fase de desenvolvimento ou de licenciamento. Existe uma pressão grande do lado da procura, a oferta não tem conseguido acompanhar e os preços estão disparados e vai continuar assim a curto/médio prazo. O equilíbrio chegará à medida que a nova oferta sair e a procura diminuir, mas não vai acontecer a curto prazo. Na parte residencial, cresceu acima de tudo a procura estrangeira. Houve vários programas lançados, como os golden visa ou o residente não habitual, que fizeram com que mais estrangeiros olhassem para o mercado português com interesse em adquirir uma residência de habitação. Isso faz com que num mercado deprimido, com pouca promoção, nos últimos anos, os preços disparassem. Também é normal que, a curto prazo, os valores das casas estabilizem. Em Espanha, o ano passado esteve marcado pela entrada de Merlin na Operación Chamartín. Que projetos esperam desenvolver?
É uma operação cumprida no tempo e que tem todos os usos. DCM, um dos maiores acionistas da operação onde a Merlin Properties tem 14,46%, é a proprietária de uma percentagem alta
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das zonas que têm escritórios com os espaços comerciais locais. No total, a exposição da DCM seria em torno de 19% residencial e 81% edifícios de escritórios com os locais. Também se realizou a aquisição da totalidade da Loom. Há uma aposta pelo mercado de flex space? Vai aumentar o investimento neste setor?
Não é uma linha de negócio. Dentro da parte de escritórios, tem sentido oferecer aos nossoss clientes o aluguer tradicional e esta parte de flex space. Os inquilinos podem ter necessidades pontuais ao nível de tempo, tamanho, preço, localização... Nós oferecemos aos nossos clientes todas as modalidades, e atualmente, o flex space representa 1,5%. Não é muito, mas traz a possibilidade que para os nossos inquilinos corporate esta fórmula encaixa muito bem em determinados projetos. Há alguns estudos de especialistas que falam da possibilidade desta fórmula chegar a representar cinco a 10% do mercado. Para nós, é um complemento da nossa linha de negócio. E em Portugal?
É natural que nós tentemos incluir o flex space em Portugal conforme também dar resposta aos nossos clientes. Mas em Portugal sofremos do nosso sucesso por ter todos os nossos edifícios ocupados a 100% temos nesta fase pouca capacidade para incluir o flex space. Estamos a olhar para esta modalidade em Lisboa, e, a curto/ médio prazo, esperamos poder abrir um Loom em Portugal. O negócio vai-se centrar na área de Lisboa?
No setor dos centros comerciais, poderíamos olhar também para o Grande Porto. Depende mais das grandes áreas urbanas onde está o grande consumo. O setor de escritórios está mais centralizado e olhamos para mercados mais líquidos, e em Portugal é claramente Lisboa.
“Estamos perto do nosso objetivo, que é ter aproximadamente um peso de 40% [das vendas] de escritórios, 20% de retail, 20% logístico e 20% de net lease” Como se apresenta 2020 ?
Vamos continuar a investir nos nossos ativos e a seguir determinadas
operações, em Portugal, e na logística. Vai ser um ano de travessia, porque quando não se compra, mas se reforma, leva mais tempo. É preciso tempo para brilhar em tudo o que estamos a fazer. Em 2020, temos muitas obras em curso, e em 2021 serão as grandes aberturas. Estamos a tirar valor dos ativos que temos. Como se distribui o volume de negócios da Merlin Propierties nas distintas áreas?
Estamos perto do nosso objetivo, que é ter aproximadamente um peso de 40% de escritórios, 20% de retail, FEVEREIRO DE 2020
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grande entrevista gran entrevista O setor da logística vai crescer?
É a menina bonita. Temos em exploração mais de 1,1 milhão de metros quadrados, e dentro de não muito tempo vamos chegar aos três milhões. Em rendas, podemos estar a falar em torno dos 100 milhões de euros, valor parecido com o do retail, com muitos menos área. Esperam subidas de impostos para as socimi em Espanha com a chegada do novo Governo?
A única mudança que estão a propor é aplicar um imposto do 15% aos lucros não distribuídos. A realidade é que às grandes Socimis cotadas no mercado contínuo não tem impacto. Cada vez que distribuímos dividendos tem um imposto direto. Tributamos em destino via imposto de capital. Mas aquelas que distribuem estritamente o que a lei exige (80% do lucro) podem sofrer mais. E dizer que qualquer mudança das regras do jogo, a meio, não é bom. O impacto pode ser pior do ponto de vista da reputação, mais do que a nível fiscal. Além do Santander, que outros acionistas de referência têm?
20% logístico e 20% de net lease. Uma vez que tudo o que está em obras comece a dar rendas, vamos ter 44% escritórios, 23% retail, logística próximo ao 16% e o net lease cerca de 14%. Em escritórios, estamos em Madrid, Barcelona e Lisboa, em centros comerciais estamos em aquelas áreas onde a zona de inf luência seja superior a 500 mil habitantes. Estamos em Madrid, Barcelona, Bilbau, Mailorca, Málaga... E temos tanto centros dominantes ou os urbanos, de primeira geração, e estamos a investir para renovar. A localizção da logística fica deter18 ACT UALIDAD€
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minada pelos eixos logísticos. Em Madrid há dois: o da A-2 e A-4, e hubs secundários como Saragoça, Vitória, Sevilha ou Valência.
O Santander tem cerca de 22%, fruto da operação da Metrovacesa, onde pagámos com ações, e o resto está nas mãos de quem quiser comprar ações cotadas, o chamado free f loat , porque todos têm menos de 5% da empresa.
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Grupo IHG: “É um momento fantástico para se estar no setor da hotelaria em Portugal” Dono de marcas como Intercontinental, Six Senses, Crowne Plaza, Holiday Inn ou Holiday Inn Express, entre outras, o grupo IHG continua a expandir a sua presença em Portugal. Eric Viale, diretor do IHG para o sul da Europa, considera que há muitas oportunidades para as marcas de hotéis do grupo no mercado português. O mesmo é válido para Espanha, França, Chipre, Turquia e Israel.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
que representa Portugal para o IHG Group?
com os nossos proprietários. Estamos prédios históricos, através de um prograsatisfeitos com o desempenho das nos- ma de remodelação, de vários milhões Portugal é um mercado fan- sas propriedades em Portugal, com os de euros, em toda a Europa, incluindo tástico para nós. Desde a nossos icónicos hotéis Intercontinental o Intercontinental Lisboa. Na marca abertura do nosso primeiro a crescer à frente do mercado. Holiday Inn, estamos a lançar o conceito hotel IHG, há mais de 30 anos (o open lobby, com um design atualizado Holiday Inn - Lisboa), temos vindo a O que pode ser melhorado e o que consi- para proporcionar uma sensação mais construir uma forte presença, sendo dera mais desafiante em Portugal? contemporânea. Temos estado ocupaum dos maiores players internacionais Estamos confiantes nas nossas perspeti- dos a projetar e a remodelar os quartos do país e um importante empregador vas de crescimento em Portugal e que- da “next generation” (próxima geração) nas comunidades locais. Somos um remos trabalhar com os nossos parceiros nos hotéis Holiday Inn Express, em dos principais grupos hoteleiros do no sentido de obter maiores retornos e linha com as mais recentes informações mundo, pelo que estamos em posição levar as nossas marcas a mais clientes sobre as necessidades dos consumidode força no mercado, impulsionados em todo o país. Adotamos a mesma res. Também vemos oportunidades em pelo sólido desempenho da gestão dos abordagem em toda a Europa, concen- Portugal para lançar a nossa marca de nossos imóveis, pelos investimentos trando-nos em três áreas principais de boutique de luxo Hotel Indigo, que devecontínuos nos nossos produtos, pela crescimento: Primeiro, estamos a desen- rá dobrar a sua presença nos próximos forte concentração de talento, pela volver as marcas que já operamos. Na cinco anos em todo o mundo; Estamos expansão do nosso portfólio de fran- icónica marca Intercontinental, estamos a criar novas marcas. Estamos a agir chising e pelas profundas parcerias a trazer luxo moderno para os nossos rapidamente para lançar uma nova e
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inovadora marca de luxo chamada Voco, que já tem seis hotéis abertos na Europa e muitos outros pensados, com grande potencial em Portugal. A nível global, estamos a adquirir marcas de luxo do mais alto nível. A nossa marca boutique líder Kimpton está a crescer num ritmo acelerado. Já abrimos quatro na Europa e abriremos mais, nomeadamente em Barcelona e em Paris este ano. No ano passado, também adquirimos a Six Senses, uma marca de bem-estar e sustentabilidade, com excelentes propriedades em todo o mundo, como é o caso da do Vale do Douro. Esta marca também tem um pipeline extremamente atraente, por exemplo, a recentemente anunciada assinatura para a construção de um resort no Vale do Loire, em França. Espera-se que a Six Senses venha a ter mais 60 propriedades nos próximos 10 anos. Qual é o vosso hotel mais bem sucedido em Portugal?
Estamos muito satisfeitos com o forte desempenho das nossas unidades em Portugal, especialmente em Lisboa e Porto, que crescem acima do mercado. Construímos uma forte presença no segmento de luxo, através dos três Intercontinental (Lisboa, Porto e Estoril), e do Six Senses Douro Valley. As nossas marcas de topo e as mais acessíveis são também importantes fatores de crescimento para nós. Temos dois populares hotéis Crowne Plaza, no Porto e no Algarve, além de várias propriedades Holiday Inn e Holiday Inn Express em todo o país, incluindo duas propriedades Holiday Inn Express recém-inauguradas em locais centrais da cidade: Holiday Inn Express Lisbon (Saldanha) e Holiday Inn Express Porto (centro). Há espaço para mais hotéis em Portugal? Onde? Estamos perto do ponto de saturação do mercado hoteleiro, com a concorrência do alojamento local?
É um momento fantástico para se estar
ao ano. Juntamente com isto surgem oportunidades empolgantes para disponibilizar as nossas adoradas marcas a mais viajantes e à população de todo o país. Vemos muitas oportunidades para o crescimento do setor em Portugal. As receitas hoteleiras continuam a crescer fortemente, estando Lisboa entre as que detêm as mais elevadas da UE - tal como Madrid. Em comparação com mercados similares, em Portugal ainda existem oportunidades relativamente inexploradas para o mercado hoteleiro se diversificar, com investidores atualmente mais ativos do que nunca e altamente diversificados, quer na geografia que elegem, quer nos tipos de ativos que preferem. Que peso tem o segmento de eventos nas receitas dos vossos hotéis em Portugal?
Acolhemos regularmente um grande número de clientes corporativos nos nossos hotéis, em todo o país, e empenhamo-nos especialmente para disponibilizarmos os melhores espaços para eventos. Vemos uma forte procura por espaços para reuniões e eventos, particularmente em Lisboa, palco de muitos dos maiores negócios do país e sede de uma vaga de novas empresas de tecnologia e start-up em rápido crescimento. No Intercontinental Lisbon, concluímos recentemente extensas remodelações focadas em reposicionar o design de maneira a atrair os viajantes de negócios modernos, incluindo espaços de trabalho superiores, suítes de alta no setor da hotelaria em Portugal, por- qualidade e terraços exclusivos com que há muito espaço para crescer. O vistas magníficas da cidade. mercado continua a sentir os benefícios Com as suas ofertas de retalho de alta do recente boom do turismo, que ajudou qualidade, a cidade do Porto também a impulsionar o melhor desempenho é um destino popular para clientes hoteleiro em décadas, juntamente com em negócios e lazer, bem como para investimentos em infraestruturas, novas residentes locais. O Crowne Plaza Porto construções de hotéis e remodelações em passou por extensas reformas nos últidestinos-chave. Com a sua rica história mos três anos, apresentando agora um e cultura e a merecida reputação como dos maiores salões de dia da cidade, um líder em gastronomia e vinicultura, não é lobby redesenhado e o novo conceito de de surpreender que o número de turistas F&B da marca, que atrai grupos corque visitam Portugal ainda cresça 1,7% porativos, reservas de eventos, hóspedes
“Vemos muitas oportunidades para o crescimento do setor em Portugal. As receitas hoteleiras continuam a crescer fortemente, estando Lisboa entre as que detêm as mais elevadas da UE - tal como Madrid”
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em lazer e também residentes locais. O em Espanha, que está entre os países Intercontinental Porto também está bem que mais crescem no mercado hoteleiro. adaptado a este mercado e é particu- Acabamos de abrir um segundo Hotel larmente popular entre os hóspedes em Indigo, o Moncloa-Argüelles, em Madrid, lazer - oferecendo um edifício histórico uma localização chave, já que fica a uma num local icónico, oferecendo os mais curta distância a pé das principais áreas altos níveis de serviço de luxo no coração de negócios e lazer da cidade. Estamos da cidade. Para garantir que renovamos incrivelmente empolgados com a inauconsistentemente a nossa oferta de luxo, guração do Kimpton Vividora Hotel em em breve iniciaremos um emocionante projeto de renovação em algumas das suites do hotel, bem como um novo O grupo IHG possui conceito de restaurante, em 2020.
marca Holiday Inn na área de Sant Cugat, em Barcelona, em 2023, enquanto a tranquila ponta norte de Ibiza, na cristalina baía de Cala Xarraca, será o cenário inspirador do Six Senses Ibiza. Em termos gerais, o sul da Europa é uma região empolgante, com fortes oportunidades de crescimento para o IHG – França, Portugal e Espanha, no oeste, e, do outro lado do Mediterrâneo, Chipre, Turquia e Israel, no leste. Com culturas ricas, história e culinária, clima mais quente e belas praias, além de “quase 190 hotéis cidades atraentes – não é surpresa que Que perspetivas traça para 2020? muitos dos países mais visitados do abertos (aproxiEstamos empenhados em desenvolver as mundo estejam no sul da Europa. Estou madamente 30 mil nossas marcas em Portugal, com esperealmente animado com o rápido crescial foco no Holiday Inn, Holiday Inn cimento de nosso portefólio dinâmico quartos) e mais de Express, Hotel Indigo e na nossa mais nesses mercados. Agora, temos quase 40 hotéis em desen- 190 hotéis abertos (aproximadamente recente marca de luxo, Voco. Estamos ansiosos para receber mais hóspedes em 30 mil quartos) e mais de 40 hotéis em volvimento” lazer, moradores e viajantes de negócios desenvolvimento. Recentemente, monde todo o país e do exterior! támos uma nova sede dedicada ao sul Barcelona, neste mês de fevereiro, que será da Europa, com sede em Paris, sob Quais são os planos do IHG Group para o primeiro hotel em Espanha para esta minha a liderança. Como parte dessa Espanha? nossa marca de luxo, Kimpton Hotels restruturação, aumentamos os recurConstruímos uma forte presença na &Restaurants. Localizado no famoso sos operacionais e de desenvolvimento Espanha, com 26 hotéis abertos e mais Bairro Gótico, com 156 quartos maravi- nos nossos principais mercados– com três em projeto, cruzando a nossa varieda- lhosamente decorados e três restaurantes recursos humanos capacitados no que de de marcas icónicas, do Holiday Inn ao e bares distintos, o Kimpton Vividora se refere ao idioma local e entendimento Crowne Plaza e InterContinental. Hotel prepara-se para ser a mais emocio- cultural– para ajudar a expandir o nosso Assistimos a uma procura consistente nante inauguração de hotel em Barcelona portefólio e fornecer o melhor suporte por hotéis boutique, design-led hotels em 2020. Também disponibilizaremos a para os nossos hotéis e parceiros. 22 ACT UALIDAD€
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Los nuevos hábitos alimenticios estimulan la reinvención de la industria
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os encontramos en una sociedad cada vez más concienciada sobre el medio ambiente, el origen de los alimentos y la necesidad de tener una alimentación saludable. Es por ello que los consumidores y consumidoras estudian con detenimiento los productos biológicos y son más propensos a basar su alimentación en una dieta vegetariana, vegana o “flexitariana” (consumen de forma ocasional pescado y carne). Lo cierto es que este cambio de hábitos alimenticios está motivado por cuatro grandes razones principales: nuestra preocupación por el bienestar animal; frenar las emisiones de gases de efecto invernadero, los graves impactos del calentamiento global y, la mejora de nuestra salud. Así mismo, el Grupo Intergubernamental de Expertos sobre el Cambio Climático (IPCC, por sus siglas en inglés) de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), señala que las dietas equilibradas que contienen
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La sociedad está cada vez más concienciada sobre el medio ambiente, el origen de los alimentos y la necesidad de tener una alimentación saludable. Por eso, las marcas están desarrollando alternativas. Texto Laia Cerdán actualidade@ccile.org Foto DR
alimentos de origen animal producidos de manera sostenible y de origen vegetal “presentan grandes oportunidades para la adaptación y la mitigación, a la vez que generan importantes beneficios colaterales en términos de salud humana”. A pesar de que hay voces que dicen que es una moda o tendencia del momento, es indiscutible que cada año son más las personas que siguen y aconsejan esta filosofía de vida. Es por ello que en los últimos años el mercado de la comida desvinculada al origen animal, tanto desde el punto de vista de la distribución como de la restauración, en 2016 generó un negocio de más de 4.100 millones de euros, según la consultora Visiongain. En lo que respecta a esta transformación, hay que tener claro que este auge se ha visto estimulado a que su gastronomía se ha puesto al día. Bien es cierto que al principio, la mayor parte de las cartas la constituían las hamburguesas vegetales, pero en la actualidad el recetario es más atractivo y se ha expandido a todos los públicos.
La revista “The Economist” previó que 2019 sería “el año del veganismo” y acertó ya que según la consultora Lantern, que hizo un retrato sobre el veganismo, estimó que tan solo en Portugal ya había 764 mil personas que seguían esta dieta. Por consiguiente, las cadenas de supermercados han detectado una demanda y un nicho de mercado lo suficientemente amplio como para que les salga rentable tanto económicamente como para su imagen y están haciendo un esfuerzo en ampliar su surtido de productos sin origen animal enfocados a las personas interesadas. Y, además, la industria cárnica está abriéndose nicho de mercado vegetariano, como ya hizo la industria láctea hace años. En los últimos dos años, la cadena Auchan ha declarado que la búsqueda de estos productos ha aumentado un 20% y, por otro lado, en los supermercados Continente, más del 25% de las ventas en el área Bio&Saudável es gracias a la oferta vegetariana.
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atualidade actualidad
Victoria Seguros: um modelo de negócio sustentável assenta em políticas de prevenção Há quase 90 anos no mercado português, a seguradora Victoria aposta na diversidade da sua oferta, com produtos para todos os ramos de negócio, quer para clientes empresa, quer para particulares. Cyrille Mascarelle, administrador-delegado da seguradora do grupo SMA no mercado português, avança que o crescimento tem sido contínuo e que estão a trabalhar na modernização de processos para garantir a melhor experiência possível para os clientes. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
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omo tem evoluído a atividade da Victoria Seguros em Portugal?
A Victoria está presente no mercado português desde 1930, pelo que, naturalmente, tem vivido muitos anos bons, alguns excelentes e, claro, outros menos bons. Duma forma global, a evolução dos negócios e – ainda mais importante – da solvência da Victoria tem sido positiva ao longo dos anos. Assim sendo, poder-se-á dizer com justiça que a Victoria goza de boa saúde e recomenda-se. Perante os anos piores tivemos sempre uma abordagem de aprendizagem, reforçando a nossa estratégia, clara,
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assertiva e focada nos pontos fortes da companhia. O importante para nós é continuar a trabalhar, pelo menos mais 90 anos, em prol dos clientes que depositam a sua confiança na marca Victoria. Os recentes sucessos que temos tido, consolidam o caminho que tem vindo a ser traçado. Para a Victoria Portugal, quais são os segmentos mais significativos e os que poderão crescer mais?
para pessoas (vida, saúde, acidentes), transporte e riscos patrimoniais (construção, engenharia); linhas essas, que representam, na nossa opinião, as melhores oportunidades de crescimento sustentável a médio prazo. Quanto obteve a Victoria em receitas brutas em 2018 e quanto espera obter este ano?
