Actualidade Economia Ibérica - nº 304

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ActuA lidAd Economia ibérica outubro 2022 ( mensal ) | N.º 304 | 2,5 € (c ont .) Dunany prepara investimento para duplicar produção e já exporta 90% para Espanha pág. 18 Estratégias de redução de custos adaptadas às necessidades e desafios únicos de cada cliente pág. 14 A evolução dos negócios que suportam o comércio eletrónico pág. 32

ActuAlidAd

Economia ibérica

Diretora (interina) belén rodrigo

Coordenação de Textos clementina Fonseca

Redação belén rodrigo, clementina Fonseca e Susana Marques Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves

Fotografia Sandra Marina Guerreiro

Publicidade rosa Pinto (rpinto@ccile.org)

Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org)

Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro

Colaboraram neste número carlos Silvério, Jorge Fonseca, José clara e telma Nunes

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Impressão What colour is this? rua roy campbell, Lote 5 – 4ºb 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt

Distribuição

VASP – DIStrIbuIDorA DE PubLIcAÇÕES

Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal –Venda Seca 2739-511 Agualva-cacém

Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Propriedade e Editor cÂMArA DE coMÉrcIo E INDÚStrIA LuSo-ESPANHoLA - “Instituição de utilidade Pública” NIPC: 501092382

Av. Marquês de tomar, 2 7º 1050-155 Lisboa

Comissão Executiva Miguel Seco, Luís castro e Almeida, ruth breitenfeld, Enrique Hidalgo, berta Dias da cunha, carla rebelo, Pablo Forero e Vasileios christidis

Grande Tema

A evolução dos negócios que suportam o comércio eletrónico

Comércio eletrónico: glossário, oportunidades e os fatores críticos

Opinião

Há um novo benefício fiscal para empresas, mas será que é suficiente para alavancar o investimento?

Carlos Silvério

O eIDAS e a sua regulamentação: a nova cultura de assinatura e certificação digital com garantias de segurança, confidencialidade e confiança

Telma Nunes e José Clara

As empresas necessitam de contratar profissionais com mais de 50 anos!

Jorge Fonseca

mais...

Economia

e Estratégia

Bem

e Fiscalidade

Imobiliário

e

de

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 3 ín D ic EÍndice E
08. Apontamentos de
14. Gestão
20. Marketing 24. Fazer
42. Advocacia
46. Setor
50. Startups
Capital
Risco 52. Vinhos & Gourmet 58. Oportunidades de Negócio 58. Bolsa de Trabalho 60. Calendário Fiscal 62. Espaço de Lazer 66. Statements
32.
Editorial 04.
06.
-
44.
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56.
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Foto Shutterstock Nº 304 - outubro de 2022 Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola

Comércio eletrónico: glossário, oportunidadese fatores críticos

E-commerce, q-commerce, m-commerce, dark stores, smart lockers, personal shoppers, last mile,… Eis alguns dos conceitos novos que o glossário do universo do comércio eletrónico nos apresenta de novo, entre outros conceitos, que não sendo novos se adaptam a este contexto do comércio digital.

gadores a clientes para quem a rapidez da entrega é fundamental.

Se precisamos que alguém reco lha os produtos na loja por nós e que os escolha como o mesmo cuidado com que nós o faríamos, recorremos a serviços de personal shoppers.

c om ou sem personal shoppers, mais ou menos rápido, todos os

todos estes conceitos expressam o dinamismo do canal de vendas que a internet potenciou e que a pandemia veio acelerar, impul sionando uma multiplicidade de novos negócios no âmbito das soluções tecnológicas, na logística, nas entregas, nas plataformas de vendas, etc.

Sabemos que falamos de compras online quando nos referimos a e-commerce. Se as encomendas são feitas através de dispositivos móveis como os smarthphones (telemóveis inteligentes), entramos na esfera do m-commerce. E se queremos entregas ultrarrápidas, substituímos o m de mobile pelo q de quick (rápido) e solicitamos serviços de q-commerce (comércio ultrarrápido), ancorado nas d ark stores (armazéns onde o layout é pensado para que a disposição dos produtos facilite a recolha rápida dos mesmos por parte dos entre

serviços de entrega se preocupam com a chamada last mile delivery, a última milha na entrega, que integra o momento em que o pro duto chega ao cliente, determinan te para a sua apreciação final de todo o processo.

Se não sabemos onde estaremos no momento da entrega da enco menda, talvez seja boa ideia recor rermos a um smart locker, que é um cacifo inteligente, na medida em que o podemos controlar atra vés de uma aplicação, podendo assim decidir a localização e a hora a que levantamos a encomenda.

O crescimento do comércio ele trónico foi significativo em 2020 e em 2021, dando sinais de avanço mais moderado agora, mas nin guém duvida que continuaremos a comprar online e que esta moda lidade comercial traz novos desa fios às empresas e aos legisladores. Não há crescimento sem dores de crescimento. Exemplo disso é a recente multa aplicada à Glovo pela i nspeção do trabalho em Espanha, devido ao facto de a empresa trabalhar sobretudo com entregadores a recibos verdes, que não beneficiam dos direitos ine rentes a um contrato de trabalho. Será esta mais uma oportunidade para se rever o estatuto dos traba lhadores independentes e os seus respetivos direitos?

O boom do comércio eletróni co gerou novas oportunidades de emprego, em alguns casos com plementares a outros empregos, mas para muitos a única fonte de rendimento. Gerou novos investi mentos, gerou receitas e também novas perguntas, às quais devemos procurar responder, para não com prometer a evolução sustentável de um canal vital para o comércio mundial.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 20224 ED itorial editorial
Email: smarques@ccile.org Foto S hutterstock

Há um novo benefício fiscal para empresas, mas será que é suficiente para alavancar o investimento?

Com a aprovação e entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2022 , foi final mente oficializado o novo benefício fiscal ao investimento produtivo, Incentivo Fiscal à Recuperação (IFR) . Este nasce com o objetivo de reforçar o apoio à retoma económica e ao fomento do investimento priva do, substituindo o c rédito Fiscal Extraordinário ao i nvestimento (“ c FE i ii ”) que vigorou em 2020 e 2021, embora apresente algu mas diferenças.

O i FR traduz-se num crédito fiscal criado para as despesas de investimento realizadas pelas empresas durante o segundo semestre de 2022, até ao limite máximo acumulado de cinco milhões de euros , permitindo uma dedução à coleta de IRC de até 25% das novas despesas de investimento , o que, por si só, já representa uma vantagem em relação ao c FE i ii , em que a taxa de incentivo fixa era de 20%. Não obstante, no i FR, apesar do incentivo fiscal poder ser superior, esta dedução está sempre depen

dente do investimento realizado no último triénio determinado pelo média aritmética, podendo, no limite, ser de apenas 10% sobre uma parte (ou a totalidade) das aplicações relevantes. Segundo dados publicados pela At, em 2020, foram deduzidos 144,5 milhões de euros através do crédito Fiscal Extraordinário ao investimento (cFEi ii).

O i FR pretende discriminar posi tivamente o incremento do inves timento empresarial, garantindo a manutenção dos postos de tra balho nas empresas beneficiárias, bem como a não distribuição de dividendos por um período de três anos, reforçando a capitaliza ção das empresas. d estaca-se, ainda, pela sua aplicação generalizada, tanto ao nível dos setores de atividade, como também ao nível da dimensão e localização das empresas , o que o torna uma oportunidade única para algumas empresas, que são usualmente excluídas deste tipo de incentivos.

c omplementarmente, nos últi mos anos têm sido efetuadas revisões ao c ódigo Fiscal do

i nvestimento e a outros diplo mas legais por forma a incentivar o empreendedorismo, a inovação e contribuir para o reforço da estrutura de capital das empresas. tal resulta em que hoje exis tam diversos benefícios fiscais direcionados ao apoio ao inves timento – que podem também ser cumulativos com incentivos financeiros – e que se traduzem em impactos significativos, por via da poupança fiscal. Neste âmbito, destacam-se o Regime Fiscal de Apoio ao i nvestimento (RFA i ) – prorrogado recente mente até 2027 -, a d edução por l ucros Retidos e Reinvestidos ( dl RR) ou a Remuneração c onvencional do c apital Social (R cc S). Em conclusão, compreender os benefícios fiscais constitui uma ferramenta fundamental no qua dro de uma gestão fiscal eficiente, permitindo às empresas alavanca rem os seus investimentos e, em consequência, serem mais com petitivas.

da Yunit Consulting

carlos.silverio@yunit.pt

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 20226 opinião opinión
*Consultor
Email

apontam E ntos DE E conomia apuntes de economÍa

iFrrU 2020: Bpi financia 116 projetos de reabilitação urbana, que criaram 2.100 postos de trabalho

“O BPI é o banco com a melhor taxa de execução (93%, em julho) no âmbito do programa IFRRU 2020” (o Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas), “e regista uma quota de montante contratado de 39%. O BPI apoiou 116 projetos com um valor de financiamento total de 367 milhões de euros, que permitiram alavancar um investimento total de 481 milhões de euros”, enquadra o banco, em comunicado. No âmbito destas operações, “está prevista a criação de cerca de 2.100 postos de trabalho e uma melhoria do consumo de energia primária em cerca de 75% (superior ao mínimo exigido de 25%)”, adian ta a mesma fonte.

O IFRRU 2020 destina-se a apoiar, em condições favoráveis, opera ções de reabilitação integral de edifícios históricos e a reabilita ção de zonas urbanas degrada das, com vista à sua reconversão, cumprindo requisitos de eficiência energética.

Em 2017, o BPI foi um dos bancos selecionados para colocar o IFRRU 2020, cujas dotações provêm do Portugal 2020, do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB). “Decorridos qua tro anos após o lançamento, a linha BPI IFRRU 2020 já esgotou a dotação para novos financiamen tos (393 milhões de euros)”, revela o banco liderado por João Oliveira

e Costa.

Entre os projetos financiados pela linha BPI/IFRRU 2020, estão o espaço cultural e turístico World of Wine (WOW), em Vila Nova de Gaia; a sede da Ordem dos Farmacêuticos, em Lisboa; a residência de estudantes Caravel Devotion, na Covilhã; ou ainda a unidade hoteleira S. Bento Residences - Family & Business Lofts, no Porto.

O BPI disponibiliza, para o segmento de imobiliário e reabilitação urbana, equipas comerciais dispo níveis em todo o território nacio nal, e equipas de acompanhamento especializado para a análise dos projetos e estruturação dos finan ciamentos, acrescenta instituição.

sunEnergy cresce 50% no primeiro semestre

A SunEnergy, especialista em soluções de produção de ener gia elétrica a partir do sol, atin giu um volume de negócios de 5.5 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, crescendo 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Após ter atingi do o seu melhor ano de sempre em 2021, a empresa portuguesa, sediada em Coimbra, dá continui dade à tendência de crescimento que tem verificado nos últimos semestres.

“Numa altura em que a energia

está em valores histo ricamente muito ele vados nos mercados, quer particulares, quer empresas, têm vindo a recorrer cada vez mais à energia solar, que apresenta vantagens económicas e ambientais cla ras, sobretudo num país como Portugal que tem condições privilegiadas para a sua exploração”, afirma Raul Santos, CEO da SunEnergy. “Apesar dos bons resultados, con tinuamos ambiciosos e queremos duplicar o número de delegações Sunenergy, em todo o país, de 10 para 20, até fim do ano”, conclui. Nos primeiros seis meses do ano, a SunEnergy instalou mais de 8.500 painéis solares, atingindo uma potência total instalada de 3.700 kW, prevendo uma produ ção de energia de cinco MWh e

uma poupança de mais de 650 mil euros por ano aos seus clientes, para além de uma redução anual de 1.400 toneladas de emissões de CO2. Com a energia produzida pelos painéis instalados no pri meiro semestre de 2022, é possí vel alimentar mais de 1.500 casas por ano.

O primeiro semestre ficou ainda marcado pelo lançamento da campanha “Vem ligar Portugal ao Sol”, com o objetivo de encon trar empreendedores e dobrar o número de delegações, de 10 para 20, até ao final do ano, mas tam bém pelo fecho de novos gran des contratos e pelas instalações do primeiro hub de carregamento de veículos elétricos em Portugal, em Leiria, e do posto de car regamento de viaturas elétricas ultrarrápido (PCUR), em Santarém, dando assim a SunEnergy início a uma nova área de negócio, revela a empresa.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 20228

abanca concluiu uma nova emissão de obrigações verdes

O Abanca realizou no passado dia 7 de setembro a sua segunda emissão de obrigações verdes preferenciais sénior, no valor de 500 milhões de euros, com um cupão de 5,25%. Esta operação teve lugar depois do banco ter realizado a pri meira emissão de obrigações verdes no ano passado. As classificações da Fitch (BBB-) e Moody’s (Baa3) dão o estatuto de grau de investimento aos títulos.

A emissão suscitou grande interesse por parte dos investidores, tendo a procura mais do que duplicado o montante emitido, sendo que a operação contou com mais de 100 ordens individuais. A emissão foi colocada entre clientes institucionais e contrapartes elegíveis, com uma presen ça notável de investidores especializados com perfil ESG, que valorizam o rigor da abordagem ESG, apoiados pela opinião da Sustainalytics sobre o enquadramento. O Abanca continua a avançar com esta emissão no âmbito do cumprimento do

requisito mínimo de fundos próprios e passivos elegíveis (minimum requirement for own funds and eligible liabilities, ou MREL, na sigla em inglês) estabeleci do pelo regulador. Com esta emissão, o banco já excede o requisito MREL para 2022 em mais de 210 pontos de base.

Com esta operação, o Abanca aumenta as suas “almofadas” anti-crise e cumpre um dos objetivos estabelecidos no “Plano de Ação Banca Sustentável e Responsável 21-24”.

“O compromisso com o meio ambiente e em ser um banco socialmente responsá vel fazem parte do Abanca desde a sua criação e são princípios orientadores de todas as suas ações. O plano de ação reforça este compromisso, com instru mentos como a emissão de obrigações verdes, que são uma alavanca relevante para articular corretamente a transição para uma economia sustentável”, refere o banco.

repsol e galp lançam desafio de inovação para captura e utilização de co2 em sines

A Repsol e a Galp acabam de lançar um desafio a empresários, novas empresas e centros de investigação e inovação de desenvolvimento de soluções inovadoras para a captura e utilização de carbono (CCU) e para tecnologias de remoção de dióxido de carbono (CDR), com potencial para serem aplicadas nas suas instala ções industriais em Sines, que poderão servir de laboratórios vivos para as solu ções mais promissoras. Este convite à apresentação de candidaturas está aberto até 11 de novembro. O júri fará depois uma shortlist dos pro jetos mais promissores, até ao dia 25 de novembro, e os vencedores serão anun ciados num evento dedicado ao tema, no início de dezembro. O vencedor receberá um prémio de 50 mil euros, que pode ser apoiado através de bolsas de investiga

ção académica e outros financiamentos.

A captura e utilização de CO2 são campos vitais na transição para um sistema energético mais sustentável, abrindo, assim, novas alternativas na geração e consumo de energia, e criando novos produtos a partir de resíduos, tais como biocombus tíveis ou combustíveis sintéticos a partir de CO2 capturado e hidrogénio renovável, enquadram as duas empresas energé ticas.

As tecnologias CCU prioritárias a considerar incluem novas rotas catalíticas para a conversão de CO2 em produtos químicos; mineralização de CO2; combinação da utilização de CO2 e H2; e produtos inova dores a partir de CO2. As tecnologias CDR incluem a melhoria da captura direta de ar; tecnologias de carbono azul; e utilização de biomassa e sequestro de solo.

Breves

Banco de Fomento apoiou 1600 empresas com 600 milhões até junho

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou que apoiou cerca de 1.600 empresas portuguesas, ao longo do primeiro semestre de 2022. O apoio do BPF ocorreu por via de instrumentos de capitalização, através de 556 milhões de euros de financiamento garantido e do coinvestimento de 44,7 milhões de euros. Os apoios somam, assim, 600,7 milhões de euros.

Em causa estão verbas que “asseguram emprego a cerca de 57 400 trabalhadores”.

No final de junho, havia 15 instrumentos de garantia ativos, sendo que o “primeiro semestre do ano conta biliza uma carteira de garantias em vigor de aproxima damente 9,085 mil milhões de euros, em benefício de mais de 84 700 empresas”.

A instituição liderada por Maria Celeste Hagatong e Ana Rodrigues indica, ainda, que terminou a primeira me tade do ano com 16 programas de investimento ativos, tendo aprovado 39 operações de capitalização em 37 empresas. Só aqui o banco identifica “um investimento total de 67,7 milhões de euros, dos quais 44,7 milhões de euros foram alocados pelo BPF”.

Aleluia Cerâmicas revelou novas coleções na “CERSAIE 2022” De 26 a 30 de setembro, a ci dade de Bolonha, em Itália, voltou a receber a “Cer saie 2022, Feira Internacional de Cerâmica”.

Considerada um dos maiores eventos do setor, junta os principais fabricantes mundiais de cerâmica que aproveitam este palco para revelar as suas novidades. Mantendo a habitual presença nesta feira, a Aleluia Cerâmicas irá apresentar-se com um stand inspirado no estilo minimalista, onde serão reveladas quatro no vas coleções (na foto), juntamente com novidades em outras duas coleções atuais.

Exportações portuguesas de calçado com “me lhores resultados de sempre” até junho A Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) refere que, até junho, Portugal exportou 40 milhões de pares de calçado, no valor de 957 mi lhões de euros, o que representa um crescimento de 22 e 27,5%, respetivamente. Este crescimento em valor, para os 957 milhões de euros, representa “o me-

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 9

Breves

lhor desempenho de sempre do calçado português nos mer cados externos, ul trapassando mesmo o máximo histórico de 2017”, salienta a associação setorial.

Relativamente a 2019, as exportações portuguesas de calçado estão a crescer 12,2%.

Até junho, Portugal exportou mais de 95% da produ ção de calçado para 170 países dos cinco continentes. Ainda de acordo com a mesma associação, o calçado português “está a crescer em praticamente todos os mercados mais relevantes”.

“Na Europa o crescimento ascende a 26,2%, com des taque para os crescimentos na Alemanha (mais 17% para 218 milhões de euros), França (mais 31% para 185 milhões de euros) e Países Baixos (mais 31,2% para 146 milhões de euros). De igual modo, continua o bom desempenho no Reino Unido: crescimento de 34% para 55 milhões de euros”, precisa.

Atena compra têxtil Quinta & Santos - Score

A Atena Equity Partners, através do fundo Atena II, comprou uma participação maioritária na Quinta & Santos - Score, empresa têxtil especializada em acabamentos, nomeadamente para o segmento de luxo. Em comunicado, a empresa de capital de risco salienta que este investimento vai permitir “reforçar a estratégia da empresa e o seu crescimento orgânico, apostando no aprofundamento da relação com os atuais clientes e parceiros, bem como explorar novas oportunidades que sejam criadoras de valor para todos”.

A Quinta & Santos emprega mais de uma centena de trabalhadores e deverá terminar o ano com uma fatu ração superior a oito milhões de euros, adianta o site informativo “Negócios.pt”. A empresa de Barcelos con ta com uma unidade industrial, “a qual assegura uma elevada eficiência ambiental e energética, contribuindo para o seu sucesso no exigente mercado de moda de luxo”, salienta ainda a sociedade de capital de risco, acrescentando que essa unidade integra também um centro de investigação e desenvolvimento “que se dedi ca à investigação de novas tecnologias e de diferentes métodos na elaboração de processos de forma a inovar e revolucionar a indústria têxtil”.

A Quinta & Santos - Score é o quinto investimento anunciado pelo Fundo Atena II que, desde 2021, já concretizou, entre outras operações, a aquisição do Hospital Particular de Almada e da farmacêutica na cional Sidefarma.

garland aumenta parque logístico e fatura mais 40% em 2022

O grupo Garland, um dos líderes nacionais nas áreas de logística, trans portes e navegação, tem vindo a aumentar o seu parque logístico em res posta ao boom do e-com merce e ao aumento da procura por serviços logísticos de outsourcing, que a atual crise veio ainda aprofundar. A Garland Logistics – empresa do grupo dedicada a esta área – passou este ano de um parque com 91.500 para um com 148 mil metros quadra dos, distribuídos por centros logísti cos em Cascais, Aveiro, Vila Nova de Gaia e Maia.

Em curso está também a expansão no centro-sul do país, contando a Garland anunciar novidades até ao final de 2022.

Para este ano, “perspetiva-se um crescimento significativo do negócio, na ordem dos 40%, fruto desta expan são bem-sucedida da capacidade da armazenagem e da correspondente

angariação de clientes. É, sem dúvida, um ano importante de afirma ção da Garland Logistics no mercado nacional da logística, onde detém um dos maiores parques logísticos e é inequivocamente uma das principais referências”, partilha Ricardo Sousa Costa, membro da administração do grupo Garland e CEO da Garland Logistics.

Entretanto, a funcionar há cerca de um mês, está o novo Centro Logístico de Valadares (na foto), o terceiro arma zém da empresa em Vila Nova de Gaia. Com 38 mil metros quadrados de área, é o maior, o mais recente e moderno centro logístico da Garland Logistics.

millennium bcp eleito melhor banco digital em portugal

O Millennium bcp foi distinguido pela revista “Global Finance” como o “Melhor Banco Digital (Best Consumer Digital Bank)” em Portugal para 2022.

“O Millennium bcp encara a evolução tecnológica como uma oportunidade para inovar na qualidade dos produtos e na simplificação dos processos de interação com os clientes”, afir mou Miguel Maya, CEO do Millennium bcp.

No final do primeiro semestre de 2022, o grupo Millennium bcp tinha 60% dos clientes ativos a usar o recurso mobile e 72% no digital.

A esta distinção soma-se a liderança em mais três categorias dos “World’s Best Digital Bank Awards 2022”. O

Millennium bcp é o banco português com mais distinções nestes prémios da “Global Finance”, afiança a insti tuição liderada por Miguel Maya. “Investimos fortemente no desenvol vimento de uma relação simbiótica, ou seja, uma relação de cooperação que beneficie as partes envolvidas, entre a tecnologia e o atendimento personalizado. As equipas do banco, independentemente das áreas em que servem– centrais, tecnologia ou de interação direta com os clientes–, têm sempre bem presente na forma como articulam entre si que a prio ridade é servir da melhor forma pos sível os clientes”, adiantou o CEO do Millennium bcp.

10 actualidad € outubro de 2022

santos e Vale abre nova plataforma em Vila real

Integrada na estratégia de expansão e cresci mento da Santos e Vale, a empresa inaugurou recentemente uma pla taforma logística para a região de Trás-os-Montes e Alto Douro e que “vem melhorar a capacidade da Santos e Vale para as recolhas e entregas nesta região”. A nova plataforma de Vila Real está equipada com os mais sofisticados meios logísticos, que vão possibilitar um aumento na capacidade de processamen to dos envios nas zonas de atuação, permi tindo assim, mais massa critica e otimiza ção das entregas e recolhas na região. “A nova plataforma de Vila Real vem melhorar significativamente as nos sas condições de trabalho, permitindo implementar novos processos opera cionais mais rapidos e eficientes, será sem dúvida uma exelente ferramenta para continuarmos a crescer e oferecer um serviço de referência na região de

Trás-os-Montes e Alto Douro.”, referiu Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale. Com mais de cinco mil metros quadrados de área total, a plataforma localiza-se junto ao acesso rodoviário da A4 e está integrada na Zona Industrial de Constantim, em Vila Real.

A empresa refere, a propósito deste reforço, que “a Santos e Vale é o operador logístico mais eficiente em Portugal, com a maior rede de plataformas de distribuição: 20 pla taformas distribuídas em território nacional, o que permite otimizar e reduzir os raios de distribuição e prestar um serviço mais inte ligente e com menos impacto ambiental”.

greenvolt vai fornecer energia verde à Ba glass na polónia

A GreenVolt - Energias Renováveis assinou com a BA Glass um contrato de aquisição de energia, para fornecer energia obtida a partir de fontes renováveis à sua unidade polaca por um período de 15 anos.

