ActuA lidAd Economia ibérica setembro 2022 ( mensal ) | N.º 303 | 2,5 € (c ont .) Marina deposicionamentoparamelhoriaVilamoura:decontínuamanterumtopopág.18Vinces enseña a las empresas a pág.desuestructurarcapacidadinfluencia14 TeletrabalhorealidadeemcrescimentoemPortugal pág. 32
Projeto Gráfico e Direção de Arte sandra marina Guerreiro Paginação sandra marina Guerreiro Colaboraram neste número Andreia catarina cardoso e célia esteves Contactos da Redação Av. marquês de tomar, 2 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What colour is this? rua roy campbell, Lote 5 – 4ºb 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VAsP – DIstrIbUIDorA De PUbLIcAÇÕes sede: media Logistics Park, Quinta do Grajal –Venda seca 2739-511 Agualva-cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
ActuAlidAd
Economia ibérica Diretora (interina) belén rodrigo Coordenação de Textos clementina Fonseca Redação belén rodrigo, clementina Fonseca e susana marques Copy Desk Julia Nieto e sara Gonçalves Fotografia sandra marina Guerreiro Publicidade rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org)
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 3 índiceÍndice E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Gestão e Estratégia 24. Marketing 28. Fazer Bem 40. Advocacia e Fiscalidade 42. Setor Imobiliário 46. Ciência e Tecnologia 48. Vinhos & Gourmet 54. Intercâmbio Comercial 56. Oportunidades de Negócio 56. Bolsa de Trabalho 58. Calendário Fiscal 60. Espaço de Lazer 66. Statements Grande Tema 32. Trabalho remoto ou híbrido: realidade em crescimento em Portugal Editorial 04. Teletrabalho avança em Portugal, mas ainda encontra resistência Opinião 06. PDCA: o que é que esta sigla pode fazer pelo desempenho da sua empresa? - Célia Esteves 40. Direito do consumo 2022 – alterações legais com impacto no tecido empresarial - Andreia Catarina Cardoso Gestão e Estratégia 22. Sanjo da nuevos pasos en España para consolidarse como marca de referencia entre las zapatillas deportivas
Periodicidade: mensal Tiragem: 6.000 exemplares Propriedade e Editor cÂmArA De comÉrcIo e INDÚstrIA LUso esPANHoLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. marquês de tomar, 2 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva miguel seco, Luís castro e Almeida, ruth breitenfeld, enrique Hidalgo, berta Dias da cunha, carla rebelo, Pablo Forero e Vassili christidis Foto de 2022 Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola
NºShutterstock303-setembro
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 20224 editorial editorial De acordo com dados do iNE, no segundo trimestre de 2022, existiam 958.600 pessoas em teletrabalho, ou seja 19,6% da população empregada. destes, 59,9% pertencia ao grupo profissional dos especialis tas das atividades intelectuais e cien tíficas e 75,1% tinha ensino superior.
A “Actualidad€-Economia ibérica” quis saber como está a ser encara da esta nova realidade por parte de algumas empresas, que desafios é que este regime coloca a empregadores e empregados e, ainda, que outras ten dências ao nível da flexibilidade são esperadas também para os próximos tempos. As respostas são dadas por empresas de recursos humanos ou de tecnologias de informação ( ti) e sugerem que esta é uma realidade já dominante em certos segmentos profissionais, mas não ainda para a generalidade dos serviços que poderia estar a efetuar trabalho à distância (através de meios tecnológicos).
Email: cfonseca@ccile.org
“um empregado com uma profissão neste grupo profissional tinha uma probabilidade de estar em teletraba lho superior em oito pontos percen tuais (p.p.) à de um empregado com uma profissão na classe de referência. de igual modo, a probabilidade de um empregado com ensino superior estar em teletrabalho é 11,7 p.p. mais elevada do que para aqueles que com pletaram, no máximo, o terceiro ciclo do ensino básico”, adianta o destaque do iNE, de 10 de agosto de 2022.
SFotohutterstock
As vantagens deste tipo de prestação de trabalho são muitas, quer para os que o realizam quer para as empre sas. Segundo um entrevistado, que trabalha no setor das ti, as possibili dades conferidas pelo trabalho remoto permitem contratar skills e talentos específicos, que de outra forma não seria possível captar. com a atual organização territorial super concentrada nas duas grandes zonas metropolitanas de lisboa e do Porto, e com os graves constrangi mentos daí decorrentes (sobrecarga de transportes, inflação nos preços do alojamento e dos escritórios, poluição), talvez seja a altura dos empregado res reequacionarem a forma de se articularem com os colaboradores e permitirem regimes mais adequados aos novos Alexandratempos.Andrade, country mana ger da Adecco Portugal, antecipa mesmo que esta será uma tendência que se irá acentuar, como forma de reter colaboradores nas empresas, que assim podem beneficiar do bem-estar permitido pelo equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. A concessão de “formação com impacto na progressão das carreiras, ou a oferta de dias de férias” poderão ser outros benefícios -chave para a satisfação e retenção de colaboradores, adianta. Mas as mudanças que se avizinham no mercado de trabalho serão ainda mais drásticas do que a que foi per mitida pelo aceder remotamente ao local de trabalho, como antecipam alguns entrevistados no “Grande tema” deste mês (págs. 32-39). A sus tentabilidade ambiental, a inclusão de minorias e a equidade, a inteligência artifical ou a prevenção face a futu ros desastres climáticos globais, são outros fatores a ponderar no âmbito do planeamento e gestão dos recursos humanos em meio empresarial, aler tam os Muitosespecialistas.destestemas têm sido abor dados em edições anteriores desta revista, e nesta mesma edição poderá ler outros artigos onde se falam destas tendências, a que as empresas devem estar atentas nos próximos tempos.
Teletrabalho avança em Portugal, mas ainda encontra resistência
• Fica equidistante quer dos diver sos departamentos quer de quem implementa os processos;
PDCA - Plan-Do-Check-Act . Esta é uma metodologia usada para a melhoria contínua dos processos e para a resolução de problemas. Apesar de qualquer empresa poder usar metodologias de melhoria do desempenho há diversas razões para recorrer a apoio especializado. de facto, um c onsultor: • Olha a empresa de forma indepen dente de quem trabalha nela todos os dias, podendo identificar pro blemas e causas não reconhecidos pelos trabalhadores;
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 20226 opinião opinión
• Apropria-se dos objetivos estraté gicos da organização para a reali zação de todas as ações, fazendo com que estes sejam reconhecidos e interiorizados por todas as pes soas;
Por Célia Esteves*
PDCA:
• Tem de identificar indicadores passíveis de serem melhorados pois é assim que o seu desempe nho é avaliado e o seu negócio pode crescer; • Adapta metodologias à realidade da empresa, tendo em considera ção o nível de desempenho encon trado e os recursos humanos e técnicos disponíveis. No “Barómetro Heróis PME 2022”, realizado e publicado recen temente, as respostas indicam que as PME reconhecem estes bene fícios de se ter a melhoria do desempenho sob a responsabilida de de apoio especializado externo à organização. 90% das empresas respondentes consideram que os serviços de consultoria especiali zados podem levar ao aumento da sua performance e/ ou promover o aproveitamento de novas oportu nidades de negócio desconhecidas. Mas onde é que as empresas consideram existir mais margem de melhoria do seu desempenho? 20% das empresas alvo do estudo consideram que o aumento de per formance pode ser principalmen te conseguido pela organização e melhoria dos procedimentos atuais, contribuindo significativamente para que a resposta ao mercado seja mais efetiva. Os alvos de melhoria seguintes são a eficiência produtiva, com 18% das respostas, e o desen volvimento de novos produtos e/ou processos, com 16%. Estas respostas tornam impe rativo relembrarmos o E i S. O European innovation Scoreboard (E i S), publicado anualmente, for nece uma avaliação comparativa do desempenho dos Estados-membros da união Europeia e de alguns países terceiros relevantes, em maté ria de investigação e de inovação. Apresenta também os pontos fortes e fracos dos respetivos sistemas de investigação e de inovação, permi tindo aos países determinarem os domínios em que devem concentrar os seus esforços para melhorarem o seu desempenho em termos de inovação.daanálise da última edição, no que diz respeito à proporção de PME com capacidade para intro duzir inovação de produto e de pro cesso no mercado, Portugal apre sentava indicadores muito abaixo da média, principalmente naquele que mede as empresas que intro duzem inovação de processo. O impacto deste ponto fraco é mais profundo, já que empresas com processos pouco eficientes serão, consequentemente, pouco produ o que é que esta sigla pode fazer pelo desempenho da sua empresa?
Q uanto maior o desempe nho, maior a capacidade de uma empresa em dar resposta às expectativas dos seus clientes e superar a concorrência. Ora, o desempe nho de uma empresa é tanto maior quanto a sua capacidade de se orga nizar. E, quanto mais organizada ela estiver, mais consegue melhorar o seu desempenho. Parece uma referência circular, mas é o resultado do ciclo da melhoria contínua:
opiniãoopinión tivas. Aliás, todos estes indicadores com classificação menos positiva no E i S contribuem negativamente para a produtividade da economia portuguesa.Verifica-se assim que o “Barómetro Heróis PME” é corroborado pelo resultado deste estudo internacional. Mas como ajudar as empresas a melhorar o seu desempenho? A melhoria contínua pretende melhorar cada processo através da realização das atividades que agregam mais valor para o cliente, removendo o maior número possí vel de atividades que geram desper dício. O desperdício pode existir devido a aspetos como transporte, inventário, movimentação, espera, produção exagerada, processamen to exagerado, defeitos, inconsistên cia do processo e sobrecarga. Assim, deve começar-se por ana lisar o que está a ser feito e como. Esta é a base de referência para se aplicar a metodologia PDCA , rea lizando as fases: • Plan / Planear – estabelecer os objetivos e processos necessários para obter os resultados pretendi dos. deve começar-se em pequena escala, para que se possam testar os efeitos da abordagem;
* Diretora de Sistemas e Processos da Yunit EmailConsultingcelia.esteves@yunit.pt Pagou IVA em Espanha? Saiba comocontacte-nosconnosco,recuperá-lojá! ¿Pagó IVA en Portugal? ¡Descubra cómo recuperarlo con contáctenosnosotros,ahora! Av. marquês de tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 E-mail: ccile@ccile.org Website: www.portugalespanha.org PUB
• Do / Fazer – Executar o que foi definido; • Check / Verificar – depois de completar os objetivos, verificar o que se atingiu e comparar com o que era esperado. documentar com a maior quantidade de infor mação possível;
• Act / Atuar – identificar o que pode ser melhorado no processo, para alcançar resultados melhores da próxima vez. Se a análise mostra que houve melhorias por comparação com a base de referência, o padrão é atualizado. Na interação seguin te pretende-se um desempenho ainda melhor. c aso não tenha havido melhoria, o padrão perma nece o mesmo que o da base de dreferência.epois,é só continuar a repetir para cada atividade de cada pro cesso, em contínuo, para melhorar continuamente o desempenho.
A carteira de crédito continuou a subir, com destaque para o crescimento do crédito a particulares, em 6,6%. Em termos de crédito à habitação, nos primeiros cinco meses do ano, o banco originou cerca de 1.500 milhões de euros em hipotecas, com uma quota de mercado média de 22,9%. O crédito pessoal teve também uma trajetória ascendente, alcançando uma produção superior a 300 milhões de euros, sendo de destacar a contra tação de crédito pessoal online, que representou mais de 25% do crédito pessoal concedido, sublinhou ainda o banco no mesmo comunicado.
A margem financeira caiu 3,4% para 370,3 milhões de euros nos seis pri meiros meses do ano, com esta que bra a ser compensada pelo aumento das comissões de 17,9% para 239,5 milhões de euros no período.
O novobanco apresentou, no primei ro semestre do ano, um resultado líquido de 266,7 milhões de euros, o que significou uma melhoria de 93.7% face a idêntico período de A2021.margem financeira totalizou 268 milhões de euros, em queda de 7,3% comparativamente com o mesmo período do ano anterior, “refletindo a evolução estável da taxa média do crédito a clientes e o efeito das emissões de dívida sénior no quarto trimestre de 2021 e das taxas de juro negativas nas aplicações do mer cado monetário”, adianta o banco. A margem financeira foi de 1,30% (contra 1,42% em 2021) e o crédito a clientes (líquido) ascendeu a 24,3 mil milhões de euros (mais 2,8% face a dezembro de 2021), “confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito no segmento de empresas e de particulares, e um ambiente de taxas de juro favorável”, acrescenta o comunicado do banco.
O banco conta com um rácio de expo sições não performantes (NPE) de 2,2%, atingindo um novo mínimo his tórico.
novobanco aumenta lucros em 94%
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 20228 aponta M entos de econo M ia apuntes de economÍa O Santander Totta triplicou os seus resultados líquidos no primeiro semestre do ano face ao período homólogo de 2021, atingindo os 241,3 milhões de euros. Um dos fatores que pesou na subida acentuada do lucro foi o facto de ter contabilizado um encargo extraordinário de 165 milhões de euros para o plano de saídas de trabalhadores há um ano, custo não recorrente que agora desa pareceu. “O plano está concluído, fechado, ponto final”, referiu o CEO do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, na apresentação dos resul tados. Em relação ao mesmo perío do de 2021, a instituição conta com menos 1.069 trabalhadores, num total de 4.696, e menos 27 agências. Segundo sublinhou Manuel Preto, CFO do Santander Totta, o facto de no mesmo período do ano passa do Portugal estar ainda a viver em confinamento, com impacto direto na economia, acaba por condicionar também os resultados, que “são de comparação difícil. Mas o resultado líquido demonstra a capacidade de gerar capital e conseguimos cobrir o custo de capital, que tem de ser o apanágio da banca”, acrescentou o administrador financeiro. O produto bancário ascendeu a 612,9 milhões de euros no primeiro semes tre de 2022, o que representou uma queda de 14,5%. A quebra no produto bancário deveu-se sobretudo aos encargos com as contribuições para o Fundo de Resolução e para o Fundo de Garantia de Depósitos, que superaram os 60 milhões de euros de impacto negativo. Os custos operacionais situaram -se nos 242,6 milhões de euros, uma redução de 14,6% face ao período homólogo de 2021, adianta o banco em comunicado. No final de junho de 2022, o resul tado de exploração atingiu os 370,3 milhões de euros, decrescendo face ao período homólogo (-14,4%). A imparidade líquida de ativos finan ceiros ao custo amortizado ascendeu a 1,2 milhões de euros, que compara com o valor negativo de 68,8 milhões de euros no mesmo período do ano passado, refletindo a melhoria das condições económicas, em especial a estabilidade da taxa de desemprego, em redor dos 6% nos primeiros cinco meses do ano, adianta o banco.
santander em portugal triplica resultado líquido, para os 241,3 milhões de euros
As comissões de serviços a clien tes ascenderam a 144,4 milhões de euros, uma subida de 6,5% face ao pe´riodo homólogo de 2021, “espe lhando um sólido desempenho e mantendo a tendência positiva dos últimos trimestres”, assinala ainda a mesma instituição.
Em resultado, o produto bancário comercial totalizou 412,4 milhões de euros (menos 2,9% face ao primeiro semestre do ano anterior), com o produto bancário a totalizar 571,5 milhões (mais 16,9% relativamente ao mesmo período de 2021), incluindo o contributo positivo dos outros resul tados de exploração de 73,2 milhões, impulsionado pelo processo de desa lavancagem do portefólio imobiliário. Os recursos totais de clientes cres ceram 2,4% face a dezembro de 2021, apresentando um aumento dos depósitos de clientes de 3,9% (mais 1.100 milhões de euros), reflexo do crescimento do negócio.
Millennium bcp multiplica lucros por seis no primeiro semestre
O número de empre sas em atividade no setor no retalho de móveis e artigos de iluminação mantém -se desde 2016 em cerca de 3 325, após uma queda de 1,9% registada em 2020. Nesse mesmo ano, o em prego no setor caiu 2%, para os 12 715 trabalhadores. Cerca de 45% das empresas do setor estão concentra das na região norte, seguindo-se a zona Centro e a de Lisboa, 20% cada uma. No entanto, são as empresas de Lisboa que registam o maior número médio de pessoas ao serviço, com uma média de 8 colaboradores, bastante superior à média nacional, que é de três em pregados por empresa.
O rácio de exposição a ativos sem desempenho (non-performing expo sure) caiu 500 milhões de euros, de três para 2,5%, com o crédito malpa rado há mais de 90 dias a reduzir de 2,5 para 1,5%.
O rácio de capital total foi de 15,3% e o rácio CET1 atingiu 11,3%, ambos acima dos requisitos regulatórios.
A emissão destina-se a financiar projetos “verdes”, no âmbito da estratégia de sustentabilidade do grupo Lusiaves, nomeadamente na instalação de parques fotovoltaicos e unidades para autoconsumo de energia renovável, de base foto voltaica, tecnologias de eficiência energética, renovação da frota com veículos 100% elétricos e veículos movidos a gás natural, instalação de centrais de biomassa, revamping de uma estação de tratamento de águas residuais industriais e, final mente, projetos de produção agrí cola ambientalmente sustentáveis. “O investimento realizado e a rea lizar, em diversas empresas do grupo Lusiaves, contribuirá para o reforço e melhoria contínua das condições de sustentabilidade nos vários domínios ambientais, sociais e económicos”, adiantam as duas Ainstituições.emissãofoi integralmente organizada, montada e subscrita pelo BPI, que reforça, assim, o seu papel de financiador de referência das empresas portuguesas, através da adoção de soluções inovadoras e assentes em princípios de sustenNotabilidade.âmbito do novo “Plano Diretor de Sustentabilidade 2022-2024”, o BPI assumiu o compromisso de mobilizar dois mil milhões de euros em financiamento sustentável para empresas e particulares até 2024, através do impulso de novos produ tos ESG, assessoria e formação para apoiar as empresas na transição.
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 9
Em Portugal, o Millennium bcp regis tou um lucro de 174,5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 63,1% face ao primeiro semestre de 2021. Este resultado inclui efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium (instituição financei ra polaca controlada pelo banco português), incluindo encargos de 257,8 milhões de euros “associados à carteira de créditos hipotecários” em francos suíços, para além da “contribuição de 54,3 milhões para o Fundo de Proteção Institucional, e do registo de imparidades do Bank Millennium de 102,3 milhões”.
O grupo Lusiaves e o Banco BPI lan çaram uma emissão de obrigações “verdes” (green bonds), no montante de 25 milhões de euros, com um prazo de 15 anos.
Os custos operacionais desceram de 590,1 para 516,2 milhões de euros (menos 12,5%).
grupo lusiaves e Bpi realizam emissão de obrigações “verdes”
Breves Faturação do setor do comércio de móveis cres ceu 11% em 2021 A faturação agregada das empresas portuguesas de comércio de móveis cresceu 11% em 2021, para os 875 milhões de euros, revela a Informa D&B. No mesmo ano, as importações aumentaram 10,4%, situando-se nos 879 milhões de euros. Espanha man teve-se como o principal fornecedor externo de móveis no mercado português, representando quase 43% do total das importações, à frente da França, com 12,9%, da Polónia (9,8%) e da China (9,8%).
Certif reforça auditorias em 15% no semestre A Certif, líder de mercado em Portugal na certifica ção de produto e marcação CE, registou no primeiro semestre um crescimento homólogo de 15% nas audi torias realizadas. Depois de um início de ano afetado por adiamentos devido a restrições com a pandemia, foi também possível re cuperar a programação e retomar totalmente as ações presenciais no Aestrangeiro.evolução positiva das exportações de bens e a necessidade de evidenciar a certificação do produto em vários mercados, seja por exigência legal, seja por exigência dos clientes, foram fatores que influenciaram de forma positiva a atividade do primeiro semestre.
A margem financeira melhorou 28,6%, atingindo 985,2 milhões de euros, valor que compara com os 765,8 milhões obtidos no período Ashomólogo.comissões renderam 387,6 milhões de euros, numa subida de 9,8%.
Na marcação CE, foram estabelecidos acordos com organismos de certificação ingleses que permitem aos clientes da Certif o acesso à marcação UKCA.
Quanto à certificação de serviços, foram emitidos cerca de 80 novos certificados para empresas que trabalham com gases fluorados, elevando para mais de 1.400 certificados emitidos, correspondendo a O Millennium BCP registou um lucro de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, multiplicando por mais de seis o resultado de 12,3 milhões de euros obtido no mesmo período do ano passado.
A Mercadona abriu no início do mês passado um supermercado no Santarém Retail Park, assinalando, assim, a chegada a um novo distrito. Esta loja junta-se a outras insígnias já presentes neste espaço comercial, que surge agora renovado.
A líder mundial em seguro de créditos estima uma subida da despesa total de saúde em Portugal – que incluiu os gastos do Governo, mas também dos priva dos - para 23 mil milhões de euros em 2023, o que corresponderá a 9,8% do produto interno bruto. Desse montante, cerca de 1,4 mil milhões de euros serão gas tos devido à obesidade. Olhando para as perspetivas a uma década, os núme ros aumentam significativamente. As estimativas para 2032 apontam – num cenário moderado – que Portugal poderá contar com 2,1 milhões de pessoas com obe sidade, elevando os gastos totais da saúde para 32,8 mil milhões de euros, o que representará 10,4% do PIB português. Deste valor global, 2,1 mil milhões de euros serão canalizados para o tratamento da obesidade ou doenças associadas.
Todas as novas lojas da Mercadona são construídas respeitando o Modelo de Loja Eficiente, que a empresa está a implementar em toda a cadeia, com corredores amplos, lineares específicos de sumos refrigerados, mural de sushi, charcutaria com presunto cor tado à faca e embalado no momento, e uma máquina de sumo de laranja espremido na hora. A cadeia espanhola conta já com 35 estabelecimentos em Portugal, desde julho de 2019.
Cosec alerta para custos da obesidade em Por tugal O número de pessoas com excesso de peso ou obesas tem vindo a aumentar um pouco por todo o mundo, o que levará a aumentos significativos dos gastos dos sistemas de saúde para combater e tratar as doenças associadas ao excesso de peso. Quanto a Portugal, a Allianz Trade, acionista da Cosec – Companhia de Se guro de Créditos, admite que, num cenário modesto, o país poderá ter dois milhões de pessoas obesas já no próximo ano.
10 actualidad € setembro de 2022 A Iberdrola continua a avançar com a sua estra tégia de investimento na Península Ibérica, com a entrada em funcionamen to da central fotovoltaica Algeruz II, a primeira insta lação deste tipo do grupo em Portugal. A central tem mais de 50.500 módulos fotovoltaicos fixos e monofásicos, que irão gerar energia limpa suficiente para abastecer mais de 11 mil casas e evitar a emissão de 13.400 toneladas de CO2 para a atmosfera por ano. O projeto, que envolveu um investimen to de 17,8 milhões de euros, gerou mais de 200 postos de trabalho durante os períodos de pico de construção, todos eles preenchidos por colaboradores Alocais.Iberdrola foi a maior adjudicatária, em número de lotes, no leilão de 2019 em Portugal, com um total de sete projetos fotovoltaicos (sete lotes), três dos quais em construção e com previsão de início de operação comercial durante este ano. Tratam-se das centrais fotovoltaicas Conde (13,51 MW), Alcochete I (32,89 MW) e Alcochete II (12,72 MW), também localizadas no distrito de Setúbal. Os projetos Alcochete I e II terão tecnologia bifacial, que maximiza a produção de energia e reduz o custo médio da eletri cidade em 16%. Além disso, os projetos Montechoro I (11,57 MW), Montechoro II (24,95 MW) e Carregado (64,1 MW), adjudicados no mesmo leilão, estão em processo de obtenção da licença de construção e estão previstos para 2023, altura em que a capacidade fotovoltaica da Iberdrola em Portugal totalizará 187 MW.
iberdrola inaugura a sua primeira central fotovoltaica em portugal
Breves mais de 80% do mercado. De assinalar ainda, relativamente à marcação CE, que a Certif continua a manter a liderança na marcação CE para produtos da construção, dispondo de uma vasta oferta que possibilita às empresas portuguesas o aces so à marcação CE e que, de outra forma, teriam de recorrer a organismos estrangeiros. Simoldes investe 23 milhões e desenvolve fonte alternativa ao lítio A Simoldes, empresa portuguesa de Oliveira de Aze méis, vai investir 23 milhões de euros na construção de uma nova fábrica e de um centro de desenvolvimento tecnológico para produzir células de iões de sódio. Esta produção, que serve de alternativa ao lítio, insere-se num projeto aprovado no âmbito do PRR, adianta o “Negócios.pt”, citado pela “Executivedigest.pt”. Ainda de acordo com o “Negócios.pt”, estas células têm como destino os setores da mobilidade e residencial, a partir de 2025, e a previsão total de investimento é de mais de 27 milhões de euros. A comercialização deverá arrancar em 2026, através da futura Simoldes Energy, que está em criação, adianta a mesma publicação.
