Actualidad
Economia ibérica agosto 2020 ( mensal ) | N.º 278 | 2,5 € (cont.)
Turismo em
Espanha:
futuro incerto de um setor-chave PÁG. 32
A reinvenção do El Corte Inglés, depois do seu melhor ano de sempre em Portugal pág. 14
Retoma do mercado de trabalho vai exigir grande adaptação de candidatos e empresas pág. 22
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Índice
índice
Atualidade
Foto Capa
DR
Nº 278 - agosto de 2020
20. Oportunidades
para o investimento espanhol em Portugal
Actualidad
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro
Grande Tema 32.
Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Cecilio Oviedo, Manuel Bruschy Martins e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém
El futuro incierto del turismo, pieza clave en la recuperación económica
Editorial 04.
Nº de Depósito Legal: 33152/89
Recuperar la confianza como destino turístico
Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal
Opinião 06.
Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong
Un nuevo intervencionismo de tipo keynesiano - Cecilio Oviedo
40. Arrendamento de ativos imobiliários:
que esperar da situação excecional que vivemos? - Manuel Bruschy Martins
Agosto Prazo Imposto Até 7
IRC/IRS/ IVA/Selo
Declaração a enviar/Obrigação IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2019
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada
Prazo execional no âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19
O IVA pode ser pago até ao dia 17
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IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em junho/2020
Contribuintes do regime normal mensal
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Segurança social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de julho/2020
Entidades empregadoras
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IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a julho/2020
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
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IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em julho/2020
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT.
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IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas no 2º trimestre de 2020
Contribuintes do regime normal trimestral
O IVA pode ser pago até ao dia 20
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IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do imposto do selo liquidado em julho/2020
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
No âmbito das medidas relativas ao Covid 19, pode haver pagamento de prestações referentes a retenções efetuadas no 2º trimestre/2020
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Segurança social
Pagamento das contribuições relativas a julho/2020
Entidades empregadoras
No âmbito das medidas relativas ao covid-19, pode haver pagamento das contribuições diferidas devidas nos meses março, abril e maio/2020
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IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em julho/2020
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas
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IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em junho/2020
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente
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IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2019 noutro Estado-membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
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IMI
Pagamento da 2.ª prestação do IMI, referente a 2018, quando o seu montante seja superior a 500 euros
Sujeitos passivos de IMI
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Calendário Fiscal de agosto
E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Grande Entrevista 20. Atualidade 26. Marketing 28. Fazer Bem 38. Advocacia e Fiscalidade 42. Setor Imobiliário 44. Ciência e Tecnologia 48. Vinhos & Gourmet 54. Setor Automóvel 56. Intercâmbio Comercial 58. Oportunidades de Negócio 61. Bolsa de Trabalho 62. Espaço de Lazer 66. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
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editorial editorial
Recuperar la confianza como destino turístico
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paró todo: aviones, trenes, hoteles, restaurantes, bares... y un largo etcétera. Sin movilidad y sin agrupaciones, el turismo desapareció. A medida que los países se recuperan del coronavirus, el turismo ha vuelto a aparecer. En el caso de España, ha sido difícil volver a arrancar. Sin movilidad entre provincias ni comunidades autónomas y con las fronteras cerradas, la mayor parte de los hoteles
Foto TURESPAÑA/manuelafotografa.com
stamos ante un verano totalmente diferente. Tras meses de confinamiento, España y Portugal recuperan lentamente su actividad turística pero muy lejos de los niveles habituales de años anteriores. Ambos países se encontraban en un momento muy bueno en lo que a turismo se refiere, sector que fue el gran motor de recuperación de la crisis financiera anterior. Con récord de visitas y de
gasto turístico, el 2020 comenzó con muy buenas previsiones. El patrimonio cultural, el clima y la gastronomía, así como su gente, son grandes reclamos del turismo internacional. Pero la pandemia truncó los planes en todo el planeta. Han sido unos meses duros, en los que de un día para otro el sector bajó el cartel de “Cerrado”, y no por vacaciones. Se vio obligado a parar, como nunca antes había pasado, incluso en otros momentos difíciles como fueron los atentados del 11-S. Esta vez 4 ACT UALIDAD€
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permanecieron cerrados incluso cuando podían abrir. Con aforo reducido, los bares y restaurantes fueron recuperando el ritmo, pero dentro de la llamada nueva normalidad en donde la máscara forma parte de nuestra vestimenta. Hay zonas como la costa de Benidorm (Alicante) que estaba irreconocible a comienzos del verano, sin la presencia habitual del turismo inglés. Los brotes siguen amenazando la aparente tranquilidad que vive el país desde que acabó el estado de alarma el pasado 21 de junio.
Hay muchas zonas que preocupan, como Cataluña, donde se volvió a confinar a las personas en una comarca de Lleida. En Barcelona se ha recomendado no salir de casa ni viajar a segundas residencias, como en Zaragoza. Ante esta realidad no es de extrañar los resultados de una reciente encuesta del CIS, según la cual dos de cada tres españoles no se irá de veraneo este año. El miedo sigue muy presente además de las consecuencias económicas ya patentes en muchos hogares. Portugal recuperó antes la movilidad interior pero también ha sufrido la ausencia del turismo extranjero. Con una situación mucho más controlada que la vecina España entre los meses de marzo y mayo, a finales de junio regresó la preocupación cuando algunos distritos de Grande Lisboa entraron en estado de calamidad y se decretó el estado de contingencia para el área metropolitana de Lisboa, una decisión que se ha mantenido a lo largo del mes de julio. La apertura de las fronteras entre España y Portugal, el pasado 1 de julio, permitió recuperar el turismo transfronterizo y el paso habitual de los habitantes de los dos países. Como todos los años, habrá movimientos entre unos y otros en el veraneo, pero esta vez estando muy atentos a cómo sigue evolucionando el virus. Ambos deben todavía recuperar la confianza como destino turístico y no será difícil por lo bien posicionados que están a nivel internacional. Pero hay que tener prudencia, el escenario es todavía muy incierto. E-mail: brodrigo@ccile.org
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opinião opinión
Hacia un intervencionismo de tipo keynesiano
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l siglo XXI empezó con teorías liberales. Pero ahora el libro de economía más influyente del siglo xx tiene ya más de 80 años. Es un libro extraño, a veces de difícil comprensión y otras lleno de sentido común. Es conocido como la Teoría General de Keynes y en él se descubre la importancia de la inversión y de la demanda agregada para mantener e impulsar el crecimiento de la economía. Lo más probable, como estamos viendo, es que la crisis de covid-19, de la que entramos en el quinto mes, nos cambie la vida y la forma de enfocar la economía del futuro. El número de contagiados se acerca a 15 millones y las consecuencias económicas ya se prevén cercanas a las de la Gran Depresión.Los gobiernos pueden en este momento crítico en que existe una gran liquidez y perspectivas de financiar las inversiones verdes sostenibles, especialmente en la Unión Europea (UE), desviar el enfoque tradicional de la política industrial y centrarse en proyectos sostenibles rentables y nuevos empleos verdes para los que ya es posible encontrar financiación pública y privada. Sin embargo, ante la situación crítica que vivimos, en determinados países los gobiernos pueden tener la tentación de intentar salvar sectores contaminantes por la presión social. Ya hemos hablado en otras ocasiones que es momento de descarbonizar siguiendo la directrices de la ONU y de la UE, evitando los excesivos errores de política agricola e industrial. En el caso de la Península Ibérica, hay buenas oportunidades de que deben ir acompañadas de inversión en formación, en salud y sanidad, turismo, en una industria más tecnológica y en el ámbito digital.
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En cualquier caso, después de muchos años de predominio de las ideas liberales y neoconservadores tras la caída del Muro de Berlín, Keynes, el economista más importante del siglo XX, parecía haber caído en el olvido a pesar de las lecciones de la Gran Recesión, cuya solución final fue una intervención pública excepcional con la inyección masiva de liquidez, ampliando la base monetaria de la FED por Bernanke y posteriormente del BCE, por Draghi, manteniendo la colaboración con los otros bancos centrales. En estos momentos en que al parón de las economías se añaden las disputas con China (que no debemos olvidar que es el gran prestamista a nivel mundial) y con el nuevo proteccionismo americano (hacia la UE también), los más optimistas prevén al menos dos años para volver a los niveles de producción y empleo de 2019. Las últimas noticias para España no son muy halagüeñas, independientemente de las fuentes que se consulten, calculando ya una caída del PIB cercana al 11%, según los últimos datos de junio de la Comisión Europea. Las últimas informaciones oficiales correspondientes al déficit del Estado español relativas al mes de mayo se sitúa en el 2,88% del PIB, en términos de Contabilidad Nacional. En los cinco primeros meses del año el Estado ha registrado un déficit de 32.251 millones de euros, lo que equivale a un 2,88% del PIB. Este comportamiento se debe a la caída de la actividad por el confinamiento necesario para combatir la pandemia, lo que ha provocado hasta Mayo un descenso de los recursos del 10,6% y por otra parte las medidas gubernamentales para mitigar los efectos de la crisis han supuesto un aumento de los gastos del 10,8%. Los recursos no financieros han
Por Cecilio Oviedo*
ascendido a 63.950 millones, lo que supone un descenso del 10,6% respecto a 2019. Los recursos por impuestos han tenido un descenso del 14,2%. El impuesto sobre sociedades cae un 6,7% y el IRPF un 31,5% en base interanual. Por el lado de las transferencias corrientes, los pagos acumulados por este capítulo han ascendido a 42.625 millones de euros hasta mayo de 2020, con un incremento que supone una variación del 19,3% en relación con 2019. A final del año el déficit español podría llegar a 100 mil millones de euros. La Comisión Europea ya tiene una propuesta de inversiones y gastos que hay que financiar con deuda de manera conjunta cuando sea aprobada por los socios de la UE. Mientras tanto el BCE tiene un ambicioso plan de compra de deuda, evitando la especulación con las primas de riesgo, dotando de liquidez al sistema. Durante 2020, los déficits públicos seguirán aumentando rápidamente a niveles nunca vistos y necesitaremos recursos financieros procedentes de facilidades monetarias y más deuda pública. Las inyecciones financieras ayudarán a sobrevivir a familias, autónomos y empresas, para que no se destruya más el tejido productivo, porque son necesarias las transferencias masivas tanto para mantener el consumo, como para ampliar la inversión que estimulen los distintos sectores de la economía, venciendo la actual incertidumbre, creando y manteniendo el empleo en la agricultura, la industria, el turismo, la construcción y las empresas de servicios. Los Estados no pueden abandonar a su suerte las expectativas de la población. * Economista y ex-vicepresidente de honor de la CCILE E-mail: oviedotudela50@gmail.com
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
EDP compra espanhola Viesgo e reforça renováveis A EDP anunciou a intenção de comprar a empresa espanhola Viesgo, num negócio avaliado em 2.700 milhões de euros. Esta operação vai permitir à EDP reforçar a sua capacidade de geração de energias renováveis. Até 2022, a EDP quer ter mais de 90% da sua geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis, o que contempla somar sete GW de potência instalada ao seu portefólio atual. Daqui a dois anos, a elétrica terá então quase 28 GW de energia eólica, hídrica e solar, entre outras. As metas foram traçadas por Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial, durante a sua intervenção no webinar E-Vision: Powering European e-mobility, promovido pela Eurelectric,
adianta o jornal “EcoEconomia Online”. Uma das etapas para o conseguir passou pela compra da espanhola Viesgo, que irá juntar 511 MW extra de capacidade renovável ao seu leque de ativos. Apesar de ainda não estar fechado e de esperar as respetivas autorizações regulatórias, a operação de aquisição anunciada pela EDP, liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade (na foto), entra para a lista das 20 maiores operações de fusão e aquisição realizadas na Europa este ano. Desde o início do ano, num período
em que os negócios na Europa estão a ser fortemente afetados pela pandemia, a maior operação de M&A foi a compra da Willis Towers Watson pela Aon, por 31.633 milhões de euros, e que deu origem à maior corretora de seguros do mundo. Na lista das maiores operações de M&A, de realçar ainda, em maio, o fecho da venda, pelo grupo José de Mello e pela Arcus de uma particição de 81,1% da concessionária Brisa a um consórcio de investidores. Uma operação estimada em cerca de 2.433 milhões de euros, o que faz deste o 10º maior negócio do ano na Europa.
Seguros de créditos com garantia do Estado potenciaram exportações de 229 milhões de euros Entre março e maio deste ano, as operações aprovadas no âmbito da Linha de Seguros de Créditos de Curto Prazo para países fora da OCDE com garantia do Estado, gerida pela Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, atingiram os 50 milhões de euros, potenciando exportações de um total de 229 milhões de euros, ou seja, cerca de 7% das exportações portuguesas de bens e serviços destinados a mercados fora da União Europeia. “Durante esses três meses, o número de pedidos submetidos pelas empresas portuguesas a esta linha aumentou cerca de 47% relativamente ao mesmo período de 2019, em consequência da redução dos níveis de cobertura por parte das companhias de seguros de créditos comerciais, decorrente do aumento de risco causado pela pandemia do covid- 19 e da subsequente crise económica”, salienta a Cosec. “Apesar do aumento da procura, e com a totalidade das equipas em teletrabalho, foi possível à Cosec reduzir o
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prazo médio de decisão em cerca de 40%, para 5,8 dias úteis, desde a entrada da candidatura, em coberturas até um milhão de euros, limite de competência de decisão atribuída à Cosec nesta Linha”, adianta a mesma companhia. “Esta melhoria significativa do serviço prestado às empresas só foi alcançada devido ao investimento feito pela Cosec no processo de digitalização dos seguros de créditos com garantia do Estado, iniciado em setembro de 2018, e para o qual continuamos a desenvolver melhorias permanentes. Para além disso, desde o início de janeiro, tínhamos iniciado na companhia um projeto-piloto de trabalho à distância, que se revelou determinante perante os novos desafios”, afirma Maria Celeste Hagatong, presidente da Cosec. Atualmente, todo o processo desta linha de seguros de créditos, a que verifica a maior procura, é realizado online, desde
a apresentação das candidaturas pelas empresas, na plataforma SCGEnet, à avaliação e decisão sobre o seguro e à própria contratação dos seguros, com emissão e disponibilização dos documentos contratuais aos segurados na mesma plataforma. Entretanto, a companhia divulgou o seu relatório e contas referentes a 2019, tendo registado um resultado líquido de sete milhões de euros, o que significa um crescimento de 28% relativamente ao ano anterior. Relativamente ao exercício findo, os dois acionistas da Cosec – o Banco BPI e a Euler Hermes – decidiram seguir as recomendações da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, no sentido de adiar a distribuição de dividendos e reavaliar a situação até ao final do final do primeiro semestre de 2021.
Breves Millennium bcp consolida parceria estratégica com a CTP
O Millennium bcp assinou um protocolo de cooperação estratégica com a Confederação do Turismo de Portugal, que contou com a presença dos presidente e vice-presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, respetivamente Miguel Maya e João Nuno Palma, e do presidente do Conselho Diretivo da CTP, Francisco Calheiros. Na ocasião, Miguel Maya referiu que “esta parceria sinaliza aos empresários que o Millennium bcp está com os clientes, mesmo nos momentos mais desafiantes como o que enfrentamos perante
a pandemia covid 19, a qual tem especial impacto nos operadores do setor do turismo. O BCP está empenhado em procurar soluções adequadas a cada caso”, visando “acelerar a recuperação” de um setor “tão importante para Portugal”. Por seu lado, Francisco Calheiros sublinhou que o protocolo “reforça a relação de parceria da CTP com o Millennium bcp, numa fase muito crítica para as empresas”, que exige “de todos muito empenho, dedicação e alianças cada vez mais fortes, sobretudo no domínio dos serviços bancários”. A parceria visa unir esforços para uma crescente divulgação das boas práticas do setor, prevendo o apoio a diversos projetos nesta área. Entre as ações previstas no protocolo, destaca-se a realização da “V Cimeira do Turismo Português”, de um seminário de âmbito nacional, bem como workshops sobre o financiamento para o turismo.
Mercadona abre 13ª loja em Portugal A Mercadona abriu a 15 de julho o novo supermercado de Penafiel (na foto), no distrito do Porto. Esta é a 13ª localização a receber um supermercado Mercadona no país, estando estes localizados nos distritos de Porto, Braga e Aveiro. Esta é também a terceira loja de um total de 10 da empresa a abrir em 2020. Em 2019, a Mercadona já tinha entrado no distrito do Porto, onde conta já com oito lojas, o que possibilitou a criação de cerca de 60 postos de trabalho, com contratos sem termo desde o primeiro dia, contribuindo assim para a criação de emprego local. Continuando com o seu plano de expansão, a empresa tem previsto abrir mais quatro lojas neste distrito, outras duas em Aveiro e, pela primeira vez, uma loja em Viana do Castelo. Este supermercado responde ao “Modelo de Loja Eficiente”, que a empre-
sa está a implementar em toda a rede, e conta com uma superfície de vendas de 1.650 metros quadrados e 145 lugares de estacionamento. Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel, destacou que a “atração de investimento tem sido uma prioridade nas políticas municipais. Este investimento da Mercadona, a primeira loja de Penafiel e da região do Tâmega e Sousa, é extremamente relevante, quer pelo volume financeiro, quer pelo número de postos de trabalho que é capaz de gerar”, assim como para a “requalificação” urbana do concelho.
Insolvências aumentam 52% em junho em comparação com o período homólogo de 2019 De acordo com um estudo da Iberinform, filial da Crédito y Caución, verificou-se um aumento de 52% nas insolvências em junho face a 2019. No total do semestre, o crescimento homólogo foi de 7,5%. As constituições caíram 18,4% em junho e 34,4% no semestre. Em junho, registaram-se 559 insolvências, mais 191 que no período homólogo de 2019, mas menos 41 que em maio. Já no total do semestre, o incremento face ao mesmo período do ano passado é de 7,5%, com 2.749 insolvências. Este valor apresenta-se inferior aos totais registados no primeiro semestre de 2017 (3.391) e de 2018 (3.067). Sem surpresas, Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor de insolvências mais elevado, com 568 e 687 casos, respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 8,8% em Lisboa e de 7,7% no Porto. No entanto, a maioria dos distritos continua a revelar um aumento de insolvências (59,1%). Por grandes setores de atividade, apenas dois não viram crescer o número de empresas insolventes no primeiro semestre de 2020: a indústria extrativa, com um decréscimo de 42,9% face a 2019, e a construção e obras públicas (-7,6%). Não foram só as insolvências que aumentaram, já que a redução abrupta da atividade económica fez cair também a constituição de empresas. No acumulado, o primeiro semestre de 2020 fecha com um total de 18.076 constituições, menos 9.471 do que em 2019 (-34,3%). Porto de Viana acolhe fábrica de produção de conversores de energia de ondas O Porto de Viana do Castelo vai albergar uma fábrica de produção, montagem, manutenção e reparação de conversores de energia das ondas. Com um investimento na ordem dos 16 milhões de euros, da responsabilidade da empresa CorPower Ocean, a infraestrutura vai ficar no porto minhoto, pelo menos, até ao ano de 2024, estando a expansão para instalações definitivas, em Viana do Castelo, planeada para o final do projeto de demonstração a instalar ao largo da Praia da Aguçadoura. A tecnologia desenvolvida pela CorPower diferencia-se das demais por obter cinco vezes mais energia por tonelada de dispositivo e por possuir um modo de sobrevivência único, que oferece robustez nas mais exigentes condições marítimas, entre outras inovações que se
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afiguram disruptivas face à tecnologia existente. O Porto de Viana do Castelo apresenta-se como um palco apetecível para este projeto pois permite o estabelecimento de uma base de operações com características únicas, onde se poderão desenvolver todas as atividades afetas às fases finais de validação da tecnologia proposta pela CorPower. O projeto é apoiado por investidores privado e públicos europeus, designadamente o Equity Funding, Swedish Energy Agency, Portugal Compete 2020 e EU Grants, e está em linha com o plano do Governo para o desenvolvimento da energia renovável do país, um setor que poderá gerar 254 milhões de euros em investimentos, 280 milhões de euros em valor bruto acrescentado e criar 1.500 novos postos de trabalho. Produção automóvel em Portugal cai 20% em junho Em junho de 2020, foram produzidos, em Portugal, 22.943 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma queda de 20%. Em termos acumulados, no primeiro semestre de 2020, registou-se um decréscimo de 36,2% em comparação com o período homólogo, correspondendo a 117.350 unidades fabricadas em 2020. Os dados do primeiro semestre confirmam a importância das exportações para o setor, já que 98% dos veículos fabricados em Portugal destinam-se ao exterior, o que, sublinha a Acap, “contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa”. A Europa representa mais de 96% das exportações dos veículos fabricados em Portugal, com destaque para a Alemanha (22,7%), França, Itália, Espanha e Reino Unido. Certif fatura menos 20% no primeiro semestre A Certif registou no primeiro semestre uma redução de 20% na sua faturação em relação ao período homólogo de 2019. Ainda assim, conseguiu “realizar 40% das ações de acompanhamento anuais, o que permite manter a esperança de concluir o ano com um desempenho positivo, embora abaixo das expetativas iniciais”, adianta a associação de certificação de produtos e serviços. “Os novos clientes compensaram o número de anulações, embora se admita que seja no segundo semestre que o impacto negativo da pandemia sobre a economia se venha a refletir no número de anulações”. Depois de um início do ano com uma evolução positiva, a Certif sofreu uma travagem na sua atividade, a partir do segundo trimestre. “Optando pela não realização de auditorias remotas, salvo em algumas situações identificadas como a única solução possível, foi dada prioridade ao acompanhamento dos processos, preparando o regresso às ações presenciais logo que possível”, afirma a associação.
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Cartão Digital Santander inovador e disponível de forma imediata O Santander acaba de lançar o Cartão Digital, que fica disponível para utilização imediata na app (pagamentos contactless e QR Code e transferências MB Way). Assim os clientes poderão efetuar todas estas operações logo que fica concluído o processo de adesão a um cartão de débito, mesmo enquanto aguardam por receber o cartão físico. O banco tem vindo a lançar novas soluções de pagamento digital, que permitem aos clientes pagar as suas compras com qualquer dispositivo móvel em todo o mundo, de uma forma simples, rápida e segura. Recentemente foram firmadas parcerias com a Garmin e Fitbit, sendo assim possível a realização de compras contactless através de relógios (smartwatch), pulseiras e
outros dispositivos. Nos pagamentos com o telemóvel, os clientes do Santander são dos poucos no mercado que, através da app do banco, já podem utilizar o seu telefone com sistema operativo Android para fazer compras contactless em qualquer parte do mundo. Para os telemóveis com sistema operativo iOS já está disponível uma solução doméstica, que permite fazer compras com a app do banco, através da captura de um código QR, estando prevista para breve uma solução que permitirá fazer pagamentos via contactless em todo o mundo. O Santander pretende ser a melhor plataforma aberta de serviços financeiros e, nesse sentido, tem vindo a acelerar a transformação digital, assegura o banco.