A energia renovável será fornecida a um dos maiores produtores de embalagens e garrafas de vidro da Europa, através da Augusta Energy, uma joint-venture entre a KGAL, uma gestora de ativos alemã, e a V-Ridium Power, empresa que opera no mercado polaco, detida a 100% pela GreenVolt.

O acordo agora fechado entre a GreenVolt e a BA Glass prevê que o fornecimento de energia gerada nos parques solares e eólicos na Polónia se

inicie durante o quarto trimestre de 2023.

A energia que será fornecida anualmente à BA Glass é equivalente ao consumo médio de 4.800 famílias. Vai permitir que seja evitada a emissão de 11,6 mil toneladas de CO2, por ano, contribuindo assim para que a empresa do setor do vidro alcance as suas metas de sustentabilidade.

“Esta parceria com a BA Glass na Polónia, reforça a posição da GreenVolt como uma referência no desenvolvimento e operacionalização de projetos de ener gia renovável na Europa, bem como a sua capacidade de dar resposta a solu ções à medida das necessidades dos seus clientes e de os ajudar a atingirem os objetivos de descarbonização”, diz João Manso Neto, CEO da GreenVolt.

Gestores em Foco

Alfonso López Perona

é o novo ministro conselheiro da Embaixada de Espanha em Portugal

Licenciado em Direito, Alfonso López Perona ingressou em 1984 na carreira diplomática. Esteve nas representações diplomáticas de Espanha em países como o Zaire, Peru, Estados Unidos da América, Índia, Argélia, Guiné Bissau e, também, Portugal. Foi, ainda, subdiretor geral de Programas de Cooperação da Agência Espanhola de Cooperação Internacional, entre outros rele vantes cargos públicos.

Desde o mês passado, integram ainda os serviços da Embaixada de Espanha em Portugal Pilar Ruiz Carnicero, como conselheira da Cultura, e María Jose Martinez, como conselheira da Comunicação.

A estratégia de internacionali zação da FI Group, combinada com as exigências do mercado para atuar como um coletivo, permitiu à empresa criar uma nova posição de diretor do Departamento de Incentivos Financeiros Internacionais, funções que serão desempe nhadas por Paulo Reis (na foto). Em simultânceo, o ges tor prosseguirá as suas atuais funções, enquanto country manager da FI Portugal.

Paulo Reis será responsável por gerir todas as equipas locali zadas nas diferentes filiais da FI Group que estão a trabalhar em programas europeus e multilaterais. Atualmente, estas equipas estão alocadas em Espanha, Portugal e França, e fazem parte do Departamento de Incentivos Financeiros In ternacionais (IGD – International Grants Department).

A nomeação de Marco Aguiar (na foto) para Talent & Training director da Claranet, no início deste ano, faz parte da aposta estratégica da Claranet na área de gestão de talento e capital humano, no segmento de tec nologia, de forma transversal às áreas das TI em que opera – tanto a nível nacional como internacional. Com mais de 25 anos de experiência e um percurso maio ritariamente ligado a consultoras tecnológicas, na área de consultoria estratégica em outsourcing, Marco Aguiar passou pela Digital, Compaq e HP, tendo começado a sua ligação à Claranet como Business manager em 2013.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 11

Breves

Adif invertirá unos 410 millones para reformar la esta ción de Sants en Barcelona

Adif y el Ayuntamiento de Barcelona han presentado el proyecto de la Estación de Sants que implicará tanto un aumento del es pacio en la infraestructura como la reforma de todo su entorno. En total, la compañía pública invertirá 410 millones de euros en un proceso que arrancará el año que viene y no culminará, como pronto, hasta 2029. La presidenta de Adif, María Luisa Domín guez, explicó que la obra dará cabida a los 58 millones de pasa jeros que se esperan para la infraestructura en 2030 gracias a la liberalización del transporte ferroviario, casi 12 millones más de los 47 millones de viajeros que lució en 2019. En una primera fase, hasta 2026, el gasto por parte de la compañía pública se quedará en 130 millones, que se finan ciarán íntegramente con fondos europeos. Para la segunda fase quedan la ampliación de la estación con una nueva plan ta con 72.000 metros cuadrados dedicados a usos comercia les y de oficinas, el soterramiento de la parada de taxis actual y el traslado de la base de autobuses hasta plaza España.

Suma Capital compra el 40% de la agencia de ‘influencers’ GO Talentste GO Talents ha dado entrada a Suma Capital en su accionaria do con una participación minoritaria del 40% con el objetivo de impulsar su ambicioso plan de negocios que busca con solidar la empresa como referente del sector. Además, busca preparar la organización para el crecimiento y la integración de políticas ESG en el negocio. Con el paso del tiempo, tras su nacimiento en 2015, la compañía ha expandido su oferta con el objetivo de ofrecer un servicio integral, rápido y de calidad a todos sus clientes en tres grandes áreas: agencia de representación (GO Talents); producción y eventos (GO Productions) y asesoramiento en la definición de la estrategia de marketing digital de las empresas (GO Digital). GO Talents prevé superar los 10 millones de euros de factu ración este año. Impulsada por el fichaje de nuevos talentos y la tendencia creciente a invertir en marketing digital y en influencers que permite, entre otros, segmentar la audiencia con mayor precisión. Así como analizar el impacto de la cam paña en tiempo real y obtener retornos a corto plazo mientras contribuye a sostener campañas a largo.

WiZink reorganiza su estructura para acelerar la implantación de su plan estratégico

WiZink ha configurado una nueva estructura organizativa para acelerar la implantación de su plan estratégico, con el que aspira a liderar la financiación al consumo en la Península Ibérica, según ha anunciado la entidad financiera. WiZink ha creado una única dirección comercial, que liderará la hasta ahora consejera delegada de Aplazame, Raquel Garcés, y comprenderá todos los negocios de la entidad: tarjetas, de pósitos, seguros, préstamos personales, financiación en punto

repsol impulsa su transformación en multienergética con la entrada de Eig en Upstream

Repsol se asocia al inversor institucional estadounidense EIG en su negocio de Exploración y Producción (Upstream), con una participación del 25%, valorada en 4.800 millones de euros. Esta operación refuerza el liderazgo de la compañía en la transición energética, adelanta el cumplimiento de objetivos clave del Plan Estratégico 2021-2025 y aflora valor en el área de Upstream de

Repsol. La empresa española manten drá el control de este negocio estratégico y lo consolidará dentro del Grupo. El acuerdo contempla también una potencial salida a bolsa de este negocio, previsiblemente en Estados Unidos, a par tir del año 2026, siempre que se den condiciones de mercado favorables. “Nuestra ambición es liderar la tran sición energética. Este acuerdo pio nero nos permite mantener el sentido estratégico de la unidad de Upstream y, a la vez, impulsar la transformación de la compañía y su perfil multiener gético para alcanzar cero emisiones netas en 2050”, ha afirmado Josu Jon Imaz, consejero delegado de Repsol.

Wallapop lanza su plataforma en portugal, expandiendo su alcance en el sur de Europa

Wallapop, plataforma líder en consu mo consciente y humano, ha anun ciado el lanzamiento de su app en Portugal, siguiente hito de la com pañía en su estrategia de expansión por el sur de Europa. La llegada de la plataforma al país luso, que se produce un año después del aterri zaje de la marca en Italia, expande su modelo de negocio basado en la reutilización y la economía circular a toda la península ibérica. Wallapop, que en 2022 cumple nueve años, es el marketplace de productos reutili zados más popular en España, donde 15 millones de personas lo visitan cada mes para comprar objetos de calidad a precios competitivos y ven der aquello que ya no utilizan. La comunidad de usuarios de Wallapop

crea anualmente alrededor de 100 millones de anuncios. La expansión en esta nueva geografía facilitará a los más de 8 millones de internautas portugueses obtener ingresos adicio nales con la venta de artículos que ya no utilizan. Además, también podrán acceder al amplio inventario de cali dad anunciado en España, donde podrán comprar y vender productos reutilizados de forma transfronteriza.

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iberdrola vende el 49% del parque eólico marino Wikinger a Eip, por 700 millones de euros

pación mayoritaria del 51%. El coste de la operación supon drá valorar el 100% de Wikinger en 1.425 millones de euros. Iberdrola, que continuará con trolando y gestionando el activo, seguirá prestando servicios de operación y mantenimiento y otros servicios corporativos a la compañía.

Breves

de venta online y financiación de vehículos.

El banco lanzó su negocio online de préstamos personales el pasado año, entró en el negocio de seguros con su propia mar ca a través de un acuerdo de banca seguros con iptiQ (Swiss Re) en febrero e integró en marzo sus fintechs Aplazame (fi nanciación en punto de venta online) y Lendrock (financiación de vehículos). WiZink ha explicado que, con este cambio or ganizativo, busca acelerar la implantación de su actual plan estratégico, enfocado en la transformación digital del negocio de tarjetas de pago aplazado y la diversificación hacia otras ofertas digitales de financiación al consumo.

Inditex logra un beneficio histórico de 1.794 millones en el primer semestre, un 41% más

Iberdrola ha anunciado un acuerdo para la venta del 49% en el parque eólico marino Wikinger, que la compañía opera en aguas alemanas del Mar Báltico, al fondo Energy Infrastructure Partners (EIP) por 700 millones de euros. Esta operación supone la entrada de un nuevo socio en esta instalación renovable, en la que Iberdrola mantendrá una partici

Wikinger es el primer parque eóli co marino que el grupo desarrolló en solitario. Desde su entrada en operación en 2018, con una capa cidad instalada de 350 megavatios (MW), abastece a aproximadamente 350.000 hogares alemanes. EIP es una empresa suiza dedicada a inver siones en infraestructuras y enfocada en la transición energética global.

caixaBank, el único banco europeo que participa en el prototipo del euro digital

El Banco Central Europeo (BCE) ha seleccionado a CaixaBank y a otras cua tro organizaciones para colaborar en el desarro llo del prototipo del euro digital. De este modo, la entidad española se con vierte en la única firma europea que participará en el proyecto y será el responsable de realizar un prototi po para pagos P2P– es decir, entre personas–, con la versión electró nica de los billetes y monedas. En concreto, CaixaBank trabajará en el desarrollo de una aplicación móvil durante lo que queda de año con el fin de simular lo que tendrá que hacer un ciudadano cuando quiera cargar su cuenta de euros digitales

y pagar y transferir dinero a otras personas.

Las otras cuatro empresas selec cionadas junto a CaixaBank para esta fase son Worldline, EPI, Nexi y Amazon, que realizarán prototipos para otros casos de uso del euro digi tal, como son los pagos P2P offline, pagos en el punto de venta y pagos para comercio electrónico.

El grupo textil Inditex alcanzó en el primer semestre del año unos resultados históricos con un alza del 24,5% en sus ventas respec to al mismo periodo del año pasado, por valor de 14.845 millones de euros. Estos resultados de ventas fueron positivos en todas las áreas geográficas donde opera la compañía gallega y supusieron un aumento del 35% a tipo constante. Se gún ha hecho público el grupo, al cierre del primer semestre del año su beneficio neto ha experimentado un fuerte crecimiento del 41%, hasta situarse en los 1.794 millones de euros, su máximo histórico. El resultado operativo (Ebitda) de la compañía creció un 30% hasta alcanzar los 4.029 millones de euros, mientras que el beneficio antes de impuestos aumentó un 42% . El CEO Óscar García Maceira ha alegado que la clave está en “la capacidad del personal, el com promiso con las personas, la importancia de escuchar al cliente, la creatividad y el diseño del mejor producto”.

Makro prevé doblar su cifra de negocio en los próximos cinco años tras un año de facturación récord Con motivo de su 50 aniversario, la empresa líder en distribu ción mayorista para el sector de la hostelería en España, Makro, ha anunciado su plan estratégico de cara a los próximos cinco años y el objetivo de doblar el tamaño de la compañía para 2027. El CEO de Makro España, David Martínez, ha explicado los planes de expansión previstos, destacando la creación de entre 5 y 7 plataformas regionales y nuevos centros logísticos, como el que será inaugurado próximamente en Cataluña, para aumentar su implementación en España. “Terminaremos este año con una cifra récord en ventas superior a 1.500 millones de euros y un crecimiento del 33% frente al año anterior”, ha asegurado Martínez. Según ha especificado el directivo, este aumento de la facturación responde en mayor medida a un aumento del volumen de venta debido al incremento del con sumo en los últimos meses y a la exitosa temporada de verano del sector de la hostelería.

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Estratégias de redução de custos adaptadas às necessidades e desafios únicos de cada cliente

A Expense Reduction Analysts analisa anualmente mais de 500 milhões de euros de despesas e gera, em média, poupanças entre 15% e 20%, dependendo do mercado e das rubricas de custos, o que tem um impacto muito significativo sobre o tecido empresarial dos países onde opera. Em Portugal estão a aumentar a notoriedade da marca, a reforçar a sua estrutura e a criar uma maior dinâmica na captação de novos clientes e alargamento do âmbito de atuação.

Há 15 anos a consultoria internacional Expense Reduction Analysts (ERA), especializada na otimiza ção de custos das empresas, entrou no mercado português. Ao longo deste período, desenvolveram mais de 900 projetos de redução de custos, analisaram mais de 215 milhões de euros em cerca de 120 empresas, e conseguiram uma pou pança de 33 milhões de euros. A ERA internacional sentiu que existia potencial no mercado português para expandir o negócio e tratou de dotar

a empresa com os recursos necessá rios para o conseguir. c om o traba lho desenvolvido nos últimos anos, a operação portuguesa tornou-se uma referência global para a ERA, tendo sido distinguida por várias vezes. Para João costa, country manager da firma, o principal destaque dos últimos anos em Portugal é “o cresci mento que temos sentido no negócio, não só porque alargámos a nossa base de clientes, como porque o âmbito do trabalho está a tornar-se cada vez mais abrangente, com mais catego rias de custos em análise”.

ERA trabalha para grupos muito diversificados de empresas, porque, lembram, que “a preocupação com a gestão de custos aplica-se a qualquer setor”. No pós-pandemia verifica ram uma procura crescente por parte dos clientes do setor do turismo, por exemplo, com muitas cadeias de hotéis e restaurantes a reabrirem e, em muitos casos, a precisarem de redesenhar partes das suas operações. “A mudança mais importante a que assistimos foi o facto de as empresas se terem apercebido da importância de analisarem em detalhe os seus

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custos e de contarem com um parcei ro especializado para melhorar a sua gestão”. tem notado, também, um interesse cada vez maior de empre sas de maior dimensão. “Atualmente, devido às perturbações de mercado e à grande volatilidade nos preços que parecem estar “fora de contro lo”, muitos clientes internacionais e nacionais procuram o nosso aconse lhamento especializado em determi nadas áreas, nomeadamente no que diz respeito a cadeias de fornecimen to, logística internacional e energia”, sublinha. l embra que o acesso a matérias-primas, como o aço ou o plástico,” tornou-se um tema quente, mas a inflação tornou-se um proble ma em todas as áreas de custos, e somos capazes de acrescentar muito valor na grande maioria dos casos”, pontualiza.

Análise em profundidade da empresa cliente

Sobre os principais passos a seguir para reduzir os custos das empresas, João costa fala de um primeiro aná lise em profundidade da situação da empresa, para cada uma das categorias de custo englobadas no projeto. “Analisamos mais de 40 categorias de custos, como por exemplo ener gia, gestão de frota, transportes e material de embalagem. Em seguida, vamos procurar opções de poupan ça, com base nas interações com os fornecedores de cada uma das categorias e no conhecimento pro fundo e específico que temos de cada área. Apresentamos estas opções ao cliente que decide qual ou quais é que pretende implementar”, explica o responsável. Só depois dá-se início à sua implementação propriamen te dita, em parceria com a equipa de gestão do cliente. “Em seguida, monitorizamos pormenorizadamen te as poupanças reais obtidas apre sentando relatórios de desempenho”, acrescenta.

João costa reconhece que ainda em muitas empresas a função de pro

curement tem muito pouco glamour e é pouco reconhecida.

“Os c EO’s passam apenas uma ínfima parte do seu tempo com os fornecedores (há quem diga que é 1%). dado que as despesas com fornece dores – o trabalho de procurement– repre sentam mais de meta de do orçamento total de uma empresa típi ca, há aqui qualquer coisa que parece não fazer sentido”, reflete. considera que o cPO e a função de aprovi sionamento são mar ginalizados porque o procurement é uma atividade empresarial profundamente mal compreendida. l embra também que a sua função não só controla mais de metade dos custos de uma empresa, como tam bém determina a qualidade e susten tabilidade dos produtos e serviços de uma empresa. “Afeta a rapidez das operações de uma empresa. tem o potencial de transformar (ou anular) o espírito inovador de uma empre sa. E pode proteger uma empresa de riscos ainda desconhecidos na cadeia de fornecimento”, sublinha. Por isso acredita que se os cEO uti lizarem sabiamente a sua organização “podem fazer muito mais do que simplesmente conter os custos”. c om toda esta transformação contínua que estamos a viver, “existe a opor tunidade de alterar a forma como as empresas operam; quem colocar os fornecedores no centro das suas orga nizações e der poder aos responsáveis de compras para extrair o máximo valor dessas relações com os fornece dores, estará muito mais bem prepa rado para enfrentar os desafios que se avizinham” acrescenta. Observa que as organizações estão a colocar

uma maior ênfase na confiança como um indicador-chave de desempenho e “esta deve ser vista como um ativo tangível, estratégico e crítico, dado o valor real e quantificável que pode trazer a uma organização. Os parceiros de negócios têm de confiar uns nos outros”.

Cadeias de abastecimento

No meio de uma crescente pressão financeira e a volatilidade dos mer cados as cadeias de abastecimento estão a tornar-se mais estratégicas do que nunca e a redução de custos é uma prioridade. “O que nós fazemos na ERA é examinar as cadeias de valor de ponta a ponta e identificar alavancas para melhorar os custos e os controlos, agora, mais tarde e mais além. um fator-chave de suces so é passar de reduções de custos pontuais para poupanças recorrentes e sustentáveis”, afirma o country manager. A rede de especialistas da ERA ajuda a criar estratégias de redução de custos que são adaptadas às necessidades e desafios únicos de cada cliente. “Ao tornar-se uma

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stão

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extensão do seu negócio, somos capa zes de ajudar a fornecer tempo e recursos adicionais, dando-lhe mais flexibilidade para alcançar os seus objetivos. com uma abordagem “no savings, no fees”, a nossa missão é construir uma parceria de confian ça com o negócio de cada cliente, conduzindo a mudanças positivas e proporcionando poupanças de custos sustentáveis”. João costa reconhece que a indústria é o setor que mais procura os serviços da consultoria, sendo responsável por 40% da sua base de clientes. O retalho acumula mais de um quarto do total (22%), seguindo-se os setores dos serviços (16%), logística (7%) e saúde (4%). Em relação à distribuição dos clien tes no território, o norte do país é a região que mais procura os serviços da ERA, uma vez que é um dos principais pólos industriais a nível nacional. Segue-se a região de lisboa, responsável por cerca de um terço da procura. “O tecido empresarial

português é, sobretudo, dominado por pequenas e médias empresas, nas quais ainda existe alguma resistência face a processos de restruturação”, indica o responsável.

Passos a seguir ERA conta com uma metodolo gia própria, desenvolvida e aper feiçoada ao longo destes 30 anos. “As organizações, tal como as pes soas, são diferentes. A estratégia de acompanhamento depende sempre da dimensão da empresa, do volu me de faturação e da indústria a qual pertence”, explica João costa.

A estratégia é feita à medida, mas algumas diretrizes comuns passam por determinar métricas de redução de custos, consciencializar os colabo radores para a importância de serem parte deste esforço conjunto, fazendo do controlo de custos um pilar da filosofia da empresa, e envolver o topo da hierarquia. “Fazemos sempre uma análise do benefício potencial e

esforço necessário por área de custo. tipicamente os custos centrais ou core das empresas já são alvo de uma análise e investimento de recursos e know-how significativos. Existem, no entanto, áreas que por falta de tempo, de competências internas ou de benchmark das melhores práticas de mercado, não são geridas com a mesma profundidade e o mesmo rigor que as áreas mais centrais. uma parte importante da otimização de custos pode vir da gestão aprofun dada destas compras”, afirma costa. A pensar no futuro, a ERA definiu um plano estratégico para Portugal há três anos que está a ser cumpri do, “o qual passa pelo aumento da notoriedade da nossa marca, reforço da estrutura, maior dinâmica na cap tação de novos clientes e alargamen to do âmbito de atuação”, sublinha João costa. No mercado nacional, a empresa conta com 13 partners exe cutivos e uma equipa que já excede os 35 colaboradores.

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Dunany prepara investimento para duplicar a capacidade e já exporta 90% da sua produção

Em poucos anos, é já uma das grandes empresas exportadoras da região ribatejana, ao destinar cerca de 90% da sua produção para outros mercados. Depois de ter arrancado em 2020 com a confeção de refeições refrigeradas prontas em Samora Correia (concelho de Benavente), a Dunany Foods faz um balanço muito positivo da sua atividade em Portugal, que em breve irá ter novamente um forte impulso, com a ampliação da atual unidade industrial.

Depois do seu arranque em janeiro de 2020, pouco antes de surgir a pandemia que mudou o mundo, a dunany acabou por con centrar todos os seus esforços nesta fase atribulada na procura de solu ções e medidas para manter o seu crescimento. Efetivamente, a fábrica de Samora correia, que havia sido adquirida pela empresa espanhola no final de 2019, nunca fechou duran te a pandemia e viu as suas ven das aumentarem progressivamente ao longo do ano, tal como outras empresas do setor agroalimentar em Portugal.

Segundo Xavier Pérez, um dos administradores da dunany Foods, a empresa atualmente conta já com “diversos clientes de grande dimensão em Portugal e Espanha – como a Sonae, a Auchan ou o lidl” – e espe ra “consolidar a base de clientes com o aumento da capacidade produtiva da fábrica, que hoje em dia é insu ficiente para a procura que temos”,

conclui o mesmo responsável.

A empresa tem, assim, previsto rea lizar um novo investimento para aumentar a capacidade produtiva, e que deverá estar concluído no pró ximo ano. Xavier Pérez enquadra que depois de um pequeno aumento da área da fábrica em 2021, o novo investimento permitirá “duplicar a capacidade produtiva da unida de” fabril, para satisfazer os pedi dos de clientes, não só em Portugal como também em Espanha, salienta ainda. O mesmo responsável adianta que “90% da produção é exportada para Espanha”, existindo atualmente pouca capacidade para expandir a clientela em Portugal.

“Somos, assim, um dos grandes exportadores desta região [Ribatejo]”, conclui ainda Xavier Pérez, adiantan do que a empresa em 2021 faturou “mais de cinco milhões de euros” e que este ano deverá crescer nova mente a dois dígitos. Por outro lado, também a nível das compras das suas principais matérias-primas, a região

ribatejana é privilegiada nas escolhas da dunany, que compra essencial mente em Portugal, para “garantir os produtos mais frescos e melhorar a eficiência da cadeia logística”, acres centa o administrador.

Aumentos de preços afetam matérias -primas e custos energéticos

Por outro lado, a empresa tem tra balhado a pensar nos seus clientes e nos clientes finais, para minimizar o impacto dos aumentos de preços de vários itens que intervêm na sua atividade produtiva, seja desde as matérias-primas destinadas ao fabri co das refeições – desde carnes aos ovos, manteiga ou queijos– e que subiram em torno de “20 a 30%, em termos médios, no primeiro semestre do ano”, até aos custos energéticos–que são relevantes, tendo em conta as necessidades produtivas e ainda de refrigeração dos alimentos após o seu processamento, ou ainda os referentes aos combustíveis usados para o transporte aos clientes (gran

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y estrategia

des superfícies de base alimentar). Segundo Xavier Pérez, “é importante explicar aos clientes estes aumentos de custos e mostrar as medidas que a empresa está a adotar para minimizar o impacto dos mesmos”.

