Actualidade Economia Ibérica - nº 302

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ActuA lidAd Economia ibérica agosto 2022 ( mensal ) | N.º 302 | 2,5 € (c ont .) Isabel deComunidadeportuguêsoincentivaAyusoinvestimentonaAutónomaMadridpág.52pág.deenaempenhadosCTTinovaçãodiversificaçãonegócios14 El turismoaceleraespañol con la apuesta por un modelo más sostenible y tecnológico pág. 32

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 3 índ IC eÍndice E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Gestão e Estratégia 24. Marketing 28. Fazer Bem 40. Setor Imobiliário 42. Ciência e Tecnologia 46. Vinhos & Gourmet 52. Eventos 56. Intercâmbio Comercial 58. Oportunidades de Negócio 60. Calendário Fiscal 61. Bolsa de Trabalho 62. Espaço de Lazer 66. Statements Grande Tema 32. El sostenibleunconsuespañolturismoacelerarecuperaciónlaapuestapormodelomásytecnológico Editorial 04. Hacia un cambio de modelo de turismo Opinião 06. Portugal 2030 – O que esperar? - Eduardo Silva Gestão e Estratégia 16. Horta Osório aconselha cautela às empresas na gestão do endividamento 18. A estratégia da JJ Teixeira para ser a maior carpintaria da Península Ibérica 22. Portugal e Espanha pretendem tornar-se referências na área da mobilidade sustentável 23. Assembleia da Fedecom debateu temas regulatórios e financeiros e contou com receção do Rei de Espanha ActuAlidAd Economia ibérica Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, clementina Fonseca e susana Marques Copy Desk Julia Nieto e sara gonçalves Fotografia sandra Marina guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas sara gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte sandra Marina guerreiro Paginação sandra Marina guerreiro Colaboraram neste número Eduardo silva Contactos da Redação av. Marquês de tomar, 2 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What colour is this? Rua Roy campbell, Lote 5 – 4ºB 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VasP – DIstRIBUIDoRa DE PUBLIcaÇÕEs sede: Media Logistics Park, Quinta do grajal –Venda seca 2739-511 agualva-cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares Propriedade e Editor cÂMaRa DE coMÉRcIo E INDÚstRIa LUso-EsPaNHoLa - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 av. Marquês de tomar, 2 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Miguel seco, Luís castro e almeida, Ruth Breitenfeld, Enrique Hidalgo, Berta Dias da cunha, carla Rebelo, Pablo Forero e Maria celeste Hagatong Foto NºDR302 - agosto de 2022 Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola

Email: brodrigo@ccile.org

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 20224 ed IT or IA l editorial E spaña tiene por delante una gran oportunidad para modificar y mejorar su modelo de turismo. Siempre le han acompañado los números, especialmente el de turis tas y del gasto que generan, pero es precisamente ese crecimiento el que puede volverse en su contra. d e ahí la necesidad en apostar en un modelo más sostenible en el tiempo. tal y como subraya el Gobierno español, el país es líder mundial en turismo, y no sólo debe mantener y ejercer esta posición de liderazgo en un entorno global sometido a profundos cambios, sino que, ade más, debe hacerlo de manera que contribuya positiva y efectivamente a los grandes objetivos del país. Es precisamente cuando los resultados del turismo son positivos, cuando es posible plantear la evolución del actual modelo turístico hacia un modelo más rentable, más sosteni ble y plenamente capacitado para mantener su filo competitivo en un futuro próximo que exige una adaptación permanente. El sector tiene sus debilidades, como se puede desprender de las directrices generales de la Estrategia de turismo Sostenible España 2030. Entre ellas está la depen dencia del producto sol y playa; la gran dependencia de determinados mercados (Reino unido, Francia, y Alemania que suponen más del 50% de los visitantes internacio nales); la saturación del espacio ciudadano de algunos destinos urbanos; la obsolescencia de algu nos destinos vacacionales pioneros que afecta a su competitividad; el desaprovechamiento del potencial turístico del medio rural; la brecha digital; las nuevas plataformas, que han pulverizado los modelos turís ticos de las ciudades y destinos y la progresiva precarización de las condiciones laborales en el sector. El documento habla también de amenazas ya que a lo retos internos que afronta el sector turístico hay que sumar otros factores exógenos que pueden limitar el desarrollo futuro de la actividad turística. Entre ellos, el Brexit; la recupera ción turística de los destinos com petidores del Mediterráneo; la pre visible presión de la demanda sobre infraestructuras, recursos naturales y destinos; la competencia en la asignación de recursos; el cambio climático; la despoblación progresi va del medio rural, y la formación y capacitación de las personas que han de atender el sector turístico.

Pero más allá de amenazas y debi lidades hay igualmente fortalezas y oportunidades. España cuenta con buenos recursos turísticos, natu rales y de patrimonio histórico y cultural y es líder en el número de playas con bandera azul, segundo país del mundo en patrimonio his tórico cultural declarado protegido por la u NES c O (Patrimonio de la humanidad). En el turismo sol y playa, goza de un magnífico posicionamiento en sus mercados naturales de Europa siendo líder mundial en turismo vacacional. tiene igualmente una excelente cli matología, proximidad geográfica y elevada conectividad con los principales mercados emisores y con un estilo de vida muy apropiado para la experiencia turística. t iene altos niveles de calidad y servicio de la oferta turística, infraestructuras críticas como aeropuertos, carre teras, trenes y puertos adaptadas al uso turístico reconocidas por su calidad y altos niveles de seguridad en todo el territorio y servicios públicos de calidad. Existen oportunidades por delan te, como un esperado aumento de la demanda internacional y nacio nal, la mejora de la conectividad y la aparición de nuevos segmentos de demanda altamente experiencia les y el desarrollo de una potente oferta turística en ciudades y en el medio rural, con altos niveles de calidad. 

Hacia un cambio de modelo de turismo

Portugal 2030: o que esperar?

6 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 op I n I ão opinión por eduardo Silva* F oi finalmente submeti da à c omissão Europeia, no início de junho, a versão final do Acordo de Parceria Portugal 2030, bem como as primeiras versões formais dos Programas Operacionais. Segue-se agora o respetivo processo de negocia ção com a c omissão Europeia, que deverá culminar na aprova ção dos mesmos e na sua plena operacionalização.Agoraqueoseu lançamento oficial está cada vez mais pró ximo, o que podem as empresas esperar deste novo ProgramaQuadro?Analisando a informação dis ponibilizada até agora, perce be-se que o domínio temáti co de maior relevo para as empresas, inovação e transição digital, visa, sobretudo, apoiar a digitalização, a inovação, a investigação e desenvolvimen to ( i & d ) e a internacionaliza ção das empresas, com bastante enfoque em temas como tran sição digital, descarbonização, eficiência energética, economia circular e sustentabilidade. Aliás, no âmbito da inova ção está prevista a implemen tação de projetos-piloto e abor dagens territoriais inovadoras em domínios financiados pelos fundos europeus, demonstran do resultados de eficiência e eficácia nas políticas públicas. Ou seja, quer pela informação até agora partilhada, quer pelo que tem sido o discurso dos membros do Governo, é previsí vel que os principais sistemas de i ncentivos orientados ao setor empresarial se mantenham iguais ou muito semelhantes na sua forma: i novação Produtiva, i & d , i nternacionalização e Qualificação. No entanto, se é expectável que a forma não sofra grandes alterações, as empresas podem contar com concursos cada vez mais exigentes, no que às políticas setoriais dizem respeito, onde temas como indústria 4.0 e transição digi tal, sustentabilidade ambiental e economia circular, descarbo nização e transição energética serão cada vez mais o foco, de forma a garantir uma efetiva transição do tecido empresarial nacional para um novo paradig ma de atuação. d esta forma, é previsível a concentração do apoio dos fundos europeus num número limitado de domínios estratégi cos e tipologias de intervenção, de forma a maximizar o seu impacto nas dimensões econó mica, social, ambiental e terri torial, evitando a pulverização dos apoios e estimulando uma mobilização mais eficiente de recursos.SenoPortugal 2020 o alinha mento com as políticas setoriais, em alguns casos, já era relevan te, espera-se que, no Portugal 2030, o alinhamento com essas políticas e com os objetivos estratégicos definidos conjuntamente com a u nião Europeia, assumam ainda mais importân cia podendo, em alguns casos, converterem-se até em critérios elegibilidade e, em quase todos, impactarem de forma significa tiva a pontuação de mérito do projeto, bem como o valor de incentivo possível. d este modo, é importante que as empresas, ao avançarem com as candidaturas para os seus projetos de investimento, garantam que o seu plano de investimentos e os objetivos e metas a alcançar estejam devi damente enquadrados e alinha dos com estas temáticas. Mas, sobretudo e talvez mais impor tante, porque estes temas (tran sição digital, descarbonização e/ou eficiência energética) são hoje críticos, sendo, por isso,

*Diretor técnico da Yunit Consulting E-mail eduardo.silva@yunit.pt PUB

op I n I ãoopinión fundamental que as empresas os coloquem como tema central da sua agenda, de forma a garan tirem a sua competitividade no mercado global e a capacidade em fazer frente aos desafios que o futuro a curto e médio prazo lhesNumacoloca.perspetiva mais ope racional, é expectável que ao nível burocrático se assista a uma simplificação do processo e respetivos procedimentos de candidatura, nomeadamente nas condições de acesso, formulários e, não menos importante, no processo de execução dos pro jetos (contratualização, pedidos de pagamento, interação com entidadesProcessualmente,gestoras).espera-se que o Portugal 2030 não só reduza custos associados à gestão e prazos, refletida numa redu ção nos níveis de programação, como também permita reduzir a cadeia de intermediação pro cessual, eliminar etapas que não acrescentam valor, permitindo a opção por custos simplifica dos e, não menos importante, reduzindo e simplificando as interações dos promotores com o Porsistema.último, o Portugal 2030 promete uma aplicação de fun dos europeus centrada nos resul tados a atingir, com base na contratualização dos mesmos, aprofundando os mecanismos de apropriação e responsabili zação dos beneficiários, através da consolidação das práticas visando condicionar incentivos à efetiva obtenção de resultados. Esta “promessa”, realça ainda mais a importância, independen temente do sistema de incentivos a que pretendam concorrer, de as empresas estruturarem de forma rigorosa os seus projetos em todas as dimensões, efetuarem um planeamento detalhado do mesmo, conseguindo demons trar a capacidade da empresa em executar o projeto, a sua coerência e razoabilidade, bem como a pertinência do mesmo face à dimensão, situação atual e estratégia da empresa. c oncluindo, é fundamental que as empresas preparem com antecipação as suas candida turas de forma a maximiza rem os potenciais apoios de que podem vir a usufruir para alavancar os seus projetos de investimento. 

Iberdrola inaugura no Tâmega o maior projeto de criação de energia “limpa” de portugal

Bankinter lança Campanha de Verão de crédito à habitação com redução do spread para 0,9%

Com um investimento de mais de 1.500 milhões de euros, a Iberdrola acaba de inaugurar a gigabateria do Tâmega, que terá capacidade para produzir 1.158 MW e armazenar a energia consumida por 11 milhões de pessoas por dia nas suas casas. Foi no passado dia 18 de julho que o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, inauguraram a gigabateria do Tâmega, um grande projeto de pro dução hidroelétrica, cuja construção decorreu ao longo de quase oito anos e envolveu um investimento de mais de 1.500 milhões de euros. O evento contou também com a pre sença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, com o secretário de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba, entre outras personalida Comdes. uma capacida de de 1.158 MW, o sistema de eletroprodutor do Tâmega é capaz de arma zenar 40 milhões de kWh, equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas nas suas casas, tornando-se um dos maiores sistemas de armazenamento de energia da Europa. O complexo é composto por três cen trais - Alto Tâmega, Daivões e Gouvães - e, graças à sua capacidade de bom bagem, pode armazenar energia para ser utilizada quando for mais necessá ria; um ciclo de eficiência energética e de verdadeira economia circular que aumentará a potência elétrica total ins talada em Portugal e evitará a emissão de 1,2 milhões de toneladas de CO2 por ano - sem quantificar outros tantos milhões, graças à energia renovável que poderá ser integrada no sistemafavorecendo a luta contra as alterações Alémclimáticas.disso, a construção do complexo nesta área do norte de Portugal contou com um ambicioso plano de ações sociais, culturais e ambientais, que beneficiam sete municípios, ao qual se destinaram mais de 50 milhões de euros. Conforme assinalou Ignacio Galán, o desenvolvimento deste grande comple xo foi possível graças ao ambiente de estabilidade jurídica e ao bom diálogo mantido com o Governo português nos últimos anos. Uma infraestrutura que pretende ir ao encontro das duas gran des metas da política energética da Europa– a independência energética e a descarbonização.Duranteasua intervenção, Ignacio Galán anunciou ainda que a empresa deverá duplicar este investimento nos próximos anos, planeando investir três mil milhões de euros em novos parques eólicos e centrais solares já em desen volvimento ou construção.

O Bankinter acaba de lançar uma Campanha de Verão de crédito à habita ção, com uma redução do spread para 0,9% para operações iniciadas entre 1 de julho a 16 de setembro de 2022. O acesso ao spread bonificado de 0,9% é único para todas as propostas de crédito habitação para clientes residen tes, independentemente do montante ou rácio de financiamento/ garantia, podendo ser conjugado com a Euribor nos prazos de três, seis ou 12 meses, para maior flexibilidade na escolha da taxa variável pelo cliente. No caso da opção pela taxa fixa num período inicial do empréstimo, esta campanha confere igualmente benefí cio no período de taxa variável que lhe sucede, informa o banco. Esta campanha é igualmente válida para as operações provenientes de outras instituições de crédito, situação na qual o Bankinter reembolsa a tota lidade dos respetivos custos de trans ferência, pressupondo taxa variável na instituição de origem, adianta a institui ção Vítorfinanceira.Pereira,diretor de Produtos, CRM, Marketing e Canais Digitais e membro da Comissão Executiva do Bankinter, destaca que, com esta nova campanha o banco reforça “o compromisso de apoiar as famílias”, apresentando “condições ainda mais vantajosas, para que as famílias possam dispor de uma oferta competitiva para concretizarem o seu projeto de compra de casa ou de transferência do crédito habitação em curso”, comenta. O acesso às vantagens da Campanha de Verão pressupõe a domiciliação de salário por parte dos clientes, assim como a contratação de Seguro Vida e Seguro Multirriscos Habitação (MRH) junto do banco.

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 20228 A pon TAM en T o S de e C ono MIA apuntes de economÍa

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 9

Entre as principais características/ con dições da nova linha, podem desta car-se: os beneficiários são as PME (incluindo ENI no âmbito da sua ati vidade profissional), com certificação PME; a modalidade/crédito: emprésti mos a prazo fixo; as operações elegíveis são os investimentos ESG ou outros Investimentos, mais fundo de maneio; enquadramento das operações: as PME, têm de optar por uma ou duas opções quanto à finalidade do financiamento (Opção de investimento ESG, incluindo até 25% do financiamento para despesas de fundo de maneio; Opção de outras finalidades – a operação é ele gível desde que a PME se comprometa com a subscrição de pelo menos um indicador (KPI) ESG definidos); montan tes do apoio financeiro: mínimo de 25 mil euros e máximo de 10 milhões de euros, por operação.

“A entrada no novo negócio reflete o posicionamento multienergético, a capa cidade de diversificação dos negócios e de presença em toda a cadeia de valor energética. Com cerca de 1,5 milhões de clientes de eletricidade e gás em Espanha, a empresa pretende ser um ator relevante neste novo negócio e atin gir dois milhões de clientes de eletricida de, gás natural e mobilidade elétrica, na Península Ibérica, até 2025”, adianta a mesma fonte. “Nos últimos anos, a Repsol tem sido um dos maiores investidores em Portugal, o que lhe permitiu consolidar a sua posição num país onde emprega, diretamente, 1.300 pessoas, tem 150 mil clientes diários e uma quota de mercado que, em alguns negócios, ultrapassa os 20%”. Os clientes que contratem eletricidade e gás natural poderão, ainda, usufruir de vantagens multienergia: obter descontos imediatos nos abastecimentos nas mais de 500 estações de serviço Repsol e reembolsos em fatura, mediante asso ciação do cartão virtual de Eletricidade e Gás à app Repsol Move. A empresa propõe ainda aos seus clien tes a integração deste fornecimento com “serviços de assistência técnica, dese nhados para solucionar os imprevistos mais frequentes do quotidiano”.

BpI lança linha de crédito para apoio à transição sustentável comercializa eletricidade e gás natural em portugal

repsol

Breves BBVA Portugal participa na Conferência dos Oceanos O country manager do BBVA Portugal, Luis Castro e Almeida, foi uma das personalidades que participou na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, celebrada entre 27 de junho e 1 de julho, em Lisboa, tendo desta cado o papel essencial da banca privada na conservação da biodiversidade e dos oceanos. O responsável frisou que, neste âmbito, os bancos privados devem focar-se em aspetos como “a integração do impacto e a depen dência dos clientes em setores-chave como o transporte marítimo, a pesca ou as energias renováveis offshore, na gestão do risco”, ou ainda a promoção de “soluções fi nanceiras para estes setores e atividades -chave, através de títulos verdes”, entre outros aspetos. A segunda Conferência dos Oceanos da ONU adotou, no último dia, uma declaração política sobre defesa dos oceanos, no plenário de encerramento da reunião inter nacional, presidido pelo Presidente da República, Marce lo Rebelo de Sousa. O texto, intitulado “O nosso oceano, o nosso futuro, a nossa responsabilidade” e que ficará conhecido como “Declaração de Lisboa”, culminou a conferência que durante cinco dias reuniu representan tes de mais de uma centena de países, incluindo chefes de Estado e de Governo. Mercado português de gestão de ativos cresceu 14% em 2021, substancialmente acima da média dos últimos 10 anos De acordo com o estudo da Boston Consulting Group (BCG) “Global Asset Management 2022: From Tailwinds to Turbulence”, a indústria de gestão de ativos continuou uma trajetória de crescimento sem precedentes em 2021, com os ativos a crescerem 12%, para 112 biliões de dólares (109.800 milhões de euros), globalmente. A taxa de aumento de ativos sob gestão atingiu também níveis recordes, com um aumento de 4,4% face a 2020.

O mercado português, por seu turno, superou o cresci mento global com um aumento de 14% em 2021, acima dos 2% de média nos últimos 10 anos. No panorama nacional, os institucionais continuam a ser o maior grupo de clientes, representado 70% dos ativos sob gestão em Portugal. As seguradoras e fundos de pensões são os maiores clientes institucionais, seguidos pelos bancos. Indústria do vidro reúne-se em Madrid Há pouco mais de um ano, as Nações Unidas aprovaram oficialmente 2022 como o Ano Internacional do Vidro. A celebração foi apoiada por 1.140 entidades, desde sociedades científicas e artísticas, fabricantes e fornecedores de vidro, universidades, centros de investigação e museus, de 90 países do mundo, incluindo Portugal. Agora, “O grupo CaixaBank e o BPI estão muito empenhados no financiamento sustentável, apoiando, através da sua atividade, iniciativas e projetos amigos do ambien te que contribuem para prevenir, mitigar e responder às alterações climáticas e à transição para uma economia com baixo teor de carbono”, refere o BPI em comunicado. Nesse sentido, o BPI lança a Linha BPI ESG Empresas, uma linha de crédito de 500 milhões de euros, que pretende apoiar as empresas na transi ção para a sustentabilidade, financiando PME que privilegiem fatores ambientais, sociais e de governance na sua estraté gia e/ou nos seus investimentos.

A Repsol começou a comercializar, em Portugal, eletricidade 100% renová vel e gás natural para os seus clientes domésticos, bem como eletricidade para empresas. A companhia reforça, assim, o seu compromisso na transição ener gética e em ser o principal fornecedor de multienergias da Península Ibérica, destaca, em comunicado.

10 actualidad € agosto de 2022

Plenamente integrada no tecido empresarial e social do país através das mais

novobanco

Breves diferentes associações e federações da indústria vidreira reuniram-se em Madrid, no final de junho, para inaugurar oficialmente o Ano Internacional do Vidro (IYOG), partilhar todos os usos e benefícios deste material de embalagem único e celebrar o seu papel central na evolução da so ciedade. Alicia Durán, presidente do Ano Internacional do Vidro 2022, reforçou, na ocasião, que “o vidro é um ma terial versátil com múltiplas aplicações, que acompanha a humanidade há milhares de anos, contribuindo para um desenvolvimento sustentável e justo. Atualmente é um material essencial em setores-chave como a energia re novável, biomedicina, agricultura, eletrónica, informação e comunicações, óptica ou aeroespacial. E, claro, também é fundamental para a arte e museus”, destacou. Além destas aplicações, saliente-se ainda o facto do vidro ter uma papel de liderança em 11 dos 17 objetivos de de senvolvimento sustentável (ODS) na Agenda 2030.

Brexit: Certif estabelece acordo com CARES para atribuição da marcação UKCA A Certif, líder em Portugal na certificação de produtos e, também, na marcação CE para produtos de construção, esta beleceu um acordo com o CARES, organismo britânico líder mundial na certificação de aços para construção, com vista à atribuição da marcação UKCA a qual, em consequência do Brexit, vai substituir a marcação CE no Reino Unido e tornar -se indispensável à circulação de produtos naquele espaço económico. O acordo sucede a um outro já anteriormente assinado com o BBA e foi estabelecido com o objetivo de alargar o âmbito dos produtos que poderão aceder à marcação UKCA. Estes acordos permitem que um cliente da Certif que tenha já a marcação CE e pretenda exportar para o Reino Unido possa aceder mais facilmente à marcação UKCA, obrigatória para os produtos da construção constantes da respetiva lista, que é semelhante à do Regula mento dos Produtos da Construção. Nos termos dos acordos, as auditorias realizadas pela Certif são aceites pelo CARES e BBA, havendo apenas a pagar cus tos relativos ao acompanhamento e análise da documentação técnica, adianta a Certif. O período de transição termina no final do ano e, a partir de 1 de janeiro de 2023, deixará de ser reconhecida a marcação CE e apenas produtos com a marcação UKCA poderão entrar. “Para várias empresas clientes da Certif, este é um mercado com interesse e, por isso, a preocupação em estabelecer acordos que facilitem futuros negócios”, acrescenta aquela entidade. O novobanco foi nomeado o melhor banco na prestação de Serviços Custódia de Títulos em Portugal(*), em 2022, pela revista internacional Global Finance. A equipa da Global Finance baseou -se nas contribuições de especialistas desta área de atividade, em research especializado sobre mer cados, em inputs de utilizadores de serviços de custódia e na informa ção disponibilizada pelos diversos bancos para selecionar os melhores prestadores de serviços de custódia em sete regiões e mais de 80 países. De entre os principais critérios de seleção utilizados, destacam-se: o relacionamento com clientes, a qua lidade dos serviços prestados, a efi ciência no tratamento das operações, o conhecimento da regulamentação e das práticas do mercado local, tec nologia, o âmbito da oferta, a compe titividade do preçário e a aposta continuada no desenvolvimento desta linha de negócio. Esta nomeação representa o reconhecimento internacional das com petências e do desempenho do novobanco nesta importante área de negócio, essencial para o funciona mento do mercado financeiro, e será publicada na edição de julho / agosto de 2022 da revista “Global Finance”. eleito“Best Sub-custodian Bank 2022” em portugal

Coviran regista vendas brutas de 199 milhões em portugal

11zações,associaçõesimportanteseorganiaCoviran,presenteemPortugalháanos,consolida-secomoamelhorrespostaaosretalhistasindependentes, com uma estrutura sólida que proporciona um modelo de negócio rentável aos seus associados. Em 2021, as vendas brutas da insígnia alcançaram os 1.644 milhões de euros, dos quais 1.445 milhões correspondem a Espanha e 199 milhões de ven das em Portugal. O volume líquido de negócio diminui 4% em relação a 2020, mas apresen tando um crescimento relevante relati vamente a 2019. “A Coviran Portugal é já uma referência no setor alimentar, com um cresci mento sustentado tanto em número de sócios como de supermercados. Um modelo diferenciador e a única Cooperativa de supermercados do país. Não só consolidou a sua posição no mercado no ano do seu décimo ani versário, como também deu um grande passo na projeção da sua imagem entre os clientes”, afirma a cooperativa de origem espanhola. “Na verdade, a Coviran em Portugal resulta de um processo de interna cionalização bem-sucedido, com uma equipa portuguesa, uma rede logística composta por três plataformas de dis tribuição e com foco nos seus asso ciados, que recebem as ferramentas e serviços necessários para a ges tão dos seus supermercados, como formações na Escola de Comércio”, adianta a memsa fonte.