Mercadona abre primeiro supermercado no distrito de santarém
À semelhança das outras lojas, tam bém esta dispõe de uma área de vendas de 1.900 metros quadrados, divididos entre as secções de talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, cuidado do lar e animais de estimação, frutas e legumes, garrafeira e pronto a comer.
João Basto é, assim, nomeado diretor-geral da Centazzi, em presa detentora da marca Salutem, adquirida pela Sovena em fevereiro passado, cargo que acumula com a função que desempenha há dois anos de diretor de New Ventures.
O grupo Sovena reforçou as direções de New Ventu res e de Sustentabilidade e autonomizou as duas áreas. João Basto e Joana Oom de Sousa passaram a ser, respetivamente, os novos líderes destes departamentos. A reformulação surge no seguimento do novo posiciona mento do grupo, do desenvolvimento de novos negócios e da aposta na sustentabilidade como área fulcral e transversal a toda a empresa.
este ano, em julho, foram registados 222.945 car regamentos, sendo que em julho de 2021, o número de carregamentos situou-se nos 122.035. Esta evolução positiva traduziu-se, naturalmente, num aumento de ener gia consumida, comparando ainda os meses de julho de 2021 e 2022. Desta forma e este ano, foram consumidos, em julho, cerca de 3 milhões e 398 mil kWh de energia, mais 119% face ao período homólogo do ano anterior (1.554.552 kWh).
No que se refere a utilizadores da rede de acesso público em julho de 2022, utilizaram a rede 28.224 utilizadores distintos, o que se traduz num aumento de 42% face ao mesmo período de 2021 (19.910).
Quanto ao número de postos de car regamento, existem atualmente mais de 2.700 em todo o país, incluindo Açores e Madeira, 41 por cada 100 quilómetros de estrada. A média de postos instalados por semana, desde o início do ano, situa -se nos 19.
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 11 No passado mês de julho verificou -se a ordemcarregamentoscrescimentocontinuadatendênciadedeutilizaçãodaredeMobi.E,sendoqueamesmaregistouumacréscimodenados87%faceaoperíodohomólogodoanoanterior,umavezque
rede Mobi.e bate novos recordes de utilização De acordo com dados do Banco de Portugal, o número de insolvências e de reestruturações não aumentou durante a pandemia. “Nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, o número de pedidos de insolvência e de restruturação manteve-se ali nhado com a média histórica. No primeiro semestre de 2021, o número de pedidos situou-se 27% abaixo da média histórica”, enquadra ainda o Banco de Portugal. O Banco Central explica ainda que, no primeiro estado de emergên cia que o país viveu, o número de pedidos diminuiu 10%, enquanto o segundo estado de emergência e a suspensão da obrigação de apre sentação à insolvência tiveram um impacto reduzido no número de novos pedidos. Os dados revelam que houve um aumento do número de pedidos nos setores mais expostos à pan demia nas semanas de 2020 afetadas pela crise da covid-19a, em comparação com a média históri ca pré-pandemia. Por outro lado, a moratória de crédito reduziu a probabilidade de insolvência das empresas de 6,4 para 3,9%, adian ta aquela instituição.
A Cushman & Wakefield anunciou mais uma contrata ção para complementar a sua equipa no Porto, integrando Susana Pires (na foto) na equipa de Retalho. Com esta nova contratação, a consultora dá continuidade ao aumento da sua atividade no mercado do Grande Porto, onde tem registado um crescimento significativo desde que se estabeleceu nesta cidade com escritório próprio, em 2016.
Com mais de 15 anos de experiência no setor imobiliário, Susana Pires especializou-se no segmento de retalho, tendo trabalhado com os mais diversos formatos, como centros comerciais, lojas de rua ou retail parks. Antes de integrar a equipa da Cushman & Wakefield, foi responsável por toda a atividade de retail leasing na zona Norte e Centro para a Widerproperty.
Banco de portugal diz que número de insolvências e de restruturações não aumentou durante a pandemia
A empresa especializada na realiza ção de candidaturas a sistemas de incentivos financeiros e fiscais We Incentivos acaba de contratar o consultor sénior Nuno Sobral (na foto) para reforçar a sua equipa.
A contratação visa reforçar a capa cidade da equipa e “garantir a prestação de um serviço de excelência aos clientes”, refere Dário Gaspar, diretor da We Incentivos. Nuno Sobral transita de outra consultora, onde desempenhou ao longo de três anos a função de consultor de incentivos. Anteriormente, ocupou o cargo de analista de sistemas fi nanceiros no BNP Paribas.
Por seu lado, Joana Oom de Sousa, enquanto nova dire tora de Sustentabilidade do grupo Sovena, fica responsá vel pela implementação das ambiciosas metas definidas na estratégia de sustentabilidade do grupo.
emGestoresFoco
Acciona ha lanzado una ofensiva en Italia para desarrollar y explotar al menos seis parques de energía eólica marina flotante que suman una inversión conjunta superior a los 14.750 millones de euros. El grupo que preside José Manuel Entrecanales ya ha trasladado las propuestas al Ministerio de Infraestructuras y Movilidad Sostenible transalpino y a las distintas autoridades portuarias locales, donde pretende ubicar los proyectos, y está a la espera de las resoluciones. En conjunto, los seis parques contemplan una capacidad instalada de 4.995 megavatios (MW) a través de 333 aerogeneradores de 15 MW cada uno. Los proyectos se reparten en dis tintos puntos de la costa de Italia, ubicándose, según el caso, en el Mar Mediterráneo, el Mar Jónico, el Mar de Cerdeña y el Mar Adriático. Se trata de seis propuestas diseñadas por el grupo español, a través de Acciona Energía Global Italia, que se hallan aún en fases iniciales de tramitación. acciona lanza una ofensiva eólica marina en italia de 14.750 millones de el de 100 millones a globalia en un 20% de air europa
Fernando Aldecoa, director general de PortAventura World, ha señalado que “la planta fotovoltaica es, sin duda, el gran proyecto de este año 2022, no solo en tér minos de inversión, sino también desde el punto de vista de la estrategia de responsabilidad corporativa global que guía la toma de decisiones de la compañía para continuar siendo un referente en turismo sostenible”.
Breves
IAG, matriz de Iberia, ha ejercido su opción de canjear el préstamo no garantizado de 100 millones de euros a siete años que otorgó a Globalia hace unos meses por una participación de un 20% en el capital social de Air Europa. Así lo ha con firmado la compañía a través de un comunicado a la Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC) la propia compañía hispano británica. De momento, el 20% es considerado como una participa ción financiera y no otorga mando alguno a Iberia sobre su histórico Losrival. 100 millones que IAG entregó a Globalia sirvie ron para que Air Europa pudiera afrontar la actual temporada de verano, al tiempo que se daba aire a unas negociaciones de compra que se habían complicado por las condiciones que impuso la Dirección General de Competencia de la UE. IAG se garantizó, con su préstamo, un año de negociación en exclu sividad por Air Europa y otros dos años más con derecho de tanteo si surgiera una oferta competidora. Incluso se ha guardado un derecho de acompañamiento a Globalia si esta decide vender y a IAG no le interesara igualar la oferta.
Restaurant Brands compra a Ibersol sus Burger King en España y Portugal por 260 millones de euros Restaurant Brands Iberia (RB Iberia), el grupo que inte gra los derechos de explotación como máster franquicia para España y Portugal de las marcas Burger King, Tim Hortons y Popeyes, ha llegado a un acuerdo con Ibersol para la adquisición de 158 restaurantes de Burger King por 260 millones de euros. Esto supone la integración de 121 establecimientos en Portugal y 37 en España, que incrementarán la cifra de locales propios de RB Iberia hasta los 775, de los cuales 722 corresponden a Burger King. Tras la operación, la compañía gestionará el 65% de los restaurantes Burger King en España y el grupo asume el liderazgo del desarrollo de dicha marca en el mercado portugués, pasando de 27 restaurantes propios a 148, lo que supone operar el 90% de los restaurantes de la marca en Portugal. El objetivo de RB Iberia es convertir Portugal en un mercado clave para Burger King a nivel mundial, y prevé invertir 40 millones de euros y abrir en torno a 15 nuevos locales en 2022.
iageurosconvierte
préstamo
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202212
PortAventura World ha anunciado la obtención de la licencia para la construcción de la mayor plata fotovoltaica de autoconsumo en un resort vacacional en España y una de las mayores en Europa. El proyecto, diseñado y cons truido por Endesa X, contempla la instalación de un total de 11.102 paneles solares que ocuparán una superficie total de 6,4 hectáreas, dentro del resort. La planta solar contará con una potencia de 6 MWp, lo que permitirá a PortAventura World generar hasta 10 GWh al año de electricidad limpia y así cubrir un tercio de sus necesi dades energéticas, en línea con sus compromisos con la sostenibilidad ambiental.
PortAventura desarrollará junto a Endesa X la ma yor planta solar en un resort en España
Breves
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 13
iberdrola arranca en inglaterra su gran plan de 7.700 millones de euros
Ferrovial gana 50 millones de euros impulsada por la recuperación del tráfico en autopistas y aeropuertos
Ferrovial registró un beneficio neto de 50 millones de euros en los seis primeros meses del año, dejando atrás las pérdidas que acumuló en el mismo periodo de 2021 (-184 millones de euros). El grupo de infraes tructuras que dirigen Rafael del Pino e Ignacio Madridejos logró incre mentar su resultado bruto de explo tación (ebitda) un 11,3% en términos comparables, hasta situarlo en 306 millones de euros. Las ventas se elevaron un 6,2%, hasta 3.465 millo nes de euros. La compañía continúa focalizándose en mantener una sóli da posición financiera y su liquidez alcanzó los 5.937 millones de euros al cierre de junio. Entre los activos que mejor resulta dos lograron, se encuentra la autopista canadiense 407 ETR y las esta dounidenses NTE, la NTE 35W y la I-77. En cuanto a los aeropuertos, el tráfico de Heathrow (Londres) se multiplicó por seis, hasta 26,1 millo nes de pasajeros, y en los de AGS (Aberdeen, Glasgow y Southampton) creció un 438,6%.
Iberdrola ha iniciado la construc ción en Reino Unido del parque eólico marino East Anglia Three, que contará con una capacidad de 1.400 MW. Esta nueva instala ción, ubicada frente a la costa de Norfolk, formará parte del macro complejo East Anglia Hub, junto con los futuros desarrollos de East Anglia One North y East Anglia Two. Este hub tecnológico implicará una inversión de 7.700 millones de euros para la instalación de 3.000 MW, lo que supone cubrir el 6% del objetivo de 50 GW de energía eóli ca marina fijado por el gobierno de Reino Unido para 2030. También en Inglaterra, en su mayor puerto de mercancías (Ferlixtowe), Iberdrola construirá una planta de hidrógeno verde que, con una inversión de 170 millones de euros, busca contribuir a la descarbonización de dicho puerto. La ins talación, que entrará en funcio namiento en 2026, tendrá, en una primera fase, capacidad para pro ducir 14.000 toneladas anuales de hidrógeno renovable, que podrán llegar a duplicarse en el futuro.
Pascual se alía con Just Eat y abre el camino a la llegada de fabricantes al delivery El grupo Pascual y Just Eat han llegado un acuerdo para que la primera venda sus productos lácteos, zumos, cafés y aguas de forma directa a través de la aplicación, en una alianza que las partes consideran “pionera”. El servicio, que empezó a prestarse el mes pasado en algunas zonas de Madrid, supone que Just Eat reparta dichos productos de Pascual a los usuarios que los adquieran, en el que es el primer acuerdo comercial que firma con un productor de alimentos, no solo en España, sino en los 22 mercados en los que opera en la actualidad. Según la compañía de origen holandés, la asociación con Pascual refuerza su posicionamiento en la venta de ali mentación, “facilitando a los usuarios el acceso de pro ductos del día a día de una manera rápida y sencilla”, valora el director general de Just Eat en el país, Patrick Bergareche. La española Vass compra la consultora sueca Zington Grupo VASS ha firmado su séptima adquisición desde que se puso en marcha el plan estratégico VASS@400. La compañía española, proveedora de soluciones digitales, ha llegado a un acuerdo para adquirir Zington, consultora sue ca que opera en el ámbito tecnológico y la consultoría de gestión desde 2008. Con más de 220 consultores, Zington tiene sede en Estocolmo y cuenta con un sólido porfolio de clientes líderes en sectores clave como el comercio mino rista, la industria alimentaria y la banca, entre otros. Según Javier Latasa, CEO y presidente del grupo VASS, “el sólido enfoque de Zington en soluciones de empresa a medida complementará la gran experiencia de grupo VASS en ser vicios de innovación y transformación digital”.
Decathlon España supera los 2.000 millones en ven tas tras triplicar su negocio online en dos años El grupo de distribución de origen galo finalizó 2021 con una facturación bruta de 2.034 millones de euros, un 18,3% más que en 2020, pero también un 4,2% por encima de las ventas brutas de 1.952 millones alcanzadas antes de la pandemia. El grupo ha encontrado una fuerte palanca de crecimiento en la venta online. El pasado año el grupo puso en marcha su marketplace en España. Su red de tiendas en España alcanzó los 176 establecimientos a cierre del ejercicio, tras realizar cuatro nuevas aperturas y ejecutar además cuatro relocalizaciones. El grupo cuenta además con 7 centros logísticos en el país. Decathlon, que tiene a España como su segundo mercado a nivel global. En 2030 la compañía cumple 30 años en España, por lo que ha destacado que el país sigue siendo una de sus principales apuestas a largo plazo.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
A sistimos a un cambio de paradigma en el desarrollo de la actividad empresarial. “En la actualidad, el valor de una organización o de una compañía no se mide únicamen te por el retorno a sus accionistas sino por la legitimidad con la que opera”, señala Juan José litrán (en la foto de la derecha), director de Estrategia de Vinces, consultora estratégica espe cializada exclusivamente en asuntos públicos. El trabajo de esta firma pasa por asesorar a sus clientes en la representación de sus intereses, vinculando la legitimidad social y los intereses corporativos en los pro cesos de formulación de políticas a través de una metodología integrada. dicho cambio de paradigma implica la necesidad del aumento de la legi timidad de las empresas, para tomar parte del proceso de toma de decisio nes. “Al igual que muchos actores son consultados, las empresas también deben tener derecho a participar en el proceso de toma de decisiones de forma transparente, tanto en cuanto las regulaciones impactan de manera directa en el tejido productivo de un país, algo que además de a las empre sas también afecta al interés general”, añade litrán, quien ocupa además el cargo de director de la consultora en Portugal.Hacemás de 10 años, david córdova decidió fundar Vinces al realizar su tesis doctoral en derecho sobre la regulación de los lobbies y fue entonces cuando nació también la visión tan característica de la com pañía, “la de promover el cambio en la relación entre lo público y lo privado y ser un actor que contribuya a transformar el debate público y los procesos de formulación de políti cas de manera abierta y transparen te”, indica el director de Estrategia. Ahora la consultora cuenta con un equipo multidisciplinar, formado por más de 50 profesionales del ámbi to del derecho, así como personal experto en i nteligencia Artificial y comunicación. En esta primera década de existencia, la evolución de la firma ha sido creciente. tal y como explica Juan José litrán, “nos encon tramos en un mercado en pleno desa rrollo, apoyado por la complejidad La empresa de consultoría estratégica Vinces, especializada en asuntos públicos, surgió en España para promover el cambio en la relación entre lo público y lo privado y ser un actor que contribuya a transformar el debate público y los procesos de formulación de políticas de manera abierta y transparente. Desde 2019 opera en Portugal donde con su trabajo quiere ser un nuevo puente con España y contribuir a su desarrollo económico.
Vinces, la consultora que enseña a las empresas a estructurar su capacidad de influencia apostando por la legitimidad
14 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 g estão e estratégia gestión y estrategia
Fotos DR
“con este espíritu de servicio y con la visión de que también podemos contribuir en Portugal a transformar la relación entre lo público y lo priva do, tomamos la decisión de empezar a operar en Portugal. Pero, además, con nuestro trabajo, queremos ser un nuevo puente entre España y nuestro país vecino y contribuir a su desarrollo económico”, afirma el responsable del mercado luso. No encuentra grandes diferencias a la hora de trabajar en Portugal ya que el hecho de ser un país miembro de la u E “homogeniza el marco legisla tivo en el que se mueven, aunque el desarrollo e implementación de las normas responden a las característi cas e idiosincrasia del país”. Respecto al funcionamiento de las instituciones sí encuentra peculiari dades en el mercado portugués. “Sin embargo, cuando uno se compa ra como España, el entorno resulta menos complejo, ya que en Portugal los poderes de decisión están más centralizados. A pesar de que se está iniciando un tímido proceso de descentralización que hemos de seguir de cerca”, subraya el director de Estrategia. l a metodología de esta consultora les permite abordar cualquier escenario en el ámbito de los asuntos públicos en cualquier país y, para los clientes que operan en los dos, actuar como un one stop shop l os planes en Portugal pasan por “ser un player de referencia en el mer cado portugués, prestando servicios a clientes que operan a ambos lados de la frontera, manteniendo nuestro one stop shop, contribuyendo a la PUB
g estão e estratégiagestión y estrategia del contexto legal y el volumen de medidas multipaís, en parte por el papel que ejerce la unión Europea”. Así mismo, cree importante destacar la irrupción de los llamados stake holders sociales que han impulsado un cambio de paradigma en cuanto al papel social de las empresas. “En el caso de Portugal el reciente inicio de un proceso de descentralización de competencias cambiará el papel de los actores en algunos procesos de toma de decisiones y, por ello, las empresas deberán estar cada vez mejor preparadas y asesoradas para ejercer su labor”, añade. l a llegada a Portugal en 2019 está relacionada con los negocios en terri torio luso de muchos de sus clientes.
“Queremos ser un player de referencia en el portugués,mercadoprestandoserviciosaclientesqueoperanaambosladosdelafrontera”
16 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 g estão e estratégia gestión y estrategia
transformación entre lo público y lo privado, aportando nuevas formas de trabajar y desarrollando nuevas solu ciones tecnológicas”, avanza litrán. Vinces opera también en Bélgica, país por el que comenzó su internacionali zación, e italia. Liderando el cambio en la forma de influir la firma se muestra satisfecha por estar liderando el cambio en la forma de influir de las empresas. Resalta el hecho de dedicarse únicamente a los asuntos públicos por lo que “trabajamos sobre la legitimidad y no sobre la visibilidad” de una empresa. Además, marca también la diferencia el equipo y la metodología con la que
Inteligencia artificial
La tecnología es un factor de cisivo en el trabajo de la con sultora en el que se sirven de la inteligencia artificial. “Contamos con un departa mento propio que desarrolla soluciones con el objetivo de contribuir a generar el conoci miento interno y externo para el cliente, ganando eficiencia tanto en los procesos como en la toma de decisiones y en el diseño de estrategias”, expli ca Juan José Litrán. Además, cuentan con herramientas que son capaces de mapear la infor mación político-regulatoria más relevante de las diferentes insti tuciones con capacidad norma tiva y que siguen todo tipo de iniciativas. Son capaces igual mente de hacer un seguimiento y un análisis “que nos permite identificar las figuras más influ yentes en un determinado tema, quién está influyendo en ellas y cuál es el estado de la conver sación”, matiza el responsable.
“Trabajamos sobre la legitimidad y no sobre la visibilidad de una empresa”
trabajan, que abarca los tres niveles de influencia: político, regulatorio y social. desde la consultora resaltan que la capacidad de las empresas para participar en el proceso de toma de decisiones públicas es proporcional a su legitimidad. Por ello, la metodolo gía Vinces se basa en el principio de “a mayor legitimidad, mayor capacidad deJuaninfluencia”.Josélitrán cree que cada vez hay más empresas españolas que toman conciencia del cambio de paradigma antes mencionado y de la complejidad de las administraciones y de la norma tiva, algo que también se puede obser var en Portugal. “Especialmente, las empresas con carácter internacional que operan en ambos mercados han sido las que se han vuelto en primer momento más conscientes de esta necesidad. En parte, estas han sido las que han ido marcando el camino”, puntualiza. Aunque queda mucho por avanzar, “la complejidad normativa marca y puede condicionar el ámbito de desarrollo de sus negocios, por lo que, tienen una mayor necesidad de participar en los asuntos públicos”, añade. Entre los sectores que más recurren a estos servicios de consulto ría se encuentran fundamentalmente el industrial, energético, de gran con sumo, financiero, digital y salud. En un contexto de crisis y de extremismos políticos, resulta más necesario trabajar las estrategias y fomentar sinergias entre sector públi co y privado. “Fomentar el diálo go y la compresión mutua entre ambos sectores siempre es importan te, especialmente, en los momentos actuales”, recuerda el director de la firma en Portugal. “Hoy en día, el mayor número de partidos políticos con presencia en los parlamentos, los periodos legislativos más cortos, la mayor participación del entorno social y el contexto de inestabilidad global, influyen en el día a día de las decisiones de cualquier gobierno, ya sea a nivel local como nacional o comunitario”, subraya.
18 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 Há quanto tempo estão à fren te da Marina de Vilamoura e como tem sido a vossa evolu ção dentro do grupo?
Isolete Correia (foto à dir., na pág. seg.): Estou nesta empresa há 50 anos– uma vida dedicada a Vilamoura– um território que me é particularmente querido e com o qual cresci, não só em termos pessoais como profissionais. Quando entrei para a empresa, a Marina de Vilamoura esta va precisamente a ser escavada e a sua inauguração, em março de 1974, foi motivo de grande orgulho regional e nacional. No decorrer deste período, vivemos momentos de glória e grande sucesso e, claro, tempos também con turbados que atingiram não só o país como o mundo inteiro. Os primeiros 25 anos foram na área de real estate e os últimos 25 anos na Marina de Vilamoura. Ana Leote (foto à esq., na pág. seg.): cheguei à Marina de Vilamoura há cerca de 22 anos. Na altura, tive a sorte de ter sido selecionada para assis tente da isolete correia. tinha termi nado a licenciatura há cerca de um ano e, como costumo dizer, acabei por fazer uma “pós-graduação” com esta grande senhora e profissional, que soube sempre como motivar e estimular as competências de cada um de nós, investindo sempre no capital huma no existente, tornando-o numa vanta gem competitiva para a empresa. Fazer parte desta equipa tem sido um desafio e uma aprendizagem diária e muito gratificante. Ao longo destes anos, e como referido pela isolete correia, passámos por momentos de glória e de grande sucesso e também por grandes desafios que permitiram um desenvol vimento profissional e de preparação para as exigências do mercado.
Quem atraca em Vilamoura beneficia dos serviços garantidos pelo conjunto de profissionais liderados por Isolete Correia, a diretora da marina, que está no projeto há 25 anos, e da sua assistente, Ana Leote, que se juntou à equipa há 22 anos. A atualidade conversou com as duas gestoras sobre como manter a infraestrutura e o serviço num patamar elevado.
Como definem o vosso modelo de ges tão e de liderança?
Marina de Vilamoura: melhoria contínua para manter um posicionamento de topo
IC: O modelo de gestão e liderança assenta desde logo em dois fatores determinantes: primeiro, um acionista inspirador com vontade de investir em novos projetos para posicionar o desti no numa escala muito elevada. desde junho de 2021, que pertencemos ao fundo do grupo Arrow Global e a A maior e mais premiada marina portuguesa tem quase meio século de atividade.
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
O que aprenderam com os erros? O que tem sido mais desafiante ao longo destes anos? Em que domínios querem melhorar? IC: O mais desafiante foram os momentos de recessão por que pas sámos ao longo deste percurso, assim como o processo de inovação e adap tação às realidades com que nos con frontámos, de modo a salvaguardar a continuidade do negócio, sempre com a salvaguarda dos nossos clientes.
O segundo fator é contar com a nossa equipa, estruturada e profissional, com capacidade de proporcionar aos nossos clientes um serviço de excelência, de modo a superar as suas expectativas. Os clientes são a razão da nossa exis tência e o nosso principal foco. AL: Sim, toda a equipa está alinhada e focada de acordo com o modelo traçado. Que balanço fazem da atividade da marina? Quais foram os marcos (inovações, mudanças…) mais assinaláveis desde 1974?
A obtenção das “5 âncoras” também foi um passo diferenciador.
IC: Os prémios são fruto do reconhe cimento e avaliação dos nossos clientes e motivo de particular satisfação, pois o nosso grande foco é e será sempre o serviço aos nossos clientes.
IC: temos vários projetos que preten demos desenvolver num curto espaço de tempo. todos estão relacionados com um projeto diferenciador que compreende o desenvolvimento de 68 postos de amarração para embarcações de grande porte, nomeadamente as classes dos 20 aos 40 metros. O obje tivo é ir de encontro às necessidades
19SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € g estão e estratégiagestión y estrategia um conjunto de investidores nacionais privados. O foco está centrado num patamar elevado de qualidade em todas as áreas de negócio, incluindo naturalmente a Marina de Vilamoura.
