Actualidade Economia Ibérica - nº 307

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ActuA lidAd Economia ibérica janeiro 2023 ( mensal ) | n .º 307 | 2,5 € (c ont .) TBMB apoia empresas em projetos de internacionalização pág. 20 “A Yilport trabalha com todos os armadores, o que favorece a competitividade” pág. 14 Cadeias de abastecimento globais Península Ibérica assume maior protagonismo pág. 32

Redação

Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org)

Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro

Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número eduardo Silva e Mónia Figueiredo

Contactos da Redação av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org

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Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

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av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa

Comissão Executiva Miguel Seco, Luís castro e almeida, ruth Breitenfeld, enrique Hidalgo, Berta Dias da cunha, carla rebelo, Pablo Forero e Vasileios christidis

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 3 índice Índice E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Grande Entrevista 20. Gestão e Estratégia 24. Marketing 26. Fazer Bem 38. Advocacia e Fiscalidade 44. Setor Imobiliário 48. Startups e Capital de Risco 50. Intercâmbio Comercial 52. Vinhos & Gourmet 58. Oportunidades de Negócio 60. Calendário Fiscal 61. Bolsa de Trabalho 62. Espaço de Lazer 66. Statements Grande Tema 32. Los cambios en las cadenas de suministro traen nuevas oportunidades a la Península Ibérica para asumir un mayor protagonismo Editorial 04. El papel ibérico en las cadenas de suministro Opinião 06. Orçamento do Estado 2023: quais as medidas com maior impacto para as PME? - Eduardo Silva 40. A insolvência empresarial e os caminhos alternativos - Mónia Figueiredo Gestão e Estratégia 22. Senegal, punto de encuentro de proyectos ibéricos
Economia ibérica Diretora (interina)
rodrigo
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Coordenação de Textos clementina Fonseca
Belén rodrigo, clementina Fonseca e Susana Marques Copy Desk julia nieto e Sara Gonçalves
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Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola
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Nº 307 - janeiro de 2023

El papel ibérico en las cadenas de suministro

El covid primero y la invasión rusa a ucrania después, han dejado ver el peso que tiene en todas las economías las cadenas de suministro. Son muchos los elementos que intervienen en un pedido y llegada de un producto, más todavía cuando estas cadenas son a escala internacional. No tener los puntos de producción y distribución en el mismo país de venta del producto ha supuesto, en muchos casos, parones forzados.

En un mundo cambiante e imprevisible los países empiezan a replantearse muchas cosas para que sus economías no paren. una de ellas es la relocalización de las industrias. En las últimas décadas los mercados asiáticos han ganado protagonismo por contar con mano de obra más barata pero también porque ofrecían soluciones que ni siempre se encuentran en Europa. Vemos como las cadenas de suministro se están reorganizando para intentar sobrevivir a unas fluctuaciones de la demanda y de la oferta y todo apunta a que veremos una combinación de tipos de cadena de suministro uniendo proveedores lejanos con otros con una mayor cercanía que aporten más flexibilidad a estas estructuras.

En este contexto, surge una muy buena oportunidad tanto para España como para Portugal una vez que ambos países pueden ejercer un mayor protagonismo en las cadenas de suministro. Hay una buena base, aunque hay muchos aspectos que se deben mejorar, como la modernización, la intermodalidad, la sostenibilidad y el e-commerce. Portugal

cuenta con una ubicación geográfica estratégica en la conexión entre el continente europeo y el continente americano y el sector inmobiliario espera que el segmento de logística se demande más, tanto para ocupación como inversión, con el objetivo de mantener los stocks seguros y más próximos de las cadenas de producción. Pero para que Portugal tenga más protagonismo se deben, entre otras cosas, potenciar infraestructuras y dotar al país de equipamientos que estén al nivel de los mejores en Europa. Sin olvidar la importancia de incentivos públicos, financieros y fiscales para el sector.

En el caso de España tiene una estratégica posición en la entrada y salida al Mar Mediterráneo por lo que sus puertos son claves en el comercio inter-

nacional con Middle East y Asia, así como con las costas de África. Hay que seguir trabajando para que la gestión de las cadenas sea siempre lo más profesional posible y para ello es necesario contar con mano de obra cualificada.

la adaptación al cambio es clave para las empresas que quieren disponer de cadenas de suministro bien pensadas y alineadas con las del negocio. España y Portugal deben saber anticiparse y tener la previsión y planificación de lo que puede estar por venir. Preparando posibles escenarios de futuro todas las partes de la cadena estarán mejor situadas que sus competidores consiguiendo que los dos países ganen ese esperado protagonismo.

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Email brodrigo@ccile.org
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Orçamento do Estado 2023: quais as medidas com maior impacto para as PME?

Foi aprovado no final de novembro, o Orçamento do Estado para 2023. i mporta, por isso, olhar para algumas das medidas com maior impacto para as PME, identificando quais os principais destinatários e as suas características principais.

1. Novo Incentivo à Capitalização das Empresas

Este incentivo fiscal tem como objetivo estimular a capitalização das empresas. Surge da fusão e simplificação dos regimes fiscais atualmente contemplados na dedução por lucros retidos e reinvestidos ( dl RR) e na remuneração convencional do capital social (Rcc S). c om este novo incentivo fiscal cria-se a possibilidade de dedução, à taxa anual de 4,5% e durante dez exercícios, do montante dos aumentos líquidos dos capitais próprios das empresas, os quais incluem, entre outros, as entradas em dinheiro e em espécie realizadas pelos sócios, os prémios de emissão de participações sociais, bem como os lucros aplicados em

resultados transitados, em reservas ou no aumento do capital social. Adicionalmente, determina-se um aumento daquela taxa de dedução para 5%, no caso de empresas que qualifiquem como micro, pequena, média ou de pequena-média capitalização (small mid cap). A referida dedução pode ser efetuada até ao maior dos seguintes valores: dois milhões de euros ou 30% do EB idtA (podendo o excedente, face a este último valor, ser deduzido nos cinco exercícios posteriores).

2.Alterações ao Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) d evido às alterações recentemente efetuadas ao mapa nacional de auxílios estatais com finalidade regional para o período 20222027, será efetuada uma melhoria do RFA i , através do reforço da dedução à coleta aplicável dos atuais 25% para 30% das aplicações relevantes, relativamente ao investimento realizado até ao montante de 15 milhões de euros, nas regiões Norte, c entro, Alentejo e Regiões Autónomas.

3.Novo Incentivo Fiscal à Valorização Salarial

Promove o aumento dos salários, em linha com o acordo de competitividade e rendimentos, garantindo uma diminuição do i Rc às empresas. Serão majorados em 50% todos os custos – quer remuneração fixa, quer contribuições sociais – inerentes ao aumento promovido. d e modo a incentivar a estabilidade dos vínculos laborais, são abrangidos pelo regime os encargos relativos a trabalhadores com vínculos a tempo indeterminado e com remunerações acima da remuneração mínima mensal garantida do ano respetivo. d e notar que não poderão beneficiar deste regime as empresas que agravem o seu leque salarial entre a maior e menor remunerações atribuídas aos trabalhadores num determinado ano.

4.Custos Energéticos e de Produção Agrícola obtêm majoração

Esta medida poderá abranger todas as empresas, com exceção das empresas produtoras de

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energia, e tem como objetivo mitigar os efeitos da subida dos preços da energia na estrutura de custos das empresas, através de uma majoração em i Rc , de 20% dos gastos e perdas com eletricidade e gás natural, na parte que exceda os gastos e perdas suportados no período de tributação anterior. d e igual modo, propõe-se a majoração em 40%, face ao período anterior, dos gastos e perdas incorridos com a aquisição de fertilizantes, corretivos de solo, rações, demais alimentação animal e água para rega, quando usados para atividades de produção agrícola.

5. Taxa Reduzida de IRC de 17% alargada a lucros tributáveis até 50 mil euros

Esta medida aplica-se a todas as micro, pequenas e médias empresas, bem como empresas de pequena-média capitalização (small mid caps) e tem como objetivo apoiar o crescimento da generalidade das empresas nacionais. d efiniu-se o alargamento do âmbito de aplicação da taxa reduzida de i Rc de 17% a lucros tributáveis até 50 mil euros, ao invés do montante atual de 25 mil euros. Adicionalmente, alarga-se o âmbito de aplicação daquela taxa a empresas de pequena-média capitalização ( small mid cap). Além disso, de forma a incentivar operações de concentração de empresas, permite-se a aplicação excecional da taxa reduzida de i Rc , durante dois anos, a empresas que perderam a sua natureza de PME ou small mid caps, por força de operações de restruturação realizadas entre 2023 e 2026.

6.Regime de Taxa Reduzida de IRC e Majoração dos Custos Salariais abrangem empresas

do interior

Esta medida tem como destinatários as empresas localizadas no interior do país e pretende promover a coesão territorial e o desenvolvimento equilibrado do emprego nas várias regiões do país. Em termos práticos, determina a possibilidade de majoração, em 120%, dos encargos salariais com a criação líquida de postos de trabalho nos territórios do interior. Os encargos salariais em causa, para efeitos da presente majoração, englobam quer a remuneração fixa do trabalhador, quer as contribuições para a segurança social a cargo da mesma entidade. Adicionalmente, e no seguimento da medida anterior, estipula o alargamento do âmbito de aplicação da taxa reduzida de i Rc de 12,5% a lucros tributáveis até 50.000 euros, ao invés do montante atual de 25.000 euros, alargando-se ainda o escopo de aplicação daquela taxa a empresas de pequena-média capitalização (small mid cap).

7.Ajustamento nas Tributações Autónomas

Esta medida visa a diminuição da tributação de viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in e de viaturas ligeiras de passageiros movidas a gás natural veicular (GNV), passando a ser tributadas às taxas de 2,5%, 7,5% e 15% em função do valor de aquisição do veículo em causa. Passam ainda a ser tributados autonomamente, à taxa de 10%, os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica com um valor de aquisição igual ou superior a 62.500 euros (montante este que corresponde ao valor de aquisição elegível para efeitos da dedução dos custos de aquisição de veículos elétricos em sede de i VA).

8.Simplificação do Regime de Reporte de Prejuízos Fiscais

Esta medida visa simplificar o regime de reporte de prejuízos fiscais, com base no princípio da solidariedade entre exercícios, fazendo com que as empresas deixem de ter um prazo limite para reportarem os seus prejuízos fiscais. Procede-se, igualmente, à simplificação dos procedimentos de prejuízos fiscais no âmbito dos processos de reestruturação de sociedades, passando estes a ser diretamente declarados pelas empresas. Em contrapartida, é ajustado o montante de prejuízos fiscais dedutíveis de 70% para 65% do lucro tributável do exercício em causa. uma nota importante: de modo a salvaguardar o regime especial de dedução de prejuízos fiscais estabelecido no âmbito da pandemia da doença covid-19, mantém-se a majoração deste limite em 10 pontos percentuais para prejuízos fiscais apurados em 2020 e 2021.

9.Suspensão do Agravamento de Tributações Autónomas para Empresas com Prejuízos Fiscais

Nos períodos de tributação de 2022 e 2023, o OE 2023 prevê o não agravamento das tributações autónomas, nas situações em que o sujeito passivo tenha prejuízo fiscal, caso tenha obtido lucro tributável em um dos três períodos de tributação anteriores e se verifique o cumprimento das respetivas obrigações declarativas nos dois períodos precedentes. d e igual modo, prevê-se o não agravamento das tributações autónomas para os três primeiros anos de atividade das entidades. 

* Diretor técnico da Yunit Consulting Email eduardo.silva@yunit.pt

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Banco sabadell organiza novo programa de emissões de papel comercial verde da corticeira Amorim

A Corticeira Amorim assinou com o Banco Sabadell–Sucursal em Portugal um programa de emissões de papel comercial, no montante de 35 milhões de euros, com maturidade em 2029. As emissões a decorrer no âmbito deste programa qualificar-se-ão como instrumentos de financiamento verde, de acordo com o “Green Finance Framework – November 2022” da Corticeira Amorim. O encaixe desta operação, cuja organização, montagem e garantia de subscrição foi assegurada pelo Banco Sabadell, que assumirá ainda o serviço de agente pagador, será aplicado no refinanciamento da aquisição da sociedade Herdade de Rio Frio (empresa detentora de parte significativa da Herdade de Rio Frio) e no financiamento do investimento em novas plantações de sobreiros. Este programa permitirá alongar a estrutura de maturidades do financiamento da Corticeira Amorim, reforçando os seus capi-

tais permanentes e a componente de financiamento sustentável, adianta a empresa. Em dezembro de 2020, a Corticeira Amorim realizou a sua primeira emissão de obrigações verdes, no valor de 40 milhões de euros, com uma maturidade de cinco anos. Em 2021, concretizou um programa de emissões de papel comercial sustainability linked, de 20 milhões de euros, e de papel comercial verde, de 11,6 milhões, com prazos de três e cinco anos, respetivamente.

“A Corticeira Amorim considera que os instrumentos de financiamento verde são ferramentas eficazes para sustentar projetos com impactos positivos na mitigação e adaptação às alterações climáticas”. Este programa contribuirá, ainda “para o financiamento do programa de sustentabilidade da Corticeira Amorim (“Sustentável por natureza”) e está ligado às iniciativas de sustentabilidade que se enquadram no pilar “Montado”, que

visa preservar o montado e os serviços dos ecossistemas através do aumento do conhecimento, mobilização de recursos e proposta de medidas, contribuindo para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, 12 e 15”, revela ainda a empresa liderada por António Rios Amorim.

Ao abrigo do “Green Finance Framework - November 2022”, serão concretizados investimentos que visam a aquisição de terrenos, a realização de novas plantações com maior densidade florestal, a investigação & desenvolvimento, manutenção, reabilitação, recuperação e gestão, em parte com recurso a novos modelos florestais. Estes investimentos, inseridos no Projeto de Intervenção Florestal da Corticeira Amorim (em curso) e outros, preveem o aumento da área ocupada por sobreiros (Quercus Suber) e a melhoria das áreas já existentes.

Mercadona chega ao distrito de lisboa e inaugura supermercado em oeiras

A Mercadona abriu, há duas semanas, o seu primeiro supermercado no distrito de Lisboa, que é a 39ª unidade da cadeia espanhola em Portugal. Esta nova loja, aberta no concelho de Oeiras (na foto), gerou a criação de uma centena de novos postos de trabalho, com contratos sem termo desde o primeiro dia, contribuindo para a criação de emprego local, sublinha a retalhista.

À semelhança dos outros supermercados, também este dispõe de uma área de vendas de 1.900 metros quadrados e obedece ao “Modelo de Loja Eficiente” que a empresa está a implementar em toda a cadeia, com corredores amplos, poupanças energéticas de até 40% comparativamente a uma loja convencional, entre outras características.

Esta loja conta com 155 lugares de estacionamento e dois lugares destinados ao carregamento de veículos elétricos indo ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica.

A Mercadona aposta nas energias renováveis, designadamente através da instalação de painéis solares nos supermercados. É o caso desta loja, em Oeiras, onde existem 532 painéis solares com capacidade para produzir 200 kW. Ao gerar energia renovável de origem fotovoltaica nas coberturas das lojas, para autoconsumo, a empresa poupa aproximadamente

20% de energia elétrica anualmente. A empresa adianta que “continua a contratar em Portugal” para diversas funções profissionais.

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A pon TAM en T os de econo M i A apuntes de
economÍa

lucros do novobanco subiram 178% nos primeiros nove meses do ano

contexto macroeconómico, pressões inflacionistas e subida das taxas de juro”. Por exemplo, o principal rácio de capital cresceu 160 pontos base, para 12,7%, em termos homólogos.

Breves

Bosch reforça fábrica de Braga para desenvolver software para airbags e travões

O Novobanco obteve, nos primeiros nove meses do ano, um resultado líquido de 428,3 milhões de euros, ou seja, mais 274,3 milhões do que no mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do ano, o resultado foi superior a 161 milhões de euros, uma variação de 30,3% face ao trimestre anterior.

O banco justifica o resultado com o “crescimento sustentado do negócio”, refletindo a “capacidade de geração de receita e capital, apesar do atual

“O crescimento da atividade nos primeiros nove meses de 2022, reflexo da estratégia de crescimento sustentado do negócio bancário em Portugal, com geração crescente de receita e capital, conduziu à criação de valor para todos os stakeholders”, segundo refere o presidente executivo do Novobanco, Mark Bourke (na foto), citado no comunicado.

O produto bancário cresceu 26,5%, para 851,1 milhões de euros, fruto do “contributo positivo dos outros resultados de exploração de 161,3 milhões de euros, impulsionado pelo processo de desalavancagem do portefólio imobiliário, incluindo a mais valia de 71,5 milhões de euros resultante da venda do edifício da atual sede no terceiro trimestre”.

santander lança conta negócios 100% digital

O Santander lançou no mercado uma solução inovadora, que permite aos pequenos negócios terem uma conta 100% online, facilitando, assim, a gestão do dia a dia.

Este lançamento vem dar resposta a uma crescente procura pelos canais digitais e por uma maior personalização do serviço prestado pela banca, afiança a instituição.

A Conta dirige-se a pequenos negócios e ENI, que ainda não sejam clientes do banco, e que queiram fazer essa gestão diária dos seus negócios utilizando apenas o online. É personalizável, em função dos produtos e serviços pretendidos, tendo uma opção mais simples – a Ready – e outra mais completa – a Start. Nos últimos anos, a relação com o clien-

te mudou, o que levou o Santander a acelerar a sua transformação digital, através de processos e produtos mais simples e com maior valor acrescentado para o cliente, melhorando assim a sua experiência de utilização.

Paralelamente, e reconhecendo os enormes desafios que os empresários atravessam, o banco disponibiliza mecanismos para ajudá-los a desenvolver os seus negócios, começando com as questões mais rotineiras de gestão diária das suas finanças, e que permite libertá-los para o core dos seus negócios e para o que realmente necessitam para se tornarem mais competitivos.

A abertura é feita no site do banco, através da autenticação com chave móvel digital.

A Bosch “continua a apostar fortemente na expansão das suas atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) em Braga, agora com a criação de uma nova equipa de desenvolvimento de software para sistemas de segurança automóvel. Esta nova equipa vai ser criada no início de 2023, com cerca de 20 engenheiros de software, mas o objetivo passa por recrutar mais 60 perfis especializados até ao final do próximo ano”, anunciou a multinacional, que irá arrancar com o recrutamento na próxima semana. “Este novo projeto é mais um reconhecimento das nossas competências, vai permitir diversificar ainda mais as nossas áreas de desenvolvimento e continuar a criar a partir de Portugal para o mundo”, afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal e administrador técnico da Bosch em Braga. Esta nova equipa será responsável por desenvolver sistemas de software embebido (embedded software) para airbags e travões da última geração para a mobilidade do futuro, tecnologias que vão representar um marco na inovação e no futuro dos sistemas de segurança de veículos de passageiros, bem como nos futuros veículos autónomos. “A partir de Braga, vamos contribuir para o objetivo de continuar a salvar vidas, tornando a condução mais segura e confortável. A segurança a bordo dos veículos automóveis e da sua envolvente continua a ser grande prioridade para a Bosch, e embora os padrões de segurança e as estatísticas de acidentes variem muito de região para região, acreditamos na visão da mobilidade sem acidentes e estamos a investir para tornar essa visão uma realidade”, reforça Carlos Ribas.

Roca marcou presença no maior congresso nacional de hotelaria e turismo

A Roca marcou presença na 33ª edição do “Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo”, que se realizou em Fátima entre 16 e 18 de novembro, para dar a conhecer aos principais players deste setor um overview das suas coleções de produtos para espaços de banho, os projetos que tem em curso e a ambição da marca para este segmento. No seu stand, a Roca apresentou as suas soluções para espaços de banho, aqui particularmente direcionadas para o canal hoteleiro. As coleções em destaque evidenciaram “pequenos pormenores que marcam uma grande diferença, numa indústria que se pauta pelos mais elevados padrões de higiene, segurança e também de sustentabilidade. Pormenores como materiais que facilitam a limpeza e

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Breves

higienização dos espaços, formatos e detalhes do funcionamento dos produtos que permitem uma maior poupança de água, distinguem os produtos da Roca dos restantes concorrentes e atendem às necessidades mais especificas do setor hoteleiro”, concluiu a marca de sanitários.

Mercado de veículos elétricos sobe 21,5% até novembro

Em novembro de 2022, foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar em Portugal 17.283 veículos automóveis, ou seja, mais 24% do que no mesmo mês de 2022 e menos 11,5% quando comparado com novembro de 2019. Entre janeiro e novembro de 2022, foram colocados em circulação 166.935 novos veículos, o que representou um incremento de 1,8% relativamente ao mesmo período do ano anterior.

Por categorias e tipos de veículos observou-se que os automóveis ligeiros de passageiros registaram mais 35% de unidades matriculadas e que totalizaram 141.552 unidades (mais 5,6% em termos homólogos), nos primeiros 11 meses de 2022.

No caso dos veículos ligeiros de passageiros movidos a energias alternativas, destaque-se que, de janeiro a novembro, 40,1% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos. Em particular, verifica-se que 11,1% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos. Tal significa que este mercado cresceu 21,5%, entre janeiro e novembro, adianta a ACAP-Associação Automóvel de Portugal.

GlobalWe reorganiza estrutura e cria We Contabilidade

A GlobalWe, grupo que atua na área da consultoria, assessoria financeira, gestão e contabilidade, mediação de seguros e incentivos, reorganizou a sua estrutura e criou uma marca autónoma para a área da contabilidade, a We Contabilidade. Para os clientes, a alteração da designação comercial não afetará o funcionamento da empresa, sendo que o apoio prestado é reforçado pela maior especialização nos serviços de contabilidade e fiscalidade.

A GlobalWe passa agora a ser a designação do grupo, constituído pelas três marcas– We Contabilidade, We Seguros e We Incentivos.

Paulo Garrett, managing partner do grupo GlobalWe afirma ser muito importante “fidelizar os atuais clientes que têm ajudado a consolidar a sua carteira e o desenvolvimento de novas áreas de negócio e ramificações que implicaram esta organização da casa. Apostamos no crescimento gradual e queremos deixar de estar posicionados apenas a contabilidade, uma das áreas core, para sermos percecionados como consultora”.

insolvências em portugal devem subir 20% este ano

Este ano, o crescimento do número de insolvências entre as empresas portuguesas deverá ser de cerca de 2%. Contudo, o cenário deverá alterar-se de forma muito significativa em 2023: a Allianz Trade, acionista da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, estima uma subida de 20% das insolvências, devido ao agravamento das pressões inflacionistas sentidas na economia mundial, à crise energética e às perturbações nas cadeias de abastecimento. Esta projeção representa uma revisão em alta face à anterior estimativa, que apontava para um crescimento das insolvências em Portugal na casa dos 16% em 2023.

As previsões da Allianz Trade, refletidas no estudo “Energy crisis, interest rates shock and untampered recession could trigger a wave of bankruptcies”, indicam que, após dois anos de uma diminuição das insolvências, é agora expectável uma aceleração à escala mundial. Para a Zona Euro, as estimativas apontam para que as insolvências avancem 20% em 2022 e

18% em 2023. Ao nível da União Europeia, as contas da líder mundial em seguro de créditos apontam para que as insolvências aumentem 18% neste ano e 17% no próximo ano. O velho continente deverá assim ultrapassar os níveis de insolvências pré-pandémicos já neste ano de 2022. O bloco europeu é, de acordo com os analistas, dos mais impactados pelo aumento das insolvências nos próximos dois anos, sendo que as principais economias vão estar a braços com um crescimento significativo do número de companhias insolventes. As estimativas da Allianz Trade sugerem que a economia francesa vai enfrentar uma subida de 46% das insolvências neste ano e de 29% no próximo ano. Já a Alemanha, motor da economia do euro, deverá assistir a uma subida de 5% das insolvências em 2022 e uma expansão de 17% em 2023.

Fora da União Europeia, o Reino Unido deverá registar uma aceleração de 51% no número de empresas insolventes em 2022 e uma subida de 10% em 2023.

promove 2023 abre candidaturas para projetos nas regiões do interior

Estão abertas as candidaturas à edição de 2023 do Programa Promove, uma iniciativa da Fundação La Caixa, em parceria com o BPI e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O concurso atribui apoios a fundo perdido a projetos piloto, projetos de I&D mobilizadores e ideias inovadoras, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento sustentável de regiões do interior de Portugal. O prazo de candidatura decorre até 24 de janeiro de 2023.

Os projetos piloto e as ideias deverão centrar-se nos domínios de gestão de recursos naturais, criação de novos polos de desenvolvimento e atração de turistas e novos residentes. Os projetos I&D mobilizadores deverão estar enquadrados em domínios estratégi-

cos identificados pelo Governo português para o desenvolvimento do interior, nomeadamente: águas termais, parques e reservas naturais, estudos sobre riscos biológicos e promoção de novas culturas e produtos naturais. Nesta edição de 2023, mantém-se a participação da FCT, numa parceria iniciada em 2020, visando a promoção de projetos de I&D que contribuam para o desenvolvimento das regiões do interior, tendo por base o conhecimento e a inovação numa perspetiva de valorização dos recursos e competências locais e de reforço dos recursos humanos qualificados.