Paula Morgado Lino (na foto) é a nova responsável pela operação do Lisbon Marriott Hotel, que per tence ao grupo Sotéis.

Dando sequência à execução do Programa de Estabilidade Económica e Social aprovado pelo Governo, foi inau gurado mais um hub de carregamento para a mobilidade elétrica. O ministro do Ambiente e da Ação Climática presidiu, há cerca de duas semanas (na foto), à ceri mónia de inauguração do hub de carregamento de veículos elétricos da Bobadela (Loures). O investimento para um total de nove hubs é de cerca de dois milhões de euros e integra-se no programa de Estabilização Económica e Social, lança do pelo Governo e com financiamento do Fundo DuranteAmbiental.acerimónia, Duarte Cordeiro sublinhou a intenção do Governo de man ter os apoios relacionados com a aquisi ção de veículos elétricos e de pontos de carregamento, lembrando que “o Fundo Ambiental foi reforçado e agora há mais de 10 milhões de euros para a aquisição de veículos zero e de postos de carrega Continuarmento”. a atuar como facilitador da expansão da rede de carregamento é, neste momento, a grande prioridade da MOBI.E. Segundo o seu presidente, Luís Barroso, “o PRR prevê que Portugal tenha cerca de 15 mil pontos de carregamento até 2025”, sendo que, atualmente, rondam os cinco milhares. Nesse sentido, defendeu “a criação de um pacote legal especí fico que torne mais célere os procedimen tos administrativos e de obras no espaço público”, bem como “o papel relevante dos municípios, que têm de estar sen sibilizados para adotarem políticas que favoreçam a rapidez do licenciamento” e a definição de “tarifários adequados, tendo em conta a fase embrionária do mercado da mobilidade elétrica e dos fortes investimentos que os operadores de pontos de carregamento estão a efetuar”.

A responsável conta com uma carrei ra de mais de 12 anos de experiência em gestão hoteleira, tendo desenvolvi do soluções criativas de gestão no ne gócio através da implementação e desenvolvimento de processos por várias unidades hoteleiras em diferentes países.

A economia portuguesa deve acelerar 6,3% neste ano e 1,7% em 2023, esti mam os especialistas da Allianz Trade*, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, superando as pre visões para o produto interno bruto da Zona Euro. Quanto à inflação em Portugal, a líder mundial de seguro de créditos prevê que se situe nos 5,6% em 2022 e nos 3% no próximo ano, ficando abaixo das estimativas para os países da moeda única. A guerra na Ucrânia, e os seus efeitos diretos e indiretos, estão já fazer-se sentir nas economias, o que levou a Allianz Trade a rever as suas estimativas para o crescimento mundial. Os economistas da acionista da COSEC, no estudo recente

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edp e Mobi.e inauguram hub de carregamento em loures Salvador Ruiz López será o novo diretor-geral do Comple xo Industrial de Sines, da Repsol, começando a exercer funções em setembro. O Comité Executivo da Repsol nomeou Salvador Ruiz, que atualmente exerce funções como diretor de Logística e Serviço ao Cliente na área Química da Repsol, em Madrid, como novo diretor-geral da Repsol Polímeros.

Paula Morgado Lino é licenciada em Gestão Hoteleira e Turismo pela Universidade de Gestão Hoteleira do Estoril (2010-2013) e tem uma pós-graduação em Gestão Ho teleira e Turismo pela Universidade Cornell.

O profissional substitui Luis Miguel Álvarez, que passará a combinar os dois cargos a nível global da EMIA como diretor de Operações para os Jogos Olímpicos Paris 2024 e diretor de Marketing de Equipamentos de Origem. O novo CMO da Bridgestone terá como funções impulsionar a estratégia da empresa para consolidar a sua posi ção como líder global em pneus, produtos de borracha e soluções avançadas de mobilidade.

emGestoresFoco

Antes de integrar a equipa do Lisbon Marriott, foi diretora de F&B no PGA Catalunya Golf & Welness Resort (entre 2017 e 2019), esteve no Sandals Royal Bahamian, na capital das ilhas das Bahamas, onde desempenhou fun ções de F & B manager( 2016). Passou ainda pelo novo Sandals Resorts International Barbados e pelo Crowne Plaza Shanghai na China.

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“Esta nova nomeação responde a uma série de mudanças organizacionais na equipa de Direção da companhia, em linha com o Plano Estratégico 2021-2025. A Repsol está comprometida com o processo de transformação e evolução dos seus negócios, com o objetivo de consolidar o seu pa pel relevante de empresa multienergética, que oferece uma resposta global às necessidades energéticas da sociedade no contexto atual de singular complexidade”, destaca a em presa, em comunicado.

O fabricante de pneus Bridgestone nomeou Santiago Reyes para o cargo de diretor de Marketing para a região Sudoeste da Bridgestone na EMIA (Europa, Médio Oriente, Índia e África), nomeadamente, na Península Ibérica.

“Economic and Market Outlook: Running up the hill”, estimam que o PIB da Zona Euro cresça 2,8% neste ano, estando em linha com a previsão para a economia mundial. Já para o próximo ano, as previsões apontam para uma subida do PIB de 1,5%, situando-se assim abaixo da estimativa para o crescimento global. “Não esperamos assistir a uma forte dinâmica de crescimento económico na Zona Euro no próximo ano. Há alguns obstáculos – como os preços altos da energia, uma elevada incerteza e o agra vamento das condições de financiamen to – que são de natureza estrutural. O desemprego deve cair para um novo mínimo”, afirma Ludovic Subran, econo mista-chefe da Allianz Trade. portuguesa deverá crescer neste ano e 1,7% em 2023

6,3%

CMLoures

economia

7,1empleados.de(PwC).PricewaterhouseCoopersdeSeestimaquecerca2.600millonesestángeneradosporlaspropiasaerolíneasdelgrupo,susproveedoresycadenasdeaprovi-sionamiento,yporelconsumodesusLosotros6.700millonesprovienendelgastogeneradoporlosmillonesdevisitantesinternacionalesydelosresidentesqueviajanconelgrupoIberiaenEspaña.Elgrupoofrececercade150destinosen50paísesentodoelmundo

Endesa alcanza el primer teravatio hora de producción solar en España Endesa, a través de su filial renovable Enel Green Power España (EGPE), alcanzó el mes pasado el primer teravatio hora (TWh) de producción solar.

y los vuelos operados por Iberia e Iberia Express supusieron en 2019 el 53% de los pasajeros del aeropuerto de Madrid, en total 22 millones de clientes de los que 7,1 millones fueron visitantes nacionales o extranjeros a España que aportaron más de 3.600 millones de euros al PIB en impacto directo, otros cerca de 2.000 millones en impacto indirecto, y más de 1.100 millones en impacto inducido.

Enagás prevé invertir 1.500 millones de euros en un gasoducto subma rino para unir España e Italia, que entrará en funcionamiento en 2028, y prevé que el Midcat, que conectaría con Francia a través de Cataluña, pueda operar ya en 2025. El operador del sistema gasístico invertirá 2.775 millones de euros en el periodo 20222030, cantidad que se elevaría a 4.755 millones de realizarse tres inter conexiones gasistas pre vistas en el Plan Repower EU para aumentar la resiliencia del sistema gasista europeo. Según el docu mento publicado en en la CNMV estos empalmes serían la tercera conexión pirenaica, más conocida como Midcat, que transportaría 7.000 millones de metros cúbicos de gas hasta 2028 y a partir ese año se dedi caría al hidrógeno verde; la citada tubería España-Italia, que transporta ría 10.000 millones de metros cúbicos de gas hasta 2039, cuando también se pasaría al hidrógeno; y la tercera conexión con Portugal.

Actualmente Endesa, a través de EGPE, tiene 25 plantas solares operativas por toda la geografía española, con una capacidad de 1.096 MW, y sigue apostando por esta tecnología con 23 nuevas plan tas solares en construcción entre Extremadura, Andalucía, Castilla-La Mancha, Baleares y Aragón. “Este primer TWh de producción, equivalente al consumo anual de una ciudad como Vitoria, mar ca todo un hito en el mercado energético, ya que estimamos cerrar 2022 con el doble de produc ción solar que 2021”, ha señalado Antonio Moset, responsable de Operación y Mantenimiento de las infraestructuras solares de la división renovable de Endesa, Enel Green Power España, quien ha recor dado que “en estas instalaciones trabajan de for ma directa un equipo humano de 55 profesionales, personas que se han formado con nosotros y que están desempeñando su labor en este sector clave para la transición energética”. Ifema Madrid prevé aumentar un 80% su fac turación en 2022 En los primeros seis meses del año se ha cumpli do casi la totalidad de la programación de Ifema Madrid, han vuelto a celebrarse las grandes ferias y congresos nacionales e internacionales y los re sultados económicos han superado las previsiones. En la primera mitad del ejercicio, ha obtenido unos ingresos de 115 millones de euros, lo que repre senta un 30% más de lo presupuestado para el Estaperiodo.evolución hace prever que 2022 cierre con una facturación de 178 millones de euros, cantidad que es un 80% superior a la registrada en 2021. El balance “viene a validar la determinación que ha tenido Ifema Madrid para mantener la progra mación en momentos de extrema complejidad, ga El grupo Iberia aporta € 9.300 millones al PIB español, lo que representa el 0,6%, y genera más de 160 mil empleos, el 0,9% del total en España, según un informe

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202212

el grupo Iberia representa el 0,6% del pIB español y el 0,9% del empleo español enagás construirá un gasoducto por mar hasta Italia, por 1.500 millones de euros

Breves

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 13

La línea Sabanitas-Panamá III tendrá una longitud de 46 kilómetros y en su instalación serán nece sarias 2.400 toneladas de acero. A lo largo de su recorrido, Elecnor instalará torres de hasta 49 me tros de altura. El contrato con la empresa transmisora de energía de Panamá, Etesa, contempla la entrega del proyecto en 2024. La infraestructura ha sido catalogada de Inte rés Nacional en el país centroamericano. Esta línea de 230 kV tendrá una capacidad de transporte de la red de 1.000 MVA por cada uno de los dos circuitos. Su construcción se llevará a cabo a lo largo de la au topista Panamá-Colón, que enlaza los dos principales núcleos económicos del país, y en ambos extremos se levantará una subestación eléctrica. naturgy operará en lleida su tercera planta de biometría en españa

La entidad detalla que ha registrado un impacto negativo de 29 millones de euros en la cuenta de resultados del grupo porque en el precio estaba incluida la penalización por la terminación de la alianza con Case en Nostra Vida. No se espera que la operación tenga impacto significativo en la cuen ta de resultados ni en la solvencia del grupo. Elecnor construirá una línea de transmisión eléctrica en Panamá por 86 millones La construcción en Panamá de la línea de transmi sión eléctrica llamada a evacuar la energía genera da en las plantas de gas de la provincia de Colón ha sido confiada a la española Elecnor, por 86,5 millones de euros.

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Naturgy operará en una explotación por cina de Vila-Sana (Lleida) su tercera planta de biometano en España, desde la que inyectar gas renovable a la red de distribución del grupo a partir del verano de 2023. La compañía pretende invertir en este pro yecto 1,5 millones de euros. En con creto, cuando la planta entre en operación, inyectará 11,8 gigavatios hora al año de biometano, es decir, lo equivalente al consumo anual de 3.150 hogares, lo que evitará la emi sión de 2.450 toneladas equivalentes de CO2 al año. Esta será la tercera planta de biometano de Naturgy en España, que se suma a la de la esta ción depuradora de aguas residua les de Bens (A Coruña) y a otra ubicada en un vertedero en Cerdanyola del Vallès (Barcelona). “Con esta nueva planta Naturgy aportará un gas limpio al sistema energético y contribuirá a la gestión sostenible de los residuos agroganaderos de esta granja leridana”, ha señalado la empresa en un comunicado. El banco de negocios Goldman Sachs ha irrumpido en el capital social del grupo petrolero Repsol haciéndose con un paquete de acciones a través de operaciones de derivados representativas del 5,6% del capital. A precios de mercado la inversión de Goldman asciende a unos 1.000 millones de euros. La entidad estadouniden se se convierte así en el segundo accionista de la petrolera espa ñola por detrás de JP Morgan, que controla un 6,5% y por delan te ahora de BlackRock, que posee un 5,4% del capital. La entrada de Goldman se produce cuando el grupo espa ñol ha desvelado que entra en el negocio de la venta de electricidad 100% renovable y gas a clientes residenciales en Portugal, con el objetivo de ser “la principal comercializadora de mul tienergía de la Península Ibérica, en cumplimiento de su plan estra tégico 2021-2025”, informó la com pañía. g oldman Sachs compra el 5,6% de r epsol a través de derivados rantizando la celebración de sus eventos, con los beneficios que esto ha significado no solo para los sectores representados en estos, sino para Madrid y para nuestro país en términos de economía induci da”, declara el presidente del comité ejecutivo de la institución, José Vicente de los Mozos.

CaixaBank se ha hecho con la aseguradora Sa Nos tra Vida y ha desembolsado 262 millones de euros a Caser por el 81,31% que no controlaba en la com pañía especializada en seguros de vida y planes de pensiones que opera en las Islas Baleares. Según detalla CaixaBank en un comunicado remitido a la CNMV, tras completar la operación, la reorganiza ción de los negocios de seguros provenientes de Bankia quedará cerrada. La adquisición está todavía pendiente de recibir el visto bueno de la Comisión Nacional de Mercados y Competencia (CNMC) y de la Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGS).

Breves

CaixaBank paga 262 millones a Caser por la aseguradora Sa Nostra Vida

Projetos de inovação a curto, médio e longo prazo O programa “Modelo Mais inovação” que os ctt implementaram tem um alcance corporativo, ou seja, destina -se às várias empresas do grupo (ctt, ctt Express e Banco ctt e ainda a negócios como o dos cacifos/lockers).

14 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 Gestão e estraté G ia gestión y estrategia Acompanhar as novas tendên cias do mercado é uma das prioridades do grupo cttcorreios de Portugal, que não se quer atrasar na transforma ção digital e em todas as vertentes da inovação que hoje se apresentam às empresas do seu setor. Neste domínio, a empresa conta com uma unidade de negócio dedicada em especial à Gestão da inovação, que procura novos mode los e soluções para incorporar nos dife rentes projetos e processos das áreas de atividade core da empresa. O responsável por esta divisão, carlos Bhatt, refere que além desta vertente, a empresa tem vindo a desenvolver a sua própria transformação digital de acordo com a estratégia da direção digital, transformação e inovação. Esta trans formação tem sido realizada quer em termos de melhoria de processos inter nos, quer com vista a facilitar a interação com o cliente. Através de uma estratégia de criação de modelos de negócio inova dores, os ctt assumem-se como uma empresa orientada para o cliente e para as suas necessidades, com uma oferta segmentada para particulares e empresas, com soluções que começam no envio de correio e expresso, passam pelas melho res ofertas de poupança, crédito seguros, e por um portefólio alargado de produ tos de conveniência na sua rede de lojas e, ainda uma oferta completa de soluções para apoiar as empresas no seu processo de digitalização e crescimento. tais ser viços incluem publicidade, pagamentos, logística, incluindo fulfilment, outsour cing de processos e apoio à presença no mundo do comércio eletrónico.

A estratégia de inovação dos ctt está estruturada de acordo com o timing de implementação dos projetos, já que alguns têm uma execução imediata e outros se destinam a horizontes tem porais de médio ou longo prazo. como exemplo de um programa com impacto direto no curto prazo, o Responsável da

Gestão da inovação dos ctt salienta a plataforma inov+, uma plataforma inter na de promoção da cultura de inovação e de recolha de ideias inovadoras junto dos colaboradores dos ctt. “A ideia é dinamizar esta cultura colaborativa e participativa em torno da inovação”, de onde podem surgir projetos que depois são implementados no grupo, refere ainda carlos Bhatt. uma das ideias sugeridas e já implemetada em algu mas lojas piloto, foi o reaproveitamento de resíduos de papel produzidos nos edifícios ctt, transformando-os em farripas utilizáveis para embalamento de encomendas e disponibilizando-os gratuitamente ao público nas lojas ctt, potenciando assim a economia circular de papel, permitindo igualmente poupar o valor de aquisição de farripas que antes existia. O negócio postal está a evoluir, acompanhando a transformação da sociedade em torno da digitalização de diversas áreas. Assim, os CTT - Correios de Portugal estão apostados igualmente em entrar cada vez mais em áreas digitais e negócios inovadores. Cada vez mais empenhados no e-commerce e na digitalização, os CTT contam ainda com startups tecnológicas, que lhes possam trazer valor acrescentado para os seus negócios core, enquadra Carlos Bhatt, responsável da Gestão da Inovação dos CTT. Uma das novidades deverá vir de robôs, que poderão auxiliar os carteiros na distribuição de cartas e encomendas.

CTT empenhados na inovação e diversificação de negócios

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

Para João Bento, CEO dos CTT, “a inovação está no nosso ADN, pelo que, esta distinção vem reco nhecer todo o trabalho que temos desenvolvido ao longo dos últimos anos. É com grande orgulho que a recebemos, a qual vem reforçar de forma muito positiva aquilo que já é o posicionamento dos CTT na área da inovação e do empreendedorismo”.

15AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € g e ST ão e e ST r AT ég IAgestión y estrategia Em termos de iniciativas de inovação com impacto no médio prazo (um a dois anos), os ctt têm um programa de interação com startups, denominado ctt 1520 StartuProgram. Este pro grama pretende reforçar a ligação dos ctt ao tecido empresarial nacional e impulsionar o desenvolvimento de pro jetos de parceria e co-inovação dentro da empresa, privilegiando a atuação em setores alinhados com as prioridades dos ctt, nomeadamente e-commerce, operações & logística, comunicações, fintech, retalho e publicidade. “O pro grama de interação com startups visa abrir as portas dos ctt ao respetivo ecossistema, procurando projetos que se enquadrem no nosso negócio, poten ciando áreas de colaboração conjunta e com os benefícios recíprocos que daí advêm”, enquadra carlos Bhatt. desde a sua criação, o programa já mapeou mais de 1.800 empresas, com 29 projetos atualmente em curso: 12 em parcerias comerciais, 17 em projetos de co-criação (quatro em piloto-técnico e 13 em pro dução) e uma aquisição – a Recibos Online. Em 2021, os ctt criaram o Fundo de investimento techtree, com uma dotação atual de cinco milhões de euros, para apoiar atividades de inova ção nas PME e startups (seed, series A e growth). Recentemente, os ctt anun ciaram o investimento em duas startups portuguesas com soluções na área das Operações e logística, a Kit-AR, na área de realidade aumentada para a produção industrial e na Sensefinity, na área da logística. Ambas as startups são reconhecidas pela Agência Nacional de inovação como entidades com ido neidade para a prática de atividades de investigação e desenvolvimento (i&d), o que permitiu o investimento do fundo techtree ao abrigo do programa SiFidE “Estamosii. a dinamizar este programa e a trabalhar na re-ativação da marca ctt 1520 StartuProgram, através da remodelação do website, lançamento de uma newsletter, organização dos even tos “ctt Sessions 1520 let’s talk”, com a comunidade empreendedora e, celebração de parcerias com players relevantes do ecossistema, como por exemplo a Portugal Ventures, o lAcS e a Microsoft for Startups”, refere carlos Bhatt.Ainda neste âmbito das parcerias tec nológicas, os ctt participam no pro grama de open innovation “Mobility Booster” organizado pela aceleradora de startups BGi. O objetivo, segun do carlos Bhatt, é encontrar startups com soluções inovadoras na área da mobilidade para o desenvolvimento de um projeto-piloto na distribuição de correio e encomendas. Em causa, está o desenvolvimento de um robô que apoie o carteiro na entrega porta a porta, aumentando a eficiência do processo e reduzindo o impacto ambiental asso ciado. Estes follow-me robots são uma solução inovadora que já foi adotada por alguns operadores postais na Europa, revela ainda carlos Bhatt. A startup selecionada para o programa, que tem uma duração de oito meses, terá um financiamento do European institute of innovation & tehnologyEit urban Mobility, parceiro da BGi, para desenvolver o referido projeto-pilo to para os ctt. Este programa de Open innovation é realizado em Portugal, Bulgária, Grécia e Malta e conta com o envolvimento de seis grandes empresas e de 30 startups. com esta iniciativa, os ctt, através do programa 1520 StartuProgram, pas sam a fazer parte da rede internacional Eit urban Mobility e a ter acesso a parceiros da rede, criando assim mais um canal de identificação de startups para o 1520, mas também para o fundo de investimento techtree. A BGi é uma aceleradora internacional de deep tech, com mais de 10 anos de existência, spin out do Mit Portugal Entrepreneurship initiative. É, atual mente, parceiro do European institute of innovation & technology (Eit) urban Mobility em Portugal e coorde nador do Eit urban Mobility Portugal Hub desde 2020. O Eit é um orga nismo da união Europeia, criado em 2008, para reforçar a capacidade de ino vação da Europa e é parte integrante do Horizonte 2020, o Programa-Quadro de investigação e inovação da uE. O Eit é o maior ecossistema de inovação da Europa, com mais de dois milha res de parceiros, fomentando o talento empreendedor e apoiando novas ideias. A unidade de Gestão da inovação dos ctt dedica-se ainda – no âmbito dos CTT reconhecidos pela COTEC como “Empresa Inovadora 2022”

Os CTT – Correios de Portugal fo ram reconhecidos, pelo segundo ano consecutivo, pelo seu posicio namento na área de inovação, em preendedorismo e ligação ao teci do empresarial português e são no vamente, para a COTEC, a empresa merecedora do “Estatuto Inovadora 2022”. Esta distinção reforça a po sição dos CTT como uma empresa com elevados padrões de solidez financeira, competências de inova ção e desempenho económico. Resultado de uma parceria entre as Instituições do setor financeiro e a COTEC Portugal, o Estatuto Inova dora COTEC tem como propósito distinguir as empresas de desem penho superior através do reco nhecimento do exemplo, elevação da notoriedade e reforço do valor pelo mercado.

Horta Osório aconselha cautela às empresas na gestão do endividamento

“A s respostas à pan demia de covid -19, que causou grandes recessões em todos os países do mundo, resultaram numa significativa recuperação económica”, subli nha António Horta Osório, o orador convidado a inaugurar a 15ªedição da “QSP Summit”, que abriu a 28 de maio, no teatro Rivoli, no Porto, e prosseguiu na Exponor, em Matosinhos, nos dias 29 e 30, com conferências sobre gestão e marketing. O gestor analisou a economia mundial, começando por obser var os bons resultados das “medi das decisivas e corajosas, coorde nadas entre os bancos centrais e os governos”, introduzidas para compensar as perdas causadas pela pandemia: “Portugal tem-se portado bastante bem e estamos ao nível dos valores de PiB da pré-pandemia. Graças aos pro gramas governamentais, o rendi mento disponível diminuiu mais lentamente que o PiB. Quase todos os países recuperaram o nível de emprego.” No entan to, quer a maior liquidez, quer as interrupções nas cadeias de abastecimento, exacerbadas pela guerra da ucrânia, provocaram a subida da inflação, como explica o gestor: “A dimensão e a rapidez das medidas adotadas, quer orça mentais, quer monetárias, leva ram ao ressurgimento da inflação, que começou a subir a meio de 2021 e tem vindo a intensificar o seu crescimento, acima do que esperavam os bancos centrais. As pessoas pouparam durante a pandemia, ganharam poder de compra e o consumo aumen tou, o que fez disparar os preços. também a guerra da ucrânia impactou fortemente os preços do petróleo e do gás natural, com subidas de 50%. Os preços dos alimentos já aumentaram mais desde 2021.”