“Responsabilidade das empresas não repercutirem sobre os clientes todos os aumentos de custos”

No entanto, como frisa o mesmo gestor, a d unany tem feito um grande esforço interno para dimi nuir custos de exploração e melhorar a produtividade, ou ainda “aper tar margens comerciais e encontrar eficiências a vários níveis, nomea damente a nível energético, para diminuir o impacto junto dos con sumidores” deste forte aumento de preços que afeta a atividade indus trial. “Há uma responsabilidade das empresas em não repercutirem sobre os clientes todos os aumentos de custos, sobretudo nesta vertente dos

Apoio aos mais carenciados durante a pandemia

A empresa de Samora Correia esteve muito ativa no apoio aos mais carenciados e afetados pela pandemia, entre 2020 e 2022. Xavier Pérez refere que a Dunany Foods procedeu à doação regular de alimentos e refeições a várias entidades públicas, como os hospitais

produtos essenciais”, e que fazem parte da alimentação humana, con sidera Xavier Pérez.

Por outro lado, a dunany Foods aguarda de “maneira expectante as medidas dos Governos” para o apoio às empresas produtoras.

Quanto às novidades em ter mos dos produtos concebidos pela empresa, que “se distinguem de outras refeições prontas pela quali

de Vila Franca de Xira e CUF Santarém, ou os bombeiros de Samora Correia. “Também en viámos alimentos para várias fundações de caridade, que es tavam se sacrificando para aju dar os mais afetados durante a pandemia”, adiantou o mesmo responsável.

dade dos ingredientes”, Xavier Pérez adianta que além das refeições pron tas refrigeradas que já coloca no mercado– como lasanhas de carne ou de bacalhau e risottos–, passará a confecionar diversas carnes assadas.

A unidade de Samora correia empre ga 70 trabalhadores, número que deve rá aproximar-se da centena no próximo ano, após a entrada em funcionamento da nova área produtiva. 

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millennium bcp e millennium Estoril open prolongam parceria

OMillennium bcp e a 3 love – enti dade organizadora do Estoril Open–chegaram a acordo para prolongar o naming sponsorship do Millennium bcp ao torneio por mais três anos. com este acordo as duas entidades garantem a manutenção desta importante parceria para as edições de 2023, 2024 e 2025, atingindo nesta última a simbólica marca da 10ª edição do Millennium Estoril Open (em 2020, o evento não ocorreu, devido à pandemia).

“Recorde-se que, em 2015, o Millennium bcp foi absolutamente crucial no esforço de permanência da etapa do circuito AtP em Portugal, assumindo o naming sponsorship do evento e dando assim um impulso decisivo para que a 3 love fosse bem-sucedida no seu objetivo de garantir que Portugal não perdia o seu impor tante estatuto no prestigiante calendário do AtP World tour”, adiantam os dois parceiros. desde esse ano de fundação, o Millennium Estoril Open tem trazido a Portugal alguns dos melhores tenistas da atualidade, como são os casos de daniil Medvedev (atual número um do ranking

AtP), carlos Alcaraz (número 4 AtP), Stefanos tsitsipas (núme ro 5 AtP), Felix Auger-Aliassime (número 8 AtP), cameron Norrie (nº9 AtP), Frances tiafoe, Richard Gasquet, Juan Martin del Potro, Borna coric, Marin cilic, Gael Monfils, Andrey Rublev, Nick Kyrgios e, claro, o melhor tenista português de sempre, João Sousa, patrocinado também pelo Millennium bcp. Miguel Maya, presidente da comissão Executiva do Millennium bcp, salientou: “o Millennium Estoril Open é um even to excecional, que tem conquistado ano após ano novos patamares de visibilidade, reputação e adesão de atletas e do público. O profissionalismo, a superação e o res peito pelos outros são valores intrínsecos ao ténis com os quais o Millennium bcp se identifica e que nos inspiram”.

Já João Stilwell Zilhão, sócio e diretor de torneio do Millennium Estoril Open, frisa que esta renovação com o principal sponsor do torneio “traz enorme satisfa ção, por ser a prova da sustentabilidade do evento. No circuito AtP, a manutenção

de um naming sponsor por longos perío dos é sinónimo de sucesso”. E adianta: “o Millennium Estoril Open é, hoje, considerado um dos melhores AtP 250 no mundo e um dos mais importantes do panorama desportivo/social/corporate, e isso deve-se, em grande parte, ao apoio fundamental que o Millennium bcp deu desde o primeiro momento”.

A edição de 2022 pôde ser vista em mais de 120 países distribuídos por todos os continentes do mundo, num total de mais de 2.200 horas de transmissão televisiva global, avaliada em mais de 86 milhões de euros de advertising value equivalence.

campanha “sente o outono” do El corte inglés protagonizada por Blanca suárez

de; Outono significa, para muitas pessoas, o verdadeiro começo do ano, de novos projectos, metas e propósitos que nos enchem de mais força e mais vitalidade.

grande variedade de estilos e uma ampla proposta de marcas, para comprar nas lojas físicas, web e app. Nesta campanha, estão em destaque as marcas de moda para mulher El corte inglés, tintoretto, Woman Fiesta El corte inglés e Mirto juntamente com as marcas de acessórios e calçado latouche, Jóias El corte inglés, Vidal & Vidal e lauren Ralph lauren.

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l corte inglés apresenta a sua campa nha “Sente o Outono”, filmada em diferentes lugares da cidade de Madrid.

A nova estação chega mais forte do que nunca e cheia de optimismo e positivida

Ao longo da campanha Blanca Suárez revela as tendências da estação, com peças de cores marcantes, malhas, casa cos maxi e estampados exclusivos, que mostram que o Outono é uma estação cheia de energia. Blanca Suárez repre senta uma mulher moderna que segue a moda e que enche a cidade de movimen to, com propostas tanto para o dia como para a noite.

No El corte inglés há espaço para uma

“Sente o Outono” terá divulgação digi tal, televisão, redes sociais e meios inter nos. Foi realizada pela agência de publi cidade china, a produtora cAP dept e as equipas internas do El corte inglés, com o fotógrafo Pepe lóbez.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202220 mark E ting marketing
Foto
Pepe Lóbez

campanha institucional do santander elogia liberdade de escolha

momentos cruciais em que esco lheu seguir em frente, desafiando o medo e lutando por aquilo em que acredita.

“D

igam o que disserem, a esco lha será sempre sua”. É este o ponto de partida da nova cam panha de marca do Santander, que tem como tema “Somos as escolhas que fazemos”.

O conceito criativo baseia-se na ideia de que a vida é feita de esco lhas e o progresso é o resultado das

escolhas que fazemos. E perante a incerteza e a adversidade, podemos escolher ficar parados ou seguir em frente.

O filme traz-nos a história de vida de uma mulher marcada pelas esco lhas que fez. dos anos 80 aos dias de hoje, a protagonista percorre connosco (e com a sua filha) os

Num elogio à liberdade de esco lha, à responsabilidade individual e à autodeterminação, esta história ilustra de forma poderosa e sim bólica a mensagem principal da campanha: somos as escolhas que fazemos. E também o papel que a marca quer ter na vida das pessoas: sejam quais forem as suas escolhas, o Santander estará lá para seguir em frente com elas. Seja ajudando os clientes a realizar os seus sonhos e projetos, seja ajudando as empre sas no crescimento e transformação dos seus negócios, ou apoiando a comunidade por um bem maior na educação e no bem-estar social.

A campanha está em divulgação até 16 de outubro, nos meios de tele visão, rádio, Spotify, social media, display, site e balcões. 

água serrana desvenda rebranding, apelando às tradições

AÁgua Serrana, cuja fonte pri mária de recursos é a Serra do c aramulo, tem uma nova imagem. A marca revela que o rebranding foi “fortemente influenciado pelas tradições, em particular a de levar a vasilha de barro para buscar água à fonte”.

A figura central do logotipo foi redesenhada e a paleta de cores substituída por uma mais vibrante, dando origem a uma apresenta ção mais moderna, rejuvenescida e contemporânea.

O projeto partiu da premissa de brindar o utilizador com uma experiência imersiva, por meio de diferentes animações, entre

elas o cursor com o efeito de água. O objetivo das mudanças digitais é melhorar a experiên cia do utilizador, levando-o a

sentir que faz parte da marca. Por outro lado, a marca Água Serrana conta agora com um novo website.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 21 mark E tingmarketing

tendam alcança dez marcas próprias, com o lançamento da nova ooto

Otendam, um dos principais grupos omnicanal da Europa no setor de moda especializada, acaba de anun ciar o lançamento da sua nova marca própria– OOtO–, a mais recente a ser lançada nos últimos 18 meses pelo grupo, dirigida ao público masculino. concebida de raiz com o apoio da equipa de design da cortefiel, a nova marca tem assinatura do ator e mode lo espanhol Andrés Velencoso. “A OOtO, cujo nome tem origem no

conceito inglês “out of the office”, destina-se a homens que, acima de tudo, valorizam o seu tempo e que estão envolvidos no cuida do do planeta. Voltada para homens com mais de 35 anos, a OOtO quer ser a marca de referência para um público masculino que exige propostas de esti lo que vão além das normas rígidas e esta belecidas”, afirma o grupo tandem.

O estilo da nova marca “é sobretudo o casual, com peças descontraídas, nas quais existe também uma linha de going out, com opções mais notur nas, onde os cinzentos e os pretos protagonizam a paleta de cores. No último ano e meio, o tendam lançou cinco novas marcas voltadas para segmentos muito específicos. A Hoss intropia em fevereiro de 2021, Slowlove e a High Spirits em março

do mesmo ano e as roupas desportivas dash and Stars em fevereiro de 2022, todas elas voltadas para o público feminino. Assim, a OOtO marca um ponto de viragem ao ser a primeira que se destina a dar resposta ao públi co masculino.

com este lançamento, o grupo espanhol, com forte presença em Portugal, reforça e amplia a sua capa cidade e experiência na gestão de marcas, na promoção e incubação de novas marcas e no seu posicionamen to como plataforma de lançamento para empresas de nicho com potencial para marcar a diferença no mercado.

“A criação de novas marcas próprias é um dos pilares de crescimento do tendam e, conforme a empresa divul gou nos seus resultados anuais de 2021, estas tiveram um desempenho acima das expectativas, registando já um EBitdA positivo no seu primei ro ano”, adianta a mesma companhia, que inclui, no segmento adulto, as marcas cortefiel, Pedro del Hierro, Hoss intropia e Slowlove.

Bankinter baixa o spread mínimo do crédito à habitação para 0,85%

“Q

uando tudo sobe, o spread desce” é o mote da nova cam panha promocional de crédito à habitação do Bankinter, que decor re entre 17 de setembro e 18 de novembro de 2022 e que contem pla uma nova redução do spread mínimo do banco, desta vez para 0,85%*, menos 0,05% do que já era disponibilizado pelo banco em campanhas anteriores.

No âmbito desta iniciativa, o Bankinter baixou também as taxas fixas do crédito à habitação para 1,75% nos primeiros dois anos, para 2,25% nos primeiros cinco anos e para 2,50% nos primeiros

10 anos, períodos depois dos quais os clientes passarão a usufruir de um spread desde 0,85%, quando transitarem para a taxa variável. Estas soluções estendem-se a crédi tos à habitação que sejam transferi dos de outros bancos, assegurando o Bankinter o reembolso da totalidade dos custos da mudança, pressupondo taxa variável na instituição de origem.

Os clientes podem formular as suas propostas diretamente na plataforma de crédito à habitação do banco, no site Bankinter.pt, “através da qual é possível realizar remotamente todo o processo de contratação, com toda a comodidade e acompanhamento

permanente de especialistas, sendo a presença física apenas necessária para o dia da escritura”. Em alternativa, os clientes podem deslocar-se às agências do Bankinter e tratar de todo o pro cesso com o apoio do gestor de conta, explica o banco.

Para Vítor Pereira, diretor de Produtos, cRM, Marketing e canais digitais e membro da comissão Executiva do Bankinter, “este conjunto de medidas vem reforçar o nosso compromisso de apoiar as famílias na realização dos seus projetos, em particular a compra de casa, disponibilizando condições vantajosas na atual conjuntura de subida da inflação e de juros”.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202222 mark E ting marketing
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

A Volta ao Mundo que despertou a consciência social e ambiental de 36 jovens iberoamericanos

Oprograma Volta ao Mundo, financiado pela Agência Espanhola de cooperação internacional (Aecid), é uma homenagem ao velejador português Fernão de Magalhães, ao espanhol Juan Sebastián Elcano e a todos os demais que possibilitaram a primeira circum-navegação (15191522), ao serviço do imperador espa nhol carlos i

Em Portugal, visitaram, no norte, o cEiiA - centro de Engenharia e desenvolvimento (na foto), sedia do em Matosinhos, onde ficaram a conhecer muitos dos seus projetos de mobilidade e sustentabilidade que são uma referência mundial.

uma vez em lisboa, cumpriram a

visita obrigatória pela zona históri ca de Belém, desde o Padrão dos descobrimentos, à torre de Belém e ao Mosteiro dos Jerónimos.

um dia intenso, que culminou no teatro tivoli BBVA, onde a expedi ção acampou durante a noite e onde teve lugar a foto de família com a conselheira da cultura da Embaixada de Espanha em Portugal, Pilar Ruiz carnicero, e Enrique Hidalgo, diretor -geral do El corte inglés Portugal e vice-presidente da ccilE, entidade que apoiou este projeto (ver foto na pág. seg.).

O dia português terminou com fados e uma caminhada até à Praça do comércio, em lisboa.

Os participantes, que foram sele

cionados a partir de um trabalho de sustentabilidade ambiental ou social, percorreram mais de 20 localidades, onde conheceram a primeira circum -navegação do mundo da história mas também sobre a realidade atual desses lugares.

Neste caso, os jovens aventurei ros iberoamericanos começaram e terminaram a sua particular “volta ao mundo” no mesmo local, a universidade Autónoma de Madrid, uma das instituições que patrocinou esta viagem de formação, juntamen te com a Secretaria-Geral iberoamericana e a união das cidades capitais iberoamericanas.

“Foi uma expedição extraordinária, única e irrepetível graças às pessoas,

24 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 Faz E r BE m Hacer bien
A primeira edição do projeto Volta ao Mundo percorreu Espanha e Portugal durante
23
dias, com
o
objetivo de “transformar uma geração de 36 jovens iberoamericanos em ativistas sociais
e
ambientais”.
Texto Actualidad€ bactualidade@ccile.org Fotos DR

sua ilusão, entusiasmo e sensibilidade”, destacou o diretor do projeto, Jesús luna.

Vindos de 12 países, os membros da expedição descobriram nesta aventura que “podem mudar o mundo à sua volta”, confirmou Jesús luna.

“Eles tiveram o privilégio de conhecer pessoas de diferentes culturas e países e entenderam que o multiculturalismo é um motor de compreensão, progresso e paz”, assegurou.

Nesse sentido, “assim como a circu navegação do mundo” de Magalhães e Elcano “mudou a realidade da época”, esses jovens “podem reverter os pro blemas.

isso ficou no dNA desses jovens, que cresceram como pessoas, assim como cresceu o seu compromisso com o que os cerca, as desigualdades, o meio ambiente e qualquer outra injustiça que possam observar ou sentir”, acres centou.

É um dos grandes objetivos desta aventura, que os levou a viver expe riências variadas, como partilhar um jantar com migrantes africanos, per

correr parte do popular caminho de Santiago ou escalar a montanha mais alta da Península ibérica, o pico Mulhacén, de 3.479 metros.

Essa crença que eles têm agora é o motor para poder lutar pelo que que rem acreditar nos seus sonhos, saber que as coisas podem mudar e que cada dia das vidas é o dia que esperavam mudar tudo.

“com o projeto VAM, aprendemos que quem mais tem não é o mais

feliz, mas quem menos precisa, que o verdadeiro propósito é que, com o mínimo, possamos viver ao máximo; e que o importante é conhecer a ver dadeira realidade de dentro porque só se defende o que se ama e só se ama o que se conhece”, adiantou Jesús luna.

Agora esses jovens só pensam no reencontro: “É a esperança que nos anima a continuar, a Volta ao Mundo não é o começo do fim, mas o sim o fim do início”, comentaram. 

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Historias de vida que transmiten valores a la sociedad

La Fundación Lo Que De Verdad Importa refuerza su estructura en Portugal para avanzar con nuevos proyectos. Además de sus congresos, en los que historias reales inspiran a jóvenes para ser mejores personas, quieren llegar a los mayores y llevar a cabo iniciativas en el ámbito de la solidaridad...

Transmitir valores a través de historias reales que inspiran para que mejore la sociedad es el objetivo principal de la Fundación lo Que de Verdad importa (lQdVi). Surgió en España, en 2007, y ha ido lle vando su proyecto a varios países, entre ellos Portugal. desde 2014, han organizado 11 congresos entre lisboa y Oporto y quieren replicar otras líneas de actuación que se llevan a cabo en distintas ciudades españolas.

María Franco, carolina Barrantes y Pilar cánovas son las tres funda doras de lQdVi, que surgió tras la lectura del libro “What Really Matters”, de Nick Forstmann. Este multimillonario norteamericano, enfermo de cáncer, escribió durante el último año de su vida un diario para sus hijos, reflexionando sobre lo que realmente es importante en la vida. Reflexionando sobre ello, en el año 2007 celebraron su primer congreso para jóvenes en Madrid, al que asistieron más de 2000 perso

nas. El evento fue un gran éxito por lo innovador de su formato, la res puesta de los jóvenes y lo inspirador de las historias. comenzaba así, casi sin ellas saberlo, una gran andadura que ya ha llegado a nueve países y que a través de su plataforma siguen inspirando cada día a miles de personas. En su expansión interna cional, Portugal ha tomado este año un mayor protagonismo porque se ha constituido también como fun dación, adquiriendo el estatuto de utilidad pública. Hasta este año, el

26 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 Faz E r BE m Hacer bien
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

trabajo llevado a cabo en territorio portugués había sido posible gracias a un equipo de voluntarias, cuyas responsables del inicio y seguimiento fueron Mónica Barber y Patricia Sampaio. los congresos realizados los últimos siete años han sido posibles gracias al apoyo y ayuda de la presidenta de honor, isabel Jonet, y los voluntarios de Banco Alimentar. Esta nueva etapa cuenta con Blanca San Román como responsable de lQdVi Portugal. con experiencia profesional en mercados financieros, crea ción de startups y comunicación estratégica, ha cambia do recientemente Madrid por lisboa para hacer crecer un proyecto con el que se identifica. “Estaré contenta si con nuestro trabajo ayudamos a que se reflexione sobre lo que realmente importa en la vida. El segundo paso es que haya una acción para ser mejores personas”, afirma la responsable de la fundación en Portugal.

Blanca San Román cuenta con el apoyo de João Abreu (ambos en la foto en la pág. ant.) y poco a poco quie ren crear una estructura, comenzando por una red de voluntarios en Portugal para poder realizar distintas actividades. las ideas no faltan, y este 2022 lo están dedicando a darse a conocer, consolidar su relación con las empresas con las que ya han colaborado y buscar nuevos socios. Ya en 2023 está previsto organizar un nuevo congreso. Además, “queremos desarrollar y eje cutar otros proyectos con jóvenes y mayores y también en el área de la sostenibilidad, donde hay mucho por hacer”, resalta Blanca San Román. una de las iniciativas que quiere traer de España es la de unir a jóvenes con mayores en donde hay un acompañamiento “y luego los jóvenes les escriben un libro de su vida. Es una conexión muy bonita”. también cuentan con progra mas con empresas, “ayudando en la formación” y San Román recuerda que al ser una plataforma “nuestro contenido puede ser material para trabajar los valores en los colegios”.

lQdVi divulga y promueve historias personales de paz, solidaridad, derechos humanos, igualdad, supera ción, tolerancia, acceso a la educación y libertad, entre otros. la capacidad de impacto que provoca escuchar en vivo las historias reales de los ponentes es lo que les caracteriza. En Portugal, por ejemplo, han inspirado a los jóvenes en los congresos las historias del actor Paulo Azevedo, que nació sin brazos ni piernas; de Johnson Semedo, exprisionero y actual entrenador de futsal, quien tras estar en la cárcel cambió de vida y ayuda ahora a niñossin recursos; y de António Bello, emprendedor que creó la iPSS Just a change para restaurar las casas de personas en pobreza habitacional. las empresas y asociaciones que han colaborado con la fun dación en Portugal han sido, entre otras, han sido Fidelidade, unicre, Jerónimo Martins, Banco Alimentar, Fundación Oriente, ccilE, 3angle capital, EdP, Gonvarri, delta, tivoli, cuatrecasas y central de cervejas.

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“plastics summit” vai trazer a lisboa especialistas globais em alterações climáticas e reciclagem

De acordo com projeções das Nações unidas, a população mundial deverá crescer em dois mil milhões de pessoas nos pró ximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 mil milhões de indi víduos para 9,8 mil milhões em 2050. Seremos mais, viveremos mais tempo e consumiremos mais recursos. “Para satisfazer as neces sidades populacionais, a utilização de plásticos aumentará devido às suas propriedades úteis e aplica ções essenciais em diversos setores. O aumento da circularidade tal como a eficiência de recursos serão essenciais para assegurar a saúde planetária e agir de forma global será imperativo, seja na recicla gem e reutilização, no ecodesign,

na promoção de novos e melhores sistemas de gestão de resíduos e na mudança comportamental, coleti va e individual.

O envolvimento e compromisso de todos os stakeholders apre sentam-se como fatores cruciais para uma efetiva sustentabilidade ambiental e economia circular, assentes numa visão sistémica e transetorial”, frisa a organização do “Plastics Summit – Global Event 2022”. Este evento pre tende ser um momento “disrup tivo, um fórum de ideias, com o objetivo de reunir todos os stakeholders, no sentido de obter convergência entre as suas dife rentes visões e apresentar soluções abrangentes e envolventes para

toda a cadeia de valor dos plás ticos. d e igual modo, o evento pretende promover a conscien cialização da cidadania climática com base nos pilares da saúde pla netária, resultando numa declara ção de compromisso”, com vista a “uma visão e ação globais para criar um ambiente mais sustentá vel e um futuro circular com os plásticos”.

O “Plastics Summit – Global Event 2022”, organizado pela Associação Portuguesa da i ndústria de Plásticos (AP i P), em parceria com as suas congéneres brasileira (AB i P l AS t /AB i EF), espanhola (ANA i P) e mexicana (AN i PA c ), realizar-se-á no próximo dia 17 de outubro de 2022,

isboa.

maioria das empresas não tem equipa dedicada à vertente ambiental

U

m estudo da SAP c oncur reali zado na zona da EMEA, entre fevereiro e março de 2022, junto de 700 decisores, revelou que, embora 99% das empresas pretenda con templar a sustentabilidade na sua política de viagens corporativas, apenas 36% dispõe, internamen te, de um departamento que se dedique a encontrar soluções para tornar as deslocações mais amigas do ambiente.

As viagens de negócios voltaram a estar nas agendas das empresas, para registos pré-pandemia, com 83% das organizações a recuperar, nas viagens domésticas, e 63% nas viagens internacionais.

Outra conclusão do estudo é o facto da sustentabilidade, nos pro gramas de viagens corporativas, ser uma prioridade para os decisores,

apenas 1% dos entrevistados não tem intenção de considerar o tema. c ontudo, e à medida que as organi zações procuram alinhar-se com os objectivos da ON u 2030, a maio ria assume ter dificuldades para se tornar “mais verde”– apenas 36% teêm uma função dedicada, como seja um director de sustentabilidade ou similar.

