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Isabel Ayuso incentiva o investimento português na Comunidade Autónoma de Madrid

Isabel Ayuso incentivou a comunidade empresarial portuguesa a investir em Madrid, salientando diversas conquistas económico-financeiras e sociais daquela comunidade autónoma, que a tornam bastante atrativa para o investimento, assim como para a vivência diária dos cidadãos que ali se fixem. Um dos fatores-chave do sucesso alcançado pela região é a estabilidade política e, igualmente, fiscal, realçou a presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, num recente almoço-debate promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, em Lisboa.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Omodelo político-económico do Governo Regional de Madrid tem alcançado vários indicadores de sucesso, sendo, por isso, muito atrativo para as empresas portuguesas investirem e também para se viver, realçou isabel Ayuso, presidente da comunidade de Madrid, no seu discurso proferido durante o almoço-debate organizado pela câmara de comércio e indústria luso-Espanhola (ccilE), e que se realizou no passado dia 14 de julho, em lisboa.

A governante madrilena começou por sublinhar que “Espanha e Portugal (Madrid e lisboa) são duas caras da mesma moeda– a Península ibérica não é só um território que partilhamos, também é o epicentro desse movimento” que transporta os valores do mundo ocidental e a prosperidade ao longo dos séculos. São duas nações vizinhas, com grandes feitos históricos que consolidaram sociedades seguras, destacou a governante do Partido Popular (PP) espanhol. defendendo os princípios da “democracia liberal” e da “liberdade”, isabel díaz Ayuso fez questão de relembrar que ambas as nações formam parte da NAtO e da uE, e salientou os benefícios das sociedades apostarem na properidade e na segurança em alternativa a modelos de governação autoritários ou ditatoriais. “Acima de tudo, partilhamos o nosso compromisso com a liberdade, que perdura até hoje”, frisou a governante madrilena, criticando os regimes autoritários que têm surgido em algumas partes do globo. “Madrid é uma sociedade aberta, plural e acolhedora, que não rejeita ninguém, onde 45% dos seus habitantes não nasceram aí, vivendo as classes sociais em convívio entre si”, benefi-

ciando de “serviços públicos de saúde e educação em igualdade” de direitos, sublinhou ainda.

Comunidade concentra 73% do investimento estrangeiro em Espanha

Salientando que a sua política não se baseia em perseguir os mais ricos e os que pagam mais impostos, isabel Ayuso referiu que a comunidade acolhe da melhor forma e com total equidade as empresas que vêm de outros países. de resto, referiu ainda, a comunidade concentra cerca de 73% do investimento estrangeiro realizado em Espanha.

A governante considerou que Portugal dispõe de uma política fiscal “mais atrativa e mais progressiva” e de uma maior “liberdade empresarial” do que Espanha, o que beneficia mais as intenções de investimento de cidadãos e empresas. A este propósito, salientou o programa golden visa português, que permite a cidadãos de outros países obterem uma autorização de residência especial, mediante a realização de investimentos imobiliários ou empresariais ou científicos no território português. “também em Madrid se desenvolveu um modelo de maior liberdade, semelhante ao de Portugal”, comentou a governante, dando como exemplos a flexibilidade na escolha dos horários do comércio, assim como na escolha de hospital ou escola para os estudantes frequentarem.

A comunidade tem em curso um plano de incentivo à natalidade e apoio à maternidade/ paternidade, que prevê investimentos de mais de 4.500 milhões de euros, até 2026, destacou ainda. isabel Ayuso sublinhou, ainda, que Madrid dispõe “de um dos melhores sistemas públicos de saúde do continente” europeu, onde se destaca o facto de “três dos melhores hospitais da Europa estarem em Madrid”, frisou, destacando ainda a rede de transportes da região. com cerca de sete milhões de habitantes, a comunidade está também a realizar um forte esforço na verten-

“Madrid é uma sociedade aberta, plural e acolhedora”, que aposta em “serviços públicos de saúde e educação em igualdade” de direitos, garantiu a presidente da Comunidade Autónoma

te da tecnologia e digitalização, com a cobertura alargada da rede de fibra ótica e da tecnologia 5G, adiantou a governante.

PIB semelhante ao de Portugal “Madrid está, mais do que nunca, na moda, e as nossas políticas estão a ser comentadas” e seguidas internacionalmente, realçou ainda. todos os bons indicadores alcançados pela região se devem, sobretudo, à estabilidade institucional e ao modelo político adotados pela atual presidência e pelos seus antecessores, onde se destaca um ambiente favorável aos negócios, com uma política fiscal “justa e aborrecidamente previsível” sobre as empresas, há vários, salientou ainda a dirigente popular, que tomou posse do Governo Regional em agosto de 2019.

Relembrou ainda que desde há vários anos que a comunidade Autónoma de Madrid é líder na criação de riqueza no país, depois de nos anos 80 ter estado em quarto lugar.

A região “concentra 14% da população, 17% dos empregos, 20% da riqueza, 60% das grandes empresas e 73% do investimento estrangeiro", destacou a líder da comunidade Autónoma de Madrid. “Para se ter uma ideia, o PiB de Madrid é muito similar ao de Portugal”, frisou ainda, salientando que o crescimento da região tem sido o triplo da média espanhola. Por outro lado, Madrid tem a maior taxa de emprego do país e foi a região que mais emprego criou em 2021, tendo ainda “o menor endividamento de toda a Espanha”. Frisou ainda que há pelo menos 18 anos que a comunidade está a baixar impostos, sendo mesmo a única de Espanha que não cobra impostos próprios, assegurou.

Quanto à subida dos preços das matérias-primas que se verifica a nível global, a região assumiu uma política de contenção, congelando as subidas em serviços públicos essenciais, como os transportes ou a água, e adotando novas medidas fiscais. isabel Ayuso salientou ainda que Madrid é a segunda região espanhola com mais emprego no setor da alta tecnologia, onde trabalham 262 mil pessoas. Em termos de outro motor económico, o turismo, realçou que a região já recuperou os níveis de emprego pré-pandemia.

Quanto à relação comercial com Portugal, diz que é “um mercado prioritário” para a região madrilena, já que é o terceiro país para onde aquela comunidade mais exporta. Em 2021, as empresas de Madrid exportaram para Portugal bens e serviços no valor de quase cinco mil milhões de euros e importaram 2.500 milhões (ver mais dados nas págs. 56/57). durante o debate que se seguiu ao seu discurso, a dirigente popular falou

também da proximidade que a região madrilena e o resto de Espanha deveriam manter com a América central, que concentra milhões de consumidores. No entanto, lamentou, alguns deles sofrem com regimes autoritários, que afetam o bom funcionamento do sistema empresarial.

Relativamente a outra questão colocada pela audiência de empresários e gestores presentes, salientou que o seu partido é “profundamente europeísta” e que acredita no projeto europeu como garante da estabilidade em momentos-chave, como aconteceu na pandemia. interrogada sobre as opções em termos de novos projetos de interconexão que aproximem os dois países. destacou ser favorável a todos as alianças ibéricas com vista a “uma maior conectividade em todos os tipos de transporte entre os dois países”. defendeu uma ampla união ferroviária e aeroportuária entre “Madrid, lisboa e, por exemplo, Valência”, como forma de dar um forte impulso às duas economias. também Miguel Seco, presidente da ccilE, salientou, no discurso de apresentação da oradora principal do almoço de empresários, o poder de captação de investimento da região madrilena, onde no ano passado foram constituídas 16 mil empresas, um valor relevante num ano de pandemia.  PUB

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