16 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 Gestão e estraté G ia gestión y estrategia

O gestor alerta para o o impac to significativo da inflação no poder de compra das famílias, pelo que será necessário apoiar os mais desfavorecidos: “A inflação subiu bastante mais e mais depressa do que era espec tável, quer em Portugal, quer nas outras economias mundiais e isso implica uma atenção muito especial, sobretudo devido ao aumento do preço da energia e da As medidas para impulsionar a economia resultaram, mas a inflação volta a ameaçar a recuperação, sobretudo em Portugal, cujo ritmo de crescimento tem sido “muito lento”, observa António Horta Osório, numa análise da economia mundial, que abriu a “QSP Summit”, a 28 de maio, no Porto. O ex-gestor bancário e atual chairman da Bial recomenda prudência face à inevitável subida de taxas de juro e diz que o país tem a obrigação de “fazer mais e melhor”.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR projetos de inovação a mais longo prazo – à captação de incentivos financeiros à investigação, desenvolvimento e inovação (idi), em programas quadro nacionais (Portugal 2020, Plano de Recuperação e Resiliência, SiFidE) e comunitários. carlos Bhatt destaca que os ctt viram ser aprovadas recentemente na derradeira Fase ii da call c5 – inovação Empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), três Agendas Mobilizadoras em cujos con sórcios participaram. A presença dos ctt neste tipo de programas permite por um lado reduzir o risco da implementação de projetos de inovação mais exploratórios através do financiamento obtido, mas tam bém reforçar a rede de colaboração com entidades relevantes do sistema científico -tecnológico nacional e com players de outras indústrias. Tendências e futuro do setor postal A área de Gestão da inovação dos ctt está igualmente interessada em perceber o futuro e as grandes tendências que se avizinham e neste sentido, promove pales tras periódicas sobre temas inovadores e disruptivos, tendo recentemente elabo rado e publicado o “ctt Relatório de tendências 2022”. Este documento pretende identificar os principais fatores de mudança e as tendências que irão impactar no curto, médio e longo prazo, os setores onde os ctt atuam, nomeadamente cor reio, expresso & encomendas e logística, banca e serviços financeiros e retalho. Para a elaboração deste documento, para além de extensa pesquisa bibliográfica, foram consultados e entrevistados diversos peritos internacionais do setor. Os ctt empregam mais de 12 mil pes soas em Portugal, onde operam com 2.356 Pontos ctt e mais de cinco mil agentes Payshop.Em2021, os ctt obtiveram rendimen tos operacionais de 848 milhões de euros e um resultado líquido de 38,4 milhões. Nesse mesmo ano, os ctt transportaram 484,6 milhões de objetos de correio ende reçado e 73,8 milhões de objetos expresso, tendo Espanha representado 45,9% das receitas do segmento expresso e encomen das. 

O Governo tem dado apoios, mas poderão não ser suficien tes e há capacidade para os aumentar, se necessário, nota o gestor. Neste contexto, cautela é a pala vra de ordem: “O meu conselho às famílias portuguesas, dependendo da capacidade de cada uma, é de prudência, se possível poupar um pouco mais, reduzir a dívida. As empresas devem tentar alongar pra zos de financiamento a taxas fixas se possível, ter os spreads o mais possível fixos por um período mais longo, porque estamos numa fase de grande incerteza e as taxas de juro só têm uma direção que é a de subida.”

O ex-gestor bancário não tem dúvi das de que “para controlar a inflação, os bancos centrais irão inevitavel mente aumentar as taxas de juro que deverão chegar aos 2% ainda este ano”. Além de afetar as famílias, a subida das taxas de juro representa também uma dificuldade acrescida no controlo do endividamento, já que os governos não poderão contar com as baixas taxas de juro para aju dar a controlar a dívida. No caso português, a balança comercial foi abalada com a pande mia, devido ao impacto no turismo, mas está a recuperar. O défice orça mental e a dívida externa também aumentaram, mas “poderá haver condições para que dívida chegue aos 120% do PiB ainda este ano”, considera António Horta Osório. Neste cenário, António Horta Osório reflete sobre a relação entre comércio e Pi B: “A evolução do comércio mundial é crítica para o crescimento do PiB, e é fundamental para Portugal, sendo um país peque no com uma economia muito aberta ao exterior. O comércio é um dos principais fatores de riqueza, logo o crescimento tem que se focar no comércio e na inovação.”

Ritmo de crescimento do PIB abranda em 2023 Recorde-se que o Governo de António c osta prevê um crescimen to de 4,9% da economia portuguesa este ano e de 3,3% no próximo ano, de acordo com os números do Programa de Estabilidade apresenta do em março. Já o Banco de Portugal, projetou em junho um crescimento 6,3% da eco nomia portuguesa para este ano. No entanto, prevê um crescimento de 2,6% para 2023, revendo em baixa as anteiores projeções de 2,9%. Por seu lado, a c omissão Europeia reviu em alta as previsões para o crescimento da economia portuguesa este ano, de 5,8 para 6,5%, mas para 2023 Bruxelas antecipa que o PiB cresça apenas 1,9% e não os 2,7% antes estimados. 

17AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € g e ST ão e e ST r AT ég IAgestión y estrategia alimentação que pesam muito mais do que o índice da inflação no cabaz das famílias mais desfavorecidas. É muito importante ter em atenção este fenómeno.”

Disparidade salarial entre Portugal e o resto da Europa O gestor observa que “a retoma sincronizada da economia mundial tem sustentado o crescimento por tuguês”. c ontudo, “os impactos da guerra da ucrânia, a tomada de medidas monetárias por parte dos bancos centrais para controlar a inflação e as políticas comerciais protecionistas estão a agravar as perspetivas económicas de forma significativa”. As previsões apontam para que “Portugal cresça ligeira mente acima da média europeia, no período 2021-24, mas abaixo de Espanha e da Grécia e muito abaixo da irlanda”, assinala António Horta Osório, frisando que “a falta de crescimento provoca uma enorme disparidade no nível de rendimento entre Portugal e os outros países da Zona Euro”. O gestor lembra que “Portugal cresceu, em média, 1% por ano, nos últimos 20 anos, enquanto a i rlanda cresceu 6%”. As perspeti vas de crescimento não são anima doras e assim não se podem aumen tar salários: “O nosso crescimento tem sido fraco e vai continuar a ser fraco. Não o estamos a fazer bem e temos que o reconhecer para fazer melhor. c ontinuo a insistir que estamos a falhar há muito tempo como país. temos um salário médio de 1.100 euros por mês, quando um espanhol tem 50% a mais e um irlandês tem três vezes mais”. O ges tor diz que não podemos estar satis feitos com essa situação. “Podemos e devemos fazer mais e melhor. É uma obrigação nacional para com as futuras gerações”, concluiu, refe rindo que cabe ao Governo “traçar um plano que possa levar ao cresci mento, aumento da produtividade e consequente aumento dos salários”.

18 actualidad € agosto

J oão teixeira aprendeu a arte de trabalhar a madeira e em 1977 abriu a sua própria carpintaria, em Vila Nova de Gaia, com uma máquina universal (uma ferra menta de multifunções muito usada por carpinteiros ao longo de várias gerações) e, em dois anos, tinha já uma carpintaria industrial. A funcionar na mesma mesma morada, mantendo o cariz de empresa familiar, mas com ins talações alargadas, a JJ teixeira empre ga agora 244 colaboradores internos e mais de 400 externos, sendo “a maior e mais versátil da Península ibérica”, com “mais de 150 projetos a decorrer atual mente em todo o mundo”, revela o filho, Miguel teixeira (na foto), que entretan to se juntou à direção da empresa. A JJ teixeira faturou 21,4 milhões de euros, em 2019. A pandemia não abalou o dinamismo da empresa, bene ficiando do crescimento do setor da construção, o que permitiu terminar 2020 com um volume de negócios de 24,2 milhões e em 2021 cresceu para os 24,5 milhões. A administração espe ra “chegar aos 28 milhões de euros até ao final deste ano”, tendo em conta o volume de obras em carteira. Este crescimento deve-se ao mercado interno e externo, já que o valor das exportações representava 18% em 2019, passou a pesar 22% na faturação de 2020 e 24% no último ano. França, Angola, costa de Marfim, Noruega e Reino unido são os principais des tinos de exportação. Na mira da JJ teixeira estão países como a Bélgica, os EuA e os camarões, avança Miguel de 2022 Juntar a carpintaria à “alfaiataria” é a aposta da JJ Teixeira, que trabalha há 45 anos com madeira, sobreviveu à crise de 2008 e tornou-se “na maior carpintaria da Península ibérica”. Com uma faturação de 24,5 milhões de euros, a empresa é uma referência para vários arquitetos, que procuram “serviço por medida” aliado à “capacidade industrial”. Miguel Teixeira, administrador da empresa, partilhou com a Atualidade os seus planos de expansão. Susana Marques smarques@ccile.org

Textos

Fotos DR A

estratégia da JJ Teixeira para ser a maior carpintaria da Península Ibérica

g e ST ão e e ST r AT ég IA gestión y estrategia

Atualmente, a produção anual é de quase 430.000 peças, a partir de 1645.61m3 de madeira utilizada, “na maioria (80%) pinho e sempre que pos sível de origem nacional”. Na entrevista à revista Atualidade, o gestor explicou que “há empresas que produzem mais, mas apostam num só produto, como portas, por exemplo”. Mas carpintarias com as características e versatilidade da JJ teixeira não há muitas: “Aliamos o saber artesanal à tecnologia de ponta e fazemos um serviço completamente à medida do que querem os nossos clientes. Apostamos no conceito de ‘alfaiataria’ industrial’. trabalhamos em madeira como elemento estrutural (esqueleto de um edifício), mas também produzimos peças decorativas, portas, fazemos aca bamentos. O nosso lacado é exemplar. ” Este serviço de quase “alfaiataria” tem conquistado a preferência de arquitetos portugueses e estrangeiros. Já é assim desde 1987, data em que colaboraram com Alcino Soutinho na construção do edifício da câmara Municipal de Matosinhos. “O meu pai teve desde sempre a preocupação de perceber o que queriam os clientes. A lógica de reu nir com o arquiteto e trabalhar com ele existe há muito tempo. contratámos engenheiros e designers para melhor responder aos diferentes desafios”, sub linha Miguel teixeira, apontando mais algumas obras emblemáticas que con taram com a participação da empresa: o Prata Riverside, com Renzo Piano Arquitetos, o One living e o Palacete Henrique Mendonça, ambos projetos dos Frederico Valsassina Arquitetos, o Mosteiro de Alcobaça, do Arquiteto Souto Moura, a Reabilitação do Mercado do Bolhão, da autoria do Arquiteto Nuno Valentim, a Fundação champalimaud do Arquiteto João Nuno laranjo ou a casa das Freiras e casa da Bonança, com o Atelier Mário Martins, que recebeu Menção Honrosa nos Architecture Prize. A empresa acolhe também residências artísticas de alu nos de Belas Artes, já que consideram “fundamental a transferência de saber nos dois sentidos”, porque “é empoderadora quer para os alunos, quer para os nossos profissionais”.Estaversatilidade e multi disciplinaridade obrigam a dois tipos de investimentos: recursos humanos capacitados e a tecnologia, assinala Miguel teixeira: “A formação de mão-de-obra especializada é o mais desafiante porque nem sempre as pes soas querem apostar na área da carpin taria. Além do meu pai, que continua a acompanhar todos os processos com muita jovialidade, temos aqui gran des mestres, como o carpinteiro que trabalha desde o início na empresa. São pessoas capazes de passar conhe cimento valioso numa profissão que tem muito futuro. A madeira sempre foi um material muito usado na cons trução e é cada vez mais uma tendên cia, quer como estrutura, quer como acabamento, porque dá garantias de estabilidade, durabilidade, sustentabi lidade e estética. Se os jovens quiserem aprender e trabalhar nesta área, penso que têm aqui uma oportunidade com muito potencial. Estamos sempre dis poníveis para trabalhar com as escolas, que deveriam estar mais próximas das empresas. Seria importante uma maior readequação do ensino às necessidades de formação das empresas” A empresa tem investido igualmente em tecnologia e digitalização. Na visita à oficina, mostram-nos “uma máquina de corte gigante, única no mundo, que faz os cortes em série, mas com dife rentes medidas”. Em 2015, a empresa transitou para uma indústria 4.0, intro duzindo “uma linha de automatização da produção, com capacidade de produção diária de 2.000 peças, assegu rando mais eficiência, rigor e precisão em cada produto, através de novos processos construtivos inovadores que lhe confere um bom equilíbrio e uma boa performance”.

19AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € g e ST ão e e ST r AT ég IAgestión y estrategia teixeira: “Estão no topo das prioridades de expansão internacional para os próximos três anos.” O gestor admite que o mercado externo, sobretudo Angola, foi a solução para se manterem à tona quando rebentou a crise económica de 2008, que afetou gravemente o setor da construção. “Foi uma fase difícil, mas conseguimos recuperar, investimos na modernização da empresa e das nos sas capacidades unindo a carpintaria à engenharia e à arquitetura, ao design e à arte”, observa o gestor.

O próximo passo visa tornar a JJ teixeira mais sustentável. A empresa produz 25% da energia que usa atra vés de de painéis solares instalados na fábrica e prevê “investir 1,4 milhões de euros no reforço da sua capacidade e na otimização dos seus recursos pro dutivos, como o sistema de aspiração, a racionalização energética e a transição verde”, bem como na expansão para as três novas geografias já referidas. No âmbito da sustentabilidade, a JJ teixeira vai iniciar este ano um programa de replantação de árvores, que permi ta minimizar o seu impacto no meio ambiente: “Estamos a trabalhar com uma associação ambiental, para fazer os

“Wood Stories,” o filme da JJ Teixeira que homenageia a madeira A madeira comunica com todos os sentidos e isso é referido pelos vários arquitetos que participam no filme “Wood Stories”, um tributo da JJ Teixeira à madeira, a matéria -prima que a empresa trabalha há 45 anos, “enquanto material na tural, flexível, expressivo e quase intrínseco no projeto de arquitetu ra”. No seu aniversário, a empresa apresentou o rebranding da marca, “que traduz o seu reposicionamen to modernizado”, como explica o administrador Miguel Teixeira: “Em ano de aniversário, decidimos cele brar a paixão que move a família e as centenas de colaboradores que fazem parte do universo JJTeixeira pela madeira. Uma paixão que ga nha forma e vivência através da ar quitetura e, por isso, este é também um documentário que visa projetar a arquitetura portuguesa contem porânea, com o importante apoio e curadoria da Building Pictures e da sua fundadora Sara Nunes, que tem feito um trabalho extraordinário de promoção deste setor. Quere mos com este documentário aliar -nos a essa missão, projetando-o em todo o mundo, através dos nos sos canais e ações de promoção internacional”. O filme, produzido pela Building Pictures, materializa esse novo posicionamento, alicerçado em oito histórias, que representam di ferentes dimensões associadas à madeira e à carpintaria, e baseia-se “nos testemunhos de oito gabine tes de arquitetura, numa reflexão entre o seu trabalho e o uso da ma deira, na sua perspetiva e contexto de aplicação, de forma particular”. Aires Mateus, Carrilho da Gra ça, Correia Ragazzi, Depa, Diogo Aguiar Studio, João Mendes Ribei ro, Menos é Mais e Oitoo são os ar quitetos intervenientes que falam da forte ligação entre a arquitetura por tuguesa e a madeira e enaltecem “a carpintaria como uma arte comple mentar do trabalho do arquiteto, na qual a madeira é elemento de con forto, de versatilidade e de escolha sustentável e consciente”.

Acresce que “sendo a madeira um material escasso”, a empresa opera “com base nas certificações PEFc™ e FSc™, comprovando a gestão e o tratamento responsáveis da matéria-prima e auxi liando clientes a integrar uma cadeia de sustentabilidade desde a primeira fase do Miguelprocesso”.teixeira está confiante no futuro da empresa e aponta o caminho: “O desafio é manter a dinâmica familiar e a energia que o meu pai tem imprimi do ao projeto ao longo destes anos, bem como continuar a apostar na formação das pessoas, perceber o que precisam para trabalhar em boas condições para ter uma boa equipa.” 

Sara Nunes, realizadora do filme, assinala que durante as filmagens lançaram várias perguntas sobre a madeira e identificaram “pontos em comum entre os arquitetos”.

Assim, construíram “uma narrati va que coloca todos os arquitetos convidados em diálogo”. O do cumentário permite concluir que todos temos uma relação com a madeira: “De capítulo em capítulo, descobrimos que as histórias dos arquitetos são também as histórias de todos nós porque, afinal, – e como o arquiteto João Mendes Ri beiro realça – ‘não há ninguém que não goste da madeira’.”

O documentário conta com o apoio da Ordem dos Arquitectos Sessão Regional Norte, da Faculdade de Arquitectura do Porto e da Casa da Arquitectura.

20 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 Gestão e estraté G ia gestión y estrategia cálculos de medição da quantidade de madeira utilizada em cada projeto com vista à sua reposição, replantando árvores em território nacional, acrescendo uma taxa adicional ao preço final do produto.”

Os desperdícios de madeira da empre sa já são aproveitados, indica Miguel teixeira: “são aspirados através de um sistema transversal aos vários pavilhões da fábrica e reaproveitados para várias finalidades, como a criação de novos produtos, o aquecimento das instala ções e a produção de pellets e briquetes.”

Portugal e Espanha pretendem tornar-se na área da mobilidade sustentável DR

referências

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O presidente da Repsol, Antonio Brufau, salientou, por sua vez, a opor tunidade de promover a transformação da mobilidade e torná-la mais eficiente e inteligente, utilizando tecnologias comprovadas, bem conhecidas e de efi ciência demonstrada, ao mesmo tempo que se deverá apostar nos últimos desenvolvimentos tecnológicos, com o objetivo de melhorar os serviços e a qualidade de vida dos cidadãos, aju dando a reduzir as emissões e a otimizar os recursos.

Já o presidente da confederação Empresarial de Portugal (ciP), António Saraiva, considerou que “a viabilidade e a segurança futuras da indústria automóvel na sua transforma ção para uma mobilidade sustentável foram sinalizadas como prioritárias”.

22 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 Gestão e estraté G ia gestión y estrategia Portugal e Espanha estão apos tados em tornar-se referên cias na área da mobilidade sustentável, como afirmaram recentemente diversos respon sáveis, quer do mundo empresarial, quer do Governo português e ainda de organismos oficiais espanhóis, na “conferência ibérica sobre mobilidade sustentável: desafios e oportunidades para a descarbonização da mobilidade”, realizada a 5 de julho, em lisboa. A conferência, promovida pela Fundação Repsol, juntamente com a ciP-confederação Empresarial de Portugal, a cHP-câmara Hispano Portuguesa e a câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE), teve como objetivo debater os fatores-chave para o desenvolvimento em direção a uma mobilidade sustentável e inteligente em Portugal e Espanha. “A mobilidade encontra-se num segundo ponto de inflexão tecnológico, sendo evidente a necessidade de um salto disruptivo no modo como nos deslocamos e como transportamos pes soas e bens. O futuro da mobilidade será amigo do ambiente, partilhado, conectado e autónomo”, afirmou, na abertura do encontro, o secretário de Estado da Mobilidade urbana, Jorge delgado.Porseu turno, o presidente da câmara de lisboa referiu que “existem três desafios essenciais: o económico, que deve assegurar que o crescimento é compatível com a redução de emissões. crescer tem que ser compatível com o combate às alterações climáticas, e a Europa já provou que isso é possível, pois cresceu ao mesmo tempo que fez um esforço para reduzir emissões. O [desafio] tecnológico, que, através da ciência, terá que resolver a questão dos custos de produção, e o [desafio] social, pois é preciso consciencializar as pessoas para a necessidade desta mudança”, adiantou carlos Moedas.

O evento incluiu algumas mesas -redondas de debate, tendo na pri meira, dedicada ao tema da inova ção e digitalização para a mobilidade, reunido personalidades como o presi dente da EMEl (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de lisboa), luís Filipe Marques, a diretora-geral para o Planeamento e infraestruturas de Mobilidade da câmara Municipal de Madrid, lola Ortiz, o secretário-geral da ABiMOtA (Associação Nacional das indústrias de duas Rodas), Gil Nadais, o responsá vel da iNSi A (instituto universitário de investigação Automóvel da universidade Politécnica de Madrid) Felipe Jiménez, o representante de Alba innovación da Petronor-Repsol, Aitor Arzuaga, e o representante da adminis tração do iNESc tEc (instituto de Engenharia de Sistemas e informática, tecnologia e ciência de Portugal) José carlos caldeira. Os oradores concordaram com o “tra balho rigoroso” que está a ser realizado pela Administração Pública, o setor energético, a indústria dos transportes e a ciência, para continuar a avançar na senda do desenvolvimento de tecnolo gias e serviços para a descarbonização da mobilidade, especialmente através da digitalização, eficiência energética e novosNestecombustíveis.bloco,ficou claro que o futuro da mobilidade vai exigir uma visão unificada, impulsionada pela neutra lidade tecnológica e a ação coordenada de todos os agentes, juntamente com a sociedade, para alcançar os objetivos de descarbonização, no quadro de uma transição energética justa e inclusiva, que não deixe ninguém para trás. Posteriormente, o presidente da AFi A (Associação de Fabricantes para a indústria Automóvel), José couto, o secretário-geral da AcAP (Associação Automóvel de Portugal), Hélder Pedro, o diretor-geral da Anfac (Associação Nacional Espanhola de Fabricantes de Automóveis e camiões), José lópez-tafall, o diretor-geral da Sernauto (Associação Espanhola de Fornecedores Automotivos), José Portilla, e a vice-presidente executiva da Faconauto, Marta Blázquez, que participaram na segunda mesa-redon “O futuro da mobilidade será amigo do ambiente, partilhado, conectado e autóno mo”, antecipou Jorge Delgado, secretário de Estado da Mobilidade Urbana, um dos oradores da “Conferência Ibérica sobre mobilidade sustentável: desafios e oportuni dades para a descarbonização da mobilidade”, realizada no mês passado em Lisboa.

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23AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € g e ST ão e e ST r AT ég IAgestión y estrategia da, que se centrou nos desafios e opor tunidades para o setor automóvel na descarbonização dos transportes na Península ibérica.todos os oradores salientaram a importância da indústria automóvel em Espanha e Portugal e de como pode contribuir para que os dois países se tornem numa referência na nova mobilidade do futuro– des carbonizada, sustentável, digitalizada e autónoma. um processo que requer empenho, esforço de todos e inovação ao longo de toda a cadeia de valor, como salientaram. Os participantes sublinharam ainda que este é um desafio que passa muito pela vertente tecnológica e para o qual é necessário promover uma regulamenta ção que preserve a competitividade e o emprego no setor automóvel. Por último, o representante da direção da ccilE Francisco dezcallar e o pre sidente da cHP - câmara de comércio Hispano-Portuguesa, António calçada de Sá, destacaram a importância da colaboração entre Espanha e Portugal para a criação de novas soluções que permitam a ambos os países tornarem-se benchmarks na mobilidade do futu ro. Ambos salientaram, igualmente, a dimensão e a força do setor automóvel e o compromisso das empresas e insti tuições para com a transição energética. A conferência realizada em lisboa inseriu-se na “Open Room”, o espaço digital da Fundação Repsol centrado na promoção do debate e do conheci mento rigoroso sobre os requisitos para a transição energética.  AAssembleia da Fedecom (Federação de câmaras Oficiais de c omércio de Espanha na Europa, África, Ásia e Oceânia) e a Fececa (Federação de câmaras Oficiais de c omércio de Espanha na América) reuniram-se nos passados dia 5 e 6 em Madrid. Previamente, mantive ram uma reunião na Secretaria de Estado de c omércio (organismo que tutela a câmara de Espanha e as câmaras de comércio hispânicas no exterior), com o objetivo de analisar os instrumentos de apoio à interna cionalização das empresas, através de diferentes instituições de capi tal público (icEX, icO, cEScE, cOF idES). Foram ainda debati dos temas de ordem regulatória, no âmbito do novo decreto Real 1179/2020, que passou a regular o funcionamento das câmaras no exterior, nas quais se inclui a câmara de c omércio e indústria lusoEspanhola (ccil E). da parte da tarde, decor reu a Assembleia regular da Fedecom, na qual foi aprovada a Estratégia 20222024 deste organismo asso ciativo (foto ao lado).

