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O espaço que criou uma nova centralidade no comércio de Lisboa

Desde que surgiram, há 20 anos, os Grandes Armazéns El Corte Inglés mudaram a centralidade do comércio em Lisboa, representando um dos pontos de visita quase obrigatórios para as compras de turistas, mas também para muitos dos que procuram espaços de restauração requintados ou programas culturais ou recreativos.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Éuma das unidades comerciais de referência em Portugal, não só pela notoriedade e prestígio, como ainda por ser um dos grandes compradores de produtos fabricados em Portugal, sobretudo no setor alimentar. A comemorar 20 anos desde a sua abertura em Portugal, o El corte inglés de lisboa mantém-se como uma das lojas multimarcas. que mais clientes atrai e que mais projetos comerciais – e até sociais – dinamiza.

Foto ECI Foto ECI

A inclusão social de pessoas com deficiência ou mais desfavorecidas em porjetos de empregabilidade, passando pelos apoios de âmbito social aos seus funcionários, tem sido uma das bandeiras da política de responsabilidade social corporativa mais visível da empresa de origem espanhola, que em 23 de novembro de 2001 abriu as suas portas em lisboa, e, quatro anos depois, inaugurou os Grandes Armazéns de Vila Nova de Gaia.

Impacto de “0,5% no PIB nacional”

A unidade de lisboa representou o primeiro projeto de internacionalização do grupo espanhol, que conta ainda, em Portugal, com um centro outlet e seis supermercados Supercor, e que “tem um impacto de 0,5% no PiB nacional”, afiança o grupo, em comunicado.

A evolução do grupo no mercado nacional tem assentado sobretudo na consolidação dos dois projetos de grandes Armazéns, procurando apresentar uma ampla e diversificada oferta de serviços, onde se inclui restauração, supermercados gourmet, cinemas e outros espaços culturais, mas também pela disponbilização aos clientes de soluções tecnológicas mais convenientes para a realização das compras. “Em termos estratégicos, o El corte inglés aposta, sobretudo, no crescimento das vendas online, porque é este canal que nos permite chegar aos 10 milhões de portugueses. Estamos também a trabalhar na concretização do nosso projeto da Boavista, no Porto, onde gostaríamos de ver crescer o nosso espaço físico de venda”, adianta Enrique Hidalgo (na foto), diretor-geral da empresa. “Queremos, igualmente, continuar a apostar em Portugal e nas empresas portuguesas como grandes fornecedores”, acrescenta o responsável pela cadeia portuguesa, que viu baixar os seus negócios com a pandemia, depois de no exercício de 2019/2020 ter alcançado um volume de negócios de 520,8 milhões de euros e lucros de 28 milhões.

“Muitas empresas portuguesas já são fornecedores do grupo, designadamente de moda e têxtil-lar, tanto para as marcas próprias como para a ampliação da oferta. No caso da empresa portuguesa, e só na área alimentar, 92% das compras são feitas em Portugal”, especifica Enrique Hidalgo.

Assim, não surpreende que ao assinalar, no passado dia 23 de novembro, o seu vigésimo aniversário com uma festa em lisboa para cerca de 200 convidados (fotos nestas págs.), o El corte inglés Portugal se tenha feito representar por conhecidas personalidades da vida cultural e empresarial portuguesa, e que “fazem parte da história da empresa ao longo destes 20 anos”, evocando como mote da festa a “tradição como alicerce do futuro”.

Num evento onde pontuou a música e a moda, a fadista portuguesa Ana Moura foi a artista em destaque, numa noite de muito glamour, mas também de simplicidade e inclusão, visíveis no desfile de passerelle (ver fotos na pág. ant.), onde desfilaram personalidades como Salvador Almeida, da Associação Salvador, “com quem o El corte inglés tem uma parceria, da qual resultou a contratação de vários colaboradores, reforçando a sua política de inclusão. O conjunto de manequins representava, também ele, a diversidade e a inclusão, valores pelos quais o Eci se tem distinguido e pelos quais tem sido várias vezes premiado como por exemplo no que toca às políticas de recursos humanos, tendo sido a primeira entidade privada galardoada com o Selo Entidade Empregadora inclusiva, agora com menção de excelência”, adianta a empresa. “desfilaram ainda dois modelos que são colaboradores dos Grandes Armazéns de lisboa e que representam o nosso compromisso de excelência e de atenção ao cliente ao longo destes 20 anos”, conclui a cadeia, que alberga centenas de marcas de moda, acessórios, decoração e de outros setores.