Em 2018, a Victoria obteve 122 milhões de euros de prémios, com uma repartição de aproximadamente 37 milhões de euros provenientes do ramo vida e 85 milhões de euros no ramo não vida. 2019 irá fechar com um ligeiro crescimento e a consolidação da nossa posição no mercado segurador nacional Quanto representa Portugal para a
A Victoria carateriza-se por ser uma multinacional SMA? seguradora com soluções para, pra- Mais do que um valor, a Victoria ticamente, todos os ramos e segmen- representa, para o grupo SMA, um tos de clientes, por via da diversida- exemplo ímpar de diversificação de da sua oferta e capacidade para de negócio e entrada em mercados responder, de forma diferenciada, a estratégicos. Nesse sentido, o grupo determinadas exigências ou nichos continua a reforçar e apostar na de mercado. Fruto do conhecimento marca Victoria e no mercado portutécnico e enorme experiência acu- guês. Portugal representa um mermulada, do investimento contínuo cado com muitas oportunidades de nas equipas e a aposta firme na negócio, potencial de crescimento distribuição profissional, o mer- e espaço para o estudo de soluções cado reconhece na Victoria uma inovadoras, como por exemplo, proseguradora generalista com vocação dutos que incorporam uma visão de especialista em áreas como soluções sustentabilidade.
actualidad atualidade Que expetativas têm relativamente à evolução do mercado português?
Quais são os principais riscos que o segmento empresarial deverá acautelar?
O mercado segurador português – com independência das lógicas ten- Na nossa ótica, os riscos que as dências pro-cíclicas económicas – é empresas devem acautelar estão um mercado interessante, com pers- assentes em três grandes pilares: colapetivas de crescimento. A recuperação boradores, através de soluções de prode economia depois da crise reflete teção, segurança e retenção de talenuma necessidade de propor produtos tos. Neste segmento, dispomos de de seguros que permitam acompanhar soluções em vida, acidentes e saúde; a evolução das empresas e a procura património, para a sua proteção, atrade soluções de proteção específicas, vés de soluções de multirriscos, engeadequadas à realidade dos clientes nharia, marítimo e transportes, com particulares. especial relevância para os seguros de mercadorias transportadas, nos quais Quais são os maiores desafios que a a Victoria é líder de mercado; resVictoria enfrenta ou que antevê? E para ponsabilidades, através de soluções o setor? Tem sido um setor resiliente? de exploração, ambiental, produtos, Se há um setor com peso no PIB que construção, profissional, sejam elas enfrenta grandes desafios no futuro standard ou à medida das necessidaimediato e a médio prazo é o setor des individuais ou de nicho. segurador, o qual, certamente, e até à data, tem demonstrado uma resiliência Que inovações têm introduzido na não encontrada noutras áreas de ativi- forma de trabalhar e relação com os dade, à partida mais robustas e capazes clientes? para enfrentar conjunturas difíceis. Embora o conceito de inovação não A capacidade do mercado segurador signifique apenas inovação tecnológiem resistir aos ciclos económicos, pela ca, em 2019 a Victoria deu dois grannatureza do seu negócio, é um ponto des passos no caminho da modernizaforte para a economia global ao per- ção tecnológica com impacto direto mitir que os outros intervenientes eco- na forma de trabalhar e na relação nómicos planifiquem sua atividade com os nossos clientes: Robotização com uma volatilidade reduzida. (automatização de processos): tornanA indústria seguradora depara-se com do tarefas/processos repetitivos mais um futuro pleno de reptos, resultante ágeis e deslocando recursos humanos da alteração dos comportamentos do para tarefas que exigem uma maior consumidor, do imperativo da moder- especialização. Com estes processos, nização tecnológica e da necessidade criámos maior valor ao contributo de redefinir os seus modelos de negó- dos colaboradores, reduzindo o erro cio, bem como do aparecimento dos (humano) e os custos associados. novos atores tecnológicos e da diver- Além de aumentarmos a produtivisificação dos seus canais de distribui- dade destes processos, a Victoria está ção, passando pela ocorrência cada preparada para aumentar a sua escala vez mais frequente dos denominados sem que isso acarrete maiores custos; eventos catastróficos e o incremento Disponibilização de novos serviços exponencial da regulação. ao cliente em ambiente digital: foi Quanto à Victoria, os maiores desa- lançado o novo site Victoria com uma fios passam pela procura de soluções abordagem disruptiva de comunicaque se diferenciam e aportam valor ção e interação com o cliente, serviço à nossa oferta, assentes na inovação, médico 24/7 (telefone, e-mail e vídeobem como, uma melhoria contínua chamada, através da app), app para dos nossos processos, visando uma serviço de reboque. Encaramos o digital como uma fermaior qualidade de serviço.
ramenta que apoia o negócio, aumentando a rapidez, comodidade e qualidade dos processos, não descurando a importância de dar resposta no momento crítico, por exemplo, quando ocorre um sinistro. É um dos momentos em que os nossos clientes valorizam e avaliam a qualidade do serviço Victoria. A parceria que a Victoria formalizou com a Coface (a 18 de dezembro), também é uma forma diruptiva e inovadora de trabalhar no mercado, no qual duas seguradoras líderes (seguro de mercadorias transportadas e seguros de crédito) se unem com vista a oferecer uma solução única, robusta e abrangente para os seus clientes. Com um novo conceito de solução de proteção integrada para as empresas. Como evoluirá a comercialização de seguros?
A comercialização dos seguros irá ser impactada, seguramente, pela “experiência do cliente”, em particular pela simplicidade e rapidez do processo de contratação, on e offline, a qualidade e comodidade da gestão de sinistros e uma interação cada vez mais personalizada. Igualmente, a indústria seguradora deverá continuar a evoluir na resposta às novas necessidades das empresas (ataques cibernéticos, drones ou crescente exposição a riscos sociais, para citar apenas três exemplos sobejamente conhecidos) e na relação com uma nova geração de consumidores sempre “ligados”, que exigem uma resposta na hora e à distância de um clique e que procuram interação com as seguradoras e distribuidores através dos seus smartphones. Finalmente, os seguros devem incorporar um modelo de negócio sustentável, com o objetivo claro de trabalhar para a proteção do património comum, do nosso planeta e meio ambiente. Um modelo assente em políticas de prevenção, interação e parcerias com elementos-chave ligados à sustentabilidade: a iniciativa da Victoria como parceira do CIESM faz parte deste modelo. FEVEREIRO DE 2020
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A YAY e o Fado como motor de mudança
Na melancolia e na tristeza que o Fado expressa, a marca portuguesa de roupa e acessórios para rapazes YAY vê um catalisador de mudança. Foi nisso que Milena Melo, a designer e fundadora da marca, se inspirou para conceber a próxima coleção de outono/inverno da YAY, que foi apresentada na “Pitti Bimbo”, a mais reconhecida feira internacional de moda infantil, que se realizou em Florença, no mês passado. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
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á colcheias que choram ao lado de inscrições como “Cry a river, build a bridge, get over it!” (Chora um rio, constrói uma ponte e ultrapassa a situação!”). Este é o espírito da nova coleção outono/inverno da YAY 2020/21, que foi apresentada em Florença, entre os dias 16 e 18 de janeiro, na recente edição da Pitti Bimbo, considerada a melhor feira internacional de moda infantil. Milena Melo, a designer e fundadora desta marca portuguesa de roupa infantil, explica que a coleção se inspira no Fado: “Não me agrada a filosofia de colocar as crianças numa bolha para evitar que sintam frustração ou tristeza. Não é à toa que os portugueses são ao mesmo tempo melancólicos e protagonistas dos Descobrimentos e de tantas coisas boas. A vida tem os dois lados e precisamos desses sentimentos para nos descobrir e para promover a mudança. O caminho da felicidade envolve tristeza e frustração e assumir isso é uma mais
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valia da portugalidade. Como designer, mas também como mãe, quis passar essa mensagem. As nossas coleções procuram comunicar com os pais, que são os compradores, através de frases inspiradoras, e também com as crianças, através das ilustrações, como o desenho das colcheias com olhinhos a chorar.” A coleção “Fado” (foto à esq.)propõe 40 modelos diferentes, entre roupa e acessórios. A julgar pelas reações na “Pitti Bimbo”, Milena Melo está confiante no desempenho da marca nos próximos tempos. “As reações foram muito positivas. Transformámos o nosso stand numa pequena taberna de Fado, onde servimos Vinho do Porto. Acreditamos que podemos introduzir temas menos comuns ao universo infantil. As pessoas perceberam a mensagem e a identidade da coleção. A ‘Pitti Bimbo’ é considerada a maior feira do mundo de roupa para crianças, congrega todo o género de estilos, o que é muito inspirador e desafiante, já que é difícil chamar a atenção num mercado tão competitivo
e com players com tanta capacidade de investimento. A YAY conseguiu fazê-lo, fizemos bons contactos. Estreámos o segmento de newborn (zero aos três meses). Esta é a nossa segunda participação na feira (através da inciativa de apoio à moda portuguesa ‘From Portugal’) e conseguimos concretizar algumas vendas, o que não é comum nas primeiras feiras em que uma marca participa”. Cada coleção da YAY conta uma história diferente que procura “encorajar e inspirar a geração mais jovem”. A marca está atualmente a fechar as vendas da coleção inspirada no escritor português Fernando Pessoa, a primeira a triunfar no mercado internacional, frisa a designer: “Vendemos os produtos online e através de lojas multimarca nos mercados alemão, sueco e suíço. Entrar nestes mercados é difícil e estamos muito contentes. Temos tido solicitações da China, da Arábia Saudita e dos EUA.” Milena Melo informa que em Portugal, vendem apenas online e que a marca quer abrir loja própria em Lisboa, quando surgir a oportunidade. A produção das peças é feita em Vizela (perto de Guimarães), nas fábricas das outras duas sócias da marca, Joana Campelos e Alícia Lopes. É lá que estão a ser feitos os modelos da coleção primavera/ verão “Playground Wisdom”, (foto à dir.) que sublinha a importância de aprender através da brincadeira e da natural traquinice das crianças. A YAY nasceu “vocacionada para rapazes até aos 10 anos, mas com roupa que as raparigas podem usar”, assinala Milena Melo, acrescentando que “ilustrações divertidas e tecidos confortáveis e sustentáveis” também definem o “ADN” da marca.
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BPI lidera prémios Escolha do Consumidor e Cinco Estrelas O BPI acaba de ser distinguido simultaneamente como Nº1 na categoria de grandes bancos no Prémio Escolha do Consumidor 2020 e Prémio Cinco Estrelas 2020. Ambos os prémios distinguem as marcas com base em inquéritos realizados junto dos consumidores portugueses. Na Escolha do Consumidor, atribuída pela ConsumerChoice, o BPI foi o Grande Banco mais pontuado nos atributos que mais importam aos consumidores, como: baixos custos de manutenção, qualidade de serviço, credibilidade da marca, rapidez no atendimento, qualidade do aten-
dimento, transparência, condições associadas, e qualidade das instalações. A avaliação envolveu 1102 consumidores através de auditorias de cliente mistério, tendo o BPI a melhor avaliação global dos cinco grandes bancos a operar em Portugal, os inquiridos atribuíram a melhor classificação ao BPI, com uma satisfação geral de 76,13%. O Prémio Cinco Estrelas resulta da apreciação global de 1.312 consumidores portugueses em três fases distintas e complementares: Focus group e comité especializado; testes de experimentação e estudos de mercado massificados. Todas as fases são
coordenadas por entidades independentes na área dos estudos de mercado. O BPI obteve o título de Marca Cinco Estrelas, na categoria de grandes bancos, com uma pontuação global de 71,7%, com destaque para a liderança nos critérios de satisfação e recomendação. A banca digital do BPI tem também sido reconhecida, em 2019, com vários prémios nacionais e internacionais que distinguiram a equipa do banco e algumas soluções digitais colocadas à disposição dos clientes, nomeadamente como “Best Technology”, pelos “Initiative Financial Innovation Awards”.
El Corte Inglés e Repsol renovam parceria com cartões de descontos mais amigos do ambiente O s clientes que realizem compras de valor igual ou superior a 30 euros no El Corte Inglés, incluindo na loja online e Supercor através de https://www.elcorteingles.pt/, de 16 de janeiro a 31 de dezembro de 2020, recebem um cartão que lhes permite obter um desconto de seis cêntimos por cada litro de combustível em estações de serviço Repsol, até 250 euros. O desconto pode ser utilizado até ao fim do ano. Por outro lado, os cartões de desconto que eram, habitualmente, em plástico passaram a ser de papel, sendo esta mais uma das medidas levadas a cabo pelo El Corte Inglés na missão de redução do plástico. No mesmo período, os clientes podem ainda usufruir de vantajosos descontos uma vez que, ao abastecer 30 euros em combustível na Repsol, recebem um vale de desconto de seis
euros, que podem utilizar no El Corte Inglés- Grandes Armazéns e loja online, Supercor e Club del Gourmet, em compras superiores a 50 euros. Na área de moda, casa e desporto, os vales de desconto podem ser utilizados de 1 de março até aos saldos de verão. Entretanto, a cadeia de lojas tem a decorrer, até final do mês, a sua campanha de saldos de inverno, tanto no canal online como nos Grandes Armazéns. Os grandes descontos estendem-se a todas as áreas, desde a moda, sapataria e acessórios de moda até aos artigos
para a casa e decoração, etc. Como habitualmente acontece nas grandes campanhas verticais, isto é, nas campanhas que abrangem todos os departamentos, a campanha promocional de saldos do El Corte Inglés é divulgada na televisão, rádio, jornais, revistas, meios online, mupis e táxis.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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Teka lança SteakMaster, o forno ideal para cozinhar carnes A
Teka acaba de lançar no mercado o forno SteakMaster, “o primeiro e único forno concebido para cozinhar o bife perfeito em casa, como se estivesse num restaurante da especialidade”. A empresa líder em eletrodomésticos de encastre apresenta o novo, único e exclusivo forno, “um produto inovador, totalmente dedicado aos amantes da carne para que possam cozinhar em casa um bife perfeito. Para isso, a Teka contou com a estreita colaboração de chefes de cozinha profissionais. Com o slogan “Restaurant Quality Steak at Home”, o forno SteakMaster chega ao mercado para proporcionar refeições de carne com qualidade de restaurante mas sem sair de casa. Para obter o bife perfeito, é muito importante colocar a carne à temperatura ambiente antes de a cozinhar. O objetivo é que esta atinja a temperatura ideal, mantendo todas as suas vitaminas, minerais e proteínas. Caso não tenha tido tempo para temperar a carne com antecedência, o SteakMaster pode dar uma ajuda, porque possui um
programa especial para temperar a carne a 40°C durante 20 minutos. Depois, através da combinação de temperatura e tempo, conseguimos obter um efeito de caramelização da carne. Este processo passa por alcançar temperaturas muito elevadas para selar a carne, de forma a que fique crocante por fora e suculenta no interior. Conseguir este ponto perfeito é uma arte e depende de várias variáveis, tais como a temperatura, o corte e a espessura. Os pontos de cozinhado também podem oscilar entre mal, médio e bem passado. Com o SteakMaster basta comprar a carne favorita. O forno encarrega-se do restante
trabalho, através dos seus 20 programas automáticos. O exclusivo SteakGrill incumbe-se de alcançar e manter a temperatura ideal. Este grill é composto por duas placas cerâmicas, que alcançam os 700 graus centígrados, e por uma grelha especial de ferro fundido, o que permite obter resultados dignos de restaurante.
ModaLisboa quer “acordar” consciências e tornar moda mais inclusiva e inovadora “A wake” é o tema da próxima ModaLisboa, edição dedicada às coleções de outono e inverno para 2020/2021, desvenda a “Marketeer” na sua edição online . Partindo da constatação de que estamos consta temente ligados e de que já não sabemos viver sem o telemóvel, as notificações e as câmaras frontais, a organização propõe ver o lado positivo desta nova forma de vida: “Tornámo-nos seres infor-
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mados e que exigem ser ouvidos e levados em conta. Reagimos.” Na próxima ModaLisboa, os criadores exigem que a moda seja mais sustentável, justa e ética, e, claro, inovadora. “Reclamámos, apontámos o dedo, denunciámos, re-tweetámos . E agora?”, interroga-se o evento, apelando, assim, a uma maior participação social nas causas de caráter humao e social. A resposta à questão é
“Awake”. Para a organização da ModaLisboa, existe uma consciência profunda e ativa do mundo em que vivemos, o que significa que não se limita às redes sociais, ainda de acordo com a explicação dada à “Marketeer”. A ModaLisboa, em co-organização com a Câmara Municipal de, Lisboa, regressa para a edição de 2020 entre os dias 5 e 8 de março.
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Cepsa Portuguesa lança campanha multimeios “Por Ti” A Cepsa Portuguesa acaba de lançar a campanha “Por Ti”, o seu principal acontecimento de comunicação para 2020. A campanha multimeios de grande dimensão, terá uma duração de seis semanas e coloca a música como elemento central da comunicação da Cepsa, já que toda a campanha será acompanhada por uma canção criada para este momento que traduz a atitude da marca perante os seus consumidores: tudo o que a Cepsa faz, é pelos seus clientes e pela satisfação das suas necessidades energéticas. Para sublinhar a ligação à música, o arranque aconteceu no
domingo, na final do The Voice, na RTP 1, no qual foi emitido, pela primeira vez, o spot da campanha e em que os cinco finalistas do programa interpretaram a canção da campanha, cuja mensagem principal é “Na Cepsa, colocamos toda a nossa energia em ti”. Com esta ação, que dura até 23 de fevereiro, a Cepsa pretende reforçar a sua posição como marca de referência no setor da energia e a proximidade com o consumidor português, que já conhece há mais de 55 anos. Esta campanha valoriza a dimensão global da Cepsa e a diversidade da sua oferta comercial com
as quais, cobre as necessidades energéticas do cliente particular; nomeadamente, na qualidade dos seus combustíveis, na excelência do seu serviço, na segurança e baixo peso das suas garrafas de Gás e na alta tecnologia aplicada à fabricação dos seus lubrificantes. A campanha, estará presente em diversos meios: em televisão (RTP, SIC, SIC Notícias, TVI e TVI 24); em rádio (Cidade, M80, Mega Hits, Comercial, Renascença e RFM); redes de mupis e digital (presença em formatos não-vídeo, display programatics e na plataforma de pesquisa da Google) e também em redes sociais.
Stay Hotels assinala chegada de 2020 com oferta de 20% em todos os hotéis A
campanha “Happy New Stay!” é válida para reservas de duas ou mais noites em janeiro e fevereiro do próximo ano, efetuadas no site da Stay Hotels. A campanha “Happy New STAY!” já está ativa em www.stayhotels.pt para todas as unidades do grupo, sendo que poderá usufruir dos 20% de desconto até ao último dia da iniciativa (29 de fevereiro de 2020), de acordo com a disponibilidade. “Queremos entrar no novo ano com o pé direito, incentivando os portugueses e os turistas internacionais a conhecerem o que de melhor o nosso país tem para oferecer”, e que podem “planear uma escapadela de inverno com os amigos num Stay Hotel, onde encontra tudo o que precisa, aos melhores preços”, explica Jorge Bastos, um dos administradores da rede hoteleira nacional. A Stay Hotels detém um portefólio de
oito hotéis citadinos, localizados em Guimarães, Porto, Coimbra, Lisboa, Torres Vedras, Évora e Faro. A marca promete a melhor relação qualidade-
-preço e uma oferta “Just what you need”: máximo conforto, pequeno-almoço buffet, wi-fi gratuito e serviço de bar e snacks 24 horas por dia. FEVEREIRO DE 2020
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SEAT e VHILS lançam roteiro de street art portuguesa em cinco cidades C hama-se SEAT Art Cities e é um roteiro de cinco mapas que vai dar a conhecer cinco cidades portuguesas, pelos olhos de cinco artistas urbanos. A iniciativa conta com a curadoria do também artista Vhils (Alexandre Farto), que já havia trabalhado com a marca espanhola de automóveis. “Esta parceria surge no âmbito da ligação da SEAT à mobilidade, à Arte Urbana e ao Vhils. Trata-se de um projeto muito interessante e inovador, que dá voz aos artistas urbanos de cinco cidades que nos guiam ao volante dos nossos automóveis pelas suas cidades, mostrando os seus pontos favoritos e as obras, ao mesmo tempo que se descobre como o automóvel faz parte das nossas vidas, pelo conforto, segurança, tecnologia, entre outros aspetos. Esta associação reforça a modernidade da nossa marca e o seu caráter urbano e inovador. Nestes cinco percursos que cobrem o país, dando ao projeto uma dimensão nacional, damos a conhecer os nossos modelos da gama SUV e toda a sua versatilidade ”, destaca Teresa Lameiras, diretora de marketing e comunicação da SEAT Portugal. B.E.K. inicia este roteiro, mostrando a
arte urbana da cidade de Braga. A iniciativa passará também por Carvoeiro, Matosinhos, Lisboa e Aveiro, guiados pelos artistas Tamara, Draw & Contra, AkaCorleone e André da Loba. Os percursos serão acompanhados por cinco short docs. “Cada artista irá apresentar a sua cidade, com uma recolha de pontos de relevância intrínseca à arte urbana, mas também pontos de interesse cultural, histórico e de lazer que contextualizam experiências e inspirações”, indica o comunicado da marca de automóveis. A SEAT destaca ainda que “a arte de rua tem trazido à luz do dia o talento de uma nova geração de artistas e com eles, uma nova estética criou um património artístico e público que transforma cada cidade numa galeria a céu aberto”. Através deste roteiro “poderemos ainda acompanhar a construção
de cinco obras originais em paredes públicas, que registam esta passagem e marco efetivo da integração urbana no roteiro SEAT Art Cities, que vive num site próprio. Em seatartcities. com encontramos todos os conteúdos relativos às cidades, aos artistas e às suas paredes (bem como às de outros artistas que lhes dão referência). Serão disponibilizados vídeos documentais e de bastidores de cada cidade, libertos a partir de agora e durante os próximos meses, numa viagem mapeada em versões desktop e mobile, até à primavera de 2020”.