Já no dia seguinte, os representantes das duas Federações estiveram na sede da c âmara de Espanha, presidida por José luis Bonet, para abor dar, entre outros assuntos, o reforço da colabora ção entre as câmaras de comércio em Espanha e as câmaras de comércio no exterior. c oncluídos os trabalhos, os representan tes das 44 câmaras partici pantes do encontro foram recebidos, em cerimónia privada, pelo Rei Felipe V i, no Palácio da Zarzuela (foto ao lado). 

Assembleia da Fedecom debateu temas regulatórios e financeiros e contou com receção do rei de espanha ReyelS.M.deCasa

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202224 MA rke TI ng marketing

envolveuEstacaAvenidasconcretamentecentrovivamNações,abril,jápletalizarpretendemoslocalização,disponibiumaofertacomaorestaurantequeabrimosnofinaldenoParquedasàspessoasqueetrabalhemnodelisboa,maisnasNovas”,destaaempresasegundaaberturauminvestimento de 700 mil euros, adianta a empresa de res tauração. O plano de expansão da cadeia espanhola em Portugal prevê a abertura de 15 unidades la Mafia se sienta a la Mesa nos próximos cinco anos, com a criação de mais de 300 postos de trabalho, num investimento que ronda os 10 milhões de euros, acrescenta a mesma fonte. 

loja da google com mobiliário de cortiça recebe galardão internacional la Mafia se sienta a la Mesa abre segundo restaurante em lisboa

Cerca de dois meses depois da inau guração das suas operações em Portugal, o grupo espanhol la Mafia se sienta a la Mesa acaba de abrir o segundo restaurante desta insígnia, na Av. duque de Ávila, em lisboa. Esta é uma localização privilegiada, com uma ampla oferta de unidades hote leiras, e ainda uma zona residencial e de escritórios, sublinha a empre sa responsável pelo master franchise da famosa cadeia de restauração em OPortugal.novo espaço tem mais de 600 metros quadrados, com uma sala de 400 metros quadrados e outras três mais privadas, acolhendo no total cerca de 220 comensais. “com esta

Aprimeira loja física da Google em todo o mundo, cujo mobiliário é feito integralmente em cortiça portugue sa, foi galardoada nos “NYcxdESiGN Awards 2022”, ao vencer a categoria de impacto ambiental. integradas no projeto desenvolvido pelo gabinete de arquitetura nova-iorquino Reddymade, as peças em cortiça foram desenhadas, concebidas e produzidas pelo também designer americano daniel Michalik. Beleza, carácter e sustentabilidade foram algumas das premissas para a escolha da cortiça da corticeira Amorim para equipar o novo espaço comercial do gigante tecnológico em Nova iorque que cruza, assim, natureza, inovação, história, indústria e Alcançarcultura. o status lEEd Platinum, a certificação mais alta possível dentro do siste ma de classificação de edifícios verdes “liderança em Energia e design Sustentável”, era um dos pro pósitos basilares da Google. Nesse pres suposto, a opção pela cortiça, um dos materiais mais sustentáveis à face da terra, com características singulares em termos de retenção de cO2 e detentor de um inesgotável potencial de práticas circulares surgiu como uma preferên cia natural. Além do mais, a cortiça é leve, versátil, resiliente, suave ao toque e visualmente apelativa. um conjunto de mais valias ao qual daniel Michalik junta o facto da cortiça revelar-se como “uma folha em branco, onde os clientes poderão eventualmen te projetar as suas ideias, conceitos e experiências do material, interagindo num único espaço. depois, e para além então da multiplicidade de atributos em matéria de sustentabilidade, a cortiça – sublinha o igualmente professor da Parsons School of design – é uma maté ria-prima saudável. isto na perspetiva do sistema natural de saúde, na perspetiva do salário justo pago pelo trabalho e, finalmente, na perspetiva da saúde de quem utiliza objetos de cortiça”. Sofás, poltronas, estantes, cadeiras, bal cões, bancos de bar e mesas de cen tro foram apenas algumas das peças de mobiliário criadas exclusivamente para a loja da Google em Nova iorque. uma coleção que inclui ainda objetos para um espaço infantil como camas, escri vaninhas e mesinhas de cabeceira. tudo soluções funcionais em grande escala que combinam a cortiça nacional com o carvalho branco americano. 

MA rke TI ngmarketing A Visa, empresa global de tecnolo gia de pagamentos, lançou uma campanha de pagamentos móveis, que tem como intuito incentivar os consumidores portugueses a adota rem de forma mais ampla os paga mentos móveis, mostrando-lhes que este método é fácil, simples e Aseguro.campanha, cujo lema foi “Simplificar. Pague com contac tless, agora no seu telemóvel”, pretendia tornar os pagamentos mais fáceis no dia a dia dos con sumidores, chamar a atenção para os pagamentos com Visa através de dispositivos móveis, gerar dife renciação e destacar-se pela sua simplicidade, rapidez, e segurança de utilização. Esta comunicação massiva ocorre num momento em que os portugueses estão a utilizar cada vez mais a tecnologia contac tless, pois permite-lhes pagar de forma simples, ao encostar o seu cartão ou telemóvel ao terminal de pagamento. Em dezembro de 2021, quatro em cada dez paga mentos com cartões nacionais e estrangeiros foram efetuados atra vés da utilização da tecnologia contactless, de acordo com dados do Banco de Portugal. Neste senti do, a Visa quer alavancar o sistema de pagamentos e explicar que o próximo passo já chegou. “A Visa tem trabalhado ativamente com o ecossistema de pagamentos a nível mundial para permitir uma tecnologia inovadora e segura que garanta pagamentos fáceis, contí nuos e transparentes, ao mesmo tempo que aumentar a taxa de utilização dos pagamentos contac tless, destaca a multinacional de pagamentos. Para apoiar esta campanha, a Visa realizou um inquérito, centra do nos pagamentos móveis em Portugal e nos serviços existentes neste mercado, que determinou a probabilidade geral de utilização futura de pagamentos móveis. As características que foram indicadas como sendo as mais importantes para levar à mudança para aplica ções de pagamentos móveis são: garantia de proteção dos dados pes soais, fortes mecanismos antifrau de, nenhuma taxa de transferência de moeda estrangeira, um emissor de confiança, o facto de se poder utilizar este tipo de pagamento em todo o mundo, e a utilização de um layout intuitivo. A conclusão é que 58% dos inquiridos estão a consi derar a utilização de uma aplicação de pagamento móvel que satisfaça estes requisitos.  Visa lança campanha para consumidores portugueses Pagou IVA em Espanha? Saiba comocontacte-nosconnosco,recuperá-lojá! ¿Pagó IVA en Portugal? ¡Descubra cómo recuperarlo con contáctenosnosotros,ahora! av. Marquês de tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 E-mail: ccile@ccile.org Website: www.portugalespanha.org PUB

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202226 MA rke TI ng marketing Q uatro produtos da Epson, incluindo impressoras e pro jetores, estão entre os vencedores dos “iF d esign Award 2022”, um dos prémios de design mais cele brados do mundo, organizados pelo iF i ndustry Forum d esign GmbH de Hannover, Alemanha. Fundado em 1953, o prémio “iF d esign Award” apresenta modelos de produtos industriais particu larmente inovadores. Os critérios de seleção vão desde a considera ção da praticidade e manufatura até à inovação, sustentabilida de, funcionalidade, usabilidade, segurança, estética, e design uni Osversal.designs da Epson merecedo res de distinção foram quatro, começando pelo espectrofotó metro S d -10 (na foto), que é um espectrofotómetro altamen te preciso, compacto e acessível, equipado com um filtro sintonizável MEMS FabryPerot desenvolvido pela Epson. Pode ser utilizado para digitali zar a correspondência de cores, uma te,sãodemoradaconvencionalmentepartedaimpresfeitamanualmeneligá-locomum smart phone ou serviço de cloud, para gerir centralmente a informação de cores para um processo de impressão mais suave. d e bolso e portátil, permite medir as cores em qualquer altura e em qualquer tlugar.ambém em destaque esteve a impressora d igital têxtil Monna l isa M l -64000, a primeira gran de impressora têxtil da Epson a satisfazer as necessidades de alta qualidade. Pode imprimir direta mente em tecidos até 1,8 metros de largura. O seu tamanho (2,4m x 6m) evoca pilares e vigas de constru ção com um aspeto mais robusto. uma grande janela central permite uma vista dos têxteis que estão a ser estampa dos. Este produto ajuda a indústria de impressão têxtil a passar da tec nologia analógica para a digital e a reduzir os impactos ambientais. Premiado foram também os proje tores domésticos EH- l S11000W & EH- l S12000B, de gama alta, equipados com uma nova fonte de luz laser. Oferecem uma quali dade de imagem real de 4K. Finalmente, foram distingui dos os sistemas de apresentação E l PWP10 & E l PWP20, siste mas sem fios, que transmitem o conteúdo do ecrã do P c para quase todos os ecrãs.  A V t EX, plataforma de comércio digital para grandes empresas e retalhistas, líder na aceleração da transformação do comércio digital na América latina e agora em expansão global, partilha os resultados prove nientes do primeiro ano de parceria com a cadeia de lojas portuguesa, Quebramar. A aliança já resultou no aumento de receita da marca de moda em mais de 25%, assim como no número de visitantes, que escalou para os 98% face a 2020. Apesar do consumo digital ser a prin cipal tendência, a loja ainda assume um papel crucial para a cadeia de moda, representando 30% das suas vendas. “ter um parceiro que com preenda a nossa estratégia omnicanal era essencial. Graças à VtEX, o nosso processo de compra online e recolha em loja física viu melhorias signifi cantes. Agora, temos os stocks sempre atualizados, o que permite às lojas expedirem em tempo real,” explica Filipe Amaro, cEO da Quebramar. “O cliente pode encomendar online através do nosso site e passado uma ou duas horas estar a recolher a sua compra numa loja,” acrescenta. “Estamos muito contentes por fazer parte e impulsionar a jor nada de transformação digital da Quebramar. trabalhar com a sua equipa tem sido muito gratificante, além da marca ser um dos princi pais players de moda em Portugal, trata de forma disruptiva tanto os canais on, como off. Juntos estamos a construir melhores experiências para o cliente da Quebramar,” refe re t hiago Borba, head of Sales de Portugal da V t EX. Além de ter contribuído para o aumen to da receita geral da Quebramar, ter a VtEX enquanto parceiro trou xe outras vantagens. Fatores como a integração com várias APi, como os ctt, a E-Goi e a Klarna, entre outras, estiveram no cerne da decisão para a marca portuguesa. 

produtos da epson distinguidos com prémios “iF design Award elege para impulsionar

vendas Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

2022” Quebramar

VTeX

O s objetivos de redução de emissões da Schindler baseiam-se em crité rios científicos, que foram aprovados pela iniciativa Science Based targets (SBti), que ajuda as empresas a esta belecerem as suas metas, com vista a um aumento máximo da temperatura global de 1,5°c. Segundo referiu o presidente e cEO do grupo Schindler, Silvio Napoli, “queremos acelerar a transição para um futuro com baixas emissões de carbono e, para isso, assu mimos alguns dos compromissos mais ambiciosos da nossa indústria a este respeito”. O SBti aprovou os objetivos de Schindler a curto e longo prazo. A meta estabelecida para o ano de 2030 envolve uma redução de 50% nas emissões de gases com efeito de estufa das suas atividades, com base nos dados de 2020. isto inclui emissões diretas, conhecidas como emissões de âmbito 1, que no caso da Schindler provêm principalmente da sua frota de veículos, dos edifícios e processos que fazem parte das suas operações. integram-se aqui também as emissões indiretas, ou emissões Scope 2, que surgem das suas compras de energia e climatização dos espaços. Por fim, a Schindler está também a trabalhar para reduzir as emissões da sua cadeia de valor, âmbito 3, em 42%. A longo prazo, a Schindler está empe nhada em alcançar o objetivo de emis sões zero até 2040, através de uma redução de 90% das suas emissões de gases com efeito de estufa, nas três áreas acima mencionadas. Por outro lado, de acordo com os critérios e reco mendações feitas pelo SBti, a empresa de ascensores e escadas rolantes dá prioridade à redução das suas emissões diretas, a fim de progredir na descar bonização, tentando ao mesmo tempo, neutralizar as suas emissões residuais. Os objetivos de redução de emissões com base científica baseiam-se nas últimas investigações que determinam as ações necessárias para alcançar os compromissos do Acordo de Paris, que incluem a limitação do aumento da temperatura global a não mais de 1,5°c acima dos níveis pré-industriais. Se por um lado as ações de curto prazo indicam as medidas que as empresas devem aplicar nos próxi mos cinco a 10 anos para reduzir o seu impacte ambiental, por outro, as de longo prazo indicam o nível de reduções de emissões que precisam de alcançar para alcançar o desafio de emissões líquidas zero até 2050.

28 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 FA zer B e M Hacer bien

Estas metas são desenvolvidas pelas próprias empresas e depois validadas pelo SBti, numa parceria entre o carbon disclosure Project, o Pacto Global das Nações unidas, o World Resources institute e o World Wide Fund for Nature.  A sociedade atual enfrenta o desa fio de criar um ambiente mais sustentável, tentando garantir o equilíbrio entre o crescimento eco nómico e o bem-estar social. No setor do retalho, são muitas as empresas que já deram o salto para um modelo de economia circular. c onscientes da urgência desta mudança, a c BRE criou o projeto Re-Fashion, que decorreu em todos os centros comerciais que gere de norte a sul do país. Assim, nes ses espaços, foram criadas diversas iniciativas visando a sensibilização da população para a importân cia da economia circular e para a consciencialização da redução, reutilização e reciclagem de peças de vestuário, indo desde a recolha de roupa para doação ou transfor mação, até workshops de sustenta bilidade, participando assim, como agentes ativos nesse grande salto.

Schindler compromete-se a alcançar zero emissões de gases de efeito de estufa até 2040 CBre cria projeto re-Fashion a nível Ibérico

Nos centros comerciais geridos e comercializados pela c BRE esteve, asism, patente o projeto Re-Fashion, o renascimento da moda, numa ini ciativa que decorreu entre maio e o passado mês de julho. As roupas recolhidas serão contabi lizadas e doadas a uma instituição de apoio social, com o propósito de lhes dar uma segunda vida útil e, por sua vez, apoiar na resposta às necessidades da comunidade. 

FA zer B e MHacer bien

Está situada no Bairro do Zambujal, em Alfragide, tendo sido fundada por Johnson Semedo, que conta com um percurso de superação, depois de ter passado uma fase marcada por com portamentos desviantes, com dez anos na prisão, acabando por criar e liderar esta iPSS, que atua em 16 escolas nos concelhos da Amadora e de lisboa, apoiando cerca de 200 jovens.

A Fundação Santander Portugal apoia projetos educativos que possam com plementar o sistema educativo, gerando mais desenvolvimento sustentável e ace lerando a mobilidade social através da igualdade de oportunidades. 

AFundação Santander Portugal e a Academia do Johnson voltam a associar-se para atuar no comba te à delinquência juvenil. O protoco lo agora assinado diz respeito a um projeto-piloto que visa acompanhar as famílias que educam os seus filhos em ambientes de risco. Porque estas têm um papel fundamental na educação das crianças e jovens, na sua evolução como pessoas, nos valores e no progresso dos Esteestudos.projeto, denominado “Oficina de Pais”, pretende fomentar as famílias a ter uma participação ativa na vida dos jovens, permitindo desta forma que o contexto familiar de cada jovem exerça uma função de controlo informal no seu comportamento, com a redução de comportamentos de risco. O projeto irá ajudar os pais no processo educativo, na escola, em casa e em situações de lazer, trabalhando atualmente com 30 famí lias de crianças e jovens, com idades entre os 6 e os 18 anos.

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Fundação Santander portugal alia-se à Academia do Johnson para acompanhar 30 famílias de bairros problemáticos

“tal como a Fundação Santander Portugal, a Academia do Johnson acre dita que a educação pode ser o motor do elevador social. Nesse sentido, atua há oito anos junto de crianças e jovens oriundos de meios familiares e sociais fragilizados, bem como das suas famí lias e comunidades, na prevenção da delinquência juvenil, veiculando valores humanistas, assentes nos princípios da justiça, equidade, liberdade, solidarie dade e autorrealização”, adiantam as duas instituições.

Fundação edp

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 FA zer B e M Hacer bien 30 H ámais de duas décadas que a Sonae Sierra integrou a sustenta bilidade na sua estratégia de negócio e desde então sempre a manteve como pilar do posicionamento em todos os eixos e áreas de negócio, para continuar a entregar soluções com valor partilhado para o negó cio, o ambiente e a sociedade. É por isso que a gestão sustentável da Sierra permitiu à empresa evitar 14,5 milhões de euros em custos operacio nais em 2021. Só o programa de eficiência energé tica Bright®, criado pela Sierra, per mitiu identificar mais de 700 opor tunidades de melhoria desde 2012, que geram uma poupança potencial de mais de sete milhões de euros ao ano. Em 2021 a Sierra evitou 12,3 milhões de euros em custos com energia e o consumo de eletricidade baixou 2% desde 2020. Elsa Monteiro, diretora de Sustentabilidade da Sonae Sierra, afirma que “o novo ciclo inicia do pela Sierra em 2021 reforça a estratégia de sustentabilidade da empresa, que sempre representou um elemento de diferenciação no mer cado. temos apresentado resultados muito positivos graças a uma gestão racional dos recursos naturais e da melhoria das condições de segurança e saúde, mantendo sempre a ambi ção de melhoria. Queremos alcançar a neutralidade carbónica em 2040, o que significa antecipar em 10 anos a meta da comissão Europeia”, Aadiantouempresa reduziu as suas emis sões de cO2 em 84% desde 2005 e o consumo de eletricidade em 66% desde 2002. A percentagem de reciclagem de resíduos cresceu 239% desde 2002 e, no que toca ao consumo de água, este diminuiu 41% desde 2003. A percentagem de água reciclada e reutilizada situa-se nos 6%. No final de 2021, cerca de 58% dos ativos sob gestão da Sierra detinha a certificação de sustentabilidade ambiental de edifícios BREEAM e 38% está certificado com as normas de gestão ambiental iSO 14001 e de Gestão da Segurança e Saúde iSO 45001. de salientar ainda que a empresa foi também a primeira do setor imobi liário em Portugal a refinanciar parte da sua dívida através da emissão de obrigações ligadas a sustentabilidade (sustainability-linked bonds). 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

AFundação EdP vai promover o acesso a veículos 100% elétricos a instituições do setor social. O progra ma tem como principal objetivo pro mover a redução da pegada carbónica do terceiro setor, criar condições para uma poupança efetiva para as enti dades e ao mesmo tempo fomentar o conhecimento sobre a mobilidade elétrica e a sua relevância para um planeta mais sustentável. Esta iniciativa decorre no âmbito do programa Mobilidade Solidária e prevê o acesso a 20 veículos 100% elétricos, instalação de wallboxes de carregamento, apoio aos gastos com eletricidade e formação sobre utiliza ção eficiente. A sua implementação contará com o apoio da leaseplan, sobretudo na componente de for mação. O processo de candidaturas decorreu entre 20 de junho e 31 de julho de 2022, no site da Fundação EdP. Podiam candidatar-se ao programa entidades da economia social, sem fins lucrativos, constituídas como associações, cooperativas, fundações ou misericórdias que desenvolvessem a sua atividade em território nacional. As candidaturas serão analisadas com base em critérios de impacto social, tais como o número de beneficiários da instituição candidata e o número médio de deslocações. “O caminho que estamos a percor rer rumo a uma transição energética justa e inclusiva tem necessariamente de incluir os protagonistas do terceiro setor. com este programa de mobi lidade solidária, a Fundação EdP pretende dar o seu contributo para que tal aconteça, sensibilizando as instituições sociais para a necessidade de descarbonização e de uma ativida de social energeticamente eficiente”, afirma Vera Pinto Pereira, presidente da Fundação EdP. “A Fundação EdP tem trabalhado ativamente na área do impacto comu nitário, desde a sua constituição, com foco na inclusão e na melhoria da qualidade de vida de pessoas e comu nidades em situação vulnerável”, adianta a empresa. O plano estratégico da Fundação EdP, definido em 2022, está alinha do com os objetivos estratégicos do grupo de ser uma referência global em ESG, e reforça a vontade de, através do investimento social, garan tir o acesso a energia “limpa” para todos.  promove acesso a veículos 100% elétricos a entidades do setor social Sierra evitou custos de 14,5 milhões, com a implementação de medidas de ecoeficiência

actualidad € agosto de 2022

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El suespañolturismoacelerarecuperaciónconlaapuestaporunmodelomássostenibleytecnológico

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 33 gr A nde T e MAgran tema

D urante 2019, España fue el segundo país del mundo que más turistas recibió en el año, por detrás de Francia. En el año antes de la pandemia viajaron a territorio español 83,7 millones de turistas pro cedentes de otros países que realizaron un gasto de 92.337 millones de euros, según las cifras del Ministerio de industria, comercio y turismo. con estos números es fácil entender lo que supuso para el sector turístico español la llegada del covid. Su aportación a la economía pasó de representar el 12,4% del PiB en 2019 a un 5,5% en 2019 y un 7,4% en 2021. En estos dos últimos años las distintas olas del covid han seguido desafiando al sector al igual que el escenario de incertidumbre que se vive por la guerra en ucrania y por una elevada inflación. Sin embargo, las previsio nes de recuperación de distintas orga nizaciones son muy buenas. El infor me “turismo en España: l os retos de un sector que ha sabido vencer, 2022” realizado por la OBS Business School habla de la evolución de un sector que promete generar cifras aún mayores que antes del inicio de la pandemia. En los tres primeros meses de este año, por ejemplo, llegaron a España 9,6 millones de visitantes, una cifra muy buena si se tiene en cuenta que en el mismo periodo de 2021 solo lo hicieron 1,2 millones de turistas. Otro dato significativo es que en marzo llegaron a España algo más de cuatro millones de visitantes, un 71% de los turistas que entraron en el país duran te el mismo mes de hace tres años; sin embargo, el gasto que realizaron fue del 84%, superando los 5.000 millo nes de euros. “Hay una tendencia clara de aumento del gasto medio por turista que propicia la recuperación. con menos turista se recauda más”, resalta Alberto Gimeno, director del informe y profesor de la escuela. l a administración y el sector pri vado están trabajando para no solo recuperar completamente el estándar del turismo de antes de la pandemia, sino lograr unos niveles de calidad todavía mayores. El estigma de la oferta de sol y playa, clave para el cre cimiento del país desde los años 60, podría entrar en una fase en la que la complementariedad de oferta cultu ral, gastronómica y de ocio en gene ral redondee al alza el atractivo para el turista. “Hay cambios, se nota una mayor calidad de la oferta turística española. l a gastronomía y el etno turismo, por ejemplo, complementan muy bien la oferta de sol y playa y ayuda a la desestacionalización del turismo”, añade el responsable del informe en el que se resalta también el clima inversor alegre y responsable de determinadas empresas del sector. Algunos ejemplos son la cadena hote lera británica Hoxton, que desem barca con un hotel en Barcelona; la americana Sonder, con el estudio de nuevos hoteles en España o la france sa Accor, con el proyecto de tres nue vos establecimientos en nuestro terri torio. “ también existe la posibilidad de que Barcelona albergue el primer hotel de la marca de lujo Sl S Hotels y que la cadena l eonardo amplíe su presencia en España con sendos establecimientos en la c osta del Sol y Mallorca”, subraya el documento. Asimismo, entre los planes conocidos hasta el momento, Radisson Blue abrirá su primer hotel en l anzarote y Royal caribbean, una de las grandes compañías del tráfico mundial de España está protagonizando una exitosa recuperación del sector turístico y se espera que este mismo año logre unos resultados incluso mejores que antes de la pandemia. Esta nueva etapa coincide con la elaboración de la Estrategia de Turismo Sostenible de España 2030, una agenda nacional de turismo para afrontar los retos del sector en el medio y largo plazo, impulsando los tres pilares de la sostenibilidad: socioeconómica, medioambiental y territorial.