Em quatro edições, o Programa Promove já apoiou 46 projetos e 22 ideias inovadoras, num valor total de perto de 7,6 milhões de euros.

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“i Barómetro do consumidor sénior”: maioria ajuda os filhos e ainda poupa mensalmente

A geração “silver” é independente, ajuda os seus familiares mais próximos e ainda consegue pôr de lado algumas poupanças todos os meses. Estas são algumas das conclusões do “I Barómetro do Consumidor Sénior em Portugal”, apresentado pela Fundação MAPFRE, em Lisboa, a 26 de outubro último. Este estudo analisou os comportamentos dos consumidores seniores (mais de 55 anos) em Portugal, através do Centro de Investigação Ageingnomics, criado em 2020, em Espanha, pela Fundação MAPFRE. A maioria dos inquiridos considera que Portugal é um ótimo país para viver a reforma e, apesar de recear que a sua qualidade de vida seja posta em causa

com o aumento dos preços (sobretudo na habitação, energia e alimentação), esta população quer continuar a viajar.

Por outro lado, “não se sentem valorizados pelo mercado de trabalho e acreditam que a sua situação económica futura será a mesma ou melhor do que a atual”. Quase 65% “acredita que o atual sistema de pensões está em risco”, adianta a Fundação MAPFRE, num comunicado sobre o mesmo estudo. O estudo conclui ainda que este universo dos mais de 55 anos abrange cerca de 3,8 milhões de pessoas, ou seja, perto de 40% da população portuguesa, “o que coloca enormes desafios a empresas, instituições e marcas”, alerta a mesma fonte.

sunenergy ultrapassa as 20 delegações em 2022

A SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia elétrica a partir do sol, previa abrir quatro novas delegações no mês passado, em Castelo Branco, Montalegre, Viana do Castelo e Viseu, ultrapassando o objetivo de chegar às 20 delegações em 2022. Para o início de 2023, estão já previstas mais três aberturas.

Esta expansão ocorre no âmbito da campanha “Vem Ligar Portugal ao Sol”, lançada em março, com o objetivo de expandir a presença da marca no território português, garantindo uma maior proximidade na relação com pessoas e empresas suas clientes.

Com estas aberturas, em Castelo Branco, Montalegre, Viana do Castelo e Viseu, a SunEnergy chega a regiões nas quais ainda não estava presente, conseguindo desta forma ter uma cobertura cada vez maior do território nacional. No início de 2023, a SunEnergy contará com um total de 24 delegações, distribuídas em várias regiões do país,

sendo que a sua expansão a nível nacional irá continuar.

“Cada vez mais, os portugueses optam por soluções mais sustentáveis, pelo que o mercado das energias renováveis continua em crescimento, em particular o da energia solar. A expansão da nossa rede pretende reforçar a nossa proximidade para com pessoas e empresas, de forma a responder ao aumento de procura que temos sentido nos últimos anos”, afirma Raul Santos, CEO da SunEnergy. “Com a abertura das novas delegações, acreditamos que reforçaremos também o nosso posicionamento enquanto marca de referência da energia solar em Portugal”.

Gestores em Foco

Nuno Jacinto (na foto) é o novo diretor de Logística da Santos e Vale.

Com uma vasta experiência em operações logísticas de armazém, transportes e distribuição, o gestor licenciado em Distribuição e Logística, tem participado e liderado vários projetos de melhoria contínua e de construção e implementação de ERP/WMS.

Os últimos anos foram dedicados à logística do ramo automóvel como gestor de Operações no Grupo Nors, com a gestão estratégica e operacional de todas as operações logísticas da área de negócio de Aftermarket no grupo, acumulando com a responsabilidade de implementação SAP nas respetivas áreas.

Mais recentemente, exerceu funções de Warehouse & Distribution manager na área de FMCG, na Central de Cervejas, pertencente ao grupo Heineken.

Francisco Miranda Duarte é o novo partner da Expense Reduction Analysts em Portugal, consultora especializada em otimização de custos e gestão de compras.

Com mais de 20 anos de percurso em cargos de administração e gestão financeira, o responsável tem uma experiência vasta nos setores de saúde e banca, tendo exercido, nomeadamente, funções de destaque no grupo José de Mello Saúde.

Na Expense Reduction Analysts, irá mobilizar as suas competências para aumentar a competitividade da rede de clientes da consultora em Portugal e, lado a lado com os restantes partners, proporcionará aos CEO e CFO a oportunidade de optimizarem recursos e potencializarem a rentabilidade e eficiência das empresas portuguesas.

A Epson Ibérica anunciou a nomeação de Karl Angove para liderar o compromisso do grupo para a inovação sustentável na Península Ibérica. O novo managing director da Epson Ibérica e vice-presidente de Consumer & Channel da Epson Europa chega num “momento-chave de compromisso total em soluções tecnológicas mais sustentáveis, que ajudam os clientes da empresa a alcançar os seus próprios objetivos de sustentabilidade”. Karl Angove vai, assim, acrescentar a responsabilidade empresarial ibérica ao seu atual cargo de vice-presidente de Consumer & Channel na Epson Europa, liderando a transição para uma impressão doméstica mais sustentável com o Epson EcoTank e o ReadyPrint como principais motores da mudança.

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Breves

Acciona

Energía firma un megaproyecto de baterías en Texas por 233 millones de euros

Acciona Energía ha comprado un proyecto de almacenamiento de energía en baterías con una potencia de 190 MW, el mayor de Texas por 233 millones de euros, de los que ya ha desembolsado 20 millones y el resto los pagará en enero de 2023. La compañía española ha suscrito este acuerdo de compra con Qcells, filial del grupo industrial surcoreano Hanwha Corporation, y las operaciones comenzarán en el primer trimestre del próximo año. El acuerdo incluye, además, una cartera de seis proyectos en avanzado estado de desarrollo en Texas que superan un GW de potencia, con una capacidad conjunta de más de dos GWh por cada ciclo. Esta transacción permite a Acciona Energía dar un paso más en su estrategia de energías renovables al contar también con instalaciones que permiten capturar el exceso de la energía generada a partir de fuentes limpias e intermitentes y liberarla durante los picos de mayor demanda o de alteraciones del sistema, permitiendo la inyección de la electricidad a red bajo demanda.

España reactiva la hidroeléctrica con planes de inversión de 15.000 millones de euros El Ministerio para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico ha recibido ya propuestas para construir hasta 27 mil MW en nuevas plantas hidroeléctricas y centrales de bombeo que podrían representar una inversión de más de 15.000 millones de euros si todas ellas se llevasen a cabo. Iberdrola, Repsol, Capital Energy y Atalaya Generación, entre otras, son algunas de las empresas que han dado ya los primeros pasos para llevar a cabo estas inversiones en nuevos aprovechamientos hidroeléctricos. Todos estos proyectos se encuentran además pendientes del desarrollo de un nuevo marco normativo para el almacenamiento de energía. La negociación de este nuevo marco se afrontará además con una visión ibérica. España y Portugal han decidido crear un grupo de trabajo sobre agua y energía, que contribuya a afrontar conjuntamente el papel del agua como generador de energía y a explorar las oportunidades del almacenamiento.

FCC gana a ACS la ampliación del Metro de Toronto por 1.800 millones de euros

FCC ha resultado adjudicatario del contrato de estaciones y servicios para el proyecto de extensión del Metro de Scarborough, un municipio ubicado en la zona oriental de la ciudad de Toronto, en Canadá. El grupo español, a través de su división de Construcción, forma parte, junto con la firma norteamericana Aecon Infrastructure Management (al 50%), del consorcio Scarborough Transit Connect (STC) que ha sido seleccionado

repsol acelera en renovables con la compra de Asterion energies y suma 7.700 MW

Repsol ha firmado la adquisición de Asterion Energies al fondo de infraestructuras europeo Asterion Industrial, por 560 millones de euros, más un máximo de 20 millones en concepto de pagos contingentes. La operación es un importante hito en la ambición de la compañía del Ibex de convertirse en un actor global en energía renovable y refuerza la posición de la compañía en mercados clave en Europa, según ha señalado a la Comisión Nacional del Mercado de

Valores (CNMV). Asterion Energies, plataforma de desarrollo creada por Asterion en 2019, gestiona una cartera de proyectos principalmente en desarrollo de 7.700 megavatios (MW) renovables en España (84%), Italia (12%) y Francia (4%), mercados estables y con gran potencial. Así, incluye 4.900 MW de solar fotovoltaica y 2.800 MW de generación eólica, de los que 2.500 MW están en un avanzado estado de desarrollo o en construcción.

caja rural del sur obtiene la licencia para operar en portugal y continuar su expansión

Caja Rural del Sur ha obtenido su licencia de operación en Portugal, abriendo su sucursal con Servicios Centrales en Lisboa y oficinas empresariales en Lisboa y Faro.

Pretende así ampliar su área de influencia a todo el territorio portugués, “apostando por la cooperación entre regiones como forma de combatir la periferia en relación con Europa y los grandes centros de decisión”, según ha explicado la entidad.

Caja Rural del Sur, que inició sus actividades en Portugal hace dos años con una oficina de representación, también ha firmado con la entidad portuguesa Agrimútuo–Federación Nacional de las Cajas de Crédito

Agrícola Mutuo el Convenio de las Cooperativas Agrícolas Ibéricas, en el que están integradas las cooperativas financieras y no financieras portuguesas.

Este acuerdo de cooperación institucional tiene como objetivo “promover la expansión y el fortalecimiento del sistema cooperativo, mediante el desarrollo de proyectos comunes de carácter económico y sociocultural, la producción y comercialización de bienes y la prestación de servicios de interés común a sus socios y clientes”.

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las relaciones ibéricas más fuertes y estratégicas en un año difícil

han sido más fuertes y estratégicas con un año récord en exportaciones, turistas y con más eventos culturales en España”. Un balance de año muy satisfactorio para el diplomático luso quien asumió su cargo en la capi-

Breves

por las autoridades canadienses para desarrollar el proyecto, cuyo valor se estima en cerca de 1.800 millones de euros al cambio actual El proyecto consiste en la construcción de 7,8 kilómetros de vías, incluyendo acondicionamiento de túneles, tres nuevas estaciones, salidas de emergencia, subestaciones de propulsión y conexiones con otras líneas de la red de metro, así como de cercanías y autobuses

Extremadura participará en tres proyectos estratégicos destinados a promover la transformación digital del tejido productivo

La comunidad portuguesa se reunió el pasado 14 de diciembre en Madrid para celebrar la tradicional cena de Navidad organizada por el Forum dos Portugueses. Una cita en la que estuvo presente el Embajador de Portugal en España, João Mira-Gomes (en la foto a la derecha), quien aprovechó su discurso para recordar que en un año difícil como ha sido 2022, “las relaciones entre España y Portugal

tal española poco antes del inicio de la pandemia.

El presidente del Forum dos Portugueses, Manuel Pereira Ramos (en la foto a la izquierda), por su parte, mostró su alegría por juntar en el evento a cerca de 200 portugueses que ocupan muy diversos cargos en distintos sectores de la economía española, algunos de ellos de gran responsabilidad.

goldman sachs controla el 6,12% de iberdrola y se convierte en su segundo accionista

Goldman Sachs ha comunicado a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) que posee un 6,12% del capital de Iberdrola, un porcentaje valorado en más de 4.000 millones de euros, a precios de mercado. Con ello, Goldman Sachs (que no tenía posiciones previas en la energética española) se convierte en el segundo mayor accionista de la empresa, solo por detrás del fondo soberano Qatar Investment Authority (QIA), que controla un 8,7% de Iberdrola. De esta forma, el gigante financiero americano desplaza a BlackRock de la segunda posición, que mantiene un 5,4% de la española, mientras que

Norges Bank también retrocede un puesto, con su 3,12%. Iberdrola es la primera energética española por capitalización bursátil y la primera eléctrica europea, con una capitalización que ahora roza los 70.000 millones de euros. La presencia de Goldman Sachs en la compañía se sustancia a través de derivados financieros, liquidables en los próximos años.

La Comunidad Autónoma extremeña participará en tres grandes proyectos estratégicos regionales destinados a promover la transformación y especialización digital del tejido productivo. En concreto, participará en el desarrollo de tres proyectos de Redes Territoriales de Especialización Tecnológica (RETECH) en las áreas de “Gemelos Digitales”, “Smart Agro” y “Ciberseguridad”. Con el primero de ellos, se proponen la “aceleración de ecosistemas de emprendimiento e innovación basados en gemelos digitales” a través de los que desarrollar soluciones basadas en inteligencia artificial, que permitan el desarrollo económico y empresarial, en especial de las startups y pymes. El segundo pretende acelerar el proceso de transformación digital en el ámbito de la industria agroalimentaria a través de un plan de actuación con el que facilitar el uso de tecnologías punteras adaptadas a las necesidades más demandadas por el sector. Por último, el Proyecto CIBERREGImpulso a la Ciberseguridad desde los Territorios está liderado por el Gobierno de Navarra al que acompañan los gobiernos regionales de Asturias, Canarias, Cantabria, Castilla-La Mancha, Extremadura, Islas Baleares, Murcia y Madrid.

Mr. Wonderful cierra el año con la apertura de nueve tiendas nuevas

La firma española de artículos de regalo y decorativos Mr. Wonderful ha cerrado un año marcado por su apuesta el canal retail en el que ha realizado once aperturas de tiendas físicas entre España e Italia. La compañía ha estado inmersa durante el último cuatrimestre del año en la apertura de seis nuevos espacios que contarán con localizaciones excepcionales, tres de ellos en outlets. Cuatro se encuentran en Madrid, donde la compañía sumará un total de nueve tiendas. Una de ellas, inaugurada en noviembre, está situada en la Terminal 4 del Aeropuerto Adolfo Suárez Madrid Barajas, un emplazamiento totalmente estratégico para la marca que busca impactar en un público internacional, que cuenta con 90 metros cuadrados.

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“A Yilport trabalha com todos os armadores, o que favorece a competitividade”

Em menos de 20 anos, a Yilport tornou-se o 11º maior operador portuário do mundo e quer integrar o top ten. Para esta ascensão também contribuíram os portos portugueses de Leixões (TCL), Aveiro (Socarpor), Figueira da Foz (Liscont), Lisboa (Sotagus e Liscont), Setúbal (Sadoport e Tersado), e os espanhóis de Ferrol (Galiza) e Huelva (Andaluzia), que o grupo adquiriu em 2016 à Mota-Engil e ao Novo Banco, donos da então concessionária Tertir. Nuno David Silva assumiu a direção regional da Yilport Ibéria em outubro e conta-nos quais os planos do grupo turco para tornar estes portos mais eficientes, sustentáveis e competitivos. A empresa tem em curso um investimento de 200 milhões de euros e quer investir mais 500 milhões nos próximos anos.

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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A Yilport tem a ambição de se tornar o décimo maior operador mundial em 2025. Somos atualmente o décimo primeiro. Esse objetivo estaria já na cabeça de Robert Yildirim [fundador, cEO e chairman da Yilport Holding e do Yildirim Group] quando criou a Yilport em 2004 e entrou no negócio portuário, porque é um empreendedor apaixonado por esta área e alguém que concretiza. Em 2016, quando a Yilport avaliou a oportunidade de aquisição de portos em Portugal, integrar o top tem já era um objetivo assumido. Para chegar a esse lugar é preciso fazer aquisições. temos uma equipa no HQ dedicada a avaliar oportunidades de negócio, com gente a viajar pelo mundo para avaliar possíveis novas aquisições. Há oportunidades de aquisição em todo o mundo, mas eu diria que o grupo Yilport está mais vocacionado para infraestruturas já existentes, com potencial de desenvolvimento, que acusem a necessidade de uma restruturação e de investimentos na infraestrutura portuária. Ou seja, interessam-nos portos que precisem de investimentos em terraplenos, em equipamentos, em tecnologia e em práticas operacionais para dotar as infraestruturas de capacidade para se tornarem mais competitivas no mercado.

A Yilport comprou a posição maioritária da Mota-Engil na tertir, porque estes portos estão bem localizados, na fachada atlântica, tinham um hinterland e volumes de carga interessantes– maioritariamente, volumes associados a contentores e a alguma carga geral, movimentada pelos mercados português e espanhol. No entanto, estes portos necessitavam de fortíssimos investimentos nas infraestruturas, porque funcionavam com equipamentos antigos, com 30, 40 anos. As infraestruturas estavam

num estado letárgico e foi isso que atraiu a Yilport a fazer a aquisição, porque viu uma boa oportunidade para, através de investimento, desenvolver as infraestruturas e conseguir prestar um melhor serviço.

O que permite à Yilport prestar um melhor serviço?

O que nos distingue dos restantes maiores operadores é que nós não somos armadores. isto é importante para a competitividade da economia porque somos um operador portuário independente. Os três primeiros operadores portuários do mundo, a MAERSK (dinamarquesa), a MSc (italiana) e a cMA cGM (francesa), são também dos maiores armadores, como são também as chinesas Evergreen e cosco.

Estas empresas começaram por ser armadores e decidiram verticalizar o negócio, adquirindo, de há uns anos para cá, terminais de contentores nos quais os seus próprios navios começaram a operar, de modo a garantir janelas de atracação e tarifas preferenciais nos portos onde operam. Sines é um terminal explorado pela PSA (Singapura), que é independente, mas o outro acionista é a til (grupo MSc) que também é armador. isso faz com que o porto de Sines seja o porto de um só cliente, porque 99% dos navios que lá operam são da MSc . Há outros navios que lá entram devido às alianças globais entre armadores (partilham slots nos

navios para serem mais eficientes). Se uma empresa quiser mandar um contentor para Sines só pode mandar para carregar nos navios da MSc ou de um aliado.

Os nossos portos, em Portugal, escalam todos os armadores direta ou indiretamente. temos navios da MAERSK, da MSc e da cMA cGM, ONE, HAPAG, e muitos outros. Ainda não temos da cosco, por exemplo, mas a c osco carrega noutros navios onde tem slots [espaços]. Mas temos todos os armadores a trabalhar connosco num terminal, o que é bom para a economia porque quanto mais concorrência houver, melhor servido fica o tecido económico ou seja os preços são mais competitivos para as empresas que exportam ou importam através dos nossos portos.

Além disto, investimos constantemente em equipamento “state of the art”, em tecnologia, na reformulação de processos e na formação das nossas equipas para sermos mais eficientes e prestarmos melhor serviço à carga.

Quanto investiram até ao momento? comprometemo-nos com um investimento de 200 milhões de euros, mas não está ainda todo realizado. devemos ter uns 130 milhões realizados e os restantes 70 serão investidos num curtíssimo prazo. investimos já 50 milhões de euros em l eixões, numa obra que está quase concluída– a reconversão do

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Oque fez a Yilport investir em portos portugueses e espanhóis?

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terminal Sul, que aumentou a capacidade do tcl de 650 mil para 850 mil t Eu [unidade equivalente a 20 pés ou a contentor de 6,1 metros] por ano.

Apresentámos em novembro o investimento que está a decorrer na l iscont ( terminal de Alcântara, em l isboa), o nosso terminal deep sea em Portugal. Já temos quatro novos pórticos superpost panamax a operar no cais, que podem ser vistos de toda a l isboa. São elétricos e têm capacidade para 22 fiadas de contentores. O investimento inclui também eco-reach stakers, a repavimentação do pátio de contentores e a construção dos edifícios de operações e inspeções de Alfândega. dentro de dois anos deverá estar terminada esta primeira fase de investimento em Alcântara.

Queremos investir mais e estamos em negociação com as diferentes autoridades portuárias para investir no terminal de contentores de l eixões. Numa primeira fase, será um investimento na ordem dos 50 milhões de euros. No entanto, temos um projeto para l eixões que pode atingir os 500 milhões de euros. temos que ter retorno do investimento e num modelo de concessões temos sempre que negociar com as autoridades portuárias e com o Estado. É preciso dotarmos alguns dos nossos portos de capacidade para receberem navios maiores porque é essa a evolução natural da indústria. São investimentos vitais para que estes portos possam competir com portos da fachada Atlântida como Bilbau (País Basco) e Gijón (Astúrias) e Sines e com os da fachada Mediterrânica como Barcelona, Valencia, Algeciras.

Que garantias têm de que esses investimentos vão avançar?

Em Huelva, a autoridade portuária, recorrendo aos fundos europeus de recuperação e resiliência vai destinar 23,4 milhões de euros para melho-

rar as acessibilidades marítimas e ferroviárias, de modo a permitir aos operadores portuários serem mais eficientes e competitivos. Em Portugal, infelizmente para a economia nacional e apesar de ser público que a execução dos fundos europeus é baixa, apesar de ser muito urgente esse investimento nos portos, os portos têm até esta data previsto o montante de zero euros de investimento no PRR. Se queremos exportar mais, temos que investir nas infraestruturas que tornam o processo de exportação mais competitivo e menos caro para as empresas.

ração. isso torna o porto menos atrativo e menos competitivo. Resultado: menos exportações nacionais porque exportar é mais caro.

As autoridades portuárias sabem que os investimentos são necessários para que os portos continuem a ser relevantes para a economia. No norte, temos um grande número de pequenas e médias empresas com um peso muito importante no PiB nacional, às quais temos que dar soluções logísticas eficientes para permitir que essas empresas sejam competitivas e exportem, que é o desígnio nacional. termos o porto ciente dessa necessidade é meio caminho andado para que esse investimento se possa realizar.

Nesta altura, tudo aponta para que o PRR seja uma oportunidade perdida para o setor portuário. Espero que o Governo olhe para os portos como infraestruturas críticas e que ainda possamos ir buscar fundos para viabilizar esses investimentos.

O investimento nas infraestruturas portuárias implica investimento dos operadores, dos concessionários, como nós, mas também de todos os outros investimentos que garantem a acessibilidade de navios de grande calado aos portos, na entrada da barra do tejo e de acesso aos terminais do tejo, os fundos de acesso a l eixões, como é o quebra-mar.

O porto de l eixões para conseguir fazer face aos custos acrescidos da obra de prolongamento do quebra-mar (que atrasou com a pandemia) teve que aumentar os custos de explo-

O prolongamento do quebra-mar, que é uma obra da autoridade portuária e está a ser realizada, deverá estar concluído daqui a dois anos. Permitirá a entrada de navios maiores em segurança, mas não é suficiente porque em l eixões só conseguimos ter navios até cinco mil tEu, Vigo já consegue até 14 mil, por exemplo. temos que ter depois investimento num terminal (o terminal Norte) capaz de os operar, com equipamentos adequados e essa será a nossa parte do investimento. É o que queremos fazer e esperamos que em 2023 possamos ter boas notícias e que arranque o processo de investimento. O porto de l eixões deveria ter um novo terminal, capaz de operar navios até 14 mil t Eu, no máximo até ao início de 2028.

A liscont é o único porto nacional com fundos naturais capazes de receber navios de grande porte, até pelo menos 14 mil tEu e é uma infraestrutura fundamental para dar novas opções de transporte marítimo deep sea à economia nacional.

Queremos l eixões e a l iscont com capacidade para receber os navios maiores. O principal objetivo neste momento é assegurar escalas diretas nos nossos terminais, no imediato na l iscont, para os EuA, para a

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Em 2021, a Yilport Ibéria obteve um volume de negócios de mais de 100 milhões de euros. A expectativa é que o crescimento seja mais rápido nos próximos anos

Um gestor “ao serviço da carga”

Nuno David Silva conhece o porto de Leixões desde criança porque o pai e o avô trabalhavam no local. Em outubro, tornou-se diretor da Yilport Ibéria, que integra o grupo turco que adquiriu a Tertir em 2016 (à Mota-Engil e ao Novo Banco, no que foi, à data de aquisição, o maior investimento feito por uma empresa turca em Portugal), ficando com a concessão de terminais de contentores e granéis nos portos de Leixões (TCL), Lisboa (Liscont e Sotágus), Aveiro, Figueira da Foz, Setúbal (Sadoport e Tersado), Ferrol (Galiza) e Huelva (Andaluzia). Depois de estudar e trabalhar na Alemanha, de regressar a Portugal para trabalhar na banca e em consultoria, em Lisboa, o gestor regressa ao Porto, em 2004, para trabalhar no porto de Leixões. Começou pelas operações, foi diretor de operações, diretor-geral do TCL e agora tem a missão de reconverter e fazer crescer todos os portos portu -

América c entral, para o México, para o Brasil e para Argentina. Já conseguimos fazê-lo na l iscont. Queremos atrair esses serviços para os nossos portos, esses tráfegos para a América (Norte, c entro e Sul). Já tivemos a primeira escala em dezembro para os EuA. Esses serviços só existiam em Portugal, em Sines, porque é o único terminal capaz de operar esses navios. O que faz com que o mercado não tenha outra opção para serviços diretos em Portugal que não seja Sines. No entanto, isso colocava o mercado dependente de um só armador (a MSc , acionista em Sines, através da til) para exportar as suas cargas com escalas diretas a partir de Portugal.

gueses e espanhóis concessionados à Yilport (os oito em que o grupo detém 100% da concessão; na Tersado, a Yilport só tem 25% do capital social). “Venho trabalhar diariamente com vontade de melhorar os processos para sermos mais eficientes”, comentou, confessando-se apaixonado pelo que faz.