Novo Banco cria solução financeira para senhorios O Novo Banco lançou uma solução financeira que pretende ajudar os senhorios particulares, com posse de imóveis em arrendamento, a mitigarem as necessidades de liquidez provocadas pela moratória nas rendas e pela queda abrupta do turismo, decorrente da crise da pandemia covid-19. O “Pack Senhorios” inclui três produtos de natureza distinta, um de financiamento, outro de poupança e um seguro multirriscos, cada um aplicável conforme a necessidade do senhorio. O financiamento prevê o acesso a uma linha de crédito para fazer face a dívidas imediatas e resolver
Foto Arquivo
Breves
problemas de liquidez provocados pela crise económica do covid-19. A componente seguro, prevê o acesso a descontos no seguro multirrisco das casas, o qual tem associado um depósito que permite reforços a qualquer momento e reembolsos sem penalização, servindo de reserva para a gestão do pagamento das obrigações fiscais e outras, como o IMI, condomínio ou o IRS.
Gestores
Pandemia não afasta interesse de investidores globais A maioria dos investidores globais con- mente as saídas serão adiadas, muitos tinua à procura de oportunidades de dos fundos existentes têm alta liquidez negócio, apesar da expetativa de quebra e continuam à procura de novos negóde receitas das companhias constantes cios e bolt-ons para as platform compano seu portefólio de investimentos e nies”, comenta Stéphane Pithois, Global de um regresso ao normal apenas em Head of Corporate Finance da Mazars. 2021. As conclusões são de um inqué- “À medida que o mundo dos negócios rito global à forma como a covid-19 teve volta lentamente ao trabalho, é tranquiimpacto nas empresas de capital de lizador observar uma clara noção de risco e nas previsões e estratégias dos otimismo e resiliência dos fundos de investidores, realizado pela Mazars, uma capital de risco”, acrescenta. multinacional de auditoria e consultoria. O estudo revela que metade dos inquiO inquérito “Covid-19 and the world of ridos espera uma descida entre os 11% private equity”, realizado junto de mais e os 25% nas receitas das empresas de 150 investidores na Europa, América que fazem parte do seu portefólio nos e Ásia, revela ainda que a maioria consi- próximos 12 meses e quase um quarto dera que o trabalho a partir de casa per- (22%) antecipa uma quebra entre os mite concretizar os negócios, indicando 26 e os 50% durante o mesmo período. uma boa adaptação ao novo ambiente Os fundos de maior dimensão são, na laboral. generalidade, os mais otimistas, com “Os resultados do inquérito revelam que quase metade a responder que espera os investidores estão abertos ao negó- uma quebra de menos de 10%, o que cio, mas que os tempos ainda são desa- aponta para os efeitos positivos da fiantes. Ao mesmo tempo que aparente- capacidade de escala.
Mário Centeno (na foto) é o novo Governador do Banco de Portugal. O sucessor de Carlos Costa assumiu funções no mês passado. O ex-ministro das Finanças foi ainda presidente do Eurogrupo entre 2018 e 2020, tendo em julho sido substituído neste cargo pelo ministro das Finanças e ministro das Despesas Públicas e da Reforma da Irlanda, Paschal Donohoe. Luis Felipe Fernández (na foto) é o novo embaixador de Espanha no Irão. Até agora, Luis Filipe Fernández desempenhava as funções de cônsul geral de Espanha em Portugal. Entre 2012 a 2016, o diplomata assumiu o cargo de diretor geral para a Europa e Ásia Central do Serviço Europeu de Ação Externa da União Europeia. Anteriormente foi embaixador de Espanha em países como a Rússia, Croácia, ou Eslovénia. Entre 2008 e 2010 foi diretor-geral de Política Externa para a Europa Não Comunitária e América do Norte, tendo depois este cargo sido remodelado e assumido funções de diretor-geral para a América do Norte, Ásia e Pacífico. Luis Felipe Fernández de la Peña abraçou a carreira diplomática em 1979.
Foto Sandra Marina Guerreiro
O BPI assinou um protocolo com des do setor da pesca”, adianta o banco. o Instituto de Financiamento da “Este apoio visa permitir às entidades Agricultura e Pescas (IFAP) para dispo- do setor superar as dificuldades de nibilizar a Linha de Crédito de Apoio ao tesouraria decorrentes da adaptação Setor da Pesca 2020, com uma dotação dos operadores ao atual contexto de global de 20 milhões de euros, juros covid-19, disponibilizando às empresas, bonificados até 100% e prazos de finan- organizações de produtores e à indúsciamento até seis anos. tria de transformação dos produtos da “O protocolo com o IFAP permitirá ao pesca e do pescado, a custos reduziBPI disponibilizar financiamento para dos, os meios financeiros necessários à o setor da pesca em condições muito manutenção da sua atividade”. competitivas, nos termos do quadro O crédito a conceder tem como finalidade medidas de auxílio estatal criadas de a aquisição de fatores de produção, pela Comissão Europeia para apoiar a apoio à tesouraria e fundo de maneio, economia: bonificação da taxa de juro, nomeadamente para liquidação de atribuída pelo IFAP; rapidez na análise salários e impostos e renegociação de e decisão das propostas de crédito; dívidas a fornecedores e instituições financiamento adaptado às necessida- de crédito.
em Foco Foto Sandra Marina Guerreiro
BPI lança linha de crédito de 20 milhões de euros para apoiar setor da pesca
Valdemar Duarte (na foto), diretor-geral da Ageas Pensões, marca do grupo Ageas Portugal, foi reconduzido para um mandato de quatro anos no “Occupational Stakeholders Group” da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA). Para o líder da Ageas Pensões, que é, uma vez mais, o único português com assento neste órgão consultivo composto por 19 nacionalidades, “a participação durante os últimos dois anos foi muito enriquecedora”, destacando-se um projeto ainda em curso “e que será um marco neste próximo mandato: o PEPP- Produto de Pensões Pan-Europeu. Acredito que, no final de 2021, será uma realidade por todo o espaço da União Europeia, disponibilizando uma solução de pensões complementares uniforme, com grande eficiência fiscal, com o objetivo de contribuir para pensões mais adequadas e protegidas e ainda de facilitar a mobilidade profissional no espaço europeu”, afirmou.
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Breves Housfy recibe autorización del Banco España para crear su filial hipotecaria Housfy, la plataforma de compraventa de pisos entre particulares ha recibido la autorización del Banco de España para crear su propia filial de intermediación hipotecaria a particulares y empresas, Housfy Finance, con la que prevé cerrar 1.500 préstamos inmobiliarios este 2020. La compañía ya había entrado en el negocio hipotecario en 2018 y cuenta con unos 50 profesionales del sector de las finanzas. Además, colabora con más de 15 entidades bancarias con las que negocia las condiciones. No obstante, tras la entrada en vigor de la nueva Ley Hipotecaria, en junio de 2019, todas las personas que realicen servicios de intermediación financiera o asesoramiento hipotecario deben estar registradas y autorizadas por el Banco de España. En un comunicado, el CEO y fundador de Housfy, Albert Bosch, ha señalado que la Ley Hipotecaria “garantizará a los consumidores la transparencia, seguridad y profesionalidad en el servicio”, y asegurará “un mínimo de calidad en un sector creciente como es el de la intermediación hipotecaria”. BNP lanza en España su neobanco Nickel a través de estancos y puntos de venta de lotería El gigante bancario francés BNP Paribas ha anunciado el inminente lanzamiento en España de su neobanco Nickel, operativo en Francia desde 2014. La nueva compañía ofrecerá cuentas corrientes, sin ninguna condición de ingresos, depósitos o patrimonio, y una tarjeta Mastercard asociada a ella. Para ello va a utilizar una red de establecimientos de lotería y de estancos que tendrá un coste para el cliente de 20 euros al año. El modelo, que trata de competir con la banca tradicional, “es totalmente disruptivo. Hemos sacado al banco del banco y lo llevamos a donde más sentido tiene que esté, al barrio”, aseguró Javier Ramírez Zarzosa, consejero delegado de la nueva fintech en España. La compañía desembarca en España tras lograr sumar 1,7 millones de cuentas en Francia, donde ya tienen más de 6.000 puntos de ventas asociados. Vidrala invertirá 130 millones de euros este año Vidrala invertirá 130 millones de euros este año en sus fábricas de Reino Unido, Portugal y España, según ha anunciado el presidente del fabricante de envases de vidrio, Carlos Delclaux, durante la junta de accionistas. El grupo mantiene una estrategia industrial a largo plazo que le llevará a incrementar en un 62% sus inversiones durante 2020 en relación con las realizadas el ejercicio anterior.
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Santander y MAPFRE distribuirán seguros de no vida en Portugal Banco Santander y Mapfre han extendido su alianza de banca seguros en España a Portugal, un acuerdo que se extenderá hasta diciembre de 2037 y que contempla la distribución en exclusiva de los seguros de automóviles, multirriesgo pymes y seguros de responsabilidad civil de la aseguradora en la red de oficinas de la entidad. De este modo, se creará una sociedad conjunta en la que Mapfre pasará a controlar el 50,01% del negocio de seguros en el país, mientras que Banco Santander Totta será titular del 49,99% restante. Una vez se obtenga la aprobación
de las autoridades competentes, está previsto poder empezar a operar en el cuar to trimestre de 2020. Este acuerdo se ve complementado con la adquisición, por parte de Mapfre Vida, del 100% de una cartera en run-off de seguros de vida riesgo actualmente propiedad de Santander Totta Seguros.
Seat anuncia una inversión de 5.000 millones de euros hasta 2025
Seat invertirá cinco mil millones de euros hasta 2025 en nuevos proyectos de I+D de vehículos en su Centro Técnico y en la renovación de las instalaciones de Martorell, Barcelona y Componentes, en El Prat de Llobregat. De este modo, la compañía del Grupo Volkswagen afianza su posición en Catalunya y garantiza el futuro de la planta de
Martorell. Así lo ha anunciado Carsten Isensee, presidente de la marca. Para llevar adelante este proyecto, el presidente interino de Seat ha incidido en la necesidad de que las administraciones, tanto el Gobierno como las Comunidades Autónomas también empujen en este sentido. “No podemos hacerlo solos. España necesita más infraestructura de recarga y más incentivos de compra para estimular la venta de coches eléctricos”, ha explicado Isensee. Reconoce que el plan de ayudas aprobado en España “va en la dirección correcta porque beneficiará a toda la cadena de valor”.
Breves Iberdrola abre un corredor de carga para coches eléctricos que une el centro y sur peninsular La compañía energética Iberdrola ha abierto un corredor de carga super rápida para coches eléctricos que une el centro y sur de la península, tanto Andalucía Occidental como Portugal. La Estación Premium se encuentra en el municipio extremeño de Monesterio y cuenta con un cargador super rápido de 150 kilovatios (kW) y cuatro rápidos y estándar, de 50 y 22 kW, respectivamente. Además, pondrá otra en marcha con similares características en los próximos días en Oropesa (Toledo), en la A5 o Autovía del Suroeste. En concreto, los cargadores están situados en el Complejo Leo, un área
de servicio transitada por 4,7 millones de vehículos el año pasado, y reconocida por los usuarios como una de las cinco mejores de España y la mejor de la Autovía de la Plata, según Iberdrola. En Extremadura, tramita otros 18 cargadores en vía pública y analiza hasta siete emplazamientos adicionales, varios de ellos de recarga súper rápida.
Ferrovial reconstruirá la segunda mayor estación de tren de Polonia por 433 millones de euros El grupo que preside Rafael del Pino suma un nuevo proyecto a su cartera de obras pendientes de ejecutar en este país y refuerza su negocio en Europa, toda vez que el pasado mes se hizo con las obras de ampliación del metro de Oporto por 288 millones de euros. El proyecto logrado ahora, a través de su filial polaca Budimex, consiste en la reconstrucción de la estación ferroviaria de Warszawa Zachodnia, situada al Oeste de la ciudad de Varsovia. Los trabajos, que forman parte del Programa Nacional de Ferrocarriles polaco, comprenden
la demolición de la actual estación y la construcción de una nueva con un “gran vestíbulo” de entrada en la zona Norte, nueve andenes en superficie y un corredor subterráneo de acceso a las vías, que además albergará una galería comercial. Está previsto que el proyecto de la nueva estación, por la que actualmente pasan 1.300 trenes al día, esté finalizado en 2023.
La pandemia también ha impactado en el negocio de la empresa vasca por el parón de las exportaciones de bebidas y el cierre de los establecimientos hosteleros, dos áreas que concentran las dos terceras partes de sus ingresos. La factura del covid-19 reducirá entre un 15% y un 25% los beneficios de 2020, mientras que la caída estimada de ventas puede rondar entre el 5% y el 10%, según transmitió Delclaux en la junta. Vidrala suma 26 ejercicios consecutivos de aumento del dividendo. Continuará por esta senda con cargo a los resultados de 2019, cuando ganó 143,3 millones netos. El pasado 14 de febrero abonó 0,84 euros brutos por título y a partir del 14 de julio pagará un dividendo complementario de 0,32 euros brutos. Babel compra el negocio de servicios de Software AG en España La empresa española de transformación digital Babel ha cerrado la compra de la unidad de servicios profesionales en España de la multinacional alemana Software AG, según ha informado la compañía. Con esta compra, Babel duplica su tamaño y prevé alcanzar una facturación superior a 100 millones de euros y sumar más de 2.000 profesionales en 2021, situándose así entre las diez principales empresas de capital español en el segmento de la consultoría informática. En un comunicado, la consultora española destaca que esta operación, se enmarca dentro de sus planes de expansión, ya que quiere continuar impulsando el crecimiento tanto orgánico como inorgánico, con nuevas operaciones de adquisición. “Esta transacción supone el inicio de una nueva etapa en la estrategia global de Babel, que refuerza su apuesta por convertirse en una firma de referencia en el sector tecnológico. De esta forma, la consultora española se mantiene firme en su plan de crecimiento pese a la incertidumbre económica global generada por la pandemia del covid-19”, agrega. Damm incrementa sus ventas un 10% con la entrada en 12 nuevos mercados Damm ha anunciado una facturación de 1.385 millones de euros al cierre de 2019, un 10% más que al término del ejercicio precedente. La compañía, conocida fundamentalmente por su negocio cervecero, también tiene presencia en sectores de logística, restauración -a través de Rodilla y Hamburguesa Nostra- y alimentación, con su inversión en la cotizada Ebro Foods. El resultado bruto de explotación o Ebitda de Damm alcanzó los 247 millones de euros en el periodo, lo que supone un 25% más que en el año anterior. Así, el beneficio neto escaló un 7% hasta los 120 millones. Un comportamiento que la compañía califica de “excelente” y que atribuye a “la importante apuesta por la innovación y potenciación de las marcas, así como al aumento de la capacidad y de la eficiencia productiva”.
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A reinvenção do El Corte Inglés, depois
do seu melhor ano de sempre em Portugal Enrique Hidalgo assumiu a direção do El Corte Inglés Portugal, depois de o grupo obter, no exercício de 2019, o mais elevado valor de vendas de sempre no mercado português, acima dos 520 milhões de euros, e poucos dias antes de ser declarado o estado de emergência no país, que ditou o encerramento das lojas. Apenas os supermercados se mantiveram abertos ao público e os restantes produtos permaneceram à venda online. O comércio eletrónico cresceu 200%, obrigando o grupo à maior transformação tecnológica e logística de sempre. Se acontecer uma segunda vaga da pandemia, Enrique Hidalgo assegura que o grupo está mais bem preparado do que nunca.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
El Corte Inglés Portugal fechou o exercício de 2019 com um valor recorde de vendas (acima dos 520 milhões de euros, mais 2,9% que no exercício anterior). A que atribui esses resultados?
Este exercício que terminou foi o melhor da história do El Corte Inglés Portugal, tanto em termos de lucro (28 milhões de euros) como de faturação, o que nos deixa muito orgulhosos da magnífica equipa que temos e
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que tornou este feito possível. A incorporação de novas marcas de luxo na loja de Lisboa e a consolidação do aumento de clientes da região do Porto na loja de Gaia, fazem com que os números de faturação subam. O Supercor é uma marca de garantia e de boa relação qualidade preço, num sector difícil e competitivo como é o da alimentação em Portugal. Os nossos outlets têm cada vez mais visitantes e as suas receitas te-
rão também um número recorde. As vendas da nossa loja online também foram um êxito, mas ainda longe da faturação que temos agora neste canal. Há também que valorizar de forma muito positiva o crescimento da nossa margem comercial. Por fim, nada disto teria sido possível sem os excelentes profissionais que temos que fazem parte do El Corte Inglés em Portugal, dirigida e liderada por um verdadeiro exemplo para todos nós, o meu ante-
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Enrique Hidalgo Diretor-geral do El Corte Inglés Portugal
cessor no cargo, Ángel Vaca. Este é o nosso valor diferencial, a nossa gente. Uma empresa com um modelo jovem, profissional, integrada no grupo, e que trabalha todos os dias para o seu foco principal: os nossos clientes. Como está o El Corte Inglés Portugal a ser afetado pela pandemia? Que perspetivas traça para este ano de 2020?
É difícil para qualquer empresa enfrentar esta situação. Num ano, ter as lojas,
que são a principal fonte de faturação, encerradas durante três meses é crítico. Apenas dois negócios funcionaram: a alimentação e as vendas online. Um dos objetivos a que me propus quando vim liderar o El Corte Inglés era fazer crescer as vendas online e não poderia imaginar que seria desta forma. As vendas online cresceram 200%, em comparação com o mesmo período no ano passado. Recebemos cerca de dez mil pedidos por dia, que é mais do que nos
dias de black friday, até agora os dias com melhores resultados para o comércio eletrónico Desde o dia 19 de março que todos os dias vendemos mais online do que vendíamos nos dias de black friday. Há muitos clientes a comprar pela primeira vez online e que vão continuar a fazê-lo, não tenho dúvidas. Tudo isto nos obrigou a fazer uma enorme restruturação, em poucos dias, em termos logísticos e de tecnologia. Fizemos um grande investimento a agosto de 2020
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grande entrevista gran entrevista nossos supermercados. No que diz respeito à covid-19, estamos perante uma situação extrema, que afecta a saúde de todos e para a qual ninguém estava devidamente preparado. Procuro todos os dias na minha biblioteca o “Manual para actuar perante a pandemia covid-19” e não o encontro. Afeta-nos a todos, isso é certo, mas vamos sair desta situação, de certeza que vamos. A dúvida é saber qual será o resultado, se os nossos hábitos vão mudar, não só os de consumo, e até que ponto afetará as nossas economias. Embora estejamos nas mãos das nossas autoridades de saúde, podemos fazer algo para minimizar o impacto. Selecionar bem as nossas fontes de informação, não incentivar comentários ou notícias infundadas, partilhar o que sabemos de forma honesta com os nossos colaboradores, criar ambientes de trabalho seguros e prepararmo-nos para a próxima desgraça, porque haverá. Na reunião com a equipa antes de reabrirmos os armazéns na totalidade, disse-lhes que se conseguimos resistir a esta situação, que era completamente desconhecida, seria imperdoável se não estivéssemos bem preparados para uma segunda vaga. Estamos mais bem preparados do que nunca e os nossos clientes estão mais seguros nos nossos centros do que em qualquer outro sítio. esse nível para agilizar todo o processo e considero que é uma prova superada, graças a muito esforço de toda a equipa e de algumas horas sem dormir. Conseguimos entregar mercadoria em duas horas, se o cliente acionar esse serviço. É preciso lembrar que 80% dos nossos fornecedores encerraram atividades durante a pandemia. Temos uma boa gestão de stocks e conseguimos quase sempre oferecer alternativas. Só agora podemos dizer que os nossos fornecedores estão todos a trabalhar. Acreditamos também que o nosso público confiará em nós como tem feito até agora. Temos muitas propostas inovadoras previstas para este exercício. O nosso repto nas lojas físicas é continuar 16 ACT UALIDAD€
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a proporcionar aos nossos clientes, visitas que sejam uma experiência de compra excelente e autêntica. Continuaremos a investir na melhoria dos nossos espaços comerciais. É uma sorte trabalhar numa empresa onde a inovação, os projectos e as melhorias nunca terminam. A satisfação do cliente está no nosso ADN e isto não é apenas conversa. Não nos sentimos confortáveis com uma única reclamação. Não quero ter nenhum cliente zangado. Essa foi uma das minhas maiores preocupações durante a pandemia. A outra foi impedir que houvesse qualquer contágio na nossa equipa de trabalho. Não houve nenhum caso de contágio dentro dos
O que o fez aceitar o desafio de liderar o El Corte Inglés Portugal?
O trabalho dos nossos colegas portugueses tem sido seguido em Espanha, durante todos estes anos, com uma grande e genuína admiração. Há já algum tempo, que a ECIGA implementou um modelo de gestão de mercadoria, de pessoas e de liderança diferente e inovador. Agora, em 2020, Espanha realizará iniciativas de todo o tipo que já funcionam há alguns anos em Portugal e com sucesso. Não são apenas políticas de remuneração e incentivo para as nossas equipas. São também a política de promoção e marketing, ou a gestão resíduos, ou o que foi recentemente apelidado de responsabilidade
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social corporativa. O nosso modelo de relações externas ou o desenvolvimento das nossas atividades de âmbito cultural são um exemplo para toda a organização. Respondendo à sua questão sobre o porquê de aceitar a minha nomeação como diretor-geral de Portugal: desafio. É isso que move as pessoas, pelo menos aquelas que entendem seu trabalho como algo que evolui, com o qual aprende e melhora constantemente. Desafio é uma palavra fabulosa, que define muito bem por que estou aqui. O trabalho e o legado de Ángel Vaca, meu antecessor, são gigantescos. Não apenas, como tive oportunidade de lhe dizer, por causa dos resultados que estão à vista, mas pela forma como foram alcançados. O “como” é o verdadeiro desafio. Para mim, é uma enorme responsabilidade, que ninguém imagina. Responsabilidade para com aqueles que confiaram em mim, mas também para nossos clientes e, acima de tudo, para com os meus colegas. Quero que se orgulhem do meu trabalho e da minha atitude e me ajudem a continuar o caminho que tenho seguido com tanto sucesso há quase 20 anos. Além disso, há outro motivo, neste caso pessoal. Tenho 54 anos, quase 55, e estar numa empresa que neste momento da minha vida me atribui essa responsabilidade, é uma enorme sorte. Tenho amigos neste setor e outros que, na minha idade, são chamados pelas suas empresas, não para lhes oferecer uma nova responsabilidade ou um novo desafio, mas para lhes dizer que estão dispensados. O que foi mais desafiante nestes primeiros meses?