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202234 gr A nde T e MA gran tema Marina Vela, una alternativa de turismo distinta para Barcelona Dotada de tecnología punta, Marina Vela está situada en una zona privile giada de la costa barcelonesa. Dis pone de 130 amarres en el mar y una marina seca robotizada pionera en el continente que permite albergar 222 embarcaciones de menos de 9 metros de eslora. Desde su inaugu ración en 2018, se ha convertido en una zona de referencia en Barcelona con una oferta gastronómica y de ocio al lado del mar que comple mentan sus instalaciones náuticas. Las obras se realizaron con la preo cupación de recuperar un espacio en desuso para devolvérselo a la ciudad y con la intención de redu cir el impacto que las operaciones tienen en el entorno, explica Alberto García, director de Marina Vela. ¿Qué supone para el turismo de Barcelona el proyecto de Marina Vela? Es una alternativa de turismo distin ta en la ciudad de Barcelona porque ha sabido combinar su condición de espacio de acceso libre para el públi co con el mantenimiento de un clima de exclusividad. Marina Vela es una opción turística diseñada para quien huye de las aglomeraciones y gusta de disfrutar de un entorno natural, en un clima familiar y con la posibilidad de disfrutar de la especial belleza de nuestro entorno y del mundo de la náutica. Y todo ello, además, adere zado con las mejores y más variadas opciones de restauración. ¿Cómo se ha integrado la nueva marina con la ciudad? La integración de Marina Vela en la ciudad de Barcelona es un proceso que aún sigue estando vivo. Estamos hablando de una Marina de muy re ciente creación y que ha visto sus primeros años muy condicionados por el impacto del covid-19. Pese a ello, cada vez contamos con más y mejores eventos náuticos en nuestra Marina que surgen en colaboración con empresas y organizaciones de nuestro entorno y, estamos conven cidos, de que la celebración de la Copa América en 2024 dará un im pulso definitivo a la representatividad de Marina Vela en Barcelona, en Es paña y, en general, en los mercados internacionales de náutica y turismo. ¿Qué perfil de turismo llega? Claramente nuestros dos pilares de captación de turismo son la náutica y la restauración y nuestros clientes lo saben. El privilegiado entorno en el que se ubica Marina Vela, la facilidad en el acceso y salida a mar abierto, la calidad y variedad de los servicios prestados por la propia Marina, pero también muy especialmente por las empresas que han decidido apos tar firmemente ubicando su sede en nuestra Marina, nos permite atraer barcos de muy alta calidad para to dos los tramos de esloras que son muy apreciados especialmente por los amantes del sector náutico. Por su parte es un verdadero privile gio y un orgullo para nosotros poder contar con una oferta gastronómica de tan alta calidad como la que ofre cen los cuatro grupos de restaura ción actualmente ubicados en el en torno de nuestra Marina. Un elevado

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 35 gr A nde T e MAgran tema cruceros, ha triplicado este año sus reservas en España y ya ha anun ciado que operará con el gigante de los mares, Wonder of the Seas, el mayor buque de transporte de pasa

jeros del mundo con capacidad para casi 7.000 usuarios. Alberto Gimeno prevé que “lo mejor para el sector está a punto de llegar”.

Retención de talento Pero para hacer realidad los nuevos proyectos España tiene que resolver uno de sus mayores retos en materia de turismo que no es otro que el de la escasez de personal para mantener la calidad de sus servicios turísticos y seguir siendo competitivo. l a consul tora McKinsey&c ompany resalta en un reciente informe que el sector de la hostelería (que suele emplear a uno de cada ocho trabajadores en España) está infradotado en estos momentos, “con unos 73.400 empleados menos de los que tenía en febrero de 2020 (una caída del 5,5%)”. Si bien el empleo en el sector hotelero sigue de cerca los picos estacionales de la demanda, “se redujo a cero con el ini cio de la pandemia y desde entonces ha experimentado una fuga de talen tos hacia otras industrias”, resalta el documento. Y esta escasez de perso nal en la hostelería se refleja necesa riamente en la economía. dada la importancia del turismo en la eco nomía del país, la consultora resalta que el sector de la hostelería española deberá replantearse y dar prioridad a la adquisición, recualificación y retención de talento. “Sorprende que con la dependencia de España del sector turístico y con todo lo que ha sufrido, el problema ahora es que las empresas no son capaces a atender la demanda, por la fuga de talento y por no haber tenido más previsión y adaptarse a lo que quiere ese talen to”, señala Javier caballero, socio de turismo de McKinsey. Advierten que el quid de la cuestión puede no residir en el número de trabajadores necesarios para cubrir el déficit, “sino en sus competencias, que son funda mentales para ofrecer un alto nivel de servicio”. Turismo sostenible El Gobierno español está inmerso en la elaboración de su Estrategia de turismo Sostenible y ya en 2019 se establecieron unas directrices básicas sobre lo que España debía perse guir. "l a nueva estrategia fomenta rá el desarrollo de productos basa dos en nuestros valores: ecoturismo, turismo enogastronómico y turismo cultural”, indica el documento de trabajo. España comenzó su apues ta por el turismo en los años 60, y porcentaje de nuestros actuales clientes locales de Barcelona nos han conocido a través de nuestros restaurantes. ¿Qué potencial tiene el turismo náutico en España? España es uno de los principa les países de Europa en cuánto al turismo náutico se refiere, junto a otros países del mediterráneo como Francia, Croacia, Italia, o Grecia. La actividad se concentra sobre todo en las Islas Baleares, Valencia, y Barcelona; y cada año el número de embarcaciones dis ponibles continúa creciendo para acoger la demanda. Además, el interés por este tipo de vacaciones ha subido mucho tras la pandemia dado que el barco es un entorno seguro en el que el contacto con otra gente es limitado, en los últi mos años la demanda ha aumen tado alrededor de un 50%, en par te por el efecto del Covid. ¿Es un turismo más sostenible? La náutica de recreo es sostenible social, económica, y medioam bientalmente. En los últimos años se han tomado medidas que ga rantizan la sostenibilidad de esta actividad, como por ejemplo la prohibición de fondear sobre pra deras de posidonia y que ya ha conseguido revivir exponencial mente la cantidad de esta espe cie. Por otro lado, los motores de las embarcaciones son cada vez más eficientes y ya empiezan a ser eléctricos, y los veleros no emiten ningún tipo de contaminación. Además, se trata de una industria al tamente concienciada con el medio ambiente, y muchas de las princi pales empresas del sector dedican parte de sus recursos a ayudar a la regeneración de su medio, el mar.

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202236 gr A nde T e MA gran tema Turismo cada vez más verde

La sostenibilidad es cada vez una apuesta más clara de los nuevos establecimientos que se van abriendo por todo el país. Hay más conciencia del cambio climático, de la escasez de re cursos y del mayor conocimien to ambiental del consumidor. Muchas empresas turísticas es pañolas creen que deben orien tarse hacia un turismo verde para garantizar un futuro prome tedor del sector. El pasado 1 de julio abrió sus puertas en Salou (Tarragona) Alannia Resorts que apuesta por un nuevo modelo de turismo sostenible, el hotel-resort hori zontal, con construcciones de no más de dos pisos de altura. Se trata de un oasis urbano de 22 mil metros cuadrados, ro deado de zonas verdes abiertas, con 346 habitaciones polivalen tes que puede acoger a más de 700 personas. En su proyecto sostenible destaca el sistema de recogida de aguas pluviales y una tecnología de aerotermia que extrae hasta un 77% de la energía del aire y la convierte en energía renovable, limpia y alta mente eficiente. El resort está alineado con el objetivo de la ciudad de Salou de convertirse en uno de los destinos más po tentes del Mediterráneo, a tra vés del impulso de la diversidad turística y compromiso con la desestacionalización vacacio nal. El hotel de cinco estrellas Suites de Lago, en Menorca, es otro de los últimos establecimientos ecológicos que han abierto en España. Se encuentra en Cala’n Bosch, en Ciudadella (Menorca), y pertenece al grupo hostele ro Moga. Cuenta con la certifi cación Biosphere Responsible Tourism, Menorca Reserva de la Biosfera y Cy cling Friendly, que promue ven un estilo de viajes res petuoso con el decálogodecomobiente.medioamTalysepueleereneldel resort, son muchas las iniciativas que tienen como objetivo “par ticipar en el proceso de cambio hacia un turismo concienciado por el ahorro energético y el reci claje”. Entre ellas, el hotel cuenta con 134 placas híbridas (solares y fotovoltaicas) que se utilizan para climatizar la piscina sin con taminar, un sistema de riego que funciona por aguas grises para aprovechar al máximo el agua, un sistema de refrigeración inte ligente que limita el desperdicio de energía en las habitaciones, uniformes creados a partir de productos reciclables o piscinas libres de cloro. Las construcciones realizadas responden a requisitos energé ticos importantes. Por ejemplo, las paredes exteriores están envueltas de un material ais lante que garantiza un máximo asilamiento y un uso energético eficiente. Y la fachada de todo el hotel está construida de un material llamado KRION® EcoActive. Una de las caracterís ticas de este producto es que es capaz de purificar el aire. “Se ha acreditado que un me tro cuadrado de este material puede llegar a purificar el aire necesario para que 6,5 perso nas respiren aire puro durante un año”, explica la dirección del hotel.

gr A nde T e MAgran tema creció con una fórmula de turismo masivo de sol y playa dirigido a las clases trabajadoras del mercado europeo. c on los años, se consolidó como uno de los destinos favoritos de Europa y la nueva estrategia sen tará las bases de un nuevo modelo turístico para transformar los des tinos de acuerdo a criterios sosteni bles alineados con los Objetivos de desarrollo Sostenible (OdS) de la Agenda 2030, en el marco del Plan de Recuperación, transformación y Resiliencia 'España Puede'. Para la elaboración de la estrategia se ha lanzado un proceso participativo con el sector turístico. “dos años después del inicio de la pandemia, el turis mo es hoy uno de los sectores que más está contribuyendo a la recu peración de la economía española. Pero no sólo estamos ocupados en recuperar nuestro liderazgo turístico, sino que estamos construyendo las bases del liderazgo de las próximas décadas”, ha manifestado la ministra de industria, c omercio y turismo, Reyes Maroto. tal y como resaltó el responsable en la presentación del proyecto “vamos a apoyar a nuestros destinos a transformarse en verda deros polos de innovación y atrac ción turística más resistentes frente PUB

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202238 gr A nde T e MA gran tema a retos como el cambio climático y la digitalización, y que contribuyan a diversificar nuestra oferta y deses tacionalizar la demanda para atraer a un turista de mayor gasto". Por su parte, el secretario de Estado de turismo, Fernando Valdés, recor dó que se busca “un desarrollo equi librado de nuestro potencial turísti co, repartiendo la riqueza que genera esta actividad por todo el territorio, generando oportunidades de empleo también en aquellas zonas afectadas por la despoblación”. Otros de los objetivos que persigue la estrategia son aumentar la competitividad de los destinos, incorporar la sostenibilidad y la digitalización en la gestión de los recursos, infraestructuras y productos turísticos, y mejorar la calidad y el capital natural del sistema turístico. Inteligencia turística En esa apuesta por un turismo más competitivo y sostenible hay un fac tor importante que entra en juego, el de la innovación y la tecnología. El instituto Valenciano de tecnologías turísticas está revolucionando el sec tor con el uso del Big data para ana lizar mercados, competidores y turis tas. Este centro es uno de los pocos dedicados íntegramente al i+d+i de la industria turística del país y será en él donde se instale la sede física del c entro Nacional de inteligencia turística que el Gobierno tiene previsto inaugurar el próximo año. desde él se gestionará la platafor ma inteligente para destinos turísti cos que pretende unificar las pautas para avanzar hacia la digitalización del sector. una nueva herramienta que, según el Ministerio de turismo, “combinará datos públicos y privados para generar una inteligencia compe titiva y de negocio” y creará modelos adecuados “a las exigencias de los agentes de la cadena de valor: turis ta, destinos y empresas”. Se quiere además convertir Benidorm en un gran centro de datos para, tras el debido proceso de análisis e interpre tación de los mismos, determinar las acciones concretas a desarrollar para seguir mejorando la ciudad como destino turístico y, de esta mane ra, mantener el liderato que ostenta desde hace décadas en el mercado vacacional europeo. desde el i nstituto tecnológico Hotelero (it H) se está trabajando para conseguir que “toda la tecno logía que funciona en otros sectores se use en el sector hotelero”, afirma Álvaro carrillo de Albornoz, direc tor general de este organismo. it H junto con c EHAt están promo viendo la iniciativa “Smart hotel”, dotando a los establecimientos de las herramientas y servicios necesa rios para la transformación digital del negocio y la sostenibilidad. “Ya tenemos a más de 100 hoteles que se interconectan para tener información común sobre el precio de venta, la tasa de ocupación…. de esta forma tenemos información a futuro sobre cómo se venden las habitaciones”, añade carrillo de Albornoz. A largo plazo se espera poder incorporar otro tipo de informaciones, como las pre visiones de turismo de turespaña, de AENA, “previsiones basadas en datos para que los empresarios tomen decisiones y conseguir ocupaciones mejores”, puntualiza. l a tecnología también está ayudando a seleccionar a los candidatos para que las empre sas encuentren perfiles que se acoplen a sus verdaderas necesidades. 

Afirmando-se como uma vila urbana no “coração” de lisboa, está a nascer em Marvila o Prata Riverside Village, empreendimento residencial premium, que contempla vários edifícios, com tipologias t0 a t3 e preços a partir de 295 mil euros. com uma elevada pro cura por parte de compradores nacio nais e internacionais, dos 175 aparta mentos já concluídos, pertencentes aos edifícios the One, Riverside e West, 170 já estão vendidos, com a RE/ MAX collection, imobiliária líder no segmento de luxo, a ser uma das responsáveis pela comercialização. com promoção da Vic Properties, este é o único projeto assi nado em Portugal pelo con ceituado arquiteto italiano Renzo Piano (Prémio Pritzker em 1998), e distingue-se pela localização, arquitetura e urbanismo, sendo um negócio que se apresenta como uma oportunidade de investimento seguro. Atualmente em fase de comercializa ção estão dois dos edifícios do Prata Riverside Village, com as vendas a decorrerem a um ritmo elevado. composto por 107 apartamentos, o Square, cujas obras estarão concluídas no segundo semestre deste ano, tem já mais de metade (55%) das frações ven didas. Já noutro edifício do empreen dimento, o urban, que tem conclusão prevista para o início de 2023, foram comercializados até este momento mais de 75% dos seus 65 apartamentos. Segundo a promotora, de uma forma agregada, dos 350 apartamentos colo cados no mercado, já foram vendidos 80% dos mesmos, com os portugueses a serem responsáveis por mais de 60% das compras. No que concerne aos clientes internacionais, têm como ori gem 30 nacionalidades, com destaque para os mercados do Reino unido, Espanha e Brasil. c onsiderado “O Melhor Empreendimento imobiliário na categoria de Habitação em Portugal” (“Prémio Sil 2019”), o Prata Riverside Village está equipado com lojas, res taurantes, galerias, pista de bicicletas e parques infantis para servir a comuni dade de residentes, mas também atrair visitantes de outros bairros lisboetas. 

procura por arrendamento sobe 45%, enquanto compra de casa diminui 32% re/max Collection comercializa prata riverside Village

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202240 S e T or IM o BI l I ár I o sector inmobiliario Aprocura por arrendamento registou um aumento de 45% no primeiro semestre de 2022, em comparação com os últimos seis meses de 2021, quando os valores se mantiveram estáveis. Este aumento da procura foi progressivo a partir de janeiro, com um crescimento de +30% da procura até junho. Os dados são do imovirtual, portal com o maior número de imóveis em Portugal, que revela um estudo sobre a procura de casa para compra e arrendamento. Paralelamente, a procura por compra de casa revela um decréscimo de -3,2% no primeiro semestre do ano, quando comparada com o semestre anterior. No entanto, ao comparar o período de janeiro a junho de 2022, há um decréscimo mais acentuado de -32%. No que diz respeito à oferta de casas para venda, há também um decréscimo de imóveis de cerca de -30% em junho, face a meados do ano passado. “As casas para venda estão 7% mais caras, o que representa cerca de mais 25 mil euros no custo médio da habitação e é um dos fatores que identificamos para justificar esta mudança de tendência do mercado, que passa da compra para o arrendamento. A este fator juntam-se a falta de oferta de casas para venda, bem como a subida das taxas Euribor e da taxa de juro, que aumentou pela primeira vez em 2022 em abril, cerca de 0,8%», explica Ricardo Feferbaum, diretor geral do imovirtual. No geral, no que diz respeito à procura de casa para compra, os apartamen tos foram a categoria mais requisitada, seguindo-se as moradias, terrenos e, por fim, quintas e herdades. O maior aumento de procura registou-se na procura por apartamento em Braga (+16,9%), Setúbal (+13,3%) e lisboa (+12,7%). Já as maiores quebras na procura ocorreram no caso das quin tas e terrenos em Setúbal (-22,4%) e Évora (-14,4%), bem como moradias no Porto (-14,9%). A faixa etária dos 45 aos 54 anos foi a que mais procurou casa no primei ro semestre do ano, face ao anterior, seguindo-se o grupo dos 35 aos 44 anos, que registou o maior aumento de procu ra (+18%). No mesmo período, verifica -se também um aumento de +10% do tráfego internacional, sobretudo vindo de utilizadores do Brasil, França, Suíça e Reino, com preferência pelas cidades de lisboa, Porto e Braga. 

Relativamente aos trabalhos em remode lação geral mais solicitados, em destaque uma maior procura por remodelações de zonas exteriores, como varandas, ter raços e jardins, resultado do período Segundopandémico.João carvalho, co-fundador da Melom, “temos constatado que o tempo passado em casa passou a ser um dos aspetos centrais da qualidade de vida dos portugueses. com a permanência mais intensiva nas habitações, tendência acentuada com o contexto pandémico, o sentido crítico aumentou, quer no que concerne a imperfeições quer na otimização dos espaços. Nesse sentido, a nossa atividade tem vindo a registar um incremento no volume de pedidos de obra, principalmente ao nível de remo delações, realizadas a pensar na plena utilização da casa”.  A Jll, através da sua equipa de Retail leasing, acaba de colocar o novo cosentino city – um inovador conceito de showroom da cosentino – no centro de lisboa, que vai ocupar uma área de 359 metros quadra dos no tivoli Fórum. uma referên cia de sucesso no “coração” da mais prestigiada avenida para o comércio de rua em Portugal, a Avenida da liberdade, este edifício é propriedade da Pontegadea, que foi representada pela consultora nesta operação. inaugurado em 1999, o tivoli Fórum rapidamente se tornou numa refe rência para o comércio de rua em Portugal e, em especial junto dos operadores voltados para o segmento premium e de luxo. Além da gale ria comercial, onde a consentino se junta agora a várias marcas de referência internacional, o ativo inte gra ainda dois edifícios de escritó rios, o hotel NH collection lisboa liberdade e um parque de estaciona mento público e privado. Mariana Rosa, head of leasing Markets Advisory da Jll, comenta: “o tivoli Fórum é, sem dúvida, uma zona de referência para as marcas e os operadores que querem marcar pre sença na mais luxuosa avenida para compras em Portugal. Por isso, nesta fase de ressurgimento da dinâmica de mercado no comércio de rua, em que vários players de gama alta estão ativamente no mercado à procura de espaços disponíveis, é natural que espaços como este, que combinam uma área generosa com uma locali zação exclusiva, sejam alvo de forte interesse, resultando em processos de comercialização bastante disputados e, claro, bem-sucedidos para os nossos clientes, como foi o caso”.

lisboa, Coimbra e Almada são os concelhos que mais apostam em remodelação

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 41 S e T or IM o BI l I ár I osector inmobiliario D e acordo com dados da Melom e Querido Mudei a casa Obras (QMAcO), líderes no setor das obras residenciais em Portugal, nos primeiros cinco meses do ano lisboa, coimbra e Almada foram os concelhos que mais apostaram em remodelação. de janeiro a maio, foi elevado o volume de obras para ambas as insígnias, com o registo de 11.141 pedidos de intervenções a nível nacional, sendo que destes, quase três mil (26,5%) eram direcionados a remode lação geral, que se mantem no topo das prioridades no que diz respeito ao tipo de obras mais solicitados pelos portu gueses. Neste período, o valor médio de intervenção por concelho fixou-se em 26 mil euros. Os dados agora apresentados e relativos aos primeiros cinco meses do ano mos tram que, por concelho, lisboa lidera o top 10 dos que mais apostaram em remodelação, com 384 obras adjudica das e concluídas, 13% do total registado pelas marcas. Seguem-se os concelhos de coimbra (5,5%), Almada (5,4%), leiria (3,6%), Sintra (3,3%), Oeiras (2,6%) e Porto (2,5%). Nas posições seguintes, encontram-se os concelhos da Amadora e de loulé (2,4% cada) e fecham o top cascais e Vila Nova de Gaia (2,1% cada). Já numa análise por distrito e no que se refere ao núme ro de pedidos de remodelações, de janeiro a maio, lisboa lidera o top 5 (30,5%), seguida pelo Porto (10,7%) e Setúbal (10,2%). Fecham o ranking os distritos de coimbra e de Faro (7% cada).

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

Jll administra novo Cosentino City no Tivoli Fórum, em plena Avenida da liberdade

O grupo cosentino é uma empre sa global, de génese familiar e com operação em Portugal. A cosentino é líder mundial na produção e dis tribuição de superfícies para design e arquitetura, graças a marcas pioneiras e líderes dos seus respetivos segmen tos, como Silestone, dekton ou Sensa by cosentino. 

Oprograma de inovação aberto ao setor do turismo - check-in tou rism innovation juntou este ano, na sua segunda edição, 20 startups e 18 PME em projetos colaborativos para o desenvolvimento de soluções inovado ras dirigidas ao setor das viagens e do Oturismo.Programa – promovido pelo Had dad Entrepreneurship institute, em cooperação com o Westmont institute of tourism and Hospitality (ambos da Nova SBE) em parceria com o tu rismo de Portugal – reuniu 76 candi daturas, avaliou 362 propostas e pré -selecionou para finalistas 20 startups À fase final, de concretização efetiva de pilotos, chegaram 10 startups e 13 parceiros, que, durante o demo day, apresentaram 21 soluções inovadoras que propõem tornar o setor do turis mo mais digital, próximo, eficiente, sustentável e seguro. incrementar a atratividade, sustenta bilidade e segurança do setor do tu rismo foi o grande desafio colocado a startups e PME, cujos projetos, de senvolvidos ao longo de 12 semanas, responderam às necessidades mais pre mentes do setor. Na presente edição do check-iN, tourism innovation, podem destacar-se três soluções: a startup Zoomguide, parceiro da Par ques de Sintra tecnologia, que, com recurso a i A, permite explorar inúme ros pontos de interesse em três salas do Palácio Nacional de Sintra; a startup Faundit, com parceria da united Ho tels, uma plataforma online (SAAS), que permite o registo, localização e devolução de itens perdidos, tendo o projeto sido implementado em nove unidades hoteleiras united Hotels, permitindo aos hóspedes o registo online para posterior localização, atra vés de i A, dos seus itens perdidos; e ainda a startup Bitskout, piloto com parceiro top Atlântico, operando esta plataforma de software através de i A, para extrair de e-mails provenientes de vários clientes, informações de viagens em português, por forma a reduzir o trabalho manual, extraindo automa ticamente informações básicas, como datas, informações de voo/hotel/ transportes, etc., para um sistema de gestão baseado na nuvem. 

