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Startups e Capital de Risco
advertio altera nome para leadzai e garante financiamento de cinco milhões de euros
abanca lança nova edição de programa dedicado a startups
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Após cinco anos do seu lançamento, e a alcançar sucesso no mercado, a startup portuguesa Advertio acaba de anunciar “o seu novo reposicionamento e passa agora a chamar-se leadzai, com o objetivo de se aproximar do seu principal fator de diferenciação: a mais fácil aquisição de clientes”. A startup fechou ainda com sucesso uma ronda de investimento no montante de cinco milhões de euros, liderada pela lince capital, que “vai permitir acelerar o desenvolvimento de produto e reforço da equipa”, adianta a leadzai. A plataforma, que tem como missão ajudar duzentos milhões de negócios a crescer sem risco, cobra apenas aos seus clientes por resultados e não pelos habituais cliques. Para isso facilita o processo de qualquer negócio criar campanhas online, com o auxílio de um algoritmo de inteligência artificial que ajuda na escrita dos anúncios, bem como na escolha da melhor audiência. Segundo o cEO da leadzai, João de Sousa Aroso, esta mudança acontece porque “queremos ser a referência no que diz respeito à aquisição de clientes e geração de leads e o nome Advertio começava a tornar-se demasiado restritivo, pelo que leadzai faz todo o sentido no nosso produto atual, mas também no que temos pensado para o futuro”, afirma. Apesar do reposicionamento, o responsável garante que a base se mantém e que o objetivo continua a ser ajudar negócios a crescer online sem qualquer risco associado. “Neste sentido, a leadzai pretende continuar a utilizar a última tecnologia no mercado, desde a inteligência artificial aos modelos de criação de conteúdo automático, para criar campanhas que permitam a todo o tipo de negócio adquirir novos clientes sem correr qualquer risco”. Para atingir este objetivo, a leadzai fechou com sucesso uma nova ronda de investimento de cinco milhões de euros, liderada pela lince capital e apoiada pelos seus investidores anteriores, como a Portugal Ventures e o executivo internacional luís Baptista-coelho, que se juntou ao board da empresa em setembro de 2020. Este investimento junta-se aos 2,5 milhões de euros que a empresa tinha previamente angariado, para acelerar a constante melhoria do produto e para reforçar a equipa que, neste momento, conta com perto de 50 colaboradores.
Asétima edição do Programa Abanca innova Startup já começou e destina-se a qualquer tipo de startup do setor das fintech, insurtech, regtech ou cybersecurity, tanto para projetos em fase inicial, com produtos no mercado, como para startups já consolidadas, com tração e métricas recorrentes. Esta é uma iniciativa global do Abanca e está também disponível em Portugal. O Programa Abanca innova Startups mantém a mesma abordagem que nas últimas seis edições, ou seja, um acompanhamento dos empreendedores na realização de uma prova de conceito para validar o seu modelo de negócio. Período de candidatura As startups interessadas devem apresentar a sua candidatura até dia 30 de outubro, preenchendo o formulário no website Abanca innova. uma vez terminado o período de candidatura, a seleção das startups, que irão participar no Bootcamp na fase seguinte, será feita através de um comité composto por pessoas de diferentes unidades de negócio do banco. Em novembro, haverá um bootcamp – durante este evento, cada startup terá de participar em quatro reuniões com as equipas dos departamentos de Negócios, inovação, ti e Banca de investimento do Abanca, a fim de estudar o case, conceber o projeto-piloto, quantificar os custos e identificar as necessidades tecnológicas. Após esta fase, as startups selecionadas vão dar início à implementação das provas de conceito desta sétima edição. Ao longo do processo de desenvolvimento das ideias, as startups terão à sua disposição um programa de benefícios que inclui a utilização de espaços de coworking nas instalações do Abanca innova, a utilização dos serviços Web da Amazon, Google cloud ou ferramentas de marketing digital, comunicação ou recursos humanos avaliados em mais de 150.000 euros. O programa inclui também a participação do Hubin, uma empresa especializada em inovação e empreendedorismo. A sexta edição do Programa está agora a entrar na sua fase final, com a execução das provas de projeto das startups Mychoice2Pay, WetalkAi, Rentall e colibid.