IC: Quando o projeto da Marina de Vilamoura foi concebido, foi visto, na altura, como algo bastante arrojado. A Marina de Vilamoura foi a primeira e única no País durante os seus pri meiros 20 anos de vida. Foi uma das primeiras, a nível mundial, a receber a certificação do Sistema de Gestão Ambiental pela norma iSO 14 001, em julho de 2002, e a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, pela Norma iSO 9001, obtida em agosto de 2004. Ambas vieram juntar -se à Bandeira Azul da Europa para Marinas e Portos de Recreio (atri buída à Marina em 2001) e à distin ção “5 âncoras”, pela Yacht Harbour Association– “Gold Anchor Award Scheme”, em 2008. importa realçar que ao longo destes anos temos vindo a dedicar grande esforço e empenho na melhoria con tínua das infraestruturas e serviços prestados, tendo como principal preo cupação oferecer elevados padrões de qualidade. O reconhecimento deste esforço espelha o nível de serviços atingido e os resultados obtidos na satisfação dos nossos clientes. A adaptação do dispositivo da marina ao mercado tem sido uma das mudan ças significativas. como saberão, ini cialmente a marina tinha mil postos de amarração, uma das maiores da Europa com capacidade para receber embarcações de seis a 40 metros de Acomprimento.evoluçãoda náutica de recreio tem sido enorme e a verdade é que o tama nho das embarcações tem vindo a aumentar. com esta conjuntura, alte rámos alguns pontões, substituindo os postos de amarração mais peque nos para classes superiores, para ir de encontro à procura. O upgrade constante das infraestruturas tem sido também a nossa preocupação ao longo dos anos, de modo a disponibilizar sempre o melhor. também muito relevante foi a certi ficação da Marina e das praias que gerimos pelas normas iSO 14001 e iSO 9001, respetivamente, Ambiente e Qualidade. São certificações que resultam numa gestão muito eficaz, com procedimentos claros, o que reforça a confiança dos clientes.
O que mudou com a compra da Marina pelos novos acionistas? De que forma a Marina se integra e integrará nos projetos previstos pelo Vilamoura World?
Quais são as perspetivas e os projetos novos para a Marina? Quanto preveem investir nesses projetos ou serviços?
O que distingue a Marina de Vilamoura das restantes e o que está na base de tantos prémios?
IC: Os novos acionistas pretendem que Vilamoura se posicione num pata mar de elevada qualidade. Encontramse verdadeiramente empenhados nesta missão e, claro, a Marina de Vilamoura é um dos vários projetos que abraçam.
A concessão da Marina e praias de Vilamoura integra o projeto imobi liário Vilamoura World (Lusotour) adquirido no ano passado à norte -americana Lone Star pelo fundo britânico do Grupo Arrow Global e por um conjunto de investidores nacionais privados, liderados por João Brion Sanches (atual CEO da Vilamoura World). Além de amplia ção da capacidade da marina, com a construção de 68 postos de amar ração para embarcações de grande porte, os novos donos anunciaram investimentos em promoção imobi liária de mais de 400 milhões de eu ros, num business plan a sete anos, comprometendo-se com a qualida de e sustentabilidade dos projetos.
Vilamoura recebeu este ano, pelo 11.º ano consecutivo, a dis tinção de “Melhor Marina de Portu gal”, pela “Publituris Portugal Trade Awards”. Foi uma das primeiras ma rinas a nível mundial a obter a certifi cação de Qualidade e Ambiente pelo ISO 14001 e ISO 9001, e a certifica ção europeia de Bandeira Azul para Marinas bem como a distinção de “5 Âncoras”, pela Yacht Harbour Asso ciation (TYHA); Conquistou o Título Internacional “Marina of Distinction”, por ter recebido, consecutivamente, no triénio 2015 a 2017 o prémio de “Melhor Marina Internacional”, atri buído pela The Yatch Harbour As sociation. Foi ainda eleita a “Melhor Marina Internacional” em 2019, 2020 e 2021, também pela TYHA.
AL: O mercado espanhol tem uma pequena expressão na nossa marina, sendo a maioria destes clientes pas santes, ou seja, têm a sua embarcação sediada em Espanha e vêm pela costa visitar Portugal. O que querem atualmente os clientes de uma marina? O que é fundamental?
IC: As preocupações com a sustentabili dade na gestão da marina são uma cons tante. A certificação pela norma iSO 14 001 é por si só uma demonstração do respeito que temos pela sustentabilidade em toda a sua atividade. tal significa que a marina tem implementadas práti cas para controlar, de modo rigoroso, as suas atividades, tendo como finalidade a minimização dos impactos ambientais associados, e que essas práticas se encon tram internacionalmente reconhecidas.
Até que ponto a sazonalidade afeta a vossa atividade?
Como têm evoluído os cuidados com a sustentabilidade na gestão da marina?
O Vilamoura World, situado no con celho de Loulé, tem as suas origens enquanto resort na década de 60, altura em que o empresário Arthur Cupertino de Miranda comprou um território de 1.600 hectares, na an tiga Quinta do Morgado de Quar teira. O resort nasceu em torno da marina, cujas primeiras escavações datam de 1971. Em 1974 entrou o primeiro veleiro na Marina de Vila moura, o “Giralda”, do Conde de ABarcelona.Marinade
AL: temos uma equipa (marina e praias) de 51 pessoas que, entre março e setembro, é reforçada com cerca de 69 sazonais, para dar a melhor respos ta ao cliente.
IC: As condições de navegabilidade e climatéricas em Vilamoura são exce cionais e propícias à náutica de recreio durante o ano todo. Prova disso é o movimento que se verifica, fruto do centro de treinos de Alta competição, que se encontra sedia do na Marina de Vilamoura. trata-se de uma parceria entre a Marina de Vilamoura e a Vilamoura Sailing. O projeto foi concebido com o propósito de combater a sazonalidade e funcio na, anualmente, de outubro a março. As condições climatéricas ímpares alia das às infraestruturas disponíveis na Marina de Vilamoura e ao know-how da empresa Vilamoura Sailing resultam no sucesso deste projeto, que cativa as equipas de vela das classes olímpicas, a nível mundial, para aqui realizarem os seus treinos. como exemplo podemos referir que em 2021 participaram nesse centro equipas de 56 países. Que impacto tem para a marina a realização de projetos como o “International Boat Show” ou os Campeonatos do Mundo da classe Laser/Ilca?
20 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 g estão e estratégia gestión y estrategia do mercado onde a procura é muito superior à oferta existente. Quem são os clientes da marina? Qual a percentagem de portugueses e que outras nacionalidades se destacam? AL: 55% são portugueses, que têm cá a embarcação o ano todo. A nossa ocu pação é praticamente metade anual e outra metade de dois a cinco anos. depois temos a outra parte que deixa mos sempre para os passantes, natu ralmente. Mas 55% dos utentes são portugueses. depois vêm os britânicos, os franceses e os espanhóis. Que peso tem o mercado espanhol para a Marina e como o abordam?
A história, os prémios e as distinções
AL: A grande qualidade das infraes truturas que uma marina como a de Vilamoura coloca à disposição dos que a visitam. Não só para as embarcações e seus ocupantes, mas também pelo conjunto de serviços que é colocado à disposição ao nível da manutenção e que fazem, no nosso caso, da Marina de Vilamoura, uma das mais procura das a nível nacional. Quantas pessoas emprega a marina?
IC: O “Boat Show internacional” da Marina de Vilamoura comemorou este ano o seu 25º aniversário. Nasceu tími do, mas tem vindo a crescer de ano para ano. com a especificidade de expor em terra e em água, tem vindo a ganhar notoriedade e é o evento náutico de maior relevo a nível nacional.
22 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 C lásico y moderno, antiguo y nuevo. Esta dualidad encaja a la perfección en el regreso al mercado de la primera marca de deporti vas portuguesa. desde 2019 Sanjo está de vuelta en un sector que llegó a liderar durante décadas y que ahora cuenta con fuertes com petidores. Por eso la estrategia de la firma se basa en una calidad pre mium y en la introducción de nue vos materiales, apostando también por el diseño para atraer a nuevos públicos. “Hemos idos buscando materiales alternativos a la lona, que es más de verano. trabajamos con el burel de la Serra da Estrela, la cor dura, que es impermeable, la pana”, indica Hélder Pinto, uno de los dos administradores de Sanjo encarga do de la expansión del negocio. todo un proceso “made in Portugal” a base de materiales sostenibles y orgánicos “buscando siempre más calidad y más comodidad”, añade. Para esta nueva etapa fueron a osta como director creativo de la marca. “Queríamos retocar la marca porque el 90% de los clientes era masculino con más de 50 años. El objetivo pasaba por nino”,igualmentealcanzaralpúblicojovenyfemeexplicael responsable. l os icónicos modelos K100 y K200, en bota y zapato, siguen siendo los favoritos del públi co, pero “aunque mantenemos el 95% del modelo clásico lo hemos rediseñado”, conectando muy bien con el nuevo público. con la idea de llegar a los jóvenes crearon el primer equipo skate de la marca, para quie nes han diseñado nuevas zapatillas y una línea de ropa. A lo largo de las casi nueve déca das de existencia de Sanjo la firma ha pasado por muchas vicisitudes. comenzó su andadura en 1933, en São João da Madeira, cuando la companhia industrial da chapelaria, especializada en sombreros, empe zó a fabricar las zapatillas introdu ciendo técnicas novedosas en aquel momento como la del caucho vulcanizado. Entre la década de los 40 y de los 70 este calzado alcanzó un verdadero éxito con su modelo de lona, siendo un básico en el arma g estão e estratégia gestión y estrategia La icónica marca de deportivas portuguesa destaca por la calidad, el diseño y el con fort tras su relanzamiento en 2019. La expansión del negocio en esta nueva etapa pasa por una apuesta clara en el mercado español donde quieren llegar a los 150 puntos de venta al finalizar el 2024. Con casi nueve décadas de historia, Sanjo es una marca de referencia entre los portugueses y está dando importantes pasos para con solidarse de igual forma entre los españoles.
Sanjo da nuevos pasos en España para consolidarse como marca de referencia entre las zapatillas deportivas
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
23 g estão e estratégiagestión y estrategia rio de cualquier portugués. Pero en 1996 la fábrica fue a la quiebra y la marca fue comprada años después en subasta pública por el empresario Paulo Fernandes, quien logró relan zarla entre 2010 y 2014. El proyecto no tuvo el resultado esperado ya que el producto se fabricó en china y perdió calidad. Poco después empe zaría un nuevo capítulo en la historia de este calzado, con Hélder Pinto y José de Egipto, socios propietarios de la empresa M2Bewear. Buscaban zapatillas para los uniformes que vendían en su empresa cuando les presentaron el proyecto de la marca Sanjo. “Al verlo quisimos ir más allá, no quedarnos en las zapatillas que necesitábamos para los uniformes”, cuenta Hélder Pinto. Ahora Sanjo representa el 80% del negocio de los dos empresarios de Braga que han sabido aprovechar esta oportunidad. l a primera decisión que tomaron al adquirir la marca fue la de recuperar la producción nacional e instalaron la nueva fábrica en Felgueiras. También se adaptó a las nuevas exigencias de un mercado más sostenible, dejando de producir la suela de caucho vulcanizado intro duciendo una suela encolada. Puntos de venta y pop-up En estos tres primeros años de anda dura de la nueva etapa los resultados están siendo satisfactorios. cuando abordaron el proyecto en 2019 “pen samos en España y Portugal como un único mercado. En Portugal ya tene mos 102 puntos de venta y en España 23, donde la expansión está siendo más lenta porque la marca es menos conocida”, resalta el administrador. En 2021 lograron una facturación de 1,5 millones de euros y este año espe ra cerrar las ventas alcanzando los 2 millones, con 50.00 pares de depor tivas vendidas. En el caso concreto del mercado español, “el objetivo a largo plazo es cerrar el 2024 con una facturación proyectada en un millón de euros, y un total de 150 puntos de venta físicos en todo el territorio”. Entre medias, en 2023, se pretende llegar a los 80 puntos de venta y cerrar unas ventas de 700 mil euros. tal y como recuerda Hélder Pinto, “Sanjo es una alternativa a las marcas ya exis tentes en España. Es una marca de calidad premium, made in Portugal, que busca siempre el confort”. c on el tiempo se espera conseguir que el negocio en España represente el 40% del total de las ventas y para ello “tenemos que con tar nuestra historia de 90 años, invertir mucha energía”. El negocio online está siendo deter minante para el crecimiento de la firma. “Fue muy importante duran te la pandemia. l legamos a mucha gente y aunque el 90% de las ventas son en Portugal hay muchos portu gueses repartidos por todo el mundo que compran nuestras deportivas”, señala Pinto. No cuentan con tienda propia pero sí que han abierto dos pop-up stores en las tiendas de El de Vila Nova de Gaia y algo que también nos gustaría hacer en algunos de los centros de El corte inglés de España porque el resultado es muy bueno, no se trata de vender mucho sino de dar visibilidad a la marca”, indica el refuerceteciónadministrador.creequeelnegocioenEspañadaráunsaltoimportanunavezsesupresenciaenferiasy
Además del mercado español, donde tienen un equipo de tres comerciales, están empezando a explorar otros como Francia e Italia y hay incluso tiendas en Holanda y Alemania que ya venden zapatillas Sanjo. Para 2023, coincidiendo con el 90 aniver sario de la marca, van a lanzar al mer cado la colección kids, con tamaños del 24 al 34 (actualmente venden del
otro tipo de acciones.
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202224 M arketing marketing O BBVA foi distinguido como melhor banco digital na Europa e na América l atina, no âmbi to dos “digital Banking Awards”, atribuídos pela publicação especia lizada “ the Banker”. A publicação britânica, pertencente ao Financial times Group, distinguiu não só a área de inovação do banco espa nhol, como ainda atribuíu, por outro lado, o terceiro prémio de melhor parceria entre um banco e uma fintech à solução biométrica da Veridas para os clientes pensionistas do BBVA Mexico. A estratégia de digitalização do BBVA permitiu-lhe ser mais eficien te e, sobretudo, conceder aos seus clientes canais cómodos, simples e acessíveis, para que estes se possam relacionar com o banco em qual quer altura ou lugar. Para o “ the Banker”, esta estratégia revelou-se uma grande vantagem competitiva, no atual contexto de forte procura de canais digitais para acesso a ser viços bancários. Assim, os clientes digitais do grupo cresceram cerca de 36% nos últimos dois anos, soman do 43,6 milhões, o que representa perto de 70% do total de clientes do banco no mundo. Os prémios de inovação em banca digital da “ the Banker” reconhecem os bancos mais inovadores de todo o mundo, por projetos digitais que demonstrem inovação, utilidade e transformação. A publicação desta ca que o “BBVA colocou no centro da sua estratégia digital e de trans formação a prioridade de melhorar a saúde financeira dos seus clientes, tanto particulares como empresas, para os ajudar na sua transição para uma economia mais sustentável”, elogiou a “ the Banker”.
MapFre reforça presença em aveiro
Anula, CEO da MAPFRE, salien ta que “com a abertura desta nova loja em Aveiro reforçamos a nossa presença numa zona estratégica para a MAPFRE. A par da transforma ção digital que estamos a desenvolver, sabemos que a proximidade é muito importante para os nossos clientes e distribuidores. desta forma, continua mos a contar com o apoio dos nossos agentes exclusivos e estamos conscien tes da sua importância e papel essencial no futuro da MAPFRE em Portugal”.
BBVa eleito melhor banco digital na europa e américa latina
Aseguradora MAPFRE inaugurou, no passado dia 28 de julho, uma nova loja em Vera cruz (na foto), concelho de Aveiro, dando continuidade ao seu plano de expansão no mercado por Sobretuguês.a inauguração da nova loja, luís
Segundo Gonzalo Rodríguez, head of Business development do BBVA Espanha, “este prémio reconhece a nossa estratégia digital, que se centra em melhorar o serviço aos nossos clientes, tornando-lhes a vida mais fácil e oferecendo-lhes apoio e novas oportunidades. O nosso objetivo é aproveitar o nosso modelo tecnológi co e a nossa app móvel para oferecer estas vantagens aos nosso clientes”. E exemplificou este enfoque com os lançamentos do banco digital em itália ou da conta “New Gen” de investimento 100% digital de BBVA Suíça. Além da Europa, o banco está a ter “execelentes resultados” a nível de digitalização também no México e noutros países da América latina,
Em Portugal, desde 1986, a MAPFRE Seguros possui uma rede com mais de uma centena de lojas em todo o país, e até ao final de 2022 tem prevista a abertura de mais quatro unidades. A nível internacional, a MAPFRE é a maior multinacional de seguros de origem espanhola do mundo, o tercei ro maior grupo segurador na América latina e líder em Não Vida na região. com 30 milhões de clientes, emprega 33 mil colaboradores nos cinco conti nentes em que opera, tendo atingido em 2021 cerca de 27 mil milhões de euros de receitas, com um lucro de 765 milhões.
A consultora OnStrategy acaba de divulgar os resultados do estu do de relevância e de reputação emocional das marcas com os cidadãos Portugueses consoli dando a informação referente aos primeiros seis meses de 2022, no âmbito do estudo anual “RepScore”. Este trabalho é desenvolvido de forma contínua ao longo do ano e em conformidade com a certificação das normas i SO20671 (avaliação de estra tégia e força) e i SO10668 (avaliação financeira), ava liando os atributos associados à notoriedade, relevância, conside ração, confiança, admiração, prefe rência e recomendação.
I nseridos na nova geração de auri culares TWS, os Huawei FreeBuds SE já chegaram às lojas portuguesas e prometem oferecer aos utilizadores uma qualidade sonora adequada a múltiplos cenários, abrindo caminho para uma experiência auditiva única direcionada aos mais jovens. com um design leve, que proporcio na uma experiência de utilização mais confortável, estes auriculares surgem com uma caixa de carregamento redonda e compacta e estão equi pados com um driver dinâmico de 10 milímetros e com um diafragma de alta sensibilidade, proporcionando uma qualidade de áudio superior. Por contarem com a nova geração de Bluetooth 5.2 e com a tecnolo gia de cancelamento ativo de ruído (ANc), permitem efetuar chamadas de voz mais claras e com uma maior estabilidade de ligação. Além disso, em termos de autonomia, os Huawei FreeBuds SE garantem solidamente uma longa dura ção da bateria, quer esteja a ouvir música, a ver a sua série favorita ou a efetuar chamadas. O design dos auriculares deter mina a experiên cia do comunssemiosAtualmente,utilizador.fullin-earein-earsãoosdesignsmaisnaindústria de tWS. Ainda assim, ambos apresentam falhas no design como a falta de estabilidade, fadiga após longa utilização e pouca margem de ajuste para o utilizador. Neste caso, os Huawei FreeBuds SE foram construídos com base nos pon tos fortes dos full in-ear e semi in-ear, resolvendo uma das principais lacunas que existia até à data: apresentam um design leve, conferindo estabilidade e conforto para o ouvido, permitindo assim a sua utilização durante longas horas sem preocupações e de forma dconfortável.isponíveis em azul e branco, os Huawei FreeBuds SE interpretam uma nova definição de moda. Ambas as cores tornam os auriculares e a caixa de carregamento cristalinos con tra a luz, dando-lhes um ar de pureza e esplendor.
Huawei
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 25 M arketingmarketing
experiência de som multissensorial
Numa escala de 100 pontos, este estudo destaca as marcas d elta, com a melhor avaliação (82,7 pon tos), enquanto a c G d foi a que registou o maior crescimento (mais 1,8 pontos), entre mais de duas mil marcas auditadas, que foram previamente identificadas de forma espontânea, por mais de 50 mil cidadãos que refletem a sociedade em termos de distribuição geográfi ca, género, idade, grau de formação e classe social. Em termos da lista das marcas com maior reputação, depois da empre sa de cafés d elta, surge a E d P, com 74,2 pontos. o ranking das marcas maior relevância e reputação FreeBuds: uma
com
delta lidera
Brasmar
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
Amais recente oferta de produtos sustentáveis da Mattel está em linha com o objetivo da empresa de atingir 100% de materiais plásticos reciclados, recicláveis ou bio-based em todos os produtos e embalagens até 2030. Entretanto, em parceria com o instituto Jane Goodall, a Barbie acaba de lançar a boneca “dra. Jane Goodall”, da linha “Mulheres inspiradoras” da marca, e ainda as “Barbies Profissões de 2022”, que apresentam uma Equipa de Ecoliderança, que inclui uma diretora de Sustentabilidade, cientista de conservação, Engenheira de Energias Renováveis e defensora Ambiental. todas estas novidades são certifi cadas carbon neutral e feitas a partir de plásti co reciclado proveniente dos “Estamosoceanos. orgulhosos por revelar a nossa pri meira Barbie sustentá vel da linha Mulheres inspiradoras e as bone cas Profissões 2022 Equipa de Ecoliderança, que tornam ainda mais evidente o nosso compromisso com partilhado de criar um futuro mais sus tentável”, como afirma lisa McKnight, vice-presidente executiva e diretora Global da Barbie and dolls-Mattel. “As crianças precisam de mais exem plos como a dra. Jane Goodall, porque imaginar que podem ser tudo aquilo que quiserem é apenas o começo–vê-lo faz toda a diferença. Esperamos que esta coleção e homenagem a uma pioneira inovadora para as mulheres na ciência e conservação, inspire as crian ças a aprender mais sobre profissões relacionadas com a sustentabilidade, como podem proteger o planeta, e desenvolver histórias mais verdes atra vés das brincadeiras com bonecas”.
“A linha de Mulheres inspiradoras presta tributo a mulheres corajosas que se predispuseram a correr riscos, mudar regras e abrir caminho para gerações serem capazes de sonhar mais alto do que alguma vez antes visto”, acrescenta a mesma nota da marca.
A nova boneca foi lançada pouco antes do dia Mundial do chimpanzé, a 14 de julho, para “reconhecer a renomada etnologista e conserva cionista dra. Jane Goodall, dBE, fundadora do instituto Jane Goodall e Mensageira da Paz da ONu, para celebrar a sua investigação inova dora e conquistas heroicas como humanitária, cientista e ativista. Este lançamento também coincide com o 62º aniversário da primeira via gem da dra. Jane Goodall à flores ta do Parque Nacional Gombe na tanzânia”, adiantou a marca.
Barbie lança boneca em homenagem a Jane goodall A Brasmar, que se assume como “líder nacional no setor alimen tar de produtos do mar”, esteve novamente presente no Festival do Bacalhau de Ílhavo, realizado entre 10 e 14 de agosto. Na edição deste ano, a Brasmar apresentou uma pro gramação especial dedicada ao seu produto-estrela, o bacalhau, unindo esforços com a confraria camoniana de ApósÍlhavo.um interregno de dois anos, devido às restrições decorrentes da pandemia, o maior festival de bacalhau em Portugal e um dos principais even tos gastronómicos do país retornou ao Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré. O evento, que acolhe anual mente dezenas de milhares de visitan tes, ofereceu aos visitantes sessões de showcooking com receitas de bacalhau e seus derivados, com produtos exclu sivamente da marca Brasmar. Já no dia 11 de setembro, a marca exibe o “Showcooking Brasmar” e o “Showcooking Brasmar para PremiadoMiúdos”. pelo terceiro ano conse cutivo com o Selo “Sabor do Ano” pelos consumidores, na categoria de bacalhau demolhado lombos e postas, o Bacalhau Brasmar foi apresentado sob formas inovadoras de cozinhar, revelando ser um produto tipicamen te português de excelente qualidade. Num evento que conta com uma his tória de mais de dez anos, a Brasmar juntou-se à programação oficial e contribuiu “para reforçar o respeito e a valorização de um ícone emblemáti co da cultura gastronómica nacional”, realçou a marca. com uma das suas unidades indus triais situada na Gafanha da Nazaré, especializada em bacalhau salgado seco, “a empresa desenvolve a proxi midade e relação com a região através do apoio a um festival que contribui significativamente para a divulgação dos valores locais e dinamização da economia”, adianta a Brasmar. marca presença no maior festival de bacalhau em portugal
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202226 M arketing marketing
28 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 Fazer B e M Hacer bien
Mondeléz aposta em ingredientes sustentáveis
el corte inglés aumentará a sua oferta sustentável em 5% a cada ano, até 2025
A Mondelēz international publicou o seu relatório anual “Snacking Made Right 2021” o progresso alcançado face às metas ESG a curto e longo prazo. Este relatório confir ma a evolução na criação de uma empresa de snacks mais sustentável, comprometida em criar valor de longa duração para o negócio e para os seus stakeholders. O relatório confirma o progresso mensurável em relação às principais áreas de foco, incluindo o fornecimento de ingre dientes mais sustentáveis; embalagens aperfeiçoadas e projetadas para serem recicláveis; aumento das ações para ajudar a lidar com as mudanças cli máticas; iniciativas para avançar em dE&i; e apoio ao bem-estar do con sumidor e da comunidade. O progresso de 2021 face às metas ESG da empresa inclui: ingredientes sustentáveis, tendo alcançado 209.954 agricultores registados no programa cocoa life; 91% do volume de trigo necessário para a produção de bolachas na Europa é proveniente do programa Harmony; a nível do clima, alcançou uma redução de 23% nas emissões de dióxido de carbono face a 2018, enquanto no packaging já tem 95% das embalagens desenhadas para serem recicláveis, entre outros dados.