Startups e pMe desenvolvem projetos colaborativos no Check-In, Tourism Innovation

42 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 CI ên CIA e T e C nolog IA ciencia y tecnologÍa

OBPi e a Fintech House estabelece ram uma parceria com o intuito de apoiar o empreendedorismo, a ino vação e o desenvolvimento de projetos tecnológicos e financeiros. Esta parce ria contempla várias iniciativas conjun tas que visam aproximar a comunidade da Fintech House, onde se incluem desde startups, parceiros e investido res, ao BPi, em particular nas áreas de open banking, ESG, deFi, metaverse e web3.0, promovendo a criação de no vos projetos e o teste de novas soluções. Afonso Fuzeta Eça, diretor executivo do centro de Excelência para a inova ção e Novos Negócios do BPi (na foto, ao lado de Mariana Gorjão Henriques), afirmou que esta “parceria reflete a aposta do BPi no apoio e na promoção do ecossistema de inovação nacional. Através desta colaboração, o BPi ganha acesso a um conjunto de startups com soluções disruptivas, com quem pode desenvolver projetos-piloto e parcerias. Além disso, permite que o banco con tinue a impulsionar internamente uma cultura de inovação, promovendo a in teração entre as diversas áreas do banco e as startups da Fintech House”. O acordo prevê a organização de even tos de relevo ao longo do ano, a ligação das startups residentes ao ecossistema bancário, e a testagem de soluções entre as startups e o BPi, fomentando a ino vação. O BPi irá ainda disponibilizar mentoria de forma a contribuir para o crescimento do ecossistema presente na Fintech House. “Na Fintech House, procuramos ter os parceiros que acreditem na nossa visão de colaboração e comunidade. O Banco BPi mostrou-se desde o início um parceiro interessado em contribuir para o ecossistema, apoiar as startups, envolver-se na nossa comunidade e nes se processo poder arriscar e apostar em novas inovações disruptivas. Para nós é um excelente marco do nosso cres cimento, num ano de retoma total e em que preparamos uma nova fase de crescimento”, explica Mariana Gorjão Henriques, head of Fintech House. A Fintech House é o maior hub fin tech em Portugal, servindo de cowork a startups, que desenvolvem soluções inovadoras nas áreas de fintech, insur tech, regtech e cybersecurity 

BpI e Fintech House aliam-se para acelerar a inovação tecnológica e financeira

Minsait traz nova conectividade 5g para ambientes industriais primavera lança solução cloud pioneira de processamento de salários

43AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € CI ên CIA e T e C nolog IAciencia y tecnologÍa

A plataforma Rose People resulta de um investimento da Primavera BSS na ordem de um milhão de euros e destaca-se pelos automatismos pio neiros de processamento salarial, pela comunicação direta com a plataforma da Segurança Social, pela gestão glo bal das contas de benefício, pela ges tão automatizada de contratos de tra balho e pela facilidade de adaptação às regras de processamento de cada Estaorganização.plataforma cloud da Primavera BSS destaca-se de todas as soluções existentes no mercado pelo facto de incluir um novo modelo de gestão de contas de benefício, onde está cen tralizada toda a informação relativa a subsídios, banco de horas, descanso complementar, os valores a que cada colaborador tem direito e o que já foi gozado, simplificando a gestão de todo este processo. 

AMinsait, uma empresa da indra, lan çou uma proposta diferencial para acelerar a transformação digital das em presas através da implementação de redes privadas 5G em ambientes industriais. Esta solução de ponta a ponta abrange desde a identificação das necessidades a cobrir na indústria até à implementação do sistema, incluindo a infraestrutura necessária e a gestão e supervisão de toda a rede privada. desta forma, a Minsait disponibiliza às empresas os benefícios de todo o potencial que estas redes oferecem para a implementação de casos de uso nas empresas, com capacidade para fornecer conectividade 5G (e 4G) para comuni cações em áreas remotas com pouca ou nenhuma cobertura. Embora exista cada vez mais possibilida des de utilizar espectro livre ou bandas partilhadas disponíveis para a indústria, podem também ser alcançados acordos de partilha de espectro com operadores para complementar as suas redes em am bientes rurais ou isolados, e para clientes que pretendam manter o controlo total da sua rede, garantindo simultaneamente a segurança e a privacidade, uma vez que os dados permanecem nas suas próprias instalações e sistemas. As redes privadas 5G têm inúmeras apli cações possíveis nas indústrias verticais, tais como a indústria transformadora, a energia (serviços públicos), a construção e mineração, o transporte e logística, o en tretenimento e a agricultura. Proporcio nam um nível mais elevado de seguran ça e privacidade, bem como um melhor desempenho, fiabilidade e mobilidade em comparação com outras redes. O 5G também aumenta a largura de banda e o número de dispositivos, e diminui a latên cia em comparação com as redes móveis anteriores. Além disso, estas redes priva das, que são totalmente compatíveis com outras redes existentes, apresentam flexi bilidade e personalização que melhoram a eficiência, economia de custos e, por sua vez, facilitam a construção de novos casos de uso nas indústrias verticais.

Além disso, o 5G permite muitas tecno logias interrelacionadas, que abrem novas oportunidades de crescimento nas em presas, como por exemplo: a internet das coisas (iot), análise de dados em tempo real, inteligência artificial e machine lear ning. introduz, assim, novos casos de uso, que, anteriormente, não eram viáveis em ambientes industriais, tais como fabrico avançado, manutenção preventiva de infraestruturas e melhoria da segurança nas instalações através da utilização de um maior número de sensores, permi tindo, ainda, a melhoria e digitalização parcial ou total dos processos, através de robôs, câmaras, drones e realidade Aaumentada.soluçãode rede privada 5G da Min sait baseia-se no conceito “Network in a box” e utiliza equipamento compacto com componentes pré-integrados e fá ceis de implementar, tais como um nú cleo de rede móvel virtualizado e Edge computing, o que permite implementa ções rápidas a um custo mais baixo.  APrimavera BSS, empresa integrada no maior grupo ibérico de desen volvimento de soluções de gestão em presarial, o grupo Primavera, acaba de lançar no mercado português uma plataforma cloud inovadora de gestão de pessoas, designada ROSE People, que tem como objetivo acelerar os processos administrativos de gestão de recursos humanos, particularmente no que respeita ao processamento de salá rios, através de tecnologia cloud native dotada de mecanismos inovadores que vêm eliminar o trabalho administrati vo, aumentar a transparência e o rigor da informação e promover um modelo de gestão “People First”.

AWebhelp, multinacional prestadora de serviços na área da experiência do cliente (cX) e soluções empresa riais de outsourcing (BPO), apresenta três novos serviços específicos para o mercado automóvel, de forma a apoiar a inovação e o crescimento do setor. O lançamento da iniciativa fortalece o percurso de mais de 20 anos da We bhelp em serviços de experiência do cliente e vendas, para mais de 1.300 clientes, incluindo várias das princi pais marcas da indústria automobilís tica e de mobilidade. Os novos produtos incluem: contact centers especializados no setor auto móvel– equipas multilingues de espe cialistas no mercado automóvel, que proporcionam um atendimento de última geração para clientes com exi gências multiplataforma, complemen tando o conhecimento especializado sobre produtos com tecnologias mo dernas, práticas operacionais e análise de dados especializada para atender às necessidades específicas das empresas de mobilidade; concessionários digi tais– especialistas na indústria auto mobilística e com formação específi ca atuam como gestores de canais de vendas online em nome das marcas do setor, aliando o conhecimento sobre produtos especializados com o mais elevado nível de atendimento ao clien te– esta é uma forma de aproximar a marca do consumidor e criar uma relação de proximidade com futuros compradores, que têm uma maior predisposição para comprar veículos online; e ainda experiências e entregas offline– equipas dedicadas à organiza ção das experiências offline e entregas de carros, características fundamentais para a realização de uma experiência de compra multiplataforma completa. carole Rousseau, diretora da unida de de Negócios Automóvel e Mobili dade da Webhelp, e responsável pelos principais clientes, como a Stellantis e a Volkswagen, explica que “este é um momento crucial para a indústria au tomóvel, pois as marcas observam mu danças sem precedentes no comporta mento dos consumidores, legislação, regulamentos e operações, enquanto, ao mesmo tempo, tentam salvaguar dar margens e lucros. Acreditamos que a capacidade de fornecer uma ex periência de cliente moderna definirá em breve os ‘vencedores’”. 

44 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 CI ên CIA e T e C nolog IA ciencia y tecnologÍa Apesar da normalidade já estar a re gressar a patamares semelhantes aos pré-covid, o consumidor “pós-pandé mico” revela diferenças significantes face ao seu homólogo. Perante este ce nário, a Adyen, plataforma tecnológica financeira escolhida por muitas das principais empresas mundiais, identifi cou os principais elementos que podem contribuir para a transformação e a di gitalização do setor de hotelaria. As expectativas dos consumidores são, por norma, maiores quando desfrutam do seu tempo livre. Os últimos dois anos têm comprovado que, por detrás dos esforços para se manterem abertos, os restaurantes e hotéis contam com clientes muito mais exigentes, o que motivou a renovação das suas propos tas de métodos de pagamento com vista a facilitar a adaptação às necessidades do mercado. A Adyen indentificou três fatores chave que as unidades hoteleiras não devem dispensar e que passam por diversificar as formas de pagamento e, ainda, apostar na “tokenização”. Relativamente ao primeiro aspeto, o último relatório da Adyen revelou que apenas 33% dos serviços de hospitali dade em Portugal tem uma estratégia formal e ativa de digitalização no que toca aos pagamentos. Não obstante, 92% reconhece a importância de ofere cer as opções de pagamento preferidas dos seus clientes. O uso do telemóvel foi indicado pelos hóteis (85%) como o método de pa gamento cada vez mais utilizado pelos hóspedes para realizar as suas compras. Paralelamente, o estudo da Adyen de monstrou também que 27% dos jovens portugueses afirma que já só efetua pagamentos através de dispositivos móveis/carteiras digitais como o Goo gle Pay ou Apple Pay. Por conseguinte, perante este cenário, a grande maioria dos hotéis portugueses já disponibiliza o pagamento via app do hotel (83%), QR code (83%), digital wallets (67%) e auto check-out (67%), de forma a al cançar um maior número de clientes, segundo o estudo da Adyen. Quanto à aposta na “tokenização”, o relatório destaca que “embora a pande mia tenha levado muitos setores a digi talizar as suas experiências de checkout e a adotar novos hábitos, tais como ter um código QR em vez de um menu físico, ou permitir o pagamento atra vés de e-wallets”, ainda “há um longo caminho a percorrer. A “tokenização” desempenha um papel chave nessa evolução, já que aumenta a segurança do hóspede, ao reduzir a exposição de dados sensíveis dos cartões”. O seu fun cionamento é simples e de baixo custo: os dados do cartão do cliente são reco lhidos durante a sua reserva online, ou no check-in, e são encriptados e substi tuídos por um token seguro. O mesmo pode então ser utilizado em todas as compras durante a estadia. 

Adyan impulsiona transformação digital da indústria hoteleira

Webhelp lança novas soluções para apoiar o setor automóvel Fonseca cfonseca@ccile.org

Fotos DR

Textos Clementina

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202246 V I n H o S & g our M e T vinos & g ourmet

Beatriz Machado entrou na Niepoort para liderar as pastas de enoturismo e marke ting desta casa com 180 anos de atividade vinícola. Abriu as caves ao público, para “visitas intimistas”, e desenvolveu o N Collectors, um clube de “pecadores”, dispostos a colecionar sabores e momentos memoráveis. A gestora explica como aceder a este grupo exclusivo e como fazer de cada consumidor um embaixador da marca.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR A gula por “bons vinhos”; a ganância por “colecionar e ter acesso a edições espe ciais e ao maior número de garrafas possível”; a pregui ça, capaz de “dar tempo ao tempo, saber esperar e ser paciente”; a inveja para querer “ter o que mais ninguém tem”; a ira transformada na capa cidade de “valorizar a jovialidade, acidez e estrutura num vinho”; o orgulho “no que é nacional e autên tico”; a cobiça, manifestada pelo “desejo veemente de conseguir um vinho raro”. Eis os “sete pecados”, na versão “positiva” da Niepoort, que faz deles condições de entrada no N collectors, como esclarece a diretora de marketing e turismo da empresa, Beatriz Machado (na foto) A quota de entrada é de sete mil euros, que poderão ser gastos duran te um ano em vinhos da Niepoort ou comercializados pela empresa, muitos deles apenas acessíveis a estes colecionadores. Nos anos seguintes, a quota é de 2500 euros. A Niepoort promove vários encontros com os colecionadores, para apresentar essas edições especiais e fomentar o conví vio, salienta Beatriz Machado: “Os Niepoort são muito generosos e ver dadeiramente apaixonados pelo que fazem, pelos vinhos e por Portugal.

Os “sete pecados” da Niepoort e outras histórias que “fortificam” a marca

Nestes encontros na adega, o cEO dirk Niepoort (na foto) faz o que sempre fez pelo mundo, abre a sua mala de vinhos, conta histórias e mostra o que Portugal faz bem. São momentos de partilha de bons vinhos, boa comida e boas conversas. É isso que esperamos de um vinho.”

Atualmente com 62 membros, convidados pela marca, este clube de colecionadores criado no ano pas sado não deverá ultrapassar os 842, número que homenageia a data em que nasceu a Niepoort (1842), quan

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 47 V I n H o S & g our M e Tvinos & g ourmet do o holandês Franciscus Marius van der Niepoort e a sua mulher alemã Francisca louisa Elisabeth Ehlers se estabeleceram em Portugal, primeiro enquanto comerciantes de Vinho do Porto e depois também como produtores.Alémdonegócio do vinho, que se mantém na família há seis gerações, os Niepoort são também colecio nadores de livros e objetos diversos, como dezenas de saca-rolhas agora expostos numa vitrine da adega cen tenária em Gaia. Além de reforçar o valor da marca e impulsionar as vendas dos seus produtos mais exclusivos, o N collectors alude a esse colecionismo enraizado na família porque “a marca deve contar a história genuína dos Niepoort”, frisa Beatriz Machado, retomando a ideia de “partilha de histórias e de momentos memoráveis, aliada à degustação de um vinho”. Enquanto percorremos o peque no “laboratório” onde há décadas se fazem os blends e se ensaiam os vinhos da Niepoort, Beatriz Machado recorda uma dessas his tórias, que a ajudaram a perceber o “AdN” da família e da marca: “Era diretora de Vinhos do Hotel the Yeatman há pouco tempo quando comentei o meu interesse por vinhos brancos a Eduard Rudolf van der Niepoort (quarta geração e pai do atual cEO). Atualmente a oferta e qualidade de brancos é muito boa, mas na altura geravam menos curiosidade. Poucos dias depois, dis seram-me que um senhor de cadeira de rodas me queria entregar alguns vinhos (brancos). Era o próprio dono da Niepoort e fez questão de mos entregar pessoalmente. teve este cuidado e gentileza. Nunca mais se esquece uma coisa destas.” Beatriz Machado manteve o cargo no hotel vínico de luxo the Yeatman até outubro de 2020, onde geria uma cave com 29 000 garrafas e selecio nava e comprava vinho a mais de 85 produtores, nacionais e internacio nais. decidiu sair pouco depois de abrir todos os projetos que integram o World of Wine (WOW), do mesmo grupo, com o objetivo de posicionar o vinho português a nível mundial: “Adoro a equi pa e o projeto, mas senti que o meu trabalho esta va feito e que era a altura de mudar. custou-me muito, mas despedi-me, mesmo sem saber exata mente o que iria fazer.” Em janeiro de 2021 começava a trabalhar com a Niepoort, empre sa onde tinha estagiado no início da sua carreira, depois de se licenciar e mestrar na universidade de davis, na califórnia, em ciências da Viticultura e Enologia. Quando entrou pela primeira vez no “ the temple” (o templo), as caves da Niepoort na rua Serpa Pinto em Gaia, Beatriz Machado conhe ceu “um espaço em bruto cheio de potencial”, que era sobretudo um armazém de “tesouros”: os vinhos que a Niepoort faz desde o século XiX e a adega onde são feitos, man tida quase da mesma forma ao longo de décadas, recheada de objetos que as cinco gerações da família cole cionaram. dirk Niepoort, a quinta geração da família ao comando da adega deu-lhe ‘carta branca’ para executar as suas funções, mas aler tou-a de que era para “manter tudo igual” na adega: os vidros das jane las continuam opacos, os garrafões de vidro demijohns , que a família introduziu no setor para guardar e transportar o vinho (impedindo que se evaporasse) continuam a guardar alguns dos vinhos mais notáveis da Niepoort, numa sala escura e fresca, onde se arrumam em prateleiras até ao teto, como se fossem livros anti gos, cheios de histórias. “E são”, cor robora Beatriz Machado, consciente de que para revelar estas histórias teria que propor “um modelo de enoturismo mais intimista e exclu sivo” e evitar as massas. depois de trabalhar o espaço, mantendo o seu carisma e autenticidade, e de organizar as coleções, as caves da Niepoort em Gaia abriram ao público no ano passado. Estas visitas ao templo, como gostam de lhe chamar, são feitas por marcação e podem ser enquadradas numa das quatro experiências possíveis, a partir dos 35 euros por pessoa: visita com a prova de quatro vinhos da marca (douro, dão, Bairrada e Vinho do Porto); masterclass com prova de seis vinhos e um chá; masterclass com prova de 18 vinhos portugue ses; ou uma visita com prova feita à medida do visitante. Na verdade, esclarece o sommelier residente nas caves da Niepoort, Edgar Alves, “as visitas são todas feitas à medida dos visitantes porque vamos orientando a experiência à medida que conhece mos as pessoas e as suas preferências ao longo da conversa”. Além de orientar as provas de vinhos nas caves, o trabalho de Edgar Alves passa também por casar

O investimento da Niepoort já faz eco nos “melhores resultados de sem pre da empresa” e a estratégia de enoturismo “disruptiva” da marca mere ceu o aplauso do setor, tendo Beatriz Machado sido distinguida com o Prémio de “Melhor Profissional” pela Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO), no passado dia 17 de junho, na sua primeira edição anual de prémios. O objetivo de Beatriz Machado descomplicar é continuar “a desmistificar o vinho português e elevar a sua reputação no mundo”. Na Niepoort pretende “ajudar na passagem do negócio da quinta para a sexta geração (do dirk para o daniel), mantendo os valores, a sustentabilidade e a autenticidade daAlémmarca”.das vinhas xistosas no douro, que produzem Portos e vinhos de mesa, a Niepoort, já com dirk Niepoort ao leme, iniciou a produ ção de vinhos nos solos graníticos do dão, e calcários da Bairrada. A empresa promove também os cha mados Niepoort Projectos, que “são experiências realizadas no douro ou em Vila Nova de Gaia, mas também vinhos feitos em parceria com outros produtores, tais como o doda, com Álvaro de c astro, da região do dão, Om l et, feito no douro com o pro dutor espanhol telmo Rodriguez; ultreia, produzido no douro com o produtor espanhol Raul Perez; os vinhos Muhr van der Niepoort, pro duzidos na Áustria, em colaboração com dorli Muhr, c ape c harme e c ape Fortified, produzidos na África do Sul com Eben ou l adredo, de Ribera Sacra (Espanha). 

A Niepoort disponibiliza ainda experiências de três dias, que inte gram uma visita às caves, um dia nas vinhas da família no douro e outro em Vila do conde, onde está a plantação de chá que o grupo come çou há 10 anos – pela mão de Nina Niepoort - e que é a única na Europa continental (o camélia).

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202248 V I n H o S & g our M e T vinos & g ourmet os vinhos com a gastronomia, quer nos almoços e jantares feitos nas caves, quer para os restaurantes clientes da marca (uma fatia relevan te da faturação): “Recebi há pouco tempo um chefe francês, que queria conhecer melhor os nossos vinhos e possivelmente servi-lo no seu res taurante, em Marselha. compro-nos vários vinhos e saiu daqui já com um pairing (casamento de vinhos e pratos) montado”. c omo sugere Beatriz Machado, “a Niepoort quer clientes que sejam embaixadores da marca e isso acon tece através deste tipo de interação”. A gestora acredita que “o enoturis mo, alicerçado na genuinidade, no que temos de único, é uma ferra menta essencial para promover os vinhos portugueses no mundo” e que “devemos usar o turismo como oportunidade de pôr as pessoas a testemunhar e a perceber o que é Portugal”. c om quem quer come çar um projeto de enoturismo, a gestora partilha a sua convicção: “Apostem na verdade, no que é genuíno, contem as vossas histórias, as dificuldades, abram a porta da casa, mostrem quem são os pro tagonistas, os que colhem as uvas, os que trabalham no setor há anos. Eles são os melhores embaixadores da vossa marca.”

Vai já no segundo encontro, e a pri meira etapa da experiência decorreu há mais de dois meses, sob o mote da viagem de circum-navegação dos navega dores Fernão Magalhães e Juan Sebastián Elcano, realizada há 500 anos, sob os auspícios de carlos i de Espanha. trata-se do ciclo de encontros “Sabores e Paladares ibéricos” que está a decorrer no El corte inglés, e que pretende ser mais do que uma “viagem” histórica e gastronómica pela época dos descobrimentos até à Naatualidade.primeira palestra deste ciclo organi zado pela empresa la Vida ibérica, e que está incluído na agenda cultural para 2022 do El corte inglés em Portugal, realizou-se a 12 de maio e fez a ponte com o Porto de Sanlúcar de Barrameda– que este ano é a capital Espanhola da Gastronomia–, para dar a conhecer alguns dos costumes gastronómicos desta cidade, mas também divulgar alguns dos feitos do navegador português, que esteve ao serviço das coroas portuguesa e de castela, há 500 anos.

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 49 V I n H o S & g our M e Tvinos & g ourmet

Segundo Sara Peñas, diretora-geral da empresa la Vida ibérica, a iniciativa pre tende divulgar melhor, através da gastro nomia, as culturas e a história portuguesa e espanhola, num recuo aos tempos em que os navegadores portugueses e espa nhóis descobriram e trouxeram para a Europa especiarias e outros alimentos de geografias distantes. “Sanlúcar Puerto de indias: A viagem de Magalhães e Elcano” foi o tema desta pri meira sessão, em que se recordou o quinto centenário da grande viagem iniciada por Fernão de Magalhães e que foi concluída pelo espanhol Juan Sebastián Elcano, que além da descoberta das Molucas, também conhecidas como as ilhas das Especiarias, marcou mesmo o início da globaliza ção mundial, como afirmou o presiden te da Agavi-Associação Portuguesa para a Promoção da Gastronomia e Vinho, Antonio Souza-cardoso. “devemos sen tir-nos orgulhosos de ser povos univer salistas, que levamos a nossa identidade, cultura, gastronomia e vinhos a todos os continentes”, frisou, no início da sessão realizada no El corte inglés, antes dos convidados poderem degustar alguns dos produtos típicos e tradicionais que se fazem nos dois países ibéricos, como quei jos, enchidos e vinhos. A segunda palestra do ciclo, a 14 de julho, foi dedicada ao tema “Saramago, lanzarote e os Vinhos da Macaronésia”. contando com a participação de Pilar del Río, a presidente da Fundação Saramago fez uma apresentação subor dinada ao tema “Memória de Saramago em lanzarote”. um momento especial, em que os convidados presentes puderam conhecer melhor a obra de Saramago “Último caderno de lanzarote”, bem como um vinho atlântico desta ilha vul cânica, a edição especial Saramago 100. A sessão contou ainda com a participação do turismo de lanzarote e terminou com uma palestra sobre as principais características dos vinhos da Macaronésia, alguns dos quais foram dados a provar aos convidados presentes. 