“Toma o gosto a mais sabores”, desafia a Nestlé
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aior variedade, mais nutrientes’ é a premissa da campanha que a Nestlé lança este ano para sensibilizar os portugueses para a importância da educação do paladar na adoção de uma
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alimentação mais saudável. A marca criou uma experiência multissensorial que decorrerá, numa primeira fase, até 29 de fevereiro, em 41 lojas Continente e que será depois estendida ao restante retalho alimentar, em simultâneo com os canais digitais Nestlé. “Um dos pilares de uma alimentação equilibrada é indiscutivelmente a variedade e quanto mais variada for a seleção alimentar, maior será o número de nutrien-
tes consumidos. Sabe-se que comer é uma experiência multissensorial, que envolve o paladar (doce, salgado, ácido, amargo e umami), tacto (textura, temperatura), visual (cor), olfativo (cheiro) e até aspetos cognitivos como as memórias emocionais. Se aprendermos a processar todas estas “informações”, educaremos o paladar e estaremos muito mais recetivos a uma maior diversidade de alimentos, logo a ter uma dieta mais rica e variada”, sustenta Ana Leonor Perdigão, nutricionista da Nestlé Portugal.
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Mercadona recupera Fábrica de Sá, em Ermesinde D epois de ter cumprido as 10 inaugurações previstas em 2019, distribuídos pelos distritos de Porto, Braga e Aveiro, a Mercadona mantém o seu foco no plano de expansão este ano, tendo já anunciado a abertura de 10 novas lojas até ao final de 2020. Entre os projetos da Mercadona, em 2020, destacamos a futura loja de Ermesinde, que se instalará no espaço da antiga Fábrica de Fiação e Tecidos de Sá, edifício de grande valor histórico para a cidade e para a sua população. A fábrica fechou portas em meados do século XX e desde então encontrava-se devoluta e num estado avançado de degradação. A Mercadona vai agora revitalizar o espaço e dar-lhe uma nova vida, preservando a história da fábrica, para que passado e presente possam convi-
ver no quotidiano da população. Tendo em conta a importância histórica da antiga Fábrica de Sá para os cidadãos de Ermesinde, a Mercadona, como parte da sua Política de Responsabilidade Social, vai preservar e recuperar a sua emblemática fachada e a chaminé localizada deste histórico edifício, contemplando ainda um jardim de utilização pública na área envolvente. Segundo o Presidente da C. M. de Valongo, José Manuel Ribeiro, “a Fábrica de Sá é uma importante memória para a cidade de Ermesinde e para o concelho de Valongo. Este investimento salvaguarda o nosso património histórico industrial, dando-lhe uma nova vida”. Para Joana Ribeiro, diretora de Relações Externas Norte de Portugal
da Mercadona, a empresa “orgulha-se de criar projetos que acrescentam valor à sociedade onde está inserida. Esta obra é reflexo disso mesmo: trata-se de devolver à cidade um novo espaço, preservando a memória histórica que a antiga Fábrica de Sá tem para os cidadãos de Ermesinde. Para mim pessoalmente, que nasci e sempre vivi no município de Valongo, ver esta antiga fábrica recuperada tem um significado especial”. A futura loja da Mercadona em Ermesinde responderá ao modelo de loja eficiente, que a empresa está a implementar em toda a rede, apresentará uma sala de vendas de 1.650 metros quadrados e terá 120 lugares de estacionamento. A empresa já se encontra a recrutar para esta futura loja.
Cabo Verde Airlines e Africa World Airlines melhoram ligações aéreas na África Ocidental A companhia aérea cabo-verdiana Cabo Verde Airlines (CVA) e a Africa World Airlines (AWA) anunciam uma parceria para melhorar a conectividade na África Ocidental com a Europa, América do Norte e América do Sul. A partir de 1 de fevereiro, a CVA e a AWA dão início a uma operação de venda integrada para as rotas de ambas as companhias aéreas. A Cabo Verde Airlines é uma companhia aérea de voos regulares, com ligações diretas a partir do seu hub internacional na ilha do Sal, que liga quatro continentes. Com esta parceria, os passageiros da AWA poderão conectar através do hub da CVA no Sal com outras rotas da companhia, como Dakar (Senegal) e as ilhas cabo-verdianas de Santiago, São Filipe e São Vicente.
A CVA também assegura voos regulares para Lisboa, Paris, Milão e Roma (Europa), Boston e Washington, D. C. (EUA), e para as cidades brasileiras de Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador. Além das conexões a partir do hub, o programa de Stopover da Cabo Verde Airlines permite aos passageiros a estadia até sete dias em Cabo Verde e assim explorar as diversas experiências no arquipélago, sem custo adicional nos bilhetes de avião. A Africa World Airlines opera em cinco cidades no Gana: Acra, Kumasi, Tamale, Takoradi e Wa. A AWA também voa para Lagos –
ponto de ligação com a CVA – e Abuja, na Nigéria, para Monróvia, na Libéria, bem como para Freetown, na Serra Leoa, e Abidjan, na Costa do Marfim. A parceria permitirá aos passageiros de ambas as companhias aéreas viajarem entre elas com um único bilhete, fazendo check-in apenas uma vez e com a bagagem a seguir diretamente ao destino final.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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fazer bem Hacer bien
Millennium bcp integra o “Bloomberg Gender-Equality Index” O Millennium bcp acaba de integrar, pela primeira vez, o Bloomberg Gender-Equality Index, juntando-se, assim, ao grupo das 325 empresas que a nível mundial se destacam na implementação de práticas e políticas de igualdade de género, diversidade e inclusão. A presença neste índice reúne empresas de 42 países, representando mais de 50 setores de atividade distintos, é um marco que reflete o compromisso do banco com o desenvolvimento do seu plano
de sustentabilidade e um reconhecimento do seu desempenho em matérias de igualdade de género e de relato claro e transparente. Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, realça que “a presença neste índice reflete e reconhece o propósito que temos de alicerçar as vantagens competitivas do Millennium bcp no talento das pessoas e no valor da diversidade como forças propulsoras da inovação, da coesão e da produtividade. Estamos mobilizados no desenvolvimento de um
banco mais inclusivo, mais sustentável e mais próximo das pessoas, em que a diversidade é entendida como uma oportunidade para a organização conhecer e servir ainda melhor as comunidades em que está inserida. Temos clara consciência de que estamos a empreender uma longa jornada na qual há ainda muito caminho a percorrer, mas definimos uma rota e estamos a avançar de forma determinada, com orientações claras e atuações concretas”, acrescenta a institiuição.
MSC Grandiosa representa um novo passo no compromisso da MSC Cruzeiros na gestão ambiental
O
novo navio da MSC Cruzeiros, com um inovador sistema de redução catalítica seletiva (SCR) e sistemas avançados de tratamento de águas residuais (AWT) de última geração, será uma das embarcações de referência a nível ambiental a navegar e será um exemplo de eficiência energética para os cruzeiros mais modernos. Assim, o MSC Grandiosa, lançado de forma oficial na Alemanha
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em novembro, apresenta um sistema SCR que ajuda a reduzir o óxido de nitrogénio em 90% através de uma tecnologia avançada no controlo de emissões ativas. O óxido de nitrogénio proveniente das operações do motor é conduzido através de um catalisador - um dispositivo de alta densidade feito de metais nobres - e convertido em nitrogénio e água, ambos compostos inofensivos. O navio também vai estar equipado com um sistema AWT de última geração. Através de uma filtragem muito fina, as águas residuais do MSC Grandiosa passam por um amplo processo de
purificação que as transforma em qualidade próxima à água da torneira. O sistema vai de encontro ao chamado “Padrão do Báltico” e trata as águas residuais a um nível mais elevado do que o que acontece na maioria das cidades em todo o mundo. Estas novas características foram adicionadas a outras tecnologias ambientais aplicadas no navio e em toda a frota da companhia, que visam minimizar e reduzir continuamente o impacte ambiental, incluindo: sistemas híbridos de última geração de limpeza de gases de escape (EGCS), que removem o óxido de enxofre das emissões dos navios; sistemas avançados de gestão de resíduos e de águas residuais; sistemas de tratamento de água de lastro; sistemas de tecnologia inovadores para a prevenção de descargas de óleo das áreas das máquinas e várias melhorias efetivas na eficiência energética - desde sistemas de recuperação de calor a iluminação por LED.
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Visa alcança objetivo “Eletricidade 100% Renovável” A Visa Inc. anunciou ter alcançado o objetivo de utilizar energia elétrica 100% renovável até 2020. Este marco vem reiterar o compromisso da empresa de conduzir de forma responsável e sustentável todas as suas operações à escala global, compostas por 131 escritórios em 76 países e quatro centros globais de processamento. Desde que, em 2018, definiu o objetivo “100% renovável”, a Visa trabalhou de forma rápida em todas as suas instalações espalhadas pelo mundo para garantir um mix sustentável de energias renováveis, tais como a solar e a eólica. “Na Visa, fazer mudanças significativas no sentido da criação de um futuro sustentável e inclusivo, é encarado como uma responsabilidade mas também como uma oportunidade”, afirma Al Kelly, CEO da Visa Inc. “Tenho um grande orgulho nos investimentos que fizemos nas nossas infraestruturas e que nos possibilitaram alcançar este importante marco na área das
energias renováveis. Vamos continuar a dar prioridade ao papel relevante que o nosso negócio e indústria têm na transição para uma economia global mais limpa”. A empresa fez investimentos locais em eletricidade renovável nos mercados onde tem as suas principais instalações – quatro espaços, nos Estados Unidos da América e no Reino Unido–, que representam 80% do seu consumo de eletricidade à escala global. Exemplos de ações específicas são a inscrição nos programas de eletricidade renovável oferecidos pela Total Energy no Reino Unido, pela Xcel Energy no Colorado, pela Austin Energy no Texas e pela Peninsula Clean Energy na área da Baía de São Francisco. Tendo em vista este compromisso, a Visa juntou-se e acompanhou as diretrizes do RE100 (uma colaboração global de empresas influentes, liderada pela The Climate Group em parceria com a CDP, focada em alcançar um consumo energético 100% renovável); tornou-se membro
da Aliança de Compradores de Energias Renováveis (REBA); e assinou a Carta de Princípios dos Compradores de Energias Renováveis. Ao comprar energia 100% renovável, a Visa reduziu as emissões das operações das suas unidades e centros de dados em quase 90%, quando comparados com quadros de referência de 2014, mitigando assim o impacto das emissões de gases com efeito de estufa (emissões de Scope 2). “Damos os parabéns à Visa por terem alcançado o objetivo ‘eletricidade 100% renovável’ – mostra que é possível as empresas transitarem de forma rápida para energias limpas”, declara Amy Davidsen, diretora executiva do The Climate Group. “Foi impressionante a capacidade da Visa de trabalhar com outros intervenientes para aumentar a utilização de eletricidade renovável. Ações de liderança como esta aceleram a mudança nos mercados e reduzem as emissões de gases com efeito de estufa”, afirmou a responsável.
Tech For Peace Award promove tecnologia para um mundo melhor A
Give Peace a Voice e a KPMG Portugal, em parceria com a Startup Portugal, uniram-se para criar o Tech For Peace Award, uma iniciativa que pretende incentivar e reconhecer a tecnologia que ajude a promover a Paz ou que contribua decisivamente para construir um Mundo melhor. O Tech For Peace Award é um prémio inovador, focado no ecossistema nacional, mas aberto a startups e empresas de outras nacionalida-
des. Uma forma de distinguir as mais impactantes, inovadoras e inspiradoras soluções tecnológicas orientadas para a promoção da Paz e de um Mundo melhor. “O Tech for Peace Award foi pensado com a missão de identificar, reconhecer e apoiar os melhores “projectos-negócio” de base tecnológica, que criem verdadeiro valor no sentido de um mundo melhor. Esta ação enquadra-se na estratégica global da
Give Peace a Voice de promover a paz através de todos os meios (artísticos) necessários e de provar que a Paz é, sem dúvida, um negócio (no sentido de criar verdadeiro valor e com impacto positivo) rentável e sustentável” – Nuno Olim Marote, fundador da Associação Give Peace a Voice. O anúncio do primeiro vencedor do Tech For Peace Award já está marcado para a próxima edição do Web Summit Lisboa, em 2020.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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Repsol abre em Vizcaya a estação de recarga de carros elétricos mais potente da Europa
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Repsol inaugurou a estação de recarga para veículos elétricos com os terminais de maior potência da Europa. A instalaçāo, situada na autoestrada espanhola A-8, na sua passagem pela localidade de Abanto-Zierbena (Vizcaya), dispōe de quatro terminais capazes de entregar, individualmente, até 400kW, permitindo recarregar a bateria de veículos que suportem a sua potência máxima, num tempo de cinco a dez minutos, semelhan-
te ao utilizado num reabastecimento convencional. Para Josu Jon Imaz, presidente-executivo da Repsol, “este segundo ponto de carregamento ultra-rápido permite à Repsol continuar a ser líder em mobilidade na Península Ibérica, onde já participamos da maior rede pública de carregamento elétrico. Esta instalação em Ugaldebieta é um exemplo claro do compromisso da Repsol com a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e serviços capazes de responder às necessidades dos clientes.” É a segunda estaçāo de recarga utra-rápida da Península Ibérica.
A primeira entrou em funcionamento no passado 1 de abril na estrada N-I na sua passagem por Lopidana (Álava), também numa estaçāo de serviço da Repsol. A Repsol possui 36 pontos de carregamento rápido nas suas estações de serviço e participa, através do Ibil, numa rede com mais de 1.700 pontos de carregamento, 230 dos quais acessíveis ao público. A empresa prevê a instalação de novos pontos de carregamento ultra-rápidos nos próximos meses. Em Portugal, a empresa energética possui quatro postos de carregamento elétrico rápidos, localizados em estações de serviço da marca. Com a inauguração desta nova instalação de carregamento de veículos elétricos, única na Europa, a estação de serviço de Ugaldebieta torna-se uma referência em inovação na rede rodoviária da Península Ibérica.
Valio e Stora Enso experimenta biocompósito na embalagem de alimentos A
empresa finlandesa de produtos láteos Valio e a empresa sueca-finlandesa que se dedica à produção de celulose e papel, Stora Enso, irão distribuir 10 mil tampas reutilizáveis à base de fibra de madeira feitas a partir de um biocompósito. Além disso, incentivam os consumidores a reduzir o desperdício de alimentos. As tampas reutilizáveis serão utilizadas para testar o biocompósito à base de madeira nas embalagens dos alimentos. As tampas serão distribuídas através das demonstrações 36 act ualidad€
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promocionais de vendas da Valio desde o início deste ano. Anualmente, cerca de um terço dos alimentos do mundo acaba como desperdício de alimentos ou é jogado fora (fonte: FAO). Os alimentos produzidos em vão são um desperdício de recursos e geram emissões desnecessárias de gases com efeito de estufa que contribuem para as alterações climáticas. A embalagem – e a tampa – desempenham um papel importante na prevenção do desperdício de alimentos: a tampa protege os
alimentos durante o armazenamento. Ao mesmo tempo, a Valio e Stora Enso estão testando como o biocompósito funciona quando combinado com a embalagem de alimentos. As tampas são duráveis, laváveis e feitas de DuraSense, pela Stora Enso, um material biocompositivo que combina fibras de madeira e polímeros. O biocomposito permite reduzir a percentagem de plástico em vários produtos até metade, reduzindo, assim, a pegada de carbono.
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Projetar a mobilidade ativa e sustentável da população idosa nas cidades do futuro I dentificar e classificar as barreiras que atualmente limitam a mobilidade dos idosos no espaço urbano, sobretudo no que respeita aos percursos, acessos pedonais e transportes públicos, para projetar a mobilidade ativa e sustentável da população idosa nas cidades do futuro é o objetivo do MOBI-AGE, estudo exploratório financiado pelo programa MIT Portugal e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que junta cientistas das universidades de Coimbra (UC) e do Porto (UP) e conta com o apoio de investigadores do MIT Agelab (Boston, EUA). Com o envelhecimento demográfico da Europa a acentuar-se de forma exponencial, este estudo, coordenado pela docente e investigadora Anabela Ribeiro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), pretende diagnosticar de forma sistemá-
tica os centros urbanos, nomeadamente as zonas históricas, para promover a sua adaptação às necessidades dos idosos, que na sua maioria se desloca a pé ou de transporte público. Este estudo será também útil para outros grupos com mobilidade reduzida (por exemplo, pessoas em cadeiras de rodas). «Os centros urbanos concentram boa parte da população envelhecida das cidades, que também habita os edifícios mais antigos. Por definição e na maioria dessas cidades, essas áreas também são áreas onde monumentos históricos e outros fatores de atração turística estão localizados. O turismo sénior também é uma consequência do envelhecimento geral da população e tem vindo a aumentar. Esse panorama faz com que os centros urbanos, especialmente os históricos, sejam locais onde se concentra um número maior de idosos,
residentes e visitantes, em comparação a outras zonas da cidade», explica Anabela Ribeiro. Atendendo a esta realidade, foram considerados dois estudos de caso, nos centros históricos de Coimbra e Porto. As equipas entrevistaram vários idosos, residentes na zona e turistas provenientes de vários países, entre os quais Austrália, Bélgica, Canadá e Estados Unidos. Seguindo uma abordagem com alguma inovação social, apostou-se na realização de sessões participativas e dinâmicas de colaboração com essa população, avaliando em concreto quais são as suas necessidades e aspirações, o que permitiu não só validar diversas variáveis identificadas pelos cientistas na revisão da literatura científica sobre mobilidade, mas também obter feedback sobre outras questões urbanas.
Santini lança sabores solidários para apoiar Cadin T odas as segundas-feiras, a Santini seleciona um dos seus sabores do mês para ser o “Sabor Solidário” da semana. Uma iniciativa, cujo propósito é apoiar o Cadin, o primeiro centro em Portugal dedicado ao tratamento e estudo das perturbações do neuro-desenvolvimento. Na semana de lançamento da iniciativa, o sabor eleito pela Santini para sabor solidário era o de amendoim caramelo salgado, um dos mais populares da Santini. “O sabor nasceu da vontade de criar uma alternativa crocante, arrojada e que conjugasse sabores diferentes, unindo o doce e salgado”, explica Eduardo Santini, Administrador e responsável pela criação dos sabores da marca Cascalense, que quis unir o gelado de amendoim à crocância
das pérolas de caramelo salgado. O sabor solidário não é uma novidade. Há mais de oito anos que a Santini criou esta iniciativa, que reverte uma percentagem das suas vendas relacionada com o nº de litros do sabor solidário vendido para o Cadin, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) criada em 2003. Esta instituição pioneira acredita que cada pessoa tem direito aos melhores cuidados para poder realizar todo o seu potencial, em quaisquer circunstâncias e estágio de vida. O apoio sustentado aos seus utentes e às famílias não passa apenas pela excelência clínica; o Cadin foi pensado como um projeto de responsabilidade social inovador,
orientado para fazer o bem. “É uma campanha que nos fala ao coração e da qual temos muito orgulho”, diz Marta de Botton, administradora da Santini. “Conseguimos conjugar o apoio social dentro da nossa comunidade com a alegria dos nossos clientes ao comer gelado”, conclui a gestora.