Não poderia imaginar que dezanove dias depois de tomar posse iria ter que fechar as portas (à exceção dos supermercados). O que aconteceu depois foi uma aprendizagem diária. Tenho um caderno vermelho onde todos os dias aponto os meus erros e todos os dias apontei e aprendi alguma coisa. Aprendi que por vezes o sucesso não nos deixa ver a realidade de forma cla-
“Muitas das nossas esperanças para o futuro estão focadas no nosso comércio eletrónico...Apenas as empresas que combinam adequadamente as vendas on e off sobreviverão. Combinando os dois mundos. Separadamente, nenhum deles faz sentido atualmente. ra. Há coisas que se podem mudar e que precisam de ser mudadas mesmo quando temos sucesso. O mais difícil é mudar a mentalidade dos profissionais. Tivémos todos que nos adaptar a uma realidade diferente de tudo o que já tínhamos vivido. Não apenas o El Corte Inglés, todas as empresas tiveram que o fazer. A nova líder do Grupo, Marta Alvarez, apontou o compromisso com a inovação e a tecnologia, como sendo uma das prio-
ridades. Essa aposta em inovação e tecnologia foi acelerada com o crescimento das vendas online...
Todas as empresas do mundo, e a nossa não é uma excepção, têm à sua frente um desafio que implica rotatividade ou desenvolvimento, e, sobretudo, determina a sua sobrevivência: a transformação digital. Apenas as empresas que apostarem decisivamente e com investimento na sua transformação tecnológica conseguirão sobreviver. E, quando falo em desenvolvimento tecnológico, não me refiro apenas à mudança de ferramentas ou aplicações. A transformação deve realmente ser de mentalidade, de formas de trabalho e de organização. Trata-se de ser eficiente, de melhorar nossos sistemas e as nossas operações. De ser mais ágil na tomada de decisões, de saber mais sobre os nossos clientes para lhes poder oferecer uma experiência quase personalizada. É disto que se trata. E para isso é essencial apostar em tecnologia e inovação. Em Portugal, estamos preparados para isso. Queremos ser uma empresa de retalho que está na vanguarda dessa transformação, porque entendemos que ‘quem dá primeiro, dá duas vezes’, como se diz em Espanha. A nossa aposta é forte e determinada. O aumento mais importante do orçamento para o exercício fiscal de 20 a 21 está concentrado na transformação digital e no comércio electrónico. Não AGOSTO DE 2020
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podemos, nem devemos, abandonar outros formatos, mas o futuro da empresa está aqui. Quem não quiser ver agora, quando finalmente perceber, pode ser demasiado tarde. Não posso dizer quanto já investimos este ano neste domínio, mas foi muito. Foi uma revolução que operámos na logística e na tecnologia que suporta o digital e as vendas através desse canal. Se existe algo que significou um antes e um depois no mundo do retalho, é o comércio online. O seu desenvolvimento nos últimos anos tem sido e continua a ser exponencial, e o melhor é que não conhecemos os seus limites. A experiência mais recente nesse sentido é a que estamos viver agora com o impacto da covid-19. O tráfego na rede multiplicou-se em poucos dias. O canal online é um fenómeno que já faz parte da vida de todos nós. Existem muito poucos que, nem que seja por uma única vez, não tenham comprado algum produto ou contratado algum serviço através deste canal. A evolução das nossas vendas online continua a crescer, tanto em Espanha como em Portugal. E, como já referi, o melhor é que não sabemos qual é o seu limite. É verdade que, para continuar a crescer, é necessário investir, principalmente em tecnologia. Estamos a fazê-lo. Além disso, o investimento neste canal é um investimento que é recuperado, amortizado antes do canal físico. Tudo o que nos dá são 18 ACT UALIDAD€
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alegrias. Muitas das nossas esperanças para o futuro estão focadas no nosso comércio electrónico. Devido à minha idade e à minha antiguidade no setor de comércio, tenho ouvido, há muito tempo, a previsão da morte do comércio físico. Até agora isso não ocorreu, nem ocorrerá. Apenas as empresas que combinam adequadamente as vendas on e off sobreviverão. Combinando os dois mundos. Separadamente, nenhum deles faz sentido actualmente. Continuaremos à procura da experiência incomparável que a visita as lojas físicas oferece, o que é perfeitamente compatível com as compras online. O curioso é verificar que as compras online não são feitas maioritariamente em casa num computador. A compra online mais comum é aquela que é feita a partir de um dispositivo móvel, de um smartphone. E não são necessariamente feitas por pessoas mais jovens. Vender através deste canal já faz parte do nosso modo de vida e de consumo. Já há luz verde para construir a loja do Porto?
A ECIGA tem muitos projectos e iniciativas a médio prazo. Já mencionámos alguns. Mas a “jóia da coroa”, o nosso projeto mais empolgante, é a chamada “Rotunda da Boavista”, no Porto. Para nós, não é apenas mais uma inauguração. Trata-se de estabelecer a presença do El Corte Inglés
numa cidade emblemática. O El Corte Inglés, no Porto, é uma antiga aspiração que passou por várias fases. Todos temos a sensação de que estamos num momento decisivo, por isso redobraremos os nossos esforços para apresentar à cidade do Porto uma oferta incomparável, de acordo com a importância da cidade. O norte de Portugal tem protagonizado um desenvolvimento incomparável e queremos fazer parte desse mesmo desenvolvimento. Além disso, a rotunda da Boavista representa o coração desta cidade emblemática. A terra da futura loja não pode estar em melhor localização. Aguardamos ainda a autorização para avançar da Câmara Municipal do Porto. Esperamos que a aprovação aconteça ainda este ano e gostaríamos de inaugurar a loja em 2022, mas neste momento não posso comprometer-me com essa data. Não há projeto mais empolgante para todo o grupo, não apenas para Portugal, do que a possibilidade de abrir uma nova loja no Porto. Também temos a nosso favor, o excelente trabalho realizado nos últimos anos pela magnífica equipa de Gaia, que permitiu que o público no norte do país, e no Porto em particular, tomasse conhecimento da nossa forma de atendimento e serviço aos clientes. E temos certeza de que o El Corte Inglés também pode ser o protagonista de uma das áreas geográficas mais importantes do país. Que outros projetos têm em carteira, em Portugal?
Gostaríamos também de abrir uma nova loja em Cascais, mais concretamente em Carcavelos, mas esse projeto está numa fase mais atrasada do que o do Porto. Que balanço é possível fazer do piso de restauração “Gourmet Experience”, em Portugal? Vão replicar a fórmula no Porto, ou em Gaia?
Se existe uma iniciativa da qual nos orgulhamos particularmente, é precisamente o Gourmet Experience. Concentrar uma vasta oferta gastronómica
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num único espaço tem sido ao mesmo tempo desafiante e gratificante. Este modelo de negócios combina uma oferta gastronómica exclusiva, no mesmo espaço de venda de produtos gourmet, de uma qualidade excepcional. Existem poucos restaurantes em Lisboa como este. Para nós, era muito importante que a qualidade dos espaços fosse combinada com a variedade. E, podemos orgulhar-nos de ter, num todo, uma oferta da mais alta qualidade na cidade de Lisboa, num único espaço. Além dos nossos restaurantes, temos os melhores operadores em cada uma das especialidades mais procuradas pelos nossos clientes: asiáticos, italianos, espanhóis, mexicanos e, é claro, portugueses. Mas de todos esses excelentes espaços, gostaria de destacar um pela sua excelência na qualidade do serviço e na qualidade da gastronomia que oferece aos clientes: o nosso Restaurante Las Nubes. É uma experiência inesquecível para quem visita Las Nubes e saboreia uma culinária excepcional, com uma carta de vinhos inigualável em toda a cidade. E tudo isso com o atendimento e serviço de um grupo de profissionais magníficos, tanto na cozinha quanto no próprio restaurante. É um orgulho ouvir os comentários dos clientes que vêm até mim e dizem, “que boa que estava a comida” e referem a excelente atenção e o cuidado com que foram atendidos. Além de tudo o que acima foi referido, destaco ainda que uma das melhores e mais emblemáticas áreas que o nosso Gourmet Experience é o seu magnífico terraço, com uma vista incomparável sobre a cidade de Lisboa. E sim, de facto, é nossa intenção replicar este mesmo modelo em Gaia e no futuro centro do Porto. Qual é a percentagem de marcas portuguesas nas vossas lojas em Portugal e em Espanha (supermercado incluído)? A evolução tem sido positiva?
A nossa oferta evoluiu ao mesmo ritmo da indústria portuguesa. Nas nossas lojas, nas nossas áreas de venda, as marcas portuguesas foram gradual-
Mais de 30 anos de experiência no grupo
Enrique Hidalgo trabalha no grupo El Corte Inglés há mais de 30 anos. Mais de metade deste tempo foi passado na loja de Preciados Callao, em Madrid, onde desempenhou as funções de chefe de pessoal, chefe de operações, sub-diretor e, desde 2011, diretor do centro. Licenciado em Direito e mestre no Programa de Alta
mente incorporadas, o que melhorou o nosso portefólio em variedade e qualidade. É habitual ver marcas portuguesas em quase todas as áreas de venda, sejam elas moda, acessórios, desporto ou casa e decoração. Neste último caso, as marcas portuguesas estão entre as mais prestigiadas e procuradas pelos nossos clientes. Mas onde podemos encontrar uma presença maioritária de marcas portuguesas é na alimentação. Conservas, especialmente de peixe, doces, produtos frescos, óleos, azeites e vinhos portugueses, são alguns dos melhores produtos nacionais que podem ser encontrados nos nossos Supermercados. É verdade que a presença de marcas portuguesas em
Direção de Empresas do IESE, sucede a Angel Vaca na liderança do El Corte Inglés Portugal, tendo assumido o cargo em março deste ano. Portugal foi o primeiro destino de internacionalização do grupo, que terminou o exercício 2019 com um volume de negócios total de 15.261 milhões de euros.
Espanha é, logicamente, menor do que aqui, mas também tem tido uma evolução muito positiva nesse sentido. É também importante destacar que cada vez mais artigos das nossas marcas próprias, sobretudo de moda, são produzidos em Portugal. A confecção de roupa portuguesa é muito prestigiada além-fronteiras, especialmente em Espanha, e ver uma peça de vestuário fabricada em Portugal é um sinal inequívoco de qualidade e prestígio. Informar um cliente de que uma peça de vestuário é feita em Portugal não só garante qualidade, como é também, geralmente, uma garantia de venda. Tornou-se, especialmente em Espanha, o melhor argumento de vendas para nossos vendedores. AGOSTO DE 2020
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Oportunidades para o investimento espanhol em Portugal O ICEX Espanha Exportação e Investimentos organizou no passado dia 25 de junho um webinar subordinado ao tema “Portugal-Covid-19- situação atual e perspetivas para a empresa espanhola” com a participação da Oficina Económica e Comercial de Espanha em Lisboa. Narciso Casado Martín, diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Confederación Española de Organizaciones Empresariales (CEOE), e Pedro Moriyón DiezCanedo, conselheiro Económico e Comercial de Espanha em Lisboa, foram os oradores deste webinar. A apresentação abordou o impacto da Covid-19 em Portugal e apresentou as perspetivas de futuro face a esta emergência sanitária, incidindo sobre as oportunidades e desafios que esta situação coloca às empresas espanholas em Portugal.
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Texto Actualidad actualidade@ccile.org Foto DR
ortugal representa um mercado de possibilidades para os nossos interesses empresariais”, começou por salientar Narciso Casado Martín, diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Confederación Española de Organizaciones Empresariales (CEOE), acrescentando que este organismo mantém excelentes relações com a homóloga portuguesa, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e também com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE). Pedro Moriyón Diez-Canedo, Conselheiro Económico e Comercial de Espanha em Lisboa, iniciou a sua intervenção, destacando como tem sido tratada a situação da pandemia em Portugal, considerado um dos casos mais bem-sucedidos por ter conseguido aplanar a curva de infetados e por ter um dos mais baixos rácios de morte por 100 mil habitantes, nomeadamente 14,97 mortes, abaixo das 60,53 mortes por 100 mil habitantes verificadas em Espanha. À data da conferência, o índice de transmissibilidade em Portugal está próximo de um, ainda que na região de Lisboa seja de 1,2. À semelhança de outros países, o confinamento travou vários setores da economia portuguesa, que já
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dava sinais de debilidade no início do ano: “No primeiro trimestre de 2020, o produto interno bruto diminuiu 2,3%, depois de um crescimento de 2,2% no trimestre anterior; todos os indicadores qualitativos registados consideráveis entre fevereiro e março; durante o mês de abril (altura em que entrou em vigor o estado de emergência) 16% das empresas portuguesas fechava temporariamente e 50% diminuía a sua atividade para metade. As previsões macroeconómicas do Governo apontam para uma descida de -6,9% do PIB, mas a OCDE estima um recuo mais significativo, na ordem dos -11,3%, à semelhança do Banco de Portugal que situa a queda no intervalo entre os -9,5% e os -13,1%. O desemprego deverá situar-se nos 9,6%, de acordo com as contas do Governo, nos 13%, segundo a OCDE, e nos 10,1%, de acordo com as estimativas do Banco de Portugal.
O Governo prevê ainda que o Investimento caia -12, 2%, enquanto o Banco de Portugal aponta para uma descida de -11,1%. Os setores da hotelaria e restauração, do comércio e dos transportes estão a ser os mais afetados pela redução de atividade. A proximidade geográfica e o facto de Espanha ser o único o país que faz fronteira com Portugal representa uma oportunidade gigante para as empresas espanholas, ao que se somam outras vantagens: os costumes semelhantes de ambos os povos, os operadores logísticos comuns as boas ligações ao nível dos transportes, a facilidade de comunicação. Acresce ainda o bom conhecimento que os portugueses têm da oferta empresarial espanhola, ao contrário
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do que se passa com os empresários espanhóis que não conhecem o mercado português como deveriam. “Portugal não deve ser tratado como mercado doméstico”, advoga Pedro Moriyón. O Conselheiro Económico e Comercial de Espanha em Lisboa frisou que o tecido empresarial português é sobretudo composto por PME (99,9%), das quais, a maioria são microempresas (96,1%), face à baixa percentagem de pequenas empresas (3,3%) e de médias (0,5%). Comparativamente, as empresas espanholas possuem em média uma maior dimensão. Destaque ainda para “a grande presença de fabricantes espanhóis entre as marcas brancas de Portugal”. Pedro Moriyón recordou que “Espanha é para Portugal o seu primeiro cliente (24,95%) e o seu primeiro fornecedor (30,42%) internacional”. Verifica-se uma “elevada penetração das importações espanholas em todos os setores”. Importa reter que há uma grande
concentração geográfica do merca- da Europa e das mais importantes do, junto ao litoral. do mundo. O conselheiro sublinhou ainda a No que diz respeito à indústria qualidade da rede de transportes transformadora, há boas oportuterrestres, a forte implantação do nidades para as empresas espaGoverno Eletrónico, bem a exis- nholas especializadas em serviços tência de importantes centros de de subcontratação industrial na inovação e tecnologia localizados metalurgia e plásticos, bem como em Portugal de empresas como a para os produtores espanhóis de Siemens, a Google, a Microsoft, a equipamentos, matérias-primas Mercedes Benz ou a Cloudflare. e aplicações informáticas para os Portugal conta com três startups setores industriais mais relevantes unicórnio: Farfetch, Outsystems e tradicionais: têxtil, calçado, celue Talkdesk. Espanha tem dois: a loses e papel, madeira e móveis, metalúrgia e metalomecânica, molCabify e a Glovo. Entre os setores que oferecem mais des, manufaturas plásticas, equipaoportunidades para as empresas mento sanitário e farmacêutico. Pedro Moriyón assinalou ainda espanholas, Pedro Moriyón identifica a indústria alimentar, nomeada- que o comércio eletrónico está a mente no que concerne a produtos crescer muito em Portugal e que há frescos e congelados sem transfor- fortes apostas do Governo em áreas mação; alimentação especial, fun- como a energia (descarbonização), cional, biológica e natural; marcas mobilidade e transportes (mobilidade distribuidor; granel em óleos e de elétrica e ferrovia), infraestruturas (portos e expansão do aeroporto bebidas; ingredientes industriais. Ainda no setor primário, o de Lisboa) e a economia do mar Conselheiro lembrou que as reservas (energia off-shore, pescas, aquiculde lítio em Portugal são das maiores tura, e biotecnologia). PUB
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Retoma do mercado de trabalho em Portugal vai exigir grande adaptação dos candidatos e empregadores
A queda do mercado laboral vai continuar, prevendo o Banco de Portugal que a taxa de desemprego afunde para os 10,1% este ano. A recuperação só é esperada a partir do próximo ano, mas antes de 2023 não deverá voltar aos níveis de 2019, quando se atingiu 6,5% de desemprego face à população ativa em Portugal. Para Carla Rebelo, diretora-geral da Adecco Portugal, a crise vai obrigar os candidatos a adaptar-se à oferta de trabalho existente, podendo mesmo ter de investir nesta fase de transição em melhorarem as suas competências e conhecimentos profissionais. Mas também os empregadores poderão ter de escolher com maiores cuidados os perfis desejados, face à evolução constante das necessidades do mercado.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
uais são os desafios de tos de trabalho. Fecho de empresas, ção da tecnologia, funções que não quem procura trabalho layoffs, reajustes laborais. existiam ou funções que eram pouco neste momento, na vossa No meio da maior oferta, há que procuradas. Por isso, um segundo área de atuação? conseguir destacar-se da multidão, desafio de quem procura trabalho Destacamos três desafios pensando muito bem nas ofertas neste momento é, precisamente, ser que, o “novo normal”, originado pela às quais responder, criar empatia, capaz de reajustar-se à nova realidacrise pandémica, trouxe ao mercado fazer follow-ups e colocar questões de, aprendendo sobre novos temas e de recrutamento e mais especifi- pertinentes. estando, acima de tudo, disponível e camente a quem procura emprego. Em segundo lugar, o reskilling e recetivo para isso. Assim, em primeiro lugar, a muita upskilling. Diariamente, surgem Em terceiro lugar, destaco o desaoferta e pouca procura: a crise gerou novas funções, resultantes das neces- fio do contacto humano direto. Ou, uma redução significativa de pos- sidades do mundo atual e da evolu- neste caso, a sua ausência. As entre-
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vistas e os processos de recrutamento em si foram alterados. É fundamental seguir as normas correntes de entrevistas via videoconferência, sejam por ferramentas como o zoom, ou outra plataforma. Importa saber que, é igualmente importante ser pontual. Além disso, deve procurar uma zona tranquila no local onde se encontra, com boa iluminação e acima de tudo com boa rede, para que a entrevista flua sem constrangimentos.
“A crise gerou uma redução significativa de postos de trabalho”, obrigando os candidatos a terem de destacar-se e a melhorar as suas competências, na procura de emprego
Quais são os desafios dos contratadores? Na situação atual, a verdade é que disponível. Numas áreas mais do também os recrutadores têm desa- que noutras, se o mercado está satufios. Entre estes desafios, saliento, rado por muita oferta de candidatos, desde logo, serem capazes de per- é mais complexa a tarefa de saber ceber exatamente quem se adequa como distinguir os talentos e quem e tem o perfil indicado para a vaga assume o perfil mais adequado.
Por outro lado, devem ter em conta que existem hoje funções muito específicas, novas, cujo perfil de candidato não é comum, e, ao mesmo tempo, outras funções de trabalhos mais antigos, e cuja formação na área PUB
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atualidade actualidad elas próprias a velocidade com que vão retomar. O setor automóvel é um exemplo desse regresso à normalidade, mas com maior incidência no norte do país. A região de Lisboa está agora a sofrer um pouco mais, pelas restrições impostas pelo Governo, dada a situação pandémica ainda longe do ideal.
se foi perdendo. Em lados opostos, ambas criam desafios aos recrutadores, especificamente na procura deste tipo de candidatos, hoje ainda escassos. Outro desafio passa pela capacidade de oferecer soluções de trabalho integradas e ajustadas à realidade, com uma proporção de teletrabalho e trabalho no escritório equilibrada, com o tempo ajustado para a vida pessoal e familiar e com condições interessantes. Por último, salientava o próprio processo de integração de novos trabalhadores, numa fase em que o teletrabalho ainda assume uma relevância grande no dia a dia, é hoje um desafio, a nível humano e a nível de recursos tecnológicos e de segurança. As empresas portuguesas têm recorrido muito ao trabalho temporário. Em que setores, fundamentalmente, e quais os perfis mais procurados? O trabalho temporário e o outsourcing são as soluções certas para melhorar a flexibilidade das empresas, sobretudo importante nestes momentos de grande volatilidade e incerteza. Os perfis variam desde logística a retalho, passando pela indústria e os serviços especializados. 24 ACT UALIDAD€
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Que outras áreas da vossa atividade estão mais dinâmicas? Acreditamos que o futuro levará a uma necessidade crescente de requalificação, para a manutenção de trabalhos e também para a manutenção de competitividade dos próprios Como anteveem a evolução do tra- colaboradores. Tanto o reskilling balho temporário em Portugal? como o upskilling serão preocupaNo recente cenário de desconfina- ções cada vez mais importantes para mento, esperamos sentir melhoria os gestores. – ainda que tímida, pela fragilidaPor outro lado, as áreas de prestação de serviços ligadas a operações de back-office, suporte administrativo e tecnologias de informação foram as “O próprio procesmenos afetadas, com a deslocação so de integração de das equipas para teletrabalho. São áreas ligadas a setores das tecnológinovos trabalhadores, cas, banca e telecomunicações. numa fase em que o As áreas mais dinâmicas e que teletrabalho ainda tem pesaram positivamente na balança são as que estão ligadas ao retalho, uma relevância gran- que tiveram um efeito contrário e de, é hoje um desafio, cresceram pelas mudanças no consumo geradas pelo covid-19.
a nível humano”, de recursos tecnológicos e de segurança
Como veem a recuperação/ adaptação do setor do turismo? Acreditamos que há áreas que vão demorar entre 12 a 18 meses para chegar perto do nível em que estáde das estatísticas da pandemia –, vamos. E é consabido que não será mas as empresas parecem estar com simétrico em todos os setores de muita vontade de se prepararem para atividade. O turismo é, sem dúvida, o setor mais impactado. recuperar o tempo perdido. Muito vai depender da habilidade O importante é entender que se trata de um processo, há uma cadeia negocial e de antecipação por parte de valor, as empresas não tomam das entidades governamentais pordecisões sozinhas no sentido de que tuguesas na interação com os outros precisam de saber a montante e a países e de quão eficazmente conjusante, com que velocidade vão con- seguiremos influenciá-los a verem seguir avançar para conseguir dosear Portugal como um país seguro.