OEl corte inglés irá aumentar a sua oferta sustentável em pelo menos 5% a cada ano, até 2025. A empresa revela que já no exercício de 2021 aumentou a sua proposta comercial de produtos sustentáveis em mais de 9% em relação ao ano fiscal anterior. No final do exercício de 2021, o El corte inglés tinha à venda um total de 122.329 refe rências sustentáveis, entre marcas próprias e externas. uma referência sustentável é aquela que possui pelo menos um atribu to de sustentabilidade, aspeto que é verificado no momento da nego ciação com o fornecedor para aqui sição do produto. Os atributos de sustentabilidade aceites pelo El corte inglés constam do “Guia de Produtos Sustentáveis”, para compradores e fornecedores” desenvolvido pela área de Sustentabilidade da empresa, em colaboração com as áreas de compras e Sourcing e entidades externas espe cializadas, de acordo com critérios internos de sustentabilidade, e apre sentados aos diferentes interlocutores do grupo de trabalho de stakeholders da mesma forma, o El corte inglés agrupa a sua variada oferta susten tável através dos quatro programas desenhados no “Guia de Produtos Sustentáveis do El corte inglés”: Produto local, design e fabrico sustentável, Origem sustentável e Economia circular. Para atingir estes objetivos, o trabalho é feito em duas vertentes: com marca própria, tendo em conta os diferentes requisitos contemplados no “Guia de Produtos Sustentáveis”; e com mar cas externas, alinhando as estratégias das marcas com as prioridades da empresa. Alguns dos atributos de sus tentabilidade mais presentes na oferta da empresa são os seguintes: “better cotton initiative (Bci)”, “Oeko-tex standard 100”, “Poliéster Reciclado”, “Forest Stewardship Council (FSC)”, “Etiqueta Feito em Espanha / Etiqueta Feito em Portugal”, entre outros. Foi neste âmbito que, por exme plo, o El corte inglés recebeu o prémio “MSC Sustainable Fishing trajectory”, em reconhecimento dos seus esforços para aumentar a oferta de pesca sustentável certificada. Além disso, foram feitos novos avan ços no campo do bem-estar ani mal em resposta à consciencialização sobre as condições de vida dos ani mais, como seja, o compromisso Europeu de Frango de Marca Própria: a empresa aderiu ao compromisso de deixar de comercializar frango fres co de marca própria de crescimento rápido. Assim, 100% da oferta atual deste tipo de frango vem de raças de crescimento lento com certificação de bem-estar animal. todas estas ações se enquadram no compromisso do El corte inglés de ligação com a sociedade e com o ambiente, bem como no espírito de proximidade que mantém com as preocupações dos cidadãos.
santos e Vale reforça o investimento na transição energética
Aexploração suinícola Herdade do Pessegueiro da empresa Valorgado, integrada no agrupa mento de produtores Aligrupo, foi galardoada com o “Prémio inovação Zoetis”, na “V Gala de Entrega dos Prémios Porco d’Ouro”. A explo ração, localizada no concelho de Salvaterra de Magos, desenvolveu um projeto que visa reduzir a sua pegada hídrica.
C om a aquisição de mais 10 veí culos movidos a lNG, a Santos e Vale acelera a sua transição energé tica rumo à neutralidade carbónica. A empresa, que já no passado mês de abril tinha adquirido 10 euro -modulares Renault, vê agora a sua frota reforçada com estes novos trato res movidos a lNG da Volvo. Apenas com estes 20 veículos, a Santos e Vale irá reduzir em 5% do total das emissões de cO2, que gera anual mente, para a atmosfera, anunciou o transportador. Este investimento faz parte da política ambiental da Santos e Vale, a qual, inclui várias ações para promover a economia circular e o desperdício zero em todas as áreas da “Aempresa.nossa política ambiental, que exis te há vários anos, conta com diversas ações com o objetivo da redução da nossa pegada de carbono, nesta senda temos efetuado várias inicia tivas, como a reconversão da frota a diesel para veículos a gás natural e eletricidade, a otimização das rotas dos nossos veículos de transporte e distribuição, a equipa comercial já está a utilizar veículos elétricos com zero emissões de cO2, a instalação de painéis fotovoltaicos nas nossas plataformas logísticas e a redução do papel em todas as áreas da empresa, neste último ponto, trabalhamos com processos de digitalização e imple mentamos ferramentas informáticas que nos permitem reduzir o papel utilizado em cerca de 90%”, adianta a empresa liderada por Joaquim Vale. Em termos práticos, a empresa conta reduzir a sua pegada carbónica em mais de 10% até final de 2022. Para isso, em muito está a contribuir toda a partilha de informação gerada pelo programa europeu lean&Green da GS1, no qual a empresa entrou em 2020, tendo recebido pelas mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a distinção do pro grama, e onde se comprometeu a reduzir a emissão de carbono em 20% em cinco anos. “de referir que a Santos e Vale é o operador logístico mais eficiente em Portugal, com a maior rede de plata formas de distribuição: 20 platafor mas distribuídas em território nacio nal, o que permite otimizar e reduzir os raios de distribuição e prestar um serviço mais inteligente e com menos impacto ambiental”, salienta ainda a empresa de Bucelas (loures).
Valorgado vence “prémio inovação zoetis” com projeto de melhoria da eficiência hídrica
“A procura de soluções sustentá veis e o compromisso na melhoria contínua dos procedimentos que conduzam a uma produção animal responsável, perseguindo a melho ria de desempenho no que respeita à responsabilidade social, ao meio ambiente, à segurança alimentar e ao bem-estar animal, com ganhos na eficiência e competitividade da exploração foi o objetivo que levou a empresa Valorgado a adotar medidas que visam a poupan ça, retenção e reapro veitamento da água para reutilização na exploração”, afiança a Entretanto,empresa. “numa altura em que o país atravessa um perío do de seca extrema, o projeto foi distin guido como exemplo de uma entre muitas boas práticas que o setor da suinicultura tem vindo a adotar no âmbito da promoção da econo mia circular, da racionalização de recursos e do combate às alterações climáticas”. Foram contruídas na exploração três charcas coletoras das águas pluviais recolhidas pelas cober turas dos edifícios da exploração, captando ainda as águas residuais resultantes de escorrimentos do solo envolvente. A partir destas charcas foi introduzido um sistema de bom bagem e canalização com vista e uti lizar a água na lavagem e limpeza da exploração. A exploração tem ainda poupanças económicas ao nível da energia que poupa abdicando do anterior sistema de captação de água do subsolo. As charcas servem ainda de reser vatório e apoio à proteção civil no combate a incêndios florestais.
29SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € Fazer B e MHacer bien
Prevê ainda o apoio na identificação de necessidades de infraestruturas e equipamentos que promovam a recolha seletiva de embalagens nas várias unidades Orgânicas da universidade, de forma a contribuir para o cumprimento das ambiciosas metas da Reciclagem em Portugal impostas pela legislação nacional e europeia.implementar programas de forma ção, criar campanhas de comunica ção e sensibilização junto da comu nidade académica ou promover eventos e iniciativas com o objetivo de ampliar a mensagem que incenti ve a mudança de comportamentos e a adoção das boas práticas na separa ção das embalagens para reciclagem estão entre as ações a desenvolver ao abrigo deste Protocolo de cooperação entre a SPV e a universidade Nova de lisboa - que inclui a Reitoria, as nove unidades Orgânicas e os Serviços de Ação Social. As iniciativas abrangem uma comunidade de mais de 22 mil pessoas, que inclui estudantes, pro fessores, investigadores e pessoal não docente.Estátambém prevista a criação de metodologias para a monito rização dos resultados das ações implementadas para avaliar a replicabilidade, noutros contextos, das técnicas, estratégias e métodos desenvolvidos.
A Sociedade Ponto Verde (SPV) e a universidade NOVA de l isboa celebraram, esta manhã, um Protocolo de cooperação com foco nas áreas da Educação e da investigação para promover a cida dania ambiental, criar valor para a cadeia de gestão das embalagens e apoiar o desenvolvimento da estra tégia de sustentabilidade da univer sidade.Aparceria prevê a colaboração con junta na dinamização de iniciati vas de comunicação e sensibilização da comunidade da universidade NOVA, com base em ferramentas inovadoras, que é uma das priorida des estratégicas na atuação da SPV.
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 Fazer B e M Hacer bien 30
A empresa Queijos Santiago tomou a decisão de aumentar cinco cêntimos por litro o preço de compra de leite de vaca aos seus produtores, iniciativa que arran cou a 1 de julho. “Esta decisão vem dar resposta às adversidades que se têm verificado neste setor nos últimos meses, o qual tem assistido ao aumento sig nificativo dos custos de produção de leite”, referiu a empresa pro dutora de laticínios. “ d e salientar que este é já o terceiro aumento nos últimos seis meses por parte da Queijos Santiago”, adianta o produtor da Malveira. tendo a Queijos Santiago como valor acreditar em relações pró ximas, diretas e, acima de tudo, justas para com os seus parceiros, a marca reconhece o seu papel fundamental na conjuntura difícil que a produção de leite atravessa. ‘ tomámos esta decisão, porque os nossos forne cedores são indis pensáveis para o sucesso da nossa empresa e cabe -nos a nós, tam bém, agir ativa mente na ‘salva ção’ da produ ção de leite em Portugal’, realça João Santiago, c EO da Queijos também,resafetaEstaSantiago.situaçãoosprodutodeleitemas,porconsequência, toda a indústria que necessita da matéria -prima para continuar o seu negó cio. Por isso, a queijeira portugue sa de referência nacional e interna cional decidiu aplicar esta medida de forma a ajudar os produtores nacionais a fazer face ao aumento de despesas e, assim, garantir a continuidade da produção. ajuda produtores de leite nacionais spV e Universidade nova de lisboa querem melhores práticas de reciclagem no meio universitário
Queijos santiago
O estudo identificou que para manter o mundo no bom cami nho para alcançar um futuro de zero emissões líquidas de carbono a energia consumida globalmente por todos os eletrodomésticos deve cair drasticamente, com um cami nho potencial de redução média nos níveis de 2020 de aproxima damente 25% até 2030 e 40% até 2050.
opera os seus
partir de resíduos
31SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € Fazer B e MHacer bien Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
U ma mudança mundial de impres soras a laser para impressoras a jacto de tinta até 2025 poderia poupar 1,3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono ( c O2) por ano, de acordo com uma nova pesquisa da universidade de c ambridge, encomendada pela Epson. A investigação, realizada no âmbito da campanha “ turn down the Heat” da Epson com a National Geographic para promover a prote ção do permafrost mundial, revela que uma mudança mundial em todos os modelos a laser e a jacto de tinta que poderia reduzir as emissões de energia para 52,6%. isto equivale a retirar cerca de 280 mil carros da estrada durante um tano.ambém mostrou que a tecnologia de jacto de tinta pode ser até 90% mais eficiente em termos energé ticos do que a tecnologia laser, dependendo do tipo de impressora e dos padrões de utilização.
iberia primeiros voos de longo curso produzido a
com biocombustível
Tim Forman, investigador asso ciado sénior da universidade de c ambridge, comenta que “este pro jeto de investigação provou que é possível um caminho para um futuro com zero emissões líqui das de carbono para a impressão, desde que as pessoas mudem para os produtos mais eficientes em termos energéticos, tanto em casa como nos escritórios, e que as empresas reduzam o carbono asso ciado ao fabrico destes produtos. Esperamos agora ver mais esfor ços para avançar com tecnologias amigas do ambiente em todo o setor dos equipamentos– incluindo televisões, máquinas de lavar, frigo ríficos e fornos – para atingir zero emissões líquidas até 2050”. alteração de impressoras a laser para jacto de tinta reduz dióxido de carbono A aliança entre a iberia e a Repsol para reduzir a pegada de carbono na aviação e desenvolver biocombus tíveis a partir de resíduos já está a dar frutos. O primeiro destes resultados foi o voo inaugural entre Madrid e Washington, realizado no início de junho, e que utilizou combustível produzido a partir de resíduos da refinaria Petronor, sediada em Bilbau (Espanha). O voo foi operado por um Airbus A330-200, com capaci dade para 288 passageiros, um dos aviões mais eficientes da companhia aérea.Aiberia utilizou o mesmo bio combustível, produzido a partir de resíduos, em dois outros voos: o voo inaugural para dallas e o pri meiro voo pós-pandémico para São Francisco. Estes primeiros voos de longo curso, com uma baixa pegada de carbono, representam mais um passo na transi ção ecológica da indústria da aviação, através da utilização de biocombus tíveis e da melhoria da eficiência energética. A utilização de biocom bustíveis nestes três voos irá reduzir as emissões em 125 toneladas de cO2. Esta iniciativa resulta do acordo de colaboração entre as duas empresas para uma mobilidade mais susten tável, assinado no passado mês de julho. Neste último ano, as duas companhias colaboraram no projeto Aviator, que visa analisar o impacte das emissões da aviação na qualida de do ar nos aeroportos; operaram o primeiro voo Madrid - Bilbau com combustível sustentável prove niente de resíduos; e a iberia jun tou-se ao consórcio SHYNE (Rede Espanhola de Hidrogénio), liderado pela Repsol, para acelerar o desen volvimento do hidrogénio renovável. durante os próximos dois anos, a Repsol e a iberia irão também cola borar na operação de voos com uma percentagem de biocombustível que pode atingir os 50%, produzido no complexo industrial da Repsol em Cartagena, bem como com o SAF sintético (sustainable aviation fuel) produzido na refinaria Petronor. Além disso, irão colaborar num pro jeto de utilização de HVO (hydro treated vegetal oil) em veículos para serviços aeroportuários.
híbrido:remotoTrabalhoourealidadeemcrescimentoemPortugal
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
A realidade do teletrabalho ou do regime híbrido (com trabalho remoto uma parte do tempo) está a implantar-se em Portugal, mas apenas representa ainda uma pequena parte da população trabalhadora. De acordo com dados recentes do INE, cerca de 20% da população ativa estará nesta situação. Os perfis que mais realizam trabalho remoto são quadros das áreas das tecnologias de informação, setor financeiro, serviços a empresas, entre outros setores que adotaram ou aceleraram esta transição com a pandemia. Mas além dos modelos de flexibilidade introduzidos pelas novas tecnologias, há outros desafios e tendências no mundo laboral a que as empresas devem estar atentas.
32
Fotos DR actualidad € setembro de 2022
grande te M agran tema
N
Características-chave para desem penho remoto "diria que a principal vantagem do trabalho remoto para as empresas é a valorização da experiência do cola borador, favorecendo a flexibilidade e o work-life balance e, por conse quência, aumentando os índices de satisfação, felicidade e retenção", refere célia Vieira. como pontos negativos, "reconhecemos que a realidade do tele trabalho contribuiu para algum afasta mento das equipas – algo que pode ser visto como uma desvantagem, caso não sejam tomadas as medidas necessárias tendo em vista a (re)aproximação dos colaboradores. compete às empresas incentivar, estimular e potenciar esta proximidade entre as pessoas (seja, por exemplo, com eventos ou com reuniões de equipa presenciais no escritório), para que a equipa se mantenha próxi ma e coesa, ainda que trabalhando à distância", incentiva célia Vieira.
Quanto ao tipo de empresas que devem apostar mais em trabalho remoto, não existe uma fórmula certa. tal "dependerá sempre da empresa em ques tão, nomeadamente da natureza dos seus projetos e do que os seus colabora dores mais valorizarem. Na Neotalent, por exemplo, fizemos um questionário interno para podermos implementar medidas que fossem ao encontro das necessidades e preferências dos nossos colaboradores. Foi com base nas res postas, que criámos a nossa responsive working policy, assumindo sempre o compromisso de, juntamente com os nossos clientes, serem criados modelos de trabalho que sejam vantajosos para ambas as partes", adianta célia Vieira. Numa visão mais abrangente, Alexandra Andrade, country manager da Adecco Portugal, sublinha que o trabalho à distância não se pode gene ralizar a todos os perfis ou setores de atividade. "Há setores que, pela natu reza do core da sua atividade, não con seguem enquadrar modelos de trabalho híbridos ou full remote: restauração e hotelaria, construção civil, indústria, logística ou manutenção são alguns desses exemplos. A presença das pessoas é a alma destas atividades, pelo que há resistência das organizações em atribuir posições remotas", comenta. No entanto, reconhece que esta ten dência está a crescer. "É um facto que os dados do instituto Nacional de Estatística, de 10 de agosto, davam conta que 20,6% da população empre gada esteve a trabalhar a partir de casa durante o segundo trimestre de 2022. Este número representa uma subida face ao trimestre anterior e está em linha com o pico de infeções por covid-19. Essencialmente, cremos que houve necessidade de as empresas se reajustarem face à pandemia, o que foi mais fácil após dois anos de adaptação a este modelo de trabalho, para o qual a pandemia abriu caminho", comenta Alexandra Andrade. "As empresas que se adaptaram a modelos de trabalho remoto durante a pandemia, e que não comprometeram a sua produtividade, fazendo essa transição com sucesso, tendem a que este modelo, ou o modelo de trabalho híbrido, permaneça a longo prazo. Não tem tanto a ver com a dimensão da empresa", mas sim com a sua atividade setorial. "É um modelo mais fácil de implementar em orga nizações cuja atividade se centra nas tecnologias, prestação de serviços, con sultoria, etc. Nas atividades industriais que requerem presença humana, será sempre uma opção apenas para posi ções específicas, mas claramente não para a maioria da força de trabalho", adianta Alexandra Andrade. Efetivamente, de acordo com dados do iNE, publicados em agosto e refe rentes ao segundo trimestre de 2022, a proporção da populaçao emprega da que estava em teletrabalho foi de "19,6% (958.600 pessoas)". destes, 59,9% pertencia ao grupo profissional dos especialistas das atividades intelec tuais e científicas e 75,1% tinha ensino superior, adianta o destaque do iNE.
"Na área das ti, todos os profissionais podem realizar teletrabalho, desde que tenham o equipamento necessário para
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 33
uma altura em que se fala muito em rentabilizar os recursos laborais e poupar custos fixos nas empresas e organizações, faz cada vez mais sentido abordar o tema do tele trabalho, que ganhou terreno com a pandemia. como enquadra a Wellow (foto na pág. 38), grupo empresarial português que gere um portefólio diversificado de negócios no domínio dos recursos humanos, outsourcing, energia, telecomunicações e mediação (imobiliária e de seguros), a realidade do trabalho remoto não é universal e depende de várias circunstâncias. "Foi uma realidade para as empresas na pandemia, forçando uma metodologia de organização de trabalho que não foi escolhida e não foi preparada. Acredito que esta resistência, que agora vemos surgir, advenha desta não-escolha e da experiência de praticamente dois anos em que o remoto vivido não exemplifica o que realmente significa trabalhar em remoto", considera uma responsável do grupo, que gere marcas como a talenter, Knower, ou Berkshire Hathaway HomeServices Atlantic Portugal."Nogrupo Wellow, o híbrido é o caminho escolhido para maior flexibi lidade das nossas pessoas – estamos jun tos no escritório pelo menos um dia por semana, ou a cada 15 dias para quem viva a mais de 50 quilómetros de um dos nossos espaços. A diferença face ao período pandémico é que agora pode mos explorar os benefícios do remoto, com a escolha de local de trabalho a estar ao serviço", adianta Rita duarte, chief People's Officer da Wellow. Já célia Vieira, cEO da Neotalent (grupo Novabase), refere que "para as empresas ligadas às tecnologias de informação, o trabalho remoto é hoje uma realidade. Relativamente ao modelo híbrido, conseguimos observar que é, cada vez mais, a norma praticada pela maioria das empresas. Aliás, este é o modelo preferencial adotado tanto por nós (Neotalent) como pelos nossos clientes", acrescenta a gestora.
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202234 grande te M a gran tema Lisboa entre os melhores destinos do mundo para atrair Foi há poucas semanas anunciado pela Airbnb que esta plataforma irá trabalhar "para promover uma seleção de destinos mundiais atra tivos para quem decidiu trabalhar remotamente" e onde se inclui Lis boa. O programa contempla a cria ção de hubs com informação local (desde alojamentos a informação sobre requisitos de entrada e po líticas fiscais) para ajudar aqueles que procuram tornar-se nómadas digitais nesses locais. Assim, a Airbnb irá colaborar com entidades de 20 destinos em todo o mundo para tornar mais fácil vi ver e trabalhar a partir de qualquer lugar, seja Lisboa, as Ilhas Caná rias, Malta, Bali, Caraíbas, entre outros. A plataforma especializada em alojamento partilhado come çou no início do ano a promover a sua iniciativa para incentivar a vi ver e trabalhar a partir de qualquer lugar e acaba agora de "identificar alguns dos destinos que oferecem as melhores condições para quem trabalha remotamente". "A presença deste tipo de viajan te, que permanece mais tempo no destino e se integra mais estreita mente com a realidade local, gera oportunidades económicas para as comunidades locais. E tornar esses destinos atrativos faz parte dos objetivos de alguns governos e organizações de promoção do turismo. Lisboa está entre o grupo restrito de 20 destinos que a Airb nb irá destacar entre a comunidade de nómadas digitais, não só pelo seu clima e localização geográfica, mas também pela sua vasta gama de serviços, redes de ligação de transportes, ofertas culturais e de lazer e variedade de opções de alojamento", adianta aquela plata Aforma.Airbnb tem vindo, de resto, a tra balhar com centenas de governos em todo o mundo e faz parcerias com cidades e comunidades lo cais. Entre as suas iniciativas an teriores em Portugal, anunciou a distribuição do guia "Bem-Vindo a Lisboa", a implementação de um programa de controlo de ruído, a implementação da Linha de Apoio ao Bairro e o lançamento da Tec nologia de Reservas de Alto Risco para ajudar a combater as festas perturbadoras e outros distúrbios para a vizinhança. Além disso, lan çou ainda o Portal da Cidade em Lisboa, a primeira ferramenta da indústria para apoiar as autorida des turísticas da cidade com da dos sobre os bairros. A plataforma, que revela que a procura de viajantes internacionais por Portugal tem aumentado em 2022, adianta que um estudo "rea lizado pela Escola de Negócios de Harvard mostrou que, embora seja claro que os nómadas digitais e os trabalhadores remotos em ge ral podem ser um enorme impulso para qualquer economia, podem também estar a desempenhar um papel essencial na promoção do empreendedorismo entre as co munidades em que estão alojados, criando núcleos tecnológicos em todo o Mónicamundo".Casañas, diretora geral da Airbnb Marketing Services, refere que "ao estabelecer parcerias com destinos como Lisboa e as Ilhas Canárias, queremos ajudar as pes soas a desfrutar desta flexibilidade [do trabalho remoto] e apoiar o re gresso das viagens de uma forma segura e responsável, ao mesmo tempo que geramos novas opor tunidades económicas para as comunidades locais e distribuímos talentos por todo o mundo”. A realidade dos nómadas digitais é já perfeitamente conhecida pela Neotalent (grupo Novabase). "Na Neotalent, temos colaboradores de outras nacionalidades que tra balham remotamente connosco a partir do seu país de origem: al guns ficam 100% remotos, e ou tros juntam-se a nós em Portugal uns meses depois – cada situação é analisada e agimos sempre em conformidade com as especifici dades e necessidades de cada pessoa, de cada projeto e de cada cliente", afirma Célia Vieira, CEO da Neotalent. E adianta: "nesse sentido, a pan demia não nos limitou; até nos fortaleceu. Aliás, desde 2019 que a Neotalent é uma empresa certi ficada pelo IAPMEI, no âmbito do programa Tech Visa. Isto significa que acompanhamos e ajudamos os nossos colaboradores além -fronteiras no seu processo de le galização, incluindo o tratamento de toda a documentação neces sária para trabalharem em Portu gal. Só este ano, e até à data, já concluímos 20 processos de le galização de talentos internacio nais, tendo ainda mais cerca de 30 em curso. Para nós, a localização geográfica das pessoas não é, de todo, uma barreira. Preocupamo -nos, sim, em encontrar o talento certo para o projeto certo, na altura "Alémcerta". da AirBnb, temos também a reportagem da 'Bloomberg', que coloca Portugal no Top 3 dos des tinos de eleição para executivos nativos digitais. Seja pelo clima, pela qualidade de vida ou até mes mo pela localização privilegiada relativamente às ligações aéreas com outros países, a realidade é que temos assistido, cada vez mais, à migração de profissionais de todas as partes do mundo para
"Esta realidade traz-nos talento para Portugal, que continuamen te se posiciona como um país de brandos costumes, muito seguro, com um clima invejável e consti tuído por pessoas que dominam a arte do bem-receber", admite Rita Contudo,Duarte. Tiago Amaral comenta: "tenho conhecimento de vários nativos digitais a trabalhar a partir de Portugal, mas praticamente na sua totalidade esse talento está a trabalhar para outras geografias que não a nossa, ou seja, é talento que dificilmente é absorvido pelo mercado português". Segundo considera Jorge Fonse ca, "há um crescente número de nómadas digitais a trabalhar com base em Portugal. O nosso país começa a ser visto como a meca para os nómadas digitais do nor te da Europa e de muitos outros países", que veem as vantagens ao nível do clima, etc. Uma reali dade "muito positiva, dado que a maioria dos nómadas digitais são profissionais com competên cias de vanguarda nas suas áreas de especialização e uma elevada percentagem dos mesmos irão permanecer no nosso país muitos anos".