Textos Laia Cerdán actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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Andaluzia
procura dinâmica da inovação
Com uma forte estrutura assente no setor primário, no turismo e na transformação de produtos agroalimentares, a economia andaluza quer mostrar ao mundo uma imagem mais moderna e de desenvolvimento visando setores de "ponta" a nível tecnológico. Para atrair mais capital estrangeiro neste âmbito, aquela comunidade autónoma "pisca" o olho aos empreendedores e às empresas de base tecnológica portuguesas, como referiram responsáveis de várias áreas no Fórum Empresarial Andaluzia-Portugal, que decorreu no mês passado, em Lisboa. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR/ Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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viver um período de grande desenvolvimento económico, a Andaluzia é considerado um mercado com grande potencial para Portugal. Com uma população de aproximadamente 8,4 milhões de pessoas e um PIB de 167 mil milhões de euros (dados de 2018), a Andaluzia tem potencial para aumentar o seu peso dentro das relações económicas com Portugal, que surge logo a seguir às comunidades autónomas de Madrid, da Catalunha e da Galiza. Assim, e de acordo com dados do Icex/ Datacomex relativos aos primeiros 11 meses de 2019, cerca de 1.600 empresas da Andaluzia venderam a Portugal produtos no valor de 1.834 milhões de euros. Já as importações da Andaluzia a Portugal totalizaram 1.045 milhões de euros (ver mais informações nas págs. 62/63). Em 2018, as exportações andaluzas para Portugal ultrapassaram os 2.074 milhões de euros, o que representou 9,8% do total das exportações
espanholas. Já as importações da Andaluzia a Portugal superaram os 1.249 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 166%, favorável à comunidade espanhola. Os principais produtos exportados pela Andaluzia para Portugal foram azeites e outras gorduras (17,3% do total exportado pela comunidade para Portugal), seguindo-se a classe dos combustíveis, e depois o cobre e produtos relacionados, e de seguida os produtos frutícolas. De destacar, neste campo das exportações, o papel que terá tido o grupo Sovena, o maior produtor e exportador de azeite ibérico, que embora sendo português tem um dos seus grandes pólos produtores na Andaluzia. Já no que toca às compras de bens da Andaluzia a Portugal, em 2018, os principais produtos foram matérias-primas, produtos semitransformados (19% do total), outras indústrias do setor agroalimentar (16,9%), ambiente e produção de energia (16,5%), produtos de origem vegetal (10%) e
indústria química (7,9%), adiantam os dados do Ministério da Economia e Competitividade de Espanha. Portugal sobe no ranking da atração de investimento estrangeiro
Mas além do caso de sucesso que representa a Sovena, outras empresas portuguesas estão de pedra e cal na Andaluzia (ver caixa na pág. 41). O investimento português na Andaluzia foi de 2,5 milhões de euros, em 2018. Um valor bastante baixo. Mas, de acordo com dados divulgados pela Extenda, nos nove primeiros meses de 2019, o investimento produtivo de Portugal na região ascendeu a "18,9 milhões de euros", o que representou "um valor 12 vezes superior ao registado nos três primeiros trimestres de 2018", representando mais de 14% dos investimentos nacionais em toda a Espanha. As empresas de capital português sedeadas na Andaluzia são apenas uma vintena, de acordo com uma nota informativa sobre o mercaFEVEREIRO DE 2020
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Projetos ambientais comuns O projeto de recuperação do habitat do lince ibérico, uma das espécies animais ameçadas de extinção, é considerado um dos projetos comuns mais bem sucedidos da cooperação entre a comunidade autónoma espanhola da Andaluzia e Portugal. A conservação e reintrodução do lince ibérico na Andaluzia representou uma das fases desse projeto transnacional, e implementação há cerca de 14 anos e que no total recebeu mais de 35 milhões de euros, parcialmente co-financiado pela União Europeia. Sob este novo projeto Life, levou-se a cabo uma série de medidas para responder aos principais problemas que afetam o lince ibérico. Algumas dessas ações foram tomadas a fim de melhorar a recuperação do coelho e impedir a des-
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truição de habitat do lince. Outras foram destinadas a reduzir as causas da mortalidade não natural, tais como a construção de “ecodutos” que permitem a passagem de fauna nas vias (construídos pela Consejería das Obras Públicas e Habitação da Junta de Andaluzia, usado para garantir o atravessamento da estrada que atravessa um dos espaços naturais mais importantes da Europa, o parque de Doñana), ou mortes por furtivismo, tiros, armadilhas, que começam a diminuir. Em 2012, a União Europeia concedeu o prémio "Best of the Best" ao projeto. O trabalho desenvolvido no âmbito dos projetos LIFE Lince permitiu que a espécie deixasse de se considerar em pré-extinção, evoluindo de 94 exemplares em 2002 para 326, em 2011.
Em dezembro de 2014, foram reintroduzidos os primeiros linces em Portugal. Em 2017, a população total do lince era de 475 espécimes em estado selvagem, alvo de monitorização. Outro caso de cooperação a destacar é o da eliminação de espécies exóticas invasoras aquáticas em Portugal, que compartilha rios e barragens com Espanha, tendo neste âmbito sido lançado, em maio último, o projeto Life Invasaqua. Os rios e estuários de Portugal e Espanha contêm cerca de 200 espécies exóticas de fauna e flora. Financiado pelo programa Life da União Europeia e coordenado pela Universidade de Murcia (este de Espanha), conta em Portugal com a participação da Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (Aspea).
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do andaluz, produzida pela Aicep Portugal Global. Quanto ao investimento andaluz em território português, em 2018 rondou apenas os 14 milhões de euros (ver quadro), muito abaixo dos valores de outros anos, o que se enquadra "num contexto em que o IDE se reduziu significativamente a nível mundial", refere a "Ficha de País" feita pela Extenda sobre Portugal consultada pela "Actualidad€". uma ligeira quebra face ao ano recor- o ranking da consultora AT Kearney, Ainda assim, nesse ano, Espanha foi de de 2017). Portugal ocupa o 22º lugar, à frente o segundo maior investidor externo A mesma ficha informativa, datada de países como a Noruega, Áustria em Portugal, adianta a mesma publi- de julho de 2019, realça ainda o facto ou Brasil. O ranking continua a ser cação, que aponta para um stock de Portugal integrar, pela primeira liderado pelos Estados Unidos. de IDE estrangeiro em Portugal da vez, o grupo dos 25 países mais atra- Também de acordo com outro estuordem dos 118.600 milhões de euros, tivos do mundo para o investimento do, da EY, Portugal terá tido em 2017 no final de 2018 (o que representou direto estrangeiro - de acordo com um recorde no número de projetos de
Investimento direto entre Portugal e Andaluzia realiza-se através de 160 empresas O investimento direto de Portugal na Andaluzia tem sido residual, analisando os últimos cinco anos, mas no total são cerca de 20 as empresas de capital português sedeadas na Andaluzia. Entre estas, estão a Ferpinta, a Luís Simões a Sogrape, o Novo Banco ou a Sonae Sierra. De destacar ainda as empresas com atividades nos setores industrial ou de serviços, como sejam: - a BA Vidro, que tem uma participada andaluza, a BA Vidrio; - a Sugal tem duas empresas na Andaluzia, dedicando-se não só à produção de tomate fresco (numa área de 3.200 hectares na Andaluzia), como, a nível industrial, faz a transformação deste fruto em concentrado na sua fábrica de Sevilha; - o grupo CTT, que adquiriu em 2005 a Tourline Express; - a Ascendum, que tem a Volquimaquinaria de Construcción España, dedicada á dis-
tribuição de maquinaria para a construção e obras públicas; - a Sovena, o maior grupo mundial da área de azeite tem em Espanha o seu maior mercado externo, através do fornecimento de azeites (na foto) e óleos alimentares à Mercadona e a outras grandes cadeias de distribuição. Fatura em Espanha cerca de 857 milhões de euros. Já em sentido contrário, são mais de 140 as empresas de capital andaluz com presença direta em Portugal. Aqui podem destacar-se, por volume de faturação, a CruzCampo/Heineken Espanha, que detém em Portugal a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, a El Gym Iberia, com a marca Fitness Hut, a Osborne, a Ebro Foods, que detém a Arrozeiras Mundiarroz, a Mayoral e a Cosentino. A faturação destas participadas em Portugal ronda os 672,7 milhões de euros, de acordo com os da-
dos fornecidos pelo Icex e pela Extenda. Mais recentemente, há a destacar os novos investimentos da Bogaris em Portugal. Depois de já ter investido em olivais e em parques comerciais, o grupo andaluz de interesses diversificados vai investir 35 milhões de euros no futuro Lisboa Retail Park. O novo espaço, de 11 mil metros quadrados, junta-se aos quatro retails parks da Bogaris na Grande Lisboa, Setúbal e Montijo.
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Cooperação entre sistemas tecnológicos dos dois países Fabián Varas foi um dos oradores do Fórum Empresarial Andaluzia-Portugal, enquanto diretor Técnico de Corporación Tecnológica de Andalucía (CTA), uma fundação dedicada à inovação tecnológica, com mais de 160 empresas associadas, dos mais variados setores, e que colabora com outras entidades, como a Universidade de Sevilha ou a Universidade de Évora. "A CTA colabora com universidades, centros tecnológicos, Administração Pública e empresas e clusters portugueses, no âmbito de projetos de I+D+i financiados pela Comissão Europeia. Em concreto, trabalhamos com 22 sócios portugueses diferentes, en 10 projetos de I+D+i, financiados pelos programas H2020, COSME, Interreg POCTEP, Interreg Atlantico e Interreg SUDOE", acrescenta à "Actualidad€" Fabián Varas, diretor Técnico da Corporação Tecnológica da Andaluzia (CTA). Um dos projetos que a própria CTA lidera é a iniciativa EERES4WATER, destinada a otimizar a gestão energética do ciclo da água, que conta com dois parceiros portugueses (a Universidade de Évora e a Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior) e outros de outras nacionalidades. Em termos de financiamento a projetos, em 2019, a CTA "concedeu 4,5 milhões de euros em incentivos a 24 projetos de I+D+i
na Andaluzia, que mobilizaram mais de 10,9 milhões de euros". Entre estes, e a título de exemplo, estavam projetos prevendo a valorização de resíduos dentro da chamada economia circular, ou a aplicação de TIC a processos de apanha de azeitona, impressão 3D, entre outros, com potencial para alcançar "resultados rentáveis". Ao longo dos seus 14 anos de atividade, a CTA já apoiou o financiamento de "695 projetos de I+D+i empresarial, com 171,8 milhões de euros, que mobilizaram mais de 511 milhões" de investimento privado no total, acrescenta o responsável. Por outro lado, esta organização está associada a vários programas europeus de financiamento em cascata – alguns dos quais ainda em aberto –, que apoiam as empresas, como sejam: • projeto DIVA (cujas candidaturas terminaram a 31 de janeiro), com 3,1 milhões de euros em ajudas para PME inovadoras que desenvolvam tecnologias para os setores agroalimentar, meio ambienta e floresta; •projeto INNOWWIDE (aberto a candidaturas até ao próximo dia 31 de março de 2020), com 7,2 milhões de euros de ajudas à internacionalização de PME inovadoras em mercados emergentes fora da Europa. A própria CTA é membro da ERA-NET ICT AGRI FOOD, que acaba
de lançar um programa de ajudas destinado a financiar projetos tecnológicos que permitam a transição para sistemas agroalimentares mais sustentáveis e resistentes na Europa, e cujas candidaturas podem ser apresentadas até 3 de março. Além de multinacionais, integram a fundação CTA spinoffs universitárias, ou ainda PME dos mais variados setores, desde a aeronáutica, às TIC, ao agroalimentar ou biotecnologia, sendo o denominador comum entre todas estas empresas "o seu compromisso com a inovação", afirma o mesmo responsável. Uma das áreas de atuação da CTA passa ainda pela prestação de serviços avançados de apoio à inovação a muitas outras companhias. Trata-se de um "modelo singular e pioneiro na Europa de cooperação público-privada para promover a inovação empresarial baseada na transferência de tecnologia, bem como a colaboração entre empresas e entre estas e as universidades", adianta Fabián Varas. "A Andaluzia e a Espanha necessitam de intensificar o seu esforço em I+D+i para convergir com a média europeia e garantir a competitividade da sua economia". A CTA pode ajudar empresas e outras entidades neste caminho, sendo muitas vezes a cooperação transnacional fundamental para alcançar melhores resultados, garante a fundação.
IDE (95, no total), sendo agora consi- tas pelos oradores participantes e integrou-se numa visita oficial do derado o país mais atrativo da Europa no Fórum Empresarial Andaluzia- Governo da Comunidade Autónoma para investimentos de curto prazo. Portugal", realizado na passado dia da Andaluzia a Lisboa. O presidente O interesse da Andaluzia em que 15 de janeiro, em Lisboa. Este foi da comunidade, Juan Manuel Moreno Portugal aumente o investimento um dos mais importantes seminários (na foto da pág. 39, o terceiro a contar direto na região ficou patente em multisetoriais realizados por entida- da dir.), que manteve reuniões oficiais quase todas as apresentações fei- des oficiais andaluzas no nosso país, com entidades ligadas ao Ministério 42 ACT UALIDAD€
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da Economia de Portugal, reafirmou no referido fórum que Portugal deve aproveitar as novas condições criadas pela comunidade para favorecer o IDE, onde se destacam uma "diminuição da pressão fiscal" e um "enquadramento normativo-jurídico também mais favorável". Por outro lado, salientou, está a ser criada a figura de Project Manager para ajudar a centralizar as ações administrativas e burocráticas necessárias para atrair e reter grandes investimentos que as empresas pretendam realizar na região. Estas mudanças já deram frutos, garantiu, frisando que o investimento direto estrangeiro produtivo aumentou, nos nove primeiros meses de 2019, 61%, para os 590 milhões de euros, enquanto que, no resto de Espanha, a média foi de forte queda. Segundo apurou a "Actualidad€", as alterações fiscais em curso passam por uma descida nos impostos sobre rendimentos das pessoas singulares, sobre as transmissões onerosas de bens, sobre atos jurídicos documentados, entre outros impostos, e vão beneficiar quer as empresas locais quer o investimento estrangeiro. "O objetivo desta revolução fiscal é colocar a Andaluzia entre as comunidades com uma fiscalidade mais baixa", aumentando a sua capacidade competitiva para atrair mais investimento e fomentar a criação de emprego, adianta a Extenda. "A Andaluzia oferece condições e estabilidade ao investimento", como concluíu Juan Manuel Moreno, durante o seminário do passado dia 15, sublinhando o "grande interesse em Portugal", quer como investidor quer como exportador de bens para aquele terriório espanhol. Portugal é o quinto maior cliente da comunidade e o oitavo fornecedor da Andaluzia. Exortando os empresários dos dois países ibéricos a aprofundar as suas relações, o governante da Junta da Andaluzia frisou que "o sul da Europa tem muito potencial para o mundo todo".
Setor aeroespacial na Andaluzia faturou 2.530 milhões de euros em 2018 O setor aerospacial continua a crescer na Andaluzia, repartido por cidades como Sevilha, Jáen, ou Cádiz. Aerópolis, localizado em Sevilha, é o único cluster europeu enfocado exclusivamente na indústria aeronáutica. A Andaluzia é, juntamente com Toulouse (em França) e Hamburgo (na Alemanha), um dos três pólos europeus de desenvolvimento e montagem de ae-
Também o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu uma maior proximidade económica entre Portugal e a comunidade autónoma da Andaluzia, por forma a incrementar ambos os mercados, seguindo o exemplo que tem vindo do relacionamento bem sucedido entre a Galiza tem o Minho e a região norte de Portugal. "Portugal é o mercado mais óbvio para a Andaluzia e a Andaluzia é o mais próximo para Portugal", enquadrou o ministro português, num discurso feito em castelhano, para a plateia dos cerca de 140 convidados presentes no referido fórum. Pedro Siza Vieira destacou ainda a "estabilidade política, fiscal e social", bem como a segurança para os cidadãos como fatores positivos para atrair novos investimentos estrangeiros (IDE) para o país, nomeadamente os oriundos da segunda comunidade autónoma mais exportadora de Espanha. Elogiando a capacidade reconhecida da Andaluzia de atrair IDE de setores de caráter mais tecnológico e inovador, como o setor aeronáutico, o ministro referiu que, mais recentemente, Portugal começou a enveredar também por esse caminho. O ministro lembrou ainda o papel das universidades e da cooperação internacional entre instituições de ensino e entre empresas na procura de
ronaves de grande envergadura, onde se salientam os componentes para o universo Airbus. A comunidade autónoma acolhe mais de 200 empresas especializadas em todas as atividades principais do setor aeronático, que faturam globalmente cerca de 2.530 milhões de euros e empregam cerca de 16 mil pessoas (dados de 2018 da Fundação Hélice/ Andalucía Aerospace).
investimentos mais inovadores, e, por outro lado, para captar mais fundos comunitários para a inovação e para a coesão territorial. Investidores apoiam negócios de base digital
No mesmo evento, onde estiveram representantes de uma centena de empresas e ainda de outras entidades, foram abordados temas relacionados com a forma como a Andaluzia tem procurado alavancar o poder da inovação para o crescimento económico e para a internacionalização das suas empresas, nomeadamente através de clusters tecnológicos (ver caixa na pág. ant.). Relativamente aos casos portugueses, a Uniplaces foi uma das empresas testemunha deste papel fundamental, deixando a ideia de que Portugal terá evoluído bastante ao nível das empresas de grande potencial tecnológico. Mais até do que Espanha, que apresenta uma dimensão demográfica e territorial muito superior, comentou Miguel Santo Amaro, um dos fundadores do portal Uniplaces, especializado no alojamento para estudantes universitários. Este gestor relembrou que as startups portuguesas e espanholas contam com um novo fundo de investimento, que agrega já 21 participadas da área digital, no valor de 30 milhões FEVEREIRO DE 2020
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EDIA prepara segunda fase de desenvolvimento do Alqueva O projeto de gestão integrada da reserva estratégica de água do Alqueva está em plena fase operacional, tendo a EDIA a gestão de uma área de regadio de cerca de 120 mil hectares, que se interliga com barragens e reservatórios ao longo de quase 10 mil quilómetros quadrados, repartida por 20 concelhos do Alentejo e Setúbal. O enorme interesse agrícola que a área de regadio representa já atraiu cercade três centenas de projetos de investidores internacionais, dos quais metade são espanhóis. "Temos identificados 147 projetos espanhóis, na sua maioria de origem andaluza, que exploram mais de 28 mil hectares em Alqueva, fundamentalmente nos setores do olival e do amendoal", comenta José Pedro Salema, presidente do conselho de administração da EDIA-Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, à "Actualidad€". Questionado sobre o montante dos investimentos de origem espanhola, o mesmo responsável refere que são privados, não estando portanto listados oficial-
de euros, criado pelo Fundo Europeu de Investimento e a Instituição Financeira de Investimento, e que tem como parceiro privado a Faber Capital. O fundo é dirigido a empresas de qualquer setor de atividade, mas com modelos de negócios assentes em dados digitais, e que desenvolvam soluções através de inteligência artificial, machine learning e big data. Na sua apresentação, Miguel Santo Amaro afirmou, por outro lado, que apesar do nosso país conseguir já ser uma referência na aposta em negócios tecnológicos e em "unicórnios" (companhias que valem mais de mil 44 ACT UALIDAD€
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mente, mas que se "estima que não serão inferiores a 200/ 250 milhões de euros". "Existem muitas culturas inovadoras na região e as mais modernas tecnologias de regadio e de agricultura de precisão são muito frequentes face à modernidade dos projetos que, na sua maioria, têm menos de cinco anos", precisa ainda José Pedro Salema. "Destaco a inovação do nosso portal do regante, onde os nossos clientes, para além de aceder a todo historial de relação com a EDIA, podem aceder gratuitamente a dados e previsões meteorológicas de grande detalhe e até conselhos de rega para cada cultura", adianta. "Destaco ainda o nosso projeto URSA, que consiste na implementação de um modelo de negócio inovador e disruptivo, empreendido de forma comunitária, baseado na permuta de subprodutos agrícolas por fertilizante orgânico para utilização agronómica pelos agricultores, materializando a economia circular de ciclos curtos no contexto agrícola". Além das infraestruturas já criadas para a área de regadio, está
milhões de dólares), o retorno desses investimentos acaba por ir quase totalmente para os investidores internacionais e não para os fundadores portugueses dessas companhias. Por outro lado, salientou, o investimento global em I&D+i ainda está abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Fabián Varas, diretor Técnico de Corporación Tecnológica de Andalucía (CTA), frisou outro fator relevante, o da necessidade de "promover a inovação colaborativa, porque é difícil inovar sozinho", como
previsto avançar em breve a segunda fase de expansão do projeto do Alqueva, que vai contemplar mais 50 mil hectares para a vertende industrial, nomeadamente a produção de energia limpa e para o turismo. Assim, está previsto para "muito breve" o lançamento de um concurso internacional para a implementação de uma central de produção de energia fotovoltaica flutuante, sendo o "vencedor desse concurso que o irá construir e operar nos primeiros cinco anos". "O financiamento para este investimento foi assegurado com um empréstimo de 45 milhões de euros junto do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa", acrescenta José Pedro Salema. "Neste momento, estamos a começar as obras da segunda fase do projeto, que acrescentará cerca de 50 mil hectares. A par disto, temos o ambicioso projeto de produção de energia fotovoltaica com recurso a estruturas flutuantes para alimentar a maioria das grandes necessidades energéticas das estações elevatórias do sistema", conclui o gestor.