A somar a este facto, o estudo revelou também que apenas 10% tem uma equipa dedicada à susten tabilidade, no seu todo, no seio da organização.

Os decisores estão cientes de que este tópico deve ser uma priorida de, 69% acredita que a sua política de viagens tem de ser melhorada, mas sabem que enfrentam desafios para a sua concretização. Mais de um terço (37%) refere a falta de

orçamento como barreira para o desenvolvimento de um colabo rador com uma postura mais sus tentável no que às suas viagens de negócio diz respeito, referem sentir falta de envolvimento por parte dos mesmos.

uma vez que 44% dos entrevista dos estão conscientes que devem apostar na mudança das suas polí ticas de sustentabilidade, mas não sabem como o executar, há sem dúvida uma clara necessidade de ferramentas tecnológicas que faci litem a medição e a implemen tação de programas de viagens corporativas mais sustentáveis. Enquanto, 46% já possui ferra mentas de software para oferecer apoio nas viagens corporativas, uns impressionantes 86% ainda não as considera.

28 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 Faz E r BE m Hacer bien
em l

mobi.E explica incentivos e benefícios da opção por um veículo elétrico

AMobi.E, enquanto instrumento público para a mobilidade susten tável, está a realizar uma campanha de sensibilização sobre os principais benefícios e incentivos para a tomada de decisões mais conscientes em ter mos da mobilidade de todos. “A forma como nos deslocamos é muito impor tante e relevante, não apenas para o meio ambiente, como para a nossa qualidade de vida. Neste contexto, a empresa dá visibilidade sobre os bene fícios e incentivos que devemos ter em conta na hora de tomar a decisão de adquirir um veículo”. Quanto a apoios, a entidade explica que “foi aprovado um conjunto de apoios e benefícios fiscais, desde a aquisição de viaturas, ciclomotores e bicicletas, à redução dos custos de carregamen to na rede nacional de carregamento de veículos elétricos, a rede Mobi.E, passando pela instalação de postos de carregamento”. Estes apoios abrangem desde a compra de um ligeiro elétrico de passageiros – incentivo, para particulares, de quatro mil euros para veículos até aos 62.500 euros, enquanto num ligeiro

elétrico de mercadorias, o incentivo é de seis mil euros; para uma bici cleta de carga elétrica – incentivo de 50% do valor de uma compra até 1.500 euros; uma bicicleta de carga não elétrica – incentivo de 50% do valor de uma compra até 1.000 euros; bicicleta elétrica –incentivo de 50% do valor de uma compra até 500 euros, entre outros produtos. Por outro lado, existem ainda uma série de benefícios que é também necessário ter em conta, como: incentivos fiscais, já que, por exemplo, na compra de um veículo elétrico, não se paga o iSV e o iuc. No caso das empresas, estas bene ficiam ainda da isenção do pagamento de tributação autónoma, o iVA da aqui sição e utilização do veículo é dedutível e tem ainda vantagens em termos de iRc; existe ainda isenção ou redução no pagamento de parquímetros em muitos municípios; verifica-se ainda um menor custo de manutenção do veículo, já que se deixa de ter de lidar com as tradicionais mudanças periódicas de óleo, filtros, correias de transmissão ou velas.

Por outro lado, a travagem regenerativa permite poupar nas pastilhas e pneus do automóvel. Quanto ao tempo de car regamento elétrico, a rede Mobi.E dis ponibiliza cada vez mais postos rápidos e ultrarrápidos que permitem reduzir substancialmente os tempos de carrega mento. Em caso de necessidade, pode ter a bateria da sua viatura carregada a 80% em menos de 10 minutos (ultrar rápidos) ou em menos de 30 minutos (rápidos).

Em 2021, a venda de carros elétricos aumentou 69% em Portugal face ao ano de 2020. desde o início de 2022, que já foram vendidos mais de seis mil carros elétricos em Portugal e a tendência tem vindo a aumentar ao longo dos meses. 

Delnext cria sistema de envio sustentável

Adelnext, uma empresa certificada prestadora de serviços de transporte nacional e internacional de mercadorias a empresas e particulares com as melho res reviews do mercado, apresenta o Go Green, um novo método que permite aos seus clientes fazerem envios sem prejudicar o ambiente. As empresas que optem por fazer as suas encomendas através do novo método de envio delnext Go Green estão a reduzir a pegada ambiental, pois foram calculadas todas as fontes de emissões carbónicas para este efeito; a compensar as pegadas de carbono das suas entregas através de uma pequena contribuição; e a impactar, pois, em parceria com a Reflora, a delnext apoiará projetos qua

lificados que impactam positivamente o clima e a biodiversidade. diogo Assis, co-fundador e cEO da delnext, afirma que “a delnext tem sempre como foco melhorar a experiên cia de quem utiliza os seus serviços e, por isso, torna-se imperativo seguirmos as tendências do setor para que o ser viço seja alvo de um constante upgra de. Além disso, estamos conscientes da realidade ambiental em que estamos a viver e, por isso, fazia todo o sentido ter esta opção no nosso variado leque de métodos de envio”. Acrescenta, ainda, que, “graças a este novo serviço que desenvolvemos com a ajuda da Reflora, os nossos clientes vão poder pagar um valor reduzido para que os seus envios

sejam considerados green (sem emissões de carbono), pois esse valor será utili zado em projetos que compensam as emissões carbónicas”. de realçar que este serviço “verde ” terá um impacto positivo no ambiente, mas, não influirá muito na carteira, pois o valor por enviar as encomendas com pensando a pegada carbónica é de ape nas 0,02 euros dentro de Portugal; 0,04 euros de Portugal para Espanha e 0,10 euros para outros países europeus. A Reflora, empresa de soluções de sus tentabilidade que ajuda empresas em todo o mundo a tomar decisões mais assertivas de redução de emissões de carbono, foi a parceira da delnext neste novo método de envio Go Green.

29OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € Faz E r BE mHacer bien

sustentabilidade do azeite do alentejo debatida por especialistas e agentes do setor

O Programa de Sustentabilidade do

Azeite do Alentejo (PSAA), projeto liderado pela Olivum, em parceria com a universidade de Évora, arrancou no passado mês de março, tendo já promo vido três debates que trouxeram para a mesa temas pertinentes para o setor oleí cola, que nos últimos anos tem reforça do e consolidado o seu papel no pano rama regional, nacional e internacional. O principal objetivo é “certificar este produto, demonstrando ser produzido de forma sustentável e reforçando o seu valor”, afirma a Olivum. A certificação está a ser desenvolvida com o conheci mento técnico e prático da Associação de Olivicultores do Sul (Olivum), entidade promotora, com o capital científico e teó rico da universidade de Évora, entidade parceira, e com o contributo de quem está no terreno, olivicultores e produtores de

azeite, assegurando que se trata de uma ferramenta rigorosa tecnicamente, e apli cável a nível prático. Este conjunto de agentes que vão materializar a cer tificação foi forma lizado enquanto grupo-piloto oficial do projeto no pas sado mês de maio, onde foi discutida a abrangência da certificação. No mês de junho o grupo-piloto reuniu-se para debater temas mais específicos, como: a gestão do solo e conservação da biodi versidade. No dia 6 de setembro, o grupo-piloto do PSAA reuniu-se para discutir outros dos temas específicos que a certificação

contemplará: a dimensão social da sus tentabilidade e do património cultural. O grupo alertou para a importância de cada produtor fazer um levantamento e uma avaliação do património cultural existente na sua exploração, procedendo a uma correta preservação do mesmo e valorizando-o, partilhando-o e dando-o a conhecer à sociedade. 

“reciclar também é ajudar”: campanha ajuda a preservação de mares e oceanos

Acampanha “Reciclar também é aju dar”, da ERP Portugal (entidade ges tora de resíduos), regressa às lojas Pingo doce, com o objetivo de promover a importância do correto encaminhamento, tratamento e reciclagem de resíduos, desta feita, na proteção dos oceanos e mares. Esta ação visa apoiar a Sailors for the Sea, associação sem fins lucrativos que pre tende contribuir para a sustentabilidade dos oceanos e mares, incentivando uma mudança centrada na crescente consciên cia ambiental fortalecida pela ação de cada um de nós.

A decorrer desde 8 de setembro a 4 de outubro, a campanha “Reciclar também é ajudar” está em vigor nas lojas Pingo doce e a ERP Portugal vai doar 1.500 euros à Sailors for the Sea.

Para contribuir para esta campanha de sen sibilização, os participantes devem entre gar os pequenos equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida no depositrão

disponível nas lojas Pingo doce – como secadores, torradeiras, relógios de parede ou despertadores, rádios, ecrãs até 50 cen tímetros, teclados – ou, no traga Pilhas, as pilhas e baterias em fim de vida. Rosa Monforte, diretora-geral da ERP Portugal, destaca que “não são só as embalagens e o plástico que contaminam os nossos rios, mares e oceanos, pois os REEE e RP&A, se não forem correta mente colocados para reciclagem, podem contribuir para a sua contaminação. Por

isso, é com enorme satisfação que reno vamos a parceria com as lojas Pingo doce, pelo terceiro ano consecutivo, para realizar a campanha ‘Reciclar também é Ajudar’, que apoia, este ano, a Associação Sailors For the Sea”.

também Fernando Ventura, diretor de inovação Ambiental do grupo Jerónimo Martins, frisa que “a sustentabilidade é um dos principais pilares do nosso negó cio, com o apoio de projetos que vão ao encontro dos nossos princípios, como é o caso da preservação dos oceanos que nos rodeiam. Os nossos clientes desempe nham um papel crucial nesta campanha, com a entrega destes resíduos – equipa mentos que funcionem a eletricidade ou pilhas, garantindo o funcionamento da economia circular”.

Em anos anteriores, esta campanha anga riou fundos para a liga Portuguesa dos direitos dos Animais e para a Associação Natureza Portugal. 

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 Faz E r BE m Hacer bien 30
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

A evolução dos negócios que suportam o comércio eletrónico

O crescimento das compras através da internet, catalisado pelo confinamento, configurou uma nova janela de oportunidades e de desafios para as empresas que vendem, para as que entregam e para as que fornecem as mais variadas soluções que alicerçam este setor. Com o regresso à “normalidade”, abrandaram os números do e-commerce, em alguns casos, mas continuam acima dos valores anteriores à pandemia, vincando a sua importância para a vitalidade do comércio mundial. As necessidades e exigências potenciadas pelo comércio eletrónico impõem uma constante aposta na inovação, na tecnologia, na formação e na comunicação. Perante este contexto, agravado pela elevada inflação, como deverão evoluir os novos negócios alimentados pelas compras digitais?

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202232
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Ocomércio tradicional está na rua e o e-commerce também, a julgar pelo vai e vem de entregas de todo o tipo de produtos a que se assiste, principalmente nas cida des. c om a pandemia, os números do comércio digital cresceram um pouco por todo o mundo: de acor do com o estudo 'Statista d igital Market Outlook', da consultora alemã Statista, especializada em dados de mercado e consumidores, as receitas globais de e-commerce cresceram 70% em quatro anos. No ano passado atingiram os 3,8 biliões de dólares e este ano deve rão chegar aos 4,2 biliões de dóla res. O relatório indica que o valor do ano passado corresponde a 16% do total das vendas globais a reta lho em 2021. Espera-se que esse peso seja de 22% do total em 2026. A Statista prevê ainda que o valor das vendas cresça a dois dígitos nos próximos anos, podendo ultra passar os oito biliões de dólares em 2026.

A mesma fonte indica que o núme ro de novos compradores digitais também tem aumentado, tendo ultrapassado os dois biliões em 2020 e os 3,8 biliões no ano pas sado. tendo em conta que 70% das visitas a lojas online terão sido feitas a partir de um smartphone, em 2021, conclui-se que a internet móvel é um dos principais alia dos do e-commerce e continuará a ser, argumentam os analistas da Statista. “ c omo a adoção de dispositivos móveis está em fran ca progressão, especialmente em regiões carente de outras estrutu ras, a integração da internet móvel vai continuar a moldar a experiên cia de compra no futuro.”

O avanço contínuo do número de pessoas que entra nas lojas e plataformas através do seu com putador, tablet ou smartphone é o dado mais encorajador, numa altura em que o comércio mundial,

o tradicional e o online, estão a ser ameaçados pela dificuldade de acesso e escassez de alguns bens, e pela escalada da inflação, particularmente galopante nos pre ços dos combustíveis, o que afeta diretamente o negócio de entre gas. Os números do crescimento do comércio eletrónico noticiados contrastam com outros estudos, que mostram algum abrandamen to das vendas efetuadas online, o que poderá desencorajar alguns investimentos nesta área. d epois de um crescimento generalizado, sabe-se que o momento terá que ser de consolidação e de reflexão face à estratégia de gestão dos próximos tempos, neste setor.

À explosão de novos negócios de suporte ao comércio online, suce dem-se algumas fusões e aquisi ções de operadores neste setor. No início deste ano, a multinacional europeia d elivery Hero (empresa de serviço de entregas online de refeições, constituída em 2011 e com sede na Alemanha) adquiriu a congénere espanhola Glovo (a startup de comércio rápido fundada em Barcelona em 2015). Meses mais tarde, a Glovo anunciou a compra do marketplace portu guês Mercadão (plataforma que agrega produtos das lojas Pingo d oce, d ecathlon, Futebol c lube do Porto, entre outras) e do espa nhol l ola Market, ficando a ges tão das duas plataformas a cargo do português Gonçalo Soares da c osta, fundador do Mercadão. A Atualidade contactou a direção do Mercadão para perceber qual a estratégia futura destes marketpla ces, mas fomos informados de que essa estratégia está ainda em análi se, não sendo ainda o momento de a revelar. Plataformas como o Mercadão for necem um serviço especializado de compras, dirigido a consumidores de classe média-alta, dispostos a pagar pelo trabalho do compra

dor (personal shopper), que recebe formação específica, para garantir as melhores escolhas em nome do cliente final. Num mercado com a dimensão de Portugal, a mar gem de crescimento deste tipo de plataformas é limitada, pelo que o Mercadão já anunciou os seus planos de internacionalização, que poderão passar pelos países em que os seus parceiros já estão presentes, como a Polónia, onde a Jerónimo Martins detém a cadeia de super mercados Biedronka.

Os planos de expansão ibérica da Glovo terão que ser repensados, sobretudo no que concerne à gestão de recursos humanos: em Espanha, a Glovo foi multada em quase 79 milhões de euros pela, por ope rar com entregadores considerados trabalhadores independentes, sem direitos laborais. Além da multa, a empresa terá que regularizar a situação de 10.600 trabalhadores.

A questão dos falsos recibos verdes em algumas empresas de entregas compromete a reputação das mar cas em causa e, consequentemente as suas receitas futuras. Optar por uma frota interna de estafetas e apostar na sua formação favorece também a qualidade do serviço, o que poderá ser refletido no preço final que os clientes estarão ou não dispostos a pagar. Para a qualida de do serviço contribuem fatores como a personalização da entrega, que é cada vez mais uma exigência: os consumidores querem escolher o horário e o local de recolha e quanto mais flexível for o fornece dor, melhor.

No comércio online como no tra dicional, o cliente tende a regressar ao lugar onde foi feliz e a felicidade dos clientes nos processos de com pra eletrónica dependem da trans parência do processo e qualidade do acompanhamento em tempo real, da eficiência das entregas e da comunicação, da segurança dos pagamentos, da facilidade de

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 33 gran DE t E magran tema

gran tema

"Os operadores logísticos estão totalmente preparados”, assegura a APOL

Vítor Figueiredo, presidente do conselho diretivo da Associação de Operadores Logísticos (APOL) lembra que “desde há muito que o mercado se tem vindo a adaptar a uma tendência de omnichannel de uma forma muito significativa e es trutural”, reconhecendo que “esta foi uma tendência que se acelerou mui to com a pandemia”. Face ao crescimento do comércio online nas mais diversas áreas, “de uma maneira geral, os operadores logísticos estão totalmente prepara dos quer em termos de serviços de armazém, de transporte ou mesmo de meios tecnológicos”, garante o presidente da APOL, vincando a competitividade do setor: “O comér cio online implica forte massa crítica, agilidade e capacidade de resposta. O sector logístico em Portugal, ape sar de ser um mercado comparati vamente pequeno em relação a ou tros países da Europa, tem um nível de concentração que permite ter os meios, o conhecimento e a capaci dade de dar resposta a todos estes desafios de uma forma totalmente eficiente e competitiva. O principal handicap do mercado português é a sua dimensão. No entanto, o setor logístico português tem operadores com grande dimensão que lhes per mitem ter elevada massa crítica e colocar meios de ponto ao serviço dos seus clientes. Vemos o setor em Portugal com forte resiliência e ca pacidade de adaptação. À medida que o rácio de outsourcing logístico em Portugal se aproxima do resto da Europa, aumenta a competitivi dade do sector, pelo que podemos afirmar, com toda a certeza, que o mercado português não apresenta lacunas significativas de um pon to de vista de eficiência logística em comparação com os principais mercados europeus. Existe uma

tendência global de concentração dos operadores logísticos, pelo que não se tem assistido à entrada ge neralizada de novos operadores. No entanto, existe uma forte tendência de crescimento em busca de maior massa crítica e eficiência. O inves timento neste setor, principalmente na incorporação de tecnologia e na infraestrutura imobiliária tem vindo a atingir valores muito significativos.”

A “forte instabilidade e incerteza na sociedade dos últimos anos tam bém acaba por adicionar pressão ao setor logístico” e “aumentou o destaque e os efeitos sobre as ca deias de abastecimento”, nota Vitor Figueiredo, concluindo que “o cida dão comum tem hoje um nível de transparência das cadeias de abas tecimento como nunca existiu na nossa história”.

Relativamente aos principais desa fios, o presidente da APOL refere “a forte alteração de perfis de consu mo, primeiro no tempo da pandemia e depois, na retoma de volume que foi muito assimétrica em termos de canais, geografias, volumes e sa zonalidade”. Igualmente desafiante para os operadores é “a escassez de contentores e o aumento dos preços do frete”, que “tiveram fortes consequências na competitividade do comércio internacional” tal como

o “aumento significativo de fatores produtivos como são o gasóleo e a eletricidade”. A subida nos combus tíveis “era uma tendência que se ve rificava desde o momento de alívio das restrições pandémicas e que se agravou significativamente com a guerra na Europa”. Em simultâneo, “as crises de produção e de maté rias-primas resultaram em dilatação dos prazos de entrega de equipa mentos e aumentos do seu preço”, aponta Vítor Figueiredo, concluindo a pressão inflacionista afeta a eco nomia em geral e que “o setor logís tico, quer pela sua importância, quer pela sua dinâmica global, foi talvez um dos primeiros a ser atingidos”. Outro desafio prende-se com a ino vação, observa: “Nos últimos anos, o setor da logística foi talvez dos setores que mais tecnologias inte grou nos seus processos. A trans formação tecnológica é gerada por necessidades e, atendendo a todas os aspetos já referidos, as neces sidades de transformação do setor logístico têm sido muitas. Creio que o setor tem conseguido incorporar tecnologia consequente nos seus processos que o têm permitido ser mais eficiente, resiliente, ágil e trans parente. O processo de concentra ção que se tem vindo a verificar no setor logístico internacional resultou na geração de massa critica para um investimento contínuo em melhoria contínua e em desenvolvimento tec nológico. Em simultâneo, foi talvez um dos setores que mais emprego gerou, pelo que a escassez de mão -de-obra é um assunto sério que preocupa a todos os operadores.” O responsável da APOL prevê mais colaboração ao longo da cadeia de abastecimento: “Em termos de evo lução, acreditamos que a tendên cia de incorporação de tecnologia, automação e robotização vai estar

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202234 gran DE t E ma

marcadamente presente no futuro da logística. Cremos também que apesar dos muitos avanços já re alizados, ainda muito será feito no que diz respeito à transparência da cadeia de abastecimento. Essa transparência, a busca de efici ência geral e uma forte pressão para aumentar a sustentabilidade, irá também aumentar o nível co laborativo entre os vários interve nientes da cadeia. Olhando de um ponto de vista menos positivo, a instabilidade geopolítica global e o endurecimento nas relações entre regiões podem significar uma di minuição da abertura das econo mias e consequentemente do co mércio internacional. A verificar-se esta tendência poderá também significar uma renovada industria lização da Europa que não será possível sem atrair mão-de-obra externa a este continente.”

A sustentabilidade, tema central na sociedade” também é abordada no setor, comenta Vítor Figueiredo: “Existe um sentimento geral, no nosso entender, correto de que as cadeias de abastecimento se têm de transformar significativamente em relação à adoção de práticas mais sustentáveis. A forte crise energética que atravessamos, alia da à grande pressão da socieda de, tem funcionado como um for te incentivo a uma transformação positiva que tem passado pelo in vestimento em energia renovável, transparência e aumento da cola boração dentro da cadeia de abas tecimento. Muito já foi feito, mas muito se encontra ainda por fazer. Os operadores logísticos, pela sua capacidade intrínseca de conjugar os mesmos meios para diferentes operações, têm um papel funda mental na criação de sinergias e aumento da sustentabilidade.”

devolução e reembolso, da susten tabilidade. todas estas exigências dos clientes são também oportuni dades para as empresas envolvidas no processo se diferenciarem. O controlo de stocks tem sido uma das principais preocupações e muitas plataformas apostam na construção de armazéns em pontos estratégicos, a par com soluções tecnológicas de gestão de stock, de modo a garantir uma resposta mais eficiente aos pedidos. c resce também o número das chamadas dark stores, supermercados virtuais ancorados em armazéns, onde os entregadores recolhem os produtos para os entregar no mais curto tempo possível. A turca Getir já fornece este tipo de entregas ultrar rápidas em l isboa, onde instalou no ano passado seis dark stores. A espanhola Blok e a alemã Gorillas também atuam neste segmento de q-commmerce (quick commerce - entregas ultrarrápidas) e anuncia ram a sua intenção de entrar no mercado português. tudo isto obriga a uma logística capaz e a logística foi um dos setores que mais cresceu à boleia do comércio eletrónico. d e acordo com Vítor Figueiredo, o presiden te da Associação de Operadores l ogísticos (APOl), em Portugal “os operadores logísticos estão total mente preparados” (caixa ao lado). i gualmente expressivo foi o cres cimento das empresas de entregas de encomendas como as do grupo dPd, que obteve um lucro recorde no ano passado (caixa da página). Os novos negócios de origem lusa também dão cartas no âmbito do e-commerce, como é o caso da Bloq.it, a startup que criou e pro duz cacifos inteligentes, bem como a respetiva aplicação que permite levantar encomendas nestes disposi tivos, colocados em zonas estratégi cas, favorecendo a comodidade dos clientes finais (caixa da página 38). No contexto da restauração, a

Atualidade conta ainda a história da d eliverect (caixa da página 39), que promete facilitar a vida aos restaurantes, através de soluções que gerem todos os pedidos, paga mentos e entregas, independente mente da plataforma em que foram feitos. d e assinalar que o mercado de entrega de comida foi avaliado em 64,13 mil milhões em 2020 e estima-se que chegue aos 210,5 mil milhões até 2028, de acordo com dados publicados no market.us. O comércio eletrónico veio para ficar e em casos como o El c orte i nglés cresce a três dígitos, desde 2019 (caixa na página 40). Este canal é cada vez mais também uma tendência entre empresas. O e-commerce B2B (business to busi ness) foi avaliado em 7,3 biliões de dólares em 2020 e poderá alcançar os 18,57 biliões em 2026, de acor do com a empresa de estudos de Mercado irlandesa Research and Markets. A consultora frisa que o mercado de comércio digital entre empresas vale seis vezes mais do que o B2 c . “À medida que as empresas locais e internacionais passam a comprar na i nternet em busca de velocidade, conveniência e experiências de compra simples, espera-se que estes números aumen tem. i sso impulsionará a procura por plataformas de comércio eletró nico B2B, incentivando vendedores B2B historicamente offline a criar um site de comércio eletrónico.” Se a atual incerteza económica aconselha a prudência nos investi mentos, a digitalização ganha pon tos na tabela de prioridades, e a integração de comércio tradicional com o digital parece ser o caminho a seguir. Os avanços da inteligên cia artificial, na análise de dados e no marketing estão a mudar a forma como vendemos, como compramos e a perceção que temos dos produtos. O comércio vai con tinuar na rua e o e-commerce também.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 35 gran DE t E magran tema

tema

DPD Portugal: serviços de entregas vão continuar a aumentar

total de 23,8 milhões de en comendas em 2021, mais 10,8% do que em 2020. Os resultados também foram positivos, com um volume de negócios de 88,5 milhões de euros em 2021, que traduz um crescimento de 12,1% face a 2020.