No passado mês de junho, teve lugar uma relevante sessão de promoção de vinhos portugueses nos pontos de venda da cadeia de lojas lavinia, nos exclusivos bairros de Salamanca e da Moraleja de Madrid. A campanha contou com publicidade, banners e instalação coloca dos no interior da loja e com um extenso programa, que abrangeu, entre outros eventos, um almoço com jornalistas na residência do embaixador de Portugal em Madrid e uma prova de vinhos durante o jantar do dia de Portugal, organizado pelo Fórum dos Portugueses. Esta campanha, que se realizou com o apoio da AicEP, está diretamente associada ao evento “Simplesmente… Vinho”, contando com a participação de 18 produtores nacionais: António Madeira, Aphros Wine, Arribas Wine company, Barbeito Madeira, casa do Joa, Espera Wines, Estoiro Wines, Herdade do celobal, Horacio Simões, Hugo Mendes, João tavares de Pina, Natus Vini, Nieport, Quinta de Santiago, Quinta do infantado, Quinta do Mouro, Ramilo Family Wines e textura. 

la Vida Ibérica e el Corte Inglés organizam ciclo de provas de “Sabores e paladares

AICIbéricos”eppromove os vinhos portugueses em Madrid

Segundo Francisco Batel Marques, proprietário e vitivinicultor da Quinta dos Abibes, “o espumante Baga Bairrada Blanc de Noirs 2015, com seis anos de estágio, é a primeira edição de uma das nossas referên cias mais exclusivas, contri buindo, assim, para afirmar o projeto diferenciador dos espumantes da Bairrada, designado por Baga@Bairrada. cumulativamente, este espumante foi considerado uma das seis grandes revelações num concur so internacional de renome”. O “concurso Mundial de Bruxelas”, uma referência entre as competições mais prestigiadas do setor, procura premiar os melho res vinhos oriundos dos quatro cantos do mundo, incluindo gamas dos mais variados segmentos de preço, aqui avaliados por peritos internacionais. Avaliada por um júri de 65 provadores, a sessão de espumantes desta 29ª edi ção decorreu em Portugal, na Bairrada, entre 1 e 3 de julho, onde quase um milhar de vinhos espumantes de todo o mundo competiram pelas tão desejadas medalhas, entre os quais a Quinta dos Abibes esteve em grande destaque.  Na duriense Quinta do Pôpa, o ano de 2022 está repleto de celebrações com datas “redondas”: são 90 anos das suas Vinhas Velhas, são 15 anos de produção de vinhos e vão ser, em breve, 10 anos desde a abertura do enoturismo. Assim, as nove décadas das Vinhas Velhas à do Pôpa, serão celebradas com o lançamento de dois packs espe ciais: o Vertical de Pôpa VV e o Vinhas Velhas in All (na foto), que estão à venda, em exclusi vo, para Pôpa Friends Wine c lub – para ser membro, basta aceder ao site da Quinta do Pôpa

O vinho espumante Quinta dos Abibes Baga Bairrada Blanc de Noirs 2015 foi distinguido com a “Grande Medalha de Ouro” e considerado a grande revelação portuguesa deste ano ao lado de cinco outras referências internacionais.

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202250 V I n H o S & g our M e T vinos & g ourmet

Quinta do pôpa celebra 90 anos de Vinhas Velhas com dois packs especiais Quinta dos Abibes conquista medalhas de ouro no “Concurso Mundial de Bruxelas 2022”

AQuinta dos Abibes, produtor de vinhos em pleno “coração” da Bairrada, conquistou três prémios no concurso Mundial de Bruxelas 2022.

Nesta edição do concurso, os espuman tes Quinta dos Abibes Sublime Brut Nature 2011 e Quinta dos Abibes Rosé Baga 2020, também produzidos pelo vitivinicultor Francisco Batel Marques, em Anadia, foram também premiados, tendo alcançado para o produtor mais duas “Medalhas de Ouro”.

VVOQuintadopopa.com).(emVerticaldePôpaéumpacksuperexclusivoenumaediçãomuitolimitada,compostoportodasascolheitasexistentesdesdeacriaçãodessevinhodeparcelasele cionada, desde a sua criação – pre cisamente há 15 anos, da vindima de 2007. Assim, por 275 euros, pode-se ter acesso a oito garrafas, uma de cada ano – Pôpa VV Vinhas Velhas tinto de 2007, 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2016, esta última a colheita que está atualmente no mercado – e ainda um voucher que inclui visita à Quinta do Pôpa e prova de vinhos para duas pessoas. O Vinhas Velhas in All é uma oferta mais abrangente e acessível, na medida em que é composto por vinhos com perfis distintos entre si, dois tintos, um tinto doce – o único do douro – e um vinho do Porto Vintage, sendo das colheitas que estão agora no mercado. Em comum têm uvas da parcela de Vinhas Velhas com 90 anos. São quatro as referências e há para todos os gostos: Pôpa Black Edition tinto 2018 (no qual as Vinhas Velhas são combinadas com touriga Nacional e touriga Franca), Pôpa VV Vinhas Velhas tinto 2016 (só Vinhas Velhas, como é indicado pelo nome), Pôpa Vinho doce tinto 2019 (onde as uvas de Vinhas Velhas, se conjugam com outra, mais jovem, mas igual mente de mistura de castas, sendo predominante a tinta Barroca) e o Quinta do Pôpa Porto Vintage 2017 (apenas de Vinhas Velhas). O valor deste pack é de 155 euros e inclui também a visita à Quinta do Pôpa e prova de vinhos para duas pessoas. 

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 51 V I n H o S & g our M e Tvinos & g ourmet

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Luso-EspanholaIndústria PUB A Queijos Santiago, marca por tuguesa de referência nacional e internacional no mercado de queijos, lança uma nova gama de tábuas de queijos curados, prontas a servir: a tábua c lássica, com três variedades de queijos originais, e a tábua Sabores, com três variedades de sabores. “Estas tábuas serão as estrelas dos convívios entre amigos, família ou apenas quando apetece petiscar um bocadinho de cada. Reforçando a portugalidade e tra dição inerentes à marca e com um visual perfeito para qualquer mesa, são inspiradas nos típicos azulejos de Portugal e na madeira caracterís tica das tábuas de queijos”, garante o produtor. c om o know-how de gerações aplicado aos tempos modernos, a Queijos Santiago traz para a mesa dos portugueses a solução para qualquer ocasião e uma diversidade de sabores, conseguida com os dife rentes leites – vaca, cabra e ovelha – de produtores 100% portugueses. Assim, os amantes de queijo pode rão deliciar-se com duas opções: a tábua c lássica, com queijo de cabra curado atabafado, de ovelha curado e de mistura curado, e a tábua Sabores, dedicada aos mais ousados, com três queijos de mistu ra curados: um clássico e dois aro matizados, um com pimenta rosa e outro com manjericão e tomilho. Super práticas, prontas a servir e perfeitas para testemunhar con versas e momentos únicos, estas novas tábuas Santiago são ainda uma solução 100% sustentável, com embalagens 100% recicláveis e com menos 75% de plástico, uma preocupação cada vez mais presente na gama de produtos da Queijos Santiago, bem como nas suas uni dades de produção. “ uma verdadeira jornada de sabo res, que nos permite oferecer ao consumidor um produto prático, sustentável e saboroso, três pila res que valorizamos cada vez mais na criação e produção dos nossos produtos.”, descreve teresa Moniz, Marketing manager da Queijos dutores 100% portugueses, estas tábuas pretendem ser a solução ideal para alegrar qualquer mesa, com azulejos típicos do nosso país e sabores irreverentes, são a aliança perfeita entre modernidade e tra dição num casamento de sabores único”, acrescenta. Estas referências da Queijos Santiago estão à venda nos super e hipermercados do país, por 4,99 euros (a tábua c lássica), e 3,99 euros (a tábua Sabores).  ovas tábuas de Queijos Santiago: práticas e sustentáveis

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Textos Clementina Fonseca cfonseca @ccile.org Fotos DR

Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Omodelo político-económico do Governo Regional de Madrid tem alcançado vários indicado res de sucesso, sendo, por isso, muito atrativo para as empresas por tuguesas investirem e também para se viver, realçou isabel Ayuso, presidente da comunidade de Madrid, no seu discurso proferido durante o almoço -debate organizado pela câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE), e que se realizou no passado dia 14 de julho, em lisboa. A governante madrilena começou por sublinhar que “Espanha e Portu gal (Madrid e lisboa) são duas caras da mesma moeda– a Península ibé rica não é só um território que parti lhamos, também é o epicentro desse movimento” que transporta os valores do mundo ocidental e a prosperidade ao longo dos séculos. São duas nações vizinhas, com grandes feitos históricos que consolidaram sociedades seguras, destacou a governante do Partido Po pular (PP) espanhol. defendendo os princípios da “democracia liberal” e da “liberdade”, isabel díaz Ayuso fez questão de relembrar que ambas as nações formam parte da NAtO e da uE, e salientou os benefícios das socie dades apostarem na properidade e na segurança em alternativa a modelos de governação autoritários ou ditatoriais. “Acima de tudo, partilhamos o nosso compromisso com a liberdade, que perdura até hoje”, frisou a governante madrilena, criticando os regimes auto ritários que têm surgido em algumas partes do globo. “Madrid é uma sociedade aberta, plu ral e acolhedora, que não rejeita nin guém, onde 45% dos seus habitantes não nasceram aí, vivendo as classes sociais em convívio entre si”, benefi

Isabel Ayuso incentivou a comunidade empresarial portuguesa a investir em Madrid, salientando diversas conquistas económico-financeiras e sociais daquela comunidade autónoma, que a tornam bastante atrativa para o investimento, assim como para a vivência diária dos cidadãos que ali se fixem. Um dos fatores-chave do sucesso alcançado pela região é a estabilidade política e, igualmente, fiscal, realçou a presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, num recente almoço-debate promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, em Lisboa.

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202252

e V en T o S eventos

Isabel Ayuso incentiva o investimento português na Comunidade Autónoma de Madrid

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 53 e V en T o Seventos

A comunidade tem em curso um plano de incentivo à natalidade e apoio à maternidade/ paternidade, que pre vê investimentos de mais de 4.500 milhões de euros, até 2026, destacou ainda. isabel Ayuso sublinhou, ainda, que Madrid dispõe “de um dos me lhores sistemas públicos de saúde do continente” europeu, onde se destaca o facto de “três dos melhores hospitais da Europa estarem em Madrid”, frisou, destacando ainda a rede de transportes dacregião.omcerca de sete milhões de habi tantes, a comunidade está também a realizar um forte esforço na verten “Madrid é uma sociedade aberta, plural e acolhedora”, que aposta em “serviços públicos de saúde e educação em igualdade” de direitos, garantiu a presidente da AutónomaComunidade

ciando de “serviços públicos de saúde e educação em igualdade” de direitos, sublinhou ainda. Comunidade concentra 73% do investimento estrangeiro em Espanha Salientando que a sua política não se baseia em perseguir os mais ricos e os que pagam mais impostos, isa bel Ayuso referiu que a comunidade acolhe da melhor forma e com total equidade as empresas que vêm de outros países. de resto, referiu ain da, a comunidade concentra cerca de 73% do investimento estrangeiro realizado em Espanha. A governante considerou que Portu gal dispõe de uma política fiscal “mais atrativa e mais progressiva” e de uma maior “liberdade empresarial” do que Espanha, o que beneficia mais as in tenções de investimento de cidadãos e empresas. A este propósito, salien tou o programa golden visa português, que permite a cidadãos de outros paí ses obterem uma autorização de resi dência especial, mediante a realização de investimentos imobiliários ou em presariais ou científicos no território português. “também em Madrid se desenvolveu um modelo de maior liberdade, seme lhante ao de Portugal”, comentou a governante, dando como exemplos a flexibilidade na escolha dos horários do comércio, assim como na escolha de hospital ou escola para os estudan tes frequentarem.

Quanto à subida dos preços das matérias-primas que se verifica a nível global, a região assumiu uma política de contenção, congelando as subidas em serviços públicos essenciais, como os transportes ou a água, e adotando novas medidas fiscais. isabel Ayuso salientou ainda que Ma drid é a segunda região espanhola com mais emprego no setor da alta tecno logia, onde trabalham 262 mil pessoas. Em termos de outro motor económi co, o turismo, realçou que a região já recuperou os níveis de emprego pré -pandemia.Quantoà relação comercial com Por tugal, diz que é “um mercado priori tário” para a região madrilena, já que é o terceiro país para onde aquela co munidade mais exporta. Em 2021, as empresas de Madrid exportaram para Portugal bens e serviços no valor de quase cinco mil milhões de euros e importaram 2.500 milhões (ver mais dados nas págs. 56/57). durante o debate que se seguiu ao seu discurso, a dirigente popular falou

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202254 e V en T o S eventos te da tecnologia e digitalização, com a cobertura alargada da rede de fibra ótica e da tecnologia 5G, adiantou a governante. PIB semelhante ao de Portugal “Madrid está, mais do que nunca, na moda, e as nossas políticas estão a ser comentadas” e seguidas internacional mente, realçou ainda. todos os bons indicadores alcança dos pela região se devem, sobretudo, à estabilidade institucional e ao modelo político adotados pela atual presidên cia e pelos seus antecessores, onde se destaca um ambiente favorável aos ne gócios, com uma política fiscal “justa e aborrecidamente previsível” sobre as empresas, há vários, salientou ainda a dirigente popular, que tomou posse do Governo Regional em agosto de 2019. Relembrou ainda que desde há vários anos que a comunidade Autónoma de Madrid é líder na criação de riqueza no país, depois de nos anos 80 ter estado em quarto lugar. A região “concentra 14% da popu lação, 17% dos empregos, 20% da riqueza, 60% das grandes empresas e 73% do investimento estrangeiro", destacou a líder da comunidade Au tónoma de Madrid. “Para se ter uma ideia, o PiB de Madrid é muito similar ao de Portugal”, frisou ainda, salien tando que o crescimento da região tem sido o triplo da média espanhola. Por outro lado, Madrid tem a maior taxa de emprego do país e foi a região que mais emprego criou em 2021, tendo ainda “o menor endividamento de toda a Espanha”. Frisou ainda que há pelo menos 18 anos que a comunida de está a baixar impostos, sendo mes mo a única de Espanha que não cobra impostos próprios, assegurou.

também da proximidade que a região madrilena e o resto de Espanha deveriam manter com a América central, que concentra milhões de consu midores. No entanto, lamen tou, alguns deles sofrem com regimes autoritários, que afe tam o bom funcionamento do sistemaRelativamenteempresarial.aoutra ques tão colocada pela audiência de empresários e gestores presen tes, salientou que o seu par tido é “profundamente europeísta” e que acredita no projeto europeu como garante da estabilidade em momentos -chave, como aconteceu na pandemia. interrogada sobre as opções em ter mos de novos projetos de interconexão que aproximem os dois países. desta cou ser favorável a todos as alianças ibéricas com vista a “uma maior co nectividade em todos os tipos de trans porte entre os dois países”. defendeu uma ampla união ferroviá ria e aeroportuária en tre “Madrid, lisboa e, por exemplo, Valência”, como forma de dar um forte impulso às duas economias.também Miguel Seco, presidente da ccilE, salientou, no discurso de apresenta ção da oradora princi pal do almoço de empresários, o poder de captação de investimento da região madrilena, onde no ano passado foram constituídas 16 mil empresas, um va lor relevante num ano de pandemia. 

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 55 e V en T o Seventos

Patrocínios: PUB

L as estad ísticas referentes a los cinco primeros meses del año se acaban de hacer públicas en datacomex, web de la Secreta ría de Estado de comercio de estadísticas de comercio exterior de mercancías de España, con datos del departamento de Aduanas e impues tos Especiales de la Agencia tributaria, y de los Estados miembros de la unión Europea y con datos de Eurostat. c omparando las cifras de este año con el mismo periodo del año pasado se verifica un aumento significativo en el comercio hispano portugués. l as ventas españolas crecieron 39,3% (12.900,1 millones de euros este año, frente a los 9.259,9 millones alcanza dos en 2021) y las compras 24,7% (6.410,6 millones en 2022 y 5.138,9 millones en 2021). El saldo comercial sigue siendo favorable a España y su peró los 6.489,5 millones de euros, lo cual significa una tasa de cobertura delEn201,2%.loscuadros 2 y 3 que recogen las posiciones relativas del mercado portugués en el comercio exterior es pañol, Portugal mantiene la tercera posición entre los principales clien tes de España con un peso relativo del 8,3% sobre el total de las expor taciones españolas que, en dicho pe riodo, superó los 155.969,6 millones de euros. A su vez, las importaciones totales españolas alcanzaron los 182.539,3 millones de euros y el mercado portugués fue responsable por el 3,5% de esta cifra, habiendo ocupado la sétima posición entre nuestros principales proveedores. Francia y Alemania se mantienen de nuevo como los principales clien tes del mercado español con un cifra global de 39.453,9 millones de euros y representan, en conjunto, una cuarta parte de las exportaciones to tales al exterior. Por lo que a las importaciones se refiere, cabe destacar la posición del mercado chino que este periodo li dera con creces el ranking, habiendo superado los 18.842,6 milloens de euros y un peso relativo que supera losRespecto10%. a la distribución sectorial del comercio bilateral que se recoge en los cuadros 4 y 5, la partida 27-combustibles, aceites

minerales encabeza tanto las compras como las Intercambio comercial hispano-portugués en el periodo de enero-mayo de 2022 Balanza 1. Balanza comercial España-Portugal enero-mayo 2022 ESPAÑOLASVENTAS 22 ESPAÑOLASCOMPRAS22 Saldo 22 Cober 22 % ESPAÑOLASVENTAS 21 ESPAÑOLASCOMPRAS21 Saldo 21 Cober 21 % ene 2 201 585,87 1 114 092,73 1 087 493,14 197,61 1 581 387,44 897 431,77 683 955,67 176,21 feb 2 471 447,64 1 171 838,19 1 299 609,45 210,90 1 571 724,32 1 009 320,52 562 403,80 155,72 mar 2 785 938,03 1 365 533,17 1 420 404,86 204,02 2 008 010,68 1 095 762,87 912 247,81 183,25 abr 2 635 499,64 1 355 606,40 1 279 893,24 194,41 1 980 168,47 1 071 108,28 909 060,19 184,87 may 2 805 620,53 1 403 498,01 1 402 122,52 199,90 2 118 632,54 1 065 230,82 1 053 401,72 198,89 jun 0,00 2 065 822,03 1 237 518,11 828 303,92 166,93 jul 0,00 2 149 500,37 1 130 197,83 1 019 302,54 190,19 ago 0,00 1 838 711,61 872 511,37 966 200,24 210,74 sep 0,00 2 325 987,73 1 293 862,46 1 032 125,27 179,77 oct 0,00 2 470 465,85 1 208 942,41 1 261 523,44 204,35 nov 0,00 2 478 874,06 1 358 894,23 1 119 979,83 182,42 dic 0,00 2 281 979,08 1 358 692,68 923 286,40 167,95 Total 12 900 091,71 6 410 568,50 6 489 523,21 201,23 24 871 264,18 13 599 473,35 11 271 790,83 182,88 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202256 I n T er C â MBI o C o M er CIA l intercambio comercial

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € 57 ventas, con 530,3 millones y 2.018,6 millones de euros, respectivamente. En la demanda española, destaca la partida 39-materias plásticas y sus ma nufacturas (516,5 millones de euros), seguida de la 87-vehícu los automóviles, tractor (513,2 millones), la 72-fundición, hie rro y acero 462,2 millones) y en la quinta posición la partida 84-máquinas y aparatos mecáni cos (415,2 millones). Este con junto de cinco partidas represen ta el 38 % de la demanda espa ñola a su vecino Portugal. A su vez, en la oferta española a Por tugal destacan también las parti das 39-materias plásticas y sus manufacturas (772,3 millones de euros), la 84-máquinas y apa ratos mecánicos (765,3 millo nes), 87-vehículos automóviles, tractor (747.1 millones) y la 85-Aparatos y mater ial eléctricos (670,3 millones). Estas cinco partidas tienen un peso impor tante en la oferta española, ha biendo totalizado 4.973,6 millo nes de euros, lo cual representa el 39% de las ventas españolas a Portugal en estos cinco primeros meses de lo que va de año. l a c omunidad de Madrid lide ra tanto las ventas como las com pras de productos y servicios a Portugal. l as ventas de esta c o munidad ascendieron a 2.862 millones de euros (22,1% sobre el total de las ventas españolas), seguida de la c omunidad de c a taluña, con 2.381,1 millones (18,5%), y, en la tercera posición, Galicia, con 1.539,8 millones de euros (11,9%). En relación a las compras españolas por cc .AA, Madrid alcanza los 1.252,7 mi llones de euros (20% sobre el to tal de las compras españolas a Portugal), seguido de Galicia, con 1.088 millones (17%), y c a taluña, con 914,3 millones (14,3%).  Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-mayo 2022 Orden País Importe 1 001 Francia 23 916 238,47 2 004 Alemania 15 537 703,63 3 010 Portugal 12 900 091,70 4 005 Italia 12 802 866,16 5 006 Reino Unido 8 897 931,85 6 017 Bélgica 8 839 710,00 7 400 Estados Unidos 7 585 365,75 8 003 Países Bajos 6 062 472,19 9 204 Marruecos 4 760 522,26 10 060 Polonia 3 476 574,24 11 720 China 3 067 455,32 12 039 Suiza 2 925 762,27 13 052 Turquía 2 671 435,73 14 952 tercerosAvituallamiento 2 270 472,43 15 412 México 2 028 365,66 16 951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios 1 890 737,34 17 061 República Checa 1 446 357,51 18 732 Japón 1 408 723,33 19 030 Suecia 1 386 381,23 20 508 Brasil 1 351 213,62 SUBTOTAL 125 226 380,69 TOTAL 155 969 641,21 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 3.Ranking principales países proveedores de España enero-mayo 2022 Orden País Importe 1 720 China 18 842 573,05 2 004 Alemania 17 617 672,58 3 001 Francia 16 411 111,44 4 400 Estados Unidos 14 529 104,55 5 005 Italia 11 227 388,11 6 003 Países Bajos 7 975 031,96 7 010 Portugal 6 410 568,50 8 006 Reino Unido 4 571 381,74 9 017 Bélgica 4 430 607,61 10 052 Turquía 4 313 696,38 11 204 Marruecos 3 864 411,38 12 039 Suiza 3 798 735,49 13 288 Nigeria 3 730 552,90 14 208 Argelia 3 489 010,93 15 508 Brasil 3 178 980,85 16 060 Polonia 3 108 053,98 17 075 Rusia 2 774 041,83 18 664 India 2 466 674,17 19 061 República Checa 2 215 920,09 20 412 México 2 064 683,73 SUBTOTAL 137 020 201,27 TOTAL 182 539 297,65 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-mayo 2022 Orden Sector Importe 1 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 2 018 626,51 2 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 772 323,46 3 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 765 248,74 4 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 747 050,54 5 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 670 305,07 6 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 651 309,41 7 76 ALUMINIO Y SUS MANUFACTURAS 397 723,17 8 02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES 344 888,72 9 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 328 565,71 TOTAL 12 900 091,71 Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia 4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-mayo 2022 Orden Sector Importe 1 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 530 347,86 2 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 516 544,57 3 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 513 233,13 4 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 462 157,90 5 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 415 180,82 6 15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA 249 448,73 7 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 245 468,39 8 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 233 290,92 9 73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO 199 605,59 TOTAL 6 410 568,50 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-mayo 2022 CC.AA. ESPAÑOLASVENTAS22 ESPAÑOLASCOMPRAS22 Madrid, Comunidad de 2 862 919,14 Madrid, Comunidad de 1 252 717,85 Cataluña 2 381 074,82 Galicia 1 088 237,63 Galicia 1 539 783,84 Cataluña 914 343,63 Andalucía 1 368 619,69 Andalucía 640 759,80 Castilla-La Mancha 860 095,00 Comunitat Valenciana 527 331,69 Comunitat Valenciana 855 366,35 Castilla y León 433 634,01 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 6.Evolución del intercambio comercial enero-mayo 2022