A Yilport pertence ao grupo de origem turca Yildirim, fundado pela família de Robert Yildirim, com negócios na área da energia, exploração mineira, química e fertilizantes, construção, transporte de mercadorias (Yilmar) e na área da gestão portuária (Yilport), segmento que iniciou em 2005. A empresa é a décima primeira maior operadora portuária do mundo,

Que balanço fazem do investimento já feito pela Yilport? Que melhorias e resultados podem apresentar?

Em l eixões, falta só concretizar o investimento no sistema de operações de terminal, que será o NAV iS N4, replicando os terminais de todo o grupo. Estamos a investir na liscont, onde já estamos a operar, mas ainda não temos a capacidade total de armazenagem que teremos daqui a um ano, com mais espaço no pátio e capacidade para operarmos de forma mais eficiente. temos investimentos a decorrer na Sotágus, também em l isboa. Esperamos que lisboa dê um salto grande em volume movimentado nos próximos tempos. também já investimos em Huelva.

operando terminais de contentores, de carga geral, graneis e fertilizantes, tendo anunciado o objetivo de estar entre as dez maiores até 2025.

Vamos investir em Setúbal e em Aveiro. São obras demoradas e a pandemia atrasou-as, mas apesar de todos os contratempos estamos no bom caminho, com equipamentos de movimentação novos e também mais e novos serviços. É possível fazer um balanço positivo, na perspetiva em que se atingiram muitos objetivos, mas ainda não atingimos o retorno pleno do investimento realizado. A nossa expetativa é que agora isso comece a acontecer e que passemos a trabalhar de forma mais eficiente, ser mais produtivos para atrair mais carga para os nossos portos e aumentar as nossas receitas. isso tem acontecido gradualmente desde 2016, mas acredito que cresceremos mais e mais rápido daqui em diante.

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Queremos estar mais presentes junto dos nossos clientes armadores, mas também dos diferentes operadores logísticos e da carga e contribuir para melhores e mais eficientes processos logísticos, promovendo desta forma o crescimento das exportações nacionais pelos nossos portos.

Qual foi o volume de carga movimentada e de negócios da Yilport Ibéria em 2021 e qual é o esperado em 2022?

Em 2021, movimentámos aproximadamente 1.200.000 de t Eu, 2.500.000 de toneladas de carga geral e 40.000 unidades ro-ro, a que corresponde um volume de negócios de mais de 100 milhões de euros.

Em 2022, vamos crescer os volumes movimentados, mas é nossa expetativa que esse crescimento seja mais rápido nos próximos anos, agora que temos os portos de l eixões e, nomeadamente da liscont em lisboa, com capacidade para receber as escalas diretas transatlânticas que o tecido empresarial nacional necessita há muitos anos.

temos crescido, mas queremos dar um salto maior e esse salto só se consegue dar com a melhoria das infraestruturas, com capacidade de receber navios maiores, com maior eficiência operacional e melhores procedimentos nos terminais.

Estamos a fazer esses investimentos que vão permitir ir buscar carga mais longe e só assim é que vamos crescer. A nossa missão não é só servir a economia nacional, é servir a economia ibérica e, se possível, chegar ainda mais longe. Somos a porta de entrada e saída da Europa para estes tráfegos transatlânticos para a América do Norte, central e do Sul.

Queremos estabelecer parcerias com os chamados portos secos em locais como a Guarda, Salamanca, Elvas e Madrid, utilizando a ferrovia para atrair carga para esses terminais.

A maior parte do tráfego atlântico passa à porta dos nossos terminais, mas ainda não faz escala nos nossos

terminais. Navios que vêm do FarEast, Mediterrâneo, de África, para o Norte da Europa e de lá para a América. temos que ter a capacidade intermodal para operar essas escalas, tanto com a carga que nos chega de camião como a que chega de comboio. Ainda não movimentamos muita carga de comboio, mas chega cada vez mais. Aí teremos que ter um crescimento exponencial. temos que ter portas avançadas para podermos ir buscar e entregar carga mais longe, de modo a descongestionar os nossos terminais.

Ao problema em termos de infraestruturas, que estamos a resolver, acresce a atual falta de locomotivas para efetuar o transporte ferroviário de mercadorias, que se prevê só será ultrapassado daqui a dois ou três anos. Até lá temos que ser criativos, arranjar soluções e promover a entrada de novos players no mercado. temos os nossos portos todos preparados para receber carga da ferrovia, mas em Portugal temos pouca oferta de serviço ferroviário. temos dois transportadores, a Medway, que tem 95% do mercado e pertence à MSc e naturalmente privilegia os tráfegos da MSc , e a takargo. Precisamos de mais concorrência e mais oferta também nesse segmento.

Estão também a trabalhar no sentido de uma maior eficiência energética?

Até que ponto as carências da ferrovia em Portugal têm condicionado o crescimento do setor?

Precisamos de mais oferta e de investimento na ferrovia, nomeadamente na alta velocidade entre lisboa e Vigo. A mercadoria não precisa de circular em alta velocidade porque não é economicamente viável. Precisamos desse investimento porque significa a duplicação do canal de passagem dos comboios, o que libertará canal para comboios de mercadoria. ligar Vigo a lisboa é importante, como também é importante agilizar a conclusão das obras de beneficiação da linha da Beira Alta. depois temos que ter os portos secos para ligar tudo isto.

Além do investimento nas infraestruturas, a eficiência dos terminais e a descarbonização da operação portuária são os maiores desafios que temos pela frente. Mais uma vez, para concretizar de forma célere, tudo isto, precisamos da cooperação das autoridades portuárias e governamentais. O grupo Yilport tem como meta atingir a neutralidade carbónica em 2040, dez anos antes da meta traçada pela união Europeia. Os nossos terminais do norte da Europa, região nórdica, já atingiram a neutralidade carbónica e temos muito conhecimento e experiência adquirida que queremos aproveitar e utilizar no nosso portfolio ibérico. No porto de leixões, queremos atingir a neutralidade carbónica em 2035. Em lisboa, também é importantíssimo definirmos uma meta e colaborarmos com a autoridade portuária, para que o porto se integre com a cidade e possa ser, inclusive, um exemplo na descarbonização da sua atividade. Estamos a investir para fazer a transição de equipamentos a diesel (tratores, guindastes, gruas, etc)

equipamentos elétricos e no futuro a hidrogénio, em todos os tipos de equipamentos em que isso é possível.

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“Tudo aponta para que o PRR seja uma oportunidade perdida para o setor portuário. Espero que o Governo olhe para os portos como infraestruturas críticas e que ainda possamos ir buscar fundos para viabilizar esses investimentos ”

gran entrevista

Para produzir energia verde, esses investimentos só poderão ser feitos em parceria com as autoridades portuárias. O edifício Yilport em leixões já produz energia através de painéis solares. O porto de leixões tem um projeto para turbinas eólicas no quebra-mar e há um projeto de energia das ondas. O hidrogénio como fonte energética é uma realidade e fará parte da solução, que terá que ser um mix de várias fontes de energia. Estamos disponíveis (através da Yildirim Energy), para co-investir e permitir que esses investimentos avultados possam ser uma realidade no mais curto prazo.

Foi feita uma restruturação grande na forma de gestão administrativa dos terminais. temos hoje serviços partilhados centralizados na Yilport ibéria. Estamos também a trabalhar numa mudança cultural e a fomentar o trabalho de equipa. trata-se de uma forma diferente de trabalhar e que acredito que seja para melhor. A cultura da Yildirim/Yilport assenta especificamente, no caso dos portos, na filosofia de Robert Yildirim, que é um empreendedor e tem uma cultura de fazer e de responsabilização para atingir objetivos. tem uma visão e executa-a, porque quer ver os objetivos cumpridos.

Estamos a falar de uma empresa turca com operações em 51 países, onde, obrigatoriamente, há regras e procedimentos, fluxos de informação, uma hierarquia e delegações de responsabilidade a respeitar e a cumprir. Há regras, mas também há uma relação de confiança com a operação local. A política do grupo é sempre que possível manter a gestão com equipas locais que têm conhecimento do mercado e do negócio locais.

Tendo em conta a vossa experiência noutros mercados, em que pode distinguir-se a Yilport Ibéria?

Nós queremos que os terminais deixem de ser uma zona cinzenta, que ninguém

conhece, com uma atitude passiva à espera que a carga chegue. Os terminais têm que ser proativos no mercado. Nós trabalhamos para a carga. A carga é o nosso negócio. Os nossos clientes diretos não são a carga, são os armadores, que escalam os nossos terminais, mas o nosso cliente final é a carga. São os clientes que nos trazem carga que temos que servir, é com eles que queremos falar, saber quais são as suas dificuldades e é para eles que temos que arranjar soluções logísticas eficientes. É para isso que aqui estamos, com uma atitude proativa, de servir, de ajudar, de contribuir para a solução, para que tenhamos cada vez mais exportações, cada vez mais contentores movimentados nos nossos portos e com processo logísticos cada vez mais eficientes. um porto para ser competitivo tem que ter boas infraestruturas, mas tem que ter também uma boa equipa portuária. Não chega ter um bom operador, tem

que ter uma boa autoridade portuária, uma boa alfândega, uma boa capitania, boas empresas logísticas e exportadoras à sua volta. A equipa tem que remar toda para o mesmo lado. Se o porto for bem-sucedido e aumentar as suas receitas, poderá criar mais emprego, remunerar melhor os seus trabalhadores, as empresas que utilizam ganham mais eficiência e cria-se um ciclo vicioso positivo.

leixões tem crescido sempre porque adotou essa cultura que queremos implementar nos outros portos. O número de trabalhadores foi aumentando porque há negócio, há trabalho.

Em alguns portos houve problemas sociais, porque nem todos os intervenientes da comunidade portuária entenderam que o porto tem que crescer e que só assim podemos remunerar melhor e criar mais emprego. Primeiro vem o trabalho e depois vem o retorno. Não podemos inverter o ciclo. 

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A forma de trabalhar também mudou? O que trouxe a Yilport de novo?

TBMB apoia empresas em projetos de expansão ou internacionalização

A TBMB-Think Big Make Bigger pretende continuar a consolidar a sua área de consultoria em projetos de investimento, destinados sobretudo à expansão, projetos de i&d ou internacionalização de empresas nacionais, mas também de companhias de outras origens que queiram criar novas unidades de negócios em Portugal. Um dos mercados externos onde a consultora está já muito presente é o Brasil.

Aexpansão geográfica ou a diversificação da atividade são duas das formas de crescimento mais utilizadas pelas empresas, mas, para o concretizarem, muitas vezes é necessário aconselhamento especializado, nomeadamente quando há necessidade de alavancagem financeira para desenvolver os projetos. Segundo incentiva Rafael Silva, diretor-geral da tBMB-think Big Make Bigger, as empresas nacionais devem equacionar expandir-se para outros mercados, para comercializar os seus bens ou serviços, dadas as limitações do mercado português. O responsável sugere que este processo conte com apoio de consultoria, que pode ir desde a fase de conceção do projeto,

até à sua alavancagem financeira (por meio de incentivos comunitários ou por financiamento bancário, ou por parte de investidores particulares), e ainda até à sua implementação no terreno.

Este é o papel que a tBMB desenvolve com os seus clientes, que são sobretudo PME nacionais. Rafael Silva adianta que são sobretudo as PME que necessitam deste tipo de aconselhamento externo, quer ao nível da elaboração de projetos de investimento, quer da definição do seu plano de ação e de financiamento e posterior execução.

Para já, caso pretendam enveredar por submeter projetos aos fundos comunitários via Portugal 2030, têm de esperar pelo lançamento dos concursos públicos e das respetivas con-

dições, mas caso tenham projetos de investimento preparados para avançar ao nível da inovação produtiva ou de investigação & desenvolvimento tecnológico (i&dt), poderão desde já fazer um pré-registo de candidatura, salvaguardando o importante “efeito de incentivo”, enquanto aguardam mais dados quanto às condições de elegibilidade, prazos de execução, nível de comparticipação, entre outros fatores, adverte Rafael Silva.

Captação de investimento estrangeiro Mas não são apenas empresas nacionais que procuram este tipo de apoio ao financiamento de projetos de investimento, já que algumas subsidiárias de companhias de outras nacionalidades

20 ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 g es T ão e es T r AT égi A gestión y estrategia
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e com atividade em Portugal concorrem também a estes fundos. Segundo o mesmo responsável, a tBMB tem clientes de diversas nacionalidades que procuram a consultora para se submeterem aos quadros de incentivos públicos. “temos, de forma consistente, vários clientes oriundos do Brasil, e, pontualmente, também de Espanha, dinamarca, costa Rica, canadá, Reino unido, Suíça ou Alemanha temos empresas a procurar os nossos serviços de consultoria ao investimento e, nomeadamente aos programas de fundos públicos, nacionais ou comunitários”.

A captação de investimento estrangeiro tem sido, de resto, uma das frentes de atuação da tBMB, que conta já com uma forte implantação no Brasil, por via de parcerias com empresas e entidades locais.

“Portugal é uma plataforma de atuação para o mercado europeu, e mesmo para o resto do mundo”, considera o

consultor, salientando que o país tem sido muito procurado por investidores de várias nacionalidades, com destaque para o mercado brasileiro, que desde 2016 tem vindo a acentuar a sua procura, refere o gestor da tBMB. também o mercado espanhol, em especial a região da Galiza, representa um target para a empresa, devido à forte interpenetração desta comunidade autónoma com a região do Minho: “é um mercado-alvo estratégico para nós, já que as empresas são, globalmente, de maior dimensão do que as portuguesas, em cada setor de atividade”.

O turismo, a indústria ou o setor da tecnologia e startups são alguns dos principais setores onde atuam os clientes da t BMB.

Esta empresa portuguesa foi criada em 2019, resultando da cisão da área de negócios de consultoria ao investimento de uma outra empresa de Setúbal, dedicada a serviços de

contabilidade.

Além das vertentes da expansão da atividade (modernização, ampliação ou inovação produtiva) e da internacionalização, a tBMB apoia ainda as empresas que querem desenvolver projetos de i&d, e que geralmente precisam também de alavancagem financeira. uma quarta área a desenvolver será a do aconselhamento empresarial ao nível da fiscalidade e benefícios fiscais, acrescenta Rafael Silva. contando com uma equipa de 10 pessoas, a tBMB tem escritórios em lisboa, Setúbal e Évora e planeia abrir também uma delegação no norte do país, para acompanhar os seus clientes, que são sobretudo do setor industrial. Em 2022, a tBMB faturou 500 mil euros e “para os próximos quatro anos, quer crescer cerca de 25% por ano”, graças sobretudo aos projetos alavancados por via do programa Portugal 2030. 

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Senegal, punto de encuentro de proyectos ibéricos

El país africano se encuentra en un proceso de cambio y transformación con el objetivo de convertirse en un país emergente. España y Portugal están atentos a las oportunidades empresariales que ofrece Senegal e incluso se han asociado para llevar a cabo algunos negocios.

La economía senegalesa es una de las más prósperas y diversificadas de África que crece a buen ritmo con el objetivo firme de lograr que el país se convierta en 2035 en país emergente. con un crecimiento del PiB del 6,6% justo antes de la pandemia, se está recuperando del parón mundial y se espera un cierre del 5% en el recién acabado año. A partir de 2023, gracias al comienzo de la explotación del gas y el petróleo, los senegaleses han empezado a aspirar todavía más alto y ya se empieza a escuchar aumentos del PiB a doble dígito. En 2014 el Gobierno senegalés lanzó el Plan Senegal Emergente, un conjunto de políticas estratégicas para que el país sea emergente en 2035 con una tasa de crecimiento anual en el medio plazo de 7-8%. Además, se pretende convertir al país en un hub

logístico, industrial, minero, aéreo y turístico para la región. tanto para España como para Portugal, Senegal se presenta como un país de buenas oportunidades económicas. Si bien la relación empresarial y comercial entre el país africano y el territorio español es más intensa y antigua, Portugal tiene motivos para apostar por Senegal. Pero más allá de los respectivos intereses de cada uno de los dos países en este pequeño territorio africano, existen también proyectos empresariales que están llevando a cabo en conjunto y con bastante éxito. desde A icEP destacan dos en concreto. Por un lado, “el Banque de dakar (BdK), fundado mayoritariamente con inversión española y con gestión portuguesa”. Y por otro, “clinique des Yeux, una inversión española reciente de vanguardia y de tecnología de punta

que va a contar con la asociación de una empresa portuguesa, Opticalia, en su espacio físico”. Para esta entidad “estos dos proyectos pueden ser replicados en otras áreas”.

tal y como explica la propia entidad bancaria, “Banque de dakar nació de la visión y ambición de inversores internacionales de crear un grupo financiero en el África subsahariana para apoyar el proceso de emergencia económica en esta parte del continente”. El empresario español Alberto cortina fundó en 2015 en dakar este banco gracias a la participación de varios exbanqueros, empresarios e inversores europeos y latinoamericanos y tiene como gerente a un portugués, Vasco duarte-Silva, quien ya había trabajado en el Santander. comenzó con un capital de 24 millones de euros, que ya ha sido ampliado,

22 ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023
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y pertenece a la firma luxemburguesa BdK Financial Group.

En el sector turístico es muy reciente la apertura de Riu Baobab, de la cadena española Riu Hotels & Resorts. un hotel cinco estrellas con 522 habitaciones y servicio todo incluido 24 horas. Es el primer establecimiento de la cadena en África Occidental y para comercializar la oferta cuenta con el apoyo de turoperadores de varios países, entre ellos Portugal. lisboa es la capital europea más próxima de dakar y ayuda en la venta del destino entre los portugueses.

Hay igualmente ejemplos de cooperación en ámbitos socioeconómicos como la que promueve la oficina de la Fundación Friedrich Naumann (FNF) para Portugal, italia, España y diálogo Mediterráneo, con sede en Madrid. tal y como explica su director, david Henneberger, “buscamos crear mecanismos de diálogo y cooperación que permitan el desarrollo socioeconómico de los países de ambas márgenes del Mediterráneo”.

Exportaciones

las exportaciones de Senegal registraron un valor de 4.903 millones de euros cuando un año antes fue de 3.705. Mali, Suiza, india, china y costa de Marfil fueron los cinco principales mercados clientes de Senegal y representaron el 55,1% del valor total

Oficina Económica y comercial de España en dakar señala que las principales inversiones que se realizan en territorio senegalés, por parte del capital español, son turismo, minería y pesca. Pero son varios los sectores claves que se han identificado, entre ellos “agricultura economía digital, minería, acuicultura, sector arrocero, sanidad o turismo”. A pesar de las diferencias existentes a nivel administrativo “o la informalidad de su economía”, desde la oficina española consideran que el país facilita la entrada a las empresas extranjeras.

de exportaciones, según comtrade. los cinco principales grupos de productos exportados fueron los agrícolas, los combustibles minerales, los productos químicos, los minerales y mineros y los productos alimentares. las exportaciones españolas hacia Senegal han crecido un 164% entre el año 2010 y 2020. Números que confirman el interés que está despertando el país africano a los españoles. la

En el caso de Portugal, el año pasado exportaron para Senegal 237 empresas portuguesas, de diversos sectores, principalmente mantenimiento naval, sector automóvil, construcción, ingenierías, metalmecánica, automóviles y servicio, entre otros. Según los datos del iNE, Senegal ocupó en 2021 el 65º puesto de la lista de clientes de exportaciones portuguesas de bienes y el 88º de importaciones. la balanza comercial fue favorable a Portugal, con un excedente de 28 millones de euros. 

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Quase 70% dos consumidores portugueses compra mais online depois da pandemia

Em dezembro, numa altura em que a maioria dos portugueses planeava as suas compras de Natal, a agência global de comunicação Marco analisou as tendências de consumo pós-pandemia e como estas afetam os comportamentos. A segunda fase do estudo “Marco: Post c ovid c onsumer Behaviour ii ” revela que 69% dos portugueses começou a comprar mais online depois da pandemia– acima da média europeia de 67%–, sendo que 97% dos portugueses preveem manter este comportamento no futuro– também superior à média europeia (95%).

Os fatores mais relevantes para os consumidores portugueses na escolha de um produto são a qualidade (89%), o preço (74%) e a responsabilidade da marca (58%).

O brand love é considerado o fator menos relevante para os consumidores portugueses, com uma média de 36%. Esta tendência é transver -

sal a todos os segmentos de género e idade, sendo que 89% dos portugueses considera também uma marca responsável mais relevante do que uma love brand (36%). d e facto, os portugueses são os consumidores europeus que mais valorizam uma marca responsável, seguidos pela Espanha (80%) e Reino unido (79%). Adicionalmente, 61% dos portugueses sente-se confortável em partilhar informações pessoais em troca de algo grátis.

O estudo revela também que, relativamente às compras online, alguns setores estão mais estabelecidos do que outros. Viagens (60%), bilhetes para espectáculos (55%), livros e videojogos (53%) e roupas e moda (53%) são as categorias de produto que os portugueses mais compram online, enquanto que, quando compram bens essenciais como mercearias (15%) e medicamentos (13%), tendem a preferir

o modelo tradicional. d e facto, Portugal é o país europeu com a menor taxa de compra de bens essenciais e medicamentos online. No que diz respeito ao envolvimento com os consumidores, o estudo revela também que a publicidade em t V e notícias online, ambos com 27%, seguidos pela publicidade online (26%) e influenciadores (22%) têm a maior influência sobre os portugueses na escolha de uma marca em detrimento de outra. Por outro lado, 40% dos portugueses assume já ter comprado algo com base na recomendação de um influenciador, embora as mulheres mostrem uma tendência maior em relação a este comportamento, com uma percentagem de 45% contra 31% dos homens.

O “Marco Research: Post c ovid c onsumer Behavior” pesquisou as tendências dos consumidores em 14 mercados-chave a nível mundial entre maio e junho de 2022. 

Ferrero rocher renova embalagens das suas tabletes de chocolate

Alguns meses depois de ter lançado as suas tabletes de chocolate, a Ferrero Rocher renovou os seus produtos, com um packaging que passa a incorporar a cor dourada associada à marca. As barras premium da

Ferrero Rocher, com 90 gramas, estão disponíveis em três sabores– Ferrero Rocher Original, Ferrero Rocher dark (55% cacau) e Raffaello– e podem ser encontradas durante todo o ano em super e hipermercados de todo o país. cada quadrado da tablete “remete para a forma singular das especialidades originais Ferrero e é um convite para descobrir as diferentes camadas: uma base de chocolate refinado que sustenta um recheio cremoso, coberto por uma camada superior de chocolate com

pedaços de avelã e amêndoa”. Existem três sabores especiais nas tabletes premium Ferrero, cada um feito com “ingredientes de qualidade e refinadas variedades de chocolate, cuidadosamente selecionados” –leite e cacau escuro 55%. As tabletes Ferrero Rocher são depois combinadas com avelãs e as de Rafaello são cobertas com coco e amêndoas. de acordo com a marca, a entrada da Ferrero nesta categoria de produtos insere-se no âmbito dos planos de crescimento do grupo e ainda na pretensão de melhorar a sua posição competitiva dentro do mercado do chocolate premium. 

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 24 MA rke T ing marketing

el corte inglés torna-se mecenas do Museu nacional de Arte Antiga

Joaquim de Oliveira caetano, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), e Enrique Hidalgo, administrador e diretor-geral do El corte inglés, assinaram, no passado dia 18 de novembro, um acordo para o estabelecimento de uma parceria, tendo em vista a colaboração mútua no apoio da divulgação das atividades culturais desenvolvidas pelo MNAA. O protocolo é válido por um ano e é automaticamente renovável por igual período.

Em comunicado, o El corte inglés destaca que “o MNAA é o primeiro museu nacional do país pela relevância histórica e artística do diversificado acervo que gere, sendo a sua vocação promover a salvaguarda, valorização e divulgação das suas coleções”. O museu, localizado em lisboa, “assume a missão enquanto espaço credenciado de qualidade para a promoção do conhecimento e comu-

nicação das temáticas afetas a esse acervo, contribuindo para o crescente incremento do acesso a um património cultural de referência e a uma oferta qualificada de atividades culturais que, de modo sustentado, impulsionem a criação de hábitos de visita e a diversificação de públicos”.