destacou durante o painel dedicado à inovação como fator de alavancagem da internacionalização das empresas andaluzas e portuguesas. Mas o relacionamento bilateral entre Portugal e aquela comunidade autónoma do sul de Espanha não se esgota nos negócios de âmbito tecnológico, sendo também ponto de interesse comum áreas como a gestão portuária, as energias renováveis, a logística industrial, o imobiliário, as infraestruturas e maquinaria para o setor agroindustrial, as atividades culturais, entre muitas outras. Portugal representa, por outro
gran tema grande tema
lado, uma porta de entrada para vidade das PME andaluzas. A Extenda, entidade promotora de as empresas andaluzas nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial negócios internacionais pertencente Portuguesa), enquanto a Andaluzia à Junta da Andaluzia, dá o exemplo pode permitir às empresas portugue- de uma indústria complementar à sas avançarem depois para a América Latina. A economia da Andaluzia, que conImobiliário, gestão tinua a ser conhecida pelo peso do portuária, produção seu setor agroalimentar, bem como do turismo, quer mostrar que outros de peças automóveis, setores estão a despontar em termos agricultura e estratégicos, como a aeronáutica, a biotecnologia, as energias renováveis, agroindústria, ou a indústria metalomecânica, ou a aeronática são alguns produção de componentes automóveis, numa aposta crescente na incordos setores com poração tecnológica, para alavancar a maior potencial para a internacionalização das suas empresas. De salientar que um dos grandes cooperação bilateral objetivos dos 11 parques tecnológicos da comunidade autónoma passa pela transferência de tecnologia da área agricultura, a dos equipamentos e científica e académica para a vertente soluções de apoio, como sejam a consempresarial, catapultando assim a ati- trução de estufas, nutrição vegetal,
fertilizantes, controlo do ar e climatização, sistemas de irrigação, sementes, controlo biológico, entre outros, que tem vindo a modernizar-se, contando nomeadamente com um centro tecnológico e experimental, o Tecnova, localizado em Almería. A cooperação transfronteiriça continua a representar também uma importante vertente para consolidar o crescimento dos negócios das empresas dos dois lados da fronteira, dispondo quer as empresas andaluzas quer, do lado português, as do Algarve e do Alentejo mantido sempre um bom relacionamento, sobretudo ao nível da atividade agrícola (ver caixa na pág. ant.). No entanto, esta cooperação deve ser intensificada, para uma maior capacidade de internacionalização para outros mercados de interesse comum, como sublinharam diversos participantes do fórum empresarial realizado no passado dia 15 de janeiro. PUB
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
Morais Leitão, Uría e Cuatrecasas lideram valores de operações em M&A
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mercado português registou a Morais Leitão lidera o ranking por valor 427 fusões e aquisições em 2019, com 3, 7 mil milhões de euros (no total de mais 15,09% em relação ao ano ante- 20 operações), seguido da Uría Menéndez rior. Segundo o TTR-Transactional Track – Proença de Carvalho, com cerca de 3 Record, ao nível da assessoria jurídica mil milhões de euros (distribuídos em 11 do ano passado, o relatório divulga que operações) e a Cuatrecasas com 2,8 mil
milhões de euros (com 16 operações). Já no número de transações, a PLMJ lidera o ranking, com 35 operações, seguida da Antas da Cunha ECIJA, com 31 transações, e a Garrigues Portugal, com 29.
BAS com cinco advogados reconhecidos pelo “Best Lawyers 2020”
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oram reconhecidos pelos seus pares na edição 2020 dos Best Lawyers® em Portugal, cinco advogados e cinco áreas de prática da BAS. Pedro Madeira de Brito (na foto), presente nos Best Lawyers em Portugal desde 2010, e tendo sido reconhecido para 2019 Lawyer of the Year está este ano selecionado mais uma
vez na área de prática Labor and Employment Law e, pela primeira vez , também em Health Law. Surgem pela primeira vez na edição 2020, os sócios Jane Kirkby (Administrative Law), Cláudia Monge (Health, Privacy and Data Security e Administrative Law), Alexandra Almeida Mota (Labor and Employment Law) e Marco Real Martins (Public and Administrative Law).
Em trânsito: » A Macedo Vitorino & Associados nomeou Cláudia Fernandes Martins (na foto) como nova sócia. A advogada integrou a sociedade liderada por António de Macedo Vitorino e João Vitorino em 2003. “A Cláudia tem desenvolvido um trabalho notável no direito da concorrência e direito europeu, em matérias de privacidade, dados pessoais, big data e IT em geral, assim como em contratos com grandes clientes na área de distribuição de produtos de luxo. Por isso, é justo que a Macedo Vitorino lhe reconheça mérito e lhe atribua novas funções nessas áreas”, referiu João Vitorino, sócio administrador da sociedade, ao site “Advocatus”.
O diretório americano distingue os melhores advogados em cada área de prática jurídica nas diversas jurisdições tendo por base a votação interpares. Constituída em 2010, a sociedade de advogados BAS conta com uma equipa de 26 advogados e um total de 35 profissionais. Além dos escritórios de Lisboa e Porto, a BAS tem presença internacional através das parcerias e associados em Angola, Brasil e Moçambique.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.or Fotos DR
João de Moraes Vaz (na foto). O advogado, que já era associado da Antas da Cunha ECIJA desde 2017, atua sobretudo nas áreas de direito imobiliário e direito comercial. João de Moraes Vaz é licenciado pela Universidade Lusíada de Lisboa. Antes de integrar a Antas da Cunha ECIJA esteve na equipa de direito imobiliário do escritório de advogados Telles de Abreu e Associados. O seu percurso profissional conta também com o estágio no escritório de advogados Prolegal – Moser & Lobo d´Ávila, entre 2010 e 2013, tendo trabalhado em diversas áreas de prática. A nomeação do novo sócio da Antas da Cunha »A Antas da Cunha ECIJA, sociedade de advo- ECIJA acontece num ano de crescimento e exgados internacional que presta serviços integra- pansão, no qual a sociedade abriu um escritório dos com foco no direito digital, promoveu a sócio no Porto. Atualmente conta com oito sócios.
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opinión
Por Eduardo Serra Jorge*
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opinião
O direito de habitação
duradoura
Direito Real de Habitação Duradoura (DHD) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 1/2020, de 9 de janeiro, o qual possibilita que uma ou mais pessoas singulares possam ter residência permanente, de forma vitalícia, num imóvel alheio, mediante o pagamento ao respetivo proprietário de uma caução pecuniária e de contrapartidas periódicas. O DHD pode ser constituído pelo proprietário de um prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano, a favor de uma ou mais pessoas singulares. O contrato de constituição deve ser celebrado por escritura pública ou por documento particular com assinaturas presencialmente reconhecidas. A inscrição do direito no registo predial incumbe ao morador, no prazo de trinta dias contados da data da celebração do contrato. Antes de constituir um DHD, o proprietário da habitação deve promover a sua avaliação prévia por arquitecto, engenheiro ou engenheiro técnico. Uma vez certificado o nível do estado de conservação da habitação, poderá ser celebrado o contrato e registado o direito no registo predial. Deve constar do contrato de constituição do DHD: a aplicação do DecretoLei n.º 1/2020, de 9 de janeiro; o montante da caução prestada; o valor das contrapartidas mensais; a declaração de aceitação do estado de conservação da habitação; o endereço relevante para efeitos de comunicação entre as partes. No momento da celebração do contrato deve ser paga uma caução cujo valor é estabelecido por acordo entre o morador e o proprietário, tendo obrigatoriamente de ser entre 10% e 20% do valor médio das vendas por metro quadrado de alojamentos familiares, por freguesia, em fun-
ção da localização da habitação e da área constante da respetiva caderneta predial. Além da caução, deve ser paga a primeira prestação pecuniária mensal, tendo sido deixado à autonomia da vontade das partes a convenção do seu montante, bem como do dia, do meio de pagamento e do respetivo modo de atualização. Cabe ao proprietário: assegurar que a habitação é entregue ao morador em, pelo menos, médio estado de conservação; suportar a prestação do condomínio e, ainda, os custos com obras e demais encargos nas partes comuns do edifício; assegurar a existência de seguros relativos ao prédio e à habitação; fazer as obras de conservação extraordinária; gerir o montante recebido a título de caução e, com a extinção do DHD, devolver o remanescente ao morador. O morador deve: utilizar a habitação exclusivamente para sua residência permanente, salvo autorização do proprietário para diferente utilização; pagar as taxas municipais e devolver ao proprietário os valores correspondentes ao IMI; promover ou permitir a realização de avaliações ao estado de conservação da habitação; suportar o custo das obras de conservação ordinária da habitação e, ainda, das obras que introduzam soluções de eficiência energética ou hídrica ou melhor acessibilidade; e consentir ao proprietário a realização das obras a que este está obrigado. A caução é prestada por um prazo de trinta anos, sendo o seu valor inicial reduzido em 5% ao ano a partir do início do 11.º ano e até ao final do 30.º ano. A renúncia do morador ao DHD concede-lhe o direito de reaver a caução prestada, o que, até ao 11.º ano de duração do contrato, pode significar a devolução
integral da caução. Só assim não sucederá quando o proprietário tiver deduzido ao valor da caução o pagamento de dívidas, obras ou outros encargos, situação em que o morador terá direito a receber apenas o saldo remanescente da caução. O Decreto-Lei n.º 1/2020 regula a cessação por caducidade, por renúncia e por resolução contratual fundada no incumprimento definitivo de uma das partes. O DHD caduca com a morte do morador, não se transmitindo aos seus herdeiros. O contrato também pode terminar por renúncia do morador, devendo este comunicá-la por meio de uma declaração com assinatura reconhecida presencialmente acompanhada por uma ficha de avaliação da habitação e, se for o caso, autorização de cancelamento de hipoteca que tenha garantido o crédito contraído para pagamento da caução. A renúncia obriga o proprietário a devolver ao morador o saldo da caução existente na data da cessação do direito por renúncia do seu titular. O não pagamento, total ou parcial, das contrapartidas mensais e a reincidência na constituição em mora configuram-se como situações de incumprimento definitivo. Extinto o DHD, a habitação deve ser entregue ao proprietário, livre e devoluta de pessoas e bens, no prazo de três meses, salvo nas seguintes situações: no caso de falecimento do morador, os herdeiros dispõem de um prazo de seis meses, a contar do falecimento, para entregarem a habitação ao senhorio; cessando o DHD por renúncia, o prazo de entrega corresponderá à data de produção de efeitos da renúncia, a fixar pelo morador. * Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com
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opinião opinión
Um ano e meio depois, o que mudou com a aplicação do Regulamento Geral
Por Joana Mota*
sobre a Proteção de Dados?
O
s desenvolvimentos tecnológicos dos últimos vinte anos, marcados essencialmente pela evolução do mercado único digital, alteraram profundamente a forma como as pessoas e as organizações comunicam entre si e partilham informação. Neste contexto, a par de novas questões relacionadas com a segurança do seu acesso, tratamento e armazenamento que se foram levantando, conduziram a uma progressiva necessidade de reforma da regulamentação aplicável às matérias relacionadas com a proteção de dados pessoais, que teve a sua génese na Diretiva 95/46/CE, de 24 de outubro de 1995, transposta em Portugal pela Lei 67/98, de 26 de outubro. A consagração, pelo Tratado de Lisboa em 2009, da proteção de dados pessoais enquanto direito fundamental nos termos da legislação da UE, bem como a necessidade crescente de harmonização e reforço das regras aplicáveis nos Estadosmembros contribuíram decisivamente para o arranque, em 2012, de uma reforma legislativa das regras europeias aplicáveis à proteção de dados pessoais. Esta reforma culminou em 2016 com a aprovação de um pacote legislativo de onde se destaca
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o Regulamento (UE) 2016/679 alteração de paradigma na forma do Parlamento Europeu e do como se tratam dados pessoais, Conselho de 27 de abril de 2016 visando essencialmente reforçar (que revoga a Diretiva 95/46/ o nível de proteção das pessoas CE), que estabelece um qua- cujos dados pessoais são tratados, aumentar as oportunidades de negócio no mercado único digital e reduzir os encargos admi“Do lado das nistrativos atualmente existentes, empresas, temos reforçando assim a competitivivindo a assistir a um dade da economia europeia. Mais de um ano e meio decorprogressivo ganho rido desde o início da sua aplicação, o que mudou em Portugal? de consciência das Muito se escreveu ao longo deste suas obrigações ao período sobre um sem número nível da informação de matérias que preocupavam (e continuam a preocupar) as que prestam aos empresas, desde os consentimentos para atividades de marketing, titulares dos dados a forma do exercício do direito e, sobretudo, ao ao esquecimento, os prazos de conservação da informação ou as nível da responsacoimas aplicáveis pelo incumpribilidade, através da mento das regras. Por outro lado, identificação e miti- a aprovação, em agosto passado, da lei de execução do RGPD gação de riscos” em Portugal (a Lei 58/2019, de 8 de agosto) criou alguma expetativa sobre a possibilidadro geral da UE em matéria de de de esclarecer um conjunto proteção de dados pessoais (o de aspetos abstratos que consta“RGPD”). vam do RGPD (por exemplo, a O RGPD, que entrou em vigor forma de exercício do direito ao em 25 de maio de 2016 e é dire- apagamento, a densificação do tamente aplicável em todos os conceito de “interesse legítimo” Estados-membros desde 25 de como fundamento de legitimimaio de 2018, representou uma dade para o tratamento de dados
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pessoais), não tendo a mesma resolvido nenhum aspeto material do RGPD. No que diz respeito à fiscalização, a autoridade de controlo em Portugal, a Comissão Nacional de Proteção de Dados, tem procurado, mesmo com uma enorme e conhecida carência de meios humanos e financeiros, ser eficaz na fiscalização das regras, tendo aplicado até à data coimas de algum relevo (destacamos as coimas aplicadas ao Hospital Barreiro Montijo e à Deco no valor, respetivamente, de 400 mil e 107 mil euros). Do lado das empresas, temos vindo a assistir a um progressivo ganho de consciência das suas obrigações ao nível da informa-
ção que prestam aos titulares dos dados e, sobretudo, ao nível da responsabilidade, através da identificação e mitigação de riscos e de demonstração do cumprimento das regras, sendo que a adaptação às regras do RGPD não tem sido fácil, uma vez que implica, desde logo, uma alocação de recursos - financeiros e humanos - e um conhecimento sobre matérias que, apesar de não serem novas, não são ainda completamente familiares para uma grande parte dos agentes do mercado. Apesar de tudo, não podemos deixar de assinalar que o balanço deste ano e meio de RGPD é positivo e que a realidade dos nossos dias diz-nos que é absolutamente necessário que a cultu-
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ra de responsabilidade não seja ignorada ou menosprezada pelas empresas e demais agentes económicos. Esta atitude releva não só por causa das consequências que podem advir do incumprimento das regras (enquadramento sancionatório e demais responsabilidades que possam existir, aliadas a danos reputacionais), mas também porque representa uma oportunidade real para reforçar a confiança dos cidadãos na segurança das transações digitais, contribuindo para fomentar um crescimento sustentado da economia e do mercado único na União Europeia. *Associada coordenadora da Uría Menéndez-Proença de Carvalho E-mail: joana.mota@uria.com
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Cushman & Wakefield escolhida para a gestão do Montijo Retail Park A Square Asset Management, sociedade gestora do FII CA Património Crescente, novo proprietário do Montijo Retail Park, selecionou a Cushman & Wakefield para fazer a gestão do imóvel que recentemente adquiriu. Com 17.700 metros quadrados de área bruta locável, o Montijo Retail Park encontra-se com 99% da sua superfície ocupada, proporcionando uma oferta comercial diversificada de reconhecido valor para a região Sul do Tejo. A Conforama, com mais de nove mil metros quadrados, a Leroy Merlin e a Sports Direct são as lojas-âncora do conjunto comercial, onde marcam também presença insígnias como a Espaço Casa, Ginásio Be-Fit e Calçado Guimarães. André Navarro, partner e diretor de Gestão de Ativos de Retalho
da Cushman & Wakefield, salienta que “a inauguração do Montijo Retail Park veio trazer às populações do Montijo e arredores novas insígnias que anteriormente não existiam na região, nomeadamente a Conforama, a Leroy Merlin Construção, e a SportsDirect, sendo estas um verdadeiro complemento à oferta comercial da cidade”. Recorde-se que o Montijo Retail Park mudou recentemente de mãos
(foi vendido pela Commerz Real à Square A. M.), numa operação assessorada pela Cushman & Wakefield. A consultora conduziu também o processo de comercialização e reposicionamento que levou à inauguração do imóvel no final de maio deste ano. O retail park localiza-se ao lado do Alegro Montijo, estimando-se que venha a beneficiar do impacto positivo que a anunciada construção do aeroporto internacional no Montijo terá nesta região, não só a nível demográfico mas também a nível do desenvolvimento de novas infraestruturas e projetos imobiliários. A área de gestão de ativos da Cushman & Wakefield gere cerca de 400 mil metros quadrados de ativos imobiliários, que somam cerca de 500 inquilinos.
Janelas Verdes integra top 10 dos melhores Hip Hotels do mundo
O site
de viagens Luxury Travel Diary acaba de publicar um artigo onde elege o top 10 dos melhores Hip Hotels do mundo, fazendo, assim, referência à icónica coleção Hip Hotels, que promove unidades não convencionais em
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destinos muito selecionados. Com o título Best Hip Hotels in the World, o artigo elege assim As Janelas Verdes posicionando-o num merecido terceiro lugar. São referidas as suas características únicas, desde a localização deste palacete junto ao Museu de Arte Antiga, o ambiente romântico, até à sua biblioteca com vista sobre o rio Tejo e o jardim interior. É mais um reconhecimento internacional que recompensa o esforço e compromisso da coleção Hoteis
Heritage Lisboa, na oferta de unidades de charme no centro histórico de Lisboa. As Janelas Verdes integra os Hoteis Heritage Lisboa, que reúne refúgios de charme localizadas no centro histórico de Lisboa, em antigas casas ou edifícios históricos. Propriedade de famílias portuguesas, que se uniram para criar ambientes intimistas, onde tudo é pensado para vincar a ligação à cidade de Lisboa, seu património e cultura. São cinco as unidades dos Hoteis Heritage Lisboa: As Janelas Verdes, Heritage Avenida Liberdade Hotel, Hotel Britania, Hotel Lisboa Plaza e Solar do Castelo.
sector inmobiliario
setor imobiliário
Openbook Architecture assina nova sede da KPMG A empresa portuguesa Openbook Architecture é o ateliê responsável pela arquitetura de interiores, design e mobiliário dos novos escritórios da KPMG em Lisboa, tendo o desenvolvimento da comunicação e sinalética de marca ficado a cargo da By Interactive Brands Agency. A nova sede da consultora “é um ícone na cidade, que exterioriza a força e a projeção da KPMG por todo o mundo”, afirma a empresa de arquitetura. Situada numa das avenidas mais centrais da capital, a nova sede da KPMG em Lisboa foi pensada para “reforçar a cultura de marca e fomentar a criatividade, cooperação e pensamento disruptivo dos seus colaboradores, através da promoção de encontros numa diversidade de ambientes. O resultado é uma experiência imersiva no mundo KPMG, que cruza a inspiração clássica e o recurso a materiais nobres e sofisticados com a criação de espaços de trabalho ágeis”, adianta a mesma fonte. Os cerca de 900 colaboradores,
distribuídos por oito pisos e uma área total de aproximadamente 10 mil metros quadrados, “têm liberdade para diariamente escolherem o ambiente perfeito como local de trabalho”. O objetivo comum aos vários espaços existentes, desde open spaces a gabinetes, salas de reuniões, creative rooms , áreas de trabalho colaborativo, a lounges , coffee points , salas de conferências e salas de formação, “é estimular todo o potencial de cada colabora-
dor e aumentar a sua produtividade”. A Openbook Architecture foi responsável pela gestão e coordenação do projeto de arquitetura de interiores, o design do mobiliário e a coleção de arte corporativa, disposta por todos os andares de forma estratégica. “A arte desempenha no projeto um papel identitário, mas também motivacional, ao envolver os colaboradores nos valores e missão da KPMG, enquanto potencia a criatividade e a redução de stresse”. “A arte do saber” é o conceito de comunicação criado para a nova sede da consultora, desenvolvido pela By, através de uma narrativa e linha gráfica que tem por base os valores, mensagem e visão estratégica da KPMG. “Esta identidade está incorporada nos espaços, integrando e complementando a arquitetura. O objetivo é enaltecer, envolver e inspirar diariamente colaboradores, parceiros e clientes”, explica ainda a empresa de arquitetura.