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Cepsa lança campanha de verão com cupões de desconto E stá a decorrer até 7 de agosto a campanha de verão da Cepsa “Neste verão ajudamos a poupar em cada viagem”. Na nova campanha, por cada abastecimento mínimo de 30 euros de qualquer combustível nos postos da Cepsa, será oferecido um cupão desconto de dois euros. O valor poderá ser rebatido no próximo abastecimento mínimo de 40 euros, entre 8 de julho e 31 de agosto de 2020. Os cupões são compatíveis com cartões de fidelização Cepsa (Porque Eu Volto clássico, Cartão
de Crédito Porque Eu Volto e Deco+). A Cepsa está presente com um spot de rádio nas principais rádios nacionais, na rede de ATM, nas redes sociais e em digital, em destaque, através da aplicação Waze e em áudio em digital, para além da utilização de marketing direto. A nova campanha da Cepsa procura ajudar os portugueses a voltar à estrada e às suas viagens. O verão deste ano será muito diferente do habitual, com todos a regressarem a um novo normal e a retomarem algumas das suas atividades. “Por isso, a Cepsa pre-
tende contribuir para que os portugueses poupem em cada viagem e aproveitem o verão, desfrutando de dias bem diferentes do período de confinamento”, enquadra a companhia petrolífera. Desde o início da propagação do novo coronavírus, a Cepsa tem trabalhado em permanente coordenação com as autoridades dos diferentes países nos quais desenvolve a sua atividade, seguindo as suas indicações, com o objetivo de ajudar a impedir a disseminação do vírus e a garantir o fornecimento energético (ver edição nº 276, págs. 36/37).
Nova SBE vence prémios “Marketeer” na categoria universidades e estabelecimentos de ensino A
Nova School of Business & Economics (Nova SBE) venceu pela primeira vez os “Prémios Marketeer”, na categoria Universidades e Estabelecimentos de Ensino. Os “Prémios Marketeer” reconhecem e distinguem o que de melhor se faz em Portugal na área do marketing, publicidade e comunicação. A lista de nomeados aos prémios resultou de um cruzamento de avaliações, por parte da redação e do Conselho Editorial da “Marketeer”, sobre as estratégias e ações de marketing desenvolvidas ao longo de 2019 – tendo as votações online, pelos leitores da Marketeer, decorrido de março até final do mês de maio de 2020. Com mais de 40 anos, a Nova SBE é uma referência mundial no ensino superior, nomeadamente nas áreas de gestão, economia e finanças, sendo destacada todos os anos como uma
das principais escolas de economia e negócios nos rankings mundiais do “Financial Times” e do “The Economist”. Daniel Traça, dean da Nova SBE, explica “A Nova SBE tem-se tornado uma referência no ensino superior e este sucesso deve-se ao modo exigente e rigoroso com que aborda o ensino e a investigação, ao desejo de se internacionalizar e à sua cultura, naturalmente audaz e vanguardista.
É com orgulho que recebemos esta distinção, que nos elege como a instituição de ensino que mais se destacou no setor, e é com determinação que assumimos que continuaremos a fomentar o nosso espírito aberto, inclusivo e inovador que esperamos que nos leve sempre mais longe, em direção ao futuro.” A cerimónia de entrega da 12ª edição dos Prémios Marketeer decorreu, em Lisboa, a 16 de julho de 2020.
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Fundação MAPFRE atribui bolsas a instituições de solidariedade social A Fundação MAPFRE lançou, pela primeira vez em Portugal, a iniciativa “Ajudas a Projetos Sociais 2020” com o objectivo de apoiar instituições de solidariedade social, atribuindo 24 mil euros às três entidades sociais vencedoras. O Centro de Apoio ao Sem Abrigo, a Associação de Ajuda ao RecémNascido, ambas em Lisboa, e a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria, foram as três instituições mais votadas entre os 70 projetos candidatos, recebendo oito mil, nove e sete mil euros, respectivamente. Segundo Luis Anula, CEO da MAPFRE, “esta iniciativa tem
como principal objetivo promover oportunidades para o desenvolvimento social de pessoas em risco de exclusão social, através dos projetos de instituições sociais sem fins lucrativos em todo o território nacional”. No projeto “Casa Amiga”, do Centro de Apoio ao Sem Abrigo, o apoio da Fundação MAPFRE irá para a recolha e distribuição de alimentos e para o combate ao desperdício alimentar. No projeto “Banco do Bebé”, da Associação de Ajuda ao RecémNascido, dirigido a figuras parentais frágeis, o apoio será na capacitação parental em farmácia,
documentação, equipamentos de suporte à intervenção. Por último, na Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria, no âmbito do projeto “Facilitar a autonomia através de novas tecnologias”, a intervenção ocorrerá na área de terapias alternativas individuais, reforço da atenção e apoio aos cuidadores. À iniciativa “Ajudas a Projectos Sociais 2020” candidataram-se mais de 700 instituições em Portugal e Espanha, atribuindo o valor global de 240 mil euros em apoios nas áreas de nutrição, saúde, educação, emprego e inclusão social.
Schindler avança nos desafios da sustentabilidade A
empresa líder em transporte vertical Schindler acaba de publicar o “Relatório de Sustentabilidade 2019”, no qual se realçam os avanços do grupo em matéria de sustentabilidade. “O documento proporciona uma visão geral, transparente e detalhada do trabalho da empresa em cada um dos seus seis campos estratégicos de ação: melhorar a segurança, atrair talento diversificado, criar valor nas comunidades, promover a mobilidade urbana inteligente, reduzir as emissões da frota de veículos e aumentar a sustentabilidade da cadeia de abastecimento”, refere a empresa. “A sustentabilidade é vital para a estratégia comercial da Schindler, cujos equipamentos de transporte vertical movimentam cerca de 1.500 milhões de pessoas diariamente, em todo o mundo”, destaca ainda a companhia. O “Relatório de Sustentabilidade 2019” inclui alguns dos êxitos em matéria de sustentabilidade da Schindler, entre os quais a histórica 28 ACT UALIDAD€
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dedicação à educação e formação profissional. Em 2019, por exemplo, quatro mil estudantes de mais de 40 países participaram em programas educativos e de vocação profissional da Schindler, que lhes proporcionaram experiências e qualificações para darem os primei-
ros passos nas suas vidas profissionais. A empresa também avançou no campo da inclusão laboral. Em 2019, a Schindler introduziu novas medidas para combater a discriminação de género na sua política de contratação. Adicionalmente, o grupo mantém o seu compromisso para com a diversidade, com iniciativas que vão mais além da igualdade de género. A Schindler aposta num ambiente de trabalho inclusivo que reúne pessoas de diferentes origens, valoriza diferentes perspetivas e promove um diálogo aberto. O relatório destaca ainda os desafios da redução da pegada de carbono. Como a sua frota automóvel representa a maior proporção da pegada de carbono da Schindler, o grupo está decidido a encontrar formas inovadoras para apoiar os técnicos, como, por exemplo, através de meios de transporte novos e alternativos, com o objetivo de reduzir o tempo passado na estrada e o consumo de combustível associado.
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“O Mundo Que Queremos” é a nova iniciativa de responsabilidade social corporativa do El Corte Inglés O s diálogos “O Mundo Que Queremos” do El Corte Inglés arrancaram no passado dia 16 de julho, com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental, social e económica para juntos construirmos um mundo melhor. Através de entrevistas a especialistas de diversas áreas procuramos soluções para construir um ambiente saudável, responsável e prospero para o planeta. A primeira sessão contou com a parceria da ANP|WWF, tendo sido dedicada ao tema dos incêndios florestais. Catarina
Grilo, diretora de Conservação e Políticas da Associação Natureza Portugal abordou o relatório “Um Planeta em Chamas”, recentemente apresentado, e que é uma proposta para a prevenção de fogos rurais na Península Ibérica, particularmente vulnerável aos super incêndios. O ano passado ficou marcado pelo recorde de incêndios de grandes dimensões em todo o mundo. A região Ártica, Austrália, Indonésia, Amazónia, Europa, Chile, Califórnia ou África Central, arderam em
eventos de extrema intensidade. Este cenário é uma realidade com a qual temos de aprender a conviver nos próximos anos. Por isso, o El Corte Inglés escolheu o tema dos incêndios para o primeiro diálogo “O Mundo Que Queremos”, uma iniciativa que vai decorrer mensalmente nas redes sociais do Âmbito Cultural do El Corte Inglés. Estes diálogos promovem a inclusão, já que todos os nossos conteúdos vão estar disponíveis com intérprete de língua gestual portuguesa.
Normetal oferece túnel de descontaminação aos Bombeiros Voluntários de Lousada A
UEM – Unidade de Estruturas Metálicas, do grupo Normetal, disponibilizou, gratuitamente, aos Bombeiros Voluntários de Lousada (na foto) um túnel de descontaminação (fabricado na própria fábrica e made in Portugal) para combate ao covid-19. Esta é “uma forma de partilha de valor do grupo Normetal com uma instituição muito importante como são os bombeiros”, refere a empresa de Lousada. O túnel de descontaminação foi um dos equipamentos desenvolvidos pela UEM em parceria com mais duas empresas portuguesas e que servem para a prevenção e descontaminação no âmbito do combate ao covid-19. “Este túnel afirma-se como um equipamento de combate ativo ao covid-19, através da redução da carga viral nas roupas e equipamentos de proteção individual dos profissionais de saúde e de
outros serviços que estão na linha da frente e que têm contactos com a população e com ambientes potencialmente contaminados”, explica a mesma fonte. A função fundamental deste túnel de desinfeção é permitir que o utilizador ao efetuar a sua passagem
pelo túnel, através de um processo de nebulização com uma solução assética adequada pelo período de cerca de 10 segundos, reduzirá em cerca de 60 a 70% a carga viral residente na roupa, fardas e equipamentos de proteção individual dos profissionais. agosto de 2020
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Repsol avança na transição energética A Repsol vai avançar com dois projetos industriais pioneiros de descarbonização, a desenvolver com parceiros internacionais. Deste modo, a Repsol avança de forma decidida na transição energética e no objetivo de ser uma empresa com zero emissões líquidas em 2050, no que representa um novo exemplo da necessária colaboração público-privada para enfrentar objetivos como o da luta contra as alterações climáticas e impulsionar o setor industrial de valor acrescentado como uma das chaves para conseguir uma rápida recuperação económica, anunciou o presidente-executivo da Repsol, Josu Jon Imaz. O primeiro projeto, no qual serão investidos inicialmente 60 milhões de euros, consiste na construção de
uma das maiores fábricas de produção de combustíveis sintéticos zero emissões líquidas do mundo a partir de hidrogénio verde, gerado com energia renovável. A principal característica destes combustíveis é que são produzidos com água e CO2 como únicas matérias-primas. Poderão ser utilizados em motores de combustão como aqueles que se instalam atualmente nos automóveis em todo o mundo e também em aviões, camiões e outras aplicações. Os parceiros da Repsol são a Petronor, um dos principais centros industriais de Espanha, e o Ente Vasco de la Energía (EVE), referência pública na transição energética. A instalação, que estará totalmente operacional no prazo de qua-
tro anos, será uma referência na Europa devido à tecnologia pioneira aplicada e pelo uso de CO2 capturado na refinaria da Petronor. O segundo projeto, que se situará junto ao primeiro, também no Porto de Bilbau e na sua envolvência, representará um investimento inicial de 20 milhões de euros, liderado pela Petronor, e consistirá numa fábrica de produção de gás a partir de resíduos urbanos. Este gás será utilizado para substituir parte do consumo de combustíveis tradicionais que a refinaria da Repsol, uma das de maior capacidade de Espanha, utiliza no seu processo produtivo. A Repsol já colocou em marcha mais de 200 projetos neste âmbito, que se estabeleceu como chave para conseguir alcançar as zero emissões líquidas em 2050.
Foto JBPhoto/Jerónimo Heitor Coelho
Fundação Eugénio de Almeida cria fundo financeiro extraordinário
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o difícil contexto económico e social que se vive, a Fundação Eugénio de Almeida constituiu um Fundo Financeiro Extraordinário no valor de 600 mil euros, com o objetivo de minimizar os impactos negativos sentidos pelas pessoas, famílias e organizações sociais da região de Évora, promover o comba-
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te à pobreza e a inclusão social. “Com esta iniciativa e como é sua missão, a Fundação Eugénio de Almeida dá um abraço solidário à comunidade; um abraço de esperança e coragem, um abraço de apoio concreto aos que dele precisam para ultrapassarem as dificuldades e retomarem o caminho de plena autonomia e projeto de vida“, diz Francisco Senra Coelho, presidente da Fundação. Algumas das medidas do fundo já estão em execução, como o fornecimento de refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade, através da Cozinha Social, e a doação de géneros alimentares ou o desenvol-
vimento de projetos de voluntariado para a comunidade, estando a decorrer a fase de candidaturas para apoio social de emergência e apoio à comunidade artística. Concebido para responder aos problemas emergentes da pandemia, o fundo é constituído por capitais próprios da Fundação Eugénio de Almeida, será aplicado ao longo do próximo ano e tem uma componente assistencial de ajudas diretas e uma componente operacional através de vários projetos em complementaridade com outras entidades públicas e privadas. O fundo integra um conjunto de 12 medidas articuladas entre si para responder aos principais problemas identificados num diagnóstico de necessidades e impacto social realizado em colaboração com a Universidade de Évora que será monitorizado ao longo deste período.
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Foto EDP/Planbelas
EDP e Planbelas criam “Bairro Solar”
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EDP Comercial e a Planbelas lançaram o primeiro “Bairro Solar” no Lisbon Green Valley, uma Comunidade de Autoconsumo Coletivo de Energias Renováveis (CACER). O objetivo é promover a produção de energia 100% renovável e o seu autoconsumo, gerando poupanças substanciais na fatura de eletricidade. “Este novo modelo promove a produção e partilha de energia localmente, oferecendo grandes benefícios também em termos de sustentabilidade, permitindo melhorar a eficiência energé-
tica dos participantes do bairro solar e uma redução substancial na geração de Gases de Efeito de Estufa (GEE)”, referem em comunicado as duas empresas. Trata-se de uma iniciativa “pioneira no segmento residencial e um exemplo a seguir” que numa primeira fase arrancou como projeto-piloto, mas que será alargada a todo o conjunto residencial do Lisbon Green Valley, podendo chegar às 100 moradias e edifícios até ao final de 2021. Segundo as empresas, “a recente inovação legislativa autoriza a criação das comunidades energéticas de autoconsumo coletivo, ou bairros solares, ao permitir que haja uma cedência de energia solar de painéis fotovoltaicos instalados numa moradia – o produtor – para outras residências ou empresas na vizinhança – o consumidor”.
“Neste primeiro bairro solar, uma moradia com nove painéis solares instalados e de 330W cada, com um total de 2.970W de potência instalada, estima-se que se obtenha uma poupança de 500 euros/ano e que se evite a emissão de quase uma tonelada de CO2 para a atmosfera por ano”, lê-se no documento. A escolha do Lisbon Green Valley para a implementação do primeiro bairro solar de Portugal deve-se ao facto de se tratar de “um dos empreendimentos residenciais mais sustentáveis da Europa”, bem como aos “objetivos estratégicos” da EDP e da Planbelas “em matéria de sustentabilidade”. De recordar que o Governo aprovou recentemente a legislação que visa promover o autoconsumo partilhado de energia renovável e, por isso, o conceito de comunidades de energia, medida importante para alcançar uma quota de 47% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto, em 2030.
Condi combate desperdício alimentar A Condi Alimentar estabeleceu uma parceria com a Too Good To Go, fazendo chegar aos portugueses as suas Gelatinas Prontas a um preço mais reduzido, contribuindo, desta forma, para evitar o desperdício alimentar. “Com esta iniciativa, a marca Condi assume uma posição cada vez mais ativa na sustentabilidade, que se alinha com as motivações e missão da Too Good To Go de alertar o consumidor português para novos comportamentos de consumo mais conscientes e sustentáveis”, afirma a marca de produtos alimentares. Os pedidos Condi já podem ser feitos através da aplicação sendo que neste momento a “Magic Box” custa 2,99 euros, o que corresponde a um terço do valor real dos produtos. Ao efetuar a compra, o consumidor fica apenas a saber que vai receber Gelatinas Prontas e que as quantidades podem variar entre packs de duas ou quatro unidades, na
versão tradicional, Zero e +Proteína. “Sabemos que os portugueses estão mais atentos aos consumos alimentares praticados em casa mas ainda existe um grande desperdício alimentar. Num momento tão sensível, que muitas famílias atravessam devido à pandemia, é importante refletir sobre os nossos hábitos para que possamos ser mais conscientes e sustentáveis, enquanto cidadãos e marca. Com a criação desta nova parceria, queremos mais uma vez incentivar as pessoas e outras marcas na redução da pegada ambiental”, afirma Catarina Batalha, diretora de Marketing da Condi Alimentar. Presente em Portugal desde outubro de 2019, a Too Good To Go é uma iniciativa internacional, disponível através de uma app para IOS e Android, na qual os utilizadores podem escolher o estabelecimento aderente que mais gostam, ver
a localização e o horário para recolherem a sua “Magic Box” surpresa. Para além de se juntar a parcerias de natureza sustentável e para um consumidor comum, a Condi também tem vindo a colaborar com entidades de cariz social como o Banco Alimentar e a Food For Heroes, para ajudar quem tem mais necessidades.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR AGOSTO DE 2020
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El futuro incierto del turismo, pieza clave en la recuperación económica En un escenario de incertidumbre, el turismo, motor de las economías ibéricas, inicia el camino de su recuperación. Después de más de dos meses parado como consecuencia de la pandemia, el sector se ha ido reactivando lentamente. Una vez más, va a demostrar su resiliencia pero hay factores externos que no puede controlar. La mobilidad de las personas sigue estando condicionada, al igual que las grandes aglomeraciones, y los nuevos brotes pueden traer de vuelta el confinamiento en algunas zonas. La caída de la actividad turística para este año es inevitable, pero urge recuperar lo antes posible el buen momento que atravesaba el turismo en España y Portugal. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
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Foto TURESPAÑA/manuelafotografa.com
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l turismo español registró el año pasado una nueva cifra récord de visitantes extranjeros: 83,7 millones. Era impensable que este buen momento del sector parase de una forma tan abrupta. La pandemia dejó inmovilizada una industria que en España representa el 12,5% del PIB nacional y aporta un 12,7% del total de ocupación, con cerca de 2,7 millones de trabajadores. En estado de alarma entre el 14 de marzo y el 21 de junio y con cierre de fronteras desde el 16 de marzo hasta el 1 de julio (ya el 22 de junio se permitió la entrada a los países del espacio Schengen excepto Portugal), en los meses de abril y mayo no se registraron turistas internacionales y el gasto turístico en el país fue nulo. La patronal de turismo Exceltur calcula que las pérdidas desde mediados de marzo hasta finales de junio fueron de 43.000 millones de euros con 1,4 millones de personas afectadas por su situación laboral (1,1 millones en ERTEs y 300 mil sin empleo). En los
meses de verano se dejarán de ingresar otros 40 mil millones de euros, y se esperan caídas del 70% en julio y del 65% en agosto. El turismo, un sector muy resiliente, se enfrenta a uno de sus mayores desafíos, el de su recuperación, pero lo hace en condiciones muy difíciles. La incertidumbre de lo que va a ocurrir en los próximos meses es su peor
Reapertura de los hoteles Desde el día 11 de mayo los hoteles en España podían abrir sus puertas de forma escalonada, controlando el aforo y limitando los servicios comunes. Sin embargo, sin turistas extranjeros y con los españoles confinados en sus casas y sin poder cambiar de provincia, la mayoría optó por esperar. Todos han reforzado sus medidas de seguridad e higiene. Meliá, por ejemplo, retomó su actividad en junio y en julio ha seguido abriendo unidades en os principales destinos vacacionales como Andalucía, Baleares y Canarias. La compañía puso en marcha una campaña de reactivación del turismo bajo su
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programa “Stay Safe with Meliá”. NH, por su parte, espera tener abiertos este mes 70 de los 100 hoteles que tiene en España a través de sus diferentes marcas. Bajo el concepto “Feel Safe at NH” ha desarrollado un protocolo con la certificadora SGS para revisar sus procedimientos. Barceló gestiona en la costa de Andalucía 19 complejos en seis provincias, con 10 mil camas y un campo de golf. Fue abriendo estas unidades progresivamente, en algunos casos con más del 50% de reservas. Y los 98 establecimientos de la red de Paradores Nacionales están abiertos desde el pasado 25 de junio.