A rede de armazéns El corte inglés tornou-se “uma marca com relevante presença, em Portugal e em lisboa e norteia os seus princípios por uma consciente responsabilidade social corporativa, designadamente na área da cultura”, lê-se no comunicado. O documento salienta ainda os projetos de âmbito cultural que o El corte inglés “assume com instituições, organizações e fóruns que promovam a conservação e o desenvolvimento neste âmbito”, sublinhando o retalhista que “acredita, com isso, estar

a contribuir para a criação e manutenção de laços de relacionamento emocional e de confiança com os seus clientes e com a sociedade”.

Ambas as instituições “defendem que a partilha de conhecimento e memória coletiva promovem o bem-estar e qualidade de vida da comunidade, sobretudo numa sociedade global cada vez mais carente de referências que a enraízem”.

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Ajuda em Ação: fazer a diferença na vida de crianças, jovens e mulheres em situação vulnerável

Com pouco mais de três anos de atividade em Portugal, esta ONG já apoiou centenas de pessoas a viver em situação de pobreza ou vulnerabilidade social. Além dos programas de apoio a crianças e jovens em idade escolar, ou às mulheres em situação de desemprego, a Ajuda em Ação está disponível também para intervir em contexto de emergência humanitária.

Ocombate à pobreza, desigualdade, vulnerabilidade e exclusão social são a principal frente de intervenção da organização não governamental (ONG) Ajuda em Ação, que procura atuar também na problemática das alterações climáticas.

Segundo linda Morango, diretora de Marketing e de Angariação de Fundos da Ajuda em Ação, esta organização está desde novembro de 2019 a desenvolver a sua atividade em Portugal,

“focada em erradicar a pobreza”, através de três linhas de atuação: programa para emprego jovem e empreendedorismo feminino, educação e emergência social e humanitária.

Relativamente às duas primeiras áreas de atuação, a empregabilidade de jovens e mulheres em situação vulnerável tem sido trabalhada com uma intensa aposta na educação e na formação, salienta, por seu lado, Mário Rui Baudouin, diretor de Programas da Ajuda em Ação, acrescentando que

esta instituição já apoiou centenas de crianças e jovens em idade escolar e mulheres desempregadas a conseguirem desenvolver ferramentas para uma melhor integração ou na escola ou no mercado de trabalho.

A ONG tem desenvolvido, desde há menos de dois anos, os programas “A minha escola é cool” e “Bora Jovens” (ver foto), onde apoia crianças e jovens a “ter sucesso escolar e uma qualidade de aprendizagem mais robusta para os anos mais desafiantes da vida escolar”,

26 ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 FA zer B e M Hacer bien

através de ferramentas pedagógicas que consolidam a sua integração escolar. Segundo Mário Rui Baudouin, as atividades propostas na iniciativa “A minha escola é cool”, e que consistem em atividades como o mindfulness, a escrita criativa e a probótica (pensamento lógico da matemática), trazem resultados muito consistentes de melhoria da aprendizagem de crianças e jovens com algum défice de aprendizagem ou emocional, como ocorre frequentemente em jovens em situação de vulnerabilidade familiar ou social. Nos programas já realizados, foi possível “os professores verem que estas atividades melhoravam a prestação escolar e as notas dos alunos”, adianta o responsável pelo programa “A minha escola é cool”. As ações são desenvolvidas por profissionais contratados pela Ajuda em Ação, que atuam em articulação com as escolas que acolhem o programa e que identificam os jovens do primeiro ao terceiro ciclo que devem receber esse apoio.

Já ao nível da fase pós-escolar, a Ajuda em Ação promove o programa “Bora Jovens”, para facilitar a empregabilidade de pessoas entre os 18 e os 25 anos – o programa, em parceria com coca-cola, prevê a “capacitação, via online, de jovens para a empregabilidade em diversas empresas” interessadas em captar esses jovens. Ao fim dessas 15 sessões, a Ajuda em Ação faz a mediação para a entrada no mercado de trabalho destes jovens, que são, sobretudo, ex-estudantes que não têm a escolaridade obrigatória.

cerca de 80 jovens em Portugal já fizeram a sua integração no mercado de trabalho através deste programa, resume o mesmo responsável. E adianta que, em alguns casos, os jovens são aconselhados a prosseguir os seus estudos e a não ingressar já na vida laboral, se tiverem alguma apetência em aprofundar alguma área, exemplifica.

Necessidade de mais patrocínios e outros apoios de empresas “Estamos a falar de um ano e nove

meses com resultados muito positivos” deste programa, destaca linda Morango, salientando que o programa conta já com 27 parceiros de integração, que incorporam no seu seio estes jovens, e que seria importante aumentar o número de empresas apoiantes da iniciativa.

A diretora de Marketing e de Angariação de Fundos da ONG destaca, por outro lado, que têm aumentado as empresas que apoiam o programa “Mulheres em Ação” (ver foto), dedicado à empregabilidade, sobretudo de mulheres– embora também possa integrar homens– sem trabalho ou a viver em condições desfavorecidas, para que encontrem uma forma de subsistência adicional. O programa contempla a formação em costura, num ateliê que permite aos formandos no final estarem aptos a confecionar várias peças de roupa.

O objetivo é desenvolver este programa, com a integração de mais empresas que contratem os serviços pontuais destas formandas, e ainda, dar-lhes mais ferramentas ao nível do empreendedorismo, adianta linda Morango.

Já na vertente da emergência social e humanitária, a Ajuda em Ação também disponibilizou ajuda alimentar a famílias carenciadas, durante a pandemia, comenta a mesma responsável. Através da Aliance 2015, uma rede de oito ONG europeias, a Ajuda em Ação lançou uma iniciativa conjunta para servir 27 mil pessoas afetadas pelo conflito na ucrânia, tanto nas zonas afetadas pelos conflitos como nas zonas que recebem a população

deslocada. Esta resposta humanitária contou com a distribuição de produtos de emergência em zonas afetadas por conflitos, de ajuda monetária à população deslocada e de acolhimento no oeste e centro da ucrânia e apoio a centros coletivos no oeste e centro da ucrânia. Na Moldávia, uniu esforços para responder às necessidades imediatas das pessoas refugiadas, facilitando o acesso a comida e água, reabilitando centros de acolhimento e distribuindo kits de higiene e outros materiais de primeira necessidade.

Quanto aos meios financeiros para realizar as suas ações, a Ajuda em Ação conta com um orçamento próprio e com alguns apoios recolhidos através de iniciativas de fundraising, mas seria importante também, segundo linda Morango, “aumentar o número de parceiros corporativos ou patrocinadores dos nossos programas”, incentiva a gestora, apelando, assim, às empresas e outras entidades que apoiem financeiramente, ou através de ofertas de trabalho, estas iniciativas. 

27 JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € FA zer B e M Hacer bien

cepsa investe 800 milhões na sua rede de mobilidade elétrica na península ibérica

ca vai investir na instalação de entre sete mil a dez mil pontos de carregamento ultrarrápidos para carros elétricos, segundo revelou o diretor de Mobilidade da c epsa, PierreYves Sachet, ao “Expresso”.

ainda, que Portugal se encontra à frente de Espanha ao nível do desenvolvimento da chamada mobilidade elétrica.

Atualmente, a c epsa conta com pontos de carregamento em 1.500 estações de serviço em Espanha e perto de 300 em Portugal, o que faz com que, de acordo com os dados da Apetro, seja a quarta maior rede em Portugal, revela ainda o mesmo jornal.

Ac epsa vai investir, até 2030, cerca de 800 milhões de euros, para reforçar a sua rede de mobilidade elétrica na Península ibérica. Para isso, a companhia energéti -

Em Portugal, e de acordo com o mesmo artigo, a energética pretende instalar mais de um milhar de pontos de carregamento até 2030. O mesmo responsável admite,

A c epsa será a proprietária e operadora da infraestrutura destes pontos de carregamento, no âmbito da sua aposta na mobilidade sustentável no mercado ibérico, adianta a mesma publicação. 

Mercadona adere à iniciativa “comprovativo de compra em lota”

AMercadona aderiu à iniciativa “comprovativo de compra em lota”, promovida pela docapesca, fortalecendo assim a sua aposta na compra de produtos nacionais. Esta iniciativa, criada em 2010, tem como objetivo contribuir para a valorização do pescado português, para uma retribuição mais justa ao pescador e, simultaneamente, para a promoção de uma alimentação saudável, com recurso a produtos frescos e de proximidade.

Atualmente, a Mercadona compra em nove lotas de norte a sul de Portugal, procurando fazer chegar diariamente às suas lojas peixe fresco e com garantia de qualidade. Em 2021, a empresa comprou mais de 1.600 toneladas de peixe nas lotas nacionais, o que representou 4,5 milhões de euros. com esta adesão, a Mercadona passará também a ter identificadas as suas lojas no site “lota em casa”, plataforma criada pela docapesca que per-

mite ao consumidor final encontrar os locais de venda de pescado fresco com origem nas lotas portuguesas em cada região. O que é ou o que representa o pescado ccl – c omprovativo compra em lota? trata-se de “um produto controlado desde a sua origem, que traz benefícios não só para o consumidor, como para o ambiente. A maior parte deste pescado é capturado por embarcações nacionais a operar na costa portuguesa, exigindo menores consumos energéticos durante a captura e transporte terrestre que se traduzem numa poupança de emissões para o ambiente. Por outro lado, o pescado da lota é um produto capturado a pensar no futuro, que adota as regras de ras-

treabilidade exigidas por lei. Respeita também a sazonalidade de cada espécie e as quotas de pesca estabelecidas, preservando os stocks piscícolas”, adianta a Mercadona. O ccl permite também identificar a zona de captura e a arte de pesca utilizada para capturar o peixe. desta forma, o consumidor possui a informação necessária para fazer uma compra consciente e responsável, conclui a Mercadona. 

28 ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 FA zer B e M Hacer bien

Millennium bcp apoia prática da vela por pessoas com necessidades especiais

O Millennium bcp vai renovar o patrocínio ao projeto “Vela Sem l imites” – uma iniciativa liderada pelo c lube Naval de c ascais, pela c âmara Municipal de c ascais e pela c ercica.Este projeto tem o intuito de fornecer gratuitamente o acesso à prática do desporto de vela adaptada a pessoas com necessidades especiais.

A vela adaptada tem um elevado potencial lúdico, terapêutico e de convívio em ambientes sociais saudáveis. Através da utilização de barcos concebidos para o efeito é possível disponibilizar o acesso a este deporto a um alargado número de pessoas com necessidades especificas que condicionam a prática

da vela ligeira, possibilitando-lhes, assim, a prática de uma modalidade que oferece oportunidades de realização pessoal, desenvolvimento e aquisição de capacidades em diversos domínios.

Miguel Maya, c EO do Millennium bcp, destacou que “em 2023, vamos com enorme entusiasmo continuar a apoiar o projeto ‘Vela Sem l imites’, uma iniciativa que facilita o acesso à prática regular da vela adaptada.

A vela é um desporto exigente, mas iniciativas como esta podem tornar acessível o desporto a pessoas com necessidades especiais, contribuindo, como se verifica

para todas as pessoas que praticam vela, para o seu desenvolvimento físico, intelectual e emocional. A missão assumida por esta iniciativa ilustra bem o propósito: fazer os impossíveis possíveis e permitir que pessoas extraordinárias façam coisas extraordinárias…”, rematou o responsável. 

poucos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis

Os compromissos empresariais com clima e sustentabilidade estão a crescer em número e âmbito, mas é necessária uma maior ação dos consumidores para alcançar os objetivos coletivos de sustentabilidade. de acordo com um relatório publicado pela Boston consulting Group (BcG), só 20% dos inquiridos acredita que estes produtos podem ter realmente um impacto e 70% admite sentir desconfiança em relação a reivindicações e compromissos de sustentabilidade empresarial. intitulado “consumers Are the Key to taking Green Mainstream”, o estudo mostra como é possível acelerar a adoção de produtos, serviços e comportamentos sustentáveis por parte dos consumidores. O relatório, baseado num inquérito a 19 mil consumidores nos EuA, Japão, Alemanha, França, itália, china, Índia e Brasil, constata que apesar de 80% dos consumidores afirme estar preocupado com a sustentabilidade e que apenas um a 7% pagaria mais por compras sustentáveis. “É fácil interpretar estes sinais como uma

falta de prontidão dos consumidores, mas as empresas nunca irão maximizar o potencial dos produtos e serviços sustentáveis se se concentrarem apenas nos consumidores que estão dispostos a pagar mais”, afirma Aparna Bharadwaj, managing director e partner da BcG, e coautor do relatório. Quanto aos consumidores ainda hesitantes, “a questão-chave é: ‘como os encorajamos a agir?’”.

As melhores oportunidades para as empresas encontram-se nas categorias de produtos e serviços examinadas no relatório que apresentam maior adoção de comportamentos sustentáveis por parte dos consumidores. Por exemplo, em produtos domésticos, cerca de 60% dos consumidores afirma já adotar comportamentos como reciclagem de produtos, garrafas e embalagens, utilização de panos de limpeza reutilizáveis e compra de produtos de limpeza recarregáveis. Em automóveis, 39% dos consumidores afirma conduzir apenas quando estritamente necessário ou partilhar o carro.

O relatório da BcG partilha três conselhos para as empresas: devem dirigir-se aos consumidores de forma particular em cada mercado. Por exemplo, o packaging preocupa particularmente os consumidores japoneses e americanos, pelo que são mais propensos a favorecer produtos que são recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis. Por outro lado, devem alargar o alvo: a comunicação de um conjunto mais amplo de benefícios para produtos sustentáveis, como a saúde ou a qualidade do produto, poderia duplicar ou quadruplicar o número de consumidores aderentes. Finalmente, as empresas devem compreender as razões para os consumidores hesitarem a adotar produtos ou serviços sustentáveis e procurar remover as barreiras reais ou utilizar uma comunicação eficaz a abordar os obstáculos percecionados. O preço, por exemplo: os consumidores que não compram produtos sustentáveis percecionam o seu “valor verde” como sendo mais elevado do que o respetivo valor real. 

29 JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € FA zer B e M Hacer bien

Fundação MApFre entrega “prémios sociais” em espanha

A Fundação MAPFRE voltou a entregar os seus “Prémios Sociais”, no passado dia 6 de outubro, em Madrid. A Rainha Sofia de Espanha (na foto) presidiu à entrega dos prémios, que têm como objetivo reconhecer o trabalho e a dedicação de pessoas e projetos que geram mudanças positivas e que contribuem para fazer do mundo um lugar melhor. A empresária e designer de moda

c arolina Herrera foi homenageada e recebeu o reconhecimento pelo seu legado humanitário e solidário, caracterizado por um compromisso ativo com a luta contra a desnutrição, o bem-estar infantil, a luta e prevenção do cancro de mama e o desenvolvimento da mulher.

Nesta sexta edição dos prémios, cuja verba global foi de 120 mil euros, a Fundação MAPFRE recebeu um total de 1.432 candidaturas provenientes da Europa, Estados unidos e América do Sul.

Os vencedores foram três projetos sociais de sucesso. A Fundação integra ganhou o prémio “Melhor Entidade pelo seu Percurso Social”, o comboio Médico na ucrânia, dos

Médicos Sem Fronteiras, venceu na categoria de “Melhor Projeto ou iniciativa pelo seu impacto Social” e a Bodega Matarromera foi escolhida para “Melhor iniciativa no Setor Agropecuário”.

Na entrega de prémios, Antonio Huertas, presidente da Fundação MAPFRE, felicitou todos os vencedores, especialmente aqueles que “diariamente vivenciam situações extremamente dramáticas e se levantam a cada dia pensando positivamente, para continuar a ajudar as pessoas que sofrem e que precisam deles”. Além disso, enfatizou que “a solidariedade tem um enorme efeito multiplicador (…) Se cada um de nós fizer a parte que nos toca, que é como entendemos na MAPFRE o nosso compromisso com a sustentabilidade, somaremos mais esforços e chegaremos a mais pessoas. Estamos todos convidados a agir por um mundo mais inclusivo, justo e solidário”, concluiu. 

Universidade da Beira interior promove

construção sustentável

Ocentro de investigação de Engenharia civil e Arquitetura da universidade da Beira interior (c-MAdE) promoveu as jornadas de sensibilização “ciência Aberta em co-criação com a comunidade”, que se realizaram no passado dia 15, na Faculdade de Engenharia da universidade da Beira interior.

integradas no Programa iNOVc+: Ecossistema de inovação inteligente da Região centro, as Jornadas c-MAdE visaram “aproximar a academia, e os centros de i&d e investigadores na área da construção civil às empresas, associações e restante sociedade civil, para juntos, construírem soluções e respon-

derem aos principais desafios do setor da construção sustentável”.

As jornadas começaram com vários pitchs dinamizados por investigadores da área de engenharia civil e arquitetura, que apresentaram os resultados das suas investigações, bem como os protótipos e as novas soluções desenvolvidas em contexto académico.

Na segunda parte da iniciativa, realizaram-se ainda smart talks em formato speed date, procurando fazer o match entre empresas/associações e investigadores, ambicionando o desenvolvimento de projetos de cocriação.

A iniciativa foi promovida no âmbito do projeto iNOVc+: Ecossistema de

inovação inteligente da Região centro, cofinanciado pelo centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de desenvolvimento Regional.

O iNOVc+ é um ecossistema de inovação inteligente da região centro é um Programa Estratégico Especial de criação de novos produtos e serviços resultantes de atividades de i&d e inovação para a Região centro. O consórcio iNOVc+ é composto por 19 entidades e liderado pela universidade de coimbra, com o ojbetivo de “afirmar a região centro como uma referência nacional de projeção internacional na criação de novos produtos e serviços resultantes de atividades de i&d+i”. 

30 ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 FA zer B e M Hacer bien
cfonseca@ccile.org Fotos DR
Textos Clementina Fonseca

Los cambios en las cadenas de suministro traen nuevas oportunidades a la Península Ibérica para asumir un mayor protagonismo

Tras la pandemia se han producido cambios en las cadenas de suministro globales, cada vez más difíciles de planificar con demandas volátiles e imprevisibles. Europa se replantea la relocalización de sus hubs de producción y distribución y tanto España como Portugal tienen posibilidades de ganar un mayor protagonismo. Para conseguirlo hay que trabajar aspectos como la modernización, la intermodalidad, la sostenibilidad y el e-commerce.

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 32
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El estudio “Supply c hain d isruptions”, publicado recientemente por la consultora inmobiliaria J ll , muestra como los negocios están reubicando sus puestos de producción en los países de origen de las empresas, el llamado “reshoring”, una estrategia para proteger sus stocks. un documento donde Portugal aparece muy bien situado a nivel internacional gracias a su posicionamiento geográfico entre Europa y Estados unidos. tanto España como Portugal tienen buenas opciones para convertirse en un destino relevante en la estrategia de “reshoring” de entidades presentes en el territorio europeo. “l as cadenas de suministro se están reorganizando para intentar sobrevivir a unas fluctuaciones de la demanda y de la oferta en forma de látigo”, afirma Alfonso Junguitu, socio de deal Advisory responsable de turnaround de KPMG en España. En su opinión, el escenario más probable que vamos a ver en este sector “es una combinación de tipos de cadena de suministro uniendo proveedores lejanos con otros con una mayor cercanía que nos den más flexibilidad”.

Mirando concretamente al mercado portugués, éste cuenta con una ubicación geográfica estratégica en la conexión entre el continente europeo y el continente americano, “por lo que tiene potencial para ser una de las elecciones de las empresas que están repensando la relocalización de sus hubs de producción y distribución, para traerlos más cerca del consumidor”, indica Mariana Rosa, head of l easing Markets Advisory J ll . de ahí que la consultora espera que el inmobiliario en este segmento en Portugal podrá ser más demandado tanto para ocupación como inversión, con el objetivo de mantener los stocks seguros y más próximos de las cadenas de producción. No obstante, una buena ubica-

ción no es suficiente por lo que todavía hay asignaturas pendientes para adquirir un mayor protagonismo. “debemos tener la capacidad de potenciar nuestras infraestructuras, existan o todavía en desarrollo. urge dotar el país de equipamientos que estén al nivel de los mejores en Europa”, señala Mariana Rosa. también considera necesario que los agentes políticos y económicos promuevan un ambiente de negocios amigable, “que motive la inversión en tecnología, así como un contexto estable en cuanto a incentivos públicos, financieros y fiscales para el sec-

por ofrecer un servicio de compra omnicanal (físico y digital). Según los datos más recientes de J ll , en el tercer trimestre de 2022 fueron transaccionados 163 mil metros cuadrados de espacios industriales y de logística, que se traduce a un crecimiento del 51% en relación al mismo periodo de 2021.

En un contexto inestable y también impredecible, J ll ha notado ya “una disrupción en las cadenas sea por el contexto geopolítico en el Este Europeo, sea por el atraso e incremento de costes en la distribución de bienes alimentares, energía o materias primas”, subraya Mariana Rosa. “l os players del sector se encuentran de momento expectantes y se cree que se empezará a sentir la recuperación a finales de 2023”, añade.

tor”. Señala igualmente la necesidad, a nivel urbanístico, de la revisión de los Planos directores Municipales al abrigo de la nueva l ey de los Suelos y de los respectivos usos, “así como un escenario de confianza por parte de las entidades que nos buscan en lo relativo a la trasparencia urbanística, transaccional y ocupacional de los activos”.

l os activos del sector de la industria y logística en Portugal han sido responsables de las mayores transacciones este año. de hecho, es un segmento del inmobiliario que ha crecido desde la pandemia debido al boom del e-commerce y al gran número de empresas que optan

Para Alfonso Junguitu, de KPMG, sin embargo, la relocalización de la industria no está tan clara. “Algunos productos se están viniendo a fabricar aquí o más cerca de la península, pero los grandes suministradores están donde siempre”, subraya. Algo que requiere una reflexión mayor: si ahora que tenemos una necesidad puntual de componentes incentivamos a las empresas a instalarse aquí, “¿significa que si el mercado se regula y vuelve a suministrar con normalidad vamos a proteger a esas empresas que han vuelto o las vamos a dejar competir de igual manera que antes?”, cuestiona. c onsidera que se trata de una nueva definición de modelo productivo donde “queremos asegurarnos el suministro y estamos dispuestos a pagarlo más caro y proteger a nuestra empresas o preferimos que si todo se normalice actúen en pura competencia”, matiza.

Demandas volátiles e imprevisibles

En estos últimos 3 años, desde el inicio de la pandemia, se han producido cambios en las cadenas de suministro globales. “Se han

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El posicionamiento geográfico de Portugal entre Europa y Estados Unidos puede beneficiar al mercado luso en la relocalización de los puestos de producción en los países de origen de las empresas para proteger sus stocks

gran tema

El sector de logística y transporte preparado para ganar protagonismo

La Organización Empresarial de Logística y Transporte, UNO, no tiene dudas de que las empresas españolas del sector están preparadas para que el país pueda asumir un mayor protagonismo en las cadenas de suministro. “Ya somos parte activa en la transformación hacia la supply chain del futuro y disponemos de todo lo necesario para convertirnos en un hub logístico de referencia intercontinental”, señala su presidente, Francisco Aranda Manzano. Considera que España cuenta con una gran ventaja competitiva al estar ubicados en un eje equidistante entre continentes que facilita la conexión de Europa, Asia y África con Latam y EE. UU. Por otra parte, “contamos con un tejido productivo de gran calidad; nuestras empresas han protagonizado en los últimos años una importante transformación y están más que preparadas para responder ante cualquier escenario de incertidumbre, como ya han venido demostrando”. Además, la rápida transformación digital del sector ha sido clave en este proceso y está siendo su mejor aliado junto al capital humano. “La inteligencia artificial, el big data, el IoT, etc., están siendo tecnologías clave para predecir la demanda y adelantarnos al comportamiento de los consumidores, siendo así más eficientes en nuestros procesos y garantizando el abastecimiento”, añade.

En UNO han notado muchos cambios después del Covid y desde entonces “el escenario de incertidumbre ha seguido perpetuándose por una u otra razón. Por este motivo, el sector ha tenido que avanzar a marchas forzadas, consiguiendo alcanzar hitos que en circunstancias normales habrían requerido de mucho más tiempo”. El uso de tecnologías predictivas, el crecimiento expo-

nencial del comercio electrónico, la relocalización de las industrias para reducir la ultradependencia de China, la profesionalización y adaptación del capital humano a este nuevo paradigma, y la implementación de medidas de desarrollo sostenible para avanzar hacia la descarbonización son solo algunos de los pilares que se han acelerado a raíz de la pandemia.