Os dois últimos anos foram de ex pansão para o DPDgroup (o nome significa Distribuição Dinâmica de Pacotes e inclui as marcas de ser viços de entregas DPD, Colissimo, Chronopost, Seur e BRT), assinala Olivier Establet, CEO da DPD Por tugal: “Em 2020, o DPDgroup teve 11 mil milhões de euros de recei ta, um crescimento de 42% face a 2019, representando 1,9 mil mi lhões de encomendas entregues, uma subida de 500 milhões face a 2019. As entregas a particulares representaram 55% do total de encomendas tratadas pelo DPD group, mais 57% de crescimento orgânico face a 2019. Já em 2021, a receita foi de 14,7 mil milhões de euros, 14,8% acima de 2020, tendo sido entregues 2,1 mil milhões de encomendas, o equivalente a 8,4 milhões de encomendas por dia.” O grupo, atualmente sedeado em França e fundado na Alemanha, em 1976, obteve um lucro operacional superior a mil milhões de euros pela primeira vez na sua história. “Os re sultados alcançados em 2021 são impressionantes e consolidam o poderoso impulso de crescimen to do DPDgroup”, frisou o CEO e COO Europa do DPDgroup, Yves Delmas, especificando que “no período de dois anos, as receitas aumentaram mais de 60% e o lucro operacional da empresa mais que duplicou”.

Em Portugal, o grupo entregou um

Este crescimento impôs no vos desafios à empresa, salienta Olivier Establet: “Procuramos dar a melhor resposta às necessida des do setor e, nomeadamente, dos clientes, reforçando a nossa atividade e os nossos recursos sempre que necessário. Existem momentos-chave em que o temos de fazer, como na Black Friday e no Natal, alturas em que a procu ra por serviços de entrega é maior. No ano passado, a DPD entregou cerca de 2,8 milhões de encomen das na peak season – de 24 de no vembro a 24 de dezembro – e para tal aplicámos medidas estruturais para responder ao fluxo de entre gas, como a contratação de mais de 600 colaboradores nas áreas da triagem e entrega de encomendas e no serviço a clientes.”

Olivier Establet sublinha que o foco do grupo “tem estado na oferta, aos clientes e consumidores, de soluções de entrega e recolha de encomendas que se ajustem às suas necessidades, proporcionan do uma maior flexibilidade do que a tradicional entrega em casa”. A empresa aposta “nas lojas da rede pickup e dos lockers (cacifos) es palhados pelo país”, que permitem aos e-shoppers “escolher a forma mais conveniente para levantar as suas encomendas”.

Os cacifos inteligentes estão em expansão, diz o CEO da DPD Por tugal: “O segmento de entregas através dos lockers tem mostra

do um crescimento na adesão por parte dos clientes desde 2020, ano em que instalámos os primeiros lockers. Os dados do Barómetro e -Shopper 2022 da DPD mostraram, pela primeira vez, uma percenta gem de utilizadores a preferir esta via para o levantamento das suas encomendas, o que nos mostra que há cada vez mais pessoas a estarem familiarizadas com esta solução e a encontrarem na mesma uma opção mais viável para o seu dia-a-dia. Este ano, decidimos au mentar a dimensão dos cacifos no âmbito da expansão do serviço da DPD em Portugal. Para tal associá mo-nos à Auchan para instalar um cacifo de grandes dimensões na loja que abriu em Cascais. A previ são é a de, em breve, instalar es tes cacifos noutros locais. Além da Auchan, temos contado com vários parceiros. Logo no ínicio, em 2020, juntámo-nos à FNAC e à Leroy Mer lin para a instalação de 40 cacifos que vieram reforçar a rede Pickup. No final de 2021, ampliámos a rede de lockers com 15 novas instala ções nos centros comerciais da Sonae Sierra e para as quais nos associámos à Pudo Portugal, ten do mais tarde iniciado a instalação de uma centena de equipamentos nas estações de serviço da Repsol. Neste momento, são cerca de 200 os lockers pickup da DPD.”

Relativamente às lojas pickup, a DPD Portugal conta “com uma rede de 1000 lojas pickup espalhadas por diferentes zonas do país, e o objetivo é alargar a rede a todas as localidades de Portugal”, avança o gestor, ressalvando que já dispõem de “centenas de equipamentos em diferentes regiões, estando pelo menos 95% da população portu guesa a uma distância inferior a 15 minutos de um destes pontos”.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202236 gran DE t E ma gran

Olivier Establet recorda que através do website da DPD Portugal, “as empresas e lojas podem aderir à rede e tornarem-se um dos pontos pickup da DPD”.

O investimento em tecnologia tem que ser expressivo, defende o CEO da DPD Portugal: “A tecnologia tem sido uma grande aliada da DPD, nomeadamente no que toca a agi lizar a comunicação com o cliente/ consumidor e a oferecer ferramen tas que permitem conferir a melhor experiência, com conveniência e flexibilidade, aos mesmos. É o caso da app myDPD, que permite aos e-shoppers acompanhar todo o percurso das encomendas, e redirecioná-las, sempre que ne cessário, e do DPD Now, um ser viço de entrega, em parceria com a Stuart, através do qual cada cliente pode escolher receber a encomen da com um prazo de entrega de uma hora após efetuar a compra, no próprio dia, ou programar essa entrega até sete dias após a enco menda. Para tal, tem de registar a encomenda no portal DPD ou no DPDShip.”

A comunicação tem sido também uma prioridade, acrescenta o ges tor: “Durante a pandemia, de ma neira a reduzir o distanciamento social e a assegurar a segurança de todos, a DPD desenvolveu o Chat bot Maria com o intuito de fazer fluir a informação de forma mais célere para os clientes, bem como o Fol low My Parcel, para o acompanha mento das encomendas em todas as etapas pelos clientes, culminan do no Live Tracking das mesmas, e o Operations Control Center, uma ferramenta que permite gerir ope racionalmente os processos ine rentes à actividade da DPD, pelas equipas de gestão. Estas ferramen tas permitiram aproximar a DPD

dos seus consumidores numa fase marcada pelo aumento de distribui ção de produtos ponto a ponto.”

A DPD quer tornar o negócio cada vez mais sustentável, "não só atra vés das soluções descritas acima, mas também através da descarbo nização da frota DPD". A empresa terá este ano "127 viaturas elétricas em cidades como Porto, Guarda, Évora e Viseu, representando 18% da frota". Em Lisboa, a DPD dispõe desde 2021 de "55 viaturas elétri cas, descarbonizando as entregas na capital a 100%". Em 2023, "pre vemos expandir este número para 208 viaturas 'verdes', o que irá re presentar 54% da frota própria da DPD”, acrescenta. Também os ca cifos inteligentes "permitem reduzir o número de deslocações e, assim, o número de emissões de CO2”, realça o CEO da empresa em Por tugal, vincando que a DPD tem sido pioneira na promoção de projetos de sutentabilidade: “Desde junho de 2019, medimos a cada entre ga as partículas do ar mais finas e perigosas, graças ao Programa de Diagnóstico da Qualidade do Ar.

Em 2020, oferecemos à cidade de Lisboa dois equipamentos inova dores – as City Tree – que permi tem obter dados adicionais funda mentais e identificar áreas verdes e pontos críticos da cidade. Recente mente, aderimos ao Pacto de Mo bilidade Empresarial de Braga, que tem como intuito liderar a transição para uma mobilidade mais susten tável ao assumir o compromisso de implementar um conjunto de ações que promovem uma mobilidade descarbonizada, multimodal e in clusiva nesta cidade.”

O responsável pelo mercado por tuguês acredita que não haverá marcha atrás no que se refere ao e-commerce: “Tendo em conta

a adesão que temos observado, por parte de diferentes tipos de clientes, às soluções de entrega da DPD, acreditamos que esta é uma realidade que veio para ficar devido à comodidade e flexibilida de que fornecem. De acordo com a nossa experiência no mercado, quase nove em dez consumidores ficam fidelizados ao comércio ele trónico depois de experimentarem pela primeira vez. Muitos come çam por efetuar estas compras online numa determinada área e, gradualmente, vão alargando a outros segmentos. A pandemia veio, efetivamente, acelerar esta realidade e o processo inevitável de adesão às encomendas online, bem como a outras alternativas de entrega que vão além do tradicio nal transporte até às moradas dos consumidores. Confiamos que o processo continuará a desenvolver -se e a conquistar, cada vez mais, a preferência dos e-shoppers, com novas soluções que fazem uso da tecnologia para oferecer a melhor experiência de entrega e recolha de encomendas, e que, em simul tâneo, contribuem para um setor cada vez mais descarbonizado, com base em soluções e recursos sustentáveis.”

Além dos clientes particulares que derivam do boom a que se assistiu no comércio online, o segmento de clientes empresa também é signi ficativo para o grupo, como refere Olivier Establet: “O B2B vale para a DPD cerca de metade da nossa actividade. Além dos serviços na cionais, baseados em horários de entrega (até às 10h00, até às 13h00, até às 18h00), disponibilizamos uma oferta para as exportações, assente no transporte rodoviário ou aéreo, potenciados pela rede de parceiros do DPDgroup.”

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 37 gran DE t E magran tema

ma gran tema Bloq.it, a startup portuguesa na linha da frente dos cacifos inteligentes

O consumidor compra online e pode levantar a encomenda no cacifo in teligente (smart locker), no local e à hora que lhe seja mais conveniente, através de uma aplicação móvel, que também viabiliza o pagamento. O negócio da Bloq.it assenta nesta ideia, como conta João Lopes, um dos fundadores: “O conceito inicial da Bloq.it nasceu enquanto fazia um curso de verão sobre inovação e em preendedorismo em Sillicon Valley, em 2018. Conheci um dos meus fu turos co-founders, e a ideia surgiu lá. Continuamos a desenvolver o con ceito, e em 2019 começamos a Bloq. it.” A empresa fundada por João Lo pes, Ricardo Carvalho e Miha Jago dic, produz os cacifos e a aplicação que permite gerir o processo, desen volvendo “uma solução holística de Smart Locker de ponta a ponta para qualquer caso de uso, independen temente do setor”, como explicam na página web da empresa. João Lopes comenta que captaram a atenção dos investidores: “Sendo uma startup, com uma tecnologia diferenciadora e num mercado dis ruptivo, já levantamos várias rondas de investimento de investidores ins titucionais e business angels.” Na primeira ronda levantaram 450 mil euros de investimento de capital pri vado e 600 mil na segunda. A empresa começou a gerar recei tas em 2019 e não parou de crescer, assinala o empreendedor: “Neste

momento, a Bloq.it é um dos principais players na indústria dos Cacifos Inteli gentes. Vendemos a nossa tecnologia a outras empre sas, que estão a criar servi ços relacionados com esta tecnologia. O nosso volume de receita é bastante sig nificativo, e já nos permite estar próximos de sermos autossus tentáveis. Desde que começamos, em 2019, a nossa faturação anual tem crescido, em média, mais de 1.000% por ano. Este ano a nossa faturação deverá situar-se entre os três e os quatro milhões de euros.”

A startup portuguesa venceu um prémio no parque tecnológico de Silicon Valley (Califórnia), tendo sido distinguida como scaleup do ano no "Startup Grind Global Conference 2022", organizado pela maior comu nidade global de startups. A Bloq.it conquistou o primeiro lugar entre as mais de mil empresas candidatas, numa votação online feita pela co munidade tecnológica, atendendo a critérios como o crescimento das empresas e o impacto da sua tec nologia no setor em que operam. O prémio foi de 50 mil dólares, atribuí do pelo CTO da Microsoft for Star tups, principal parceiro do evento. A empresa vencedora terá oportunida de de participar na próxima edição do evento, na qualidade de speaker Este reconhecimento poderá aju dar a abrir portas num mercado tão competitivo como os EUA e onde a empresa já atua. Atualmente, a Bloq.it está presen te em vários países e pretendem continuar a apostar na internacio nalização, frisa João Lopes: “Neste momento, mais de 90% da nossa faturação vem de mercados exter nos. Tendo um produto diferencia

do e agnóstico, o nosso processo de internacionalização foi 'guiado' pelas necessidades desses merca dos. A nossa tecnologia pode ser facilmente aplicada em diferentes países, sem grandes adaptações ou um grande esforço de internaciona lização.”

Os primeiros cacifos Bloq.it foram pensados para o consumidor final e instalados em duas praias da zona de Lisboa, mas rapidamente os fun dadores desta startup perceberam que deveriam desviar o foco para o mercado empresarial, conta João Lopes: “O nosso primeiro cliente

B2B foi a Sonae Sierra. Na altura, em plena pandemia, os centros comer ciais viram o seu funcionamento nor mal a ser legalmente limitado. Surgiu uma oportunidade de aplicarmos a nossa tecnologia de smart lockers, para rapidamente criar um serviço que permitia fazer as compras em várias lojas do centro comercial e recolhê-las num dos nossos cacifos inteligentes situados no parque de estacionamento, sem ter de entrar no espaço.” .”

O mercado português “ainda está numa fase inicial no que toca a smart lockers”, refere o gestor, no entanto, prevê “que seja um segmento de crescimento acelerado nos próxi mos anos”. O mercado espanhol também “não é, ainda, significativo, visto que não surgiu a oportunidade de desenvolver um projeto de gran de escala em Espanha”. A empresa está a crescer a um bom ritmo e os fundadores querem liderar o seg mento em que operam: “O nosso objetivo é ser o principal player na indústria de smart lockers a nível glo bal. Temos um plano traçado, que estamos a executar, e acreditamos que isto é possível dentro de dois a três anos.”

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202238 gran DE t E

Deliverect ajuda restaurantes na gestão de encomendas

O serviço de take away aliou-se à tecnologia que permite encomendar online e aos serviços de entrega ao domicílio, “casaram” e não mais se separaram. Se são sempre “felizes”, caberá aos clientes decidir, mas para a Deliverect, uma startup belga fundada em 2018, o segredo da “fe licidade” passa por uma aplicação que facilite a vida aos restaurantes, conta Sergio Osona, diretor-geral da empresa em Espanha e Portugal: “O nosso software automatiza a ges tão de todas as encomendas que chegam aos restaurantes através de plataformas de entrega ao domicílio, garantindo uma redução drástica dos prazos de entrega e do risco de erros devido a operações manuais. Forne cemos relatórios em tempo real que podem ajudar a otimizar a estratégia de vendas online. Isto, sem custos ex tras com pessoal, mantendo a equipa focada no atendimento na sala.” Jose Peres, partner manager da De liverect em Espanha e Portugal, lem bra que a startup, “em pouco tempo se posicionou como líder e referência na otimização de gestão de pedidos online”. A empresa está a crescer no mercado ibérico: “Chegamos a Es panha em 2020, com escritórios em Madrid e uma equipa multidisciplinar, composta por perfis jovens e empre endedores. Neste mercado, a Deli verect soma 2.500 estabelecimentos como parceiros (150 em Portugal) e processou mais de 17 milhões de pe didos. O nosso posicionamento é de liderança e de referência de soluções para gestão eficaz de operações de entrega. Temos aprendido muito. Ve mos uma grande oportunidade para a proposta de valor da Deliverect em Portugal e acreditamos que é hora de apostar nela.” A empresa procura “reforçar a relação com os clientes existentes através do lançamento de novos produtos e soluções” e tenta

“alargar a atual carteira de clientes a todos os que necessitem de gerir efi cientemente as encomendas online, para ajudar mais restaurantes a ter sucesso neste competitivo setor”. A aposta na inovação é permanente, frisa Sérgio Osona: “A tecnologia e a inovação são cruciais para encontrar as soluções mais disruptivas. Basea mos o nosso core business na inova ção, estando em constante evolução para responder às necessidades da restauração e acrescentar valor aos clientes que encomendam online. Desenvolvemos novas funcionalida des como o Deliverect Marketplace, um ponto de encontro que disponi biliza todos os recursos para expan dir o negócio tradicional, criar novas marcas virtuais e obter novas recei tas; o Kitchen Display, que melhora a comunicação direta com o respon sável pela entrega ao domicílio, para um processo mais rápido e fácil. Re centemente, graças a novas funcio nalidades como o Dispatch, também favorecemos uma maior eficiência na entrega das encomendas. De forma simples, os pedidos são atribuídos automaticamente a diferentes plata formas de lastmile(a parte em que se interage com o cliente) baseadas em diferentes parâmetros, como a entre ga mais barata ou a mais rápida (de acordo com as necessidades e pre ferências do restaurante).”

A inflação traz dificuldades acresci das, diz o gestor: “A maior dificuldade dos restaurantes é o aumento da in

flação. No HORECA, a taxa de infla ção disparou 7,6% no mês de julho, condicionada pela instabilidade dos preços da energia e da alimentação. Queremos ajudar as empresas a garantir que o aumento de preços e o declínio do poder de compra dos clientes não afete os seusl ucros.”

Resistir à digitalização não é o cami nho, argumenta Sérgio Osona: “Ain da há uma grande percentagem de profissionais de restauração que não veem a tecnologia como uma opor tunidade, mas sim como um gasto do qual podem prescindir. A digitali zação permite um controlo mais pró ximo, em tempo real, do processo de preparação e entrega de um pedido, podendo monitorizá-lo para reduzir os tempos de espera. Isso melhora a relação de confiança, fidelizando os clientes. Os que não se adapta rem correm o risco de ficar para trás e desaparecer." Tanto para a expansão de marcas existentes como para a chegada de novas, "a adoção de solu ções como a Deliverect assegura uma maior competitividade”, sustenta. A rapidez será cada vez mais uma exigência, aponta Sérgio Osona: “O quick commerce é a próxima evolu ção em comércio eletrónico e deli very; os consumidores esperam que as entregas cheguem o mais rápido possível. Queremos que a nossa so lução seja capaz de garantir que os clientes recebam os seus pedidos online a tempo e que os restaurantes tenham a tecnologia capaz de o as segurar sem contratempos.”

As soluções da Deliverect estão em 40 mercados, em mais de 30.000 establecimentos e a empresa dispo nibiliza mais de 300 integrações, no que se refere a sistemas TPV, a pla taformas de delivery, soluções para encomendar online, plataformas de entrega de last mile ou sistemas de gestão de stock”.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 39 gran DE t E magran tema

gran tema

O El Corte Inglés online cresce a três dígitos em Portugal desde 2019

o Click&Car, o Click&Collect e a Entrega no Dia e ainda o serviço de apoio ao cliente online e o re forço na operação logística.”

Quando a pandemia obrigou a maioria das lojas a fecharem as suas portas, a janela do online foi o balão de oxigénio para que muitas delas continuassem a fa turar, nesse período. No entan to, os efeitos na faturação con tinuam, já que os atributos do comércio eletrónico conquista ram e fidelizaram novos consu midores. Para o El Corte Inglés, “as vendas online têm um peso cada vez mais significativo tan to para a empresa em Portugal como para o grupo”, assegura a Direção do grupo em Portugal, especificando que “em algumas categorias de produto, a loja on line tem já um peso de cerca de 20% na venda”. Em Portugal, “a loja online tem crescido a três dígitos desde 2019”, informa a direção. O grupo procurou dar resposta às exigências que este canal de vendas impôs: “Devi do ao crescimento das vendas acentuado pela pandemia, o El Corte Inglés desenvolveu em meses, aquilo que, num período normal, levaria anos e, por essa razão, os investimentos no onli ne evoluíram muito rapidamente.

A pandemia aumentou as vendas através do canal online e, uma parte muito significativa, desse crescimento apoia-se na apos ta que o El Corte Inglés feito na criação e melhoria de serviços de entrega mais convenientes - que permitem ao cliente es colher quando e onde quer re ceber ou recolher as suas com pras. A par dos novos serviços, o El Corte Inglés lançou também uma app de forma a privilegiar, ainda mais, a conveniência no momento da compra. No que diz respeito aos avanços tecnológi cos, o El Corte Inglés continua a evoluir, com projetos objetivos e melhorias bem definidos. Um dos grandes objetivos passa pela contínua aposta na relação com o cliente e na experiência omnicanal. Para o El Corte In glés, o investimento nesta área é uma das prioridades da empre sa e do grupo. O investimento canaliza-se, sobretudo, para a os serviços que tornam a expe riência de compra diferenciado ra como é o caso da variada e qualificada oferta de produtos, a variedade de serviços como

O El Corte Inglés trabalha com parceiros logísticos distintos (em Portugal e em Espanha), depen dendo da modalidade de entrega que o cliente escolheu durante o processo de compra: “Para as Entregas no Dia, temos atual mente dois parceiros, e para as entregas next day, temos vários parceiros, dado que fazemos entregas de produtos com tipo logias distintas, desde alimenta ção a artigos de grande volume. Temos ainda parceiros que asse guram as entregas nas regiões autónomas.”

Alimentação, tecnologia, moda e casa e decoração são as áreas mais procuradas tanto em Por tugal como em Espanha, infor ma a Direção do El Corte Inglés, acrescentando que o cliente “aprecia cada vez mais a rapi dez e previsibilidade bem como a conveniência”. Neste sentido, “as equipas de operações do El Corte Inglés procuram, dia riamente, otimizar operação, com o objetivo de melhorar a experiência last mile associa da à compra online”. A direção do grupo em Portugal remata, sublinhando que “o El Corte In glés prima desde sempre pela excelência no serviço e é essa a experiência que quer propor cionar, independentemente do canal que o cliente eleger”, pelo que “trabalha diariamente com o objetivo de melhorar continua mente o processo de compra online e a experiência do clien te, quer nas lojas físicas quer na web ou app”.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202240 gran DE t E ma

crs advogados assinala sete anos de existência e muda de instalações

A sociedade CRS Advogados mudou para um novo escritório localizado em Campolide, Lisboa.

Nuno Pereira da Cruz, managing partner da CRS Advogados, refe re que “com o novo escritório, a sociedade terá capacidade para continuar a apostar no reforço da equipa e no plano de expansão”. E adianta: “a mudança é o culmi nar de um investimento na nossa equipa e em disponibilizar os melhores acessos numa lógica de proximidade e cuidado com os nossos clientes”.

A sociedade tem ainda escritó rios no Porto e Algarve.

A Cruz, Roque, Semião e Associados iniciou em 2015 a sua atividade com os sócios fundado res, Nuno Pereira da Cruz, Raquel Galinha Roque e Telmo Guerreiro Semião. Trata-se de uma socie dade full service, vocacionada para as áreas de atuação de contratualização e contencioso e focada no direito empresarial.

azeredo perdigão&associados destacada no “iFlr 1000”

A sociedade Azeredo Perdigão & Associados foi novamente destacada na edição de 2022 do diretório internacio nal “IFLR 1000 – The Guide to the World’s Leading Financial Law Firms”. Na sequência de uma ação de research para a referida edição deste diretório, levada a cabo

Em trânsito:

pelos membros que integram a equipa da “IFLR 1000”, a Azeredo Perdigão & Associados viu os seus Departamentos de M&A e de Restructuring/ Insolvency serem destacados. Também um dos advogados desta socieda de– Miguel de Azeredo Perdigão– foi distingui do, na área de M&A, como “highly regarded”.