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 35 grande te M agran tema desempenhar as suas funções, um aces so adequado e estável à rede, e estejam asseguradas questões de segurança e privacidade no acesso a dados", salienta a mesma Questionadaresponsável.sobre se as empresas que devem apostar mais em trabalho remoto são as de maior dimensão, Rita duarte afirma que esse não será o fator determinante, mas sim uma série de condições relativas ao empregador e ao colaborador. "A escolha do remoto não tem tanto que ver com a dimensão da empresa, mas sim com um conjunto de características fundamentais para que esta forma de trabalhar tenha sucesso! São elas: funções bem definidas, em que cada pessoa sabe o que precisa fazer, como e em que timings; pessoas e lideranças que compreendem e se comprometem com a relação tripartida de autonomia/ flexibilidade/ respon sabilização; expectativas balizadas por regras muito claras de comunicação e comportamentos esperados – seja sobre os tempos de trabalho, as reuniões de equipa, a disponibilidade para clientes, os Sl A [service level agreement (ou acordo de nível de serviço, em portu guês)], de resposta ou mesmo os locais onde podemos desempenhar funções; por fim, a tecnologia utilizada, que deve permitir e potenciar o trabalho remoto com a mesma experiência (de acessibili dade, armazenamento, monitorização) e segurança (ciber e física) da secretária do escritório", conclui a mesma gestora. Assim, todos os que compreendam e "possam realizar a sua função remo tamente" poderão realizar teletrabalho, devendo ser realçado que "o remoto requer um grau de autonomia não só nas tarefas a realizar como na organiza ção – é muito mais fácil para mim que 'conheço os cantos à casa' do que para alguém que acabou agora de iniciar a sua jornada connosco, mesmo que seja um perfil sénior". O profissional deve ainda estar "perfeitamente alinhado/a com a liderança no que respeita à res ponsabilidade inerente – a responsabili dade de manter uma comunicação clara e assertiva, de procurar ajuda, de se nómadas digitais Lisboa e outras cidades portugue sas. Esta preferência representa uma valorização de Portugal como mercado de trabalho (e de talen to). Naturalmente, aporta alguns desafios à dinâmica laboral, como a prática de salários mais eleva dos, que são consequência direta do interesse exponencial no nos so país. Tudo isto torna Portugal um destino atrativo não só para jovens talentos internacionais, como também para empresas que optam por começar a estabelecer as suas operações e negócios aqui e daqui para qualquer parte do mundo", considera Célia Vieira. Outra empresa entrevistada tam bém conhece esta realidade: "a Adecco Portugal tem clientes onde existem nativos de outros países a trabalhar em Portugal, nomeadamente nas áreas das TI. Perante uma conjuntura de ple no emprego técnico que vivemos atualmente em Portugal, em que a escassez de talento é uma realida de, o facto de Lisboa ter sido eleita uma das 20 cidades mais apelati vas como base para os trabalha dores remotos é obviamente um plus. A prazo, pode ter um impac to na atração de talento, mas não dispomos de indicadores objeti vos da relevância que está a ter no suprimento de novos talentos para o mercado laboral nacional", afir ma, contudo, Alexandra Andrade. Já segundo Rita Duarte, a chegada de nómadas digitais tem impacto apenas em setores mais ligados à tecnologia. "No entanto, já se identificam tendências que podem ser relevantes para um merca do de trabalho com uma taxa de desemprego a rodar nos valores mais baixos das últimas décadas.
Por exemplo, algo transversal a todas as gerações atualmente no mercado de trabalho é a procu ra por trabalhos mais holísticos e que tragam o espaço para que se cumpra o propósito da empresa e os valores de vida de cada um de nós. O remoto traz esta opor tunidade mais facilmente, ao con ciliar a dimensão profissional mais estável com a dimensão pessoal / familiar mais livre e flexível – afinal posso continuar a desempenhar a minha função enquanto viajo e co nheço novas culturas ou enquanto acompanho a minha família na sua recolocação para outra cidade".
Sobre as vantagens e desvantagens para as empresas, Rita duarte refere que "uma vez mais, depende da forma de implementação". "Olhando para os custos, a vantagem prende-se com a redução de custos imediatos como água, eletricidade e rendas– podemos reduzir dimensão de escritórios, mover o espaço para zonas menos centrais das cidades; no entanto, a desvantagem é que o remoto pode acarretar outros custos, por via do investimento em novos espaços mais colaborativos, subsídios/ apoios para remote work; custos com even tos/ viagens corporativos, que noutra organização de trabalho seriam menos recorrentes, entre outros".
O teletrabalho e o direito a desconectar
Por seu lado, Alexandra Andrade reconhece que "o trabalho remoto traz vantagens óbvias a nível de sustentabili dade económica, ambiental e social nas
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202236 grande te M a gran tema
manter atento/a e disponível e de assu mir que a organização de trabalho mais benéfica, pode ser diferente consoante o momento, o projeto ou a equipa".
atividades– volto a sublinhar– onde este modelo de trabalho é viável de acordo com a atividade económica: há impacto positivo nas despesas, nomeadamente dos espaços físicos que podem diminuir significativamente, consumos energé ticos ou de transportes. São também uma ferramenta de atração e retenção de talento jovem, pois a flexibilidade de trabalhar de forma totalmente remota ou em regime híbrido é uma exigência de muitos dos candidatos, sobretudo os mais jovens".
Com a generalização do trabalho por via remota, mais flexível, au mentaram também as solicitações para a realização de tarefas de tra balho via email, por exemplo, fora do horário laboral, sem remunera ção extra. De tal forma, que se sen tiu necessidade de legislar no sen tido de travar essas solicitações, garantindo ao trabalhador o direito a Assim,"desligar".emdezembro do ano pas sado, Portugal tornou-se um dos primeiros países a adotar legis lação que dá aos trabalhadores o direito a "desligar", prevendo consequências para as empresas que os contactem fora do horário de trabalho. O descanso dos que estão em teletrabalho só deve ser interrompido por motivos de força maior, mas a lei gera dúvidas (no meadamente sobre quais são esse motivos) e mesmo quando não é cumprida não têm surgido queixas, por receio de represálias. A lei publicada em "Diário da Re pública" a 6 de dezembro de 2021 diz que, em caso de teletrabalho, o "empregador tem o dever de se abster de contactar o trabalhador no período de descanso, ressalva das as situações de força maior" e que "constitui contraordenação grave a violação" desta alínea. Segundo diversos especialistas, a cultura de que os colaboradores devem estar sempre disponíveis tem de mudar e estes devem po der desligar os equipamentos de trabalho no seu período de des canso. É nesse sentido que vai a resolução do Parlamento Europeu, de 21 de janeiro de 2021, que con tém recomendações à Comissão Europeia sobre o direito a "desli gar". A Comissão está já a preparar uma Diretiva sobre o direito à des conexão e ao teletrabalho justo, a qual se espera vir a concretizar e a impor aos Estados-membros novo quadro normativo nesta matéria. Num artigo de opinião na "Human Resources", os advogados Rita Nogueira Neto e Ricardo Grilo, da Garrigues, enquadram que "mais de um terço dos trabalhadores da União Europeia começou a traba lhar em casa durante o confina mento, em comparação com os 5% que já anteriormente o faziam", tendo aumentado a pressão para a realização de tarefas extra. Tal contribui para o surgimento de "depressão e perturbações men tais comuns relacionadas com o trabalho", adiantam os autores. Por outro lado, alguns advogados têm defendido que a lei devia ser aplicada a todos os regimes de tra balho e não só ao trabalho à dis tância.
Ao nível das desvantagens, "prendem -se mais com a dificuldade de algumas lideranças ainda não estarem totalmente preparadas para rentabilizar este mode lo, nomeadamente no onboarding de novos colaboradores e na gestão de equi pas no modelo remoto. Nestas situações, a produtividade pode estar compro metida. A questão da saúde mental e bem-estar dos colaboradores é um fator a ter em conta, que pode ser acautelado com uma maior intervenção dos depar tamentos de recursos humanos, cada vez mais os vigilantes da felicidade dos colaboradores de uma empresa", considera Alexandra Andrade. Quanto ao tipo de trabalhador que mais está a realizar teletrabalho, serão "essencialmente todos os profissionais que se enquadram em atividades que não requerem presença, como, por exemplo, profissionais no espectro das tecnologias de informação, designers, ou profissionais liberais, como advogados, jornalistas, entre outros". também segundo tiago Amaral, Business unit director e executive board member da tecnológica decSkill, "o trabalho remoto é já uma enorme reali dade para todos os departamentos de it, inclusive para empresas de outros setores de atividade. Os modelos híbridos têm sido os mais aplicados em território nacional, mas há já uma percentagem interessante que está em modelo de full remote. uma tendência que se devia alargar, na sua ótica, a todo o tipo de
Os perfis que podem realizar traba lho remoto serão aqueles cujas "tarefas não englobam atendimentos ao público nem necessidade de realizar trabalho em contexto de trabalho, onde ferramentas como um computador sejam suficientes para o desempenho das suas funções", adianta tiago Amaral. Também Jorge Fonseca, CEO da con sultora de gestão de carreiras George Executive Advisors, salienta o peso do teletrabalho num "crescente número de empresas de serviços, que dão oportuni dades de trabalho híbridas à maioria dos seus colaboradores (poderão trabalhar um a dois dias por semana a partir de casa). O trabalho totalmente em remoto só é aplicável, contudo, a algum tipo de funções", enquadra. São elas: "as áreas onde o trabalho remoto tem ganho relevância são o marketing digital, pro gramadores e project managers de it, PUB
grande te M agran tema empresas, privilegiando sempre "mode los flexíveis" de gestão de talento. Em termos de grande vantagem, assinala a "maior competitividade no que con cerne à atração e retenção de talento", enquanto poderão existir desvantagens, que passam pela forma como "as empre sas lidam com a dinâmica da cultura organizacional quando aplicados estes modelos de trabalho".
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202238 grande te M a gran tema cibersegurança, engenheiros de redes, arte e design (fotografia, design gráfico...), contabilidades, agentes de venda de seguros, serviços de apoio a clien tes…", comenta Jorge Fonseca. Para este responsável, existem muitas vantagens para as empresas com este processo: "poupam espaço e custos de funcionamento no dia a dia (energia, água, etc.), aumentam o grau de satis fação e a produtividade de muitos dos seus colaboradores (que poupam muito do tempo gasto na ida/ volta para o local de trabalho)". Entre as desvantagens, refere a dificuldade na "troca de ideias e pontos de vista entre os diferentes cola boradores, menor entrosamento entre as chefias e colaboradores, que deve ser col matado com teams e Zooms realizados com alguma frequência", salienta. Comunicação interna torna-se fundamental "No que respeita à comunicação, a reorganização do modo como trabalha mos tem impacto direto na forma como interagimos no nosso meio profissio nal – seja na melhoria da comunicação interna (porque a isso somos obrigados, quando temos equipas em assíncrono)", e ainda porque se perde uma certa "informalidade no relacionamento para lá da esfera profissional", tornando a comunicação interna fundamental, frisa Rita duarte. "diria até que a comuni cação assume dianteira na preparação de uma implementação de um ambien te remote-first ou remote-friendly, pois os processos de negócio e de suporte têm de ser eficazes e democráticos para todos/as os/as envolvidos/as, estejam no seu gabinete, num espaço de cowork, na sua casa ou numa viagem pela Europa de mochila às costas". Rita duarte comenta ainda os impac tos para a cultura da empresa desta nova realidade. "São imensos os impac tos positivos e negativos que podemos encontrar. começando pelo alinha mento desta escolha com a cultura da empresa (e não apenas para cumprir uma moda) e pela sua comunicação planeada e cuidada, passando pelas
oportunidades e constrangimentos que o remoto traz às práticas de recursos humanos– por um lado, quebra a bar reira geográfica para o recrutamento de novo talento, facilita a integração entre a vida pessoal/ familiar/ profissional e abre espaço a um reconhecimento mais orgânico e a uma maior autonomia dos/ as colaboradores/as nas suas funções; por outro, requer cuidados acrescidos no apoio das lideranças para que estas sejam competentes na gestão e motiva ção das suas equipas (principalmente no cenário híbrido), implica uma gestão de carreiras muito mais transparente e ali nhada com as expectativas de todos/as os/as envolvidos/as e exige um desenho funcional muito mais rigoroso e capaz de acomodar as reais tarefas e responsa bilidades de cada pessoa". "Se há uma certeza nestas implemen tações é de que a distância inerente ao remoto requer clarificação e responsa bilização de todos os envolvidos e se a nossa cultura não tem estas característi cas, o remoto será sempre mais difícil de resultar", adverte Rita duarte.
Novas tendências para o mercado dos RH Quanto a novas tendências no merca do de recursos humanos em Portugal, Rita duarte alerta que para além das já assumidas tendências da flexibilidade e do digital, existem desafios "críticos" para as empresas "a curto, médio e longo
prazo. temas como sustentabilidade, dEi&B (diversity, equity, inclusion and belonging at work) ou inteligência artificial vão ser abordados em todas as empresas que pretendam criar um futuro digno de nota, com particular aproximação às questões de diversida de, mobilidade, alterações climáticas e ao impacto de crises globais", como ficou demonstrado com o impacto da pandemia de covid-19 ao nível global. Esta "deve ser uma lição para anteci parmos efeitos de outras crises, como a crise energética ou a da escassez da água", alerta a responsável da Wellow. "intrinsecamente ao mercado de traba lho, de realçar a tendência de redução da população ativa nos próximos anos e a necessidade de requalificação de profissionais com rapidez e qualidade suficiente para responder a mudanças no mundo laboral", antecipa ainda Rita duarte.Paracélia Vieira, "a valorização do teletrabalho foi, sem dúvida alguma, uma das mudanças mais profundas e transformadoras que a pandemia des poletou. Atualmente, na área das ti, as empresas já não podem optar por definir o trabalho como 100% presen cial: se o fizerem, correm o sério risco de perder os seus colaboradores e de não conseguir atrair novos talentos", frisa mesmo a gestora. Mas outras mudanças e exigências estão a surgir. "Relativamente à atração
Questionada sobre a vinda de milha res de refugiados para Portugal, Rita duarte considera que "naturalmente, existe um efeito de integração na socie dade que também passa pelo emprego, e, como tal, o acolhimento de refugiados em Portugal traz mais pessoas de outras nacionalidades ao mercado de traba lho". todavia, realça, "a maioria dos/as refugiados/as que nos chegam podem não reunir as condições necessárias para trabalhar, seja em idade, condições de saúde ou mesmo em resposta a even tos traumáticos vividos. um exemplo muito recente, decorrente da invasão russa da ucrânia este ano, mostra-nos que, em maio de 2022, apenas duas mil pessoas estavam a trabalhar das 37 mil que haviam, entretanto, chegado da ucrânia. Por outro lado, implica ainda uma perspetiva muitas vezes esquecida – estará o mercado português, maiorita riamente composto por PME e empre sas familiares, capaz de verdadeiramente integrar estes profissionais?", questiona Rita duarte. Já célia Vieira refere que os refugia dos que chegam a Portugal podem ingressar no mercado de trabalho, em determinado setores. "Aquando do iní cio do conflito na ucrânia, juntámo -nos prontamente à iniciativa Portugal for ukraine, através do registo da pla taforma do instituto do Emprego e Formação Profissional, abrindo as por tas da Neotalent para receber profissio nais à procura de uma oportunidade em Portugal. No âmbito deste programa, ainda não integrámos nenhuma pessoa na equipa, mas continuamos de portas abertas ao melhor talento do mercado nacional e internacional, independen temente da idade, género, raça, etnia, orientação sexual, nacionalidade, cul tura e/ou crenças", afiança a cEO da empresa.Quanto à integração de refugiados no mercado de trabalho, "o grupo Adecco lançou a sua própria www.adeccojobsfo rukraine.com para divulgação de opor tunidades de emprego em quase 60 países e regiões de todo o mundo onde a companhia está presente através das suas unidades de negócio globais. Essa iniciativa foi bem-sucedida, mas depois a integração das pessoas nos mercados de trabalho de cada país, nomeadamen te em Portugal, é feita à luz da legislação de cada país", realça Alexandra Andrade. também a decSkill está atenta à che gada de novos trabalhadores. "Na nossa empresa, temos programas que incidem em contratar pessoas de países tercei ros para o nosso, sejam refugiados ou outros", comenta tiago Amaral. Por seu lado, Jorge Fonseca considera que a chegada de refugiados tem per mitido colmatar algumas lacunas no mercado, nomeadamente nos ramos da hotelaria, ou restanturação, mas ainda "com pouca relevância", afirma.
Profissionais que podem vir de outros países ou mesmo dos Açores e Madeira, comenta. A integração de refugiados Portugal vive um momento de falta de mão de obra em diversos setores.
Jorge Fonseca aponta várias tendências na evolução do mercado de emprego no sul da Europa,: "mais feminino, mais envelhecido, mais cosmopolita, mais tecnológico, mais precário, mais flexí vel, mais híbrido e remoto, maior rota ção profissional e trabalho por projetos, necessidade de reskilling e upskilling permanente do conhecimento – um crescente número de tarefas está a desa parecer e estão a surgir muitas outras que irão ganhar relevância".
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 39 grande te M agran tema de talento, acredito que as tendências a que temos assistido vêm para ficar. Estamos a falar, por exemplo, da pro cura de profissionais além-fronteiras ou do lançamento de programas de referenciação com prémios para novas contratações. Quanto a novas formas de reter talento, as empresas têm apostado em programas de mobilidade interna, na adoção de políticas de diversidade e inclusão, ou no desenvolvimento de planos de formação especializados". tiago Amaral considera que o tele trabalho está longe de ser consensual. "Acreditamos que a tendência do traba lho 100% remoto vai desacelerar com a pandemia, sendo a mesma cada vez menos uma realidade. Não obstante, e referindo-me ao mercado de tecnologia, cada vez mais estaremos atentos ao talento de outros países onde somos competitivos ao nível da qualidade de vida e tudo o que isso envolve".
carlos M., analista de sistemas do setor das telecomunicações, é um exem plo de um profissional a trabalhar em modelo híbrido. tendo começado a operar em teletrabalho total em abril de 2020, "passou a regime híbrido em outubro do ano passado, sendo agora quatro dias em teletrabalho de casa e um dia por semana no local de traba lho". "toda a empresa está com regime híbrido, com variantes parecidas com a da minha direção", destaca ainda.
Relativamente à vinda de novos pro fissionais e talentos, sublinha que a fle xibilidade do trabalho remoto permite "contratar colaboradores mais adaptados às skills necessárias, e que possam não existir disponíveis no local da empresa".
A "vantagem principal é ocupar muito menos tempo em deslocações, menos custos associados e o facto de termos novas ferramentas de trabalho em equi pa (Microsoft teams) que nos dão maior produtividade na comunicação". Refere ainda que a "desvantagem principal é não haver a hora de saída, o que se tra duz em trabalhar mais horas que antes".
Opinião contrária tem Alexandra Andrade, que antecipa que "no atual contexto, o padrão de ouro no mercado de trabalho e, consequentemente na gestão de RH, é a flexibilidade: quando o work/life balance surge como um fator-chave de equilíbrio e bem-estar das pessoas, quando o alinhamento de valo res organizacionais e pessoais pode ser fulcral na permanência dos profissionais numa empresa". E recomenda ainda aos gestores de recursos humanos: "maior atenção na hora do recrutamento ao alinhamento de valores entre os candi datos, oferta de formação com impacto na progressão das carreiras, oferta de dias de férias e, obviamente, oferta de flexibilidade laboral nos modelos híbri do ou remoto, se tal for viável".
40 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 opinião opinión por andreia catarina cardoso*
Oano de 2022 está a ser marcado por várias alte rações jurídicas relevantes para os consumidores e, consequentemente, com impacto para o tecido empresarial. todas estas questões são pertinen tes para as empresas, porquanto a relação destas com os consumidores assumem um papel crucial no mer cado concorrencial e também pela vasta legislação em constante alteração que requer uma contínua adap tação às novas exigências legais. No respeitante aos direitos dos consumidores, não é demais relembrar que em janeiro de 2022 entrou em vigor o d ecreto- l ei n.º 84/2021, de 18 de outubro, que revogou na totalidade o anterior d ecreto- l ei n.º 67/2003, de 8/4 (que regulava a venda de bens de consumo e das garantias a ela relativas), bem como parte da l ei de d efesa do c onsumidor. Em termos de inovação legal, chama -se a atenção para a existência de um novo direito, nomeadamente, o direito de rejeição que permite ao consumidor solicitar a imediata substituição do bem ou pedir a resolução do contrato, nos casos em que a falta de conformidade do bem (denominado defeito) se manifeste no prazo de 30 dias após a respetiva entrega. Por outro lado, no que respeita ao serviço pós-venda e disponibilização de peças também foram introduzidas alterações radicais e de extrema importância para as empresas. d e ora em diante e durante o prazo de 10 anos, o produtor é obrigado a disponibilizar as peças necessárias à reparação dos bens adquiridos pelo consumidor. O prazo de 10 anos conta-se após a colocação em mercado da última unidade do respetivo bem. No caso de bens móveis sujeitos a registo (ex: auto móvel), além da disponibilização de peças, o profissional (vendedor) deve garantir a assistência pós -venda em condições de mercado adequadas pelo período de 10 anos. Apesar de já estar em vigor desde janeiro deste ano, importa refe rir que existem novos prazos de garantia de bens móveis e imóveis, prazos estes que sofreram uma radical alteração face ao regime anteriormente em vigor. Em suma, a atual legislação em vigor prevê que: (i) os bens móveis passam a ter três anos de garantia a contar da entrega do bem, ao invés dos dois anos anteriormente previstos; (ii) na compra e venda de bens móveis usados, as partes podem reduzir o prazo de garantia para 18
Direito do consumo 2022 ––
Alterações legais com impacto no tecido empresarial
meses, desde que esta redução de prazo de garantia seja fixada por acordo entre as partes. Relembrase que no regime legal anterior, apenas era possível reduzir o prazo de garantia para um ano; (iii) de forma inovadora, especificou-se a situação dos bens móveis recon dicionados, aplicando-se o prazo de garantia de 3 anos, não sendo admissível a redução do prazo neste tipo de bens; (iv) no caso de bens com elementos digitais, aplica-se o prazo de três anos de garantia. No caso de fornecimen to contínuo superior a três anos, a responsabilidade mantém-se durante o período do fornecimen to de conteúdo ou serviço digital de bens com elementos digitais; e (v) no que respeita aos prazos de garantia dos bens imóveis, passam a ter 10 anos de garantia a contar da entrega do bem, em relação a desconformidades relativas a ele mentos construtivos estruturais e 5 anos de garantia para as restan tes desconformidades. Alerta-se, no entanto, que o decreto-lei aqui em referência aplica-se, apenas, aos bens imóveis considerados prédios urbanos destinados a fins habitacionais, considerando-se parte integrante deste bem imóvel toda a coisa móvel ligada mate
*Advogada E-mail acardoso@accadvogados.pt
Entre outras alterações, destaco três alterações relevantes para as empresas, nomeadamente: • A alteração ao regime jurídi co das práticas com redução de preços e do regime jurídico dos preços de venda a retalho, estipu lando que qualquer informação relativa a uma prática comercial com redução de preço, indepen dentemente do meio de comuni cação, deve indicar o preço mais baixo anteriormente praticado.