Aranda Manzano considera que a nivel global se ha pasado del concepto transporte al de logística integral o cadena de suministro, contemplando la planificación, ejecución, control y gestión de todo el proceso. “Esto nos ha permitido pasar de ser una commodity a convertirnos en un verdadero valor añadido para las empresas. Ahora la logística es estratégica para cualquier empresa”. Como tareas pendientes del sector apunta las siguientes cuatro : o Avanzar en el proceso de modernización en todos los sentidos: seguir impulsando la digitalización, la gestión de la omnicanalidad para ofrecer la mejor experiencia al cliente o el desarrollo de la smart supply chain, basada en la máxima automatización de los procesos.

o La intermodalidad: tenemos mucho por hacer en cuanto a mejora de infraestructuras, sobre todo ferroviarias; en procesos aduaneros, donde aún estamos muy atrasados con respecto a otros países; la mejora de las carreteras, etc., con el objetivo de impulsar la multimodalidad, tan necesaria para avanzar en competitividad.

o Sostenibilidad: es uno de los mayores retos que tenemos por delante como sociedad. Esto requerirá un gran esfuerzo presupuestario por parte de las empresas (que ya están trabajando en esta dirección), pero también de un

importante apoyo por parte de las administraciones públicas, a quienes les recordamos que es el peor momento para implementar subidas de impuestos.

o E-commerce: el crecimiento exponencial del comercio electrónico ha supuesto un reto en sí mismo, y las empresas ya están más que preparadas para asumir la actividad durante épocas de picos de demanda y muchas de ellas nacen ya bajo esta premisa. Sin embargo, si miramos más allá nos encontramos con grandes retos derivados de este auge de las compras online, sobre todo en las ciudades. El modelo actual de ciudad no sirve, debemos construir otro más flexible y en el que hemos de tener un papel protagonista por nuestra esencialidad para los ciudadanos, y porque este será nuestro lugar de trabajo. En este proceso, no solo las empresas, también las ciudades deben digitalizarse para erigirse como smart cities (ciudades inteligentes), espacios en los que los datos y la información serán nuestra herramienta más preciada. Desde la Asociación Portuguesa de Empresas de Distribución (APED) su director, Gonçalo Lobo Xavier, recuerda que Portugal está “totalmente alineado con la política de reindustrialización de Europa”. El covid demostró que los europeos externalizan mucho su industria y es importante traerla de vuelta, “no podemos depender de cadenas distantes, deben ser más cortas”, señala el responsable. Desde APED apuestan también por la sostenibilidad de las operaciones lo cual también supone que la producción de los productos dependa menos de las geografías asiáticas. Portugal, a pesar de ser un país pe-

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queño, “resulta muy competitivo y atractivo para las empresas de distribución lo cual se nota por la presencia, en lo que se refiere a la parte de retail alimentario, de empresas españolas, francesas y alemanas, muy interesadas en nuestro mercado, que está muy maduro”, explica Lobo Xavier. No obstante, es consciente que algunos aspectos dificultan una mayor atracción del capital extranjero en este sector, como la carga fiscal y la escasez de recursos humanos. En este último aspecto, se han hecho algunas mejoras. “El sector está pagando mejor, ya existe un contrato colectivo cerrado, desde septiembre. Hemos valorizado los salarios un 4,5%, con el compromiso de mejoras para el 2023 y el 2024”, subraya el responsable de la asociación.

Si bien el sector es cada vez más atractivo sigue habiendo dificultades para reclutar. “Un estudio de la patronal europea del sector, Eurocommerce, señala que en los próximos diez años vamos a tener que formar al 100% de nuestros colaboradores, se tiene que adaptar a una nueva realidad”, avisa el secretario general de APED. Recuerda que la logística es fundamental para el crecimiento de una empresa y que por ello los distintos players “apuestan en capacidad instalada, innovación, procesos para que haya eficiencia y todos los intercambios y flujos sean extremadamente eficientes, Hoy la logística es un área prioritaria de las empresas”. Además de un aumento en la inversión en innovación y en la valorización de las carreras de las personas espera una apuesta mayor en ciberseguridad, “algo que nos preocupa una vez que somos constantemente atacados por piratas y sabemos que es una potencial fragilidad por lo que hay que estar preparados”. Y APED también espera que se potencia la economía circular, “queremos crear condiciones para fomentarla”. Sin embargo, “muchas veces la adaptación de la legislación europea para Portugal se realiza sin contar con los retails. Hay metas imposibles de alcanzar porque las soluciones propuestas son económicamente inviables”.

vuelto extremadamente difíciles de planificar -con demandas volátiles e imprevisibles- y muy complejas de ejecutar por la extrema dificultad de lograr visibilidad sobre las mismas de forma completa”, afirma Miquel Serracanta, director del Master de Supply c hain de EAE Business School. Por todo ello, las compañías han invertido en tecnología que les permita lograr esta visibilidad completa de las mismas mediante indicadores clave para tomar decisiones en tiempo real. “Y ello ha repercutido de forma directa en mayores exigencias en las habilidades requeridas a los candidatos, no solo de tipo técnico (inglés, capacidades analíticas y numéricas, comprensión holística de las cadenas de suministro end-to-end) sino también a nivel personal (habilidades de comunicación, capacidad de aprendizaje rápido, resiliencia, proactividad, flexibilidad, entre otras)”, aclara el docente Ante una nueva realidad las empresas están cambiando su modelo de negocio. “l a capacidad de adaptación al ritmo exponencial de estos cambios es determinante para las empresas”, recuerda Serracanta.

todas las empresas requieren ahora disponer de estrategias de cadenas de suministro bien pensadas y alineadas con las del negocio, sin las cuales no pueden competir con garantías en el complejo entorno actual globalizado. En opinión del director del máster, la tensión actual en las cadenas de suministro globales puede ser una amenaza o una oportunidad en función de cómo se gestione. “l a clave inicial está en la capacidad de anticipación, previsión y planificación de lo que va a venir”, matiza. Si logramos anticiparnos y proactivamente preparar escenarios posibles de futuro en nuestra cadena (proveedores, inventarios, partners, etc) “podemos decir que estaremos mejor situados que nuestros competidores y estas tensiones que se van a producir podrán jugar a nuestro favor como oportunidad, mientras para otros serán sin duda una grave amenazada”, puntualiza. En estos momentos post-pandemia la planificación integral de la cadena de suministro y la gestión de riesgos son clave. l a relocalización, entendida como la posibilidad de recuperar fabricaciones que se envia-

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Foto EAE Business School

ron a países asiáticos (china en su gran mayoría) para traerlas de vuelta a sus entornos geográficos originales, tiene dos retos mayúsculos a considerar. Por un lado, “la actual dificultad de instalar fábricas en los entornos de las economías avanzadas, por unas mayores exigencias medioambientales, que lamentablemente no se han mantenido en estándares elevados en Asia”. Y por otro, la extrema dificultad de competir en costes con los mercados asiáticos, por sus modelos de trabajo de elevada ocupación en horas. “c onsidero que quizás aquellos sectores con mayor valor añadido (y probablemente también márgenes) de los productos son aquellos que podrían tener alguna opción para valorarlo en la práctica”, opina el académico.

A la hora de analizar el papel de España en las cadenas de suministro, el profesor de EAE Business School recuerda que representa la 14ª economía del mundo por Pi B y que se encuentra entre los países más desarrollados y con un consumo per cápita mayor. “Su estratégica posición en la entrada/salida al mar

Mediterráneo hace que sus puertos en la costa este (Barcelona y Valencia como los dos principales) sean claves en el comercio internacional con Middle East y Asia, y los puertos del Sur (siendo Algeciras el principal) lo sean con las costas de África”, apunta. c onsidera que el protagonismo en las cadenas de suministro mundiales viene no tanto de la demanda

interior, sino de las capacidades en el comercio internacional (import/ export). “Para lograr mayor protagonismo en el futuro inmediato será critico que se gestionen las cadenas de suministro de forma profesional y siempre con visión global “Endto-End” considerando los impactos en todos los canales de distribución”, puntualiza.

c omo puntos a favor para que España asuma un mayor protagonismo destaca “el magnífico clima templado y sus grandes ciudades cosmopolitas cercanas a la frontera francesa (Barcelona), que están permitiendo ahora mismo atraer talento global a los hubs (de planificación, de compras, de customer service) que se están creando para distintas multinacionales en nuestro territorio”. En contra se encuentra el elevado grado de corrupción política percibido desde el exterior que “no ayuda al desarrollo de España, que sigue siendo vista por sus vecinos del norte como ejemplo de lo que no hay que hacer a nivel de gestión pública, y probablemente esto se extienda también a la gestión privada”, concluye.

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La estratégica posición de España en la entrada/salida al mar Mediterráneo hace que sus puertos en la costa Este sean claves en el comercio internacional con Middle East y Asia, y los puertos del Sur lo sean con las costas de África
Foto G etty Images

docuten fomenta uso da assinatura eletrónica nas empresas portuguesas

dades mais atuais sobre a legislação e a segurança relacionadas com a digitalização e o uso de assinatura eletrónica pelo setor empresarial em Portugal, contando para tal com a intervenção também de advogados da Abreu Advogados. Estes responsáveis enquadraram as bases legais da assinatura eletrónica em Portugal, explicando nomeadamente as diferenças entre assinatura qualificada, assinatura avançada e as suas utilizações habituais.

organizações. Entre estes, estiveram Rui Miguel Nabeiro, e Fernando Gonçalves, respetivamente CEO e responsável de Sistemas de Informação e Telecomunicações da Delta Cafés, e Raquel Suárez, responsável de Inovação e Soluções da Nortempo e Juan Carlos Suárez, CIO de Inovação desta companhia.

ADocuten Tech, em conjunto com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), organizaram recentemente dois eventos de divulgação e informação jurídica sobre o uso, por parte das empresas, da assinatura elétrónica.

Os dois eventos, um dos quais realizado em Lisboa e outro no Porto, pretendiam dar a conhecer as novi-

O objetivo era “dissipar as dúvidas que ainda persistem e que estão a travar um maior uso desta tecnologia em Portugal”, adiantou a Docuten Tech, uma empresa espanhola especializada nesta área tecnológica. Nos dois eventos, os gestores participantes puderam ainda ouvir testemunhos de empresas clientes deste tipo de serviço, que abordaram a importância deste procedimento e de como a assiantura digital revolucionou a forma de gestão das suas

A Docuten é uma empresa de tecnologia que visa ajudar as empresas a tornarem-se paperless, através da digitalização administrativa dos seus processos, através de soluções como a assinatura digital e a faturação eletrónica.

A empresa espanhola, com escritórios em Madrid e A Coruña, conta com uma ampla carteira de clientes, entre os que estão várias empresas de referência ou cotadas em bolsa, como a GNG, Delta Cafés, Desigual, Levi’s, Nortempo, Inditex, Arenal do grupo Sonae, Abanca, Estrella Galicia, Northgate, Louis Vuitton, Bimba e Lola, entre outras. 

operações de M&A em portugal somam 2.387 milhões de euros até novembro, com plMJ a liderar

Omais recente ranking do diretório TTR – Transactional Track Record, que analisa o período entre 1 de janeiro e 30 de novembro de 2022, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, venture capital, private equity e asset acquisition realizadas em Portugal. A PLMJ lidera a lista, por valor global das operações, com cerca de 2.387,6 milhões de euros. Já a Garrigues lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 30 operações. Seguiram-se a Morais Leitão, com 29, e a PLMJ, com 23 transações assessoradas. Por valor, depois da PLMJ, surge

a Garrigues, com operações de 1.705,82 milhões de euros, seguindo-se, em terceiro lugar, a Linklaters, com um valor total de 1.450 milhões de euros. Logo abaixo na tabela, ficaram a Morais Leitão e a Uría Menéndez-Proença de Carvalho, com 1.170,75 milhões e 941,50 milhões de euros, respetivamente. Segundo o relatório do TTR, nos primeiros 11 meses de 2022 foram realizadas 409 transações de compra e venda de empresas, que se traduziram num valor total de 11.322 milhões de euros. Das quatro áreas, a de M&A destacou-se, com 175 transações (4.479 milhões de euros), seguida pela de asset acquisition

com 101 transações (3.152 milhões de euros), de venture capital, com 94 transações (970 milhões de euros), e a de private equity, com 40 transações (2.721 milhões de euros).

O volume de operação registou até novembro uma diminuição de 23%, face a 2021. O setor de real estate foi o mais ativo neste período, com 87 transações.

O TTR selecionou como transação do mês a aquisição de uma participação de 8,71% no Banco CTT pela Generali, com um valor de transação de 25 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios da Morais Leitão e da Vieira de Almeida. 

A dvoc A ci A e F isc A lid A de abogacÍa y Fiscalidad
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A Cerejeira Namora, Marinho Falcão vai investir cerca de um milhão de euros na ampliação dos escritórios do Porto. Este novo espaço insere-se na estratégia de crescimento da sociedade projetada para 2023, prevendo “no futuro chegar ao marco histórico de uma centena de profissionais e assumir-se cada vez mais a nível internacional”, sublinha o escritório portuense. Em comunicado, a firma expli -

ca que pretendem transformar o escritório numa “obra de arquitetura” adaptada às novas exigências do mercado laboral e com especial foco na sustentabilidade.

“Estamos a projetar o futuro. Com esta nova sede teremos todas as condições reunidas para alcançar os objetivos dos próximos 30 anos”, destaca o sócio fundador, Nuno Cerejeira Namora. Com capacidade para mais

cerejeira namora, Marinho Falcão investe um milhão de euros na ampliação da sede no porto em trânsito:

de 150 profissionais e uma área de cerca de 1.500 metros quadrados, que inclui um anfiteatro multifuncional, as novas instalações irão permitir proporcionar à equipa e aos clientes “mais conforto”, num espaço “sofisticado e de qualidade”, que terá diversas valências ajustadas às novas tendências do setor. A nova sede da sociedade de advogados promete “ser uma referência no setor”.

» Frederico Almeida Garrett (na foto), é a mais recente contratação do escritório Pinto Ribeiro Advogados, passando a integrar o Departamento de Societário e Comercial, coordenado pelo sócio João André Antunes. Com quase três décadas de experiência profissional, Frederico Almeida Garrett iniciou a sua carreira como economista, tendo iniciado em 2011 o seu percurso na advocacia. Após uma passagem pelo escritório Braga da Costa, Sousa de Macedo, Ascensão, Almeida Garrett & Associados (2011-2014), Frederico Almeida Garrett exercia, desde 2014, advocacia em prática individual, com predominância nas áreas de prática de societário, comercial e laboral, assessorando PME e clientes particulares, tanto nacionais como internacionais. Algum tempo antes, foi a advogada Mariana Magalhães que passou a integrar o escritório, para reforçar a equipa de contencioso e arbitragem, liderada por Nuno Lucas.

Advogada com experiência relevante na área do contencioso, nomeadamente no acompanhamento de processos de contencioso civil, comercial e so-

cietário. Tem igualmente experiência na preparação e negociação de contratos civis e comerciais. Presta assessoria a clientes de vários setores como seguros, imobiliário, construção civil e saúde. Mariana Magalhães transita da Amaral Cabral & Associados, na qual exerceu atividade nos últimos três anos. Iniciou o seu percurso profissional em 2017 na Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados, primeiro como estagiária e depois como advogada.

»A sociedade Caldeira Pires anunciou o reforço da sua equipa, com a entrada do consultor Pedro Archer para sócio diretor da firma. Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Pedro Archer é advogado desde 2015, possuindo uma vasta experiência na assessoria e consultoria jurídicas, com destaque para o direito das empresas e dos contratos, bem como no acompanhamento de processos de contencioso civil e comercial. Pedro Archer presta assessoria a clientes de vários setores, singulares e empresariais, focando a sua atividade como consultor especialmente nas matérias relacionadas com empreitadas. De acordo com o managing partner, Félix Bernardo, o novo reforço da Caldeira Pires “não só traz um importante grau de senioridade e expertise à equipa, como também nos permitirá manter a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes, nestas que são áreas cada vez mais solicitadas.”

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

A insolvência empresarial e os caminhos alternativos

I– Enquadramento

A economia mundial atravessa um período de recessão que vinha a prever-se desde a situação pandémica causada pela covid-19, e que se agudizou com a guerra declarada pela Federação Russa à u crânia.

Fatores como o sobreendividamento, as dificuldades no acesso a crédito, o aumento das taxas de juro, a crescente diminuição do poder de compra, o agravamento da carga fiscal, bem como a dificuldade de acesso a matérias-primas, continuam a colocar as empresas portuguesas em grande dificuldade.

E desengane-se quem considera que a crise ainda não chegou ao nosso tecido empresarial. Segundo dados estatísticos, publicados pela d ireção Geral da Política de Justiça 1 , verifica-se que “no segundo trimestre de 2022 e face ao segundo trimestre de 2021, registou-se um acréscimo de 14,6% no número de insolvências decretadas”, sendo que as pessoas coletivas representam, no segundo trimestre de 2022,

18,6% do total de insolvências decretadas.

É certo que, de acordo com o mencionado relatório, verificou-se um decréscimo das insolvências de pessoas coletivas, face ao período homólogo de 2021, o que poderia ser um indício de que as empresas portuguesas estariam a resistir à desaceleração da economia mundial. c ontudo, se atentarmos no acréscimo de famílias insolventes (81,3% das insolvências decretadas foram de pessoas singulares), tal situação não pôde deixar de criar um impacto direto na situação económica das empresas, em particular as retalhistas – as quais sobrevivem, na sua maioria, do poder de compra das famílias.

Nestes termos, considerando o momento de fragilidade económica que Portugal atravessa, e prevendo-se um agravamento da atual conjuntura a curto/médio prazo, assume relevância, por um lado, abordar as alternativas existentes para as empresas em dificuldades e, por outro lado, encontrando-se os negócios em situação de irrecuperabilidade,

quais as consequências da insolvência.

II – As alternativas à insolvência

Feito o enquadramento, importa transmitir às empresas que as dificuldades financeiras não implicam sempre a necessidade de se declararem insolventes ou de cessar atividade.

Existem, em Portugal, três processos que visam reestruturar o passivo das empresas, conferindo-lhes possibilidade de continuar a exercer a sua atividade económica, a saber: o Processo extraordinário de viabilização de empresas (PEVE), o Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE) e o Processo Especial de Revitalização (PER).

Passamos a explanar cada um deles:

A. O Processo extraordinário de viabilização de empresas (PEVE)

O impacto causado pela pandemia da covid-19 conduziu uma grande parte das empresas a uma situação de estrangulamento financeiro. Os administradores/gerentes deparam-se com a

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necessidade de cessar produção, de fechar estabelecimentos e de enviar trabalhadores para casa.

Perante o cenário, que já então se antevia dantesco para o setor empresarial, o legislador criou, através da l ei n.º 75/2020, de 21 de novembro, um processo extraordinário de viabilização de empresas afetadas pela crise económica, decorrente da pandemia. c om vigência inicial prevista até 31 de dezembro de 2021, veio, posteriormente, a ser prorrogado até 30 de junho de 2023.

O PEVE é dirigido a empresas que se encontrem em situação económica difícil ou em situação de insolvência (iminente ou mesmo atual), sendo critério imperativo que tal situação seja resultante do impacto da pandemia de covid-19. todavia, deve ser ainda possível viabilizar e reestruturar o respetivo passivo.

Entendeu o legislador estabelecer dois critérios, através dos quais se pode aferir a situação de insolvência de uma empresa, seja ela atual ou iminente: ( i) o critério de cash flow (fluxo de caixa); ( ii) o critério do balanço ou do ativo patrimonial. Enquanto no primeiro se determina que, face à inexistência de liquidez financeira, a empresa se encontra impossibilitada de cumprir com as suas obrigações vencidas, no segundo requer-se que o passivo seja manifestamente superior ao ativo. Ou seja, o que verdadeiramente releva, para que possa falar-se em insolvência, é a insusceptibilidade de continuar a satisfazer a generalidade das obrigações da empresa, e não apenas o incumprimento de obrigações pontuais 2 Assim, podem recorrer ao PEVE empresas que se encontrem em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente/atual, em virtude da pandemia de covid-19. Para tal,

deve o requerimento ser dirigido ao tribunal, obrigatoriamente por Advogado, acompanhado dos elementos listados no n.º 1 do artigo 24.º do c ódigo da i nsolvência e da Recuperação de Empresas (doravante ci RE), e de Acordo de Viabilização, assinado pela empresa e por credores que representem, pelo menos, a dupla maioria de votos prevista no n.º 5 do artigo 17.º-F do ci RE. um dos grandes benefícios do PEVE é a possibilidade de o acordo de viabilização poder produzir efeitos quanto a dívidas à Autoridade tributária e à Segurança social, determinando-se que, para créditos inferiores a 51.000 euros, o pagamento possa ser liquidado em até 150 prestações.

B. O Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE)

O RERE, aprovado pela l ei n.º 8/2018, de 2 de março, corresponde a um processo extrajudicial, de cariz voluntário, dirigido a empresas que se encontrem em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente, sendo ainda possível a sua recuperação.

i niciado na c onservatória do Registo c omercial, o regime implica a assinatura, pelo devedor e por credores que representem, pelo menos, 15% dos principais créditos, de um protocolo de negociação, que será depositado na dita c onservatória.

Visa-se, assim, a obtenção de um acordo de reestruturação que conduza à alteração da composição, das condições ou da estrutura do ativo/passivo do devedor, com o objetivo de permitir que a empresa sobreviva, na totalidade ou em parte.

Enquanto decorrerem as negociações entre devedor e credores signatários do protocolo de nego -

ciação, qualquer outro credor pode aderir. c ontudo, a adesão deve ser integral e incondicional. Após as negociações, os credores votarão favoravelmente o acordo de reestruturação, caso concordem com a renegociação do seu crédito. c aso o credor não aceite a reestruturação da dívida nos termos negociados, o seu crédito permanecerá inalterado.

Assim, o Acordo de Restruturação apenas vincula os credores que adiram ao protocolo e que votem favoravelmente o Acordo de Restruturação.

C. Processo Especial de Revitalização (PER)

O PER é um processo judicial previsto nos artigos 17.º-A e seguintes do ci RE. também o PER é dirigido a empresas que se encontrem em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente, mas que ainda sejam susceptíveis de recuperação. Por conseguinte, também neste caso se visa a reestruturação, nomeadamente do passivo da sociedade, assegurando a continuidade da atividade financeira e a manutenção dos postos de trabalho.

O PER inicia-se com a apresentação, por advogado, junto do tribunal, de requerimento acompanhado da documentação prevista no n.º 3 do artigo 17.º- c do ci RE. tal como no PEVE, o Plano de Recuperação é aprovado cumprindo-se as maiorias previstas no n.º 5 do artigo 17.º-F do ci RE.

c ontudo, no que concerne a dívidas à Autoridade tributária e à Segurança Social, além de se poder acordar pagamento até ao limite máximo de 150 prestações (para dívidas inferiores a 51.000 euros), pode ainda ser invocada a respetiva prescrição, cuja verificação caberá ao juiz.

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Não obstante as alternativas existentes, e face ao estado atual da economia, nem sempre é fácil reerguer a estrutura empresarial e dar continuidade à atividade económica, pelo que, em ultima ratio e se devidamente preenchidos os requisitos legais, têm as pessoas coletivas um último reduto: a insolvência.

III – A insolvência

As empresas têm o dever de se apresentar à insolvência, dentro dos 30 dias seguintes à data do conhecimento da situação de insolvência. Portanto, assim que a administração da empresa se aperceba da incapacidade daquela em satisfazer a maioria dos seus créditos, e/ou de que o passivo da sociedade é manifestamente superior ao seu ativo, deverá dar início ao pedido de apresentação à insolvência.

O dever acima assume uma importante relevância, no sentido em que tal propositura (ou falta dela) representa a pedra de toque para se determinar a qualificação da insolvência como culposa ou fortuita.

Sempre que se considerar que a situação de insolvência da empresa foi criada ou agravada em consequência da atuação dolosa do(s) gerente(s)/administrador(es), estabelece-se uma presunção legal, que não admite prova em contrário, de que a insolvência é culposa, situação que poderá acarretar consequências graves para o(s) aludido(s) gerente(s)/ administrador(es).

Em caso da qualificação da insolvência como culposa, responde o património pessoal do(s) o(s) gerente(s)/administrador(es) perante os credores que não virem o seu crédito satisfeito pela venda do ativo da sociedade. Acresce que podem aqueles ficar inibidos de ser titular de órgão social por

um período compreendido entre dois e 10 anos.

Nestes termos, é exigido aos órgãos que detenham a administração da empresa, um grau de responsabilidade acrescido.

i mporta também notar que, volvidos três meses sem que a empresa consiga cumprir com a generalidade das suas responsabilidades financeiras, a lei presume a situação de insolvência.

Paralelamente, é de esclarecer que qualquer credor poderá, por sua iniciativa, requerer que uma empresa seja declarada insolvente. Para tal, necessita de provar o seu crédito e, dentro do conhecimento de que dispõe, oferecer os elementos que possua quanto ao ativo/ passivo da sociedade devedora.

Sendo decretada a insolvência, todo o património da sociedade é integrado na massa insolvente, sendo nomeado um administrador de insolvência, a quem são cometidas as funções de pagamento das dívidas (seja através dos valores monetários existentes ou pela alienação dos bens) e de manter os bens da empresa e/ou a respetiva atividade económica.