enemigo. “El turismo siempre se ha considerado un sector muy resiliente. Ha tenido una capacidad de respuesta asombrosa a las anteriores crisis. Sin embargo, el panorama planteado por el covid-19 no tiene precedentes y esto hace que el futuro del sector sea algo realmente incierto”, señala Laura Fuentes, codirectora del Máster en Dirección Internacional de Turismo de la Universidad Rey Juan Carlos (URJC). Las previsiones de la Organización Mundial de Turismo (OMT) indican que las llegadas de turistas internacionales a nivel mundial desciendan entre el 20% y el 30% respecto al año anterior, lo que pone de manifiesto un escenario sin precedentes. “España, como uno de los destinos turísticos más importantes del mundo se verá claramente afectado por un descenso de las llegadas de los turistas internacionales, lo que afectará gravemente a la economía del país en general y especialmente a los destinos turísticos que más dependen de estos turistas como son los archipiélagos (Canarias y Baleares) además de las regiones mediterráneas peninsulares como Andalucía, Murcia, Comunidad Valenciana y Cataluña”, puntualiza la docente. Este impacto tendrá un efecto directo en todas las empresas turísticas pero también en
Foto TURESPAÑA/Juan José Pascual
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Foto TURESPAÑA/Miguel Raurich
vicios turísticos se incluyen Baleares (sexta posición), parados durante Valencia (séptima) y Cataluña (novena). más de tres meses. El anuncio de Plan de reactivación la apertura de las El Gobierno español anunció a fronteras supuso mediados de junio un plan de reactambién un impul- tivación del turismo por el cual desso para el sector. tinará 4.250 millones de euros para Según los datos impulsar la recuperación del sector. de TravelgateX, Con este plan pretende beneficiar a España concen- 1,2 millones de personas y se articula tra el 34,08% de en torno a cinco líneas de actuación: todos los negocios que de forma indi- las reservas de todo el mundo. Le afianzar el país como un destino recta dependen del turismo. Sin olvi- sigue Estados Unidos (30,48%) y ya, seguro; apoyar el tejido empresarial y dar el impacto inducido en el empleo. a cierta distancia, Italia con el 9,53%. al empleo; mejorar la competitividad “Todo ello plantea un escenario muy Andalucía atrae el 11,73% de ellas, del sector; perfeccionar el modelo de pesimista en términos sociales y eco- liderando un podio donde se incluyen conocimiento e inteligencia turística; también Florida (6,18%) y las islas y promocionar el turismo nacional nómicos”, añade Fuentes. Una de las primeras medidas que Canarias (5,41%). En el top10 también a través de las campañas de marketing. Para los distintos agentes del se tomaron para reactivar el turismo sector esta ayuda no es suficiente. La fue el del proyecto piloto de los correEl anuncio de la Patronal Hostelería de España opina dores turísticos seguros procedentes que el plan de Sánchez "no se entiende Alemania con destino a las Islas apertura de las de sin la extensión de los ERTEs por Baleares. El Gobierno levantó parcial fronteras supuso fuerza mayor hasta finales de año en y temporalmente los controles en las el sector turístico, a pesar del acuerdo fronteras interiores para comprobar también un impulso de los agentes sociales". Considera su funcionamiento así como la recupara el sector. la aportación económica "insignifiperación de la libertad de circulación cante" y echa en falta “medidas de regulando las medidas necesarias Según los datos de incentivo, como bonos para la reactipara garantizar el seguimiento, idenTravelgateX, España vación del consumo nacional, como tificación y aislamiento de posibles casos de covid-19. Fueron los primeconcentra el 34,08% sí han hecho los principales países europeos con peso turístico". Por su ros 10 mil turistas extranjeros que de las reservas de parte, Exceltur apunta que un análipudieron entrar en España una semasis minucioso de este plan permite ver na antes que el resto y gracias a los todo el mundo que “sólo un 7% es dinero inyectado cuales se empezaron a reactivar serAGOSTO DE 2020
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Portugal, destino “Limpio y Seguro” Portugal es otro de los países más afectados por la pandemia en lo que al turismo se refiere. El año pasado recibió la visita de 16,3 millones de turistas extranjeros y llevaba tres años consecutivos recibiendo el premio “Mejor destino turístico de Europa” en los World Travel Awards Europa. En 2018 el turismo luso representó un 14,6% del PIB nacional y el 9% del total del empleo. Sin tiempo que perder, Portugal reaccionó rápido al problema que se avecinaba creando un sello para distinguir las actividades turísticas que aseguran el cumplimiento de requisitos de higiene y limpieza para prevención y control del covid-19 y otras posibles infecciones. Un aspecto importante para reforzar la confianza del turista en el destino. Los proyectos turísticos, las empresas de entretenimiento turístico y las agencias de viajes, pueden solicitar la declaración de establecimiento "Clean & Safe" ("Limpio y Seguro"). Pero ya antes, pocos días después del confinamiento y cierre de fronteras, Turismo de Portugal lanzó medidas de apoyo al sector, como líneas de soporte financiero o servicios de consultoría, a las que se fueron añadiendo otras ayudas estatales. Y también presentaron una campaña muy edificante. Desde Visit Portugal, la web oficial de promoción turística, se emitió el vídeo “Visit Cant Skip Hope” , reflexionando sobre la situación y lanzando un mensaje: “Es hora de parar”. “Estamos en un momento difícil. El
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impacto material de las empresas no se puede separar de la parte emocional. Vamos a recuperarnos, es cuestión de confianza. El consumidor siente inseguridad, está bloquedo”, señala Maria de Lurdes Vale, directora de Turismo de Portugal en España. Confía en salir de esta crisis “con capacidad de transformación, llegando a nuevos mercados y a nuevos segmentos” y recuerda que “España y Portugal son el mayor destino turístico, un destino por excelencia, no pueden perder su imagen”. A mediados de mayo los hoteles empezaron a abrir, sobre todo en el Algarve, y las playas lo hicieron el 6 de mayo. La Asociación de Hotelería de Portugal espera que en el 2020 la ocupación hotelera no supere el 30%, con una caída en los ingresos del 75%. Esto supondría la pérdida de entre 40 y 46 millones de pernoctaciones. La Estrategia Turismo 2027 sigue su curso, por la cual se pretende posicionar a Portugal como uno de los destinos turísticos más competitivos y sostenibles del mundo. En el sector hay confianza en la recuperación aunque son conscientes de este año perdido.
al sector y el 93% son préstamos”. Y de ese 7%,“168 millones llegarán en 2021”, puntualiza Óscar Perelli, director del Área de Estudios de la patronal turística. Retos del sector La crisis que atraviesa el sector puede verse también, en algunos casos, como una oportunidad. Es el momento para fortalecerse y replantearse la sostenibilidad del modelo, un tema pendiente desde hace ya muchos años. Laura Fuentes cree que no se debe hablar en términos generales sobre un modelo sostenible o insostenible sino que habría que analizar cada modelo de cada destino de forma particular para valorar su sostenibilidad. “Pero lo cierto es que en España existen destinos turísticos muy variados en función de su oferta y de los diferentes segmentos en los que están enfocados”, subraya. Los que más demanda internacional atraen son los destinos urbanos y, principalmente los destinos de sol y playa mediterráneos que “en temporada estival presentan unos niveles de saturación muy elevados que les lleva a rozar los límites de su capacidad de carga y a superarla en muchas ocasiones”. Sin embargo existen otros destinos de interior que necesitan ser impulsados. “Todo esto hace que el modelo esté desequilibrado”, concluye la especialista. Desde Exceltur recuerdan que “la regeneración de nuestros espacios costeros” es una de las asignaturas pendientes. La zona del litoral representa el 70% del turismo en España “y hace falta un plan renove”, matiza Óscar Perelli. También está el reto de la regulación de las viviendas turísticas. “Se está viviendo una situación extraña porque vemos que en algunas ciudades se empieza a rechazar el turismo. Hay un descontrol del turismo en las viviendas y se desvaloriza la propia oferta de los barrios. Se desborda la capacidad del destino. Hay normativas pero en algunos casos no se cumplen”, añade el director del Área de Estudios.
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En el debate ”El turismo, atrapado entre el covid-19” y la recesión, organizado por Foro Futuro, Raquel Huete, profesora de Sociología en la Universidad de Alicante e investigadora del Instituto de Estudios Turísticos de la misma universidad, señaló las claves para convertir al sector turístico español en el más competitivo del mundo. La seguridad, el sistema sanitario de salud, las infraestructuras, la flexibilidad y el patrimonio natural y cultural de España han sido las medallas de oro. No obstante, también tiene debilidades: “la dependencia de determinados mercados emisores, la especialización en proyectos de bajo valor añadido, la saturación que ha provocado procesos de contestación social en veranos anteriores, la poca inversión en digitalización en comparación con otros sectores y un capital humano que no recibe dinero para formación y que está poco valorado socialmente”. Hay un dato que nos permite entender fácilmente la magnitud del problema. El 1 de julio de 2019, arranque de la temporada veraniega, operaron en los aeropuertos de España 6.500 vuelos, entre llegadas y salidas. Un año después, recién abiertas las fronteras, las compañías aéreas tenían programados casi 1.500
vuelos. Una diferencia de 5.000 avio- menos en los restaurantes, es decir, nes con todo lo que ello implica. Esta “estos gastos no reactivan la industria es la realidad para este año, mucho turística”. menos movimiento y una caída El Banco de España ya ha avisado de la importancia del sector, recordando que la intensidad con Según el Banco de la que se recupere el turismo será vital para el ritmo de recuperación España, se observa conjunto de la economía. Según cómo la desaparición del el Modelo Trimestral del Banco de España (MTBE), se observa cómo la de los flujos turístidesaparición de los flujos turísticos cos internacionales internacionales en un mes promedio en un mes promedio provocaría una caída anual del PIB de las exportaciones anuales del provocaría una caída y0,4% y del 1%, respectivamente. Sin anual del PIB y de las embargo, atendiendo a la estacionalidad del turismo internacional, si exportaciones anuel turismo siguiese sin recuperarse ales del 0,4% y del 1%, en agosto, el retroceso del PIB y de las exportaciones anuales alcanzaría respectivamente el 0,6% y el 1,6%, respectivamente. Esperan que el turismo nacional se importante del turismo internacional. recupere antes que el internacional, y Pero a la vez se espera un aumento que el gasto que los españoles suelen del turismo nacional, especialmente realizar en el extranjero se destine al del rural y del interior. Después del mercado nacional. Y recuerdan que confinamiento, las personas tienen la situación que atraviesa el turismo muchas ganas de estar en espacios puede afectar directamente a otros naturales, abiertos, con sensación de sectores como la industria de la alilibertad. No obstante, desde Exceltur mentación y bebidas y el mercado recuerdan que por el miedo y evitar inmobiliario. Hay mucho dinero y aglomeraciones los españoles van a puestos de trabajo en juego y por el viajar sobre todo en coche, aloja- bien de todos es importante que el dos en apartamentos y consumiendo turismo se recupere cuanto antes. AGOSTO DE 2020
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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“Iberian Lawyer” destaca 20 advogadas portuguesas U m grupo de 60 advogadas foram referenciadas como as mais inpsiradoras, pela “Iberian Lawyer”, uma publicação espanhola especializada, que destacou estas profissionais pelo seu percurso profissional e pelo seu papel na advocacia e na sociedade. De entre os nomes referenciados pela revista espanhola, constam 20 advogadas portuguesas. De acordo com a publicação online “Advocatus”, as advogadas portuguesas destacadas repartem-se entre as que estão integradas em sociedades de advogados e as que trabalham in house, ou seja, nos gabinetes jurídicos de empresas ou outras entidades. Neste último caso, estão Alexandra Reis (que lidera os serviços jurídicos da Tabaqueira), Carla Lopes de Abreu (in house na Samsung Electronics Portugal), Isabel Charraz (country legal coordinator do Citibank Europe), Isabel Fernandes (diretora dos serviços jurídicos do grupo Visabeira), Lara Reis (global head of compliance do Haitong Bank Group), Leonor Pissarra (in house
da Novartis Farma) e Patrícia Afonso Fonseca (advogada in house do Novo Banco). Entre as advogadas referenciadas pela “Iberian Lawyer” que incorporam sociedades jurídicas, estão Alexandra Valente (sócia da SRS Advogados), Bárbara Godinho Correia (sócia da PLMJ), Catarina Belim (partner fundadora da Belim-Legal Services), Inês Albuquerque e Castro (sócia da FCB Advogados), Magda Cocco (sócia
da VdA), Magda Viçoso (partner da Morais Leitão), Margarida Rosado da Fonseca (consultora da Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados), Mariana Caldeira Sarávia (sócia da SRS), Mónica Carneiro Pacheco (sócia da CMS Rui Pena & Arnaut), Raquel Galinha Roque (sócia fundadora da CRS Advogados), Rita Samoreno Gomes e Sofia Gomes da Costa (ambas partners da PLMJ) e Susana Afonso (sócia da CMS Rui Pena & Arnaut).
Garrigues Portugal distinguida pelo ranking internacional “IAM Patent 1000” O ranking internacional Intelectual Asset Management (IAM) Patent 1000, especializado em patentes, distinguiu da Garrigues Portugal na categoria ouro, a mais elevada desta tabela. João Miranda de Sousa, sócio responsável pelos escritórios da Garrigues em Portugal e diretor da prática de Propriedade Intelectual foi, igualmente, reconhecido na categoria “ouro”. IAM Patent 1000 também reconheceu Francisca Ferreira Pinto, associada principal da mesma área, na categoria “prata”. A “World Trade Mark Review” (WTM), publicação do mesmo grupo
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editorial especializada em marcas, já havia distinguido a Garrigues com a categoria “ouro” no início deste ano. Este é o quarto ano consecutivo em que a IAM distingue a equipa de propriedade intelectual da Garrigues Portugal com a máxima categoria do seu ranking. “O trabalho da equipa de Propriedade Intelectual da Garrigues Portugal tem sido amplamente aclamado nos últimos anos”, adianta o escritório luso-espanhol. No início de 2020, a WTM e IAM elegeram a Garrigues como Intellectual Property Firm of the Year em Portugal, pelo segun-
do ano consecutivo. E, também já este ano, a Managing Intellectual Property distingiu a Garrigues Portugal com o Caso IP (Intellectual Property) do ano em Portugal. João Miranda de Sousa afirma que “todo o reconhecimento que temos tido é fruto do trabalho, empenho e qualidade com que temos servido os nossos clientes. Motiva-nos para, diariamente, continuarmos a dar o nosso melhor para servir – com a máxima eficiência, respostas úteis e inovadoras – as necessidades de quem conta com a Garrigues”, adianta o advogado.
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PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados abre novo escritório em Faro
A PRA-Raposo, Sá Miranda & Associa- O novo escritório encontrados abriu um novo espaço em Faro (na -se localizado no centro de foto), consolidando, deste modo, a sua Faro e e servirá para “partipresença no Algarve, onde já disponibi- lhar com os nossos clientes, liza os seus serviços há cerca de uma para que possam dinamizar década. Para Pedro Raposo, presidente e potenciar os seus negódo conselho de administração da PRA, cios”, adianta o mesmo resesta mudança “permite-nos estar ainda ponsável. mais próximos dos nossos clientes e A PRA, que já conta tamdas empresas locais, reforçar o nosso bém com escritórios em crescimento e, principalmente, respon- Lisboa, Porto, Leiria e Ponta Delgada, der às necessidades da nossa equipa e tem como propósito “garantir uma rede dos nossos clientes”. profissional assente nos diversos mer-
cados, aliando o apoio local especializado ao conhecimento do negócio dos seus clientes”. A sociedade, reconhecida pelo seu nível de especialização, encontra-se organizada por 10 áreas de prática e conta, presentemente, com uma equipa de mais de 140 profissionais. Pedro Raposo destaca ainda o “forte crescimento a nível nacional” da PRA.
CRS Advogados reconhecida pelo “Media Law International” A CRS Advogados - Cruz, Roque, Semião & Associados foi reconhecida, pela primeira vez, no ranking “Media Law International”. O “Media Law International”, ou o “Specialist Guide to the Global Leaders in Media Law Practice” é uma publicação de negócio independente, que edita o guia anual de referência que abrange várias sociedades e advogados com expe-
riência na área de prática dos media em 56 jurisdições, entre as quais Portugal. A pesquisa é baseada em análises objetivas de mercado, que se concentram exclusivamente numa área de atuação, a do direito dos media. Na CRS Advogados, esta área é assegurada pelo partner Telmo Semião e pela advogada Catarina Enes Oliveira. Entretanto, de recordar que a CRS
Em trânsito: »
Filipa Cotta, advogada especializada em restruturações e insolvência, vai incorporar a equipa da Vieira de Almeida. A advogada será a sócia responsável por uma nova área dedicada às restruturações e insolvência, numa aposta que “reflete um investimento estratégico num setor crítico da economia, fortalecendo a capacidade de resposta às crescentes solicitações dos clientes”, adianta a Vieira de Almeida. Com uma vasta experiência em processos transnacionais, nomeadamente na Suíça, Luxemburgo e Brasil, a ex-sócia da PLMJ tem estado envolvida em alguns dos casos mais mediáticos nos últimos anos, adianta a “Advocatus”. Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, e com um general masters in law, pela Faculdade de Direito da Virgínia (EUA), foi sócia da área de Contencioso da PLMJ.
Advogados lançou um site dedicado a esclarecer dúvidas jurídicas que se colocam atualmente a cidadãos e empresas em virtude do novo coronavírus. O site SOS Legal Coronavirus agrega informação útil para a comunidade em geral, que vai desde a mais recente legislação publicada, a artigos e vídeos informativos, realizados com os seus advogados, para enquadrar esta nova temática.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
» Rita Alarcão Júdice e Francisco Lino Dias são os novos co-coordenadores da área de imobiliário da PLMJ, que “conta com mais de 20 advogados e seis sócios e está vocacionada para a assessoria a operações de grande dimensão e elevada complexidade, tendo vindo a acompanhar os maiores projetos imobiliários do país”, refere a sociedade em comunicado. Rita Alarcão Júdice está na PLMJ desde 1997 e tem assessorado clientes nacionais e internacionais no acompanhamento de diversos tipos de transações imobiliárias que envolvem processos de investimento ou de desinvestimento de ativos imobiliários. Francisco Lino Dias integra a PLMJ desde 2005 e é responsável pela assessoria a investidores e promotores imobiliários. Ao longo dos últimos 15 anos, desenvolveu uma vasta experiência na assessoria jurídica em todas as fases do projeto imobiliário. agosto de 2020
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opinião opinión
Arrendamento de ativos imobiliários: que esperar
Por Manuel Bruschy Martins *
da situação excecional que vivemos?
J
á se vão fazendo sentir, e continuarão a fazer-se sentir nos próximos semestres os efeitos da situação de pandemia que experienciamos. Do ponto de vista dos investidores, em especial no que respeita a investimentos para efeitos de arrendamento, muitas são as questões que se levantam sobre os potenciais desafios esperados. Alteração e cessação de contratos no contexto atual Nos últimos meses, e fruto da situação excecional que vivemos, foram aprovadas várias medidas extraordinárias e temporárias, que se referem aos contratos de arrendamento e aos contratos de utilização de loja e outros contratos atípicos que tenham por objeto o gozo de um imóvel para o exercício de uma determinada atividade (doravante, indiscriminadamente referidos como arrendamentos). Como é do conhecimento geral, tais mediadas vieram estabelecer, para o período em que vigorem, designadamente, a suspensão da produção de efeitos das denúncias de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional efetuadas pelo senhorio, a suspensão das ações de despejo, dos procedimentos especiais de despejo e outros, e um regime especial de moratória no pagamento de renda. Apesar de estar em curso o plano de desconfinamento, a verdade é que a suspensão parcial das atividades e a inevitável quebra de rendimentos tem e continuará a ter um impacto significativo nas relações contratuais de arrendamento nos próximos semestres. Por outro lado,
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e sem prejuízo da retoma progressiva das atividades económicas, em muitos cenários as circunstâncias em que as partes fundaram a decisão de celebrar os contratos alteraram-se profundamente. Uma das principais questões que se coloca no âmbito dos arrendamentos é se estas medidas excecionais aprovadas durante o estado de emergência determinam a impossibilidade de as partes recorrerem a outros mecanismos. Se, por um lado, é para alguns defensável que o recurso aos mecanismos gerais da lei civil (como a impossibilidade objetiva de cumprimento e a alteração anormal das circunstâncias) fica precludido pelo facto de o legislador ter aprovado medidas específicas, dir-se-á que a resposta não é assim tão simples. Em nossa opinião, o regime geral coexiste com o regime específico das medidas adotadas no contexto da pandemia. Contudo, os regimes excecionais fornecem critérios bastante concretos que balizam, por exemplo, aquilo que se pode entender como sendo um justo e equitativo restabelecimento do equilíbrio contratual. Por outro lado, é importante verificar se existe previsão contratual específica de situações de força maior que impeçam a fruição do imóvel ou que possa moldar os direitos e obrigações das partes em caso de ocorrência de uma situação extraordinária, como uma pandemia. Em todo o caso, entendemos que antes de se enveredar por uma solução como a da alteração das circunstâncias, o melhor caminho será mesmo a negociação. Uma decisão intempestiva dos inquilinos ou a
falta de flexibilidade dos senhorios levará certamente a um aumento significativo dos litígios em tribunais. Impacto nas carteiras de ativos imobiliários Num primeiro momento, tem-se assistido a um abrandamento do ritmo e volume de projetos e transações imobiliárias. Os diferentes segmentos do imobiliário serão afetados de modo diferente, pelo menos no curto prazo, com um impacto previsivelmente maior nos setores do turismo e do retalho, em particular no que respeita a centros comerciais, bem como no segmento residencial que não esteja localizado em zonas prime ou que não seja de luxo. É de esperar que, num segundo momento, esta paragem generalizada de empresas e pessoas se traduza nos preços. A tendência parece ser registar-se alguma desvalorização por contenção da procura. Por outro lado, muitos projetos em planeamento poderão ser alterados ou convertidos, seja diferindo no tempo as respetivas execução e conclusão, seja reconvertendo projetos imobiliários para outros fins, como seja num cenário de investimento com fins turísticos reconvertido para uso residencial ou comercial. Num terceiro momento, e já com um fim à vista do período de retração económica, espera-se que o capital volte de modo generalizado ao mercado, com o consequente aumento do volume de transações. *Advogado da Belzuz Abogados E-mail: mbm@belzuz.com.pt
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setor imobiliário
sector inmobiliario
RE/MAX cresce desde estado de emergência até final de maio D esde que vigorou o estado de emergência, a 19 de março, até ao fim da segunda fase do plano de desconfinamento, a 31 de maio, a RE/MAX, a maior imobiliária a operar em Portugal, atingiu 827,5 milhões de euros de volume de preços, que resultam de 10.769 transações imobiliárias (arrendamento e compra/venda), incluindo quase cinco mil imóveis vendidos. Num mercado que dá sinais de abrandamento devido ao contexto de pandemia, a RE/MAX antecipa uma recuperação do mercado. Em convergência com ciclos anteriores, neste período foram os Portugueses quem mais adquiriu ou arrendou a casa, 82,3%. Entre os investidores estrangeiros, são os brasileiros quem continuam a negociar
mais em imobiliário, 576 transações que representam 5,4% do peso total. Seguiram-se chineses e franceses, com 1,3 e 1,2%, respetivamente. “A realidade que hoje vivemos é notoriamente diferente da perspetivada no final de 2019, mas à medida que a situação evoluiu a RE/MAX foi capaz de antecipar um conjunto de procedimentos e linhas de ação adaptadas à conjuntura. Após decretado o Estado de Emergência, a segunda metade de março, em contraste com a primeira, representou uma quebra nos indicadores económicos que registávamos pré-pandemia. O mercado abrandou, é um facto inegável, contudo, a RE/ MAX manteve-se sempre proativa e resiliente e reforçou a aposta em fatores
vitais para a atividade: a tecnologia, um uso mais acentuado de canais digitais nas vendas de imóveis e a formação contínua”, refere Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX. Relativamente ao número de transações negociadas por concelho, Lisboa lidera o top 10 no período 19 de março-31 de maio, com 1.282 transações, 11,9% do total registado pela RE/MAX. Seguemse Sintra (7%), Cascais (3,8%), Almada (3,5%), Oeiras (3,2%), Loures (2,7%), Amadora (2,5%), Vila Franca de Xira (2,4%), Odivelas (2,2%) – no total, os 18 concelhos da área metropolitana de Lisboa representam 43,46% dos imóveis transacionados pela rede nesta fase. Na 9ª posição vem o concelho de Vila Nova de Gaia, com 2,2%.