Em termos legais e na nova reda ção, “o preço mais baixo ante riormente praticado” significa “o preço mais baixo a que o produto foi vendido nos últimos 30 dias consecutivos anteriores à aplica ção da redução do preço”, mesmo que neste período já tenha exis tido redução de preços (exemplo: por saldos ou promoções). Esta alteração é de extrema relevância, pois, na redação da lei anterior, o conceito de “preço mais baixo anteriormente praticado” equi valia ao preço mais baixo a que o produto foi vendido, fora de eventuais períodos de saldo ou de promoção, nos 90 dias ante riores. d iferente será no caso de produtos agrícolas e alimentares perecíveis ou de produtos que se encontrem a quatro semanas da expiração da sua data de valida de, a redução de preço anunciada deve ser real por referência ao preço mais baixo anteriormente praticado durante os últimos 15 dias consecutivos em que o pro duto esteve à venda ou durante o período total de disponibilização do produto ao público, caso este seja inferior.
• Na venda com redução de preço deve ser indicada de modo ine quívoco, a modalidade de venda, o tipo de produtos, o preço mais baixo anteriormente praticado, bem como a data de início e o período de duração. c om esta alteração, as empresas deixam de poder indicar apenas a “percenta gem de redução” de preço, sendo obrigadas a indicar o preço mais baixo praticado nos últimos 30 dias. Esta obrigatoriedade aplica -se, também, aos estabelecimen tos comerciais e à afixação dos preços em saldos, promoções ou liquidação em letreiros, etiquetas ou listas.
41SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € opiniãoopinión rialmente ao prédio com carácter deAindapermanência.noreferente à reposição da conformidade, em relação aos contratos de compra e venda de bens móveis e de bens imóveis, alerta-se que os novos prazos de garantia apenas entram em vigor para contratos celebrados a partir de 1/1/2022. i magine-se o seguin te caso: O consumidor Bento foi ao stand e celebrou um contrato de compra e venda de um auto móvel em 30/12/2021, com data de entrega do bem a 20/1/2022. A 2/1/2022, o consumidor c arlos celebrou um contrato de compra e venda de um automóvel igual, no mesmo stand, com data de entre ga também a 20/01/2022. Qual o prazo de garantia aplicável em caso de desconformidade do bem (defeito)? Neste caso, apesar de entregues na mesma data, o auto móvel comprado pelo Bento terá dois anos de garantia (a contar desde a data de entrega do bem), enquanto que o automóvel com prado pelo c arlos terá 3 anos de garantia (a contar desde a data de entrega do bem). Assim, em termos gerais e no que respeita a prazos de garantia de bens móveis e imóveis, o novo d ecreto- l ei 84/2021, de 18 de outubro apenas se aplica aos contratos celebra dos após a sua entrada em vigor (1/1/2022), independentemente da data em que ocorreu a entrega do bem. d e igual forma, aplica-se o mesmo raciocínio nos casos em que existe uma substituição (ao abrigo da garantia legal) de um bem com prado antes de 01/01/2022. Por exemplo, um telemóvel comprado em outubro de 2021, em junho de 2022 é detetada uma descon formidade legal, sendo o mesmo substituído pela marca por outro equipamento igual. Apesar do bem ser substituído por um novo já depois da entrada em vigor do atual decreto-lei, o novo prazo de garantia do bem substituído será de dois anos e não os três anos atribuídos pela nova lei, porquanto a substituição é referente a um con trato de compra e venda celebrado antes de 1/1/2022. c om importância para o setor empresarial das vendas a retalho foi publicado o d ecreto- l ei n.º 190ºG/2021, de 10/12, em vigor desde 28/05/2022, que transpõe parcial mente a d iretiva ( u E) 2019/2161, relativa à defesa dos consumidores.
• Por outro lado, os contratos cele brados à distância, entre outras alterações relevantes, destaco a alteração do prazo de livre resolução (denominado direi to ao arrependimento) quanto aos contratos celebrados fora do estabelecimento comercial, em específico, no domicílio do con sumidor ou no âmbito de excur sões organizadas, alargando-se nestes casos de 14 para 30 dias o direito de livre resolução do consumidor, sem necessidade de indicar o motivo. Existem outras alterações rele vantes que foram implementadas pelo d ecreto- l ei n.º 84/2021, de 18/10 e legislação conexa, que con figuram obrigações a cargo do profissional (por exemplo: quanto ao prazo de reparação, à recolha e remoção dos bens para repa ração, etc.), alterações estas que são de extrema importância para o desempenho da atividade das empresas.
“A maior procura veio, contudo, dos norte-americanos, seguidos pelos britânicos e holandeses”, nota a consultora, considerando que “o Alecrim 51 é uma oportunidade rara numa localização tão cobi çada como o chiado”, adianta a mesma responsável. Os 15 apartamentos que resultam da renovação deste edifício histó rico de cinco pisos com fachada pombalina estão disponíveis nas tipologias t0 a t3, incluindo um t3 duplex nos pisos superiores e ainda um amplo loft no rés do chão, com entrada direta e privada na Rua das Flores. As áreas vão dos 39 aos 245 metros quadrados, e os preços de venda variam entre os 380 mil e os 1,75 milhões de euros.
Hotéis e logística impulsionam investimento imobiliário no primeiro semestre alecrim 51 bate recordes de procura
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202242 setor i M o B iliário sector inmobiliario D e acordo com o mais recente research trimestral da Jll, o “Market Pulse”, as transações de hotéis e do segmento industrial & logística impulsionaram o investi mento imobiliário comercial no pri meiro semestre. Em conjunto, os dois segmentos garantiram 66% do total transacionado no semestre, o qual ascendeu a 640 milhões de euros. Pedro l ancastre, c EO da J ll Portugal, explica que “depois de um primeiro trimestre pouco animado, o segundo trimestre acelerou forte mente e duplicou o investimento. Neste trimestre, foi ainda mais visí vel a influência da compra de hotéis e de ativos de industrial & logística, pois foram responsáveis por quase 370 milhões dos 436 milhões de euros transacionados”. Para o res ponsável, “a forte recuperação dos indicadores hoteleiros e a intensifi cação da absorção e das rendas de industrial & logística” são alguns dos fatores a explicar o foco dos investi dores nestes dois segmentos. Quanto ao resto do ano, “as perspeti vas para os próximos trimestres man tém-se positivas, com o foco nos seg mentos que têm tido maior procura em termos de volume. Acreditamos que 2022 vai superar o montan te transacionado o ano passado”. E adianta: “claro que as condições macroeconómicas e geopolíticas são desafiantes, mas os negócios imo biliários continuam a ser bastante competitivos e Portugal destaca-se no panorama internacional. O nosso país tem uma boa posição geográ fica, segurança e boa qualidade de vida, bons fundamentais de merca do, incluindo as yields inicialmente, tínhamos previsto uma nova com pressão das yields, mas neste cenário de aumento da inflação e taxas de juro, deverão manter-se estáveis e Portugal continua a ter um diferen cial muito apelativo face a outros mercados. temos, em geral, retornos mais atrativos, num mercado perce bido de baixo risco”. Já de acordo com a cBRE, o inves timento em imobiliário de rendi mento em Portugal terá atingido os 700 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano. Esta empresa de investimento e serviços imobiliários comerciais prenuncia ainda um volu me total de transações superior a três mil milhões de euros em 2022, em nível pré-pandemia, N a icónica e tipicamente lisboe ta Rua do Alecrim, que liga o chiado e o Bairro Alto ao cais do Sodré e ao rio tejo, vai nascer um novo projeto residencial. O Alecrim 51 nasce da recuperação de um edifício do século XViii e trará 15 exclusivos apartamentos a um dos bairros mais cosmopoli tas e procurados para a compra de casa na capital portuguesa. A Athena Advisers iniciou a comercialização deste empreen dimento em meados de julho e, de acordo com a consultora, a procura registada tem supe rado todas as expetativas. “Só nas primeiras semanas de lança mento recebemos perto de uma centena de contactos de todos os cantos do mundo, desde canadá, Singapura, África do Sul, Alemanha, Suíça e muitos outros”, refere Rita Cunha Ferreira, consulto ra da Athena Advisers em Portugal.
projeto residencial
A Merlin Properties fechou o pri meiro semestre de 2022 com uma faturação total de 226,6 milhões de euros e um lucro operacional de 157,5 milhões. O valor líquido dos ativos ascendeu a 8.035 milhões de euros, com um incremento de 10% face ao primeiro semestre do ano 2021. “com a venda da carteira do BBVA, a empresa reduz consideravelmente o nível de endividamento para situar -se em Quanto27,4%”.àsexpectativas
A Engel & Völkers divulgou os resultados do seu “Market Report Portugal”, um relatório que analisa as transações imobiliárias intermediadas pela multinacional alemã no período 2020-2021 nos mercados imobiliá rios de lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia, Algarve e Oeste. As áreas mais exclusivas de lisboa e Porto conti nuam a registar uma forte procura, mas o estudo mostra que outras zonas do país com ofertas do segmento premium, sobretudo no litoral, con tinuam a despertar o interesse de compradores e investidores, nacionais e Juan-Galointernacionais.Macià, presidente da Engel & Völkers para Espanha, Portugal e Andorra, considera que “Portugal pode e deve continuar a tirar partido das suas condições excecionais face a outros mercados com uma ges tão cada vez mais eficiente. A oferta imobiliária de luxo terá de ser capaz de crescer em zonas menos desen volvidas do interior do país, bem como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para poder enfrentar o impacto da mudança nas regras dos Vistos Gold,” acrescenta. Para os próximos dois anos, Juan-Galo Macià antecipa “um contexto desafian te num ambiente de juros em alta, pela primeira vez em 11 anos, e face aos novos riscos económicos e sociais que pairam sobre as economias europeias”, mas acredita que existem poucas “alter nativas de investimento que possam competir com a rentabilidade que ofe rece o segmento mais premium”. Na região portuense, as zonas nobres da Foz do Douro e Nevogilde são as zonas em Portugal com o preço médio mais elevado nas transações intermediadas pela Engel & Völkers, respetivamente cinco mil e 5.100 euros por metro quadrado. Para este facto, contribui a dimensão dos lotes, a qualidade das moradias– casas anti gas, históricas e reabilitadas– e toda a envolvente paisagística, que tornam estas zonas únicas para famílias de elevado rendimento. Os compradores estrangeiros também privilegiam a Foz do Douro. Sem surpresa, as zonas mais centrais de lisboa são as que registaram preços médios mais elevados nas transações intermediadas pela Engel & Völkers na capital. tendo por base os dados de 2021, verifica-se que Santo António é a zona que regista o preço médio por metro quadrado mais elevado– 4.892 euros. Seguem-se as Avenidas Novas (4.672 euros), Misericórdia (4.653 euros) e campo de Ourique (4.441 euros), campolide (4.439 euros)–que registou a maior subida, de 34,19%– e Estrela (4.325 euros).
Ao nível do segmento logístico, a evolução do negócio deverá tra zer um “rendimento excecional na carteira logística, com crescimento recorde em rendas lfl (+9,3%) gra ças à quase total ocupação (+99,2%), inflação e release spread (+6,7%). A atividade comercial no merca do logístico continua a ser forte, após a assinatura de mais de 150 mil metros quadrados no semestre”, adianta a Merlin Properties, na sín tese da atividade semestral. No segmento de centros comerciais, a emrpesa prevê “bom comporta mento operacional, com um relea se spread de 5,4%, uma ocupação estável de 94,3% (+4 pbs vs 3M22) e uma taxa de esforço que se man tém em níveis sustentáveis (12,5%). continua a recuperação das afluên cias e das vendas com subidas de 30,6% e 44,8%, respetivamente, nos 6M22 vs o mesmo período em Assinala2021”. ainda que “o programa de data centers alcança a velocidade de cruzeiro, após ter começado as obras em Bilbao-Arasur e ter obti do as licenças em Madrid-Getafe e Barcelona-PLZF, onde as obras come çarão proximamente”.
O grupo espanhol adianta que “as obras na Plaza Ruiz Picasso progri dem adequadamente, com um forte interesse comercial por parte de pos síveis inquilinos”.
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 43 setor i M o B iliáriosector inmobiliario
em torno da evolução do negócio, a gestora de ativos imobiliários frisa o “exce lente comportamento da carteira de escritórios, destacando-se o aumento das rendas lfl (+5,5%), do release spread (+6,3%) e da ocupação que se situa em 90,4% (+126 pbs de recuperação desde que se tocou no fundo, pelo covid-19”, em 2021.
Merlin properties assinala crescimento em rendas e ocupação
rentabilidade do imobiliário premium atrai investidores nacionais e estrangeiros
preço médio
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202244 setor i M o B iliário sector inmobiliario Entre a Avenida dos Aliados e a Rua do Almada, acaba de abrir o the Editory Boulevard Aliados Porto Hotel, a quarta unidade da Sonae capital na cidade do Porto, integra da no grupo the Editory collection. com um investimento de cerca de 20 milhões de euros, o hotel apresenta um projeto de arquitetura e design de interiores que assume uma diferencia ção de todas as unidades cinco estrelas existentes na cidade do Porto. the Editory Boulevard Aliados Porto Hotel resulta de uma parceria entre a FVC Group (develo per) e a Sc Hospitality, unida de de negócio de hotelaria da Sonae capital (operador), inse rindo-se numa zona da cidade bastante consolidada, estando mesmo classificado como parte de um conjunto de interes se público– a Avenida dos Aliados–, traçada no início do século XiX, e a Rua do Almada, cuja traça remonta ao final do século XViii. Na junção destes dois edifícios, surge o mote para as áreas sociais do hotel, com a criação de um percurso que arti cula a Avenida dos Aliados, com um cariz mais turístico e quase institucio nal, com a Rua do Almada, emergente e cheia de vida local. the Editory Boulevard Aliados Porto Hotel é um boutique hotel de cinco estrelas, que se posiciona no segmento de luxo, para momentos de lazer e city breaks, que beneficiam da centralidade e da proximidade a pontos de interesse na cidade como os bairros das artes ou a movida portuense. com o restaurante a fazer a ligação entre o hotel e uma das ruas mais icó nicas do Porto – a Rua do Almada–, alcança-se uma localização premium entre as duas melhores partes da cida de: a avenida mais requintada, onde estão vários hotéis de luxo, e a night life, assim como todos os espaços pro curados pelos habitantes locais.
17,2%
the editory
O hotel procura recriar, de forma con temporânea, uma tradição da vivência boémia e de consumo local do Porto de outras épocas. uma homenagem ao passado elegante, revisitado, com um desenho cuidado e sempre feito na dualidade entre um espaço público e um ambiente residencial, O hotel conta com 68 quartos. Nos primeiros três meses do ano, o preço médio de venda de alojamen tos familiares em Portugal teve um acrés cimo de 17,2%, o equivalente a um preço mediano de 1.454 euros/metro quadrado. No trimestre passado, o preço médio de venda de alojamentos familia res em Portugal havia subido 14,1%, ou seja, os números assinalados no primeiro trimestre deste ano representam uma Oaceleração.iNEindica, ao analisar a variação ocorrida nos preços da habitação ao nível local, que o Algarve (2.237 euros/m2) e a Área Metropolitana de lisboa (1.986 euros/m2), foram as duas sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados. Segue-se a Região Autónoma da Madeira (1.586 euros/metro qua drado) e a Área Metropolitana do Porto (1.555 euros/m2). todas estas regiões registaram valores acima da média nacio nal. de destacar o Alto Alentejo como a região que registou o preço médio de venda de casas mais baixo do país, 500 euros por metro quadrado. No período em análise, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi de 2.209 euros por metros quadrado, um valor que é 4% inferior ao verificado no trimes tre passado, de 2.302 euros por metro quadrado. Nas transações por compra dores com domicílio fiscal em território português, o preço médio foi de 1.428 euros por metro quadrado, 8,3% acima do valor registado no último trimestre de Em2021.termos de municípios, todos os que contam com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de lisboa e Porto, com exceção de Gondomar e Santa Maria da Feira, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional (1.454 euros por metro quadrado). deste conjunto de 17 muni cípios das áreas metropolitanas com mais de 100 mil habitantes, Vila Nova de Gaia (+20,0%), Gondomar (+19,8%), Setúbal (+19,4%) e Sintra (+18,5%) superaram a taxa de variação homólo ga nacional (+17,2%). Por outro lado, cascais (+16,2%), lisboa (+13,7%), Oeiras (+13,3%) e Porto (+9,3%) regis taram taxas de variação homóloga infe riores à nacional. Boulevard aliados porto Hotel: novo luxo da avenida das habitações cresce até março
o
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
OSantander c or porate and i n vestment
kingtransactionserviçosdigitalizaçãovodosinarama(SantanderBankingciB)eSAPEspanhaasumacorcomoobjetidepromoveradosdeglobalban(GtB),foianunciadopelasduasinstituiçõesemagosto.Emcomunicado,oSantanderciBafirmaqueoacordoprevê“soluçõesinovadoras de banca invisível, para melhorar a conectividade entre clientes e bancos, bem como o desenho de ferramentas financeiras que ajudem os clientes, em todo o mun do, a enfrentar as perturbações que se verificam nas cadeias de abastecimento e a acelerar a des carbonização das suas atividades Oindustriais”.acordovai simplificar a forma como o Santander ci B opera com os seus clientes, ao tirar partido das capacidades e conhecimentos únicos que a SAP pode oferecer, com múltiplos benefícios para os clientes: desde uma conectivida de mais ágil, aos serviços de valor acrescentado relacionados com o risco de contrapartidas ou gestão analítica de supply chain finan ce, entre outros, adianta o mesmo comunciado. A Blip, tecnológica portuguesa que desenvolve software à medida para web e mobile na área das apostas online, continua a crescer e ambicio na contratar mais de 100 colaborado res até ao final do ano para diversas categorias na área das tecnologias de informação ( ti). A tecnológica, que continua a ser um importante hub tecnológico em Portugal do grupo Flutter, o maior grupo de apostas on line do mundo, pretende reforçar a sua posição enquanto empregador de referência e alcançar o patamar dos 575 colaboradores ainda em 2022. Para Patrícia c arneiro, People di rector da Blip, “a expansão e cres cimento da equipa estão integrados na estratégia da empresa e são um passo necessário para alcançar as suas metas. Face a 2021, o núme ro de colaboradores da Blip deverá crescer cerca de 40%. Mas, inde pendentemente de a equipa ser cada vez maior, a Blip continua a colocar o bem-estar dos nossos colaborado re e a retenção de talento no centro da sua atividade, sempre com o in tuito de proporcionar experiências significativas e impactantes a todos os que passam pela empresa”. Em linha com esta estratégia de ex pansão, foram recentemente criadas as primeiras equipas de data, equi pas focadas em desenvolver soluções para a marca FanDuel, que pertence ao grupo Flutter e opera nos Estados unidos. “Este é um desafio comple tamente novo na Blip, que nos vai permitir aprender, continuar a cres cer mas também a diversificar o nosso trabalho, permitindo cimentar ainda mais a nossa posição dentro do grupo ao qual pertencemos”, refere Patrícia carneiro.
santander ciB e sap assinam acordo para acelerar digitalização dos serviços de global transaction Banking
Blip quer contratar mais de 100 pessoas até ao final do ano
46 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 ciência e tecnologia ciencia y tecnologÍa Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
A carteira de clientes do mercado ibérico de vinhos de topo representa cerca de 10% do negócio da Oeno Group, consultora de investimento em bens de luxo. Tiago Stattmiller, diretor das operações do grupo em Portugal, e Ivai Sicilia, diretor em Espanha, acreditam que o apetite por vinhos de topo poderá crescer entre os investidores dos dois países, já que a média de valorização do capital investido nestes bens pode chegar aos 15%. No entanto, nesta área também há fraudes, o que levou a consultora a criar uma unidade que investiga a autenticidade dos vinhos. Do ponto de vista da oferta, na Península Ibérica, as regiões de Rioja e Ribera del Duero são as que melhor se estão a posicionar no segmento de fine wines, indicam os consultores, acrescentando que há outras regiões com potencial, mas que precisam de trabalhar numa estratégia de marketing capaz de elevar o valor dos vinhos no mercado.
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR “D esde 2005, o vinho tem registado um crescimen to de 198%, o que torna uma opção muito atrati va para investidores que procuram diversificar a sua carteira”, lê-se no website da consultora britâ nica de investimentos de luxo Oeno Group. ivai Sicilia, diretor do grupo em Espanha, explica que este núme ro “se refere ao crescimento do valor do mercado de fine wines (vinhos de topo) globalmente”, estando “as expectativas de valorização dos inves timentos nestes vinhos entre os 10 e os 15% ao ano, em média”. de acordo com o “ luxury investment index” (Índice de investimentos de luxo) publicado pela agência Knight Frank, os vinhos e os relógios protagonizaram o maior crescimento em 2021 entre os inves timentos em bens de luxo, com valo rização de 16%. O mesmo relatório mostra que numa década, a valoriza ção dos vinhos de topo foi de 137%, valor só ultrapassado pelo whisky raro (428%) e pelos automóveis (164%)
Nos últimos três anos, a empresa evo luiu para Oeno Group, que mantém o negócio original, na Oeno Future, criou a Oeno trade, um braço comer cial dedicado ao comércio de vinhos de luxo, e a Oeno House, uma bou tique e bar de vinhos, com moradas em londres, Madrid, Bordéus, Siena (toscana), Munique e Nova iorque. (Por enquanto, sem data para abrir em Portugal.)
tiago Stattmiller, diretor da Oeno em Portugal (foto na página seguin te), reitera que investir em vinho é uma boa aposta: “tendo em conta a volatilidade do mercado tradicional financeiro e o estado macroeconómi
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202248 Vin H os & g o U r M et vinos & g ourmet
O potencial deste mercado para colecionadores esteve na origem da criação da Oeno Future, em 2015.
A consultora trabalha principalmen te para colecionadores que desejam investir em vinhos raros e de topo.
Oeno potencia investimento em vinhos raros e de topo, um segmento que valoriza entre 10 a 15% por ano
O diretor da Oeno em Portugal, sublinha que “os vinhos portugueses são fantásticos para consumo, mas nem sempre bons do ponto de vista de investimento”. Por enquanto, exis tem poucos vinhos portugueses com esse estatuto, não devido à qualidade, mas devido à baixa procura a nível global, à quantidade produzida e a um marketing pouco evoluído”. Até
Espanha representa 5% do negócio da Oeno, mas há muito potencial de crescimento, quer em investidores, quer no que concerne à oferta em fine wines, como sugere ivai Sicilia :”A indústria de investimento em fine wine em Espanha ainda está a ser des coberta. Espanha é um país com cul tura do vinho e adegas reconhecidas mundialmente, mas quando se pensa em vinho em Espanha, pensa-se no que queremos beber, qual é nossa marca favorita, mas não necessaria mente no vinho como um ativo de investimento. Espanha adora vinho, consultam-nos muito para saber mais sobre o que faz de um vinho, um
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 49 Vin H os & g o U r M etvinos & g ourmet co, investir em fine wine pode ofere cer uma preservação de capital com crescimentos médios anuais entre 10% a 15%. Quanto mais anos um investidor ficar com o vinho, maior será o retorno, pois o vinho será cada vez mais raro e por sua vez mais caro. O segmento de vinhos de luxo tam bém está apenas relacionado com a velha lei da oferta e da procura, sendo fortemente sustentado pelo consumo regular contínuo. usar uma empresa como a Oeno e fazer investimentos em fine wine é uma excelente opção de diversificação dos portfolios, numa classe de ativos onde o risco é muito baixo, pois como qualquer bem físico, nunca se vende uma garrafa de vinho por zero, sendo praticamente impos sível perder o investimento todo.”
“A dimensão média da carteira dos investidores portugueses ronda os 10 a 15 mil euros, abaixo da carteira média global da Oeno, que se situa nos 50 mil euros.”