Quer a empresa, quer qualquer credor que represente 1/5 da dívida, pode apresentar um Plano de i nsolvência, que permita o pagamento dos créditos e a continuidade da atividade da empresa. Em regra, o Plano é apresentado na Assembleia de c redores, sendo que o mesmo é aprovado se obtiver o voto favorável de, pelo menos, 2/3 dos votos, desde que metade desses mesmos votos correspondam a créditos não subordinados.

Não existindo aprovação do Plano, o processo de insolvência prossegue com a liquidação do ativo existente, o qual é rateado entre credores, de acordo com a

sentença de graduação de créditos (que estabelece a hierarquia e prioridade de pagamento).

Finda a liquidação, é determinada a extinção definitiva da sociedade, registando-se a extinção no Registo Nacional de Pessoas c oletivas.

Em conclusão, o presente artigo visa demonstrar que, caso as sociedades comerciais adoptem uma prática preventiva, é possível evitar a insolvência e sobreviver a uma crise económica.

um país prospera quando existe um equilíbrio entre crescimento económico e desenvolvimento social, o que nem sempre é fácil. Alcançar um aumento sustentado do P i B e do PNB, aliado a um aumento da qualidade de vida das pessoas, é um desafio constante, tornando fundamental o papel dos agentes económicos, desde a indústria, ao comércio e ao retalho.

Assim, torna-se indispensável que as empresas se consciencializem do papel que representam na sociedade, e da importância de atuar preventivamente, por forma a manter este tão ténue e difícil equilíbrio económico! 

NOTAS

1 Publicados no Destaque Estatístico Trimestral 105 – 2.º Trimestre de 2022 em https://estatisticas.justica.gov.pt/ sites/siej/pt-pt/Destaques/20221028_ D105_FalenciasInsolvencias_2022_ T2.pdf

2 Cfr., nesse sentido, a anotação de Luís A. Carvalho Fernandes e João Labareda ao art. 3.º do CIRE, Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas Anotado, 2.ª Edição, Lisboa 2003, Quid Juris

* Advogada da Teresa Patrício & Associados E-mail mcf@tpalaw.pt

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 42 opinião
opinión

compradores internacionais dinamizam o mercado imobiliário

Omercado de lisboa, centro político e também um dos principais pólos culturais e económicos de Portugal, atrai anualmente milhões de turistas, que visitam a capital, atraídos pela elevada qualidade de vida, pelo clima mediterrânico e pela curta distância a que as praias se encontram da cidade. O elevado número de turistas atrai um número correspondentemente elevado de compradores de propriedades, adianta a Engel & Völkers lisboa. “O mercado imobiliário em lisboa está cada vez mais popular. A cidade tornou-se um dos principais destinos de eleição para muitos nómadas digitais desde a pandemia. São sobretudo atraídos pelo clima ameno que dura o ano inteiro, o custo de vida moderado, as ligações convenientes com outros destinos europeus e pela boa oferta de espaços de coworking existentes na cidade. A maioria dos nómadas digitais vive aqui entre seis meses e um ano e tende a optar

por pequenos apartamentos no centro da cidade”, revela Vanessa Moreira, managing partner da Engel & Völkers lisboa.

No final de outubro, o Governo português implementou o “digital nomad visa”, que dará aos indivíduos que trabalham remotamente para fora da união Europeia a oportunidade de viver e trabalhar no país durante um período de 12 meses. Para obter este visto, o salário deve ser, pelo menos, quatro vezes o salário mínimo português, traduzindo-se em cerca de 2.800 euros por mês.

A baixa taxa de criminalidade, o elevado nível de segurança, a qualidade do sistema de educação e os incentivos governamentais são fatores que fazem de lisboa um local bastante apelativo para investir, e a capital portuguesa está a desfrutar da sua crescente popularidade. Muitas empresas estão neste momento a ser atraídas pelo estatuto de lisboa como tech hub e, como resultado

disso, a cidade tem vindo a tornar-se um centro para startups. isto deve-se também, além do talento local disponível, ao facto do mercado imobiliário ainda ter um preço moderado comparativamente a outros países.

Apesar de os portugueses serem o grupo mais forte de compradores em lisboa, representando cerca de 75%, o número de compradores internacionais está a aumentar de forma constante, traduzindo-se numa percentagem de 25% o investimento feito por compradores internacionais em lisboa. No mercado imobiliário de luxo, mais especificamente em propriedades localizadas em lisboa e avaliadas em mais de um milhão de euros, os principais interessados são de nacionalidade brasileira. Seguem-se os compradores da América do Norte, Alemanha, Reino unido e França. As zonas de Alcântara, Parque das Nações, Penha de França e São Vicente são as mais procuradas entre os investidores. 

Jll assessora venda de sociedade que irá construir edifício de escritórios no campo grande

Num momento de grande crescimento da procura de escritórios novos na capital, lisboa vai poder contar com um novo edifício de escritórios num dos pontos estratégicos em termos de centralidade e acessibilidades. A Jll assessorou a venda da sociedade que vai desenvolver o designado interface North do campo Grande, que era gerida pela Multi e propriedade de fundos geridos pela Blackstone. O projeto está localiza-

do no campo Grande junto ao terminal de transportes, entre o Estádio Alvalade XXi e o edifício sede da NOS. O projeto permite a construção de um novo edifício de escritórios com mais de 14.000 m2. O veículo foi adquirido por empresas do grupo Atenor por um preço não revelado. A transação foi intermediada pela equipa de development da Jll em representação dos vendedores, que já tinham confiado à consultora a comercialização do projeto de desenvolvimento imobiliário Metropolis, mesmo ao lado. A Jll volta, assim, a liderar uma grande operação de venda para

promoção de um edifício de escritórios em lisboa, reforçando a sua posição de destaque neste mercado, no qual tem concluído importantes transações nos últimos meses.

Gonçalo Ponces, head of development da Jll, comenta: “Esta sociedade gerou muito interesse entre os promotores imobiliários pois detém os direitos para a construção de um projeto de grande dimensão e visibilidade, numa localização excelente e para um segmento onde a procura está especialmente forte, como é o caso dos escritórios. Além disso, prova que a atual conjuntura não arrefeceu o apetite para investir em novos projetos na cidade de lisboa e que esse interesse não se esgota na habitação”.

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 44 se T or i M o B iliário
sector inmobiliario

sector inmobiliario

patron capital e Finangeste investem cinco milhões na reabilitação do Trindade domus

Oedifício trindade d omus, situado no centro histórico do Porto, vai ser requalificado, de acordo com um comunicado da Patron c apital e da Finangeste. As obras de reabilitação do edifício representam um investimento de aproximadamente cinco milhões de euros, sendo que abrangerão cerca quatro mil metros quadrados dos 20 mil metros quadrados totais do imóvel.

Em paralelo com o novo posicionamento do edifício, que inclui também a qualificação do espaço com as certificações Breeam e Well, as empresas proprietárias vão promover um processo de

rebranding: do edifício, que passará a designar-se trinity Porto.

A reabilitação prevê novas áreas de escritórios, lobby, esplanada, restaurantes e novas amenities, como um “jardim suspenso de dois mil metros quadrados, que estará disponível para eventos e usufruto dos utilizadores do edifício”.

d e acordo com a nota de imprensa, “a intervenção neste edifício – que dispõe de localização única e sem concorrência nesta zona da cidade– irá torná-lo num local privilegiado para empresas, uma vez que dispõe de espaços de escritórios com áreas excecionais de até 3.500 metros quadrados

por andar, um jardim para uso exclusivo e semi-exclusivo para os utilizadores do edifício e que pode ser utilizado para eventos». c om um total de 20 mil metros quadrados de área bruta locável, conjugando cinco andares de escritórios e uma galeria comercial no rés do chão, além do estacionamento para 496 viaturas, o trinity Porto vai ao encontro da modernização que a Patron c apital e Finangeste procuram para o edifício. d e recordar que a Finangeste e a Patron c apital adquiriram o trindade d omus, em 2020, por 40 milhões de euros. 

Hipoges posiciona-se como “ servicer líder em portugal”, ao duplicar volume de vendas num ano

A

Hipoges deu a conhecer os seus principais resultados e também as suas metas para o próximo ano durante a 2ª edição do seu evento Hipoges Move On, que contou com mais de 350 profissionais do setor imobiliário. Para luís Silveira, director of Real Estate do servicer em Portugal, este “evento é muito importante para a Hipoges e para os seus parceiros, pois permite facultar-lhes um overview do crescimento e investimento que o grupo tem feito no último ano”.

Na edição de 2022, Portugal foi um dos destaques graças ao grande crescimento que tem experienciado no último ano, assistindo a um acentuado aumento do volume de vendas e do valor de ativos sob gestão. Só este ano, o servicer de referência em Asset Management conseguiu alcançar a marca dos 6 mil ativos imóveis sob gestão, garantindo uma ampla

carteira de imóveis, e duplicou o seu volume de vendas. também no mercado de arrendamento foi possível assistir a uma consolidação da posição do grupo no nosso país, com a gestão da maior plataforma de arrendamento e de um portefólio com mais de 4.400 ativos imóveis. todas estas conquistas permitiram à Hipoges posicionar-se como servicer líder no mercado português.

No evento, assinalaram-se também “os excelentes resultados e grande crescimento de todo o grupo. A Hipoges vivenciou um ano bastante positivo com um crescimento anual que mais do que duplicou quando comparado com o ano anterior, atingindo a meta dos 47 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Esta tendência estendeu-se também aos imóveis sob gestão do grupo, cujo crescimento triplicou no espaço de um ano, e entre os quais se

destacam os residential mortgages e os REO (real estate owned)”.

A expansão do grupo é também visível ao nível da angariação de novos clientes, que atingiu novos máximos em 2022. A Hipoges soma já 68 clientes, registando um grande crescimento nos últimos quatro anos. Para acompanhar todos os novos desafios impostos por esta constante expansão, o servicer tem também apostado no crescimento da sua equipa. conta já hoje com mais de 1.400 profissionais distribuídos por quatro países– Portugal, Espanha, itália e Grécia– e nove escritórios, especializados nas mais diversas áreas e serviços oferecidos pelo grupo como assessoria em processos de avaliação e compra, desenho de processos, implantação de ferramentas de gestão e desenvolvimento de soluções de servicing para diversos tipos de ativos. 

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 45 se T or i M o B iliário

sector inmobiliario

norfin lança oriente green campus

ANorfin, uma das referências nacionais na gestão de investimentos imobiliários, em representação do Fundo Multiusos Oriente FEiiF, detido pelos Orion European Real Estate Funds, acaba de anunciar o início das obras para a construção do Oriente Green campus, um projeto que pretende reinventar o futuro dos escritórios em lisboa sem esquecer a Portugalidade do projeto. localizado em Moscavide, o Oriente Green campus contará com uma área total de escritórios de 41.100 metros quadrados e ainda 18.700 metros quadrados de zonas exteriores e servirá de extensão ao Parque das Nações, estando dotado de várias alternativas de acessibilidade. idealizado para estar na vanguarda da sustentabilidade, o edifício contará com variadas amenities, como um food court de uso exclusivo dos utilizadores, ginásio, auditório, extensas zonas verdes e estacionamento para veículos, incluindo bicicletas, bem como um

sistema de ventilação natural que permitirá uma maior renovação do ar no interior e uma redução do consumo energético.

O projeto de arquitetura pretende proporcionar uma experiência de trabalho inovadora e acolhedora, o que se reflete na incorporação de vastas zonas verdes, nas áreas amplas de iluminação natural, na qualidade dos equipamentos e acabamentos e, ainda, num rooftop único em Portugal – não só pela sua dimensão, como também pela vista panorâmica sobre o rio tejo e o Parque das Nações.

O Oriente Green campus será o primeiro edifício lEEd Platinum do mercado da Grande lisboa, garantindo, assim, o mais alto nível de certificação da construção sustentável, com grande foco na redução da pegada carbónica. Este será ainda dotado do selo WEll Gold, que visa nomeadamente a Saúde, Segurança e o Bem-Estar dos seus utilizadores. O

equilíbrio entre as práticas verdes e a tradição local estará também refletido na fachada do edifício, que incorpora peças de azulejo, privilegiando a paleta de cores azul e branco, típicas da cidade de lisboa.

“Este conjunto de transformações e introduções transportam o edifício para a vanguarda da modernização a vários níveis, tornando-o único, tanto ao nível da construção, como das features que estarão contempladas no projeto”, de acordo com os promotores do projeto.

Francisco Sottomayor, presidente da Norfin, refere que “o edifício tem uma dimensão assinalável e foi projetado com todas as características necessárias para atrair marcas e empresas internacionais de primeira linha. Foi realizado um investimento muito significativo de forma a assegurar que o produto teria as condições necessárias à atração de hubs capazes de dinamizar a economia local, enquanto polo atrativo para se trabalhar e viver”. 

dolce by Wyndham camporeal lisboa recebe mais um prémio de sustentabilidade

Ohotel dolce by Wyndham campoReal lisboa, situado em torres Vedras, foi premiado mais uma vez. Pelo quinto ano, recebeu a Green Key, uma certificação ambiental internacional de renome na área da responsabilidade ambiental corporativa e do turismo sustentável, que, em Portugal, é promovida pela Associação Bandeira

Azul da Europa. Este prémio reconhece, mais uma vez, o compromisso da unidade hoteleira na proteção do meio ambiente, já que os estabelecimentos condecorados cumprem critérios rigorosos, verificados através de auditorias regulares. Reforçar o compromisso de sustentabilidade é primordial para o hotel, que possui uma localização privilegiada em plena área protegida das Serras do Socorro e Archeira – e que completam 10 anos de proteção em 2022. O dolce campoReal lisboa estimula a consciência ambiental e de preservação dos seus hóspedes com a promoção de atividades na região, como o acarinhado passeio de bicicleta e aluguer de bicicletas elétricas para conhecer as serras e ver de perto as suas belezas.

desde 2017 que o dolce campoReal aplica medidas práticas para reduzir a sua pegada ecológica, como a abolição de garrafas de plástico nos restaurantes e salas de reunião, substituindo-as por garrafas de vidro reutilizáveis. Nos locais onde o uso do vidro reutilizável não é possível, como a piscina e o campo de golfe, são distribuídas embalagens em cartão Earth Water. Em 2022, também adotou a regra no printing, ou seja, não impressão em todo o hotel, disponibilizando o material promocional nos quartos em versão digital. Já em 2019, o hotel aderiu à iniciativa internacional que financia projetos que providenciam água, alimentos e educação a crianças desfavorecidas em vários países e que conta também com o apoio do World Food Programme. 

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 46 se T or i M o B iliário
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

ASensefinity, startup que opera na área da logística em chão de fábrica, foi a vencedora da edição de 2022 do ctt e-commerce Awards na categoria Startup - inovação em logistics, delivery and Returns no e-commerce.

A Sensefinity está a desenvolver uma plataforma de internet of things, focada em fornecer métricas de mercadoria e bens críticos em tempo real às empresas, para que estas possam ter uma visibilidade da sua cadeia de fornecimento.

Para João Sousa, administrador dos ctt, “este prémio é o reconhecimento do trabalho feito pela Sensefinity na área da logística. Acreditamos

muito nesta empresa e no potencial de sucesso das suas soluções de iot”.

“A Sensefinity está comprometida com a optimização dos processos logísticos que suportam o e-commerce, por forma aos consumidores terem uma experiência global mais satisfatória com rapidez, transparência e visibilidade. Pela sua liderança, experiência e influência, a Sensefinity está muito satisfeita de ter nos ctt o seu parceiro natural”, destaca Orlando Remédios (na foto, à esq.), cEO da Sensefinity.

Por seu lado, na categoria comércio local, a vencedora desta iniciativa foi a SheerME.

Segundo justifica João Sousa, “este prémio é o reconhecimento do trabalho da SheerME e pelo impacto que tem conseguido no comércio local, levando produtos de todas as regiões até à mão de todos os portugueses”. Para a SheerME, “este prémio é de extrema importância, uma validação e reconhecimento do trabalho que

“cTT e-commerce Awards” premeiam inovação de startups outsystems adquire a ionic

AOutSystems, líder global em desenvolvimento low-code de alta performance, anunciou a aquisição da ionic, uma das plataformas mais utilizadas para o desenvolvimento de aplicações móveis e desktop através da utilização de tecnologia web. “Em conjunto, a OutSystems e a ionic irão ajudar os líderes tecnológicos a transformarem a forma como criam, entregam e atualizam continuamente aplicações críticas para os negócios com foco em qualidade, desempenho, segurança e escala”, afirmam as duas empresas.

A OutSystems e a ionic abrangem uma variedade de abordagens de desenvolvi-

mento – de open source a low-code de alta performance – com foco em aplicações de nível empresarial com segurança e escalabilidade integradas. como resultado, os clientes podem escolher as ferramentas que melhor respondem aos requisitos das suas aplicações, à experiência das suas equipas de desenvolvimento e às preferências de codificação, adiantam as companhias. A ionic e os seus produtos de open source continuarão a operar de forma independente, apoiando e aumentando a sua comunidade de developers em todo o mundo, e irão complementar a plataforma OutSystems, incluindo o OutSystems

temos vindo a fazer de transformação digital do setor de bem estar e beleza. Sendo um prémio atribuído por um júri composto por especialistas do setor, e uma empresa como os ctt para nós é uma honra ter este reconhecimento pelo segundo ano consecutivo. A missão da sheerME passa por ajudar os comerciantes locais a apresentar, e vender os seus serviços online a mais gente, e, ao mesmo tempo, queremos ajudar quem procura por serviços específicos de bem-estar e beleza a encontrar, marcar e pagar online a qualquer hora e em qualquer lugar com o seu smartphone na mão”.

Já na categoria startup – inovação em serviços financeiros no e-commerce, a vencedora foi a Fraudio.

O objetivo do concurso “ctt E-commerce Awards” é valorizar e promover as melhores práticas do comércio eletrónico e/ou ferramentas– por exemplo, marketing digital, logística, pagamentos– e modelos de negócio digitais que lhe estão subjacentes, com valor para as pessoas e para a comunidade, em Portugal. 

cloud e ambientes de desenvolvimento nativos na cloud “Nós fundámos a OutSystems para ajudar o cliente a inovar mais rapidamente e mudar fundamentalmente a forma como o software empresarial é desenvolvido. A ionic é uma continuação e expansão dessa visão”, afirma Paulo Rosado, fundador e cEO da OutSystems, uma startup baseada em Boston (Estados unidos). “A equipa, a tecnologia e a comunidade da ionic são parte integrante da nossa estratégia, à medida que redefinimos o futuro do desenvolvimento de software”, acrescenta. 

48 s TA rTU ps e c A pi TA l de risco startups e capital de risco
actualidad € janeiro de 2023

s TA rTU ps e c A pi TA l de risco startups e capital de risco

Taguspark apoia startups com exponencial crescimento na fase de pós-incubação

Otaguspark - cidade do conheci-mento está a apoiar as startups que atualmente residem na sua incubadora também na fase pós-incubação, quando o seu crescimento exponencial motiva a necessidade de um novo espaço de trabalho adequado às suas necessidades.

A incubadora taguspark, que esteve na génese de um dos unicórnios portugueses, conta com várias startups a crescer fortemente e que estão em situação de final de contrato de incubação, implicando a procura de uma solução para a nova realidade e dimensão destas empresas. O taguspark, enquanto parque empresarial e tecnológico atento ao desenvolvimento de todos os agentes da sua comunidade, identificou as necessidades destas startups e está empenhado em encontrar as melhores soluções de espaços de trabalho dentro da comunidade que as viu crescer. Assim, a cidade do conhecimento oferece a estas startups a possibilidade de se instalarem em novos espaços, com um valor de renda situado num nível intermédio entre os preços comerciais e os preços praticados na incubadora. Ao

transferirem-se para o novo espaço, as empresas mantêm ainda o acesso aos serviços disponibilizados pela incubadora. caso necessitem de espaços diferenciados, como por exemplo laboratórios, o taguspark oferece também soluções com condições técnicas específicas e com licença de utilização para o efeito. A creditResolve é um dos casos de sucesso que beneficiou deste apoio ao instalar-se na cidade do conhecimento. Nas palavras de Sandra lourenço, uma das responsáveis deste caso de sucesso da incubadora taguspark, “os nossos projetos passaram

de ideias a negócios, a empresa criou bases sólidas para o seu desenvolvimento, vimos a equipa duplicar e foi essencial o acompanhamento e atenção que recebemos por parte do taguspark”. No final de 2022, também a Smartfreez e a invisible Meaning se instalaram em novos espaços do taguspark, através deste apoio. Ao proporcionar às jovens empresas condições favoráveis à sua fixação no território, o taguspark reforça a sua posição enquanto “polo dinamizador no estímulo à inovação, quer em Oeiras Valley quer a nível nacional”. 

progrow capta investimento de 2,9 milhões de euros

AproGrow, empresa portuguesa que transforma qualquer posto de trabalho ou equipamento industrial online, anunciou ter fechado com sucesso uma ronda de investimento no montante de 2,9 milhões de euros, totalizando 4,2 milhões de euros angariados. O investimento liderado pela lince capital, em co-investimento com a Hcapital Partners e a Portugal Ventures, tem como finalidade acelerar o percurso da empresa em “democratizar” a digitalização industrial. “A digitalização do chão de fábrica está agora acessível a qualquer empresa indus-

trial” afirma Marco tschan carvalho, cEO da Growplatform, empresa detentora da plataforma proGrow. Segundo o empreendedor, a digitalização é uma inevitabilidade para as empresas, explicando que “já não se trata apenas de otimizar a eficiência operacional, as empresas têm cada vez mais a missão de reduzirem a sua pegada ecológica”. Sendo a génese da plataforma proGrow “para melhorar é preciso controlar e para controlar é preciso medir”, Marco tschan carvalho acredita que “apenas com informação disponível de uma forma simples,

clara e constantemente atualizada é possível alcançar melhorias de forma contínua e sustentável”.

A ronda de investimento que a empresa anuncia, assenta na visão de “descomplicar” o processo de digitalização da indústria. Segundo o representante da empresa, “digitalizamos qualquer ambiente industrial de uma forma simples e rápida, mas acima de tudo adaptada à maturidade digital da organização em questão. Esta ajustável metodologia de implementação permite às empresas atingirem o retorno de investimento logo no primeiro ano”.

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 49
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Los últimos datos estadísticos recogidos en la plataforma d ata c omex Estadísticas del comercio exterior español referente a los diez primeros meses de 2022, confirman la vitalidad del comercio hispano portugués, verificándose aumentos muy importantes tanto en la oferta como en la demanda españolas.

Así pues las ventas españolas a Portugal, en este período, superó los 26.726,5 millones de euros, frente a los 20.110,4 millones alcanzados en el mismo periodo de 2021, lo cual representa un aumento relativo del 32,9%. En el caso de las compras españolas, estas alcanzaron los 13.409,1 mi -

llones de euros este año frente a los 10.881,9 millones registrados el año pasado, es decir un aumento del 23,2%. Si analizamos la evolución en términos mensuales, el mes de octubre registra ligeras quiebras en relación al mes de septiembre. En el caso de las ventas la quiebra superó el -3,6% (2.829 millones de euros en octubre, frente a 2.934 millones en septiembre) y las compras el -11,2% (1.336 millones en octubre y 1.505,4 millones en septiembre).