A sociedade agradeceu aos seus clientes, a inclusão no diretório, realçando que tal se deve “ao feedback positivo e à confiança que os nossos clientes conferem ao nosso trabalho e à nossa marca e que transmitiram à equipa de research da IFLR 1000”, referiu a sociedade, em comunicado.

» A sociedade de advogados DLA Piper ABBCeire reforçou a sua equipa com a integração de duas novas sócias no escritório de Lisboa: Patrícia Paias e Stéphanie Sá Silva. Patrícia Paias tem uma experiência de quase 20 anos no setor de life sciences em reconhecidas sociedades de advogados em Portugal, e, nos úl timos anos, em posições internacionais de lideran ça na Sandoz International e na Gilead Sciences. Regressa a Portugal e à advocacia como sócia da DLA Piper ABBC em life sciences e IPT, com espe cial enfoque em litigância de patentes. Já Stéphanie Sá Silva tem uma experiência en quanto jurista e advogada de quase 17 anos, ten do dedicado grande parte da sua atividade profis sional à área de prática de M&A e societário e ao setor da aviação. Nesse período, esteve integrada em reconhecidas sociedades de advogados, tendo sido nos últimos anos diretora jurídica da TAP Air Portugal. Regressa assim à advocacia como sócia da DLA Piper ABBC em aviação e societário.

» A Pinto Ribeiro Advogados anunciou o reforço da sua equipa, com a entrada de Teresa Alves de Sousa (na foto) como of counsel e coordenadora do Departamento de Direito Fiscal. Teresa Alves de Sousa, que transita da SRS Advo gados, tem uma vasta experiência na assessoria no âmbito do direito fiscal a empresas e clientes individuais.

“Ao longo do seu percurso pro fissional, destaca-se também o seu envolvimento e know–how em reorganizações societárias (na vertente fiscal), investi mento interno e internacional e apoio a clientes em inspeções tributárias e assuntos de con tencioso tributário, bem como o apoio ao investimento imobi liário e em processos de fixação de residência fis cal em Portugal e no estrangeiro”, adianta a Pinto Ribeiro Advogados.

42 a DV ocacia E F iscali D a DE abogacÍa y Fiscalidad
actualidad € outubro de 2022 Foto a rquivo

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abreu advogados promoveu terceira edição da sua “sustainability school”

AAbreu Advogados promoveu, nos pas sados dias 7 a 9 de setembro, mais uma edição da “Abreu Sustainability School”, que este ano foi dedicada à relação entre sus tentabilidade, tecnologia e inovação digital. Este curso de verão promovido pelo Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados contou com mais de 40 alu nos finalistas do curso de Direito, que, ao longo de três dias, tiveram a oportunidade de participar em mais de 30 horas de formação, debates, desafios temáticos e momentos de networking Esta edição realizou-se em formato híbri do (presencial e digital), tendo sido deba tidos temas como “Blockchain, crypto, web3, DeFi, Metaverso- Utopia de liber dade ou pesadelo ambiental?”, ou ainda questões como “A tecnologia pode salvar o planeta?” e “Digitalização e empreende dorismo social”.

De salientar que a Abreu Advogados foi a primeira sociedade de advogados a publicar, em 2008, um relatório de sus tentabilidade de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). No mesmo ano, a sociedade tornou-se mem bro do BCSD – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável. Desde 2015, que a Abreu integra o movi mento internacional “B Corp” e anun ciou recentemente a adesão ao programa Climate Ambition Accelerator da United Nations Global Compact.

Este ano, a sociedade de advogados apre sentou o seu sétimo relatório de susten tabilidade, que contempla os principais indicadores e as atividades que foram desenvolvidos no período de 2020-2021, no campo económico, social e ambiental. O documento espelha os projetos, as principais parcerias e as iniciativas de

iscali

literacia jurídica, a promoção de conhe cimento desenvolvidas pela socieda de e o alinhamento do escritório com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. É neste enquadramento que a Abreu Advogados organiza inciativas como a sua “Sustainability School”, esta dedicada à sensibilização dos estudantes finalistas de Direito para os temas da sustentabilidade, além da apresentação do serviço de ESG, focado na integração destes critérios na ati vidade e estratégia das empresas, ou ainda o lançamento do Happiness Hub, uma área interna especializada no bem estar pessoal e profissional dos colaboradores.

Destaque ainda para o serviço jurídico pro bono da Abreu, que dedicou mais de cinco mil horas a 33 instituições. A Abreu Advogados disponibilizou ainda mais de 12 mil euros a várias iniciativas de cariz social.

cca law Firm com novo escritório em lisboa

ACCA Law Firm, sociedade de advogados especializada no apoio a empresas tecnológicas, mudou de instalações para Alcântara. Uma nova sede na capital, com “o dinamismo e versatilidade que permitem responder às necessidades de flexibilidade das empresas e negócios atuais, com um ambiente de trabalho que estabelece uma maior proximidade entre os seus colaboradores, clientes e parceiros”, de acordo com um comunicado do escritó rio lisboeta.

Domingos Cruz, managing partner da CCA, refere que “dada a referência da CCA no mercado tecnológico, fazia todo o sentido esta mudança para um espaço de trabalho que representa a nossa cultura inovadora e aposta num conceito de proximidade com os dife rentes stakeholders. Estando no nosso ADN a inovação e a tecnologia, e sendo a CCA reconhecida pela flexibilidade e agilidade, o mote foi passar para este projeto estas mesmas características

pelas quais somos conhecidos. Temos agora um espaço que também pretende ser uma nova forma de apoiar e estar conectados aos nossos clientes e par ceiros”.

Em termos arquitetónicos e funcionais, este projeto procurou “redesenhar o escritório de advogados do século XXI”, num contexto de trabalho flexível no pós-pandemia. Situado no interior de um edifício histórico dos anos 40, um armazém do porto de Lisboa com ampla

vista sobre o porto e o rio Tejo, a concretiza ção do escritório con templou a construção de uma mezzanine adicional no interior do espaçoso edifício industrial adaptado às novas realidades e diferentes conceitos de coworking

Uma forma de “pro jetar uma imagem de mudança e modernidade na forma como o trabalho jurídico é realizado. O novo espaço permite, a quem o visita, uma perceção real do trabalho que é desenvolvido diariamente pela socieda de e pelos seus colaboradores”. O projeto está na lista de finalistas do “World Architecture Festival 2022” para os prémios de design de interiores, num festival que procura reconhecer os melhores projetos de arquitetura a nível mundial.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 43 a DV ocacia E F
D a DEabogacÍa
Fiscalidad
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João Guimarães/ JG Photography

por telma nunes*

O eIDAS e a sua regulamentação: a nova cultura de assinatura e certificação digital com garantias de segurança, confidencialidade e confiança

Numa altura em que o tra balho à distância se tornou uma realidade para todos os operadores económicos, os documentos eletrónicos e a assinatura digital têm-se revelado um instrumento de grande importância para dar seguimento às mais variadas atividades, não só internamente, mas também no âmbito intracomunitário entre estados, tornando-se necessário proteger a autenticidade, a integridade e a confidencialidade dos documentos.

Na união Europeia, têm vindo a ser adotadas diversas medidas, que visam a implantação do Mercado Único digital Europeu, assegurando a implementação dos mecanismos necessários que permitam nas admi nistrações públicas e nas empresas dos Estados-membros, acelerar a criação e verificação das assinaturas eletrónicas.

As assinaturas eletrónicas foram reconhecidas pela primeira vez na legislação europeia na diretiva 1999/93/Ec do Parlamento e do conselho de 13 de dezembro de 1999 (“diretiva e-signature”), que veio instituir um quadro legal comu nitário para assinaturas eletrónicas e

para serviços de certificação, com o objetivo de facilitar a utilização das assinaturas eletróncias e contribuir para o seu reconhecimento legal. desde 1 de julho de 2016, as assi naturas eletrónicas na uE são regu ladas pelo Regulamento da União Europeia n.º 910/2014 sobre os serviços de identificação eletrónica e os serviços de confiança para as transações eletrónicas no merca do europeu (Regulamento eIDAS), que veio proporcionar um quadro regulamentar previsível e diretamente aplicável a todos os Estados -mem bros, para permitir operações eletró nicas seguras e eficientes entre empre sas, cidadãos e autoridades públicas. com o intuito de aumentar a con fiança e segurança das transações online, promovendo a transmissão de dados entre terceiros por meios eletrónicos, a par das assinaturas ele trónicas, o Regulamento eidAS veio também regular a criação dos selos eletrónicos, dos selos temporais, a marca de confiança “Eu”, os servi ços de envio registado eletrónico e os certificados para autenticação dos websites, bem como os prestadores de

serviços de confiança associados.

Há pouco mais de um ano foi publi cado o Decreto-Lei n.º 12/2021, de 9 de fevereiro, que assegura a execução na ordem jurídica interna do Regulamento eIDAS, e que visa atualizar a legislação interna sobre a validade, eficácia e valor probatório dos documentos eletrónicos; regu lar o reconhecimento e aceitação na ordem jurídica portuguesa, dos meios de identificação eletrónica de pessoas singulares e coletivas; rever as normas aplicáveis ao Sistema de certificação Eletrónica do Estado – infraestrutura de chaves Públicas (ScEE), designar o Gabinete Nacional de Segurança (GNS) como autoridade credencia dora nacional e supervisora, e, por último, definir o quadro sancionató rio aplicável em caso de infração das normas do Regulamento.

Este diploma tem um amplo âmbito de aplicação, compreendendo tanto os documentos eletrónicos elabo rados por pessoas singulares, como por pessoas coletivas privadas e pela Administração Pública; abrangendo também os sistemas de identificação eletrónica notificados pelos Estados-

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202244 opinião opinión
José clara**

membros da união Europeia, em tudo o que não contrarie ou seja omisso no Regulamento eidAS.

uma das principais inovações intro duzidas por estes diplomas, foi a regulação dos prestadores de serviços de confiança, ou seja, todas as pessoas singulares ou coletivas, públicas ou privadas, que prestem um ou mais serviços de confiança (i.e. assinaturas eletrónicas; selos eletrónicos; selos temporais; serviços de envio registado eletrónico; autenticação de websites) qualificados ou não qualificados, que contam com as certificações requeri das e a capacidade técnica para dotar as transações eletrónicas dos mecanis mos de confiança.

O estatuto de prestador de servi ços de confiança qualificado apenas é concedido ao prestador de servi ços de confiança pelo GNS – enti dade supervisora – que observe os numerosos requisitos definidos no

Regulamento eidAs para a sua habi litação, sendo-lhes exigido, nomeadamente, a implementação de medidas para impedir a falsificação ou altera ção dos dados constantes dos certi ficados; a garantia da exclusividade dos dados de criação de assinatura utilizados para assinar certificados qualificados e a garantia de acesso ao GNS às informações, documentos instalações e equipamentos.

As comunicações certificadas legais são transversais a todos os setores, permitem comunicar com clientes, fornecedores, e empregados de forma confiável com total validade jurídica. Empresas B2c, como seguros, finan ças, utilidades, serviços, imobiliário, entre outros, fazem uso intensivo de comunicações certificadas legais que lhes são particularmente indicadas enquanto à informação que prestam e com especial relevo às consequên cias vinculativas do que se comuni

ca. desta maneira, departamentos comerciais, de recursos humanos, jurídicos, marketing ou atenção ao cliente podem usá-los para processos de contratação, rescisões de contrato, cortes de abastecimento, extinção de contratos, sanções, ou pedidos de consentimento exigidos pelo RGPd.

Em conclusão: só as entidades cer tificadoras compreendidas o sistema de certificação eletrónica do Estado (“ScEE”), ou os outros prestadores de serviços de confiança reconheci dos por este, podem prestar serviços de confiança às entidades públicas. As entidades certificadoras que integram o ScEE devem cumprir as regras pre vistas no regulamento eidAS para a prestação de serviços de confiança. 

*Advogada sénior da Belzuz Abogados

Email tmn@belzuz.com.pt

**Diretor-geral da Customer Comms Portugal

Email jclara@customercomms.pt

opiniãoopinión
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s E tor imo B iliário sector inmobiliario

Bankinter investment e sonae sierra lideram grupo comprador do atrium saldanha

Ricardo Bofill.

O Bankinter investment, subsidiá ria de banca de investimento do Bankinter, e a Sonae Sierra con cluíram uma operação de aquisição do Atrium Saldanha, um dos mais importantes centros de escritórios em Portugal, localizado no centro de lisboa, estando o negócio sujeito ainda a aprovação da Autoridade da concorrência de Portugal.

O vendedor, Armando Martins, desenvolveu este edifício há 24 anos, com projeto de arquitetura de

A nova aquisição “dará acesso, principalmen te em Portugal, a um investimento de longo prazo, a uma operação com volume relevante e a um ativo seguro e resiliente”, adianta o grupo comprador. A operação consiste na constituição de uma sociedade de investimento e ges tão imobiliária portuguesa (SiGi), que adquirirá 100% das ações da imobiliária do Saldanha (imosal), proprietária do imóvel. A nova SiGi, denominada Atrium BiRE SiGi, “terá como acionistas o Bankinter e Sonae Sierra (ambos gestores da SiGi e do ativo), um grupo de inves tidores da Banca Patrimonial do Bankinter, tanto de Espanha como de Portugal, bem como do próprio vendedor e ex-proprietário do imó-

vel, grupo Fibeira, que manterá uma participação relevante, de 20%, na nova sociedade e cujo conhecimen to do ativo será, sem dúvida, um contributo muito valioso para o seu futuro”, acrescenta a mesma fonte.

O imóvel tem uma área bruta locável de 31 mil metros quadrados e uma ocupação próxima de 100%. É um edifício de uso misto que combina escritórios, comércio e estaciona mento. Atualmente, conta com mais de 100 inquilinos e a maior parte do arrendamento está concentrada em escritórios.

O Atrium BiRE SiGi será – uma vez terminada a operação – o décimo oitavo veículo de investimento lan çado pelo Bankinter investment nos últimos seis anos e o quinto veículo de investimento criado em parceria entre o Bankinter e a Sonae Sierra, “replicando os modelos de sucesso da ORES Portugal, ORES Socimi e outros”, adiantam as empresas.

passos manuel propõe apartamentos turísticos com contrato de arrendamento

Azona de Arroios, no centro de lisboa, vai acolher um novo pro jeto imobiliário de rendimento que disponibiliza no mercado um con junto de 72 apartamentos turísticos que serão vendidos com um contra to de arrendamento realizado com a Numa, uma empresa de origem alemã com operação nas principais cidades europeias. O contrato com a Numa é celebrado por 15 anos e tem garantida aos proprietários dos imóveis uma yield líquida que será, em média, de 3,5% ao ano.

A comercialização deste projeto, desig nado por Passos Manuel (na fotomon tagem), é assegurada pela consultora internacional Athena Advisers, com

preços que variam entre os 350 mil e os 495 mil euros.

Os apartamentos – com licença para atividade turística e ele gíveis para golden visa – estão disponíveis nas tipologias t0 e t1, com áreas entre 39 e 104 metros quadrados. Segundo david Moura-George, diretor-geral da Athena Advisers Portugal, “estes apartamentos são atualmente uma oportuni dade rara no mercado lisboeta. É um produto chave-na-mão, pronto para começar a gerar rendimento no ime diato, logo após a entrega dos imóveis, e que tem associado um contrato de longo termo com uma empresa sólida,

reconhecida pela sua experiência na gestão de arrendamentos turísticos e hoteleiros”.

As obras deverão iniciar-se no último trimestre deste ano e a entrega das uni dades de alojamento está prevista para o quarto trimestre de 2024.

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inmobiliario

s E tor imo

rE/maX collection apresenta oito empreendimentos residenciais premium

ARE/MAX collection, imobiliária líder no segmento de luxo, apre senta oito novos empreendimentos residenciais premium, localizados na região da Grande lisboa. São eles o Edifício Heritage 52 (na foto), linea Residences, NooBa, Gestilar Residences Miraflores, Villas do carmo, empreendimento Aurya, Montisnávia e Bom Sucesso. A RE/ MAX collection fez a apresentação dos projetos recentemente, num even to para consultores da marca e promo tores imobiliários.

A mediadora imobiliária, que dispõe atualmente de 979 consultores certi ficados neste segmento, junta, assim, ao seu portefólio oito empreendimen tos de características únicas, como o Edifício Heritage 52, em lisboa, na Avenida Miguel Bombarda, com sete frações t2, t4 e t5, uma por piso entre 260 e os 300 metros quadrados e jardim privativo comum a todas as frações. Outro dos destaques é o linea Residences, edifício focado na susten tabilidade e eficiência energética, loca lizado também em lisboa, que conta com 36 apartamentos de tipologias t1

a t4 duplex, duas urban Villas com piscina e terraço exclusivos e ainda duas lojas.

Em destaque também em lisboa, o condomínio privado de luxo Villas do carmo, que contará com quatro imó veis denominados de “Villas”. Villa Pombal é um desses quatro imóveis, sendo composto por 46 apartamen tos, com áreas privativas de 53 a 196 metros quadrados, no caso dos t3, e ainda quatro espaços de comércio.

Já no Barreiro, na margem sul do tejo, destaca-se o NooBa, um novo e moderno empreendimento habita cional com apartamentos à beira-rio, com tipologias que variam de t1 a t5 duplex e uma piscina no topo do edifí cio. um outro edifício que se junta ao portefólio da RE/MAX collection é o edifício residencial Gestilar Residences Miraflores, situado em Oeiras, com posto por 111 apartamentos (t2, t3 e t4). da apresentação constou ainda o Aurya, um novo empreendimento que irá nascer na Quinta do conventinho, em loures, e que irá dispor de apar tamentos com duas tipologias (t2 e t3).

Foram ainda apresentados outros dois empreendimentos, um deles o edi fício Montisnávia, situado na zona de Alcântara e que nasce da união e restauro de uma casa e uma antiga fábrica, dispondo de apartamentos t1 a t4, todos com terraço ou jardim privativo. O outro imóvel designa-se por Bom Sucesso e localiza-se em Belém, agregando um conjunto de quatro edifícios, com apartamentos t1 a t5.

reços de venda das casas aumentam

no primeiro semestre

Os preços de venda das casas em Portugal continental cresceram, até junho, 10,9% face ao semestre anterior. Em termos homólogos, o aumento foi de 17,6%, adiantam os dados do “Índice de Preços Residenciais”, apurado pela “confidencial imobiliário”.

“O crescimento dos preços no primeiro semestre reflete o ciclo de fortes subi das mensais observadas ao longo do ano. Em junho, os preços subiram 1,1% face a maio, mantendo as variações mensais acima de 1%. Ainda assim, este último registo mensal é o menos robusto de todo

o semestre, período em que em mais que uma ocasião os preços alcançaram aumen tos mensais superiores a 2%”.

Em lisboa, no período em análise, os preços das casas registaram uma subida semestral de 3,6% e homóloga de 10,6%. No Porto, os aumentos foram de 11,1 e 19,6%, respetivamente. O preço médio de venda foi de 2.046 euros por metro quadrado, conforme os dados do SiRSistema de informação Residencial, sendo de 4.220 euros/m2 em lisboa e de 2.985 euros/m2 no Porto.

Quanto aos preços de arrendamento, e

de acordo com o índice de preços do idealista, apresentaram uma subida de 1,4% em agosto face a julho. Arrendar casa tinha um custo de 11,6 euros por metro quadrado no final do mês de agosto deste ano, tendo em conta o valor media no. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 3,3% e a anual de 6,1%.

O preço de arrendamento em agosto subiu em nove capitais de distrito, com Viana do castelo a liderar a lista, seguindo-se Viseu, Braga, coimbra, Porto e lisboa. Por outro lado, os preços desceram ligeiramente no Funchal, leiria e Faro.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

s E tor imo B iliário sector inmobiliario

toVa, el primer prototipo de casa impresa en 3D con tierra local de España

El proyecto tova del instituto de Arquitectura Avanzada de cataluña (iAAc tardó 7 semanas

en completarse y se emplearon solo materiales de kilómetro cero y una grúa WASP, es decir una impresora

3d para la edificación. El proceso de construcción no ha generado residuos y tiene una huella de carbono casi nula, ya que los materiales se obtuvie ron en un radio de 50 metros. El proyecto ha sido concebido y desarrollado en las instalaciones Valldaura labs del iAAc por el equipo de estudiantes e investigado res del Posgrado de Arquitectura con impresión 3d (3dPA). El prototipo tova representa según sus impulsores el puente entre el pasado –arquitec tura vernácula de barro– y el futuro –tecnología de impresión 3d a gran escala–, que no solo servirá para cambiar la arquitectura del futuro, sino que será de gran utilidad a la hora de hacer frente a la actual crisis climática y de vivienda en todo el mundo.

grupo goya construirá 262 apartamentos para ampliar el mayor resort senior de alicante

El grupo inmobiliario Goya sigue apostando por el senior living con la segunda fase del que ha sido uno de sus grandes proyectos, el ‘resort’ para mayores de 65 años Forum Mare Nostrum en Alfaz del Pi (Alicante). l a promotora levan tará 262 nuevos apartamentos. En esta nueva fase denominada “ t he c omm” el proyecto contará con zonas ajardinadas, de ocio, instalaciones deportivas y zonas comerciales, así como una clíni ca con especialidades médicas. El proyecto de edificación dispone de las licencias urbanísticas que posibilitan el inicio inmediato de la obra, según la compañía. c on la construcción de la nueva fase, este complejo que supera rá los 128.000 metros cuadra dos, albergará viviendas, jardines,

zonas de ocio, deportivas y comer ciales, todas ellas adaptadas a los residentes y su estilo de vida. l a zona residencial sumará 262 apar tamentos, alcanzando así un total de 492 viviendas y una superfi

cie construida de 66.400 metros cuadrados con garajes, trasteros, jardines, piscinas, actividades de ocio y una c asa c lub central, además de restauración y servicios médicos.

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s E tor imo

MAPFRE y Swiss l ife Asset Managers han adquirido a El c orte i nglés el edificio situado en la calle Alberto Bosch 13, en Madrid, que albergó la antigua sede de la Real Federación Española de Fútbol (RFEF), una transacción en la que c olliers ha asesorado al vendedor.