A Oeno gere um portefólio na ordem dos 60 milhões de euros, por enquanto sem grande presença de rótulos portugueses, como comenta ivai Sicilia: “Os vinhos franceses da Borgonha e champagne têm tido grandes performances, a itália está no bom caminho, com a toscana e Piemonte, e Napa Valley contribui significativamente para o sucesso da califórnia. O nosso catálogo é com posto pelas regiões e rótulos que mais comercializamos, Portugal e Espanha são mercados emergentes que estão agora a ganhar espaço na indústria internacional. Recorde-se que até 2010, a liv-ex mostrava que 98% dos vinhos de topo comercializados por profissionais era francês. Agora temos o que chamamos de vinhos do novo mundo e atualmente a indús tria francesa de fine wine representa apenas 60% deste mercado. Já há outros países a fazerem cada vez mais vinhos de topo, mas isso só mudou nos últimos 10 ou 12 anos. Há mui tas mudanças a acontecer atualmente no mercado, pelo que temos que trabalhar mais depressa e melhor para encontrar essas ‘pérolas” em países que não costumavam produzir vinho apetecível para os investidores, mas que agora produzem.” tiago Stattmiller frisa que “todos os portfolios são feitos pela equipa de vinhos, liderada por um dos três Masters of Wine da empresa”. tratase de um serviço por medida: “cada portfolio é totalmente dedicado a um determinado cliente, tendo em conta o montante de investimento e as filosofias de investimento (curto, médio e longo prazo). O portfolio é aprovado por cada investidor, mas é escolhido por nós. A espinha dorsal dos nossos vinhos encontram-se em países como a França e Itália, no entanto, trabalhamos com os melho res vinhos de outras regiões como Napa Valley - EuA, Austrália, chile e Espanha. Em relação aos vinhos produzidos em Portugal, a Oeno Group quer aumentar o seu portfolio de produtores, havendo assim uma clara oportunidade para os produto res de vinho portugueses entrarem no mercado de luxo.”
agora, “o vinho mais caro por garrafa foi o vinho Júpiter da Herdade do Rocim (Alentejo)”, recorda o con sultor.Questionado sobre como elevar o valor dos vinhos portugueses, tiago Stattmiller afima que “há grande mar gem para evolução principalmente do ponto de vista de marketing, pois a procura dos vinhos portugueses poderia aumentar significativamente, o que levaria a um crescimento do preço.” O consultor acredita que é possível atingir esse patamar “nos próximos 10 anos”, se forem devi damente trabalhadas as questões de marketing.Jáoinvestimento em vinhos de topo por parte de colecionadores portu gueses está a avançar, indica o diretor da Oeno em Portugal : “O mercado português traduz entre 5% a 8% do total de investimento da Oeno Group, crescendo cerca de 195% entre os primeiros semestres de 2021 e 2022. A nossa expectativa é que o mercado português cresça no próximo ano até aos 10% do mercado total, tendo em conta o crescimento da mentalidade portuguesa em investir mais e o legado vinícola que Portugal tem.”
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202250 Vin H os & g o U r M et vinos & g ourmet vinho de topo, apetecível para os investidores, e quais são os rótulos que a Oeno trabalha em Espanha. A Oeno seleciona marcas e garrafas que dão valor acrescentado aos nos sos clientes, em função do histórico, da avaliação e do preço decorrente do rótulo, questões particularmente fundamentais para selecionar o que vai gerar maior rentabilidade para o investimento dos nossos clientes ao longo dos anos.” Há dois anos no mercado espanhol, a Oeno tem grandes expectativas para a evolução do negócio no país: “todas as semanas, há um vinho que é premiado ou que é bem avaliado pelos críticos de vinho e que entra no mercado internacional. A quota de mercado de vinhos espanhóis na América está a aumentar, onde o crescimento das importações tem sido notável nos últimos cinco anos.” de salientar também que vinhos de denominações de origem demarcada como a Rioja e a Ribera del duero estão a fazer significativos avanços em termos de marketing e do crescimen to das marcas sob esta designação no mercado internacional.” O vinho espanhol também está a conquistar espaço entre os investido res, que “pedem marcas como Pingus, Artadi, Benjamin Romeo, dominio de Es ou Alvaro Palacios”, já que “sabem que são vinhos valiosos e que aumentam o seu valor à medida que são consumidas e que o vinho amadurece até ao momento em que pode ser consumido.” Até agora, o vinho mais caro que vendeu “terá sido uma coleção de Pingus, por mais de 100.000 euros”.
Uma brigada anti-fraude para garantir autenticidade dos vinhos Num leilão, em Hong Kong, em no vembro, uma garrafa de seis litros de Domaine de la Romanée-Conti 2002 foi vendida pelo valor recorde de mais de 350 mil euros. No en tanto, a venda foi posteriormente rescindida, devido a suspeitas de que a mesma garrafa já tinha sido vendida num leilão anterior, em se tembro, levantando dúvidas sobre a sua autenticidade. “Embora rótulos raros como o Domaine de la Roma née-Conti sejam populares entre os falsificadores mundiais, a fraude do vinho continua a ser o desafio mais premente enfrentado pelos investi dores”, diz Mattia Tabacco, o chefe da unidade antifraude que o Oeno Group criou para garantir a autenti cidade dos vinhos. Sendo um negócio cada vez mais lucrativo, o mercado de vinhos ra ros e de topo também despertou o interesse de falsificadores. A Oeno é uma das primeiras empresas de investimento em vinhos a criar um departamento antifraude, baseado num processo de avaliação abran gente, que inclui a verificação do copo, cápsula, rolhas e rótulos na base de dados Oeno, usando fer ramentas como microscópios ele trónicos e luzes UV profissionais, técnicas que são usadas pelos principais especialistas mundiais em fraude de vinho. Nos casos em que a empresa obtém garrafas extremamente raras de casas de leilões ou colecionadores particu lares, os vinhos são inspecionados pela unidade antifraude para atestar a qualidade dos mesmos. “Após um ano de intensa pesquisa e desen volvimento, alcançamos o primeiro lugar no setor com o lançamento de nossa Unidade Antifraude. A nossa missão é dar aos nossos clientes tranquilidade em cada investimento que fazem connosco. Atualmente, são falsificados cerca de quatro mil milhões de euros em vinhos finos. A unidade antifraude da Oeno traba lha incansavelmente para mitigar o risco, utilizando pessoas altamente experientes no mercado”, adianta Mattia Tabacco. As fraudes manifestam-se de diver sas formas e maneiras, desde gar rafas originais que voltam a ser pre enchidas com vinho falso a sofisti cadas cópias de rótulos, ou mesmo telefonemas falsos e empresas de fachada de compra de vinho que assaltam empresas de investimento e certificações conhecidas… Ivai Sicilia salienta que a consultora fornece aos seus clientes sobretu do vinhos comprados diretamente às adegas de todo o mundo”, gra ças “ao trabalho dos variados es pecialistas da empresa que detêm excelentes ligações e conhecimen tos nas melhores adegas”. Apenas nos casos em que a Oeno fornece vinhos raríssimos, adquiridos em leilões ou junto de colecionadores particulares, é que são sujeitos à inspeção da brigada anti-fraude, que conta com uma equipa de es pecialistas vínicos vindos de Fran ça, Itália, Grécia, Espanha, Austrá lia, Portugal e até África do Sul, para garantir a autencidade dos vinhos”, acrescenta Tiago Stattmiller.
tributo-Galega (na foto).
Marcados pelo clima local, perfeito para a produção de azeites de alta qualidade, os azeites casa Anadia, utilizam os melhores processos de produção, aliados à experiência cen tenária, para lhe trazer os melhores e mais nobres azeites virgem extra, frescos, frutados e com uma acidez mínima”, frisa a marca alimentar.
azeitefoidaazeitequeportuguês“Prémiocorrespondenteouro,aopatrimónio-Galega”,destacaomelhormonovarietalvariedadeGalega,atribuídoaocasaAnadia
AsEuropeia.duasassociações vitivinícolas vão destinar estes recursos para “reforçar a imagem do vinho como produto de excelência e de tradição intrínseca na Europa”, sempre acompanhado de uma mensagem de consumo respon sável e moderado; “valorizando os seus sistemas de qualidade” e, tudo isto, com “o objetivo de aumentar a com petitividade da indústria vitivinícola na Península ibérica”. A campanha de promoção, que decor reu há poucas semanas, destinou-se a turistas de outros países da união Europeia, consumidores e profissio nais, que puderam conhecer melhor o modelo europeu de produção de vinho, como exemplo de segurança, rastreabilidade e autenticidade, com rotulagem, qualidade e sustentabili dade asseguradas, bem como dados sobre a variedade e tradição dos vinhos espanhóis e portugueses. Ao longo dos 36 meses deste projeto, serão desenvolvidas atividades promo cionais e informativas, definidas numa estratégia adaptada a cada país e a cada público-alvo e que integrarão ações em meios digitais e sociais. de destacar ainda inciiativas como investimento em publicidade impressa, realização de eventos e ações corporativas como semi nários, viagens de estudo à Europa, conferências, e ainda campanhas de informação em aeroportos e outros pon tos de chegada de turistas, entre outros Paraformatos.opresidente da ViniPortugal, Frederico Falcão, este acordo “demons tra, mais uma vez, o nosso compromisso com a posição de Portugal nos mercados externos, através de estratégias concer tadas, apostando em colaborações de sucesso que contribuem para que o nosso país seja visto no exterior como uma referência produtor de vinho”. Já o presidente da OiVE, Ángel Villafranca, destaca “o firme compromisso da interprofesional com a promoção inter nacional para dar a conhecer a excelên cia dos nossos vinhos aos profissionais e consumidores, com o objetivo de melhorar o nosso posicionamento nos mercados internacionais e fortalecer os esforços dos nossos produtores”, adianta o site “comunidadeslusófonas.pt”.
“O Azeite casa Anadia tributoGalega, foi precisamente a forma que a marca encontrou para home nagear não só a variedade mais portuguesa de todas, mas também a sua história e a história de todas as famílias que ao longo dos séculos trabalharam os olivais e esta varie dade no país inteiro. Receber este prémio, é por isso mesmo um orgulho para nós, que mantemos a tradição viva”, refere d avid Magarreiro o respon sável de Marketing e comercial da marca.
“O azeite casa Anadia é herdeiro e continuador de uma antiga tradição que remonta pelo menos ao séc. XVii, época da construção do anti go Solar com capela, localizado no Ribatejo, em Alferrarede (Abrantes).
Oconhecido concurso nacional de “Azeites virgem 2022”, realizado em paralelo com a “Feira Nacional da Agricultura”, conheceu os novos ven cedores este ano. Entre as principais categorias a concurso, destaca-se aquela que representa o prestí gio da variedade mais portuguesa de todas, a Assim,Galega.em 2022 a medalha de
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202252 Vin H os & g o U r M et vinos & g ourmet AViniPortugal e a interprofesional del Vino de España (OiVE) reali zaram uma campanha conjunta para promover vinhos de ambos os países, num projeto de três anos. O projeto, avaliado em cerca de dois milhões de euros, é financiado a 80% com fundos europeus destinados à promoção dos produtos agroalimentares da união
Recorde-se que a casa Anadia abriu recentemente as portas da quinta ao público, com visitas guiadas e programas de olivoturismo, onde é possível viver e experienciar a sua história e provar os seus azeites.
Viniportugal e congénere espanhola promovem vinhos produzidos na península ibérica casa anadia conquista medalha de ouro em “prémio património português”
azeite
A s exportações de vinhos por tugueses desceram 1,28% em valor na primeira metade do ano, para mais de 432 milhões de euros, de acordo com dados divulgados pela ViniPortugal. “ d e janeiro a junho de 2022, registou-se um decréscimo de 1,28% em valor nas exportações comparativa mente com o período homólogo de 2021, tendo ultrapassado os 432 milhões de euros (menos 5,6 milhões de euros face ao mesmo período de 2021)”, indicou, em comunicado, a ViniPortugal. A associação destacou o cres cimento destas exportações em mercados como Angola (mais 55,2% em termos homólogos) e Japão (mais 21,6%). No sentido oposto, a Rússia apresentou uma queda de 62,1% neste período. A c hina, Alemanha e Suécia tam bém estão entre as principais descidas, com perdas de, respetivamente, 47,7, 12,8 e 16,8%. Entre janeiro e junho, as exporta ções de vinhos portugueses para o mercado comunitário apresen taram uma quebra em valor de 5,1%, enquanto os países tercei ros aumentaram 2,2% em com paração com o mesmo período de “As2021.exportações de vinho estão a cair há alguns meses, números que começámos a prever desde o momento em que os produtores registaram falta de matéria-prima na sua produção e problemas na sua distribuição”, afirmou o presidente da ViniPortugal –Associação i nterprofissional do Vinho, Frederico Falcão, citado no mesmo comunicado. Para este responsável, a conjun tura internacional é a principal causa deste retrocesso, que con trariou o crescimento de dois dígitos, verificado em “grande parte” de 2021 e no início do corrente ano. “ c omo tal, acredi tamos, ainda assim, que possamos terminar 2022, com um balanço positivo”, concluiu. de vinhos descem ligeiramente no semestre
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Luso-EspanholaIndústria PUB
primeiro
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 53 Vin H os & g o U r M etvinos & g ourmet
exportações
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
Intercambio comercial hispano-portugués en el periodo de enero-junio de 2022 Balanza 1. Balanza comercial España-Portugal enero-junio 2022 ESPAÑOLASVENTAS 22 ESPAÑOLASCOMPRAS22 Saldo 22 Cober 22 % ESPAÑOLASVENTAS 21 ESPAÑOLASCOMPRAS21 Saldo 21 Cober 21 % ene 2 201 585,87 1 114 092,73 1 087 493,14 197,61 1 581 387,44 897 431,77 683 955,67 176,21 feb 2 471 447,64 1 171 838,19 1 299 609,45 210,90 1 571 724,32 1 009 320,52 562 403,80 155,72 mar 2 785 938,03 1 365 533,17 1 420 404,86 204,02 2 008 010,68 1 095 762,87 912 247,81 183,25 abr 2 635 499,64 1 355 606,40 1 279 893,24 194,41 1 980 168,47 1 071 108,28 909 060,19 184,87 may 2 805 620,53 1 403 498,01 1 402 122,52 199,90 2 118 632,54 1 065 230,82 1 053 401,72 198,89 jun 2 747 125,46 1 424 156,40 1 322 969,06 192,89 2 065 822,03 1 237 518,11 828 303,92 166,93 jul 2 149 500,37 1 130 197,83 1 019 302,54 190,19 ago 1 838 711,61 872 511,37 966 200,24 210,74 sep 2 325 987,73 1 293 862,46 1 032 125,27 179,77 oct 2 470 465,85 1 208 942,41 1 261 523,44 204,35 nov 2 478 874,06 1 358 894,23 1 119 979,83 182,42 dic 2 281 979,08 1 358 692,68 923 286,40 167,95 Total 15 647 217,17 7 834 724,90 7 812 492,27 199,72 24 871 264,18 13 599 473,35 11 271 790,83 182,88 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202254 intercâ MB io co M ercial intercambio comercial E
l primer semestre del año dá muestras de una fuerte recu peración del comercio his pano portugués respecto a igual periodo de 2021.
l as ventas españolas acumuladas en este periodo ascienden a 15.647,2 millones de euros, lo cual representa un incremento del 38,2% respecto al primer semestre de 2021, que superaron los 11.325,7 millones. A su vez, las compras es pañolas en este mismo periodo al canzó los 7.834,7 millones de eu ros, que comparándolo con los 6.376,4 millones alcanzados en 2021 representa un crecimiento del 22,9%.Porlo que a la distribución geo gráfica del comercio exterior espa ñol se refiere y que se recoge en los cuadros 2 y 3, ambos confirman las tradicionales posiciones de Por tugal, tercer cliente y séptimo pro veedor. El mercado portugués re presentó, en este periodo, el 8,2% de las exportaciones españolas al exterior, que totalizaron 190.919 millones de euros. l os mercados francés y alemán mantienen su li derazgo entre los principales clien tes de España y ambos mercados representan un cuarto del total de nuestras exportaciones. En relación con las importaciones españolas, el peso relativo de Por tugal supera el 3,5%. c abe desta car en este ranking el peso cada vez más significativo del mercado chi no, que ya representa en 20% del total de las importaciones españo las al exterior. también en la distribución secto rial del comercio hispano portu gués se mantienen, a groso modo, las posiciones tradicionales. En las compras españolas destacan la par tida 87-Vehiculos automóviles; tractor (655 millones de euros), se guido de la 27- c ombustibles, acei tes minerales (653,2 millones), la 39-Materias plástica; sus manufac turas (626,5 millones), la 72-Fun dición, hierro y acero (544,9 millo nes), en la quinta posición la 84-Máqu inas y aparatos mecánicos (513 millones) y por fin en la sexta posi ción la partida 48-Papel, cartón; sus manufacturas (297,9 millones). Este conjunto de seis partidas representa
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 55 más del 42% del total de las com pras españolas a Portugal. Respecto a la oferta española, des tacan en la primera posición la par tida 27-combustibles, aceites mi nerales (2.415,9 millones de euros), la 87-Vehiculos automóviles; trac tor (953,3 millones), 84-Máquinas y aparatos mecánicos (931,8 millo nes), 39-Materias plástica; sus ma nufacturas (924,6 millones), 85-Aparatos y material eléctricos (815,5 millones) y en la sexta posi ción la partida 72-Fundición, hie rro y acero (774,9 millones). tam bién en este caso las seis principales partidas tienen un peso muy signi ficativo habiendo superado el 44% de la oferta Refiriéndonosespañola.ala distribución geográfica por comunidades Au tónomas, se mantienela posición de Madrid en el ranking de la oferta española (3.408 millones de euros) seguido de cataluña (2.898,9 mi llones) y en la tercera posición Gali cia (1.938,7 millones). Se habrá de destacar que las seis principales cc.AA. proveedoras a Portugal representan más del 76,4% de la oferta española a su vecino atlánti co. En el sentido contrario, la co munidad Madrid también ocupa la primera posición con una cifra de compras que asciende a los 1.501,5 millones de euros, seguido de Galicia (1.341,6 millones) y en la tercera posición cataluña (1.098,4 millones). las seis princi pales cc.AA. clientes de Portugal representan el 75% de las compras. Si analizamos las ventas españo las por Provincias, Madrid (3.408 millones de euros) encabeza la lis ta, seguida de la Provincia de Bar celona (2.112,9 millones) y Ponte vedra (1.020,7 millones). la demanda española está lidera da asimismo por Madrid (1.501,5 millones de euros), Barcelona (846,6 millones) y en la tercera po sición la Provincia de A coruña (650,5 millones). Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-junio 2022 Orden País Importe 1 001 Francia 29 506 687,94 2 004 Alemania 18 677 176,34 3 010 Portugal 15 647 217,17 4 005 Italia 15 494 884,99 5 006 Reino Unido 10 753 325,29 6 017 Bélgica 10 303 162,05 7 400 Estados Unidos 9 362 241,08 8 003 Países Bajos 7 500 547,70 9 204 Marruecos 5 967 100,02 10 060 Polonia 4 154 449,53 11 720 China 3 772 783,90 12 039 Suiza 3 735 035,53 13 052 Turquía 3 216 936,49 14 952 tercerosAvituallamiento 2 801 910,74 15 412 México 2 463 821,86 16 951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios 2 331 503,00 17 030 Suecia 1 813 830,08 18 061 República Checa 1 781 861,71 19 508 Brasil 1 716 012,02 20 732 Japón 1 671 838,31 SUBTOTAL 152 672 325,75 TOTAL 190 919 001,35 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 3.Ranking principales países proveedores de España enero-junio 2022 Orden País Importe 1 720 China 23 212 632,02 2 004 Alemania 21 234 709,37 3 001 Francia 20 091 651,49 4 400 Estados Unidos 17 692 634,16 5 005 Italia 13 538 711,85 6 003 Países Bajos 9 527 405,04 7 010 Portugal 7 834 724,90 8 006 Reino Unido 5 662 934,41 9 017 Bélgica 5 261 052,35 10 052 Turquía 5 210 511,72 11 288 Nigeria 4 935 528,93 12 204 Marruecos 4 665 968,12 13 039 Suiza 4 270 939,87 14 208 Argelia 4 152 151,76 15 508 Brasil 4 033 906,84 16 060 Polonia 3 809 438,28 17 075 Rusia 3 668 688,50 18 664 India 2 944 280,24 19 061 República Checa 2 815 829,46 20 412 México 2 573 761,30 SUBTOTAL 167 137 460,61 TOTAL 222 882 226,32 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-junio 2022 Orden Sector Importe 1 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 2 415 875,23 2 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 953 341,99 3 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 931 810,60 4 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 924 646,80 5 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 815 458,59 6 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 774 903,63 7 76 ALUMINIO Y SUS MANUFACTURAS 468 307,34 8 02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES 421 065,01 9 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 402 521,35 TOTAL 15 647 217,17 Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia 4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-junio 2022 Orden Sector Importe 1 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 654 951,89 2 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 653 210,12 3 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 626 481,54 4 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 544 885,81 5 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 513 029,57 6 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 297 857,02 7 15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA 293 931,99 8 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 280 511,60 9 73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO 243 600,00 TOTAL 7 834 724,90 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-junio 2022 CC.AA. ESPAÑOLASVENTAS22 ESPAÑOLASCOMPRAS22 Madrid, Comunidad de 3 408 013,75 Madrid, Comunidad de 1 501 464,69 Cataluña 2 898 901,76 Galicia 1 341 619,98 Galicia 1 938 693,28 Cataluña 1 098 430,59 Andalucía 1 652 849,70 Andalucía 802 453,62 Castilla-La Mancha 1 032 772,04 Comunitat Valenciana 643 919,17 Comunitat Valenciana 1 027 941,17 Castilla y León 525 944,10 Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia. 6.Evolución del intercambio comercial enero-junio 2022
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la ccILe en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La ccILe no se respon sabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na ccILe nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A ccILe não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas. INGLÊS PROFESSORA DE PORTUGUÊS BE200174 F 1977 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO TURISMO BE200175 F 07/03/1973 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS SECRETARIADO E ÁREA DE PRINTING os currículos Vitae indicados foram recebidos pela ccILe e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A ccILe não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los currículos Vitae indicados han sido recibidos en la ccILe y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La ccILe no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
Empresas Portuguesas BUSCAN REFERENCIA Empresas de madereros en España DP220401 Empresas españolas productoras de huevos de codorniz DP220203 Empresas españolas que fabrican contenedores de reciclaje y papeleras DP220204 Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE Oferta espanhola PROCURAM REFERÊNCIA Lojas de puericultura em Portugal DE220701 Empresas distribuidoras de carne em Portugal DE220601 Empresas portuguesas de joalharia DE220402 Empresas portuguesas de estructuras de invernaderos DE220401 Empresas Espanholas Bolsa de tra B al H o bolsa de trabajo BE200166 F 01/11/1997 PORTUGUÊS/INGLÊS/ESPANHOL MARKETING E COMUNICAÇÃO BE200167 F ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS COMERCIAL DIGITAL BE200168 M 13/02/1992 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS ECONOMIA BE200169 M PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS ECONOMIA BE200170 M 17/01/1968 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO FINANÇAS E CONTABILIDADE (INS. NA OCC) BE200171 M 09/10/1998 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS RELAÇÕES INTERNACIONAIS BE200172 F 1968 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/ INGLÊS FORMADORA DE ESPANHOL NA ÁREA DE HOTELARIA E TURISMO BE200173 F PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código Sexo Data de Nascimento Línguas Área de Atividade
ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 202256 oport U nidades de negócio oportunidades de negocio deOportunidadesnegócioàsuaespera
SegurançaSocial Pagamento das contribuições relativas a agosto de 2022 n/a 20 IVA Envio da declaração periódica referente ao mês de julho de 2022, e anexos, para os contribuintes no regime mensal Declaração Periódica Envio de anexos adicionais, em caso de reembolso 20 IVA Envio de declaração recapitulativa mensal referente a agosto de 2022 Declaração serviçosassimiladas/prestaçõestáriasTransmissõesrecapitulativa:intracomunidebenseoperaçõesde Aplicável a: sujeitos passivos no regime mensal; e, sujeitos passivos no regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa tenha, no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores, excedido 50.000 € PrazoAté Imposto Declaração a enviar/Obrigação
EntidadesSujeitas aodacumprimentoobrigação
20 IRS Pagamentos por conta (Categoria B)
15
Preços Transferênciade Organização (e entrega, quando aplicável) da documentação relativa à política de preços de transferência referente a 2021 n/a Situações de dispensa da preparação aos sujeitos passivos que: (i) no período a que respeita a obrigação, tenham atingido um montante total anual de rendimentos inferior a € 10.000.000; (ii) tendo ultrapassado tal limite, tenham apenas praticado operações vinculadas cujo valor no período não tenha excedido, por contraparte, € 100 000 e, na sua globalidade, € 500 000, considerando o respetivo valor de mercado. As referidas dispensas não abrangem, contudo, as operações vinculadas realizadas com pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável. A entrega da documentação de preços de transferência é obrigatória para Grandes Contribuintes elegíveis 20
20
IRS / IRC / Selo Pagamento do IRC e IRS retidos e do Imposto do Selo referentes a agosto de 2022 Declaração de retenções na fonte de DeclaraçãoIRS/IRCMensal de Imposto do Selo (DMIS)
IRS / IRC / Seg. Social Declaração de rendimentos pagos e de retenções, contribuições sociais e de saúde e quotizações, referentes a agosto de 2022 (trabalho dependente)
IVA Pagamento do IVA referente ao mês de junho de 2022 n/a Documento de pagamento gerado no Portal das Finan ças após submissão da Declaração Periódica de IVA. O pagamento do IVA poderá ser efetuado em prestações mensais de valor igual ou superior a 25 €, sem juros ou penalidades, calculadas em função do número de meses restantes até ao final de 2022 nos termos do Decreto-Lei n.º 125/2021, de 30/12
Observações
12
Declaração mensal de remu nerações
6
IVA Pagamento do IVA referente ao 2.º trimestre de 2022 n/a Documento de pagamento gerado no Portal das Finan ças após submissão da Declaração Periódica de IVA. O pagamento do IVA poderá ser efetuado em prestações mensais de valor igual ou superior a 25 €, sem juros ou penalidades, calculadas em função do número de meses restantes até ao final de 2022 nos termos do Decreto-Lei n.º 125/2021, de 30/12
IVA Comunicação dos elementos das faturas referentes a agosto de 2022 n/a Comunicação deverá ser efetuada: por transmissão eletrónica em tempo real; por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, na sua redação atual; por inserção direta no Portal das Finanças; por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do ministro das Finanças
58 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 calendário F iscal calendario fiscal S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 > setembro 6
10
al H obolsa de trabajo
Bolsa de tra B PUB 25 IVA Pagamento do IVA referente ao mês de julho de 2022 n/a Documento de pagamento gerado no Portal das Finanças após submissão da Declaração Periódica de IVA.O pagamento do IVA poderá ser efetuado em prestações mensais de valor igual ou superior a 25 €, sem juros ou penalidades, calculadas em função do número de meses restantes até ao final de 2022 nos termos do Decreto-Lei n.º 125/2021, de 30/12 30 IRS / IRC Declaração de rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes em julho de 2022 Modelo 30 30 IRC 2.º Pagamento por Conta Modelo P1 No caso de período de tributação não coincidente com o ano civil, no 7.º mês, no 9.º mês e até ao dia 15 do 12.º mês do respetivo período de tributação. Possibilidade de limitação/dispensa do 3.º pagamento por conta 0 IRC 2.º Pagamento adicional por conta Modelo P1 No caso de período de tributação não coincidente com o ano civil, no 7.º mês, no 9.º mês e até ao dia 15 do 12.º mês do respetivo período de tributação. Aplicável a entidades que estejam obrigadas a efetuar pagamentos por conta e que devessem Derrama Estadual com referência ao período de tributação anterior. Possibilidade de limitação/dispensa do 3.º pagamento adicional por conta 30 AIMI Pagamento do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis Documento de cobrança Aplicável a proprietários, usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos localizados em Portugal, exceto os classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros” 30 IVA Envio da declaração mensal referente às obrigações declarativas decorrentes do regime de importação do Balcão Único, relativa ao mês de agosto 2022 Declaração mensal
Fonte: PwC Portugal
Fotos DR SalasLisbethFoto
La importante cita cultural inauguró su programa de actividades con un viaje poéti co de cuentos, tradiciones y sabores en el pueblo transfronterizo de Rio de Onor. Portugal seguirá estando presente en la programación del festival que se celebra del 15 al 18 de septiembre en Segovia con un viaje literario y artístico a través de los vinos, la poesía, los grabados e ilustraciones. lleva la vitalidad de su cultura y su poesía al Hay Festival Segovia
60 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 espaço de lazer espacio de ocio
Portugal
Una jornada de “diálogos con la tierra” en el pueblo luso transfronterizo de Rio de Onor fue el punto de partida de la presencia portuguesa en Hay Festival Segovia 2022 que se celebra del 15 al 18 de septiembre en la ciudad castellana. un evento previo que supuso un viaje poético a las tradiciones reco rriendo los lugares más emblemáticos de la aldea. “El programa del festival se basa en ofrecer visibilidad de las zonas rurales, la sostenibilidad, las tradiciones y la innovación, que son el gran paraguas sobre el que hemos proyectado todas las actividades que se realizarán este 2022”, explicó Sheila cresmaschi, directora de la importante cita de literatura, artes y pensamiento de España. Fue precisamente una conversación entre cresmaschi, el embajador de Portugal en España, João Mira-Gomes, y la directora de turismo de Portugal en España, Maria de lurdes Vale, la que sirvió para entender que “compartíamos la necesidad de crear unos diálogos con la tierra en el Hay Festival, para celebrar la belleza del medio natural, al tiempo que pretende servir de estímulo para la concienciación social sobre la fragilidad del entorno en que vivimos”, afirma la directora. A su entender, ningún renaci miento es posible “sin la renovación del vínculo esencial entre la tierra y el hom bre, del compromiso con la naturaleza, con el mundo rural, con el paisaje y con eldpaisanaje”.eestaforma surgió este año la idea de crear varios diálogos con la tierra que comenzaron con el de Rio de Onor al que le seguirán otros, entre ellos el que tendrá como invitado al portugués tiago Pitta e cunha, el día 18 de este mes en Segovia. “Es una de las persona lidades más relevantes a nivel internacio nal en torno a los asuntos relacionados con los océanos y el necesario cambio de actitud que hacia ellos debe tener la sociedad”, recuerda la responsable de la cita cultura. Ese mismo día se celebrarán en el jardín del Romeral de San Marcos lecturas sobre poetas de Portugal. Allí se reunirán, entre otros, la consejera cultural de la embajada de Portugal, Ana Patricia Severino, el presidente de la Fundación Banco Millennium, António Monteiro, el director del Museo Calouste Gulbekian, António Filipe Pimentel, el presidente de la Fundación Medici, el Príncipe lorenzo de´Medici, el periodista Javier Pérez de Albéniz y el poeta Enrique Juncosa. Para Sheila cresmaschi (en la foto de arquivo, junto con Gonçalo M. tavares), Portugal aporta al festival “la vitalidad de su cultura, su poesía, la organización perfecta de los diálogos con la tierra”. Además, la visita a trás-Os-Montes supuso “una proyección internacional que permite poner el foco de atención sobre un tema urgente”. una presencia portuguesa que está siempre garantizada “con algún invitado de Portugal”. Ya el año pasado participó en el festival el escritor luso Gonçalo M. tavares, una de las principales figuras de la literatura portuguesa actual.