André Jordan Group investe 25 milhões na expansão do Belas Clube de Campo A
André Jordan Group está a investir 25 milhões de euros na construção de 50 novos apartamentos e 15 townhouses no Belas Clube de Campo, em Lisboa, com início de entrega em junho de 2021, mas cuja comercialização arranca agora. “As obras, a cargo da construtora Casais, estão em curso e estima-se a entrega das primeiras unidades em junho de 2021”, refere o grupo, em comunicado. Os novos projetos, adianta, “inserem-se no plano de desenvolvimen-
to do Lisbon Green Valley [Belas Clube de Campo] que prevê, numa primeira fase, a construção de 366 unidades, entre townhouses (moradias), apartamentos e lotes para construção de moradias unifamiliares”. Distribuídos por três prédios de quatros pisos, os 50 apartamentos apresentam tipologias de T1 a T3, com uma área útil entre os 89 metros quadrados e os 169 metros quadrados e com varandas, com preço de venda “a partir dos 420
mil euros”. Os apartamentos de rés do chão, designados por “garden”, incluem ainda um jardim e piscina privativa e apresentam áreas entre os 40 metros quadrados e os 120 metros quadrados. Quanto às townhouses, têm uma área de 265 metros quadrados e tipologia T4, variando a área ajardinada entre os 56 metros quadrados e os 753 metros quadrados e dispondo os lotes de maior dimensão de uma piscina privativa.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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eventos eventos
Especialistas abordam impacto do novo contexto político espanhol para as empresas
“A
Economia de Espanha no pós-Eleições: Riscos e Oportunidades” juntou cerca de 60 pessoas na Nova School of Business & Economics, em Cascais, para discutir o novo contexto económico espanhol após a confirmação do Governo de coligação do PSOE e Unidas Podemos. O evento, organizado pela consultora de comunicação LLYC, e que contou com o apoio da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), reuniu diversos representantes de empresas com interesses ibéricos, que procuraram
conhecer as opiniões de um painel de oradores, onde estavam especialistas de economia e política na Península Ibérica. Román Escolano (na foto), antigo ministro da Economia, Indústria e Competitividade do Governo de Mariano Rajoy e vice-presidente do Banco Europeu de Investimento entre 2014 e 2018, foi o keynote speaker e, na sua apresentação, deu uma explicação detalhada do contexto económico e político de Espanha após as eleições de 10 de novembro último. Mostrando-se crente nas previsões de crescimento do PIB em 2020– a rondar 1,6% –, Román Escolano apontou a questão das pensões, a reforma laboral e o salário mínimo, o financiamento das regiões autónomas e a reestruturação bancária como os principais desafios para a economia de Espanha, acrescentando
que “está a criar emprego sem precedentes. Ao mesmo tempo, há muito confronto político sobre o tema. É um desafio para o Governo”, afirmou. Na mesa-redonda que se seguiu, Paulo Portas, membro da rede de conselheiros da LLYC e antigo vice-primeiro-ministro de Portugal, alertou que a sua perceção é a de que “Espanha caminha para uma situação perigosa de dois blocos sem capacidade de entendimento. Quando terminam os entendimentos ao centro, caminhamos para uma política de blocos agressivos. O centro político não é o mais carismático, mas é o que permite reformas”. Por seu turno, Gregorio Izquierdo, diretor do Instituto de Estudios Económicos, declarou que “a economia espanhola está bem, mas não acompanha a média mundial”, e que existe por isso “margem de manobra” para uma melhoria estrutural, definindo uma prioridade: “O salário mínimo espanhol está muito próximo do salário médio e essa é uma situação que exige prudência”, considerou.
MAPFRE foi um dos patrocinadores “Ouro” da Conferência das Nações Unidos sobre Mudanças Climáticas (COP25) “C hegou a hora de agir!” foi o mote do presidente da MAPFRE, Antonio Huertas, que participou ativamente nas suas redes sociais com mensagens claras de apelo à ação e acrescentou que “as empresas globais têm um papel fundamental no que diz respeito às mudanças climáticas”. O responsável da seguradora participou também no InsuResilience Global Partnership Forum, onde foi analisado o impacto das mudanças climáticas, a perspetiva das segurado-
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ras como investidores institucionais, o papel dos seguros na ajuda à reconstrução e a sua função complementar às instituições públicas. Paralelamente, foi lançado o documentário promovido pela MAPFRE “Los Niños de Maria”, com o objetivo de contar a história da reconstrução de Porto Rico, depois da passagem do Furacão Maria, que devastou o território em 2017. Até 2021, as operações de todas as entidades MAPFRE, com sede em Espanha e Portugal, serão neutras
em carbono, o que representa uma redução de 61% das emissões atuais do grupo, sendo ainda de destacar que se reduzirá o investimento em empresas de energia elétrica em que mais de 30% da receita, seja proveniente de energia produzida a partir de carvão ou de outras fontes. “A sustentabilidade e a proteção ambiental são temas com grande importância para a MAPFRE, sendo que o grupo já se diferencia pelo seu compromisso social há mais de 80 anos”, destaca o grupo segurador.
eventos
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Empreendedores, investidores e instituições financeiras reuniram-se no projeto Espoban N o passado dia 12 de dezembro, o Fórum Ibero-Americano de La Rábida foi o cenário escolhido para o encerramento do projeto transfronteiriço Espoban, cofinanciado em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e enquadrado na primeira chamada do Programa INTERREG VA Espanha - Portugal (POCTEP) 2014-2020 para promover o empreendedorismo, novas oportunidades e competitividade das empresas. A Diputación de Huelva, através da Área de Desenvolvimento Local e Inovação Empresarial e da Loja da Empresa de Huelva, foi responsável pela organização do evento final, com a presença de mais de 180 pessoas (incluindo público, investidores, empresários e entidades financeiras). Os seis parceiros do projeto estiveram presentes durante a conferência: CEEI Baía de Cádiz, Diputación de Huelva, PRODETUR-Diputación de Sevilla, Diputación de Córdoba, Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE)
Algarve, e Sines Tecnopolo, do Alentejo A empresária de Huelva Laura Sánchez, moderadora do evento, destacou a importância da sinergia e da cooperação como motores de crescimento e desenvolvimento no processo empresarial. A inauguração do evento ficou a cargo da vice-presidente da Diputación de Huelva, María Eugenia Limón, que se mostrou satisfeita com a participação e os resultados obtidos: “graças ao Espoban, os objetivos e sonhos dos empresários concretizaram-se, pois com esta iniciativa puderam capacitar-se e formar-se para obter as ferramentas necessárias que os levarão ao sucesso nos seus diferentes modelos de negócios ”, afirmou. Logo depois, o diretor do CEEI Bahía de Cádiz e representante do Espoban, Andrés Blanco, apresentou as principais conclusões do projeto, destacando o “grande esforço de toda a equipe de técnicos e parceiros para alcançar resultados sólidos e consistentes”.
O projeto foi dirigido a empreendedores e PME com ideias de negócio (nas regiões do Algarve, Alentejo e Andaluzia Ocidental) e que necessitam de financiamento externo privado para a sua execução. Com um orçamento total de dois milhões de euros, o objetivo foi gerar e facilitar o acesso ao investimento privado para esses projetos, promovendo seu financiamento por meio de investidores nacionais e internacionais. Desta forma, os seis parceiros do projeto trabalharam com mais de 340 empresários no desenvolvimento de seus planos de negócios, buscando viabilidade económica e formando-os para apresentar seus projetos nos diversos fóruns de investimento realizados. “Foram realizadas 452 horas de formação, dedicadas principalmente ao desenvolvimento destes projetos de negócios e que as ideias de negócios estivessem bem definidas”, tendo decorrido “paralelamente, 377 tutorias personalizadas para desenvolver estas ideias de negócios”, disse Andrés Blanco.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org FEVEREIRO
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opinião opinión
Por Gonzalo Avila*
Brexit
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a amenaza del próximo Brexit, sin duda ahora definitivo, no ha parado de preocupar en todos los países restantes de la Unión Europea (UE). También por lo tanto en Portugal y España. El temor a profundas consecuencias negativas es evidente. Sin duda que a corto plazo esto puede ser cierto. Pero a medio y largo plazo no tiene que ser así, sino todo lo contrario. Las consecuencias serán beneficiosas. Vamos a ver por qué. Precisamente por tratarse de una explicación diferente a la que es habitual leer puede ser interesante desarrollarla algo. En primer lugar, el Reino Unido aunque estaba dentro de la UE en realidad estaba ya fuera. O al menos con un pie fuera. En asuntos muy básicos venía practicando una política autónoma fuera de la disciplina de Bruselas. Por ejemplo no compartía el euro ni la política monetaria común. Había más casos como la política agrícola/ cheque británico, o el movimiento de personas. Y bastantes más casos. Ahora su autonomía será aún mayor en la relación bilateral. En segundo lugar, el RU tendrá que seguir vinculado a la UE a través de disciplinas de comportamiento económico. Existe una tupida red de obligaciones de tipo económico de la que no podrá escapar y que será un elemento
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de garantía adicional en las relaciones con la UE continental. Es el caso de las obligaciones OMC para el comercio exterior de bienes y servicios, o las del FMI y Acuerdos de Basilea en el ámbito
“El temor a profundas consecuencias negativas [del Brexit] es evidente. Sin duda que a corto plazo esto puede ser cierto. Pero a medio y largo plazo no tiene que ser así, sino todo lo contrario. Las consecuencias serán beneficiosas” monetario. O laborales por su pertenencia a la OIT. Y así en muchas áreas más de contenido económico. Además en tercer lugar los intereses tanto británicos como europeo-comunitarias abogarán y presionarán por crear una sólida red de acuerdos bilaterales UE/
RU que con toda seguridad sustituirá el status anterior al Bexit. Ya ha empezado a hablarse de un Tratado de Libre Comercio. Es sólo un ejemplo de los muchos entendimientos económicoa bilaterales que de seguro llegarán. Al final la situación será algo parecida a la que actualmente caracteriza las relaciones económicas de la UE con otros países europeos como Suiza y Noruega donde los beneficios económicos son evidentemente mutuos. Por si esto fuera poco, en cuarto lugar está el hecho de que el RU desde su entrada en la UE años atrás se ha comportado siempre como un socio indeseable. No ha parado nunca de estorbar, bloquear, y torpedear el avance de la construcción comunitaria europea. Y lo ha hecho desde dentro. O sea actuando como un caballo de Troya. Los delegados del resto de las naciones de la UE en las decenas de Comités de Trabajo de la UE cuentan y no acaban sobre esta labor continua paralizante por parte de los representantes británicos. Por tanto, mejor fuera que dentro. Vistas así las cosas no parece que haya que tener miedo al Brexit, sino todo lo contrario. Bendito Brexit. *Economista Email: goavila@gmail.com
vinos & Gourmet
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s cantores Ana Moura e António Zambujo são os parceiros de negócio de José Avillez no seu novo projeto, o Canto, onde serão curadores dos espetáculos musicais. O restaurante ocupa o nº 10 do Largo de São Carlos, no Chiado (Lisboa), ao lado do Belcanto (duas estrelas Michelin), e, como o nome sugere, acrescenta às criações do chefe Avillez as criações de músicos e cantores: “Todas as noites, um jantar com pratos criados por José Avillez, seguido de uma actuação intimista, programada pelos curadores desta casa, Ana Moura e António Zambujo. A língua portuguesa cantada dá o tom e o mote, e tudo
Foto Boa Onda
Canto: novo restaurante de Avillez soma a música portuguesa à ementa O
pode ser acompanhado na página canto_joseavillez, no Instagram.” No Canto, “compôs-se um menu
com preço fixo onde se reúnem cheiros, texturas e sabores de todos os outros cantos do país, com opções de entradas, pratos principais e sobremesas”. Entradas como perdiz de escabeche ou santola recheada; pratos como arroz de marisco, bacalhau à Brás e o clássico bife; e sobremesas como os conventuias Pudim Abade de Priscos ou toucinho do céu e farófias com raspas de limão. O espaço conta, como já vem sendo hábito nos restaurantes de José Avillez, com a assinatura do Studio Astolfi: “sinfonia de tons intimistas e luzes baixas, ambiente para saborear, conforto para ouvir, e inspiração para criar.”
Chefe Cordeiro comanda curso de cozinha portuguesa no ISAG Porto O curso de especialização Cooking Skills ISAG by Chefe Cordeiro Signature arranca em março deste ano e é “aberto a todos os interessados em desenvolver dotes culinários para a confeção de alguns dos principais pratos da gastronomia portuguesa”, frisa em comunicado, o ISAG – European Business School, a instituição de ensino superior localizada no Porto, que promove o curso. “No total, são 10 módulos, lecionados em horário pós-laboral, dedicados à preparação de caldos, arrozes e massas, peixes e carnes, enchidos nacionais e mariscos da nossa costa, doces e sobremesas. Destaque ainda para as aulas especiais sobre o bacalhau português, onde serão desvendados alguns segredos na sua confeção bem como técnicas para a sua melhor preparação.”, explica também em comunicado.
O chefe José Cordeiro é o coordenador do curso: “É um privilégio poder partilhar a minha experiência com todos os amantes da cozinha, num espaço que pretendo que seja de partilha. Foi, por isso, com muito entusiasmo que aceitei o convite do ISAG.” Ao curso aliaram-se também a marca de cutelaria IVO e a Cerealis, parceiros oficiais desta especialização, tem como principal missão “homenagear a nossa cozinha, que é tão vasta e rica em saberes e sabores”, assinala o Chefe Cordeiro.
A propina deste curso é de 1990 euros. A especialização decorre entre março e junho e não tem requisitos obrigatórios de admissão. As aulas serão lecionadas em contextos teórico-práticos, com todos os equipamentos e ingredientes disponibilizados pela instituição. FEVEREIRO DE 2020
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Vinhos & Gourmet
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região do Tejo acolhe um novo projeto, promovido em parceria pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo. Intitula-se Tejo Academia e é uma iniciativa que pretende dotar com mais ferramentas os prescritores de vinho do canal HoReCa, ou seja, restaurantes, bares, wine bars e demais espaços enogastronómicos. Com uma particularidade: devem estar inseridos nesta região vitivinícola. Uma iniciativa virada para a formação. Só se dominarem os que estão a “prescrever” – e falamos de vinhos ou do pairing vinho e comida – se conhecerem as caraterísticas do produto e quais as suas mais valias à mesa. O Tejo Academia é um projeto para Wine & Food Lovers, com uma periodicidade bienal, sendo que intercala com o já conhecido “Tejo Gourmet”, um concurso de iguarias e vinhos que chama ao palco restaurantes de todo o país. No entanto, no Tejo Academia, o foco são os players da região. “Queremos que haja mais orgulho dar a provar e servir vinhos do Tejo”, explicam os promotores da iniciativa. Os participantes vão ficar com mais
Foto Gonçalo Villaverde
Tejo Academia nasce para potenciar presença dos vinhos da região na restauração A
conhecimentos da região dos vinhos do Tejo, vão conhecer melhor os vinhos que ali se produzem, falar sobre serviço de vinhos, como elaborar uma boa carta de vinhos e ainda, numa vertente mais gastronómica, receber dicas de confecção, empratamento e harmonizações possíveis. Estes, entre outros temas, vão ser “lecionados” por dois técnicos especializados, respetivamente, em vinho e em gastronomia – Mário Louro e Pedro Sommer. O Tejo Academia é gratuito e aberto a restaurantes e similares. A primeira sessão é no dia 3 de fevereiro, em
Santarém (no restaurante Oh! Vargas) e a segunda a 17 de fevereiro, em Tomar (no Hotel dos Templários). A terceira data ainda não está definida. No final de cada sessão, há uma prova de vinhos do Tejo. Estas ações de formação incluem também provas de “aferição”, uma teórica e outra prática. Para além de formar, o Tejo Academia também dá prémios. Os vencedores, com maior pontuação, vão ter direito a prémios e distinções, que serão divulgados e entregues na “Gala Vinhos do Tejo 2020”, que se realiza no dia 16 de maio.
Azeite em destaque na Ovibeja A
edição de 2020 da Ovibeja, que se realiza nos próximos dias 29 de abril e 3 de maio, vai trazer mais uma vez alguns dos principais produtores agropecuários da região do Alentejo à feira de Beja. Um dos setores que promete estar em destaque neste certame será, como habitualmente, o azeite, e que se poderá apreciar no 10º “Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja”. O concurso, que já está a receber amostras de azeites de vários países, conta com a participação de diversos produtores, sendo
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esperados “a concurso azeites virgem extra provenientes de produtores individuais, de associações de produtores, de cooperativas e de empresas de embalamento devidamente registadas. Os azeites, nas categorias de frutado verde intenso, frutado verde médio, frutado verde ligeiro e frutado maduro, devem pertencer à campanha 2019/2020 e, por causa da diferença na época da apanha, os países do hemisfério sul podem apresentar os azeites da campanha de 2018/2019”, como esclarece a organização deste evento. Os azeites a concurso devem ser entre-
gues até ao próximo dia 20 de março, em embalagens fechadas, identificados apenas por um código, acompanhados dos resultados de uma análise química e de um certificado que comprove, através de análise sensorial, que a amostra é da categoria azeite virgem extra. A organização do concurso é da responsabilidade da ACOS (Associação de Agricultores do Sul) em colaboração com a Casa do Azeite. No final da 37ª edição da Ovibeja, serão entregues os prémios aos produtores de azeite vencedores em cada categoria a concurso.
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Viver 2020 com Vinhos do Alentejo novas experiências aumentaram 3,8%, para um volume de 117,4 no Douro milhões de garrafas D e acordo com dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), a região do Alentejo colocou no mercado um volume correspondente a 117,4 milhões de garrafas de vinho certificado DOC Alentejo e Regional Alentejano, um aumento de 3,8% face a 2018. O volume total foi de 88,2 milhões de litros, entre vinho tinto, branco e rosé. As vendas incluíram 70% de vinhos da colheita 2018, 21% da colheita 2017, 5% da colheita 2016 e 4% de colheitas anteriores, com os meses de fevereiro, abril e maio a terem maior atividade comercializadora com quantidades médias de 12,5 milhões de garrafas por mês. As vendas de vinho branco e rosé em 2019 foram as mais elevadas dos últimos cinco anos e representaram, respetivamente, 21% e 2% do total, numa quantidade de 24,7 milhões de garrafas nos brancos e 2,2 milhões de garrafas nos rosés. Os vinhos tintos, que foram 77% do total, chegaram a 90,5 milhões de garrafas, menos 7 milhões do que a média dos cinco anos entre 2014-2018. O vinho Regional Alentejano representou 78% da comercialização e o DOC Alentejo 22%, tendo o DOC registado crescimentos mais s i g n i f i c a t i vo s nos vinhos originários das sub-regiões de Portalegre (+38%) e da Granja-Amareleja (+17%). Para Francisco Mateus, presidente da CVRA, “estes resultados revelam que a região está dinâmica e que as produções em cada ano influenciam o potencial comercial dos produtores, dado que a vindima de 2018 teve mais produção o que possibilitou mais vendas em 2019, situação que não se tinha verificado nos três anos anteriores”. Sobre o crescimento dos vinhos brancos e rosés, o presidente da CVRA adianta que “é uma evidência que o Alentejo está a afirmar-se nestas categorias e a conseguir cativar os consumidores, uma tendência que observamos desde há alguns anos com a importância de brancos e rosés a aumentar ano após ano desde 2014”. Sobre o menor volume de vinhos tintos, por comparação com a média 2014-2018, Francisco Mateus explica “ver nesta diminuição uma conjugação entre preços no mercado nacional, pois o preço médio do vinho do Alentejo está valorizado acima da média nacional e também alguma prudência dos produtores na gestão dos stocks de vinho tinto”.