Avila Spaces lança assistente virtual para assegurar o atendimento telefónico personalizado em altura de teletrabalho
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Avila Spaces, centro de negócios líder de inovação no mercado dos espaços de trabalho flexíveis em Portugal, aposta num novo serviço de assistente virtual, um atendimento telefónico personalizado em nome de cada empresa, que permite facilitar os processos das equipas e empresas que se encontram deslocados do escritório. Através desta solução, é possível que todas as chamadas recebidas sejam atendidas, de forma profissional, por uma equipa de contact center persona-
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lizado, que depois transfere as chamadas para os telefones fixos ou móveis dos colaboradores das empresas que estão dispersos geograficamente. Carlos Gonçalves, CEO do Avila Spaces, destaca a importância desta iniciativa: “o novo normal já se começa a instalar, e traz modos de trabalho mais flexíveis, em que colaboradores usufruem de um espaço mais digital do que nunca – que será mantido em constante equilíbrio com o trabalho presencial. No Avila Spaces, sabemos isso, e para que as empresas se possam adaptar a estes modelos híbridos, queremos certificar-nos que nada é um entrave ao normal funcionamento das funções administrativas das empresas”. O serviço de assistente virtual permite que a chamada seja atendida todos os dias úteis, com cordialidade e profissionalismo. Posteriormente, esta pode-
rá ser transferida para vários colaboradores ou departamentos, dependendo do assunto. Se, por algum motivo, não for possível atender a chamada, serão pedidos todos os dados para que possa retomar o contacto assim que possível. Toda a informação será enviada para o utilizador em tempo real, por e-mail ou SMS, através da app Avila Connect. Após as 19h00, e ao fim de semana, as empresas usufruem de um serviço de voice-mail to e-mail, por forma a tomarem conhecimento de todas as mensagens recebidas durante esse período. O perfil de organizações que tem procurado esta solução passa por empresas a reduzir custos e a restruturar a sua organização e empresas em início de atividade, já que períodos de crise podem impulsionar oportunidades de criação de novos negócios.
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setor imobiliário
Novo guia de investimento imobiliário com contribuitos da AICEP e CCIP R esultante de uma parceria entre a AICEP Portugal Global, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), a JLL, consultora de serviços imobiliários, e a Morais Leitão (ML), sociedade de advogados, é agora apresentado o guia “Real Estate Investors Roadmap”. O guia é relançado como guia de referência AICEP Portugal Global para o investimento imobiliário estrangeiro em Portugal, com o contributo da CCIP, facto que muito orgulha a APPII, a JLL e a ML enquanto parceiros fundadores deste projeto, traduzindo por si só o reconhecimento do interesse público do projeto e a sua
importância nos tempos que vivemos. Num momento de particular incerteza, os parceiros deste guia respondem com uma certeza: o mercado imobiliário terá sempre um papel extremamente relevante na recuperação e crescimento da economia, e apresentam a sua disponibilidade para apoiar o regresso do investimento à economia nacional, com um guia conjunto que marca o setor imobiliário. Nesta segunda edição, o guia “Real Estate Investors Roadmap” surge como “ferramenta essencial de relançamento da economia nacional e, em especial, como dínamo de atração de investimento imobiliário estrangeiro em Portugal, atualizando a informa-
ção necessária sobretudo para investidores estrangeiros em Portugal e apresentando de forma clara os diferentes passos a considerar pelo investidor e o enquadramento legal aplicável, sem esquecer os constrangimentos provocados pela pandemia covid-19”. “Portugal tem estado no radar dos investidores nos últimos anos e o imobiliário tem sido um fator relevante para fortalecer a imagem de Portugal como destino favorável ao investimento. A visibilidade internacional do imobiliário ajuda a potenciar a atração de outras atividades económicas, tanto a nível industrial como nos serviços”, contextualiza o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques.
Schindler introduz tecnologia recente contra covid-19 em centros comerciais
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Schindler Ibéria chegou a um acordo com a Merlin Properties para instalar a sua mais recente tecnologia de desinfeção para fazer frente à covid19 nos elevadores, escadas e tapetes rolantes dos centros comerciais que a empresa imobiliária detém em Portugal e Espanha. Com o objetivo de maximizar a segurança dos seus ativos durante a fase de “nova normalidade”, a Merlin Properties confiou na Schindler para incorporar os kits de desinfeção contra o coronavírus em todos os seus equipamentos de transporte vertical.
Desta forma, serão instalados diversos sistemas de desinfeção para higienizar e purificar o ar em zonas em que possam transferir-se vírus e bactérias com mais facilidade, devido ao maior tráfego de pessoas. Relativamente às escadas e tapetes rolantes dos centros comerciais, a Schindler vai fixar no seu interior um sistema de desinfeção utilizando a tecnologia de iluminação led UVC, além de um dispositivo ultra UV de higienização que irradia luz UVC a curta distância dos corrimões. Tal, danifica de forma direta o material genético das bactérias e vírus (AND1 e ARN2), desinfetando de modo eficiente e ecológico. Quanto às cabinas dos elevadores, vão ser instalados três kits de desinfeção que permitem aos passageiros respirar um ar mais purificado. Por um lado, com um purificador obtém-se uma maior e continuada desinfeção do ar, totalmente ecológica, natural e sem nenhum tipo de resí-
duo químico nocivo para a saúde. Por outro lado, no teto das cabinas será colocada uma lâmpada UV para danificar o material genético das bactérias e vírus. Adicionalmente, quando os consumidores selecionam o seu destino nas botoneiras, dentro da cabina existirá um dispensador de desinfetante que permitirá higienizar as mãos. Os utilizadores dos equipamentos serão também informados através de painéis com recomendações de prevenção e conselhos de utilização do elevador para manter a segurança. Estes kits de desinfeção, que foram desenvolvidos com base nas indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS), também serão instalados em edifícios de escritórios da MERLIN Properties em Portugal e Espanha. “Este novo acordo reforça o compromisso da Schindler em ajudar a que o regresso à normalidade seja feito da forma mais segura possível”, refere a empresa.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR AGOSTO DE 2020
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Prosegur procura startups para criar escolas livres de covid A
Fundação Prosegur, em colabo- Fundação Prosegur, “o impacto da ração com a área de Inovação da pandemia na educação tem sido sisempresa, lançou um desafio às star- témico. Afetou diretamente os estutups para ajudar a restaurar a edu- dantes, os professores, as escolas e as cação presencial em espaços seguros famílias”. A responsável da Fundae livres de covid-19. O principal ção Prosegur destacou, nesse sentido, objetivo desta iniciativa é encontrar que “a solução do problema da edusoluções inovadoras que facilitem a cação presencial deve ser colocada convivência em centros educativos na vanguarda da agenda, pois, é nee de formação, pois esses espaços cessário enfrentar as consequências são caracterizados por uma elevada do distanciamento em aspetos como densidade ocupacional, superfícies o equilíbrio emocional e a sociabililimitadas e por serem locais onde dade dos alunos, o abandono escolar, o contacto físico é muito comum: a exclusão digital, a reconciliação salas de aula, cafetarias, pátios de familiar ou até um retorno eficiente recreio, vestiários, casas de banho, à empresa”. Mercedes Borbolla valolaboratórios, bibliotecas, auditórios rizou também “o papel da educação como um motor de progresso, um ou enfermarias. Para Mercedes Borbolla, diretora da direito fundamental das crianças e
jovens e, por isso, devemos cooperar na solução deste desafio social”. O concurso, que esteve aberto até ao início de julho, conta com o apoio do Comité Espanhol de Fundações das Escolas Unidas do Mundo, Começa com Educar, Ashoka, Créate e Scientia, além da plataforma de empreendedorismo global South Summit e da Instituição educacional La Salle. A Comunidade de Madrid também aderiu a esta iniciativa, apoiando o vencedor do desafio no desenvolvimento de um programa-piloto. Todas estas entidades farão parte do comité de seleção do projeto vencedor, juntamente com especialistas das áreas da saúde e académica.
Honeywell e SAP estabelecem parceria para otimização do desempenho de edifícios A
Honeywell e a SAP acabam de celebrar uma parceria para criação de uma solução conjunta, baseada na cloud , que assenta na Honeywell Forge, a oferta de gestão de desempenho corporativo da empresa, e na SAP® Cloud Platform que simplifica e combina os dados operacionais e de negócio, com vista a apoiar a tomada de decisão e promover maiores eficiências. A primeira área de foco das empresas será o setor imobiliário, onde os proprietários de edifícios precisam geralmente de extrair dados de fontes diferentes, que não são normalizadas e que dificultam a determinação da real eficiência e utilização dos seus portfólios. Aproveitando o poder da solução de edifícios autónomos da Honeywell Forge e da solução SAP Cloud for Real Estate, a nova oferta per44 ACT UALIDAD€
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mitirá que os gestores de instalações e proprietários de edifícios reposicionem os seus portefólios com base na poupança de custos e na identificação de novas eficiências, além de permitirem a melhoria da experiência do inquilino. A Honeywell Forge possui uma nova funcionalidade de controlo autónomo, promovido por inteligência artifical (IA), que faz ajustes automáticos na manutenção, conforto e sustentabilidade. À medida que os edifícios regressam ao seu pleno funcionamento, no rescaldo da crise pandémica e económica provocada pela covid-19, espera-se que os proprietários se concentrem nos principais indicadores de desempenho (KPI) ligados à segurança dos ocupantes, à redução da pegada de carbono e às poupanças de energia. Ao fornecer acesso em tempo real a estes
KPI, a oferta conjunta ajudará os proprietários de edifícios a otimizarem as suas operações para cumprimento das metas agressivas de poupança energética e de redução substancial das horas de manutenção. Por exemplo, somente na operação de HVAC, que é responsável por 35% do consumo total de energia em prédios comerciais, um sistema automatizado de IA, como o Honeywell Forge, pode economizar até 23% nos custos de energia. A Honeywell e a SAP juntas fornecerão informação que facilita aos seus clientes a obtenção de uma imagem real de como otimizar o desempenho do edifício, reduzir as emissões de carbono para cumprimento das metas de sustentabilidade, reduzir os custos de energia e ajudar a melhorar a experiência dos que utilizam os edifícios.
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Experis lança serviço inovador à distância para reforçar cibersegurança das PME O teletrabalho, e a necessidade da sua rápida implementação na sequência da eclosão da pandemia, deixou as empresas e os seus colaboradores vulneráveis a ataques cibernéticos, fugas de dados, quebras de serviço, ameaças internas e até tentativas de extorsão. Para fazer face a estes riscos, que podem colocar em causa a continuidade dos negócios, a Experis, pertencente à ManpowerGroup, lançou um serviço de gestão e mitigação dos riscos associados ao trabalho remoto, para reforçar a cibersegurança das pequenas e médias empresas. “Sabemos que 60% das empresas sofrem ciberataques após a implementação de sistemas de teletrabalho. Nas últimas semanas, assistimos, de resto, à proliferação de ransomware com a
temática covid-19 e a ataques de engenharia social e fraudes por email, que resultaram em quebras de serviço e fugas de dados em larga escala. Para dar resposta a este contexto particular, a Experis lançou uma solução rápida e económica, que pode ser implementada de forma remota, para ajudar as organizações a enfrentar, de forma estratégica, os desafios e riscos associados ao teletrabalho”, explica Pedro Amorim, managing director da Experis. O novo serviço possibilita, em apenas cinco dias, e sem gerar qualquer disrupção na atividade, fazer uma análise dos riscos de cibersegurança das organizações e desenvolver um plano para mitigar as ameaças, de forma a que os colaboradores possam estar operacionais a partir de qualquer ponto, sem que isso comprometa a segu-
rança da empresa e dos seus dados. “Esta crise pode representar uma excelente oportunidade para as organizações reforçarem os seus protocolos de segurança cibernética. Embora a pandemia tenha exigido às empresas uma solução de curto prazo, o nosso serviço fornece ativos de longo prazo, como controles de compliance e de cibersegurança melhorados, políticas inovadoras e robustas de teletrabalho e BYOD (bring your own device), melhor formação e a definição de uma estratégia de continuidade de negócios para o futuro”, conclui Pedro Amorim. Esta solução de cibersegurança é disponibilizada de imediato às empresas que recorram a este serviço, e quer a entrega, quer a assistência, podem ser feitas de forma remota. PUB
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Minsait garante eficiência e segurança do registo móvel e da assinatura digital de contratos A
Minsait, uma companhia da Indra, implementou na Renta 4 Banco uma solução de digital onboarding” ou registo com assinatura digital, que possibilita gerir contratos em menos de cinco minutos, de forma segura e simples, para ajudar o banco de investimentos a suportar o crescimento de clientes de forma eficiente, sem horários ou burocracias. Graças a esta solução, a Renta 4 Banco facilita o registo dos seus serviços a investidores nacionais ou estrangeiros, que estejam deslocalizados geograficamente ou com pouco tempo disponível para se deslocarem a um balcão bancário, ao mesmo tempo que melhora a experiência do utilizador e a deteção de fraudes. Além disso, otimiza a carga de trabalho em matéria de prevenção e branqueamento de capitais dos departamentos bancários envolvidos. O projeto, que começou em 2019 como uma iniciativa estratégica do plano de transformação digital do banco, e que acaba de arrancar, ganha
impulso neste novo cenário da pandemia. Desta forma, a Renta4 aumenta a agilidade, conforto e eficiência na gestão das operações de registo e assinatura de contratos, tanto presenciais como remotas. Os utilizadores poderão registar-se como clientes Renta4 em qualquer momento e qualquer lugar, uma vez que a solução está disponível a partir de um navegador de qualquer dispositivo (desktop, smartphone e tablet). Além disso, a digitalização do processo elimina a exposição à fraude de documentos, contribuindo também para a proteção do meio ambiente, graças ao desaparecimento do papel. A operação de registo parte do reconhecimento do documento de identificação e é feita através da captura de imagens. De seguida, o utilizador submete uma selfie utilizando tecnologias biométricas para evitar roubo de identidade. O processamento do documento de identificação preenche automaticamente os campos neces-
sários do registo, de forma a que o cliente apenas precise de confirmar e corrigir os dados. Após a verificação de toda a documentação, o cliente procederá à assinatura do contrato de forma digital e segura. A Minsait assegura as transações digitais feitas pelos clientes, integrando a tecnologia da Veridas, o parceiro de referência da empresa para soluções biométricas de uso geral, cujo mecanismo biométrico é aprovado pelo National Institute of Standards dos EUA como um dos mais relevantes em todo o mundo. Conta também com a solução líder na gestão segura de assinaturas digitais, fornecido pela empresa Evicertia. A Minsait também disponibiliza uma equipa de operadores especialistas em acreditação de identificação eletrónica. A Minsait implementou a solução de registo móvel com assinatura digital em instituições financeiras de Espanha e América Latina, em mais de 20 milhões de clientes.
Grupo iad lança novo site institucional O grupo iad lançou um site de caráter institucional para dar a conhecer a maior rede europeia de consultores imobiliários independentes numa vertente mais corporativa, mas também com foco no recrutamento de colaboradores para as sedes dos países onde está atualmente presente: França, Portugal, Espanha e Itália. A iad Portugal, à semelhança de cada uma das filiais do grupo, tem o seu próprio site comercial. Deste modo, no site iadportugal.pt os utilizadores podem, entre outros, continuar a consultar os imóveis disponíveis, os consultores associados à iad, bem como estimar o valor de um imóvel online em poucos minutos com a ferramenta iad Value. “Cada filial já tinha um site co-
mercial, com todo o seu portefólio de imóveis, mas quisemos complementar a nossa comunicação com uma plataforma mais institucional e dar a conhecer a iad numa dimensão internacional. Aqui divulgamos informação sobre o grupo iad para nos darmos a conhecer aos nossos stakeholders, parceiros e também à imprensa”, explica Alfredo Valente, CEO da iad Portugal. Por outro lado, o novo site tem ainda outra vertente importante: “Esta é também uma ferramenta destinada à divulgação de oportunidades de carreira nas sedes da iad nos quatro países onde estamos presentes. Não é uma plataforma destinada ao recrutamento de consultores imobiliários, mas antes de outros perfis que pre-
cisemos de recrutar para os nossos serviços centrais de apoio à nossa rede de consultores imobiliários independentes”. “Sendo os media um dos targets primordiais deste site, contemplámos também um Press Room, que reúne as últimas novidades do grupo, bem como diferentes notícias publicadas sobre a iad”, explica Carolina Xavier e Sousa, responsável do Departamento de Marketing e Comunicação da iad Portugal, cuja equipa trabalhou com a iad International no lançamento desta plataforma. Com uma imagem clean em tons de azul e laranja, as cores que identificam a iad, o site foi cuidadosamente desenvolvido para ser o mais intuitivo e user friendly possível. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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Bairrada, na senda da criação de valor
Considerada a principal região na produção de espumantes em Portugal, a Bairrada procura destacar-se pela qualidade dos seus vinhos e da sua gastronomia. José Pedro Soares, recentemente reeleito presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, considera que cadastrar a região é essencial para desenvolver o potencial produtivo.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
ue balanço faz dos anteriores mandatos, na qualidade de presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada?
Julgo que a região, em conjunto, reconquistou muita da credibilidade e confiança por parte de todos. Começando, desde logo, por aqueles que fazem a região, ou seja os produtores, passando pelos críticos e chegando até ao consumidor. Temos consciência de que precisamos de fazer mais e melhor. Quais são as suas prioridades para este novo mandato? O que considera mais desafiante?
Penso que a situação que se nos coloca hoje é muito diferente do que conhece- cionar pela qualidade dos seus produtos, mos e conhecíamos. No entanto exis- pela sua diferença. É necessário manter tem linhas que devemos procurar man- e se possível aumentar o valor médio ter, nomeadamente: diferençar os nosso dos vinhos transacionados e acima de produtos, valorizando toda a cadeia de tudo permitir aumentar o valor médio produção; Promover nacional e interna- pago por quilo de uva aqui produzido. cionalmente as nossas diferenças; pro- As Denominações de Origem servem mover a aquisição de conhecimento para isso mesmo. Fixar Valor! sobre todo o ecossistema produtivo da região de forma a obter ganhos em O que é mais crítico na região e carece de termos de produtividade, valor acres- maior dinamismo: o trabalho ao nível da produção ou a vertente comercial? centado e sustentabilidade. Julgo que é necessário colocar o mesmo Em que ponto está a elaboração do dinamismo em tudo! Temos muito para cadastro da região? fazer. Acima de tudo a região precisa Estamos no início. Consideramos que de ter bem presente a máxima de que esse cadastro será uma peça chave na todos os pormenores contam. gestão do potencial produtivo.
O que poderá ser decisivo para o futuro da região da Bairrada e para a sua competitividade? Que entraves e oportunidades identifica na região para a evolução do negócio? Como sugere que se ultrapassem os problemas e se potenciem as oportunidades?
quem pela positiva. Ou seja, o meu vinho possui estas características e isso não quer dizer que o do meu vizinho, de características diferentes, seja pior ou melhor. É diferente! Julgo que para uma região que tem no espumante grande parte do seu negócio a pandemia é um enorme entrave. Não há grandes celebrações, logo o consumo de uma bebida ainda muito associada a festividades fica prejudicado. Mas podemos aproveitar para promover uma democratização do consumo. Sugerindo ao consumidor novos momentos e motivos para celebrar. Que balanço faz da criação da Rota da Bairrada e do Enoturismo na região?
A Rota da Bairrada assume moldes distintos na Bairrada do que noutras regiões e outras rotas de vinhos. É a primeira associação criada em Portugal apenas com o intuito de promover o A Bairrada nunca poderá ser vista como enoturismo. Tem sido pioneira em muiuma região de grandes volumes e de tas iniciativas e um bom exemplo de trapreço baixo. A região têm que se posi- Bom, desde logo que todos comuni- balho em rede. Queremos sempre mais, Que leitura faz do posicionamento no mercado português dos vinhos da região da Bairrada? Como tem evoluído esse posicionamento?
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Uma das mais ocidentais regiões de vinhos da Europa Encostada ao oceano Atlântico, a região da Bairrada situa-se entre Aveiro e Coimbra. Sabe-se que no século X já se produzia vinhos na região, mas só no século XIX, se investiu na Bairrada como uma região produtora de vinhos de qualidade, tendo sido criada a Escola de Viticultura e Pomologia da Bairrada, em Anadia, em 1887. Três anos depois, bascia o espumante em Portugal. Ainda é considerada como a região mais importante do país para a produção de espumantes, tirando partido do clima fresco e húmido, bem como dos solos argilo-calcários e arenosos. Também se produzem vinhos brancos, rosados e tintos.
De acordo com a Comissão Vitivinícola da Bairrada, os tintos possuem as seguintes características: “Cor granada a rubi, tomando nuances acastanhadas com o envelhecimento, com aroma frutado quando novos, evoluindo com a idade para aromas mais complexos (bouquet), de sabor harmonioso onde sobressai a sua sólida estrutura”. Já os vinhos rosados, “do alaranjado ao avermelhado, de aroma frutado, revelam as castas de onde provêm, notando-se em particular a tipicidade da casta Baga. A acidez é moderadamente elevada, deixando grande frescura na boca”. Por sua vez, os vinhos
mas devemos olhar e perceber que há um caminho feito. Julgo que a parceria com a Rota é estratégica e fundamental. Acredito que o futuro trará ao enoturismo uma maior profissionalização e que tal será positivo para todos.
em que os vinhos são, sem dúvida, o seu fio condutor.
Quais são as linhas estratégicas de comunicação da região e dos seus produtos, quer em Portugal, quer no mercado externo?
Apenas no que diz respeito a vinhos certificados, certificámos cerca de de 2,5 milhões de garrafas. Não possuo os restantes dados que solicita.
Uma Região de “Bem-Estar”, Uma Região de “Bem Receber” e “Bem Comer”, no fundo uma Região de “Bem-viver” entre as serras e o mar com uma gastromia variada e de qualidade,
Qual foi a produção total de vinhos e espumantes e o volume de negócios da região da Bairrada em 2019? Que peso possui o setor na região?
brancos são “de cor citrina carregada, por vezes com reflexos esverdeados, de aroma frutado quando novos, que evoluem para uma nota resinosa quando envelhecidos, de sabor harmonioso, fresco e persistente”. Os Espumantes, “produzidos pelo método clássico ou de fermentação em garrafa poderão ser, quanto ao grau de doçura, Brutos, Secos ou Meio-Secos, pertencendo a sua maioria à classe Bruto. Os mais jovens apresentam aromas florais ou frutados, enquanto que os mais velhos denotam aromas provenientes do contacto mais ou menos prolongado com as borras da segunda fermentação.
senta cerca de 30 a 35%. Como preveem que seja este ano, em termos de produção e de vendas?
Existirá um aumento de produção na ordem dos 10%, mas nas vendas teremos uma quebra que ainda é difícil de estimar. Quais são as castas com maior potencial na região?
Todas as que estão nos estatutos da Região. Mas, se nos queremos diferenciar no mercado internacional, será então fundamental trabalhar com as No caso dos vinhos certificados, repre- mais tradicionais. Que peso tem o subsetor de espumantes no total do volume de negócios e da produção?