Lojas de puericultura em Portugal DE220701 Empresas distribuidoras de carne em Portugal DE220601 Empresas portuguesas de joalharia DE220402 Empresas portuguesas de estructuras de invernaderos DE220401 Empresas Espanholas

PROCURAM REFERÊNCIA

Empresas Portuguesas BUSCAN REFERENCIA Empresas de madereros en España DP220401 Empresas españolas productoras de huevos de codorniz DP220203 Empresas españolas que fabrican contenedores de reciclaje y papeleras DP220204

ACTUALIDAD € AGOSTO DE 202258 oporT un I d A de S de negó CI o oportunidades de negocio deOportunidadesnegócioàsuaespera

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la ccILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La ccILE no se respon sabiliza por el contenido de las mismas. as oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na ccILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. a ccILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

Fonte: PwC Portugal PrazoAté Imposto Declaração a enviar/Obrigação EntidadesSujeitas aodacumprimentoobrigação Observações

• sujeitos passivos no regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa tenha, no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores, excedido 50.000 €

20 IRS / IRC / Selo Pagamento do IRC e IRS retidos e do Imposto do Selo referentes a julho de 2022 Declaração de retenções na fonte de DeclaraçãoIRS/IRCMensal de Imposto do Selo (DMIS)

• em três prestações nos meses de maio, agosto e novembro, quando o seu montante seja superior a 500 €

• em duas prestações nos meses de maio e novembro, quando o seu montante seja superior a 100€ e igual ou inferior a 500 €;

31 IVA Envio da declaração mensal referente às obrigações declarativas decorrentes do regime de importação do Balcão Único, relativa ao mês de julho 2022 Declaração mensal

• em uma prestação no mês de maio, quando o seu montante seja igual ou inferior a 100 €;

60 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 CA lendár I o FISCA l calendario fiscal S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 F 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > agosto 12 IVA Comunicação dos elementos das faturas referentes a julho de 2022 n/a Comunicação deverá ser efetuada: • por transmissão eletrónica em tempo real; • por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, na sua redação atual; • por inserção direta no Portal das Finanças; • por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do ministro das Finanças

25 IRS / IRC / Seg. Social Declaração de rendimentos pagos e de retenções, contribuições sociais e de saúde e quotizações, referentes a julho de 2022 (trabalho dependente) Declaração mensal de remu nerações 31 IRS / IRC Declaração de rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes em junho de 2022 Modelo 30 31 IMI Pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis Documento de cobrança Pagamento – O IMI é pago:

20 Segurança Social Pagamento das contribuições relativas a julho de 2022 n/a 20 IVA Envio da declaração periódica referente ao mês de junho de 2022, e anexos, para os contribuintes no regime mensal Declaração Periódica Envio de anexos adicionais, em caso de reembolso 20 IVA Envio da declaração periódica referente ao 2.º trimestre de 2022, e anexos, para os contribuintes no regime trimestral Declaração Periódica Envio eletrónico de informação adicional, em caso de reembolso 20 IVA Envio de declaração recapitulativa mensal referente a julho de 2022 Declaração recapitulativa: Aplicável a: • sujeitos passivos no regime mensal; e,

31 IRS Pagamento do IRS relativo a 2021 liquidado pela Administração Tributária e Aduaneira

Bol SA de T r ABA l H obolsa de trabajo PUB BE200166 F 01/11/1997 PORTUGUÊS/INGLÊS/ESPANHOL MARKETING E COMUNICAÇÃO BE200167 F ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS COMERCIAL DIGITAL BE200168 M 13/02/1992 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS ECONOMIA BE200169 M PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS ECONOMIA BE200170 M 17/01/1968 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO FINANÇAS E CONTABILIDADE (INS. NA OCC) BE200171 M 09/10/1998 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS RELAÇÕES INTERNACIONAIS BE200172 F 1968 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/ INGLÊS FORMADORA DE ESPANHOL NA ÁREA DE HOTELARIA E TURISMO BE200173 F PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/ INGLÊS PROFESSORA DE PORTUGUÊS BE200174 F 1977 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO TURISMO BE200175 F 07/03/1973 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS SECRETARIADO E ÁREA DE PRINTING os currículos Vitae indicados foram recebidos pela ccILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. a ccILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los currículos Vitae indicados han sido recibidos en la ccILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La ccILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código Sexo Data de Nascimento Línguas Área de Atividade

O chefe Vítor Matos ajudou-me a atin gir o meu ponto de maturidade como cozinheiro, e ensinou-me muito sobre como lutar por aquilo em que acredito, sem reservas. Mas os momentos que mais me ensinaram, tanto profissional mente como em todos os outros âmbitos da minha vida, foram os nascimentos dos meus dois filhos, Pedro e Sofia.”

62 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 “ A paixona-me estar constan temente a criar soluções para cenários diferentes, em ritmo elevado. Apaixoname ter que alterar constan temente a minha oferta de maneira a acompanhar os ciclos da Natureza. Adoro saber que o dia seguinte vai ser sempre muito diferente do anterior. É uma profissão muito exigente em ter mos físicos e mentais, passo muitos dias sem ver os meus filhos, mas eu não a trocava por nada neste mundo”, conta Hugo Rocha, o chefe responsável pela cozinha do Real by casa da calçada e do Bistrô que integra o mesmo projeto, depois de admitir que “não sabia estrelar um ovo”, quando entrou na Escola de Hotelaria e turismo de Santa Maria da Feira, e que só a meio do curso percebeu “que era muito feliz a cozinhar e poderia fazer disso profissão”. O chefe, que nasceu a poucos metros do Real, chega à liderança da cozinha deste projeto no ano em que venceu a primeira etapa regional (Norte) da 32.ª edição da competição chefe cozinheiro do Ano 2021. do curriculo de Hugo Rocha fazem parte espaços como a casa da calçada (Amarante), o Vinum (Gaia), o Vilalara thalassa Resort (lagoa), o the lake Resort&SPA (Vilamoura), o commis chef (Barcelona) e estágios em restaurantes distinguidos com estrelas Michelin, tendo trabalhado com vários chefes que o marcaram: “As pessoas das quais me lembro todos os dias no traba lho são os chefes delfim Soares, tiago Bonito e Vítor Matos. O chefe delfim era meu formador na escola de hotelaria e fez-me perceber o valor da disciplina na profissão. O chefe tiago Bonito ensi nou-me tudo o que eu precisava apren der para manejar um fogão; estou para conhecer um cozinheiro mais completo.

Aceitou o desafio de chefiar a cozinha do Real numa altura em que “procurava um projeto onde tivesse responsabilida de total sobre a oferta de comida”. Hugo Rocha já tinha trabalhado no grupo e diz que “a partilha de alguns valores e ideo logia fez com que a escolha fosse natural”. O Real abriu em agosto do ano pas sado, num espaço antes ocupado pelo Garça Real. Manuel Maia, diretor do grupo casa da calçada, diz que “a localização (centro do Porto), o facto de ser um espaço com história na cidade e a sua dimensão, possibilitando a exis tência de diferentes negócios ao mesmo Abriu há um ano, com a chancela do grupo Casa da Calçada e a liderança de Hugo Rocha na cozinha. O restaurante Real, na Baixa portuense, promete respeito pelos produtos e pela tradição, sem descurar a inovação, a elegância e a simplicidade, as “obsessões” confessas do chefe.

“Portugalidade, sazonalidade e proximidade”, as propostas de Hugo Rocha no Real by Casa da Calçada Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR e S pA ço de l A zer espacio de ocio

O espaço integra também um cocktail Bar especializado em rum, realça Manuel Maia: “Quisemos seguir um caminho diferente. Sozinho, ou como parte de um cocktail, o rum é uma bebida fantástica para começar ou terminar uma refeição.”

Real By Casa da Calçada Rua do Bonjardim, 185, Porto Telefone: 912551909

Outro ingrediente essencial é o tato para gerir a equipa: “Vivemos uma renovação no cenário gastronómico da cidade, assim como uma mudança de mentalidade no que toca ao estilo de vida que as pessoas pretendem devido à pandemia. isso leva-me a ter uma abor dagem diferente e específica para cada elemento da equipa e para cada serviço”.

O Real pertence a um grupo com des taque Michelin, mas não trabalham com essa pressão, afirma o chefe: “Não é nosso objetivo de momento e temos isso bem definido, o que nos permite criar e desen volver ideias com outro à vontade, além de abrir a possibilidade à utilização de alguns produtos diferentes. trabalhamos para pro porcionar bons momentos e fazer sorrir os nossos clientes, de uma maneira honesta, descomplexada, aparentemente simples, mas com muito trabalho técnico por trás.”

Manuel Maia diz que apesar de “vários sobressaltos, confinamentos e dificulda des de recrutamento” acreditam ter “um produto de enorme qualidade”, baseado nos conceitos de “portugalidade, sazo nalidade e proximidade”, que querem “ dar a conhecer aos portuenses e turistas”. A proposta de Hugo Rocha é alicerçada na cozinha portuguesa contemporânea, com muito foco no produto: “Gosto de pratos equilibrados, conjugações de sabores simples e pontos de cozedura acertados. Sou obcecado pela simplici dade e pela elegância. Queremos manter esta matriz, explorando alguns sabo res de outras latitudes. Reflete-se nas receitas que servem de base às nossas propostas, onde se percebe que damos preferência aos clássicos da gastronomia portuguesa, apesar de não os interpre tarmos à letra. Nota-se na escolha que fazemos nos produtos a utilizar, onde os legumes são quase todos de produção biológica de proximidade. Sendo verão, o tomate coração de boi e o morango, por exemplo. Esta adaptação constante permite-nos trabalhar os legumes, peixes e outros produtos nas melhores épo cas de consumo. O que nos leva a ter melhor produto final. A proximidade está vincada tanto na curta distância física que nos separa de alguns produto res, como na escolha de algumas receitas. Valorizamos muito os hábitos de con sumo dos portuenses, recriando muitos pratos míticos da cidade. O facto de eu ter nascido a 100 metros do local onde estamos influencia muito nesse sentido.”

Há também um menu composto por cinco momentos (ao jantar), com uma entrada fria - sapateira, salada russa e maracujá da Madeira -, e uma entrada quente - lula de anzol, manteiga de cabra e alcaparras. A pescada de anzol, arroz carolino e lingueirão e o novilho nacio nal, raízes e espargos verdes são os pratos principais. A tarte de chocolate, flor de sal e gelado de baunilha remata a refeição. Hugo Rocha também assina a carta do Bistrô: “É um espaço com características diferentes, com refeições mais simples, pensadas para serem servidas rapida mente. temos, naturalmente, o mesmo cuidado na seleção do produto e desen volvimento da oferta. Além do prego, hambúrguer ou bolinhos de bacalhau, destaco a doçaria conventual amarantina que oferecemos no Real em parceria com a confeitaria da Ponte, parceiro de longa data da casa da calçada.”

Em todo o processo, é da investigação e desenvolvimento gastronómico que o chefe retira mais prazer”, salientando algumas das atuais propostas da carta: “A escolha é difícil, mas destacaria os cara paus alimados, que servimos marinados em molho Ponzu, dando um twist a uma receita portuguesa; A vieira que ser vimos com caviar e com uma emulsão elaborada com o nosso Espumante casa da calçada; O pregado, que é o meu peixe preferido, servimos com cogume los Morilles e espargos brancos, provavelmente os meus dois produtos preferidos de primavera; A presa de porco ibérico, guarnecida com gamba violeta algarvia e arroz da variedade bomba cozinhado no forno; Os morangos Mara des Bois, que refletem a nossa predileção por produto de temporada, e são servidos com chan tilly, chocolate branco e hibisco.”

63AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € e S pA ço de l A zerespacio de ocio tempo” conjugaram-se para criar o pro jeto, que junta um restaurante, sala de eventos, café bistrô e cocktail bar.

Manuel Maia descarta para já a possi bilidade de abrir um novo espaço, indi cando que “de momento a prioridade passa pela renovação da casa da calçada, que encerrará para obras em 2023”. 

O espaço tem a assinatura do arquiteto Paulo lobo: “do antigo espaço só resta uma parte do nome. A garça voou e abri mos o Real. O Paulo lobo teve sempre bastante liberdade nas suas escolhas. Foilhe pedido um espaço com classe, requinte, para um público mais jovem, que fosse uma referência na cidade e que, acima de tudo, fosse funcional.”

é o mote da Bienal de Cerveira Aos 44 anos, “a bienal de arte mais antiga da Península Ibérica quer agir e colocar os artistas a pensar o mundo e as suas emergências globais”. Por isso o tema desta XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira é o “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR”. Esta edição, inaugurada no passado dia 16 de julho, apresenta até ao final do ano o total de 270 obras, de cerca de 318 artistas de 29 países. Entre esses artistas estão os premia dos no concurso internacional: André Silva, Costanza Givone e Sofia Arriscado, Gabriel Borem, Lemos + Lehmann, Lia Cunha, Marcio Pimenta, Romano Saraiva, Svenja Tiger e Tomé Capa.

Com direção artística de Helena Mendes Pereira, o evento irá genericamente adotar o modelo de 1978, expondo o trabalho de vários artistas convidados, terá conferên cias internacionais, residências e intervenções artísticas, atividades em todo o con celho de Vila Nova de Cerveira, polos de exposição no Minho e na Galiza (Espanha), projetos curatoriais, oficinas e visitas orientadas e arte em espaço público. O Japão é o país convidado, protagonizando a mostra “Plenitude e Vazio” na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira. Nesta edição homenageia-se a fale cida pintora Helena Almeida, através do projeto “Ego-Ergonomia”, no Fórum Cultural de Cerveira. A XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira integra a candidatura “Fundação Bienal de Arte de Cerveira: a Arte Contemporânea integrada na sociedade e no mundo” (2020 – 2021 – Apoio Sustentado – Artes Visuais), que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.

64 ACTUALIDAD € AGOSTO DE 2022 e S pA ço de l A zer espacio de ocio Exposições“Devemosagir”

Até 31 de dezembro, em Vila Nova de Cerveira Espetáculo de luz volta a fazer brilhar Parque de Serralves à noite A primeira edição do Serralves em Luz, referida no jornal britânico The Times como uma das 10 melhores exposições a visitar em toda a Europa, conhece este verão uma segunda edição. O espetáculo, visitável desde o dia 22 de junho, conta com direção artística de Nuno Maya e exibe os desenhos de luz do Coletivo OLAB, Sophie Guyot, Tamar Frank e Tilen Sepič. “Ao longo de um percurso de três quilómetros, vinte e cinco instalações de luz, com recurso a múltiplas fontes, tec nologias de baixo consumo e até elementos vegetais recuperados no próprio Parque, proporcionam uma experiência sensorial mágica, num ambiente imersivo que dá a conhecer novas perspetivas deste notável espaço e convida à descober ta do seu património natural e arquitetónico. Os desenhos de luz de Nuno Maya, criados especificamente para esta exposição, conjugam várias formas de luz com diversos locais do Parque, despertando no espectador diferentes emoções e sensações visuais, enquanto as intervenções internacionais se focam em peças escultóricas luminosas e interativas que permitem, pela primeira vez, um papel ativo do público que pode assim transformar, através da luz, as paisagens naturais dos Alémespaços.daintervenção na natureza, há ainda uma projeção video mapping na facha da da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, resultante de um ateliê desenhado Agenda cultural “OsLivroCinco Homens que Mudaram Portugal para Sempre, Biografias Cruzadas, do Berço à Democracia” Mário Soares, Sá Carneiro, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral e Ramalho Eanes são os políticos responsáveis pela mudança mais importante da história moderna do país: a transição para a democracia. É sobre eles e sobre as suas atividades políticas que escre ve a jornalista e investigadora Isabel Nery no livro “Os Cinco Homens que Mudaram Portugal para Sempre, Biografias Cruzadas, do Berço à Democracia”, que acaba de ser lançado pela Dom Quixote. A obra conta como foram as suas vidas, os seus sucessos e insucessos, o que mais os marcou e o que os fez lutar –, e como todos eles se cruzaram nesse período extraordinário saído de 40 anos de ditadura. “Se Mário Soares regressa a Portugal três dias depois do 25 de Abril, Álvaro Cunhal chegará logo a seguir. Ambos tinham uma multidão à espera, mas cada um deu um rumo diferente à revolução. Enquanto os dois exilados testavam um lugar na vida por tuguesa, Francisco Sá Carneiro era chama do do Porto a Lisboa para se reunir com Spínola, o presidente da Junta de Salvação Nacional. Por esses primeiros dias de liber dade, havia ainda espaço para a democracia cristã liderada por Diogo Freitas do Amaral. E embora António Ramalho Eanes estivesse em África no dia da revolução, o general ficaria para sempre associado ao 25 de Novembro de 1975, quando a instabilidade do Verão Quente amaina e tudo, ou quase tudo, se clarifica... Soares, Sá Carneiro, Cunhal, Freitas do Amaral e Ramalho Eanes: sem estes cinco homens, é difícil imaginar Portugal. A autora escreveu também a biografia “Sophia de Mello Breyner Andresen”, “Chorei de Véspera – Ensaio sobre a Morte por Amor à Vida”, “As Prisioneiras – Mães Atrás das Grades” e “Política e Jornais – Encontros Mediáticos”.

Até 31 de outubro, no Parque de Serralves, no Porto Projeto “Primeira Pedra” destaca pedras portuguesas no Museu dos Coches Os artistas Ai Weiwei, Álvaro Siza, Amanda Levete, Bijoy Jain, Carla Juaçaba, Carsten Höller, Claudia Moreira Salles, Eduardo Souto de Moura; Elemental, Estudio Campana, Fernanda Fragateiro, Fernando Brízio, Frith Kerr, Ian Anderson, Jasper Morrison, João Luís Carrilho da Graça, Jonathan Barnbrook, Jonathan Olivares, Jorge Silva, Julião Sarmento, Manuel Aires Mateus, Marina Abramovi, Mia Hägg, Michael Anastassiades, Michel Rojkind, Miguel Vieira Baptista, Paulo David, Pedro Falcão, Peter Saville, Philippe Starck, R2, Ronan & Erwan Bouroullec, Sagmeister & Walsh, Studio MK27, Vhils, Vladimir Djurovic assinam as obras que integram a exposição Primeira Pedra 2016 I 2022.

O projeto conta com a curadoria de Guta Moura Guedes e reúne 74 obras originais feitas em pedra portuguesa e desenha das por 36 autores de 15 países. As obras foram executadas com a ajuda da indústria e de artesãos nacionais. “Os trabalhos expostos são o resulta do de uma dinâmica apaixonante entre cria dores e entre as múlti plas pessoas e empre sas que os produziram. Em cada um deles uma perspectiva diferente de olhar para um material milenar, a pedra. Um desafio dirigi do às artes plásticas, à arquitetura e ao design e ao seu poder transformador”, lê-se na apresentação da mostra. Os artistas foram convidados a explorar “caminhos menos usuais às suas práticas”e “os designers gráficos, afasta dos há muito da pedra enquanto material de comunicação, abrem aqui um novo capítulo num momento em que o mundo se digitaliza e desmaterializa”. Esta série única de obras foi mostrada, de forma parcial, em Londres, Milão, Nova Iorque, São Paulo, Veneza, Weil am Rhein, Basel e Dubai em alguns dos mais importantes museus, instituições e eventos, e chega agora ao Museu dos Coches, em Lisboa, onde é pela primeira vez exibida na sua totalidade: “Revela-se num dos mais importantes museus portugueses e junto da que é a maior colecção de coches do mundo. Interage com o complexo museológico quer na grande praça, quer nos espaços interiores, permitindo uma multiplici dade de diálogos entre passado, presente e futuro.”

agosto textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Até 25 de setembro, no Museu dos Coches, em Lisboa “Empenhada em reforçar a sua mis são junto da comunidade artística, a Caixa Geral de Depósitos volta a ad quirir obras de arte para a sua Cole ção e lança a 1.ª edição do Concur so Caixa para Jovens Artistas”, anun cia a instituição em comunicado. As candidaturas estão abertas até 12 de setembro deste ano e os resultados serão divul gados a partir de 25 de outubro também deste ano. Na primeira edição deste novo concurso, serão ad quiridas obras de seis artistas, entre os 25 e os 35 anos, num valor global de 48.000 euros, que passa rão a integrar a Coleção da CGD, gerida pela Cultur gest. Esta coleção “espelha uma contemporaneida de abrangente e inclusiva e este concurso de aquisi ção inaugura um novo capítulo na história da Cole ção, abrindo portas às gerações mais novas com o objetivo de promover a sua consolidação e qualifica ção”, descreve o comunicado da CGD. A Fundação Culturgest é, desde 2006, responsável pelo estudo, gestão, divulgação e conservação das cerca de 1800 obras de arte da Coleção da CGD, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo, instalação e gravu ra. Como gestora designada da Co leção da CGD, a Culturgest é tam bém responsável pela elaboração da política de aquisições e pela sua execução criteriosa.

CGD lança 1.ª edição Concurso Caixa para Jovens Artistas

Em paralelo a esta grande exposição noturna e ao ar livre, decorrerá um programa de visitas orientadas e de workshops de fotografia, que complementa e realça a vivência das diferen tes dimensões em presença: luz, natureza, arte e arquitetura.

Uma primeira pré-seleção de candidaturas será reali zada por Bruno Marchand (programador de artes vi suais da Culturgest) e a decisão relativa aos vence dores é tomada pela comissão de aquisições: - Emí lio Rui Vilar, Presidente da Comissão de Aquisições da CGD; Maria da Graça Carmona e Costa, Presi dente da Fundação Carmona e Costa; Isabel Carlos, Curadora Independente e Crítica de Arte; Raquel Henriques da Silva, Historiadora de Arte e Coordena dora do Instituto de História de Arte (FCSH-UNL) e Delfim Sardo, Administrador do Centro Cultural de Belém.

AGOSTO DE 2022 ACTUALIDAD € e S pA ço de l A zerespacio de ocio 65 pelo diretor criativo da exposição e executado com a colabo ração do Serviço Educativo Ambiente de Serralves. Os desenhos são assinados por alunos do 2.º ano da Escola Básica da Pasteleira do Porto.

Statements

“A Alemanha está à beira de uma recessão”

Clemens Fuest, presidente do Ifo, “Expresso”, 25/7/2022

“[No setor dos serviços, incluindo no turismo] o clima de negócios piorou substancialmente” Idem, ibidem “As soft skills e a sua importância no momento de contratação de novos colaboradores é um tópico cada vez mais presente no contexto empresarial. De acordo com o relatório ‘Global Talent Trends’ (2019) do LinkedIn, 89% dos recruiters defendem que, quando uma contratação não resulta, por norma, a falha está relacionada com a falta de competências sociais (...) Por exemplo, um project manager que não saiba trabalhar em equipa, dificilmente conseguirá evoluir nessa função e ter sucesso. Os termos soft skills e hard skills surgiram na década de 1970, mas essa terminologia já não faz sentido. As competências sociais e as competências técnicas são igualmente relevantes e devem ser tratadas como complementares”

Susana Correia, head of Talent Acquisition da Neotalent, “Líder Magazine Online”, 22/7/2022 “Mobilidade elétrica pode ser mais eficiente” perante crise energética

Helena Silva, CTO do CEiia, “O Jornal Económico”, 25/7/2022 “[O país tem vindo a tornar-se ] uma referência ao nível do modelo de mobilidade elétrica [sendo pioneiro em termos de] uma rede de carregamento interoperável a nível nacional.(...) A neutralidade carbónica em 2050 [é uma das metas assumidas pelo Governo, mas o processo terá de envolver também as empresas, tendo em vista, nomeadamente, as várias formas de mobilidade suave]”

Idem, ibidem Para P ensar úlTIMAS últimas

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