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ara celebrar a chegada do ano de 2020 da melhor forma, “um ano de duplo 20”, a duriense Quinta de La Rosa convida para um programa também ele a dobrar e “nota 20!”. Numa altura em que se fala cada vez mais em abrandar e em tempo de qualidade, nada como desfrutar de uma estada – a dois e durante duas noites – no Douro, “lugar idílico e que nesta altura vive na quietude e serenidade do inverno”. Em pleno coração da região vinhateira, a Quinta de La Rosa prima por uma localização privilegiada: fica sobranceira ao rio Douro, na sua margem direita, e bem perto da pacata vila do Pinhão. Oferece, por isso, excelentes acessibilidades, de carro ou comboio, transportes que são o convite à descoberta de paragens circundantes e complementares. “Quinta de La Rosa a dobrar” é o nome do pacote, que não é novo e que regressa, este ano, na sequência de vários pedidos. Inclui alojamento de duas noites, para duas pessoas, em quarto tradicional ou superior e regime de pequeno-almoço; visita à adega, seguida de prova de vinhos; e, ainda, um jantar para duas pessoas com menu fixo de três pratos (sem bebidas), a ter lugar, como não poderia deixar de ser, no restaurante da Quinta, o Cozinha da Clara. O valor é de 290 euros e é válido até dia 20 de fevereiro, sendo que pode ser gozado a qualquer dia da semana, incluindo aos fins de semana. A compra é feita exclusivamente junto da Quinta de La Rosa. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2020
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
A quarta geração do Leon
é mais ecológica e diz “Hola!” Eleita empresa do Ano de 2019 no âmbito do “Consumer Electronics Show 2020”, realizado em Las Vegas (EUA), a SEAT lançou no passado dia 28 a quarta geração do Leon. Assente numa nova plataforma e totalmente revisto, por dentro e por fora, o novo modelo terá uma versão híbrida plug-in e outras novidades.
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Fotos DR
design será fortemente inspirado no que o Tarraco já nos mostrou, com uma grelha de maiores dimensões e um “olhar” mais rasgado, num design ainda mais aguçado e agressivo.Isto, pelo que se tem visto pelas
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fotos dos testes finais de desenvolvimento. A quarta geração Leon assentará na plataforma modular MQB da Volkswagen, tal como a próxima geração VW Golf. Segundo informações reveladas pelo construtor espanhol, devido a uma maior dis-
tância entre eixos, o Leon de 2020 será ligeiramente mais espaçoso que o modelo atual e os ocupantes traseiros terão mais espaço para as pernas. No exterior, a nova geração Leon integra tecnologia Full LED; e à frente isto implica o uso de faróis
sector automóvil Setor automóvel
dinâmicos com uma luminosidade e definição capazes de iluminar a mais escura das estradas. Atrás, o feixe a toda a largura a unir numa luz contínua os dois farolins, com dinâmica de arranque, assegura uma espetacular e surpreendente cerimónia de boas-vindas. O Leon recebe também indicadores de mudança de direção traseiros dinâmicos, tornando ainda mais evidente para os outros utilizadores da estrada o lado da viragem, melhorando os níveis de segurança. A traseira terá grupos óticos full LED com uma forma horizontal mais alargada. Mas, ainda antes de arrancar, logo que se aproxime do carro, um foco de luzes específico da SEAT projeta a palavra “ Hola! ” no solo quando o veículo fica ativado; mais um elemento de estilo distin-
to do mais recente Leon a sair da linha de produção. No interior, será mais moderno e minimalista, com mais elementos digitais – o que implicará o desaparecimento de quase todos os botões físicos. Existirão dois ecrãs: um painel de instrumentos digital e um ecrã central como protagonistas, para acesso a novas funções de conetividade e infoentretenimento. Em termos de mecânica, a próxima geração Leon oferecerá várias propostas gasolina e diesel. As variantes mais acessíveis estarão equipadas com um motor TSI de 1.0 litros, enquanto as mais potentes contarão com um bloco TSI de 1.5 litros. A linha diesel recorrerá ao TDI de 1.6 litros. A SEAT utilizará tecnologia semi-híbrida para respeitar os cada vez mais exigentes limites de emissões
de CO2. No entanto, a grande novidade diz respeito ao lançamento de uma versão híbrida plug-in . Desta vez, é apenas esperada uma versão Hatchback e outra ST (carrinha), não esquecendo as versões mais desportivas, como será o caso do Cupra, que deverá contar com 300 cavalos. O Leon IV estará disponível apenas no formato de cinco portas e carrinha ST, desaparecendo o modelo três portas. É de esperar que aumente ligeiramente as suas dimensões exteriores, de modo a incrementar a habitabilidade interior, e, em contraste, que reduza o seu peso na ordem dos 50 kg – o que no final de contas contribuirá não só para consumos e emissões de CO2 mais baixas como também fomentará um comportamento mais ágil. PUB
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Rendimento e consumo das famílias sobem na Zona Euro
Foto DR
rendimento das famílias por O habitante na zona euro avançou 0,4% no terceiro trimestre de 2019,
com o consumo a crescer ao mesmo ritmo (0,4%), revelam dados divulgados pelo Eurostat. De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), nos países da moeda única, o crescimento do rendimento real das famílias acelerou entre julho e agosto do ano passado, tanto na comparação com os 0,1% do período homólogo, como face ao aumento de 0,3% registado no segundo trimestre.
Também o consumo real das famílias da zona euro registou uma aceleração no terceiro trimestre quer na variação homóloga, quer na variação em cadeia, pois havia sido de 0,1% tanto no terceiro trimestre de 2018 como no segundo trimestre de 2019. Na União Europeia (UE), o rendimento real das famílias per capita cresceu 0,7% no terceiro trimestre de 2019, em linha com o período homólogo (0,7% no terceiro trimestre de 2018), mas uma aceleração face aos 0,3% do segundo trimestre do ano passado.
Portugal de novo com a Exportações de bens voltam a acelerar menor taxa de inflação e crescem 8,6% em novembro A taxa de inflação anual na Zona Euro aumentou de 1% em novembro para 1,3% em dezembro, tendo Portugal voltado a registar a taxa mais baixa, de 0,4%, de acordo com uma estimativa rápida divulgada pelo Eurostat. As taxas anuais mais altas foram observadas na Eslováquia (3,2%), Holanda (2,8%) e Lituânia (2,7%). Portugal já em novembro registara a taxa de inflação anual mais baixa, em conjunto com Itália (ambos com 0,2%). De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, entre os principais componentes da inflação na Zona Euro, o setor da alimentação, álcool e tabaco terá sido aquele com uma taça mais elevada em dezembro (2%), seguido dos serviços (1,8%).
As exportações de bens cresceram 8,6% em novembro, face ao mesmo mês de 2018, ao passo que as importações aumentaram 1,3%. De acordo com o INE, "em novembro de 2019, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de 8,6% e 1,3%, respetivamente (8,4% e 6,9% em outubro de 2019, pela mesma ordem)", revela o gabinete de estatísticas. As exportações aceleraram face ao mês anterior, tal como tinha ocorrido em outubro, ao passo que as importações desaceleraram. Contudo, saliente-se que o facto de o mês homólogo de 2018 ter sido afetado pela greve dos estivadores no porto de Setúbal, "particularmente as exportações de automóveis para transporte de passageiros", explica o INE, referindo-se a uma das componentes das exportações que mais se tem destacado. As exportações para a Alemanha registaram uma subida de 25,5%. Do lado das importações, o destaque continua a ser França, com uma subida de 27,4% em novembro. Nesta rubrica, estará a importação de componentes de aviões com origem na empresa francesa Airbus. No mês de novembro de 2019, há ainda a assinalar os decréscimos nas exportações e nas importações de fornecimentos industriais (-7,4% e -7,8%, respetivamente), principalmente de produtos transformados.
Taxa de desemprego sobe para 6,9% em dezembro A taxa de desemprego subiu para 6,9% em dezembro de 2019, depois de se ter fixado em 6,7% em novembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). “A estimativa provisória da taxa de desemprego de dezembro de 2019 é 6,9%, tendo aumentado 0,2 p.p. [pontos percentuais] em relação ao mês anterior”, explica o organismo de estatística. Em novembro de 2019, a taxa de desemprego situou-se em 6,7%, valor superior em duas décimas ao do mês anterior e em três décimas ao de três meses antes e igual ao do mesmo mês de 2018. O INE revela ainda que a taxa de desemprego dos jovens
foi estimada em 19,3% e verificou um acréscimo de 0,6 p.p. em relação ao mês precedente, enquanto “a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 5,9%, o que corresponde a um aumento de 0,1 pp relativamente ao mês anterior”. Os dados definitivos relativos a novembro de 2019 mostram que a população desempregada foi de 348,9 mil pessoas, um aumento de 9,8 mil e de 3,6 mil por comparação com novembro de 2018. “Aquele valor representa uma revisão em alta de 0,4% (1,5 mil) da estimativa provisória divulgada há um mês”, acrescenta. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-noviembre de 2019
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etomamos la publicación de los datos estadísticos de la balanza comercial hispano portuguesa referente a los once primeros meses del año, publicados recientemente por Datacomex, de la Secretaria de Estado de Comercio Exterior de España. Se verifica un ligero aumento en las ventas españolas a su vecino Portugal, 2,4% (19.660 millones de euros en 2018 frente a los actuales 20.135,9 millones). Las compras españolas registran una tenue disminución del 2,9% (10.761,3 millones de euros en 2018 frente a los actuales 10.450,5 millones) Las cifras alcanzadas en este periodo representan un superávit favorable a España de 9.685,4 millones de euros y una tasa de cobertura del
192,7%. En términos mensuales el mes de noviembre respecto al mes de octubre registró quiebras del -10% en las ventas y del -7,6% en las compras. Los cuadros 2 y 3 que recogen la distribución geográfica del comercio exterior español, Portugal mantiene su tradicional posición es decir la cuarta posición entre los principales clientes del mercado español con un peso relativo del 7,5% y la octava posición entre los proveedores con un peso relativo del 3,5%. Asimismo, se verifica que en el conjunto de los once primeros meses de 2019 el 52,5% de las importaciones españolas (297.406,6 millones de euros) tiene su origen en los 28 países de la Unión Europea. A su vez, el 65% de la oferta exportadora española (267.522,7 millones de eu-
ros) tuvo como destino los 28 países de la Unión Europea. Portugal ocupa la cuarta posición entre los principales clientes de la Unión Europea con un peso relativo del 10,9% (16.370,4 millones de euros) y la octava posición entre los principales proveedores europeos con un peso relativo del 6,7% (9.129,7 millones). Respecto a la distribución sectorial del comercio hispano portugués, que se recoge en los cuadros 4 y 5, se mantiene el importante peso de la partida 87-vehículos automóviles, tractor (2.036,7 millones de euros de ventas y 1.463,7 millones de euros de compras a Portugal) y en la segunda posición se encuentra la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos (1.472,4 millones de ventas y 808,4 millones de compras). Am-
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-noviembre de 2019 VENTAS ESPAÑOLAS 19
COMPRAS ESPAÑOLAS 19
Saldo 18
Cober 18 %
ene
913 960,29
828 775,04
190,68
1 759 581,34
918 651,30
840 930,04
191,54
feb
1 706 821,40
873 899,16
832 922,24
195,31
1 660 128,17
921 547,50
738 580,67
180,15
mar
1 812 053,31
984 166,48
827 886,83
184,12
1 778 171,59
1 034 643,89
743 527,70
171,86
abr
1 810 815,75
906 315,91
904 499,83
199,80
1 704 976,22
975 822,04
729 154,18
174,72
may
1 951 251,80
999 087,41
952 164,40
195,30
1 919 559,04
1 029 751,19
889 807,85
186,41
jun
1 894 918,30
892 750,62
1 002 167,69
212,26
1 790 720,92
1 042 146,08
748 574,84
171,83
jul
1 888 569,00
1 057 136,40
831 432,60
178,65
1 839 232,22
1 078 615,23
760 616,98
170,52
ago
1 572 644,63
694 691,19
877 953,44
226,38
1 563 574,04
829 229,18
734 344,86
188,56
sep
1 809 737,87
1 004 127,43
805 610,44
180,23
1 718 608,61
896 371,49
822 237,12
191,73
oct
2 077 533,09
1 104 109,06
973 424,03
188,16
1 995 244,99
1 024 519,24
970 725,75
194,75
nov
1 868 799,77
1 020 269,73
848 530,05
183,17
1 930 184,44
1 009 961,27
920 223,17
191,11
dic
0,00
0,00
0,00
0,00
1 637 626,30
913 713,44
723 912,86
179,23
20 135 880,27
10 450 513,69
9 685 366,58
192,68
21 297 607,87
11 674 971,85
9 622 636,02
182,42
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
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Cober 19 %
VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 18 ESPAÑOLAS 18
1 742 735,34
Total
Saldo 19
Rankings 2.Principales países clientes de España enero-noviembre de 2019
bas partidas representan el 19% del comercio exterior español. El comercio exterior español en lo que a las exportaciones se refiere sufrió, en este periodo, un incremento del 1,3% respecto a los once primeros meses de 2018 (pasaron de 295.335 millones de euros a los actuales 297.408,6 millones). Las importaciones subieron 0,7% (295.335 millones de euros en 2018 y 297.408,6 millones en 2019). El crecimiento de las exportaciones españolas (1,4%) fue superior a Alemania (0,6%) y el Reino Unido (-0,5%), e inferior al conjunto de la zona euro (1,8%), Francia (2,7%), Italia (2,1%) y UE (2%). Las exportaciones dirigidas a la UE (65,9% del total) crecieron un 1,7% interanual. Las exportaciones a la zona euro subieron un 1,3% y las destinadas al resto de la UE un 2,9%. Las exportaciones a terceros destinos (34,1% del total) crecieron un 0,8%, con incrementos de las exportaciones a América del Norte (8,6%), Asia excluido Oriente Medio (7,3%) y África (0,7%).
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-noviembre de 2019 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
40 287 073,61
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1 463 686,98
2
004 Alemania
28 858 226,99
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
808 400,02
3
005 Italia
21 381 105,98
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
772 347,68
4
010 Portugal
20 135 880,27
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
605 628,19
5
006 Reino Unido
18 413 938,10
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
530 034,64
6
400 Estados Unidos
12 566 466,99
6
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
384 120,39
7
003 Países Bajos
9 123 028,17
7
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
366 323,99
204 Marruecos
7 828 211,46
8
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
339 797,54
9
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
8 9
017 Bélgica
7 688 221,63
10
720 China
6 174 049,33
11
060 Polonia
5 724 330,79
12
039 Suiza
4 645 803,23
13
052 Turquía
4 103 006,45
14
412 México
3 935 956,67
15
952 Avituallamiento terceros
3 297 886,81
16 17
208 Argelia 732 Japón
10 450 513,69
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-noviembre de 2019 Orden Sector
Importe
2 697 595,69
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2 499 423,72
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
1 472 449,98
3
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
1 336 462,37
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
1 304 049,82
5
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
1 141 809,02
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
681 471,94
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
658 428,78
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
554 942,56
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
18
951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios
2 481 777,44
19
508 Brasil
2 413 940,43
20
061 República Checa
2 366 343,55
SUBTOTAL
206 622 267,31
TOTAL
267 522 742,54
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
3.Principales países proveedores de España enero-noviembre de 2019 Orden País
339 353,29
TOTAL
Importe
1
004 Alemania
36 936 229,52
2
001 Francia
30 834 807,99
3
720 China
26 968 288,77
4
005 Italia
18 971 293,25
5
400 Estados Unidos
14 351 733,45
6
003 Países Bajos
12 736 530,67
7
006 Reino Unido
10 731 586,59
8
010 Portugal
10 450 513,69
9
052 Turquía
7 126 748,83
10
017 Bélgica
6 845 772,39 6 436 556,39
11
204 Marruecos
12
060 Polonia
13
288 Nigeria
5 232 091,31
14
412 México
4 266 438,93
15
061 República Checa
4 079 563,05
16
732 Japón
4 040 494,27
2 036 734,78
547 619,92
TOTAL
20 135 880,27
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
6.Evolución del intercambio comercial 2019
5 251 111,10
17
664 India
3 932 517,67
18
632 Arabia Saudí
3 892 832,81
19
959 Países y territorios no determinados.Intraco.
3 533 103,99
20
508 Brasil
3 471 025,84
SUBTOTAL
220 089 240,51
TOTAL
297 408 641,29
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-noviembre de 2019 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 19
COMPRAS ESPAÑOLAS 19
Cataluña
4 479 776,67
Madrid, Comunidad de
1 787 420,89
Madrid, Comunidad de
3 413 648,14
Cataluña
1 722 986,47
Galicia
2 926 654,45
Galicia
1 677 169,10
Andalucía
1 834 296,30
Andalucia
1 045 441,29
Castilla-La Mancha
1 478 985,10
Castilla y León
848 887,18
Comunitat Valenciana
1 247 606,52
Comunitat Valenciana
848 622,43
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
FEVEREIRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 63
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas que fabrican ropa de lino
DP190601
Empresas españolas de distribución de materiales de construcción, en particular artículos sanitarios
DP190701
Agentes comerciales en el área de moldes y inyección de plástico
DP190702
Empresas españolas fabricantes de hilo acrílico / lana
DP190703
Empresas españolas de material agricola
DP190801
Empresas de fabricación de productos rotomoldeados
DP190802
Empresas fabricantes de utensilios de jardinería domesticos
DP190901
Empresas españolas que puedan aportar tecnologias a la agricultura portuguesa
DP200101
à sua espera
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de cosméticos Empresas portuguesas fabricantes de toalhas Empresas portuguesas de calçado Empresas portuguesas distribuidoras de cafés de Africa, Brasil e Timor Empresas que vendam roupa usada e também panos para limpeza Empresas portuguesas no sector industrial Empresa española, lider en el sector, busca agente comercial en el mercado de menaje del hogar y hostelería
DE190701 DE190702 DE190801 DE190802 DE191001 DE191002 DE191003
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
64 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2020
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
FEVEREIRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 65
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Fevereiro Prazo Imposto Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em dezembro/2019
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de janeiro/2020
Entidades empregadoras
10
IRS/IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativa a janeiro de 2020
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
17
IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas no 4º trimestre de 2019
Contribuintes do regime normal trimestral
17
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em janeiro/2020
Sujeitos passivos do IVA
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a janeiro/2020
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas em janeiro/2020
Entidades devedoras dos rendimentos
20
Selo
Envio da declaração mensal de imposto do selo relativa a janeiro/2020
Sujeitos passivos de imposto do selo
Esta nova declaração é aplicável aos sujeitos passivos quer estes tenham liquidado Imposto do Selo quer só tenham realizado operações isentas
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em janeiro/2020
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros, quando tais operações sejam aí localizadas
29
IRC/IRS
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em dezembro de 2019
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de NIF especial para o não residente
29
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 25 relativa aos donativos recebidos referente ao ano de 2019
Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais
29
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 39 relativa a rendimentos e retenções a residentes às taxas liberatórias, referente ao ano de 2019
Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias
29
IRC
Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades
Sociedade dominante
Pode ainda ser enviada até 31 de março
29
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2019 noutro Estado-membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
66 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2020
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE190125
F
BE190126
F
BE190127
M
BE190128
F
BE190129
F
Data de Nascimento Línguas INGLÊS/ ESPANHOL 25/01/1966
24/03/1971
Área de Atividade ASSISTENTE EXECUTIVA
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
ADMINISTRATIVA NA ÁREA FINANCEIRA
INGLÊS/ FRANCÊS
ASSISTENTE DE OPERADOR FINANCEIRO
INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO
ENGENHARIA AGRONÓMICA
FRANCÊS/ ESPANHOL
PROFESSORA DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
BE190130
F
18/12/1992
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS
LOGÍSTICA
BE190131
M
01/11/1982
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTOR DE NEGÓCIOS
16/11/1992
BE190132
F
ESPANHOL/ INGLÊS/PORTUGUÊS
ADMINISTRATIVA
BE190133
F
ESPANHOL/ INGLÊS
TÉCNICO DE RECURSOS HUMANOS
BE190134
F
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
PEDAGOGA EM RECURSOS HUMANOS
BE190135
F
ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
JORNALISMO
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 67
espaço de lazer
espacio de ocio
Cueva de Nerja, una joya bajo tierra en la costa del Mediterráneo En 1960 se abrió al público la cueva descubierta por un grupo de cinco jóvenes un año antes. Su aventura cambió la historia de un pequeño pueblo malagueño y la grandiosidad de la cueva alcanzó fama mundial. Hoy la visitan alrededor de 400 mil personas cada año.