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Grupo Roullier elege Falua para o arranque de projeto em Portugal
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Falua, referência consagrada na produção de vinho na Região do Tejo, foi adquirida em 2017 pelo grupo Roullier, que elegeu uma empresa com 25 anos de história no mercado nacional e internacional para o arranque do projeto de vinhos em Portugal. Presente noutras áreas de atividade em
131 países, o grupo Roullier integrou a Falua como “primeiro investimento no setor do vinho, reforçando a riqueza e a expressão de um terroir único”, refere o grupo francês. Fundada em 1994 e sediada em Almeirim, onde instalou um moderno centro de vinificação, a Falua detém um total de 270 hectares – entre 70 hectares de vinhas próprias, aos quais se juntam 200 hectares de agricultores que acompanha há muitos anos – que dá origem a um portefólio diversificado que integra marcas de referência, como Conde Vimioso, Falua, Monte da Serra, Nazaré North Canyon, Tagus Creek e Tercius. Com
um volume de negócios acima de 7M€ em 2019, a Falua exporta 60% da produção para mais de 20 países em todo o Mundo, com destaque para a Polónia, Reino Unido, Brasil, Suíça, China e Colômbia entre os principais mercados. Já no presente ano, abraça um novo desafio com a entrada na subregião Monção–Melgaço, na Região dos Vinhos Verdes, conhecida como o berço da casta Alvarinho e associada à produção de vinhos brancos de qualidade superior, com a compra de uma adega aí sediada, o que reflete bem o objetivo inequívoco do grupo francês em fazer crescer, com prestígio, o negócio de vinhos em Portugal.
Centro de visitas Taylor’s reabre para (re)descobrir o Vinho do Porto E ste ano, a sugestão é para descobrir Portugal, aproveitando para percorrer algumas das experiências que tornam o país tão atrativo aos olhos do mundo. As caves Taylor’s, em Vila Nova de Gaia já reabriram, para dar a conhecer e a provar os seus 328 anos de história. A visita começa no Jardim das Rosas (na foto), prosseguindo para o centro de visitas, totalmente renovado em 2016, e que disponibiliza um inovador sistema de áudio-guia, em 12 línguas, para uma experiência segura e autónoma, ao ritmo da curiosidade de cada visitante. O visitante irá atravessar os armazéns que datam do séc. XVIII e onde os seus reputados vinhos repousam em cascos, tonéis e balseiros, ao mesmo tempo que descobre a história do Vinho do Porto, o processo de vinificação e as diferenças entre os estilos de vinho. No percurso, há curiosidades como o túnel revestido a céu estrelado, que reproduz o céu
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da Quinta de Vargellas, berço dos vinhos Taylor’s no Douro. No final da visita, o apogeu da experiência: na sala de provas ou no Jardim das Rosas, um pátio e esplanada exteriores, onde é possível (com)provar a singularidade dos vinhos Taylor’s, uma das mais prestigiadas e premiadas marcas de vinho do mundo. Há também salas privadas para grupos. No valor da visita, está incluída uma prova comentada de dois ícones: Taylor´s Chip Dry Branco Extra Seco e Taylor´s Late Bottled Vintage (LBV). Mas é também possível escolher à carta e descobrir diferentes estilos de vinho do Porto e anos de colheita, acompanhados por tábuas de queijo, enchidos, degustação de chocolates ou o clássico pastel de nata. A experiência “Introdução à Taylor’s”, por exemplo, consiste numa prova comentada de cinco vinhos representativos do perfil da casa. Para quem quiser prolongar a expe-
riência, as caves preparam um programa conjunto entre a visita e a experiência gastronómica no restaurante Barão Fladgate. O seu amplo terraço, com vista panorâmica sobre o rio e o Porto, convida a um almoço tranquilo ou um jantar romântico. O programa, que inclui visita e almoço ou jantar (55 euros) propõe o Menu Taylor’s, em que o vinho do Porto acompanha toda a refeição, mostrando a sua versatilidade e aptidão gastronómica. O valor habitual do menu, disponível no restaurante Barão Fladgatem é de 54 euros e inclui três pratos e três vinhos Taylor’s.
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Torre de Palma celebra o verão com experiências ao ar livre para famílias O Torre de Palma Wine Hotel, no Alto Alentejo, reabriu a 5 junho com medidas de prevenção, controlo e vigilância redobradas e agora convida a “viver ao ar livre”, propondo diversas experiências para as famílias. O mote “viver ao ar livre” surge nesta “nova normalidade” com o descanso de sempre para os hóspedes, uma vez que o hotel faz parte de uma propriedade de 14 hectares com vastas e diversas áreas verdes. Desta forma, os hóspedes vão poder continuar a usufruir da vinha, do olival, do pinhal, do pomar e do picadeiro. Localizado no coração do Alto Alentejo, este refúgio campestre também garante segurança em torno de toda a propriedade, onde a circulação é muito fluida e não existem espaços de aglomeração de pessoas.
Para viverem uma estadia tranquila e em segurança no Torre de Palma Wine Hotel, os hóspedes podem usufruir de refeições do Restaurante Basilii nos terraços das suites ou nos vários espaços exteriores do hotel, bem como quartos com entrada direta para o exterior e com esplanadas e master suite para famílias com piscina privada. “Graças a todas as medidas de segurança otimizadas, vamos continuar a oferecer a todos os membros da família, desde os mais pequenos aos mais graúdos, um vasto leque de experiências ao ar livre, assim como novas atividades como cinema ao ar livre”, refere Ana Isabel Rebelo, diretora-geral e proprietária do hotel. “Durante a visita, os hóspedes podem usufruir de piqueniques no olival, de
passeios a pé, de bicicleta ou a cavalo nas vinhas, ter aulas de equitação e participar em workshops de agricultura com a apanha dos produtos da época ou simplesmente apreciar o pôr do sol, no topo da torre, com um copo de vinho Torre de Palma” acrescenta Ana Isabel Rebelo. As experiências e atividades únicas, que podem ser marcadas pelos hóspedes e público em geral, vão desde provas de vinhos, a Menus de Degustação “ID_entidade”, que pode incluir também degustação vínica, experiências gastronómicas, workshops de gastronomia para crianças, atividades na natureza, como piqueniques no olival com produtos gourmet Torre de Palma, birdwatching, passeios de balão de ar quente, etc.
Casa Ferreirinha Quinta da Leda 2017 resulta num Douro “excecional” N o ano em que se comemoram 25 anos da sua criação e 20 anos desde que foi lançada a primeira edição como blend, Casa Ferreirinha Quinta da Leda lança a colheita de 2017, um tinto pleno de caráter, que evidencia a marca como expoente de uma das regiões vitivinícolas mundiais de maior reconhecimento. Honrando o nome das vinhas onde nasce, Quinta da Leda 2017 revela a riqueza dos grandes vinhos do Douro e o perfil resultante de um ano quente e seco, ou seja, boa estrutura e taninos firmes. Luís Sottomayor, enólogo que assina os vinhos da emblemática Casa Ferreirinha, revela que “estava bastante expectante quanto à qualidade e potencial da colheita de 2017”. O ano de 2017 ficará para sempre na memória de todos, com a vindi-
ma a começar ainda no decorrer do mês de agosto. “A maturação condicionada pelo calor intenso e pela redução da água disponível no solo acabou por resultar num vinho com uma excelente estrutura, aliada a uma elegância e harmonia únicas, apenas possíveis de alcançar nos 170 hectares de vinha da Quinta da Leda, onde diferentes altitudes e exposições se complementam”, conclui Luís Sottomayor. O Casa Ferreirinha Quinta da Leda 2017 revela um aroma intenso, com notas florais, balsâmicas e de madeira muito bem integradas. “Um vinho de qualidade excecional,
que mantém o perfil a que Quinta da Leda nos tem habituado, com apontamentos especiais fruto das características de um ano quente”, afirma a marca. Nascido em 1995 como monovarietal de Touriga Nacional, em 1997 fez-se um lote que, engarrafado dois anos mais tarde, sairia para o mercado em 2000, para celebrar a passagem do milénio. Emprestando uma nova dimensão aos vinhos do Douro, Quinta da Leda assume desde sempre a excelência de um vinho contemporâneo, pronto a saborear, mas com excelente potencial de envelhecimento. AGOSTO DE 2020
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Espumante Quintas de Melgaço Velha Reserva de regresso E nquanto um dos principais embaixadores da Região dos Vinhos Verdes, a Quintas de Melgaço, projeto único que reúne mais de 530 pequenos e médios produtores do concelho homónimo, já habituou o mercado à casta Alvarinho nas suas mais ousadas facetas. Depois de três anos de stock esgotado, o produtor apresenta o Quintas de Melgaço Velha Reserva 2017, um espumante Alvarinho, elaborado em método clássico, com estágio mínimo de 36 meses em garrafa. É na sala de provas da Quintas de Melgaço que repousam os espumantes até que estejam prontos a servir. Três anos depois da colheita, na hora de abrir a garrafa, o QM Velha Reserva 2017 mostra-se límpido, de cor citrina, com
espuma fina e muito delicada. O corpo é cheio, mas a bolha é fina e de cordão persistente. O seu aroma frutado, com notas de laranja e tangerina, é acompanhado de nuances de frutos secos. À mesa, o QM Velha Reserva é um vinho democrático, revelando-se uma excelente companhia para mariscos, peixes ou assados como o leitão ou o cabrito. Embora surpreenda pelo tempo de estágio na região dos Vinhos Verdes, este espumante responde completamente aos objetivos futuros da Quintas de Melgaço, que visam elevar o Alvarinho e a região ao lugar cimeiro dos vinhos europeus. “Durante estes 26 anos o nosso compro-
misso foi sempre para com a qualidade do Alvarinho. Testamos e experimentamos, da vinha à adega, novas expressões da casta em busca de uma qualidade de nível mundial. E, felizmente, estamos a chegar lá. O espumante QM Velha Reserva 2017 é um espumante surpreendente, fiel à Alvarinho, capaz de ombrear com vinhos de topo de todo o mundo”, refere Pedro Soares, o administrador-delegado da Quintas de Melgaço. Esta é a grande novidade do portefólio de novas colheitas do produtor para este ano. Do leque de vinhos em lançamento, destaca-se ainda o QM Alvarinho 2019 e o QM Rosé 2019.
Restaurantes da Beira Interior participam em primeiro concurso gourmet da região O primeiro “Concurso Beira Interior Gourmet”, que está decorrer entre 10 de julho e 10 de agosto, envolve 30 restaurantes da região, anunciou a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI). O concurso, que esteve para acontecer em março/abril, pretende promover o “casamento” dos vinhos com a gastronomia local e a CVRBI afirma ter decidido avançar com a realização da iniciativa “depois de reunidas as condições de abertura dos restaurantes”. “Superada esta difícil fase de confinamento, particularmente dolorosa para os empresários de restauração da região, ganhou um duplo sentido o nosso concurso”, refere a entidade organizadora. A CVRBI, presidida por Rodolfo Queirós, aponta que o concurso tem como pressuposto “valorizar e dar a conhecer a qualidade e criatividade dos restaurantes e vinhos da Beira
Interior” e também “ajudar a reavivar a grande dinâmica gerada com uma retoma económica, turística e anímica, no “pós-covid-19””. Com a iniciativa, a entidade promotora visa “valorizar (sobretudo) os vinhos DO [Denominação de Origem] Beira Interior e IG [Indicação Geográfica] Terras da Beira, e os seus produtores, promovendo a excelência na restauração da região”. O projecto da CVRBI insere-se na estratégia de promoção do enoturismo da região, sendo que a Rota dos Vinhos da Beira Interior, criada recentemente, faz do evento “uma aposta no desenvolvimento da Beira Interior”, segundo a fonte. O concurso abrange 20 municípios da Beira Interior (envolve a totalidade do distrito de Castelo Branco e os concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel,
Sabugal e Trancoso, no distrito da Guarda). O júri, presidido por Fernando Melo, crítico de vinhos e de gastronomia, fará as visitas aos restaurantes durante o mês da realização da prova. O concurso tem as categorias de “Cozinha regional/ tradicional”, “Cozinha criativa/ evolutiva” e “Cozinha europeia e do mundo”. A CVRBI, com sede no Solar do Vinho, na Guarda, já promove, em colaboração com o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda e a Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), um concurso de vinhos da Beira Interior, que em 2019 conheceu a sua 12.ª edição. Aquela entidade abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde possui mais de 60 associados, sendo quatro adegas cooperativas.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Volkswagen T-ROC Cabriolet Uma proposta de verão Desenvolvido com base na mesma plataforma do T-ROC “normal” (fechado), a nova versão Cabriolet apresenta-se com uma configuração 2+2 e recorre a uma capota de lona.
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Fotos DR
sta nova dose de emoção, ao compatibilizar um SUV com um cabriolet, poderá ser um apelo a tendências mais jovens, até porque conta apenas com quatro lugares, apesar da diferença ser sem dúvida um importante motivo de escolha. Com capota em lona elétrica, que abre e fecha em apenas nove segundos, o novo T-ROC não é construído em Palmela, como os seus irmãos com capota, mas mantendo intactas as qualidades de um modelo que já conquistou uma importante faixa de mercado. Com uma dose de desportivismo assinalável, conta com dois níveis de equipamento, Style e R-Line e oferece oito cores de carroçaria. Com equipamento generoso, um conceito de operacionalidade digital de última geração e elevado nível de segurança. 54 ACT UALIDAD€
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Estruturalmente diferente, a ver- e os consumos. são aberta do T-Roc pesa mais A VW não se limitou a pegar num 200 quilos que a versão fechada T-ROC e retirar-lhe a capota. Para devido aos diferentes reforços in- compensar o espaço reservado ao troduzidos na plataforma e na car- tejadilho quando recolhe atrás do roçaria de maneira a compensar a assento traseiro, a distância entre rigidez estrutural perdida por não eixos é maior em 3,7 centímeter uma capota rígida. Este é um tros, com o comprimento a crescer aumento de peso que segundo a igualmente 3,4 centímetros. Os marca não penaliza as prestações pilares centrais e traseiros desapa-
sector automóvil Setor automóvel
recem, com o pára-brisas a integrar reforços em aço de alta resistência, além daqueles instalados ao nível da plataforma, tanto longitudinalmente como transversalmente. O tejadilho em lona abre e fecha em apenas nove segundos e a uma velocidade de até 30 km/h, numa operação similar à do Golf Cabriolet. A mala, porque têm de prever o espaço para alojar a lona, perde 161 litros de capacidade, ficando limitada a 284 litros, menor do que o SUV fabricado em Portugal, mas suficiente para viagens de fim de semana. Dos vários equipamentos destacamos o cockpit digital de série, na versão R-Line, e o sistema de navegação Discover Media, de série, em todas as versões.
da a partir de 32.740 euros, enquanto o mais potente 1.5 TSI tem preços de 35.756 euros para a versão Style e 43.060 euros para o R-Line, com caixa automática DSG. No que às prestações, consumos e emissões diz respeito, o 1.0 TSI cumpre os 0 aos 100 km/h em 11,7 segundos, atinge os 187 km/h Outro destaque vai para uma de velocidade máxima e apresenta vasta gama de novas funções e ser- consumos de 6,3 l/100 km e emisviços We Connect e We Connect sões de 143 g/km. Já o 1.5 TSI, que conta com o Plus. No áudio, o sistema de som sistema de desativação de cilindros, de 12 canais é da beats . O Volkswagen T-Roc está dis- permite atingir os 100 km/h em 9,6 ponível com dois motores TSI a gasolina. Um bloco de três cilindros com um litro e 115 cavalos e um quatro cilindros de 1,5 litros que debita 150 cavalos, podendo contar com caixa manual de seis relações ou auto- segundos e uma velocidade máxima mática DSG de sete velocidades. de 205 km/h. Tudo isto enquanto Em relação a preços, o 1.0 TSI anuncia consumos de 6,4 l/100 km com equipamento Style está à ven- e emissões de 146 g/km. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
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L
os últimos datos estadísticos hechos públicos por Estacom del Instituto Español de Comercio Exterior referentes a los cinco primeros meses del año conf irman una quiebra del 15,6% en el comercio bilateral, pasando de 13.701,11 millones de euros en 2019 a los actuales 11.563,45 millones. En este periodo el descenso de las ventas españolas a Portugal se situó en los 17,1% y las compras del 12,6%. En relación al mes de abril se produce un incremento tanto en las ventas (pasa de 1.055,66 millones de euros en abril a 1.336,17 millones en mayo) como en las compras (571,26 millones, frente a los 598,9 millones). Esta evolución singular en el comercio hispano portugués ha
generado un superávit favorable a España, que supera los 3.390,52 millones de euros y una tasa de cobertura de las más bajas de los últimos años ,de 182,97%. Los cuadros 2 y 3 recogen la distribución geográf ica del comercio exterior español en los que Portugal mantiene sus posiciones de cuarto principal cliente del mercado español (7,4% sobre el total de las exportaciones españolas, que alcanzaron los 101.461,5 millones de euros, y la séptima posición entre nuestros principales proveedores, con 3,7% sobre el total de las importaciones españolas, que se situaron en los 110.516,52 millones). Según el informe mensual de mayo de 2020 elaborado por In-
forme elaborado por la Subdirección General de Estudios y Evaluación de Instrumentos de Política Comercial de la Secretaría de Estado de Comercio, en enero-mayo de 2020 las exportaciones españolas de bienes disminuyeron un 17,2% interanual, decrecimiento de mayor intensidad que los registrados por la zona euro (-13,9%) y la Unión Europea-27 (-13,4%). Entre las principales economías de la Unión Europea descendieron también las exportaciones de A lemania (-14,1%), Francia (-22,1%) e Italia (-16,0%). Fuera de la Unión Europea, las exportaciones del Reino Unido se redujeron un 15,6% interanual, las de los Estados Unidos un 15% interanual, las de China un 7,7% interanual y las de Japón
Balanza
1. Balanza comercial España - Portugal en enero-mayo de 2020 VENTAS ESPAÑOLAS 20
COMPRAS ESPAÑOLAS 20
VENTAS COMPRAS Cober 20 % ESPAÑOLAS 19 ESPAÑOLAS 19
Saldo 19
Cober 19 %
ene
1 778 762,75
1003845,34
774 917,41
177,19
1 742 735,34
913 960,29
828 775,05
190,68
feb
1 724 629,55
1005714,3
718 915,25
171,48
1 706 821,40
873 899,16
832 922,24
195,31
mar
1 581 766,04
906741,35
675 024,69
174,45
1 812 053,31
984 166,48
827 886,83
184,12
abr
1 055 661,19
571257,22
484 403,97
184,80
1 810 815,75
906 315,91
904 499,84
199,80
may
1 336 168,90
598908,11
737 260,79
223,10
1 951 251,80
999 087,41
952 164,39
195,30
jun
1 894 918,30
892 750,62
1 002 167,68
212,26
jul
1 888 569,00
1 057 136,40
831 432,60
178,65
ago
1 572 644,63
694 691,19
877 953,44
226,38
sep
1 809 737,87
1 004 127,43
805 610,44
180,23
oct
2 077 533,09
1 104 109,06
973 424,03
188,16
nov
1 868 799,77
1 020 269,73
848 530,04
183,17
dic
1 769 405,43
973 285,64
796 119,79
181,80
21 905 285,69
11 423 799,32
10 481 486,37
191,75
Total
7 476 988,43
4 086 466,32
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
56 ACT UALIDAD€
AGOSTO DE 2020
Saldo 20
3 390 522,11
182,97
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España - enero-mayo 2020
un 13,1% interanual. Las importaciones españolas en enero-mayo de 2020 se redujeron un 18,5% interanual, descenso de mayor magnitud que los registrados por la zona euro (-13,9%) y la Unión Europea-27 (-13,5%). También decrecieron las importaciones de A lemania (-10,4%), Francia (-19,4%) e Italia (-17,6%). Fuera de la Unión Europea, las importaciones del Reino Unido descendieron un 17,5% interanual, las de los Estados Unidos un 12,6% interanual, las de China un 8,2% interanual y las de Japón un 11,1% interanual. En términos generales la distribución sectorial del comercio bilateral mantiene las mismas posiciones de los últimos años. La oferta española sigue liderada por la partida 87-Vehiculos automóviles, tractor (434,7 millones de euros), seguido de la 84-Máquinas y aparatos mecánicos (301,57 millones) y la 39-Mat.plásticas; sus manufacturas (301.57 millones). En la demanda española, destacan igualmente la partida 87-Vehiculos automóviles, tractor (642,46 millones de euros), la 84-Máquinas y aparatos mecánicos (550,71 millones) y en la tercera posición la partida 85-Aparatos y material eléctricos (488,42 millones). Respecto a la distribución geográf ica por comunidad autónomas, Cataluña lidera tanto la oferta como la demanda española, con 1.583,92 millones de euros, y 659,73 milloones, respectivamente, y el peso de esta comunidad autónoma en el comercio bilateral supera los 19,4%.
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal - enero-mayo 2020 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
15 466 267,85
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2
004 Alemania
11 364 079,31
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
301 572,09
3
005 Italia
7 901 999,03
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
301 559,29
4
010 Portugal
7 476 988,43
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
275 049,09
5
006 Reino Unido
6 712 236,27
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
187 043,22
6
400 Estados Unidos
4 976 640,23
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
172 006,43
7
003 Países Bajos
3 759 866,97
7
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
159 309,59
8
720 China
2 873 043,03
8
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
130 200,71
9
017 Bélgica
2 841 575,64
9
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
10
204 Marruecos
2 755 428,53
11
060 Polonia
2 334 457,62
12
039 Suiza
2 186 678,17
13
052 Turquía
1 474 243,91
14
412 México
1 309 726,46
15
952 Avituallamiento terceros
1 166 057,67
16
030 Suecia
17
732 Japón
18
951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios
19
061 República Checa
20
038 Austria SUBTOTAL TOTAL
004 Alemania
4 086 466,32
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal - enero-mayo 2020 Orden Sector
Importe
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
642 455,77
1 000 841,32
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
550 713,62
988 224,36
3
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
488 426,41
4
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
424 047,43
943 437,72
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
360 158,40
891 395,06
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
279 283,63
79 401 880,66
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
258 005,36
101 461 498,34
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
205 598,72
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
201 140,22
978 693,08
3.Ranking principales países proveedores de España - enero-mayo 2020 1
122 930,97
TOTAL
1
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Orden País
434 730,53
TOTAL
7 476 988,43
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Importe 6.Evolución del intercambio comercial de España - enero-mayo 2020
13 356 486,11
2
720 China
11 377 417,84
3
001 Francia
11 121 373,66
4
005 Italia
6 737 571,61
5
400 Estados Unidos
6 588 069,11
6
003 Países Bajos
4 979 160,10 4 086 466,32
7
010 Portugal
8
006 Reino Unido
3 690 279,05
9
017 Bélgica
2 759 939,40
10
204 Marruecos
2 433 522,07
11
052 Turquía
2 411 351,55
12
060 Polonia
2 079 716,37
13
288 Nigeria
1 859 273,74
14
959 Países y territorios no determinados.Intraco.
1 540 237,99
15
508 Brasil
1 426 651,12
16
039 Suiza
1 414 721,32
7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal - enero-mayo 2020 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 19
COMPRAS ESPAÑOLAS 19
17
664 India
1 410 895,71
Cataluña
1 583 922,04
Cataluña
659 725,23
18
412 México
1 382 481,12
Madrid, Comunidad de
1 255 932,97
Madrid, Comunidad de
646 141,86
19
732 Japón
1 336 809,72
Galicia
1 011 234,90
Galicia
615 042,12
20
061 República Checa
1 334 077,93
Andalucía
767 375,43
Andalucía
456 234,55
SUBTOTAL
83 326 501,84
Castilla-La Mancha
533 281,96
Castilla y León
344 539,73
TOTAL
110 516 518,94
Comunitat Valenciana
521 036,25
Comunitat Valenciana
314 916,88
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
AGOSTO DE 2020
AC T UA L I DA D € 57
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas que puedan aportar tecnologias a la agricultura portuguesa
DP200101
Fabricantes de artículos para fiestas de niños
DP200201
Distribuidores de infusiones y tés
DP200301
Empresas españolas de artículos hospitalarios de alta tecnología.