socialtalk angaria 770 mil euros para desenvolver marketing de influência baseado em ia
ASocialtalk angariou 770 mil euros para ampliar a sua solução de marketing de influência baseada em inteligência artificial (iA), numa ronda liderada pela insight Venture (através do fundo Green insight i). A startup com sede em lisboa pretende ajudar as empresas a alavancar o poder de influência usando a iA para pôr em contacto empresas e influenciadores. A plataforma da startup permite às empresas encontrar rapidamente influenciadores, gerir a sua relação e monitorizar o seu desempenho, tudo a partir de uma plataforma central, adianta a “computerworld”. Francisco Ascensão (cEO) e tiago Oliveira (ctO) são os fundadores da Socialtalk, criada para gerir de forma mais eficiente os desafios do marketing de influência. A Socialtalk afirma ser capaz de poupar cerca de 80% do tempo e dos recursos nesta gestão. também é capaz de fornecer mais informações e métricas, ajudando as equipas a analisar decisões e estratégias”, afiança a startup. “Quando falamos de democratização”, pretende-se “seguir o mesmo caminho que outras áreas do marketing digital já seguiram. Hoje em dia, qualquer marca tem um cRM para gerir clientes, software para gerir o e-mail marketing, meios de comunicação social, SEO e gestão de publicidade, entre muitas outras áreas. Quando aos custos, com o Socialtalk, “qualquer empresa pode ter acesso a todas as funcionalidades a partir de 31 euros por mês, sem falsas atualizações e limites de utilização”, adianta a mesma fonte. A Socialtalk usa a iA para fazer corresponder perfis com marcas, tornando o processo muito mais racional e eficiente. de acordo com a equipa, isto resolve o maior desafio do marketing de influência. “Este é o verdadeiro desafio do influencer marketing. Queremos que as empresas deixem de procurar os influenciadores. Estamos a desenvolver um motor de recomendação que sugere às marcas com que influenciadores devem trabalhar e cujos seguidores se encaixam no público-alvo da marca. Mas vai muito mais longe do que isso. Estamos a utilizar a machine learning para analisar milhões de postes diariamente e ajudar a determinar o desempenho real de cada influenciador, quanto uma marca deve pagar de acordo com os objetivos propostos a cada influenciador e para automatizar grande parte do processo de gestão da relação”, acrescentam ao site Eu-Startups, citados pela “computerworld”. Este novo financiamento será utilizado para fazer crescer a equipa Socialtalk nos departamentos de tecnologia, marketing e vendas. Ajudará também a internacionalizar a sua atividade com a expansão para novos mercados alinhados, incluindo por toda a Europa, lAtAM e EuA.
Oportefólio de investimentos da Zeiss Ventures acaba de se expandir com a mais recente aposta na Morrow, uma startup belga de alta tecnologia, que desenvolve óculos autofocais que permitem alternar entre visão ao perto e ao longe com um simples toque de um botão (na foto). A Morrow, fundada em 2016, é especializada no desenvolvimento e fabrico de soluções de tecnologia de cristais líquidos para aplicação em lentes, que permitem a utilização de óculos multifocais eletrificados, que alternam a distância focal entre a visão de perto e longe. A inovadora tecnologia de cristais líquidos está integrada entre duas lentes óticas ultra-precisas e de corte fino e pode ser ativada através da aplicação de uma pequena dose de energia elétrica, que, por sua vez, instrui o cristal líquido a refratar a luz de uma forma pré-determinada. Em 2021, a Morrow lançou o seu primeiro produto no mercado Belga, que permite aos utilizadores alternarem entre visão de perto e visão de longe com o toque de um botão. “Enquanto que os dispositivos de realidade aumentada/realidade virtual são cada vez mais comuns, a eletrificação geral e a funcionalização dos óculos e das suas lentes é uma área ainda muitas vezes negligenciada. Soluções como a desenvolvida pela Morrow são fundamentais para permitir que isto se torne mais habitual”, afirma Gerrit Schulte, diretora da Zeiss Ventures. O investimento é liderado pela Zeiss Ventures em conjunto com a New Science Ventures (NSV) e conta com todos os investidores atualmente envolvidos, tais como imec.xpand, PMV, tokai e Qbic. “Estamos extremamente satisfeitos pela Zeiss Ventures partilhar da nossa visão: melhorar a das pessoas, através da funcionalização dos óculos. Esta parceria única ajuda-nos a desenvolver ainda mais o nosso portefólio de produtos e, juntamente com os atuais acionistas, construir uma plataforma comum para óculos eletrónicos”, explica Paul Marchal, fundador e cEO da Morrow.