Alberto Bosch 13 cuenta con una superficie aproximada de cuatro mil metros cuadrados distribuidos en siete plantas. Fue construido en 1970 y es un activo emblemático en la zona, caracterizada por concen trar un gran número empresas de servicios financieros y de inversión. d urante años fue la sede de Viajes El c orte inglés y de la Real Federación Española de Fútbol. Y

mapFrE compra a El corte inglés la antigua sede de la Federación Española de Fútbol la escasez de suelo logístico impulsa los proyectos llave en mano en catalunya

La escasez de suelo logístico ha pro vocado un incremento de los pro yectos llave en mano en catalunya. la contratación en este segmento ha alcanzado los 162.860 metros cua drados en el primer semestre, casi la mitad de los 392.883 metros cuadra dos transaccionados hasta el pasado mes de junio. “Esta tendencia, regis trada en los últimos años, permite adaptar las naves a las necesidades del cliente y ha provocado una moderni zación del parque industrial y logísti co de catalunya”, asegura el director de industrial y logística de cBRE Barcelona, david Oliva. la apuesta por los proyectos llave en mano ha supuesto una creciente robotización de las naves. “cada vez más, los operadores y retailers piden naves de última generación que cuen ten también con certificados de soste nibilidad, placas solares o cargadores

de vehículos eléctricos para reducir la huella de carbono”, añade david Oliva.

la escasez de suelo logístico también provoca un incremento de las naves multinivel. la promoción de este tipo de proyectos, generalmente de entre 21 metros y 24 metros de altura, es

una tendencia creciente en la primera corona de Barcelona.

las plataformas multinivel son ya una realidad en mercados como Japón, Francia o Reino unido, ya que permi ten maximizar el suelo en ubicaciones interesantes para los operadores logís ticos.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 49
B iliáriosector inmobiliario
los nuevos propietarios anuncian que someterán el inmueble” a una gran reforma para transformarlo en uso de oficinas de primera calidad”. 
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

start

ps E capital DE risco startups e capital de risco

advertio altera nome para leadzai e garante financiamento de cinco milhões de euros

Após cinco anos do seu lança mento, e a alcançar sucesso no mercado, a startup portuguesa Advertio acaba de anunciar “o seu novo reposicionamento e passa agora a chamar-se l eadzai, com o objetivo de se aproximar do seu principal fator de diferen ciação: a mais fácil aquisição de clientes”. A startup fechou ainda com sucesso uma ronda de inves timento no montante de cinco milhões de euros, liderada pela l ince c apital, que “vai permitir acelerar o desenvolvimento de produto e reforço da equipa”, adianta a l eadzai. A plataforma, que tem como missão ajudar duzentos milhões de negócios a crescer sem risco, cobra apenas aos seus clientes por resultados e não pelos habituais cliques. Para isso facilita o pro cesso de qualquer negócio criar

campanhas online, com o auxílio de um algoritmo de inteligência artificial que ajuda na escrita dos anúncios, bem como na escolha da melhor audiência. Segundo o c EO da l eadzai, João de Sousa Aroso, esta mudança acontece porque “queremos ser a referência no que diz respeito à aquisição de clientes e gera ção de leads e o nome Advertio começava a tornar-se demasiado restritivo, pelo que l eadzai faz todo o sentido no nosso produto atual, mas também no que temos pensado para o futuro”, afirma. Apesar do reposicionamento, o responsável garante que a base se mantém e que o objetivo conti nua a ser ajudar negócios a crescer online sem qualquer risco asso ciado. “Neste sentido, a l eadzai pretende continuar a utilizar a última tecnologia no mercado,

desde a inteligência artificial aos modelos de criação de conteúdo automático, para criar campanhas que permitam a todo o tipo de negócio adquirir novos clientes sem correr qualquer risco”. Para atingir este objetivo, a l eadzai fechou com sucesso uma nova ronda de investimento de cinco milhões de euros, lidera da pela l ince c apital e apoiada pelos seus investidores anterio res, como a Portugal Ventures e o executivo internacional l uís Baptista- c oelho, que se juntou ao board da empresa em setem bro de 2020. Este investimen to junta-se aos 2,5 milhões de euros que a empresa tinha previa mente angariado, para acelerar a constante melhoria do produto e para reforçar a equipa que, neste momento, conta com perto de 50 colaboradores.

abanca lança nova edição de programa dedicado a startups

Asétima edição do Programa Abanca innova Startup já começou e des tina-se a qualquer tipo de startup do setor das fintech, insurtech, regtech ou cybersecurity, tanto para projetos em fase inicial, com produtos no mercado, como para startups já consolidadas, com tração e métricas recorrentes. Esta é uma iniciativa global do Abanca e está tam bém disponível em Portugal.

O Programa Abanca innova Startups mantém a mesma abordagem que nas últimas seis edições, ou seja, um acom panhamento dos empreendedores na realização de uma prova de conceito para validar o seu modelo de negócio. Período de candidatura

As startups interessadas devem apre sentar a sua candidatura até dia 30

de outubro, preenchendo o formulário no website Abanca innova. uma vez terminado o período de candidatura, a seleção das startups, que irão participar no Bootcamp na fase seguinte, será feita através de um comité composto por pes soas de diferentes unidades de negócio do banco.

Em novembro, haverá um bootcamp – durante este evento, cada startup terá de participar em quatro reuniões com as equipas dos departamentos de Negócios, inovação, ti e Banca de investimento do Abanca, a fim de estu dar o case, conceber o projeto-piloto, quantificar os custos e identificar as necessidades tecnológicas. Após esta fase, as startups selecionadas vão dar início à implementação das provas de

conceito desta sétima edição.

Ao longo do processo de desenvolvi mento das ideias, as startups terão à sua disposição um programa de benefícios que inclui a utilização de espaços de coworking nas instalações do Abanca innova, a utilização dos serviços Web da Amazon, Google cloud ou ferramentas de marketing digital, comunicação ou recursos humanos avaliados em mais de 150.000 euros. O programa inclui também a participação do Hubin, uma empresa especializada em inovação e empreendedorismo.

A sexta edição do Programa está agora a entrar na sua fase final, com a execu ção das provas de projeto das startups Mychoice2Pay, WetalkAi, Rentall e colibid.

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start U ps E capital DE riscostartups e capital de risco

socialtalk angaria 770 mil euros para desenvolver marketing de influência baseado em ia

ASocialtalk angariou 770 mil euros para ampliar a sua solução de mar keting de influência baseada em inte ligência artificial (iA), numa ronda liderada pela insight Venture (através do fundo Green insight i). A startup com sede em lisboa pretende ajudar as empresas a alavancar o poder de influência usando a iA para pôr em contacto empresas e influenciado res. A plataforma da startup permi te às empresas encontrar rapidamente influenciadores, gerir a sua relação e monitorizar o seu desempenho, tudo a partir de uma plataforma central, adianta a “computerworld”. Francisco Ascensão (cEO) e tiago Oliveira (ctO) são os fundadores da Socialtalk, criada para gerir de forma mais eficiente os desafios do marketing de influência. A Socialtalk afirma ser capaz de poupar cerca de 80% do tempo e dos recursos nesta gestão. também é capaz de fornecer mais informações e

métricas, ajudando as equipas a analisar decisões e estratégias”, afiança a startup “Quando falamos de democratização”, pretende-se “seguir o mesmo caminho que outras áreas do marketing digital já seguiram. Hoje em dia, qualquer marca tem um cRM para gerir clientes, software para gerir o e-mail marketing, meios de comunicação social, SEO e gestão de publicidade, entre muitas outras áreas. Quando aos custos, com o Socialtalk, “qualquer empresa pode ter acesso a todas as funcionalidades a partir de 31 euros por mês, sem falsas atualizações e limites de utilização”, adianta a mesma fonte.

A Socialtalk usa a iA para fazer corres ponder perfis com marcas, tornando o processo muito mais racional e efi ciente. de acordo com a equipa, isto resolve o maior desafio do marketing de influência.

“Este é o verdadeiro desafio do influen cer marketing. Queremos que as empre

sas deixem de procurar os influenciado res. Estamos a desenvolver um motor de recomendação que sugere às marcas com que influenciadores devem trabalhar e cujos seguidores se encaixam no público -alvo da marca. Mas vai muito mais longe do que isso. Estamos a utilizar a machine learning para analisar milhões de postes diariamente e ajudar a determi nar o desempenho real de cada influen ciador, quanto uma marca deve pagar de acordo com os objetivos propostos a cada influenciador e para automatizar grande parte do processo de gestão da relação”, acrescentam ao site Eu-Startups, citados pela “computerworld”.

Este novo financiamento será utilizado para fazer crescer a equipa Socialtalk nos departamentos de tecnologia, mar keting e vendas. Ajudará também a internacionalizar a sua atividade com a expansão para novos mercados ali nhados, incluindo por toda a Europa, lAtAM e EuA.

zeiss Ventures expande portefólio de investimentos

Oportefólio de investimentos da Zeiss Ventures acaba de se expandir com a mais recente aposta na Morrow, uma startup belga de alta tecnologia, que desenvolve óculos autofocais que per mitem alternar entre visão ao perto e ao longe com um simples toque de um botão (na foto).

A Morrow, fundada em 2016, é espe cializada no desenvolvimento e fabrico de soluções de tecnologia de cristais líquidos para aplicação em lentes, que permitem a utilização de óculos mul tifocais eletrificados, que alternam a distância focal entre a visão de perto e longe. A inovadora tecnologia de cristais líquidos está integrada entre duas lentes óticas ultra-precisas e de corte fino e pode ser ativada através da aplicação de uma pequena dose de energia elé

trica, que, por sua vez, instrui o cristal líquido a refratar a luz de uma forma pré-determinada. Em 2021, a Morrow lançou o seu primeiro produto no mer cado Belga, que permite aos utilizadores alternarem entre visão de perto e visão de longe com o toque de um botão.

“Enquanto que os dispositivos de rea lidade aumentada/realidade virtual são cada vez mais comuns, a eletrificação geral e a funcionalização dos óculos e das suas lentes é uma área ainda muitas vezes negligenciada. Soluções como a desenvolvida pela Morrow são funda

mentais para permitir que isto se torne mais habitual”, afirma Gerrit Schulte, diretora da Zeiss Ventures.

O investimento é liderado pela Zeiss Ventures em conjunto com a New Science Ventures (NSV) e conta com todos os investidores atualmente envol vidos, tais como imec.xpand, PMV, tokai e Qbic.

“Estamos extremamente satisfeitos pela Zeiss Ventures partilhar da nossa visão: melhorar a das pessoas, através da funcionalização dos óculos. Esta parceria única ajuda-nos a desenvol ver ainda mais o nosso portefólio de produtos e, juntamente com os atuais acionistas, construir uma platafor ma comum para óculos eletrónicos”, explica Paul Marchal, fundador e cEO da Morrow.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

g

t vinos & g ourmet

herdade das servas sem Barrica tinto 2021 chega ao mercado

Do terroir de Estremoz, no Alentejo, o produtor l uís Serrano Mira acaba de lançar, estando já dis poníveis em garrafeiras de restaurantes de Norte a Sul do país e ilhas, uma nova colheita do Herdade das Servas Sem Barrica. depois de um histórico de três edições (2015, 2017 e 2019), é agora tempo de apreciarmos o resulta do da vindima de 2021, neste que é, segundo l uís, “um tinto com um carácter bem vincado, na estrutura e final persistente, a recordar-nos os grandes vinhos alentejanos do passado, sem a intervenção do está gio em (barricas de) madeira”. uma referência que reforça o posiciona

mento da família, produto ra de vinho desde 1667, no que toca à preservação da autenticidade dos Vinhos do Alentejo. d as castas Alicante

Bouschet (70%), touriga Franca (15%) e touriga Nacional (15%), as uvas que dão origem a este Herdade das Servas Sem Barrica tinto 2021 pro vêm de vinhas instaladas em solos vermelhos, deri vados de calcários pardos ou cristalinos, com man chas de xisto, beneficiando assim, de um clima mediterrânico com elevadas amplitudes térmicas e Verões quentes e secos. de cor vermelho-violeta, o Herdade das Servas Sem Barrica tinto 2021

é um Alentejo com a genuinidade de outrora: cheio de fruta, com aromas de amora e cereja, aliados a notas florais. Na boca, mostra-se intenso, complexo, fresco e elegan te. Os seus taninos são finos e o seu final de boca é persistente, revelan do assim todo o carácter primário das castas que lhe dão origem. Pelo seu perfil, adivinha-se um bom potencial de guarda, a ir até aos 15 anos, se conservado em local fresco e escuro, com a garrafa deitada. c omo é apanágio dos vinhos dese nhados por luís Serrano Mira e criados numa simbiose entre equi pas de produção e enologia, este é um vinho que pede comida, harmonizando com carnes verme lhas e de caça, enchidos e queijos intensos.

Encontro de Vinhos alentejo/ Extremadura decorre em lisboa

O ”XV ii Encontro de Vinhos Alentejo/ Extremadura espa nhola”, iniciativa promovi da pela ccil E e pela Junta da Extremadura, traz algumas novi

dades face às edições anteriores. u ma das principais novidades é a alteração das categorias de vinhos a concurso, que passam a ser cinco: vinhos brancos, vinhos rosés, tin tos tran quilos (não envelhecido em carva lho, vinta ges 2021 e 2020 com estágio em carvalho e, finalmente, colheitas anteriores com estágio em carva lho), espu

mantes e ainda vinhos licorosos. O concurso, com a realização da prova “cega” dos vinhos partici pantes, decorrerá nos dias 11 e 12 de outubro, sendo apresentados ao público os vinhos premiados no dia 20 de outubro, num evento que decorrerá num restaurante em l isboa.

Ao fim de mais de 17 anos em que se realiza este certame, os prémios Arabel (acrónimo de Aragonês e c encibel, casta de uva tinta e uma das mais conhecidas da Península i bérica) são já uma referência no mercado ibérico de vinhos, contando anualmente com a participação de dezenas de adegas da região espanhola da Extremadura e da região portu guesa do Aletenjo.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202252 Vinhos &
o U rm E
Foto
Sandra
Marina Guerreiro

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Vinhos & g

lavradores de Feitoria expande negócio, com enoturismo na Quinta do medronheiro

Alavradores de Feitoria deu mais um passo na expansão do seu negócio, com a recente inauguração do centro de visitas e loja de vinhos, na sua Quinta do Medronheiro, situa da em Sabrosa, onde está atualmente instalada a sede e a adega, para além de 6,5 hectares de vinha, em modo de produção biológica. A empresa conta com 20 quintas e mais de 600 hec tares de vinhas espalhadas pelas três sub-regiões durienses – Baixo corgo, cima corgo e douro Superior – e um concertado portefólio de vinhos. A oferta de enoturismo passa por visi tas, provas e acesso à loja de vinhos. com uma boa adesão do público, a iniciativa está a ser consolidada com outros parceiros, nomeadamente para proporcionar a experiência de se ser “Enólogo por um dia”. com a dura ção de 2h30, é um momento bastante imersivo, que permite a criação de

um lote em nome pró prio, resultando numa garrafa de vinho única. começa com visita guiada à vinha, adega, linha de engarrafamen to, garrafeira e sala de barricas. Segue com a prova de três vinhos tin tos – Vinha da Meruge, Vinha do Sobreiro e Quinta da costa das Aguaneiras –, de modo a perceber-se o impacto que o terroir e o tipo de vinificação têm no resultado final de um vinho. A posteriori, é tempo de se avançar com a criação de um blend à medida do palato do seu autor. No final, o “enólogo por um dia” vai engarrafar e rotular a sua própria garrafa. Agora, todos os que queiram visitar o douro vinhateiro, em especial a

zona de Sabrosa, poderão conhecer a Quinta do Medronheiro, assim como a história e os vinhos da lavradores de Feitoria, através de uma visita guiada e provas comentadas. Podem também adquirir os vinhos e alguns livros e acessórios na própria loja. Aqui, o enoturismo é um espaço em que se privilegia o contacto personali zado, feito por Eduardo Ferreira, um profundo conhecedor do douro. 

Vinhos do tejo brindam à rentrée, com seis monocastas de Fernão pires

tejo, a comissão Vitivinícola desta região brinda à ren trée, com seis novi dades.

dias, licorosos e até orange wines

Setembro é, tradicionalmente, o mês de vindimas e de novos ciclos, no geral. Apostada na promoção da Fernão Pires, a casta branca mais plan tada em Portugal e a mais expres siva e emblemática dos Vinhos do

de salientar que é na região do tejo que a casta Fernão Pires se exprime de forma mais marcante, com estilos para todos os gostos, dando ori gem a vinhos bran cos monocastas ou blends– de jovens e frutados, ideais para momentos de descontração do dia a dia, a vinhos complexos e gastronómicos, a pedir companhia à mesa–, mas também a frisantes, espumantes, colheitas tar

Enunciados segundo ordem de prova sugerida pelo sommelier Rodolfo tristão, embaixador dos Vinhos do tejo, são o casa da Atela Fernão Pires branco 2021, da Quinta da Atela; o Quinta da Alorna Fernão Pires bran co 2021, da Quinta da Alorna; o cabeça de toiro terroir Fernão Pires Reserva branco 2021, da Enoport

Wines; o Gutta Supera branco 2020, da Herdade tinto e Branco; o casal da coelheira Private collection Fernão Pires branco 2021, do produtor casal da coelheira; e o Encosta do Sobral

Fernão Pires Vinhas Velhas branco 2020, do projecto com o mesmo nome e que pertence ao grupo Santos & Seixo.

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 53
o U rm E tvinos
Foto Gonçalo Villaverde

& g

Adistribuidora Vinalda assinalou o seu 75° aniversário, com um Vinalda Experience Especial, celebra do no passado dia 19, em lisboa. “Nesta celebração, a mais antiga distri buidora nacional de bebidas alcoólicas quer brindar com todos os especialistas e profissionais do setor e dar-lhes a conhecer as últimas novidades”, afir mou José Espírito Santo, diretor-geral da empresa, antes do evento. Na celebração, a Vinalda promo veu quatro momentos distintos, que incluiram uma pequena feira de produtos, desde vinhos, a bebidas espirituosas, cervejas e azeites de todos os produtores que a empresa distribui, e que esteve aberta a todos os profissionais do setor. Simultaneamente, a distribuidora rea lizou a “iii Edição do Vinalda Wine

Experience”, que regressa depois de um ano de interregno, devido à pande mia. com a presença dos produtores, aqui foi possível provar, com orienta ção de enólogos, 17 vinhos topo de gama de marcas icónicas e premium do panorama vínico português.

Ainda no dia 19 de setembro, a empresa apresentou a primeira edi ção do Vinalda Spirits Experience, que consistiu numa prova, em for mato de masterclass, onde os pro dutores especialistas apresentam as suas bebidas espirituosas de topo.

O dia foi ainda marcado por uma conversa com diversos especialistas sobre o tema “‘O Vinho e a comida do Futuro”, para debater os próxi mos tempos, de acordo com a visão de chefes de cozinha, empresários da restauração e sommeliers, pro

Vinalda celebra 75 anos de atividade com novidades em prova e novo website azeite casa anadia lança programa de olivoturismo e visitas guiadas

fessores universitários, associações para o desenvolvimento agrícola, entre outros. Os oradores aborda ram questões como a influência das alterações climáticas na produção de vinho – surgimento de novas regiões e abandono de outras –bem como modos inovadores de produção de proteínas alternativas, nomeadamente a carne e o peixe celular, produzidos em laboratório e como o vinho pode evoluir com estas novas tendências. A empresa apresentou recentemente o seu novo website (Vinalda.pt), “completando os principais eixos de uma estratégia de comunicação mais virada para o consumidor final (sem esquecer parceiros e clientes), que inclui igualmente a gestão das redes sociais”, adianta a Vinalda.

Uma visita à casa Anadia é sentir de perto uma história que remonta ao séc. XVii. E desde há alguns meses que é possível fazer um programa de olivoturismo neste produtor ribateja no, onde é possível passear e conhecer as histórias dos espaços mais emblemá ticos da quinta, como o antigo lagar, o castelo e os seus jardins, a capela, os olivais centenários e o jardim das variedades. Ficarão ainda a conhecer a tradição e histórica relação da quinta com a produção de azeite, numa visita que termina com uma prova comentada de três azeites do produtor.

“Permitir que vivam e sintam a his tória da casa Anadia por umas horas é algo que seria sempre difícil colo carmos numa garrafa. Queremos pro porcionar uma experiência enriquece dora a quem nos visita”, refere david

Magarreiro, responsável de Marketing e comercial da casa Anadia.

Já o administrador Rui Pereira coutinho sublinha que “dar a conhe cer a origem e transmitir a história da marca é algo que sempre desejámos fazer e agora finalmente, estamos a abrir as portas”.

Neste momento existem dois progra mas disponíveis, a visita guiada aos espaços da Quinta em modo passeio

com explicação histórica, e o segundo, a combinação da visita guiada com uma prova comentada de três azeites virgem extra. Os programas têm os valores de 7,5 e 12,5 euros, respetiva mente.

“O azeite casa Anadia é herdeiro e continuador de uma antiga tradi ção, que remonta pelo menos ao séc. XVii”, época da construção do anti go Solar com capela, hoje integra do na Quinta do Bom Sucesso, em Alferrarede (Abrantes), enquadra a empresa produtora.

Marcados pelo clima local, perfeito para a produção de azeites de alta qua lidade, os azeites casa Anadia, utilizam os melhores processo de produção, aliados á experiência centenária, para lhe trazer os melhores e mais nobres azeites virgem extra, frescos, frutados e com uma acidez mínima.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202254 Vinhos & g o U rm E t vinos
ourmet

& g ourmet

Vinhos &

restrito ganha protagonismo nas garrafeiras dos restaurantes do algarve

Aaposta foi feita durante o principal período de férias para grande parte dos portu gueses, tendo, mais uma vez, a duriense Restrito apostado na sua divulgação por terras algar vias. desde 2018 que a Restrito aposta em vários restaurantes da região do Algarve para dar a conhecer os seus néctares do douro.

Num projeto em que tudo é feito com cuidado e com paixão, a marca sublinha que o Algarve se apresenta “como um local de eleição para os momentos de verdadeira degustação dos nossos vinhos, seja em contexto de férias ou no dia a dia dos que escolheram este acolhedor desti no para fixar residência”, refere o cofundador carlos Soares. “uma excelente forma de acompa nhar a gastronomia irresistível dos restaurantes algarvios é com vinhos que permitam refrescar o paladar e equilibrar de forma harmoniosa as refeições”, garante a marca de vinhos Restrito, que esteve a divulgar os

seus produtos in loco na região algar via, neste último verão, convidando os que se encontravam na região a provar os vinhos do Alto douro Vinhateiro. tinto Grande Escolha, Reserva tinto, Reserva Branco e c olheita Rosé são as opções da

marca disponíveis nas garrafei ras de alguns estabelecimentos da região.

Os vinhos da Restrito podem ser encontrados e degustados em vários estabelecimentos algarvios, como por exem plo, o Pezinhos n’Areia (Praia Verde), ou o terraze (tavira), ou o Florian (Quinta do lago. Há quatro anos que a Restrito dá a conhecer os seus vinhos no Algarve e, ao longo deste tempo, os produtos da marca têm vindo a ganhar protago nismo em vários dos melhores restaurantes da região, como “representantes do genuíno caráter do douro”. O reco nhecimento dos vinhos no Algarve é fruto de um traba lho contínuo, feito em par ceria com o distribuidor Paulo Ferreira, da AFFA i RE.

Para além dos estabelecimentos referidos, os vinhos da Restrito estão dis poníveis para venda quer no website da marca quer nos habituais locais de distribuição destes produtos. 

OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD € 55
g o U rm E tvinos
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola PUB

As empresas necessitam de contratar profissionais com mais de 50 anos!

Estamos a sobrevalorizar o valor da juventude e deixá mos de valorizar algumas competências com a capaci dade de resistência, a humil dade, a adaptação à mudança, a aceitar a frustração … coisas que só a experiência proporciona e que não há nenhum master nem escola de negócios que ensine.

Ao longo dos períodos críticos da pandemia um vasto número de profissionais perdeu o emprego e cerca de 25% dos mesmos tinha +50 anos. Foram os mais séniores quem acudiram em maior escala aos centros de emprego de Portugal e Espanha. A taxa de desemprego dos profissionais com mais de 50 anos cresceu cerca de 15% durante a crise pandémica, enquanto o incremento nos profissionais entre os 25 e os 49 anos foi apenas de 2%.

Portugal e Espanha são dos paí ses mais envelhecidos do mundo, detêm uma pirâmide demográfica invertida, já têm mais pessoas sénio res do que jovens, e os maiores de 50 anos irão ser o grosso da força laboral nos próximos 10 anos.

Segundo uma investigação cientí fica, a correlação entre a idade e o desempenho laboral é praticamente zero, pelo que a idade nunca deveria ser um critério de discriminação

negativa. um outro estudo eviden cia que 30% dos profissionais com mais de 45 anos reconhecem já ter sido preteridos pelo fator idade. c erca de 70% dos cidadãos dos E uA que perderam o emprego durante a pandemia tinham +55 anos. No Reino unido a taxa de emprego dos profissionais com +50 anos caiu o dobro dos profissionais com idades entre os 25 e os 49 anos ao longo da crise pandémica.