E
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
ste año se cumplen 60 años de entramos todos”, recuerda la apertura de la Cueva de Nerja, Manuel, uno de los jóvenes en Málaga, una de las más espec- descubridores. Gracias a la taculares de España, donde se linterna fueron caminanhan datado pinturas que podrían do por el interior de la ser la primera obra de arte conocida cueva, hasta llegar a una de la humanidad. Fue un año antes, sala donde se encontraron en 1959, cuando un grupo de cinco con dos esqueletos humaamigos realizaron el descubrimiento de nos. “Pensamos que eran cuya grandeza solo fueron conscientes el de dos niños que como más tarde. Miguel, José, Francisco, José nosotros, hace muchos Luis y Manuel se acercaron una tarde a años, entraron y nunca la zona llamada “Minas del cementerio”, más salieron. Echamos a correr vuelta en Maro, donde normalmente iban atrás con mucho miedo”, cuenta su a coger leña para calentarse y cocinar hermano Miguel, el más pequeño del en sus casas. Pero ese día fue diferen- grupo, por entonces con 14 años. Fue así como salieron, aunque tarte, querían investigar después de ver salir de una grieta unos murciélagos, e daron varias horas en conseguirlo, y iban equipados con un martillo y una pudieron explicar a sus familias y amilinterna. “Dimos golpes con el marti- gos lo que habían visto. Una cueva llo hasta hacer un agujero por donde de 35 mil metros cuadrados, 300 mil
68 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2020
metros cúbicos de volumen y casi cinco kilómetros de desarrollo, aunque en esta primera aventura no se dieron cuenta del tamaño, por la oscuridad. Volvieron poco después con el maestro del pueblo y meses después Miguel acompañó en la visita a otro grupo del Frente de las Juventudes con quien estaba también un fotógrafo. Cuando salieron las fotos
espacio de ocio
para enterrar a los muertos. Además se han encontrado pinturas rupestres. Hay símbolos cuyo significado no se conoce, pero podría ser el primer sistema de signos de comunicación gráfica del hombre. En los trabajos arqueológicos de la cueva Manuel Pellicer descubrió en 1982 el enterramiento del esqueleto al que se ha llamado “Pepita”. Una mujer del periodo Epipaleolítico, que se ha datado en 6.310, que falleció a los 20 años. Desde el 2011 se encuentra expuesto en el Museo de Nerja.
publicadas en el diario Sur se despertó un gran interés por las cuevas y todos querían atribuirse el descubrimiento. La zona de Maro era muy humilde, una aldea de marineros, que creció y se desarrolló rápidamente por el interés turístico de la cueva. A día de hoy pasan alrededor de 400 mil personas al año por la cueva. Se llevaron a cabo obras para acondicionar el espacio y se iniciaron las visitas en 1960. Los cinco protagonistas de la historia empezaron a trabajar como guías. Algunos estuvieron unos años, como Manuel, pero otros gran parte de su vida, como Miguel, que se jubiló allí después de trabajar 50 años. José Luis estuvo 25 años y eligió la cueva para pedir matrimonio a María. “Era nuestra cueva”, afirma Miguel. Mientras pasaban los años se fue acondicionando mejor la cueva para las visitas y sobre todo investigando el interior. La presencia humana en su interior está testimoniada desde hace más de 43.000 años. Hay vestigios de ocupación humana del año 50.000 a.C al 2.500 a.C. y la cueva está catalogada como lugar de interés geológico mundial. Durante el Solutrense estuvo ocupada durante los periodos fríos. La vida transcurría en el exterior y se refugiaban en la cueva. Durante el Neolítico se utilizó
“Verano Azul” y “Festival de Música y Danza” La fama de la cueva fue aún mayor cuando se decidió grabar en Nerja la serie “Verano Azul”. Además en uno de los capítulos los protagonistas descubrían la cueva, tal y como había pasado en la realidad, y el interés turístico aumentó. Y desde 1960 se empezaron a celebrar en el interior de la cueva el “Festival de Música y Danza”, que pronto ganó fama. Grandes voces han pasado por ese escenario como Montserrat Caballé, Alfredo Kraus, Paco de Lucía o Pablo Alborán. Conciertos que dejaron de celebrarse recientemente dentro por el daño que causaban en la conservación de la cueva y han pasado a ser en el exterior. La Cueva de Nerja está situada a 158 metros sobre el nivel del mar y es, con 4.823 metros, una de las cuevas de mayor desarrollo topográfico de Andalucía. Tiene tres bocas de entrada, dos torcas subcirculares y, próxima a ellas, una entrada habilitada un año después del descubrimiento, en 1960, para el acceso de las visitas. Un equipo formado por arqueólogos, geólogos y biólogos se ocupan de la conservación de la cueva y de la investigación. Todos
espaço de lazer
cuidan cada detalle para que la cueva se recupere del impacto de las visitas. Existe ventilación natural y se monitoriza el interior. “La temperatura media en el interior es de 19 grados con una humedad del 70% que llega al 100% en verano. El aforo máximo por día es de 850 personas y durante la noche la cueva se recupera del impacto de las visitas”, aclara el equipo de conversación. Cada día se organizan 45 visitas llegando a pasar hasta 2400 personas en los meses de veranos y unos 1700 en el resto de año. Se llegaron a organizar visitas de espeleoturismo en las otras zonas que no visita el público pero ahora solo acceden a dicho espacio los profesionales. “Es una zona todavía mayor pero de configuraciones similares”, cuentan los responsables. Uno de los puntos más atractivos del recorrido por la cueva, que dura casi una hora, es la Sala del Cataclismo, la mayor de la zona visitable. Allí se alza un inmenso espeleotema, la Gran Columna, de 32 metros de altura y 18 de diámetro. Toda la sala es un caos de piedra, consecuencia de un terremoto ocurrido hace 800 mil años.
FEVEREIRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 69
espaço de lazer
espacio de ocio
As novas receitas que o Optimista
avia
“Acreditam em unicórnios” e acreditam que as receitas de felicidade passam por uma mesa, com comida saborosa e boa companhia, num ambiente agradável. Três sócios, três chefes e uma equipa focada nestas receitas procuram fazer justiça ao nome do restaurante lisboeta Optimista.
F
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
ilipe Rocha, Rita Andringa e Pedro Ventura são amigos e juntaram-se para criar o Optimista, com o objetivo de fomentar noutros amigos oportunidades para se reunirem em torno de uma mesa, com boa comida e boa bebida, num ambiente elegante, acolhedor e informal, enriquecido pelo trabalho de artistas que também são amigos da casa. A palavra “amigos” foi a mais repetida na conversa que tivemos com o gerente Filipe Rocha, talvez porque nada no espaço acontece sem que à carta do restaurante ou à sua decoração se adicionem afetos.
70 act ualidad€
fevereiro de 2020
O Optimista abriu em outubro de 2017, numa parte de Lisboa, que se tem vindo a repovoar de novos projetos, nas redondezas do Mercado da Ribeira. “Queríamos um nome com uma só palavra que transmitisse algo muito positivo e despretensioso, que sintetizasse a atmosfera do espaço”, conta Filipe Rocha, que é dos três sócios o único que trabalha no restaurante. Para essa atmosfera
contribui a representação de um unicórnio, uma peça que transmite idealismo, ousadia e otimismo, da autoria
espacio de ocio
de Rita Andringa, que é arquiteta e foi responsável pela remodelação e decoração do espaço. O Optimista é o segundo projeto de restauração dos três amigos, que já haviam sido responsáveis pela “cafetaria do projeto cultural Carpe Diem, que funcionava no Palácio Pombal, também em Lisboa”, bem como pela “realização de jantares temáticos em formato de banquete, que eram sempre surpresa” e que tinham em comum o fato de juntarem os intervenientes ao longo de uma mesa corrida. O novo restaurante também tem uma forte componente cultural, já que expõe nas suas paredes trabalhos de fotografia e tapeçaria, de vários artistas e artesãos. “São trabalhos de artistas que admiramos, como Duarte Amaral Neto, Márcio Vilela, Válter Ventura, ou a fábrica de tapetes artesanais Ferreira de Sá (Espinho)”, que assina uma enorme tapeçaria, que cobre parte de uma das paredes do espaço. Filipe Rocha diz que o elevado cuidado com o conforto e com a decoração do espaço pode contrastar com a informalidade que praticam. “Queremos que as pessoas se sintam bem, que desfrutem da refeição e do convívio, sem pressas e sem qualquer tipo de pressão.” A carta, que tem vindo a ser renovada, é da responsabilidade dos três chefes residentes: Márcio Silva, Rafael Batalha e Nuno Gonçalves. “Queremos propor aos clientes novas experiências gastronómicas ao longo do tempo, pelo que não nos comprometemos a ter sempre os mesmos pratos na carta.” A coordenação é do chefe Márcio Silva, “o mais antigo na casa, mas não há hierarquia entre os três, complementam-se de forma orgânica e estão os três muito comprometidos com o projeto”, sublinha Filipe Rocha. Na cozinha trabalham “com os produtos frescos do mercado da Ribeira e os pratos procuram casar técnicas mais elaboradas de inspiração oriental com sabores portugueses”, explica o chefe Márcio Silva. Exemplo disso mesmo são os niguiris de pato curado ou a sopa de peixe com massa pho, coentros, croquete e do-
-shua, ou o tártaro de novilho com puré de pimento assado, maionese de manjericão, muxama e boletos, ou a tarte de caça, ameixa, vinho do porto, cogumelos, castanhas, conserva de chalota e jus de cabidela ou ainda os croquetes de cogumelos e trufa com molho de queijo. Estes pratos estão no capítulo das entradas onde também figuram opções identificadas como vegetarianas, como a cenoura assada, mousse de requeijão, noz caramelizada e pesto de talos ou a beterraba da raiz à folha, cogumelos eringi, creme de cebolo e pumpernickel. Na secção de pratos principais figura o bacalhau confitado, gema curada, sauerkraut, conserva chalota, puré de alho frito, bimis salteados. “É tudo feito de raíz aqui”, frisa o chefe, acrescentando que “há sempre um prato de peixe fresco, que varia, em função do que melhor há no mercado”. Entre as carnes, a atual carta propõe cachaço de porco, puré de maçã, batata assada
espaço de lazer
e salada com vinagrete de alho negro, ou bife do espelho da pá, orsotto de cebola assada, pétalas de cebola em pickle de cerveja e cebolo. Os sacchettis com recheio de queijo de cabra e espinafres, maçã em calda, cogumelos salteados, aipo, molho de cebola queimada, lascas de queijo da ilha constituem a opção vegetariana. A rematar a refeição, pode eleger o bolo de chocolate, gelado de banana, mousse de amendoim e caramelo salgado, ou o ananás sem desperdício, que “é prensado com talos de hortelã, mousse de côco com infusão de cascas de ananás, curd de citrinos, bolacha de amêndoa e especiarias, neve de iogurte. O preço médio da refeição é de 35 euros.
Optimista Rua da Boavista 86, Lisboa Telefone: 213460629 E-mail: info@optimista.pt
FEVEREIRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 71
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Exposição
Teatro
Romeu e Julieta, na versão cénica de John Romão
“Picasso, mestre universal”, em Algés
O Palácio dos Anjos, em Algés, acolhe uma exposição dedicada a Pablo Picasso, que incluio pintura, cerâmica e litografias, fazendo justiça à versatilidade da produção artística do pintor espanhol, como se lê no comunicado da Câmara Municipal de Oeiras, promotora da mostra: Na obra de Picasso, há uma enorme versatilidade presidida pela unidade e uma permanência de pensamento que é transversal às suas obras. Nesta exposição, “Picasso. Mestre Universal”, com curadoria de Helena Alonso, uma cuidadosa seleção de obras manifesta as inúmeras conexões que o artista estabelece entre a cerâmica, o desenho e a gravura, sem esquecer que a literatura e a palavra vinculam toda a sua obra.
Entre as obras expostas, detaca-se a primeira série gráfica, a “Suite dos Saltimbancos”, criada entre 1904 e 1906 e reunida como série pelo marchand Ambroise Vollard, em 1913. A mostra inclui também “um exemplar da que é conhecida como a sua ultima produção em cerâmica, datada de março de 1971, apenas dois anos antes da sua morte”. São várias as peças de cerâmica em exposição no Palácio dos Anjos, bem como “desenhos e obra gráfica, que Picasso realizou ao longo da sua vida”. A exposição é organizada pelo Município de Oeiras, em colaboração com a c2c Creación y Gestión de Proyectos Culturales e a Fundação Fran Daurel. 72 act ualidad€
fevereiro de 2020
A história trágica de Romeu Montéquio e Julieta Capuleto, proposta para teatro por William Shakespeare, é conhecida: “Dois jovens que avançam incessantemente com os olhos postos no futuro e atropelam o presente dos seus corpos que apenas se juntam na morte, ou seja, na ausência (ou no apogeu) da velocidade”. O encenador John Romão é o autor da versão que estreia no dia de São Valentim (14 de fevereiro) no Teatro Nacional Dona Maria II (TNDMII). Para John Romão, “trabalhar Romeu e Julieta de William Shakespeare é um processo que assenta na revelação, no contágio entre as imagens e o tempo”. O encenador “apoia-se conceptualmente em elementos presentes de forma dual no texto de Shakespeare, mas oscilando sempre numa dúvida e inquietação: a luz e a escuridão, a juventude e a velhice, e outras antíteses que compreendem o Eros e Thanatos, o mito do encontro das duas personagens na morte - para reconstruir o corpo, a sua dor e as suas funções humanas”. Na peça, “instala-se um ódio à Terra, a tudo o que sucumbe à gravidade e à nomeação, aos seus limites e fronteiras (de géneros, das famílias Montéquio e Capuleto,...), num tempo marcado por uma vertiginosa velocidade que faz os corpos correrem para a morte, como recurso extremo para dotar de sentido o pulsar da vida”. Em palco, Julieta é interpretada por Mariana Monteiro e Romeu por João Cachola.
De 14 de fevereiro a 1 de março, no TNDM II, em Lisboa
Dança
Décima edição do GUIdance 2020 aposta nas coreógrafas Vera Mantero, Tânia Carvalho, Joana Castro, Marlene Monteiro Freitas e Marie Chouinard protagonizam o cartaz da décima edição do GUidance , o Festival de Dança Contemporânea de Guimarães, que anima a cidade minhota de 6 a 16 de fevereiro. Os espetáculos concentram-se no Centro Cultural Vila Flor Santander e a programação elegeu sobretudo coreógrafas, como sugere a sinopse do festival: “Nesta edição dos 10 anos, o regresso de algumas importantes coreógrafas que assinaram momentos fundamentais na história do GUIdance e
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outras que chegam, pela primeira vez, para deixar a sua marca. Este movimento feminino do elenco, coloca intencionalmente o papel da mulher no centro da criação e das atenções, reforçado pela presença de homens que acentuam ainda mais essa qualidade. As várias sensibilidades em jogo no programa, remetem-nos para uma ideia de construção de tempo que escapa a uma interpretação linear, procurando estabelecer nexos que resultam de uma formação multifragmentada e multidimensional. E se quisermos olhar por uma lente mais apurada, a proposta é que habitemos o domínio do sonho (imaginação do inconsciente) e suas variantes, a partir de um lastro de vida no feminino. E a partir daí chegar a um outro lugar. Mais do que fazer sentido, o que este programa pretende é fazer-se sentir, fazer pensar e sobretudo fazer-nos viver em zona aberta a outras soluções, porque o mundo não pode encalhar no passado de decisões que já não funcionam no contexto atual. Através da inesgotável força criativa da mulher, ligaremos a história do festival à história da dança contemporânea portuguesa (inclusive ao
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Ballet Gulbenkian) para deixar tudo num novo ponto de partida.E para onde nos dirigimos, então? Para esse lugar de energia vital, onde se imagina ter havido um grande clarão de luz momentos antes da origem da criação da peça de todas as peças: “A Sagração da Primavera”.” A versão de “A Sagração da Primavera” proposta é a da bailarina e coreógrafa canadiana, com mais de 40 anos de carreira, Marie Chouinard, que se estreia no GUIdance com essa peça de 1993 e com “Henri Michaux: Mouvements”, de 2011. Ambos podem ser vistos no dia 15 de fevereiro. Destaque também para o espetáculo “Esplendor e Dismorfia”, (dia 7), que Vera Mantero– coreógrafa em destaque na comemoração dos 10 anos do festival – assina em colaboração com o construtor sonoro e cénico Jonathan Uliel Saldanha. A coreógrafa traz ao festival também “Os Serrenhos do Caldeirão, Exercícios em Antropologia Ficcional”, no dia 12.
De 6 a 16 de fevereiro, em Guimarães Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
“Rembrandt e o retrato em Amesterdão, 1590-1670”, no Thyssen-Bornemisza Considerado o mais relevante pintor holandês do século XVII, e um dos maiores da história da arte, destacando-se na pintura, desenho e gravura. Rembrandt Harmenszoon van Rijn protagoniza uma exposição no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza dedicada ao retrato na pintura holandesa, feitos entre 1590 e 1670, em Amesterdão. O período a que se costuma chamar de “século de ouro” tem na obra de Rembrandt o seu eixo central, como sucede nesta mostra: “Uma excecional seleção de quase uma centena de pinturas e gravuras que incluem alguns dos melhores exemplos, tanto de Rembrandt -22 no total- como de outros artistas da época, para mostrar a grande variedade e extraordinária qualidade do seu trabalho. Tal como outros retratistas em Amesterdão, Rembrandt foi condicionado por um mercado sujeito às leis da oferta e da procura mas, ao contrário de outros artistas, ele não permitiu que a opinião dos seus clientes ou dos seus colegas pintores interferisse com a sua própria arte não convencional”. A mostra é comissariada por Norbert E. Middelkoop. “Apresentar a obra do pintor nesta exposição juntamente com a dos seus contemporâneos, à luz das suas extraordinárias realizações, permite-nos apreciar com justiça qual foi a verdadeira contribuição de Rembrandt para a arte do retrato”, frisa o comunicado sobre a exposição, acrescentando que “tanto a amostra como o catálogo da mesma refletem o resultado de pesquisas recentes que lançaram uma nova luz sobre o desenvolvimento do retrato
em Amesterdão e, especificamente, sobre o trabalho de Rembrandt”. As obras foram temporariamente cedidas por museus e colecciões de todo o mundo, nomeadamente do Amsterdam Museum, do Rijksmuseum, do Metropolitan de Nova Iorque, da National Gallery de Washington e The National Gallery de Londres. A maioria das obras nunca foi exibida em Espanha.
De 18 de fevereiro a 24 de maio, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid FEVER e i r o d e 2 0 2 0
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Statements Para pensar
“No passado mês de setembro [de 2019] quando milhões de pessoas saíram às ruas para exigir ação sobre as alterações climáticas, muitas delas sublinharam o significativo e duradouro impacto que essas alterções vão ter no crescimento económico e na prosperidade, um risco que os mercados até agora têm sido mais lentos a refletir (...)no entanto, a consciência está a mudar rapidamente, e eu acredito que estamos na fronteira de uma reformulação fundamental do sistema financeiro” Larry Fink, CEO da BlackRock, sublinhando que as provas sobre o risco climático estão a convencer os investidores a reavaliar os pressupostos e que a investigação conduzida por organizações como o painel intergovernamental das Nações Unidas ou o BlackRock Investment Institute está a aprofundar o conhecimento sobre como o risco climático terá impacto a nível do mundo físico e do sistema financeiro global, “Jornal Económico”, 14/1/20
“E porque os mercados de capitais antecipam o risco futuro, vamos ver alterações na alocação do capital mais rápidas do que as próprias alterações climáticas” Idem, ibidem
“[Além das preocupações com a sustentabilidade, a opção por veículos elétricos apresnta vantagens também para os prórios condutores, como sejam a poupança ao nível da deslocação nas cidades] conduzir um elétrico nas grandes cidades significa uma grande economia de tempo e dinheiro (...) a priori, a compra de um elétrico é mais cara, mas se calcularmos todas as despesas durante a vida útil do veículo, vale a pena” Carlos de Luis, responsável pela mobilidade elétrica do grupo Volkswagen, de acordo com um comunicado de imprensa da SEAT, 13/1/20
“Creio que tem havido uma preocupação acima do que eram as minhas expetativas [sobre a implementação pelas empresas do RGPD]. O problema começou a ser tratado bem antes de 2018. No entanto, talvez com algumas dificuldades, tendo em conta que tivemos uma transição para o RGPD que não foi muito acompanhada pelo regulador, pela CNPD (...) É complexo traduzirmos o que é a proteção de um direito fundamental, o direito à privacidade e à proteção de dados” 74 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2020
Luís Neto Galvão, partner da SRS, “Advocatus”, 10/1/20