DP200302
Empresas españolas de piscicultura (acuicultura)
DP200401
Empresas españolas de torrefacción e distribuición de café
DP200601
Representantes comerciales y distribuidores en el sector vitivinícola, venta de cápsulas para vino, vino espumoso y aceite
DP200701
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Agente comercial no mercado de artigos de cozinha para casa Empresas portuguesas de segurança Empresas de roupa de desporto Farmacias, hospitais e dentistas em Portugal Empresas dedicadas à pesca Empresas portuguesas de cebolas e batatas
DE191003 DE200501 DE200502 DE200503 DE200504 DE200601
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Aluga-se andar em Lisboa, situado frente ao Palácio
Sottomayor, com três quartos, três casas de banho, lugar de estacionamento e uma pequena arrecadação. Interessados contatar: 00 34 914501009 / 00 34 639245383 Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
58 ACT UALIDAD€
AGOSTO DE 2020
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
AGOSTO DE 2020
AC T UA L I DA D € 59
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 F 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Agosto Prazo Imposto Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
7
IRC/IRS/ IVA/Selo
IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2019
Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada
Prazo execional no âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em junho/2020
Contribuintes do regime normal mensal
O IVA pode ser pago até ao dia 17
10
Segurança social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de julho/2020
Entidades empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a julho/2020
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
12
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em julho/2020
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT.
17
IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas no 2º trimestre de 2020
Contribuintes do regime normal trimestral
O IVA pode ser pago até ao dia 20
20
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do imposto do selo liquidado em julho/2020
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
No âmbito das medidas relativas ao Covid 19, pode haver pagamento de prestações referentes a retenções efetuadas no 2º trimestre/2020
20
Segurança social
Pagamento das contribuições relativas a julho/2020
Entidades empregadoras
No âmbito das medidas relativas ao covid-19, pode haver pagamento das contribuições diferidas devidas nos meses março, abril e maio/2020
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em julho/2020
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em junho/2020
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente
31
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2019 noutro Estado-membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
31
IMI
Pagamento da 2.ª prestação do IMI, referente a 2018, quando o seu montante seja superior a 500 euros
Sujeitos passivos de IMI
60 ACT UALIDAD€
AGOSTO DE 2020
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE190129
F
Data de Nascimento Línguas FRANCÊS/ ESPANHOL
Área de Atividade PROFESSORA DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
BE190130
F
18/12/1992
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS
LOGÍSTICA
BE190131
M
01/11/1982
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTOR DE NEGÓCIOS
16/11/1992
BE190132
F
ESPANHOL/ INGLÊS/PORTUGUÊS
ADMINISTRATIVA
BE190133
F
ESPANHOL/ INGLÊS
TÉCNICO DE RECURSOS HUMANOS
BE190134
F
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
PEDAGOGA EM RECURSOS HUMANOS
BE190135
F
ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
JORNALISMO
BE190136
F
ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
MARKETING E COMUNICAÇÃO
BE190138
F
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO E ATENÇÃO AO CLIENTE
BE190139
F
17/03/1992
ESPANHOL/CATALÃO/VALENCIANO
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
BE190140
M
18/02/1977
ESPANHOL/ PORTUGUÊS / INGLÊS
ENGENHEIRO CIVIL
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 61
espaço de lazer
espacio de ocio
O compromisso com a informalidade e com a genuinidade do Señor Ibérico
Ao balcão, numa rua do bairro de São Bento, Iñigo Pérez propõe os mesmos sabores que serviria numa taberna da cidade onde nasceu, no mesmo tom informal com que a capital espanhola seduz o mundo. As tapas de que sentimos saudades ao deixar Espanha, também moram agora em Lisboa e procuram outros endereços em Portugal…
E
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro
m que pensamos quando pensamos em tapas? De que sabores nos lembramos quando pensamos num convívio ao balcão (barra, em espanhol) de uma tasca ou taberna espanhola? As respostas estão todas escritas a giz num quadro de ardósia numa das paredes da sala de visitas do Señor Ibérico, o restaurante que o espanhol Iñigo Pérez e a portuguesa Sílvia Alberto abriram em outubro de 2019 em Lisboa. “Queríamos um espaço igual a tantos outros em Espanha, despretensioso, informal e autêntico,
62 ACT UALIDAD€
AGOSTO DE 2020
com os sabores de sempre das tascas espanholas, a um preço acessível. Há restaurantes espanhóis em Portugal, mas não conhecemos nenhum assim, com o típico longo balcão e os petiscos e que seja apenas isto.” Presunto pata negra? Confere. Suspensos no teto, logo à entrada, funcionam como uma espécie de porteiro do Señor Ibérico, para que ninguém tenha dúvidas de que está ali um pedaço de Espanha. “Trabalhamos com os melhores”, diz apontando para a marca Beher e acrescentando que servem a versão 100% ibéricos e 50% ibérico.
Tortilha? Confere. Isabel, cozinheira há 35 anos, conta que nunca tinha feito nenhuma antes do Señor Ibérico lhe piscar o olho para se juntar à equipa. À primeira dentada, percebe-se que a receita de tortilha da mãe de Iñigo, já não tem segredos para esta lisboeta de Campo de Ourique, que adora “criar” e que tanto faz “uma tradicional feijoada ou qualquer receita de bacalhau”, como se aventura em novos paladares. Na verdade, confessa Iñigo Perez, “a Dona Isabel é que é o nosso segredo, o trunfo precioso” que manda na cozinha desta tasca, que casa Portugal e Espanha ao balcão. A tortilha vem acompanhada com um pão à catalã, besuntado com a tradicional mistura de tomate, alho e azeite. Só isto, seria suficiente para iludir a geografia no nosso cérebro: não se surpreenda
espacio de ocio
se em vez de “fino” ou “imperial”, lhe apetecer pedir uma “caña”, que ao balcão do Señor Ibérico é da família Mahou. No entanto, queixa-se Iñigo Pérez, “o pão português é bom demais para os “bocadillos”, o ideal seria encontrarmos um pão com menos personalidade, apenas para acompanhar, sem grande sabor”. Da cozinha da Dona Isabel saem ainda outras iguarias castelhanas como polvo à galega, calamares, pimentos padrón, chouriço assado, gambas ajillo, batatas bravas (batata frita com molho picante), ovos rotos (ovos estrelados e prontinhos a rasgar sobre uma cama de batata frita e presunto) ou tábuas de queijo, de presunto, ou mistas, sandes (bocadilhos e pulguitas), mas também saem bifanas à moda do Porto e com um cheirinho a Madeira, já que podem ser servidas em bolo do caco. Tudo isto pode ser acompanhado com cerveja, sangria ou vinhos espanhóis, que podem ser pedidos a copo (4 euros). A ideia é servir bem e de forma descomplicada, sublinha o dono do espaço: “Quero que as pessoas venham aqui e passem um bom bocado. Comam, bebam, sem gastar muito dinheiro e saiam satisfeitos. Mas também podem apenas tomar um café (Delta), que é ótimo porque o servimos puro, ou uma cerveja.” Ao balcão está o próprio Iñigo, um madrileno que apesar de ser apaixonado pela sua cidade, diz já não querer sair mais de Lisboa. Depois de anos
espaço de lazer
a trabalhar no setor da moda, na área Tiago Mota a trabalhar com ele ao de compras de marcas de luxo, este balcão. “Não tenho dúvidas de que licenciado em relações internacionais esta casa só funciona se funcionarmos sentiu que precisava de parar. Foi numa bem em equipa e se eu tiver comigo viagem pela Ásia que conheceu a apre- as melhores pessoas. O Tiago Mota e a sentadora de televisão portuguesa Sílvia Isabel Lourenço vão crescer comigo se Alberto, atualmente sua mulher. Da esta casa crescer porque são eles a essênrelação nasceu o primeiro Señor Ibérico cia do negócio.” (o filho Pedro), homenageado no nome Planos para expandir já existem. Iñigo do restaurante que abriram no ano Pérez e Sílvia Alberto gostariam de levar passado e que tiveram que encerrar o Señor Ibérico a outras paragens, em temporariamente devido à pandemia. Portugal. “Cresceremos com calma, à A reabertura, no entanto, prova que medida que surgirem as oportunidao Señor Ibérico já tinha conquistado des.” Para já o objetivo é consolidar o uma parte dos lisboetas: “Não me posso crescimento deste primeiro espaço, bem queixar. As pessoas do bairro são quem como a ligação ao bairro: “Gosto muito nos permite pagar as contas. Nunca foi de São Bento e sinto-me completamente um espaço apenas vocacionado para envolvido com a dinâmica do bairro. turistas. Temos cá muitos dos morado- Queremos animar a rua (de São bento) res do bairro, muitos deles espanhóis, e e temos projetos nesse sentido.” O também as pessoas que trabalham por gestor fala de um possível mercado que aqui, como os deputados da Assembleia poderá nascer na rua, que está a ser penda República e as pessoas que trabalham sado pelos locais, uma espécie de mini nas obras. Fazemos questão de que todos “Rastro”, o mercado ao ar livre que se sintam igualmente bem ao nosso anima os domingos madrilenos… balcão. Servir bem todas as pessoas é o Señor Ibérico mais importante.” Rua de São Bento 84, Lisboa Foi por isso que Iñigo não descansou Tel: 21 3960216 enquanto não convenceu o seu amigo AGOSTO DE 2020
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Agenda cultural Livro
“Um Espião entre Amigos, Kim Philby e a Grande Traição”
O historiador e jornalista britânico Ben Macintyre conta-nos a história daquele que foi considerado o maior espião de sempre: o agente duplo Kim Philby . A História recorda-o como o principal desertor da espionagem britânica e a mais importante toupeira soviética. O livro “Um Espião entre Amigos, Kim Philby e a Grande Traição” revisita o percurso do agente duplo que passou aos russos todos os segredos das operações aliadas nos primeiros anos da Guerra Fria. “Este livro não pretende ser a última palavra sobre Kim Philby. Pelo contrário, procura contar a história de uma forma diferente, através do prisma da amizade pessoal, e, quem sabe, apresentar uma nova imagem do espião mais notável dos tempos modernos”, escreve Ben Macintyre. A biografia deste espião, que durante mais de 20 anos trabalhou para a KGB, recrutado para um grupo que ficaria conhecido como o “Círculo de Cambridge”, foi escrita depois do autor ter tido “acesso a documentos recentemente desclassificados do MI5 e a escritos privados até agora desconhecidos” e contou com a colaboração de antigos agentes do MI6 e da CIA. No entanto, “ esta biografia definitiva revela que mesmo os seus dois maiores amigos no mundo da espionagem – Nicholas Elliot, do MI6, e James Jesus Angleton, chefe da contra-inteligência da CIA – julgavam conhecê-lo melhor do que ninguém, até descobrirem que, afinal, nada sabiam dele”. A obra conta com posfácio do escritor John le Carré. Ben Macintyre é colunista e editor associado no The Times. Foi correspondente do jornal em Nova Iorque, Paris e Washington. É autor de vários bestsellers, nomeadamente Jogo Duplo e O Espião e o Traidor, ambos publicados pela Dom Quixote.
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agosto de 2020
Exposições
“Máscaras”, no Porto
O tema não poderia ser mais oportuno. A exposição “Máscaras (Masks)” homenageia um artefacto que assume um protagonismo inesperado nos nossos dias, mas que sempre ocupou “um lugar na história das sociedades desde tempos remotos”. Mesmo antes de a pandemia por Covid 19 impor o uso de máscaras de proteção, as máscaras já eram “sintoma de um tempo de transformações extremas” e “adquiriram uma renovada relevância e premência, materializando-se sob diversas aparências”, como sublinha ao texto de apresentação da mostra que agora se exibe na Galeria Municipal do Porto e que conta com a curadoria do português João Laia e do lituano Valentinas Klimašauskas. “Desde avatares usados online para fins de entretenimento, propaganda ou ativismo até aos diferentes movimentos que nos levam a ocupar ou abandonar as ruas, a nossa vida quotidiana ritualizada está hoje repleta de práticas de caricatura, camuflagem, disfarce, face-swapping, mascarada, imitação, proteção, ridículo, maquilhagem social, entre outras”, refletem os curadores na sinopse da exposição, que propõe “um olhar sobre a profunda reformulação em curso das nossas múltiplas identidades históricas, sociopolíticas, sexuais e transcendentais, questionando os atuais processos em que nos metamorfoseamos de uma em outra”. Os artistas Caroline Achaintre, Bora Akinciturk, Evgeny Antufiev, Jakub Choma, Adam Christensen, Joana da Conceição, The Dazzle Club, echo + seashell, Justin Fitzpatrick, David Hall, Sidsel Meineche Hansen, Kiluanji Kia Henda, Elena Narbutaitė, Joanna Piotrowska, Adrian Piper, Laure Prouvost, Jonathan Uliel Saldanha, Jacolby Satterwhite, Cindy Sherman, Victoria Sin, Amalia Ulman exibem declinações contemporâneas do que poderemos considerar dos mais antigos artefactos culturais. A dupla de curadores vai continuar a trabalhar em conjunto, já que foram nomeados curadores da Trienal do Báltico em 2021. Até 16 de agosto, na Galeria Municipal do Porto
A quarentena, em Lisboa Pedro Nunes, Luís Miguel Sousa, Tiago Miranda e José Fernandes fotografaram Lisboa nos dias da quarentena. Os quatro fotojornalistas portugueses percorreram uma cidade “sem beijos nem abraços”, como a descreve Manuel Alegre no poema “Lisboa Ainda”, que dá nome à exposição que agora se pode ver no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta. O poema foi publicado a 20 de março na página oficial de Facebook do escritor e retrata a mesma cidade nua que as objetivas destes repórteres captaram durante o período de confinamento decretado pelo Governo devido à pandemia por Covid 19. Comissariada por Rita Palla Aragão, “Lisboa Ainda. Olhares sobre a cidade em quarentena” mostra “quatro olhares distintos sobre uma Lisboa em quarentena. São quatro olhares de quem conseguiu, através da objetiva, captar a essência e a beleza de uma cidade confinada acrescentando assim uma nova dimensão àquele que seria o seu objetivo inicial: informar.” A curadora, que há dois anos propôs “Lisboa, Cidade Triste e Alegre: 60 anos depois”, uma exposição sobre o foto-livro português da dupla de arquitetos Victor Palla e Bento
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d’Almeida, volta a debruçar-se sobre a cidade: “Fotografar a cidade parada. Sem o aeroporto e as escolas, mas também sem teatros e cinemas, cafés e esplanadas, restaurantes e bares, concertos e bailados, lojas e quiosques, floristas e vendedores ambulantes, mercados e feiras. Com a cidade parada, sem o movimento dos seus habitantes, desapareceram os pequenos gestos de cada um e que fazem o dia-a-dia de todos”. Pedro Nunes fotografou a cidade na primeira manhã da primeira segunda-feira da primeira semana da quarentena. “O tempo é diferente, o objetivo é o de sempre: mostrar o que acontece. Só que, nesta manhã, parece que não acontece”, salienta Rita Palla Aragão. Luís Miguel Sousa voltou aos lugares que antes havia fotografado repletos de turistas para, com o mesmo enquadramento, captar o contraste “e assim nos mostrar o quão volátil é, afinal, a realidade”, nota a comissária. Tiago Miranda conduziu por Lisboa e fotografou-a pela janela do carro. “Constatamos que a lente foi passeando pela cidade e captando o que o fotojornalista sentiu: a cidade como um não-lugar”, observa a responsável pela mostra, acrescentando ainda que José Fernandes desenha a escuridão com luz: “Incide sobre as nossas figuras um destaque em branco que poderá ter muitos significados mas que é, inequivocamente, de luz”. Há também uma sala dedicada ao poema que Manuel Alegre escreveu sobre a cidade durante a quarentena, “Lisboa Ainda”, e ainda excertos de poemas de Manuela de Freitas, Maria Teresa Horta e Sophia de Mello Breyner. Até 20 de setembro, no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta
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“The Peepshow”, no Maat “A expressão “peepshow” remonta ao século XV, sendo então usada para descrever pequenos dispositivos no interior dos quais se podia descobrir vários objetos ou pinturas pelo ato de espiar por um pequeno orifício ou através de lupas”. Essa é a proposta do Maat: espreitar algumas obras da Coleção de Arte Portuguesa Fundação EDP. “Recriando este momento de descoberta através do espreitar, estas estruturas são ocupadas por peças guardadas em volumes vários por entre os quais se expõem pequenas (e provocadoras) instalações de artistas portugueses representados na Coleção de Arte Fundação EDP”, sugere o texto sobre a mostra. Cada uma destas intervenções pretende abordar um lado mais pessoal da prática artística ao longo de dois programas Catarina Botelho, Paulo Brighenti, Tomás Colaço, Luísa Ferreira, Horácio Frutuoso, Mariana Gomes, Pedro Gomes, André Guedes, João Louro, Maria Lusitano, João Ferro Martins, Paulo Mendes, Rodrigo Oliveira, Francisco Vidal, Valter Vinagre são os artistas representados na exposição, que integra a Beeline, “a intervenção arquitetónica que acolhe o programa maat Mode, desenhada pelo estúdio de arquitetura nova-iorquino SO – IL” e que propõe “um sistema de armazenamento aberto composto por 15 estruturas portáteis e recombináveis cujo interior pode ser visualizado através de grandes vigias”. Até 10 de outubro, no Maat, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
A Galiza de Colmero, em Vigo Rego Manuel Colmeiro Guimarás viveu quase todo o século XX (de 1901 a 1999) e dele deixou testemunho através da pintura. É considerado um dos mais relevantes pintores galegos de sempre, sobretudo devido às obras alusivas à cultura galega, de que se sentia herdeiro. O MARCO – Museu de Arte Contemporânea de Vigo dedica-lhe uma exposição, comissariada por Xosé Carlos López Bernárdez, que procura sublinhar a importância deste artista para a história da arte galega: “Composta por uma seleção de obras emprestadas, provenientes de diferentes coleções, acompanhada de material documental, a mostra resulta de uma pesquisa cuidadosa e releitura do significado, objetivos e impacto do trabalho de Colmeiro. Uma visão diferente, mais contemporânea que historicista, que tenta contribuir com novas leituras e abordagens. Destaque para o envolvimento do artista nos debates em torno da configuração na Europa e na América nas décadas de 1920 e 1930, desenhos de guerra e outros momentos menos conhecidos da sua obra.” A exposição é concebida como uma leitura, revendo a sua carreira desde o início da sua formação, na Argentina até ao seu retorno final à Galiza e evidenciando a sua relação com os espaços artísticos onde desenvolveu seu trabalho: “Argentina no início dos anos vinte; Galiza antes da Guerra Civil; exílio e ligação ao contexto artístico, novamente na Argentina, entre 1937 e 1948; a sua incursão em
Paris do pós-guerra e a sua estreita relação com o ambiente cultural galego e espanhol, desde os anos 50”. Procura-se assim sublinhar “a contribuição decisiva de Colmeiro para a formação do Movimento Renovador da Arte Galega, com uma pintura que parte do elemento popular para configurar uma nova perceção da realidade social e histórica galega”. A mostra compara as suas obras de Colmero com as de outros artistas galegos Maside, Souto, Torres, Laxeiro, Virxilio Blanco - e com contextos “divergentes” da modernidade internacional, principalmente a Argentina. “O projeto tenta mostrar como o trabalho do pintor é marcado pelo desejo de criar uma construção cultural alternativa à dominante. Uma pintura que reforça o caráter identitário de uma sociedade (a galega) na qual se formou um discurso marcadamente autorreferencial, enquanto se descobriam as possibilidades de uma abordagem identitária da modernidade.” Até 6 de setembro , no Marco, em Vigo agosto de 2020
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Statements Para pensar
“Temos que estimular, cada vez mais, as nossas cadeias de valor muito alicerçadas na nossa indústria. Não só naquilo em que temos tradição, mas também mostrar que somos capazes de avançar para outros setores onde não temos tradição, como aliás, temos feito, e falo da biotecnologia e das tecnologias da informação” Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, na sua intervenção no “Link Talk Day Centro”, webinar dinamizado dia 20 de julho, pela AEP – Associação Empresarial de Portugal, no âmbito do projeto AEP Link, onde foi analisado o relatório “O Futuro da Economia Portuguesa – Preparar a Retoma Pós-Covid-19”, que define a economia digital, a inovação e o investimento como fatores críticos de competitividade para alavancar e acelerar a fase de recuperação económica de Portugal, 21/7/20
“Muitas empresas não têm recursos e a forma de terem acesso a eles é associando-se, trabalhando em conjunto, entre si, e com centros de inovação e transferência de conhecimento, onde se incluem as associações empresariais mas também os centros tecnológicos (...) Vimos, durante a pandemia, como a nossa tecnologia e a nossa engenharia são fundamentais, e como é fundamental apostar nos nossos centros de tecnologia, mas envolvendo as empresas. Porque quem vai levar este conhecimento e criar riqueza são as empresas” Idem, ibidem
”[O acordo de ajudas para ultrapassar os efeitos da pandemia, decidido em julho pelo Conselho Europeu em Bruxelas, abre] uma intervenção coordenada para estimular e acelerar a recuperação da economia da União Europeia (...) Pela primeira vez, a Europa aproveita a força que advém da sua dimensão para emitir dívida de forma centralizada (...) “É necessário, agora, assegurar que estes fundos são disponibilizados de forma atempada e aplicados eficazmente, em áreas relevantes e investimentos produtivos, de forma a que saiamos deste período de crise reforçados” 66 ACT UALIDAD€
AGOSTO DE 2020
António Saraiva, presidente da CIP, ”O Jornal Económico”, 20/7/20