Esta evolución arroja un superávit favorable a España de 13.317,4 millones de euros y una tasa de cobertura de 199,32%. l os cuadros 2 y 3 de esta sec -

ción recogen la distribución geográfica del comercio exterior español en la que Portugal mantiene la tercera posición en el ranking de principales clientes de España con un peso relativo del 8,4% sobre el total de las exportaciones españolas y la sétima posición entre los principales países proveedores de España con un peso relativo de 3,5%. Francia y Alemania mantienen el liderazgo entre nuestros principales clientes y juntos absorben el 25% de la oferta española que en este año superó los 319.731,2 millones de euros. En el ranking de las importaciones cabe destacar el papel del mercado chino que año tras año viene consolidando su

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 50 in T ercâ MB io co M erci A l intercambio comercial
Intercambio comercial hispano-portugués
de enero-octubre de 2022 Balanza 1. Balanza comercial España-Portugal enero-octubre 2022 VENTAS ESPAÑOLAS 22 COMPRAS ESPAÑOLAS 22 Saldo 22 Cober 22 % VENTAS ESPAÑOLAS 21 COMPRAS ESPAÑOLAS 21 Saldo 21 Cober 21 % ene 2 201 585,87 1 114 092,73 1 087 493,14 197,61 1 581 387,44 897 431,77 683 955,67 176,21 feb 2 471 447,64 1 171 838,19 1 299 609,45 210,90 1 571 724,32 1 009 320,52 562 403,80 155,72 mar 2 785 938,03 1 365 533,17 1 420 404,86 204,02 2 008 010,68 1 095 762,87 912 247,81 183,25 abr 2 635 499,64 1 355 606,40 1 279 893,24 194,41 1 980 168,47 1 071 108,28 909 060,19 184,87 may 2 805 620,53 1 403 498,01 1 402 122,52 199,90 2 118 632,54 1 065 230,82 1 053 401,72 198,89 jun 2 747 125,46 1 424 156,40 1 322 969,06 192,89 2 065 822,03 1 237 518,11 828 303,92 166,93 jul 2 679 322,95 1 383 645,85 1 295 677,10 193,64 2 149 500,37 1 130 197,83 1 019 302,54 190,19 ago 2 636 924,66 1 349 315,28 1 287 609,38 195,43 1 838 711,61 872 511,37 966 200,24 210,74 sep 2 934 030,45 1 505 370,43 1 428 660,02 194,90 2 325 987,73 1 293 862,46 1 032 125,27 179,77 oct 2 829 039,19 1 336 040,06 1 492 999,13 211,75 2 470 465,85 1 208 942,41 1 261 523,44 204,35 nov 2 478 874,06 1 358 894,23 1 119 979,83 182,42 dic 2 281 979,08 1 358 692,68 923 286,40 167,95 Total 26 726 534,42 13 409 096,52 13 317 437,90 199,32 24 871 264,18 13 599 473,35 11 271 790,83 182,88 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
en el periodo

papel de principal proveedor del mercado español. Actualmente su peso relativo supera el 10,9% sobre el total de las importaciones españoles. también en las importaciones Alemania y Francia juegan un importante papel y juntos representan más del 18,2% de las importaciones españolas. Respecto a la distribución sectorial del comercio bilateral que se recoge en los cuadros 4 y 5, la partida 27- c ombustibles, aceites minerales ocupa las primeras posiciones (1.230,2 millones de euros de compras y 4.136,3 millones de ventas). En la oferta española se habrá de indicar la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos (1.596,5 millones de euros), seguido de la 87-Vehiculos automóviles, tractor (1.563,5 millones) y la 39-Mat. plásticas; sus manufacturas (1.477,7 millones), y en la quinta posición la 85-Aparatos y material eléctricos con 1.435,8 millones.

Estas cinco partidas arrojan una cifra de ventas que supera los 10.209,7 millones de euros, es decir el 38,2% de las ventas españolas a su vecino Portugal. A su vez, en las compras españolas destacan también la partida 87-Vehiculos automóviles, tractor (1.167,9 millones de euros), la 39-Mat. plásticas; sus manufacturas (1.003,1 millones), seguido de la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos (909,6 millones) y la 72-Fundición, hierro y acero con 835,1 millones.

En este caso, el peso de las cinco principales partidas supera los 5.145,9 millones de euros y representa el 38,4% del total de las compras españolas a Portugal. 

2.Ranking principales

1 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 1 230 242,38 2 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 1 167 928,39 3 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 1 003 120,11 4 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 909 577,57

477 656,17 5 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 1 435 780,50 6 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 1 257 135,22 7 02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES 742 207,39 8 76 ALUMINIO Y SUS MANUFACTURAS 719 721,23 9 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 701 246,37 TOTAL 26 726 534,42 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 51
Rankings
países clientes de España enero-octubre 2022 Orden País Importe 1 001 Francia 49 550
2 004 Alemania 30
3 010 Portugal 26
4 005 Italia 26
5 006 Reino Unido 17
6 017 Bélgica 17
7 400 Estados Unidos 15
8 003 Países
12
19
SUBTOTAL
TOTAL
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 3.Ranking principales países proveedores de España enero-octubre 2022 Orden País Importe 1
2
001 Francia 33 648 205,99 4 400 Estados Unidos 28 375 981,49 5 005 Italia 22 588 753,73 6 003 Países Bajos 16 054 239,07 7 010 Portugal 13 409 096,51 8 006 Reino Unido 9 354 694,17 9 017 Bélgica 8 954 593,17 10 052 Turquía 8 584 356,41 11 288 Nigeria 8 017 984,58 12 508 Brasil 7 922 112,61 13 204 Marruecos 7 371 426,15 14 208 Argelia 6 592 025,25 15 060 Polonia 6 578 655,85 16 075 Rusia 6 404 804,42 17 039 Suiza 6 005 715,09 18 664 India 4 939 004,29 19 412 México 4 563 700,98 20 061 República Checa 4 461 020,31 SUBTOTAL 280 860 686,87 TOTAL 380 020 705,66 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
principales productos vendidos por España a Portugal enero-octubre 2022
Sector Importe 1 27 COMBUSTIBLES, ACEITES
4
2 84
Y
1
3 87
AUTOMÓVILES;
4 39 MAT.
SUS
y elaboración propia.
principales productos comprados por España a Portugal enero-octubre 2022
686,61
645 098,51
726 534,42
085 059,93
734 085,74
262 028,60
803 136,28
Bajos
790 678,21 9 204 Marruecos 9 869 511,84 10 060 Polonia 6 871 444,60 11 720 China 6 543 916,06 12 039 Suiza 5 501 646,51 13 052 Turquía 5 415 127,15 14 952 Avituallamiento terceros 5 048 791,23 15 951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios 4 273 290,21 16 412 México 4 258 545,12 17 508 Brasil 2 909 634,75 18 030 Suecia 2 899 091,34
061 República Checa 2 858 264,08 20 732 Japón 2 712 785,62
255 759 356,81
319 731 177,10
720 China 41 492 612,24
004 Alemania 35 541 704,56 3
5.Ranking
Orden
MINERAL.
136 328,67
MÁQUINAS
APARATOS MECÁNICOS
596 474,27
VEHÍCULOS
TRACTOR 1 563 503,54
PLÁSTICAS;
MANUFACTU. 1
4.Ranking
Orden Sector Importe
5 72
6 48
SUS
7 85
Y
ELÉCTRICOS
8 15
9 73
DE FUNDIC.,
TOTAL 13
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-octubre 2022 CC.AA. VENTAS ESPAÑOLAS 22 COMPRAS ESPAÑOLAS 22 Madrid, Comunidad de 5 662 820,18 Madrid, Comunidad de 2 658 946,32 Cataluña 4 961 650,84 Galicia 2 295 295,95 Galicia 3 398 312,07 Cataluña 1 843 550,74 Andalucía 2 852 900,54 Andalucía 1 424 581,78 Castilla-La Mancha 1 797 437,70 Comunitat Valenciana 1 085 642,80 Comunitat Valenciana 1 795 325,73 Castilla y León 969 078,80 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 6.Evolución del intercambio comercial enero-octubre 2022
FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 835 066,62
PAPEL, CARTÓN;
MANUFACTURA 503 013,72
APARATOS
MATERIAL
479 658,86
GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA 468 341,25
MANUF.
HIER./ACERO 407 443,85
409 096,52

HumanWinety dá formação a grupos minoritários para que possam trabalhar no setor do vinho

O objetivo da HumanWinety é integrar no mercado de trabalho pessoas a quem se fecham portas injustificadamente, como os cidadãos com deficiência. O projeto nasceu da união de esforços de Bento Amaral, diretor dos serviços técnicos e certificação do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, e Cláudio Martins, CEO da Martins Wine Advisor e consultor especializado em fine wines. A empresa fornece formação e promete ajudar a eliminar preconceitos e a diminuir as carências profissionais do setor.

Atrabalhar há décadas com vinho do Porto, Bento Amaral é o exemplo de que ser paraplégico não afetou as suas qualidades profissionais. A sua experiência e história no setor de vinho conferem-lhe bagagem para inspirar a necessária mudança de mentalidade no mercado de trabalho, no que se refere à contratação de deficientes. “Escolhi como minha função profissional ser Wine inpiring Executive por entender que tenho de

inspirar os meus sócios (e ser inspirado por eles), inspirar os formadores, inspirar os parceiros e obviamente inspirar os formandos. Em relação a este último grupo, dado o meu percurso profissional, acredito que já tenho uma mensagem a priori, que é mostrar que é possível, apesar das dificuldades, ter uma vida profissional ativa e realizada. Para isso suceder, requer esforço e dedicação como a qualquer outra pessoa.”

Antes de mais, requer formação

e é aí que entra a Humanwinety, entidade criada em julho de 2022 para “capacitar grupos minoritários, aumentando os seus conhecimentos e ajudando-os a encontrar um lugar nos setores de vinho e hospitalidade”. Para materializar este projeto, Bento Amaral associou-se a cláudio Martins, cEO da Martins Wine Advisor, consultor internacional de vinhos a operar no mercado dos fine wines e responsável pelo lançamento no mercado do mais caro vinho de

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 52 v in H os & g o U r M e T vinos & g ourmet
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

mesa português, o alentejano Júpiter. Se por um lado “há falta de trabalhadores na área do vinho e da hotelaria”, por outro “existe mão de obra disponível que não está a ser aproveitada por pertencer a grupos minoritários, como pessoas com deficiência”, constatam os fundadores da Humanwinety, abordando os casos dos mercados de trabalho da bacia mediterrânica e do Reino unido. É nesta área geográfica que se irá movimentar a HumanWinety: “A oportunidade negócio foi identificada para os países pertencentes a bacia mediterrânica e ao Reino unido. E nestes países que pretendemos intervir. Já foram feitos contactos em Espanha, itália e Reino unido, mas numa fase inicial estamos mais focados em Portugal. A nível internacional, como a nível nacional, é necessário ter parcerias com associações que representem os grupos minoritários para podermos chegar aos potenciais formandos. Esse assunto ainda não foi tratado fora de Portugal.”

Em concreto, a HumanWinety pretende “capacitar essas pessoas pertencentes a grupos minoritários, através de formação online e de estágios nos futuros parceiros, de modo a que integrem o mercado de trabalho”. Os candidatos, com ou sem experiência, “serão selecionados através da análise de vários requisitos de diversas áreas, desde a parte funcional, passando pela parte das suas competências emocionais, terminando nas suas competências técnicas”, informam os responsáveis da empresa, adiantando que “o documento que servirá de guião para ser efetuada essa seleção, será elaborado pela Your People, empresa do grupo Your, que está a apoiar o nosso projeto”.

O primeiro curso deverá arrancar no início da primavera deste ano: “A formação será em regime de B-learning, com a componente de teoria a ser dada online e a componente prática, já numa segunda fase da formação, em regime de estágio. Atendendo a que estaremos a trabalhar com pessoas

que em muitos casos não tiveram as mesmas oportunidades do que a maioria da população, será dada especial importância às soft skills e ao reforço destas competências. depois, dependendo do curso que estejam a realizar, os formandos terão módulos técnicos específicos que os capacitem para trabalhar nessa área.”

A Your People é responsável pela “área das soft skills, que será mais ou menos transversal, com pequenas adaptações a cada um dos cursos a lecionar”. As disciplinas técnicas “serão lecionadas por grandes especialistas portugueses nos temas”. A Humanwinety avança que os primeiros cursos a ministrar deverão ser os de enoturismo, sommelier e áreas ligadas a hotelaria. “A título de exemplo, referimos que para o primeiro curso mencionado temos a colaboração da Associação Portuguesa de Enoturismo, para o segundo o doutorado e professor Rodolfo tristão, enquanto para o último estamos a desenvolver um protocolo de colaboração com as Escolas de Hotelaria e turismo de Portugal”, acrescentam. Relativamente ao custo da formação, os responsáveis da HumanWinety esclarecem que “os cursos serão efetivamente pagos, mas existem instrumentos de financiamento como por exemplo o disponibilizado pelo instituto de Emprego e Formação Profissional”, estando “a trabalhar em conjunto com o iEFP para encontrar uma solução”.

Estão previstas várias fontes de financiamento, indicam: “A inscrição nos cursos; o pagamento de um fee por quem pretenda acolher um dos nossos formandos para posterior inclusão; parcerias; cátedras (naming de um determinado curso, como, por exemplo, enologia by empresa); leilões; fundos de financiamento nacionais e internacionais.”

A HumanWinety prevê inserir no mercado de trabalho 45 cidadãos no primeiro ano de operação. “Gostaríamos de mencionar que pretendemos que a grande maioria dos nossos formandos, tenham um estágio profissional numa

empresa, nossa parceira, onde se prevê que posteriormente sejam incluídos”, sublinham.

No setor vitivinícola, a HumanWinety identificou “dois parceiros e várias empresas, mais de uma dezena, com interesse em empregar os formandos”.

A Fundação Gérard Basset, co-fundada pelo falecido sommelier Gérard Basset, que detinha os títulos de OBE (Ordem of the British Empire), MW (Master of Wine) e MS (Master Sommelier), e criada em homenagem ao sommelier, para abordar os principais problemas da indústria do vinho por meio de educação, treino e orientação técnica, é o parceiro internacional do projeto: “O contributo da Fundação Gérard Basset é acima de tudo financeiro e foi essencial para o arranque deste nosso projeto, porém, a HumanWinety necessitará de outros apoios para ser financeiramente viável. A Fundação Gérard Basset poderá ainda ajudar-nos em alguns contactos internacionais.”

Os mentores da HumanWinety informam que já contam com outros dois apoios, dados pelos parceiros Herdade do Rocim e Aveleda. “Relativamente a futuros apoios, acreditamos que estes venham a surgir, estando a decorrer uma dezena de contactos para que isso ocorra brevemente. Para além destes parceiros, existem todos os outros tipos de apoios financeiros anteriormente referidos e aos quais pretendemos recorrer”, salientam os responsáveis. A possibilidade de concorrer a fundos europeus também está a ser equacionada: “Somos uma empresa social (que ainda não existe uma figura jurídica que inclua), o que poderá dificultar o concurso a esses fundos, mas acreditamos que a iniciativa que temos é uma mais valia e que deve ser vista como uma empresa.”

Em perspetiva está também a realização de um leilão solidário ainda este ano. Para tal, solicitam o apoio de mais empresas do setor, para “melhorar a qualidade da experiência e obtermos melhores resultados”. 

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 53 v in H os & g o U r M e T vinos
& g ourmet

vieira de sousa estreia dois vinhos do porto e lança novas colheitas de três doc douro

AVieira de Sousa Vines & Wines, criada em 2008, mas resultante da longa história na região demarcada do douro da família Vieira de Sousa (produtora de vinho do Porto há cinco gerações), detém um imponente espólio de vinhos do Porto antigos, Recentemente, foi com grande entusiasmo que as irmãs viram ser autorizada pelo instituto de Vinhos do douro e Porto (iVdP) a categoria especial de vinho do Porto com indicação de idade 50 anos. E, agora, é chegado o momento desta famí-

lia lançar o seu Vieira de Sousa Porto tawny 50 Anos, uma estreia à qual se junta o primeiro Vieira de Sousa Porto colheita branco, um single harvest white de 2003, “raridade anunciada com muita expectativa”. Mas as novidades do final de ano não se ficaram por aqui e incluiram novas colheitas de três dOc douro: Vieira de Sousa Reserva branco e tinto–de 2021 e 2020, respetivamente– e Vieira de Sousa unoaked tinto 2021. O ano de 2022 foi, sem dúvida, repleto de novidades e com uma forte aposta na expansão do negócio. Para além de novos vinhos, a Vieira de Sousa abriu portas ao enoturismo, ainda num registo de soft opening, e uma loja online, sempre com o objetivo de proporcionar aos seus consumidores uma experiência cada vez mais completa.

Salientem-se os dois vinhos do Porto lançados pela família. com um homólogo em tinto, o Vieira de Sousa Porto colheita branco 2003 é a estreia nesta categoria, pouco comum e bastante cativante para apreciadores de vinho do Porto. Este é um vinho do Porto muito especial, por isso, mas também porque resulta de mistura de castas em Vinhas Velhas. Apresenta uma cor oxidada pelo envelhecimento em madeira, acompanhada por uma acidez crocante e prolongada, na boca.

Quanto ao Vieira de Sousa Porto tawny 50 Anos, este é “um vinho excecional, elaborado a partir de vários lotes de vinhos do Porto, com uma idade mínima de 50 anos de estágio em tonéis e pipas”, guardados nos armazéns das propriedades da família. Este envelhecimento prolongado confere-lhe uma estabilização natural, obtendo-se um vinho de qualidade superior, com uma cor tawny profunda e uma complexidade de aromas.

regiões de lisboa e da península de setúbal em mostra no pátio da galé

Sublinhando as diferenças, mas assumindo as vantagens de uma promoção conjunta, a Entidade Regional de turismo da Região de lisboa e as comissões Vitivinícolas Regionais de lisboa e da Península de Setúbal retomaram o evento “Vinhos no Pátio”, no Pátio da Galé. durante três dias, entre 9 e 11 de dezembro, foi possível provar mais de 200 vinhos, contactar com propostas diversificadas de enoturismo, participar em workshops e

masterclasses, ou fazer uma pausa para petiscar.

Os grandes nomes das duas regiões reuniram-se nesta 6ª edição, aproveitando para mostrar a uma abrangência de públicos os mais recentes lançamentos, por entre as referências icónicas e as estreias absolutas.

Entre as masterclasses propostas estiveram abordagens ligadas aos vinhos de Setúbal, lisboa, colares, ou de carcavelos, até à lourinhã. 

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 54 v in H os & g o U r M e T vinos & g ourmet

Dez anos de vida, com uma longa experiência de “boas colheitas, bons vinhos, ótimos preços e um número infinito de brindes entre amigos e famílias que teimam em ter Mula Velha à mesa”. A marca “celebra 10 anos de teimosia com os olhos postos em novos consumidores, em manter a qualidade que lhe é característica e em levar os seus vinhos para outras paragens”, afirma o produtor, num comunicado. A marca apresenta uma vasta gama de vinhos da Região de l isboa, engarrafados em Alcobaça, na unidade de engarrafamento que dá também lugar à sede da Parras Wines, a empresa-mãe que detém Mula Velha.

“É um orgulho enorme ver a marca chegar onde chegou passados 10 anos. É um vinho que teima em ser bom, que teima em ganhar

prémios e em estar disponível nas prateleiras das lojas c ontinente a um preço acessível– tudo isto deu mote para lançarmos a nova campanha do Vinho teimoso”, afirmou Bruno Veríssimo, diretor de Marketing do grupo Parras Wines, durante o evento de celebração dos 10 anos Mula Velha no passado dia 10 de novembro, em l isboa.

Já l uís Vieira, fundador do grupo Parras, salientou o desafio inicial de consolidação da marca cujo nome não era o mais consensual, referindo que esse não foi motivo para travar a marca do sucesso alcançado.

d ez anos depois, as conquistas de Mula Velha não se ficam pelo mercado nacional, dado que a marca

Mula velha celebra 10 anos e ambiciona viajar para outros destinos enoturismo da lavradores de Feitoria distinguido no “Best of Wine Tourism 2023”

Ao fim de apenas meio ano de operação, a lavradores de Feitoria acaba de ver o seu projeto de enoturismo distinguido pelo “Best Of Wine tourism 2023”, concurso promovido pela plataforma Great Wine capitals em onze das mais prestigiadas regiões vitivinícolas do mundo – Adelaide (Austrália); Bilbau-Rioja (Espanha); Bordéus (França); cidade do cabo e cabo Winelands (África do Sul); entre outros– , com o objetivo de premiar a inovação e a excelência. Anualmente, são seis as categorias avaliadas, primeiro no âmbito regional e depois mundial. Portugal é representado pelo Porto, com candidatos de um cluster das regiões douro/Porto e Vinhos Verdes, e a

lavradores de Feitoria foi consagrada vencedora na categoria de serviços de enoturismo. com 22 anos de existência, só em abril último é que o produtor de vinhos do douro l avradores de Feitoria abriu oficialmente as portas ao enoturismo. isto depois de inaugurada a sua nova sede, adega, centro de visitas e loja de vinhos em plena Quinta do Medronheiro, em Sabrosa. d e destacar que a lavradores de Feitoria é um “consórcio” de 16 produtores, proprietários de 20 quintas e mais de 600 hectares de vinhas estrategicamente espalhadas pelas três sub-regiões durienses – Baixo c orgo, c ima corgo e douro Superior.

está presente já em 17 países em todo o mundo, estando no horizonte a expansão para mais alguns mercados estratégicos. d epois de Portugal, é o Brasil o país que mais consome Mula Velha, destacando-se ainda países como São tomé e Príncipe, c abo Verde e França.

Em 2021, a exportação pesou 10% nas vendas da marca, tendo sido vendidas mais de dois milhões de garrafas em todos os mercados. 

Embora com quintas espalhadas pelas três sub-regiões do douro, a operação de enoturismo da lavradores de Feitoria está localizada na Quinta do Medronheiro, situada na Estrada Nacional 323, em Sabrosa. É ali, numa área de oito hectares, que estão instalados 6,5 hectares de vinhas, em modo de produção biológica, assim como a a adega e o centro de visitas. Aqui, todos os que queiram visitar o douro, vão ficar a conhecer a região vinhateira, assim como a história e os vinhos da lavradores de Feitoria, através de uma visita guiada e provas comentadas. Entre outras experiências disponíveis, os visitantes podem também adquirir os vinhos e alguns livros e acessórios na loja. 

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 55 v in H os & g o U r M e T vinos & g ourmet

serrano Mira lança Herdade das servas vinhas velhas branco e nova colheita do tinto

Oprodutor luís Serrano Mira–proprietário da Herdade das Servas, em Estremoz, e da casa da tapada, em Amares– acaba de estrear um novo vinho, o Herdade das Servas Vinhas Velhas Branco 2020 (na foto), numa aposta clara de preservar e valorizar a autenticidade dos vinhos do Alentejo. Ao mercado chega também a colheita de 2017 do homónimo de tinto, ambos com “entrada direta” para garrafeiras, lojas da especialidade e restaurantes de norte a sul do país e ilhas. Em estreia, o Herdade das Servas Vinhas Velhas branco 2020 é produzido maioritariamente de Arinto e Roupeiro, provenientes de parcelas instaladas em solos vermelhos derivados de calcários pardos ou cristalinos, com manchas de xisto, beneficiando de um clima mediterrânico com elevadas amplitudes térmicas e Verões quentes e secos. A vindima é manual e, à chegada à adega, as uvas são selecionadas e desengaçadas, seguindo-se uma maceração pré-fermentativa. A fermentação ocorre em lagares e cubas de inox, com con-

trolo de temperatura. O vinho fermenta em barricas de carvalho francês e o estágio é, parcialmente, feito em ânforas de barro, durante 12 meses. Após o engarrafamento, repousou em garrafa, na cave da Herdade das Servas. No copo, apresenta-se como um vinho límpido com cor palha e laivos esverdeados. tem uma boa complexidade aromática, evidenciando aromas cítricos, como toranja e flores brancas, acompanhados de uma mineralidade proveniente do estágio em barro. Na boca, mostra-se fresco e untuoso, com um final bastante longo. Prevê-se um potencial de guarda de 20 anos, se conservado em local fresco e escuro com a garrafa deitada. disponível também em garrafas magnum. Quanto ao Herdade das Servas Vinhas Velhas tinto 2017, este conjuga Alicante Bouschet (45%), touriga Nacional (20%), Aragonês (30%) e Petit Verdot (5%). A fer-

mentação ocorre em lagares de mármore e cubas de inox com controlo de temperatura. concluída a fermentação malolática, o vinho estagia em barricas novas de carvalho francês, durante 18 meses; e repousa em garrafa, durante 24 meses. Na cor, é vinho límpido com cor granada e laivos de violeta, apresentando aromas de ameixa, cereja, figo, chocolate, especiarias e notas florais de violeta. É complexo, estruturado, fresco e elegante. Na boca, evidenciam-se notas fumadas, taninos ricos e um final longo, revelando potencial de guarda e envelhecimento. 

Queijos santiago vence concurso “Queijos de portugal 2022”

Os queijos Serramonte, Quinta do Olival e três igrejas da centenária Queijos Santiago, vencem o prémio de “Melhor Queijo” do “concurso Queijos de Portugal”, da ANilAssociação Nacional dos industriais de lacticínios, que decorreu no passado dia 28 de outubro. Assim, o Queijo Serramonte conquista, pelo terceiro ano consecutivo, o primeiro prémio na categoria Melhor Queijo de Ovelha cura Prolongada, o Quinta do Olival vence pela primeira vez o prémio

de Melhor Queijo de c abra cura Normal e, por fim, o três i grejas destaca-se como o Melhor Queijo de Mistura c ura Prolongada, arrebatando o seu 11º prémio AN il como melhor queijo. d e destacar ainda que os queijos Fresco de c abra, Fresco para Barrar de c abra, Requeijão de Vaca, Requeijão de c abra e três i grejas c ura Normal, receberam menções honrosas nesta 13ª edição do concurso “Queijos de Portugal 2022”.

c om leites, saberes e sabores 100% portugueses, a Queijos Santiago conquista, mais uma vez, três primeiros prémios e cinco menções honrosas no principal concurso do setor em Portugal. Posto isto, prova-se que o trabalho diário de várias equipas, desde os produtores de leite aos produtores de queijo, na inovação e qualidade do produto final, são a chave do sucesso, conseguindo-se o equilíbrio perfeito de sabores e texturas. 