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
espaço de lazerespacio de ocio Portugal de los sentidos la presencia lusa en Segovia pasa también por un viaje literario y artístico a través de los vinos portugueses, la poesía de poetas reconocidos de Portugal y los grabados e ilustraciones de Manuela crespo, artista lisboeta. todo ello será utilizado por la directora de turismo de Portugal en España para guiar a un viaje que recorrerá los paisajes, pue blos, gentes y ciudades de cada una de las siete regiones portuguesas. cada una de estas regiones estará repre sentada por un poeta: Porto e Norte, José Régio; Lisboa, Fernando Pessoa; Alentejo, Florbela Espanca; Algarve, Antonio Aleixo; Açores, Natália correia y Madeira, José tolentino Mendonça. El Hay Festival fue galardonado con el “Premio Princesa de Asturias de comunicación y Humanidades 2020”, junto a la “Feria del Libro de Guadalajara” (México). Surgió en 1988 en la localidad galesa de Hay-on-Wye, una población de unos 1.800 habitantes y decenas de libre rías. Organizado por la Hay Festival Foundation, en 2006 comenzó a cele brar certámenes similares en diferen tes países: colombia, España, México, Perú y Emiratos Árabes unidos. PUB
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR espaço de lazer espacio de ocio
Ideal Clube de Fado: genuíno, com liberdade e improviso, no Porto
62 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 Há sempre uma mesa com copos de vinho do Porto já preparada para receber os que vêm ver e ouvir o espetáculo de fado tradicional, “que deve escrever-se com maiúscula porque não se trata de um adjetivo mas de um substantivo”, explica Ricardo Pons, o responsável pelo Ideal Clube de Fado. Os concertos acontecem em plena Baixa portuense, na Rua do Ateneu comercial, numa sala ampla, com um generoso pé direito que termina num teto em pirâmide, forrado a madei ra. Adivinha-se uma boa acústica. O primeiro espetáculo começa pelas 18 horas. Ricardo Pons garante que o que ali acontece é mesmo fado. O ideal Clube de Fado nasceu com esse pro pósito, explica: “Este espaço existe para satisfazer a vontade dos que gostam de tocar o fado clássico, genuíno, autênti co, o tradicional. Na maioria das casas de fado, o espetáculo inclui fado tradi cional, mas também fado-canção, mar chas, folclore, etc, porque são géneros mais comerciais... Por exemplo, a “casa O fado tem tido várias moradas no Porto e agora tem uma casa aberta aos que o apreciam autêntico, sem fusões, nem confusões, o chamado fado Tradicional. Ricardo Pons, o responsável pelo Ideal Clube de Fado, sublinha que o espaço pretende mostrar como este género musical se presta ao improviso, à liberdade e à cumplicidade entre o público e os artistas.
Ideal Clube de Fado Rua do Ateneu Comercial do Porto, 32 Telefone:Porto 915 681 676
Gina Santos, uma das cantoras do Ideal Clube de Fado, cantou sempre em casas no Porto: “Sempre houve muito fado no Porto e em todo o país. Há 20 anos, havia talvez umas doze casas de fado nesta cidade e não havia turismo como há agora. Eram os portugueses que frequentavam estas casas.” contente com o projeto, a fadis ta admite que o que mais gosta de cantar é o fado tradicional, embora não se recuse a cantar outras músicas mais comerciais, nos restaurantes que assim o determinam. “Aqui isso não acontece.
O Ideal Clube de Fado, conceito exis tente desde 2019 no Galerias de Paris, tem agora casa própria. Os “residentes” são fadistas profissionais: além de Gina Santos, cantam também carla cortez, Fernanda Moreira, Francisco Moreira e Pedro Ferreira. Podem ser acompanha dos à viola por Ricardo Pons, Rogério Rocha ou Francisco Moreira. Os guitar ristas (guitarra portuguesa) de serviço são André Mariano, Francisco Seabra, Marco Quaresma, Mário Henriques, Rui Beirão e Rui Pedro claro.
63SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € espaço de lazerespacio de ocio Portuguesa”, que se toca em pratica mente todos os espetáculos de fado não é um fado,... O “Barco Negro”, uma canção que a Amália cantou e costuma ser muito pedida pelo público, também não é um fado. Amália não é só fado. Nos nossos concertos, há sempre um espaço de tertúlia em que abordamos as diferenças entre esses géneros, expli camos o que é o verdadeiro fado e é esse fado que aqui acontece.” Ricardo Pons tem formação clássica e toca viola desde 1996. Está no fado, como freelancer, como quase todos os músicos e em conversa com outros colegas apercebeu-se de que a predile ção pelo fado tradicional era comum a outros músicos, “fartos de tocar só as canções mais comerciais, fartos do fado transformado em produto hoteleiro” e foi assim que iniciaram o projeto em 2019 no restaurante e bar Galeria de Paris (também localizado na Baixa do Porto), com concertos diários exclusiva mente dedicados à vertente mais pura do fado. “O público aderiu e por isso pensamos criar este espaço”, que abriu na última semana de julho, com dois espetáculos diários, de segunda à quinta, às 18 e às 21 horas, e três concertos de sexta a domingo, às 18h00, às 19h30 e às 21h00. durante uma hora, por 20 euros, ou 19 euros se comprar online, pode apreciar fado, enquanto degusta um cálice de Porto. “A maioria das pessoas vem sem qualquer referência do que é o fado clássico, mas adoram e emocionam-se. Não é um restaurante, nem um bar, é um clube de fado, uma sala de espetáculos”, esclarece Ricardo Pons, que acredita tratar-se “de um con ceito único no país”, já que desconhece outros exemplos. O músico frisa que nada tem contra as fusões de diferentes géneros musicais, “desde que seja claro que são fusões e que não se chame fado ao que é outra coisa”. Num artigo publicado no A Mensagem, o cantor Rodrigo Costa Félix, explica a confusão, citando a estrofe de tiago torres da Silva num tema cantado por celeste Rodrigues: “Não é por pôr uma tuba, Acrescentar bateria, Que uma geração derruba, O que outrora se fazia”. Mas afinal, o que é então o fado? O fado tradicional é um género que vive de várias composições musi cais (centenas) cada uma delas com uma determi nada estrutura regular de estrofes (podem ser com postas por quatro, cinco, ou seis versos) e de versos (podem ser de sete, dez ou doze sílabas), sem refrão e sem letra associada, mas capaz de aceitar diferentes poemas para essa estrutura. “Estas melodias vivem de uma linguagem musical muito própria. Os músi cos conhecem estes códi gos, que favorecem uma total liberdade de interpre tação e a interpretação é o que torna o fado tão especial. Há muito improviso no fado porque cada músico dá o seu cunho pessoal aos diferentes fados e acaba por ser um diálogo entre músicos que conhecem essa linguagem. tipicamente, o fado tradicional é tocado ao improviso e os músicos adoram esse desafio. todos os dias é diferente. Primamos pela partilha, pela cumpli cidade, num ambiente intimista, onde há muito esse improviso e o público também ganha com isso”, sustenta o res ponsável pelo Ideal Clube de Fado.
A liberdade de que Ricardo Pons fala também diz respeito às letras, que mui tas vezes chamam a atenção para pro blemas, “são críticas sociais”. Por isso “o fado foi perseguido pela censura”´.
Aqui posso recusar-me a cantar ‘uma casa portuguesa’ porque não é um fado.
O Ricardo apostou neste conceito e apostou bem. As pessoas rendem-se quando ouvem fado tradicional. Saem daqui com essa consciência, de que escutaram o fado puro.”
64 ACTUALIDAD € SETEMBRO DE 2022 espaço de lazer espacio de ocio Exposições“StevenMcCurry. ICONS”, na Cordoaria Nacional Com mais de 100 fotografias de grande formato, a exposição “Steve McCurry. ICONS” traz à Cordoaria Nacional os trabalhos mais notáveis de um dos fotó grafos mais reconhecidos, com alguns dos prémios mais prestigiados do setor, incluindo a Medalha de Ouro Robert Capa ou o National Press Photographers ICONSAward. é uma das retrospetivas mais completas da carreira de Steve McCurry, uma das principais figuras internacionais do mundo da fotografia nos últimos 30 anos. Nesta mostra poderemos ver em grande formato o testemunho do fotógrafo norte -americano de 72 anos em “conflitos, culturas, tradições antigas e a cultura contemporânea, mantendo sempre o elemento humano que fez da sua famosa fotografia, a Rapariga Afegã (que foi capa da National Geographic), uma imagem tão poderosa”. Mais tarde, McCurry voltou a fotografar a mesma menina, já mulher. Consciente do “poder e da importância de contar uma história” através da sua lente, Steve McCurry viajou por todo o mundo, retratando culturas e a idiossicrasia das pessoas. Inaugura a 23 de setembro na Cordoaria Nacional, em Lisboa
“Os Loucos Anos 20 em Lisboa” O Museu de Lisboa recua um século para evocar “Os Loucos Anos 20 em Lisboa”, que foi “uma época de transformações de costumes e de mentalidades, um tempo de cosmopolitismo e de modernidade, de afirmação social e individual. Depois “de uma pandemia histórica e de uma guerra mundial”, o tempo era de otimismo: “À escala portuguesa, Lisboa viveu os Loucos Anos 20 acompanhan do, a uma certa distância, o sentimento de otimismo, prosperidade e celebração que caracterizou a vivência urbana nas principais capitais europeias, após o fim da I Guerra Mundial. Apesar do conser vadorismo, do atraso cultural e da cons tante instabilidade política e económica, Lisboa foi também palco para novidade, extravagância e transgressão, seguindo exemplos estrangeiros que chegavam através da imprensa, da rádio, da literatura e do cinema, e beneficiando dos pro gressos tecnológicos então verificados.”
Agenda cultural
A mostra, que é comissariada por Cecília Vaz, Mário Nascimento e Paulo Almeida Fernandes, “transporta-nos para a vivência urbana de modernidade da capital e evoca histórias pessoais de alguns protagonistas que enriquecem este imaginário.”
Até 11 de dezembro, no Museu de Lisboa, no Palácio Pimenta, em Lisboa
No museu, instalado no Palácio Pimenta, pode apreciar o desenvolvimento da publicidade na época: “Nos anos 20, assiste-se a um grande desenvolvimento da publicidade. A vida moderna traz novos hábitos, bens de consumo e serviços. Do automóvel à fotografia, do entretenimento ao desporto, muitas são as experiências prometidas. A imprensa torna-se o principal meio desta difusão. Inspirados pelos anúncios da época, presentes na exposição, os participantes desta oficina são desafiados a construir um cartaz publicitário para promover o que mais desejarem.”
“ALivroNova Ordem Mundial” Publicado originalmente em 1940, a Dom Quixote reedita agora este clássi co de ciência política de H. G. Wells, “A Nova Ordem Mundial”, um livro de refe rência, que “ganha com a Guerra na Ucrânia, uma nova leitura e relança a discussão sobre quais as condições para alcançar a paz, o que cada um de nós pode e deve fazer para que se con cretize e o que realmente significa paz no mundo, trazendo à baila várias ques tões geopolíticas, sociais e humanas”. H. G. Wells escreveu este livro na déca da de 40, sustentando que “a liberdade do mundo podia estar em perigo e que os leitores precisa vam de estar cons cientes destes movi mentos históricos”. Nessa altura “apre sentou propostas concretas para uma nova geopolítica glo bal que inspiraram a criação da ONU e da União Europeia e o livro tornou-se numa cartilha sobre o futuro do mundo”. Para o autor, o mundo estava entre dois caminhos, o caminho pacífico ou o de ser uma Nova Ordem Mundial como aquela imaginada por Napoleão, Adolf Hitler e tantos outros líderes totalitários. Segundo Wells, “ a liberdade do mundo estaria em perigo e os leitores preci sam de estar conscientes destes movi mentos históricos”. Herbert George Wells (1866-1946) foi um dos mais famosos e produtivos escritores britânicos, autor de numero sos romances, entre eles os famosos “A Máquina do Tempo” e “O Homem Invisível”, bem como de vários livros de ensaio sobre política, história ou comen tário social. A sua obra “História do Mundo” e a intervenção que fez a favor da paz após a Grande Guerra tornaram -no uma figura de renome mundial.
Sean Riley e The Legendary Tigerman voltaram a trabalhar juntos em “Andaluzia”, trabalho resultante de uma viagem até ao sul de Espanha: “Apaixonados pela fotografia de uma anti ga cabana de pescadores, rumaram até à costa e lá encontra ram o abrigo onde, mais uma vez, improvisaram um estúdio num espaço inusitado. Durante três noites e três dias, grava ram este EP de olhos postos no mar. Registado de forma simples e despida, “Andaluzia” é uma homenagem à amizade e ao amor à música. Dias 9 e 10 de setembro, no Jardim Vila Flor, em Guimarães
A pintura de Joana, a Louca, junto ao sepulcro do seu marido, o rei Filipe I, O Formoso, é uma das peças mais icóni cas da coleção do Museu Nacional do Prado. O autor, Francisco Pradilla” é um dos mais reconhecidos pintores es panhóis e as suas obras protagonizam a mostra “Francisco Pradilla (18481921), esplendor e ocaso da pintura de história en Es panha”, atualmente patente no Prado. A exposição, enquadrada no programa “Apresentação de coleções do século XIX”, ocupa a sala 60 do edifício Villanueva, com uma seleção de oito obras de Francisco Pradilla conservadas no Museu. Juntamente com o qua dro “Doña Juana la Loca y su boceto”, exposto na sala 75, estas obras “permitirão ao visitante percorrer a traje tória deste pintor de história, a dedicação que lhe deu a sua maior fama”. Aos 29 anos recebe a primeira medalha de honra (con cedida da primeira vez que concorre) numa Exposição Nacional.
Francisco Pradilla foi o artista que maior reconhecimento obteve neste género, a nível nacional e internacional: “Após a crise de 98 houve um ressurgimento muito específico da pintura históri ca, com um caráter quase de reconstrução de am bientes passados. Pradilla foi o artista mais dotado para tal, dado o seu virtuosismo e conseguiu capturá-los de maneira surpreendentemente viva em obras como “La Reina Doña Juana la Loca, confinada em Tordesilhas, com sua filha, a Infanta Doña Catalina” (com duas ver sões no Prado) e no “Cortejo do batismo do Príncipe Don Juan, filho dos Reis Católicos, pelas ruas de Se vilha” (1910)” Até 23 outubro, no Museu do Prado, em Madrid A pintura da História de Francisco Pradilla no Museu do Prado
setembro textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
“Virgínia” (2018), o último álbum dos Tranglomango, espelha a viagem que fizeram desde o seu primeiro trabalho em 2015: muitos concertos e estradas tomadas, novas histórias, novas influências e ideias na forja. O imaginário popular e a tradição continuam a ser a inspi ração e o ponto de par tida, mas não pesam nas asas, antes servem de catapulta aos temas de estilos muito diver sos, naturalmente agre gados no rock.” À noite atuam Noiserv e Sean Riley com The Legendary Tigerman. Primeiro, o músico David Santos, mentor do projeto Noiserv, “considerado um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais, de entre os surgidos em Portugal na última década”. Em palco, interpretará o seu trabalho escrito inteiramente em português: “Uma Palavra Começada Por N”, que “assume um tom mais confessional que os registos ante riores e aproxima-se ainda mais do ouvinte através da sonoridade que sempre o caracterizou, aliada à sua língua materna.”
Francisco Pradilla nasceu em 1848, em Zaragoça, e morreu em 1921, em Madrid. Além de pintor, foi director do Museu do Prado, durante dois anos. De salientar, que a pintura da História foi o género mais apreciado na pintu ra espanhola entre 1856 e 1890.
SETEMBRO DE 2022 ACTUALIDAD € espaço de lazerespacio de ocio 65 “Manta 2022”, em Guimarães A edição de 2022 do festival de música Manta apresenta “um alinhamento inteiramente nacional marcado pela originalidade de quatro projetos que atravessam estéticas e gerações diversas”. Os concertos são no jardim do Vila Flor e a primeira a entrar em palco, no dia 9 de setembro, é META, ou Mariana Bragada, que explora a música tradicional através da música eletrónica. Na mesma noite, segue-se Rodrigo Leão com o seu “Cinema Project - A Estranha Beleza da Vida”, que “reúne repertório dos três dis cos editados em 2020 e 2021 (“O Método”, “Avis 2020” e “A Estranha Beleza da Vida”), assim como uma seleção de temas clássicos do compositor”. Um “concerto eclético – com uma grande abrangência de estilos musicais, que vão do neoclássico à valsa – Rodrigo Leão será acompanhado pela sua banda habi tual, bem como por um coro juvenil que irá interpretar, entre outras, as partes corais gravadas no álbum “O Método””. O espetáculo conta ainda com a projeção vídeo de imagens de Gonçalo Santos, que integram desenhos da autoria do próprio Rodrigo Leão. A noite termina com o DJ Jubilee. No dia seguinte, à tarde, os Tranglomango propõem um concerto dedicado aos mais novos: “Com uma formação instrumental clássica do rock, à qual se junta um acordeão, este grupo deixa -se influenciar pela música tradicional portuguesa, como mote para a prática de um som que funde estilos contrastantes.
Statements
“Estamos a sofrer, ao mesmo tempo, o choque da guerra da Ucrânia e as consequências da pandemia, com a produção chinesa ainda muito afetada, e a procura a recuperar mais rapidamente que a oferta. Precisamos de dar algum tempo para a economia normalizar”
Sérgio Rebelo, professor da Kellogg School of Management na Northwestern University, “Exame”, 3/8/2022
“Síntese de Conjuntura Económica” do Fórum para a Competitividade, publicada horas depois de o INE ter revelado que a inflação em Portugal subiu novamente, de 8,7 em junho para 9,1% em julho, o valor mais alto desde novembro de 1992, enquanto se confirmou que Portugal sofreu, no segundo trimestre uma contração económica em cadeia (entre abril e junho, o PIB nacional recuou 0,2% face ao trimestre anterior e desacelerou de 11,8 para 6,9% em termos homólogos,“O Jornal Económico”, 2/8/2022
“Daqui para a frente, tomaremos as nossas decisões de política monetária com base em dados – vamos operar mês a mês e passo a passo”
“A queda trimestral do PIB ficou a dever-se à procura interna, provavelmente ao consumo privado, e também ao investimento, afetado pela incerteza devido à guerra, a subida das taxas de juro e elevados custos na construção. Refira-se também a quase paralisia do investimento público, que terá agravado este cenário, quando poderia ter contribuído para o contrariar (...) Não se compreende como é que, em simultâneo, há um montante tão elevado de receita fiscal acima do esperado e uma quase paralisia do investimento público [realçando-se, por outro lado, o facto de em julho a execução do PRR ter voltado a cair significativamente, ao passar de 220 milhões de euros para 27 milhões] “ Idem, ibidem Para P ensar últi M as últimas
“Existe o risco de a Rússia diminuir o fornecimento de gás natural à União Europeia, de que resultaria um acelerar da inflação e um abrandamento do crescimento ou mesmo uma recessão”
Christine Lagarde, presidente do BCE sobre as decisões acerca das taxas de juro, na atual situação de incerteza económica a nível internacional, “Exame”, 3/8/2022