A geração de mais de 50 anos sente-se, presentemente, excluída pelo sistema instituído, que não sabe aproveitar a sua experiência. Estes profissionais quando perdem o emprego têm bastante dificuldade em voltar ao mercado de trabalho porque a maioria dos empregadores consideram que são muito caros, que já não irão render tanto e que não estão atualizados, esquecendo -se da atitude dos mesmos perante o trabalho fruto da sua vasta expe riência acumulada.

Há também a crença que os pro fissionais séniores são menos ino vadores, o que não corresponde à verdade, dado que é facilmente demonstrável que os empreendedo res com mais de 45 anos têm três vezes mais probabilidades de criar empresas de êxito, em virtude da sua natureza paciente e colaborativa.

Associamos, de forma enganosa, conceitos como a inovação ou agi lidade à juventude, e isso já supõe uma discriminação negativa pelo fator idade.

O crescente processo de digita lização empresarial fez com que começássemos a vincular competên cias com conceitos geracionais, mas a idade nunca determina o nível desempenho num posto de traba lho. c onvém lembrar que Ronald Reagan e François Mitterrand foram chefes de Estado setuagená rios e ficaram nos livros de histó ria, assim como tantos empresários, médicos, advogados e consultores de topo que exercem funções de elevada complexidade e abrangência até idades próximas dos 75 anos. um trabalhador sénior com a experiência e capacidade de se atualizar em permanência é super -profissional porque tem o melhor de ambos os mundos, sobretudo num momento em que o consumo dos séniores gera +25% do Pi B nos países do sul da Europa. Hoje, um profissional com 60’s anos poderá estar na plenitude das suas capaci dades e a exercer as funções mais complexas que alguma vez teve.

56 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 opinião opinión
*Partner
da George Executive Advisors E-mail jorge.fonseca@george.pt

Oportunidades de negócio à sua espera

Empresas Portuguesas

BUSCAN

Empresas de madereros

Empresas españolas

Empresas

PROCURAM

Lojas

España

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la ccILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La ccILE no se respon sabiliza por el contenido de las mismas.

As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na ccILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A ccILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 202258 oport U ni D a DE s DE n E gócio oportunidades de negocio
REFERENCIA
en
DP220401
productoras de huevos de codorniz DP220203 Empresas españolas que fabrican contenedores de reciclaje y papeleras DP220204 Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE Oferta espanhola
REFERÊNCIA
de puericultura em Portugal DE220701 Empresas distribuidoras de carne em Portugal DE220601 Empresas portuguesas de joalharia DE220402 Empresas portuguesas de estructuras de invernaderos DE220401
Espanholas Bolsa DE tra B alho bolsa de trabajo BE200166 F 01/11/1997 PORTUGUÊS/INGLÊS/ESPANHOL MARKETING E COMUNICAÇÃO BE200167 F ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS COMERCIAL DIGITAL BE200168 M 13/02/1992 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS ECONOMIA BE200169 M PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS ECONOMIA BE200170 M 17/01/1968 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO FINANÇAS E CONTABILIDADE (INS. NA OCC) BE200171 M 09/10/1998 PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS RELAÇÕES INTERNACIONAIS BE200172 F 1968 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/ INGLÊS FORMADORA DE ESPANHOL NA ÁREA DE HOTELARIA E TURISMO BE200173 F PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ ITALIANO/ INGLÊS PROFESSORA DE PORTUGUÊS BE200174 F 1977 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO TURISMO BE200175 F 07/03/1973 PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS SECRETARIADO E ÁREA DE PRINTING os currículos Vitae indicados foram recebidos pela ccILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A ccILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los currículos Vitae indicados han sido recibidos en la ccILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La ccILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos. Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código Sexo Data de Nascimento Línguas Área de Atividade

IRS / IRC / Seg. Social

de rendimentos pagos e de retenções, contribuições sociais

de saúde e quotizações, referentes

setembro de 2022 (trabalho

IVA Comunicação dos elementos das faturas referentes a setembro de 2022

mensal de remunerações

deverá ser efetuada:

por transmissão eletrónica em tempo real;

por transmissão eletrónica de dados, mediante

de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T (PT), criado pela Portaria n.º

de 26 de março, na sua redação atual;

por inserção direta no Portal das Finanças;

por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do ministro das Finanças

IRS / IRC / Selo Pagamento do IRC e IRS retidos e do Imposto do Selo referentes a setembro de 2022

Declaração de retenções na fonte de IRS/IRC Declaração Mensal de Imposto do Selo (DMIS)

Segurança Social Pagamento das contribuições relativas a setembro de 2022 n/a

20 IVA Envio da declaração periódica referente ao mês de agosto de 2022, e anexos, para os contribuintes no regime mensal

20 IVA Envio de declaração recapitulativa mensal referente a setembro de 2022

Declaração Periódica Envio de anexos adicionais, em caso de reembolso.

Declaração recapitulativa:

Transmissões intracomuni tárias de bens e operações assimiladas/prestações de serviços

20 IVA Envio de declaração recapitulativa trimestral referente ao 3.º trimestre de 2022

Declaração recapitulativa:

Transmissões intracomuni tárias de bens e operações assimiladas/prestações de serviços

Aplicável a:

• sujeitos passivos no regime mensal; e, • sujeitos passivos no regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa tenha, no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores, excedido 50.000 €

Aplicável a sujeitos passivos no regime trimestral, quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na Declaração Recapitulativa não exceda

curso ou em qualquer um dos quatro

trimestre

anteriores

pagamento gerado

das Finanças após submissão da Declaração Periódica

do

poderá ser efetuado em prestações mensais de valor igual ou

a

em função do número de meses restantes até ao

sem juros ou penalidades,

termos do Decreto-Lei n.º

de

60 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022 cal E n D ário F iscal calendario Fiscal S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 F 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > outubro 10
Declaração
e
a
dependente) Declaração
12
n/a Comunicação
remessa
321-A/2007,
20
20
50.000€ no
em
trimestres
25 IVA Pagamento do IVA referente ao mês de agosto de 2022 n/a Documento de
no Portal
de IVA. Pagamento
IVA
superior
€25,
calculadas
final
2022 nos
125/2021, de 30/12 31 IRS / IRC Declaração de rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes em agosto de 2022 Modelo 30 Prazo Até Imposto Declaração a enviar/Obrigação Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação Observações

de trabajo

tra

31 IRC 2.º Pagamento Especial por conta Modelo P1

No caso de período de tributação não coincidente com o ano civil, até ao final do 3.º mês e até final do 10.º mês do respetivo período de tributação. Não aplicável ao exercício em que se inicia a atividade e no seguinte. Os sujeitos passivos podem ficar dispensados de efetuar o seu pagamento desde que as declarações Modelo 22 e IES relativas aos dois períodos de tributação anteriores tenham sido entregues dentro dos respetivos prazos legais

31 IVA Envio da declaração trimestral referente às obrigações declarativas decorrentes do regime da União do Balcão Único, relativa ao 3.º trimestre de 2022

31 IVA Envio da declaração trimestral referente às obrigações declarativas decorrentes do regime extra-União do Balcão Único, relativa ao 3.º trimestre de 2022

31 IVA Envio da declaração mensal referente às obrigações declarativas decorrentes do regime de importação do Balcão Único, relativa ao mês de setembro

31 Segurança Social Entrega de declarações trimestrais por trabalhadores independentes (obrigatório para trabalhadores ao abrigo do regime simplificado e sujeitos ao cumprimento da obrigação contributiva)

Fonte: PwC Portugal

Declaração trimestral

Declaração trimestral

Declaração mensal

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Bolsa DE
B alhobolsa

Euskalduna Studio: ao balcão de degustação de um “chefe do futuro”

De um lado, a equipa comandada por Vasco Coelho Santos, do outro, os comensais, que reservaram lugar, pelo menos, com um mês de antecedência. A separá-los, está um generoso balcão de mármore verde, onde desfilam os pratos que nesse dia compõem o menu do Euskalduna Studio. Considerado este ano “Chefe do futuro”, pela Academia Internacional de Gastronomia (AIG), este cozinheiro portuense, cujo nome evoca o que chamamos aos nativos do País Basco (Euskalduna), muda a carta com frequência para “garantir que os clientes serão sempre surpreendidos”.

Vasco coelho Santos imagi nou um restaurante onde entre cozinheiros e clientes não houvesse mais do que um balcão, como é tradição nas típicas tascas portuguesas. Menos frequente entre restaurantes de cozinha de autor, em Portugal, o conceito abriu no Porto em 2016 e vingou, a julgar pela lista de espera de marcações, que “é superior a um mês” e pelas distinções que o chefe vai somando no seu currícu lo. Este ano, a Academia internacional de Gastronomia (AiG) atribuiu a Vasco coelho Santos o prémio “chef de l’Avenir” (chefe do futuro), colocando -o como um dos mais promissores

jovens cozinheiros da atualidade.

Vasco coelho Santos tem feito por isso. Quando faltava um ano para ter minar o curso de gestão decidiu parar para perceber a que queria dedicar-se profissionalmente: “Não sabia cozi

nhar, mas queria aprender. Então fiz o curso do Atelier de cozinha Michel em lisboa e trabalhei com o chefe Olivier, no Olivier Avenida. Gostei de tudo, da adrenalina, da paixão, da parte criativa, do efeito que a comida tem nas

62 ACTUALIDAD € OUTUBRO DE 2022
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR E spaço DE laz E r espacio de ocio

espacio de ocio

E spaço DE

pessoas… Percebi que era isto que eu queria e continuei.” O estágio do curso foi no tavares Rico, liderado por José Avillez: “integrei a equipa que conquis tou a primeira estrela do José Avillez (2009). Foi ele que me aconselhou a sair de Portugal e estagiar com os melhores e escreveu-me a carta de recomen dação. Foi fundamental. Para entrar neste circuito de restaurantes de topo, a carta de recomendação ajuda. depois do primeiro, se correr bem, já não é preciso mais nenhuma.” Foi assim com o jovem cozinheiro portuense, que partiu para Espanha, onde passou pelas cozinhas dos conceituados e estrelados Mugaritz, de Andoni Aduriz, Arzak, de Juan Mari Arzak e da filha Elena Arzak, e do El Bulli, de Ferrán Adriá.

Foi devido à sua estadia no País Basco (2010), onde a coincidência com o seu nome lhe valeu a alcunha de o Euskalduna, que registou a marca, “ainda sem saber o que iria fazer com ela”. Em 2011, integra a equipa que encerrou o El Bulli (agora uma funda ção). “Foram estágios muito intensos. Foquei-me muito na forma como os chefes trabalhavam, não só na vertente criativa, mas também nos métodos de cada um. lidei com os melhores ingre dientes. Estive um ano no El Bulli e trabalhei na execução do livro “comida de pessoal”, que está editado em várias línguas e é o mais vendido da coleção do Adriá. trata precisamente das recei tas que eram feitas exclusivamente para a equipa comer. comíamos muitíssimo bem. lembro-me de uma sopa de alho maravilhosa, por exemplo. Foi uma experiência muito enriquecedora.”

Regressou a Portugal, para trabalhar no restaurante Pedro lemos, onde este ve dois anos. depois voltou à estrada, para uma viagem gastronómica de alguns meses, que passou por alguns dos melho res restaurantes do mundo: “Ainda conse gui fazer um pequeno estágio de pastelaria em Singapura. Sempre que posso, gosto de conhecer outros restaurantes, em Portugal e no resto do mundo.”

Novamente no Porto, em 2014, deci de arrancar com um projeto de cozinha

privada, para “experimentar, ler, apren der, criar e organizar apenas jantares privados”. depois Vasco coelho Santos e Nuno Brás (que continua na equipa) viajaram pela Suécia e pelo Japão: “Foi durante essa viagem que criámos o con ceito que sustenta o Euskalduna, alicer çado na ideia do balcão, que abrimos quando regressámos. E era só isso que eu queria, porque acho muito interes sante a dinâmica entre o chefe ao balcão a servir os clientes e a interagir com eles. Atualmente, o Euskalduna também tem duas mesas porque me aconselharam nesse sentido, mas a verdade é que as pessoas preferem o meu balcão.”

E o que acontece por detrás do balcão é sempre surpresa, porque o chefe gosta que os clientes voltem para provar coi sas novas: “Quando percebo que um prato começa a ganhar demasiado pro tagonismo, tiro-o da carta. A minha cozinha é evolutiva e o que eu quero é continuar a fazer coisas diferentes. talvez um dia organize um ou outro jantar com os pratos mais pedidos, mas terá que ser uma coisa pontual. Quero que o restaurante tenha este perfil e este estilo e que as pessoas venham para provar coisas novas. tenho clien tes que programam viagens a Portugal e reservam com antecedência jantar no Euskalduna. isso faz-me feliz.”

O chefe trabalha sobretudo com ingredientes nacionais, sazonais, for necidos por pequenos produtores, mas a sua cozinha baseia-se em diferentes

gastronomias e técnicas. O cliente pode contar com um menu de degus tação composto por dez momentos e algumas surpresas. O chefe revela que, atualmente, está na carta “um prato de ostras, servido num copo de algas totalmente comestível”. consta do menu também “um tamboril eston teante, cozinhado em diferentes tex turas” e “um borrego com favas”. O chefe refere ainda uma sobremesa, que é “uma versão do Romeu e Julieta (habitualmente queijo com marme lada) com massa folhada e creme de queijo. O menu de degustação fica por 125 euros por pessoa e poderá ser har monizado com um pairing de vinhos com ou sem álcool.

Os conhecimentos de gestão reve lam-se úteis para gerir o Euskalduna, bem como os outros projetos que, entretanto, Vasco coelho Santos abriu na cidade do Porto: A Peixaria by Euskalduna, que é literalmente uma peixaria; o Semea (“filho”, em basco) by Euskalduna, um conceito de res tauração informal baseado na partilha à mesa, e a Ogi by Euskalduna, uma padaria e pastelaria que conta com Gil Fortuna como chefe de padaria e trabalha com massa mãe e, preferen cialmente, com cereais portugueses.

Euskalduna Studio

63OUTUBRO DE 2022 ACTUALIDAD €
laz E r
Rua de Santo Ildefonsoo, 404 Porto Telefone: 935 335 301

spaço

laz E r espacio de ocio

Agenda cultural

Livro

“O Mundo à venda”

“Intrigante” para a revista Economist e “fascinante” para o jornal Financial Times”.

Foram estes os adjetivos usados para qualificar o livro “O Mundo à Venda” escri to pelos jornalistas Javier Blas e Jack Farchy, uma reflexão sobre “dinheiro, poder e as corretoras que negoceiam os recursos da Terra”.

Na sinopse, recorda-se que “o mundo moderno é construído sobre matérias-pri mas - desde o com bustível que alimenta os nossos carros, até aos metais que permi tem fazer as baterias dos nossos smartpho nes”, mas “raramente paramos para pensar de onde é que eles vêm”. Os autores aler tam-nos para essa necessidade e “levan tam o véu sobre os cantos menos escruti nados da economia do mundo: o trabalho de negociantes de matérias-primas bilio nários que compram, acumulam e ven dem os recursos do planeta”.

O livro conta como “um grupo de homens de negócios aventureiros se tornou uma ferramenta indispensável nos mercados globais: permitindo uma enorme expan são no comércio internacional, e ligando países ricos em recursos– independente mente de serem corruptos ou estarem envoltos em guerras– com os centros financeiros de mundo”. É também “a histó ria de como alguns comerciantes adquiri ram poder político incalculável, mesmo debaixo do nariz de entidades regulado ras e de políticos– ajudando Saddam Hussein a vender o seu petróleo”; alimen tando o exército rebelde líbio durante a Primavera Árabe; e levando dinheiro ao Kremlin de Vladimir Putin, apesar das san ções ocidentais”. O resultado, sublinha a sinopse, “é uma viagem esclarecedora através das fronteiras mais selvagens da economia global, assim como um guia revelador de como o capitalismo realmen te funciona”.

Exposições

Picasso e Chanel, no Thyssen-Bornemisza

Foi através do escritor Jean Cocteau que o pintor espanhol Pablo Picasso e a designer de moda francesa Gabrielle Chanel uniram esforços profissionalmente nas peças Antígona (1922) e no balé russo de Serguéi Diághilev Le Train Bleu (1924).

A relação profissional terá evoluido para uma amizade, que os levou a se encontrarem em contexto mais familiar. Sabe-se ainda que a designer se rela cionou com vários artistas do chamado círculo de Paris. “Foram os artistas que me ensinaram o rigor”, terá dito Chanel. O Museu Thyssen Bornemiza propõe uma exposição que explora a relação profissional entre estes dois criadores, voltando a colocar em diálogo a arte e a moda. A mostra organiza-se em qua tro grandes secções por ordem crono lógica, percorrendo um período entre 1910 e 1930.

Na secção “O estilo Chanel e o cubis mo” mostra-se a influência deste movimento nas criações de Chanel desde os seus primeiros e inovadores desenhos: “a linguagem formal geométrica, a redu ção cromática ou a poética cubista da colagem traduzem-se em roupas de linhas retas e angulosas, na sua preferência pelas cores branco, preto e bege, e na utilização de tecidos humildes e com texturas austeras”.

A segunda secção é dedicada a “Olga Picasso”, composta pelos “numerosos e belos retratos que Picasso fez da sua pri meira mulher, a bailarina russa Olga Khokhlova, devota cliente de Chanel”. Estão expostos alguns vestidos deste período ini cial da designer francesa, do qual restam pouquíssimos exemplares conservados. A peça “Antígona” protagoniza a terceira parte da exposição. Trata-se de uma adap tação moderna da obra de Sófocles por Jean Cocteau. Esta versão estreou em Paris em 1922, com cenários e máscaras de Picasso e figurinos de Chanel, sublinhando algo que os dois criadores tinham em comum: ambos encontravam inspiração na Grecia clássica.

O bailado “Le Train Bleu” produzido por Diághilev, com libreto de Cocteau, é inspi rado no desporto e na roupa aquática, como se poderá testemunhar na quarta secção da mostra, com quadros de Picassso como “La carrera”, o pequeno desenho em guache que Diághilev des cubriu na oficina de Picasso e que foi escolhido para imagem do cartaz do espetáculo. O pintor ilustrou também o programa. Chanel, “entusiasta despor tista, criou os figurinos para as bailarinas inspirados em modelos desportivos desenhados para ela mesma e para as suas clientes”.

De 11 de outubro a 15 de janeiro, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid

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espacio de ocio

E spaço DE laz

“Zoo Story”, um clássico de Edward Albee, em linguagem gestual, no Teatro Nacional D. Maria II

A primeira peça escrita pelo dramaturgo norte-amerciano Edward Albee, “Zoo Story” volta a ser representada num placo português, o Teatro Nacional D. Maria II.

De 6 a 23 de outubro estará em cena a proposta de encenação de Marco Paiva deste texto clássico de Edward Albee, interpretada através de linguagem gestual portuguesa e com legendas em por tuguês: “Num espaço indefinido dá-se um encontro. Afirma-se a necessidade de comunicação e entendimento, dispensando a retórica. A partir daqui, o conflito escrito por Albee entre as personagens Peter e Jerry abre-se à plateia. Já não é uma personagem que procura outra, é um grupo de pessoas sentadas numa sala de teatro, à procura de uma forma de se relacionar com um espetáculo. A única morte é a de Jerry, mesmo no final. Tudo o resto é futuro.” No dossier de imprensa, o TNDM II explica que “se a obra de Albee mostrava o encontro involuntário entre dois homens que expunham no seu diálogo o isolamento, a segregação e a desumanização das sociedades modernas, esta criação parte para um trabalho em torno da falência da norma, procurando encontrar uma salvação para as

relações humanas na desmistificação e exploração de outras formas de comunicar.” Assim, “a palavra dita é subs tituída pela palavra gestuada, através do desempenho de dois intérpretes surdos, cujo processo de casting se ini ciou em fevereiro de 2022 numa oficina teatral dirigida a intérpretes S/surdas/os, realizada no D. Maria II”.

A peça inaugural de Albee, de forte cariz psicológico, apontava o caminho que marcaria a dramaturgia deste escritor, a quem também se devem a peça “Quem tem medo de Virginia Wolf” ou o Musical “Breakfast at Tiffany’s”. O dramaturgo viveu entre 1928 e 2016.

Museu de Lisboa recua um século para evocar “Os Loucos Anos 20 em licitário para promover o que mais desejarem.” De 6 a 23 de outubro, na Sala Estúdio, do TNDM II, em Lisboa

O projeto “Mapeamento inacaba do do conhecimento” da artista belga Francoise Shein integra 32 esculturas que passam a fazer parte da estação de Metro da En carnação, na linha vermelha A es cultora considera este painel inti tulado de 12 metros por 2,50 me tros de altura como uma Re-Encarnação, já que as referidas esculturas reencarnaram na estação Encar nação agora, mas já tinham sido pensadas para Lis boa em 1994: “Estas esculturas inseriam-se num pro jeto mais vasto, datado de 1994, que consistia na construção de um café Cartográfico, no Parque Eduardo VII em Lisboa, junto à estação Parque (tam bém ela intervencionada por esta artista plástica, sob a temática da Declaração Universal dos Direitos do Homem), subordinado à temática das grandes inven ções e no profundo desejo do conhecimento de toda a humanidade. Esse projeto acabou por ser suspen so, por questões orçamentais, mas as esculturas já se encontravam produzidas.”

As peças escultóricas são compostas por materiais diversos (aço, madeira, vidro e objetos encontra

dos), e “foram imaginadas como um corpo pensante composto pela inúmera informação sobre a história de algumas das grandes descobertas mundiais, com es pecial destaque para a origem do mundo e os descobrimentos portugueses”, informa o comuni cado do Metro de Lisboa, sublinhando que “a esta ção Encarnação passa, assim, a integrar o vasto património artístico das estações do Metropolitano de Lisboa com intervenções plásticas de uma ar tista internacional e de renome”.

Recorde-se que o Metro de Lisboa, “desde a cons trução das primeiras estações na década de cin quenta”, tem “a preocupação em dotar as estações de uma dimensão estética e cultural, humanizando, valorizando e tornando atrativo o seu espaço, aberto a qualquer público e idade”. Com o slogan, “Metro de Lisboa…um Museu na sua viagem”, a transportadora possibilita na sua rede a apreciação de “um conjunto muito significativo de trabalhos de artistas plásticos de primeiro plano, nacionais e estrangeiros”.

Estação de Metro da Encarnação, em Lisboa

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Estação de Metro da Encarnação com 32 esculturas da belga Françoise Schein
outubro
textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Statements

“Creio que vamos ter condições para, eu diria que no próximo ano, termos essa decisão [sobre a escolha do novo aeroporto de Lisboa]. Tenho tido contactos com o novo líder do PSD, acho que não estaremos muito distantes de podermos fixarmo-nos sobre uma metodologia para a realização da avaliação ambiental estratégica que é necessária entre as diferentes soluções possíveis”

António Costa , primeiro-ministro, “TVI”, 12/9/2022

“A felicidade é também uma forma de pensar sobre nós mesmos em relação às coisas que nos acontecem. Está sempre relacionado com o view point. Eu não consigo mudar as circunstâncias, mas consigo mudar a forma como elas me afetam. Desenvolver isso é como treinar num ginásio”

“Defendo que não há diferença entre mentalidade de felicidade dentro ou fora da organização. A felicidade é pessoal, individual e intransmissível (...) Quando falam de mentalidade de felicidade nas empresas, a maior missão é preparar as pessoas para esse desenvolvimento de mentalidade com estímulos, exemplos (refiro-me aos bons), histórias (refiro-me às boas) e trabalhar de maneira incansável para que haja integração entre o sonho (missão) da empresa e o sonho (missão) dos seus colaboradores. Isso também se pode treinar”

Abbadhia Vieira, fundadora da TEM Soluções, “Human Resources Portugal”, 13/9/2022
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