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 56 v in H os & g o U r M e T vinos & g ourmet

Tierra de sabor conquista los paladares portugueses

El final de oro de los “Sabores y Paladares ibéricos”, ciclo de ponencias de la Vida ibérica y del Ámbito cultural de El corte inglés Portugal, corrió a cargo de los alimentos de castilla y león. las variedades minoritarias en torno a nuestro río común duero-douro fue motivo de encuentro de casi una centena de asistentes de la comunidad luso española el pasado 15 de diciembre, durante la última sesión del ciclo. Porque el duero no es sólo tempranillo, Alberto Martín, enólogo investigador del itAcyl-instituto tecnológico Agroalimentario de castilla y león, presentó el proyecto de estudio y recuperación de las variedades minoritarias del duero. A pesar de Portugal ser famosa por sus lotes de vinos, tal como en muchas otras regiones del país, en España, regiones de gran prestigio e historia como la Ribera del duero se enfocaron a lo largo de las décadas en muy pocas variedades. En la Ribera, como en otras, la tempranillo (en Portugal conocida como tinta Roriz o Aragonez) parece hacer el gran

pleno de los grandes vinos, a veces aderezada con otras uvas internacionales como la cabernet Sauvignon, Merlot y Syrah. las razones son históricas y remontan al siglo XiX, tienen que ver con la filoxera, que devastó las viñas de Francia, provocando que sus vignerons invirtiesen en España para huir de la plaga. Pero la historia vitivinícola en castilla y león es antigua y algunas variedades estuvieron al borde de la extinción, sin embargo fueron literalmente salvadas por viticultores temerosos, a los cuales se unieron investigadores ambiciosos, apostando por decenas de variedades (cerca de 130) con destaque en algunas de ellas (30, por ahora) para redescubrir su valor enológico. El sello de calidad “ tierra de Sabor” fué presentado por la nueva subdirectora de calidad y Promoción del itAcyl, Matilde díaz, que ha compartido la diver-

Sponsors Oficiais

sidad de su gastronomía en el cóctel final, que contó con ejemplares de vinos genéricos como un Blanco Verdejo de Rueda (Valladolid) así como un Rosado de cigales y un tinto de El Bierzo, armonizados con los mejores productos gourmet de castilla y león.

Posteriormente, en Marvila, en una cena de amigos portugueses y españoles, se cataron los vinos raros de las castas minoritarias de ambos lados de la frontera. cornifesto, Rufete, tinta da Barca, tinta Francisca, Merenzao, y muchas otras brillaron en la mesa para los invitados. 

JANEIRO DE 2023 ACTUALIDAD € 57 v in H os & g o U r M e T vinos & g ourmet
Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola PUB Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Oportunidades de negócio à sua espera

Empresas Portuguesas

BUSCAN REFERENCIA

Empresas de madereros en España

DP220401

Empresas españolas productoras de huevos de codorniz DP220203

Empresas españolas que fabrican contenedores de reciclaje y papeleras DP220204

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Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la cciLe en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La cciLe no se responsabiliza por el contenido de las mismas. as oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na cciLe nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. a cciLe não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

ACTUALIDAD € JANEIRO DE 2023 58 oporTU nid A
des de negócio oportunidades de negocio
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE-Oferta espanhola

janeiro

10 IRS / IRC / Seg. Social

10 IVA

12 IVA

Declaração de rendimentos pagos e de retenções, contribuições sociais e de saúde e quotizações, referentes a dezembro de 2022 (trabalho dependente)

Envio da declaração periódica referente ao mês de novembro de 2022, e anexos, para os contribuintes no regime mensal

Declaração mensal de remunerações

Declaração Periódica

Comunicação dos elementos das faturas referentes a dezembro de 2022 n/a

15 IVA

20 IRS / IRC / Selo

20 Segurança Social

Pagamento do IVA referente ao mês de novembro de 2022 n/a

Pagamento do IRC e IRS retidos e do Imposto do Selo referentes a dezembro de 2022

Declaração de retenções na fonte de IRS/IRC Declaração Mensal de Imposto do Selo (DMIS)

Pagamento das contribuições relativas a dezembro de 2022 n/a

20 IVA Envio de declaração recapitulativa mensal referente a dezembro de 2022

Declaração recapitulativa: Transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas/prestações de serviços

20 IVA Envio da declaração recapitulativa trimestral referente ao 4.º trimestre de 2022

20 IRS / IRC

31 IRS / IRC

31 IVA

Comunicação de rendimentos pagos, de retenções e deduções efetuadas, referentes ao ano de 2022

Declaração de rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes em novembro de 2022

Envio da declaração trimestral referente às obrigações declarativas decorrentes do regime da União do Balcão Único, relativa ao 4.º trimestre de 2022

Declaração recapitulativa: Transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas/prestações de serviços

Modelo não oficial

Modelo 30

• Envio de anexos adicionais, em caso de reembolso.

Comunicação deverá ser efetuada:

• por transmissão eletrónica em tempo real;

• por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, na sua redação atual;

• por inserção direta no Portal das Finanças;

• por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do ministro das Finanças

Documento de pagamento gerado no Portal das Finanças após submissão da Declaração Periódica de IVA

31 IVA

Envio da declaração trimestral referente às obrigações declarativas decorrentes do regime extra-União do Balcão Único, relativa ao 4.º trimestre de 2022

Declaração trimestral

Aplicável a: • sujeitos passivos no regime mensal; e, • sujeitos passivos no regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa tenha no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores, excedido 50.000€

Aplicável a sujeitos passivos no regime trimestral, quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa não exceda 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores

Declaração trimestral

31 IVA

Envio da declaração mensal referente às obrigações declarativas decorrentes do regime de importação do Balcão Único, relativa ao mês de dezembro 2022

Declaração mensal 31 IRC / IVA

Comunicação de inventários de 2022 n/a

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PwC Portugal

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MARKETING E COMUNICAÇÃO

ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS COMERCIAL DIGITAL BE200168 M 13/02/1992 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS ECONOMIA

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Saborear Teruel, outra forma de “pisar território”

Terra de agricultura e pecuária, a província espanhola de Teruel (Aragão)organizou a prova online“Pisando território” com produtos que são “embaixadores da gastronomia da região”: vinho, azeite, queijo, trufas, açafrão, pêssegos de Calanda, presunto e cordeiro. Mais de 600 pessoas provaram estas iguarias em Portugal, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Chéquia, e Eslováquia, acompanhando online a prova orientada em Teruel.

Aprovíncia de teruel é a menos povoada de Espanha, mas nos últimos anos tem atraído população jovem interessada em recuperar produtos típicos da região. deste território, inserido na comunidade autónoma de Aragão, saem iguarias raras e muito apreciadas como o açafrão, considerado o ouro das especiarias, e as trufas, o “diamante negro de teruel”, como lhe chamou a chefe Michelin Maria José Meda, que as usou numa receita transmitida, na prova online de oito produtos chave produzidos em teruel, organizada pela administração da província, em conjunto com a câmara de comércio de teruel. Através da rede de promoção ativada por estas instituições

e seus respetivos parceiros (como a câmara de comércio e indústria luso-Espanhola, em Portugal), mais de 600 pessoas oriundas de Portugal, itália, França, inglaterra, Alemanha, dinamarca, luxemburgo, Bélgica, Holanda, chéquia e Espanha receberam por correio uma caixa com presunto, vinho, azeite, queijo, açafrão, trufa e um pedaço de cordeiro cozinhado. No dia 28 de novembro, os provadores, através de videoconferência, acompanharam a prova “Pisando território”, orquestrada por Raquel Herrero, da empresa de eventos gastronómicos conexión imaginativa, e pelo sommelier Raúl igual, em Puebla de Valverde. “Aqui tocamos as estrelas”, começou por referir Raúl igual, aludindo ao facto de esta aldeia integrar

a rede de miradouros de estrelas de Gúdar Javalambre.

teruel possui outras estrelas, que devem ser apreciadas com “os cinco sentidos”, sublinhava Raquel Herrero, referindo-se aos “oito produtos de qualidade” em destaque nesta prova, com o objetivo de “educar” e permitir aos participantes “ver, cheirar e saborear teruel”.

Raúl igual desafiou os participantes a provarem o vinho de Baixo Aragão, uma zona indicação Geográfica Protegida (iGP): “comecemos por arejar o vinho, rodando ligeiramente o copo, meter lá o nariz, sentir que cheira bem. É frutado, sinto os frutos vermelhos bem maduros, recorda-me um Mon cherry!”

O sommelier comenta que este é “um vinho genérico, mas representativo, nem demasiado pesado, nem compli-

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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cado, mas com alguma complexidade”. Argumentando que “provamos com a memória, com o cérebro e que buscamos memórias”, diz que devemos “mover o vinho por toda a boca, engolir e deixar a língua quieta, para que não limpe os sabores da boca e o cérebro possa entender melhor o vinho”.

A seguir, o mestre cortador de presunto de teruel, isidro Escriche, explica que o autêntico presunto de teruel “tem que ter a estrela marcada que atesta o mínimo de 60 semanas de cura em clima frio e a 800 metros de altitude”. Raúl igual observa que a carne perto da pata pode ser provada com um vinho mais suave e a da coxa pede outro mais estruturado. “A carne mais saborosa é a que fica por baixo, enquanto o presunto seca, porque vai absorvendo a gordura que escorre e essa carne já aguenta um vinho mais ácido”, indica.

Para acompanhar o presunto, nada como umas tostas com azeite (Baixo Aragão), como o que receberam os provadores. Raúl igual ressalva que a prova de azeite também pode acontecer ao natural, num copo: “devemos aquecê-lo com uma mão e tapá-lo com a outra. Este azeite de azeitonas pretas (raras em Espanha), tem acidez média e sabor algo frutado, sabor a tomate e frutos secos no final, suave e não tão picante como outros.”Antes de passar a outra prova, deve-se limpar o palato com um pouco de maça, por exemplo.

O próximo produto, a trufa negra, é uma marca de teruel. A província é responsável por cerca de 60% da produção de trufa negra do mundo e vai já na quinta geração de truficultores. Num filme, mostra-se que a trufa é extraída da terra com a ajuda de cães trufeiros, que “não trabalham mais do que duas horas por dia, para não se cansarem”, explica Raúl igual, enquanto prova uma tosta com lascas de trufa regadas com azeite.

Os participantes na prova receberam uma trufa em conserva, no seu próprio suco. A temporada da apanha de trufa negra de teruel acontece entre 15 de novembro a 15 de março. Quando o interior da trufa não é completamente negro significa que não está ainda madura. Raúl igual frisa que “quanto mais conhe-

cemos um produto e o entendemos, mais se desfruta”, pelo que importa saber “com que casamos a trufa?” O especialista responde que a trufa liga bem com gorduras e produtos lácteos: “Emulsionar com um pouco de azeite, juntá-la a gema de ovo, natas, a uma carbonara, por exemplo”. carbonara foi precisamente a proposta de Maria José Meda, chefe do restaurante galardoado com uma Estrela Michelin tramacastilla (Hospedaria El Batán). A chefe confecionou uma carbonara com presunto e trufas de teruel, “o nosso diamante negro”.

Já preparado estava o emblemático ternasco (a carne rosa de Aragão) no forno, que todos os participantes só tiverem que aquecer. Esta carne tenra expressa “a importância dos ganadeiros, que criam a raça aragonesa de ovelhas, que dão o leite com que se produz queijo e geram cordeiros que são mortos entre os 30 a 60 dias de vida”, para posterior confeção desta iguaria de teruel, refere o sommelier, acrescentando que se popularizou também a sandes de borrego, à qual chamam el paquito, um bocadilho de ternasco de Aragão.

O chefe Nacho liso, do restaurante Método de teruel, exemplificou como cozinhar esta carne, caramelizada no seu próprio suco, com azeite e açafrão. A carne vai ao forno a baixa temperatura quase só com sal e o seu próprio sumo.

Raúl igual comenta que o vinho, também acompanha bem esta carne: “Entretanto, evoluiu, porque se oxigenou e modificou os seus aromas, sobressaindo agora os tenazes, relacionados com as especiarias, a madeira, os tostados, o café”.

O queijo é o “senhor” que se segue. Para o introduzir, Raquel Herrero lembra que “teruel é a cidade do amor, onde até o queijo tem forma de coração”, referindo-se ao quarto de queijo que, inteiro, é feito num molde que parece uma flor. Raúl igual conta que este queijo com denominação de origem de teruel “é feito com leite de ovelha em cru (não pasteurizado), que se nota pela sua cor um pouco mais amarelada” e que “os buracos resultam da fermentação láctea, maiores ou mais pequenos, dependendo do número de

bactérias lácteas”. A maturação produz uma casca natural, comestível, como se nota, porque não se liberta facilmente do queijo. “A tradição de queijo em teruel é enorme, somos dos principais produtores, somos agricultores e ganadeiros com orgulho”, sustenta o sommelier. Entre as sobremesas, a estrela só poderia ser o pêssego de calanda, um produto sazonal também de denominação de origem protegida. trata-se de “um pêssego tardio, que demora mais a amadurecer, atingindo em outubro o seu auge”, realça Raúl igual, acrescentando que “resulta num produto muito doce”. Para atingir esta qualidade, “retira-se 70% do que está na árvore em maio, para que ela se concentre no sabor dos restantes 30%”. A prova terminou com um cocktail para honrar o açafrão produzido na região. Se pensamos em açafrão, pensamos obrigatoriamente em paelha, mas o sommelier quis mostrar outro dos milhares de usos possíveis desta especiaria tão valorizada, já que para produzir um grama de açafrão são necessárias mais de duzentas flores como as que se cultivam na província de teruel.

Alguns destes fios de açafrão devem ser macerados em gin, “porque o álcool ajuda a extrair o sabor e a cor”, sugere Raúl igual, antes de juntar sumo de maça, xarope de maça, Maraschino e muito gelo. durante a prova foram exibidos vários filmes sobre os produtos em destaque. O último filme (Sienteteruel.es) deixou o convite para visitar teruel, também reforçado por Alberto izquierdo, vice-presidente da província: “de certeza que quem assistiu a esta prova vem a teruel. Venham ao lugar mais bonito do mundo, sentir e saborear teruel. Não podemos fazer estes produtos em muita quantidade e não queremos vulgarizá-los, as nossas coisas são boas e requintadas.”

O presidente da câmara de comércio de teruel, António Santa isabel, informou que a marca “Escolhe teruel” integra mais de 400 empresas. Antonio Pérez, deputado delegado da Agricultura e Pecuária, frisou que “o saber fazer e a qualidade desta província e dos produtos” que são a “bandeira e o testemunho do trabalho” dos seus habitantes. 

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Agenda cultural

Livros

“Líbano, Labirinto”, de Alexandra Lucas Coelho, vence prémio Oceanos “O povo do Líbano foi abandonado pelo pacto do Líbano, quando já não faltavam provas de que esse pacto é mortífero. E dentro do labirinto o país pressente a explosão geral. Ela está a acontecer já. Eis o que me chega a cada dia dos amigos, foi chegando ao longo dos meses em que este livro se estendeu, como uma conversa que não queremos terminar. Passámos juntos a quarentena, mortos e vivos, esses romanos, esses otomanos, esses palestinianos, esses sírios, a voz de Fairuz, o sorriso de Ali, o pão, o manjericão, o pequeno-almoço em Baalbek, a neve que até hoje Caroline me envia das montanhas, onde imagino que mais abaixo os ciclâmens estejam floridos, com as suas pétalas de pássaro, a sua cintura carmim. E junto ao mar aquela cidade chamada Beirute.”, escreve Alexandra Lucas Coelho, na obra “Líbano, Labirinto”, que acaba de vencer o prémio Oceanos, considerado um dos prémios literários mais importantes entre os países de língua portuguesa. Trata-se de “um livro poderoso sobre os afetos e a guerra, a angústia e a esperança”, combinando “géneros de tradição: a crónica, a grande reportagem, a narrativa de guerra, o testemunho e a memória”, como observou um dos membros do júri final, Joselia Aguiar, jornalista e curadora literária.

Alexandra Lucas Coelho tem 14 livros publicados. Trabalhou 30 anos como repórter, cronista e editora, na rádio e na imprensa. Recebeu vários prémios de jornalismo e de literatura.

Ao Prémio Oceanos 2022, no valor de 45 mil euros, concorreram 2452 obras publicadas em sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

Exposições

Rui Chafes em Serralves

“Uma exploração do negativo, do vazio e do silêncio”, com o título “Chegar sem partir” é a proposta de Rui Chafes (Lisboa, 1966) e do Museu de Serralves, que convidou o artista a desenvolver “uma grande exposição que se estende do interior do edifício aos jardins exteriores do museu, que servem como inspiração e cenário para uma reflexão sobre a diversidade da sua prática escultórica”. A mostra tem curadoria de Philippe Vergne e Inês Grosso e foi “planeada em estreito diálogo com o artista”, cobrindo mais de três décadas de atividade e “convida-nos a revisitar momentos marcantes do percurso de um dos mais relevantes escultores da atualidade”.

Na nota sobre a mostra, Serralves sublinha que “as exposições realizadas recentemente em torno da obra de vários artistas essenciais do panorama da arte em Portugal têm possibilitado uma visão atual e crítica da criação artística do nosso país”.

Até 5 de março, poderemos conhecer melhor a produção artística de Rui Chafes: “Com uma obra teórica conceptualmente ancorada nas premissas fundamentais do gótico tardio e do romantismo alemão, enriquecida pelas heranças universais de Marcel Duchamp (1887–1968), dos pós-minimalistas americanos e de artistas incontornáveis como Joseph Beuys (1921–1986), Chafes é um autor que se define por uma consistência e rigor incomuns na criação de famílias de objetos enigmáticos e misteriosos, sombras ou negativos de um mundo que encarcera e aprisiona o vazio, o silêncio absoluto: casulos, ninhos, insetos, couraças, máscaras ou peças de vestuário representam simultaneamente uma memória e uma pele que protegem e anunciam um corpo ausente.” A exposição é acompanhada por uma publicação composta por dois volumes, o primeiro dos quais, para além dos textos dos curadores da exposição, conta com o contributo de uma série de autores que têm acompanhado a obra do artista ao longo das últimas décadas: Armin Zweite, Doris von Drathen, Maria Filomena Molder, Nuno Crespo e Ulrich Loock. O livro inclui ainda um ensaio fotográfico inédito que nos mostra, através do olhar do designer Pedro Falcão, imagens do atelier e do processo de trabalho do artista.

Até 5 de março, no Museu de Serralves, no Porto

Faraós Superstars na Gulbenkian

Há nomes que atravessaram séculos e que ainda hoje são reconhecidos como faraós do Antigo Egito: Khufu, Nefertiti, Tutankhamon, Ramsés e Cleópatra são hoje celebridades, no entanto “quem se lembra de Teti, de Senuseret ou de Nectanebo?” A constatação e a pergunta são o mote para a exposição “Faraós

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Superstars”, em exibição na Fundação Calouste Gulbenkian. Trata-se de “uma exposição concebida em torno da figura do faraó e do lugar que o Antigo Egito ocupa no nosso imaginário, em 5000 anos de História, da Antiguidade aos dias de hoje”. A mostra “pretende refletir sobre a popularidade destas personagens históricas e por vezes míticas que são os faraós” e procura “ilustrar a natureza e as vias da celebridade, fazendo notar o seu lado efémero, mutável, nem sempre associado ao reconhecimento histórico”. Na exposição estão 250 peças, “das antiguidades egípcias à música pop, passando pelas iluminuras medievais e a pintura clássica”. Entre peças arqueológicas, documentos e obras históricas ou objetos contemporâneos, a mostra reúne peças provenientes de importantes coleções europeias, entre as quais do Museu Britânico, Museu do Louvre, do Museo Egizio (Turim), do Ashmolean Museum (Oxford), do Musée d’Orsay (Paris), do Mucem – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (Marselha) ou da Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa). A exposição “constitui ainda uma oportunidade para refletir sobre o núcleo de arte egípcia do Museu Gulbenkian e sobre a relação que o colecionador estabeleceu com o egiptólogo Howard Carter, conselheiro para a maioria das

suas aquisições, no contexto das comemorações do centenário da descoberta do túmulo de Tutankhamon por Howard Carter e do bicentenário da decifração dos hieróglifos pelo egiptólogo Jean-François Champollion”. Até 6 de março na Galeria Principal da Fundação Gulbenkian

Música

Concerto de ano novo no Seixal

W. A. Mozart, F. Mendelssohn, L. v. Beethoven, F. Schubert, J. Haydn, J. Brahms e J. Strauss integram o programa que a Sinfonietta de Lisboa vai levar ao Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal no concerto de Ano Novo, sob a direção de r Vasco Pearce de Azevedo. Fundada em 1995, a Sinfonietta de Lisboa tem como base 29 instrumentistas de corda, podendo integrar sopros ou outros instrumentos de acordo com as exigências dos programas a executar. Membro da Associação Musical Ricercare, a Sinfonietta procura divulgar a música do século XX, em particular de compositores portugueses contemporâneos.

Dia 8 de janeiro no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal

O Museu de Arte Contemporânea da Madeira (Mudas) expõe 300 obras de Lourdes de Castro. “Como uma ilha sobre o mar: Lourdes de Castro” é uma homenagem póstuma a esta artista madeirense com projeção internacional, falecida há um ano.

Na obra de Lourdes de Castro é de destacar o conceito de sombra, recortada, projetada, desenhada, bordada, abordada pela artista de diversas formas, como se poderá constatar nesta exposição com a curadoria de Márcia Sousa. Natural do Funchal, Maria de Lourdes Bettencourt de Castro estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, de onde foi expulsa, em 1956, por não concordar com o cânone académico vigente. Viveu em Munique e depois em Paris com o marido, também artista, René Bertholo. Fundou, juntamente com René Bertholo, Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada, Gonçalo Duarte, Jan Voss e Christo, o grupo KWY. Em 1960, o grupo produz uma exposição considerada marcante no panorama artístico português.

Lourdes de Castro protagonizou duas grandes exposições individuais: “O Grande Herbário de Sombras”, na Fundação Calouste Gulbenkian,

em Lisboa, em 2002, e “Sombras à volta de um Centro”, na Fundação de Serralves, no Porto, no ano seguinte.

A pintora morreu a 8 de janeiro de 2022, aos 91 anos, no Funchal.

Até 30 de junho, no Mudas, na Fortaleza de São Tiago no Funchal

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Exposição homenageia Lourdes de Castro no Funchal Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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Statements

Para P ensar

“Antecipamos subir [as taxas de juro] significativamente mais, porque a inflação mantém-se demasiado elevada, e é esperado que se mantenha acima da nossa meta [de 2%] por demasiado tempo (...) Um ritmo estável significa que fizémos alguns progressos nos últimos meses, mas ainda temos mais para fazer. Estamos aqui no longo prazo”

Christine Lagarde, presidente do BCE, assinalando que estas subidas, este ano, serão feitas a um “ritmo estável”, e dando indicação que 50 pontos-base em cada uma será um nível apropriado, ”Negócios.pt”, 15/12/2022

“É essencial que as empresas mudem de atitude em relação à migração se querem ganhar uma vantagem competitiva (...) O que é hoje um custo de oportunidade de mais de um mil milhão de dólares pode tornar-se numa oportunidade de 20 mil milhões de dólares até 2050. Há certamente um business case em relação à migração, mas permitir que esta seja segura e legal é também uma questão de justiça global”

Johann Harnoss, partner&associatedirector de Inovação da Boston Consulting Group (BCG), acerca do relatório da BCG (em colaboração com a Organização Internacional para as Migrações) sobre o impacto da migração global, calculando que deverá atingir 19 mil milhões de dólares (17.915 milhões de euros) por ano até 2050, “Eco.pt”, 19/12/2022

“O Conselho Europeu congratula-se com os progressos alcançados e convida o Conselho a concluir os seus trabalhos sobre (...) um regulamento que estabelece um mecanismo de correção do mercado para proteger os cidadãos e a economia contra preços excessivamente elevados [do gás natural]” Conclusões da cimeira do Conselho Europeu, com os ministros da Energia da UE, para tentar chegar a um compromisso sobre o mecanismo de correção do mercado do gás, tendo para tal de acordar um “teto” para o preço das importações, “DinheiroVivo.pt”, 19/12/2022

“A utilização de tecnologias limpas e de práticas mais sustentáveis significará que a implementação deste modelo terá um impacto transversal numa grande parte dos ODS. Parece-me irreversível que as empresas que não sigam a rota da sustentabilidade venham a atrair menos talento e clientes, percam quota de mercado e, eventualmente, venham a ser superadas por outras, alinhadas com a agenda da década”

João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts, relatório sobre “cinco alavancas para as empresas começarem a preparar a Agenda 2030”

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