Por forma a ir ao encontro das necessidades dos seus clientes, a cadeia lançou há dias uma nova app, que “reúne o melhor da compra nas lojas físicas e online, com serviços exclusivos”. Através da nova aplicação, as compras nos centros de lisboa e Gaia-Porto serão mais rápidas e confortáveis, utilizando serviços exclusivos da empresa, como o Retirar Senha ou a compra Mãos livres, permitindo, assim, o acesso direto ao mundo El corte inglés, quer do supermercado online quer das lojas. 

efapel lança série latina, com investimento de 2,4 milhões de euros

mais de 40% dos portugueses alterou hábitos de consumo nos últimos meses

AEfapel, o maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão e líder de mercado, investiu 2,4 milhões de euros no desenvolvimento da sua nova linha de embeber (embutir) Série latina, destinada a competir em todo o mundo, mas com especial incidência no mercado latino-americano. “A nova Série latina distingue-se pela sua forte identidade e design, com o propósito de atender às exigências de um mercado global”, enquadra a empresa de Serpins (lousã). Possui um sistema modular que possibilita a combinação de espelhos e módulos de acordo com a necessidade e gosto do utilizador. É composta por duas matrizes: europeia e italiana, que cumprem os mais diversos requisitos internacionais. Em conjunto com a nova série latina, a Efapel acrescenta mais funções à sua gama de mecanismos no formato 45x45, como detetores de movimento, dimmers, sinalizadores de luz, carregadores uSB, e outros, que se adequam à qualquer tipo de instalação. Merece destaque a variedade das cores e materiais dos acabamentos que se adaptam aos diferentes ambientes de decoração. A constante evolução do mundo dos negócios e da tecnologia produziu ferramentas digitais que facilitam muito a carga de trabalho dos profissionais envolvidos em projetos de arquitetura e engenharia. A Efapel disponibiliza todas as suas séries de embeber, inclusive a Série latina, em tecnologia BiM (building information modelling), que também pode ser definida como uma metodologia que permite a gestão da informação por todo o ciclo da edificação. A empresa industrial de Serpins espera atingir vendas superiores a três milhões de euros com este novo produto, no primeiro ano de comercialização. 

De acordo com o “Observatório de tendências”, um estudo desenvolvido pela Ageas Portugal e pela Eurogroup consulting Portugal, e que teve como propósito identificar as tendências emergentes do contexto da pandemia, 45% dos inquiridos admite que os seus hábitos de consumo sofreram alterações. Para 31%, tratam-se de mudanças duradouras, com especial incidência nas mulheres e nos mais jovens. Por outro lado, quanto mais elevado o nível de rendimento, menos se prevê a alteração dos hábitos de consumo. Apesar disto, verifica-se ainda um elevado nível de indecisão e incerteza (38%). “O consumidor olhou para as mudanças destes tempos de incerteza e teve que tomar uma decisão: vivê-las de forma desafiante ou achar que nada mais valeria a pena fazer. Os desafios foram grandes, mas o objetivo é que os consumidores aproveitem esta oportunidade para interiorizar estes novos comportamentos mais conscientes, ponderados e refletidos, e que passem a incluí-los no seu dia a dia. tal como demonstram os resultados deste estudo, estamos num bom caminho: 31% dos inquiridos prevê que estas alterações de comportamento venham a tornar-se estruturais. Garantir que estas mudanças não são apenas momentâneas é uma questão de responsabilidade, que tem que ser dividida entre os decisores políticos, o mercado como um todo, as marcas e as suas ofertas, e os consumidores”, refere Rita Rodrigues, head of Public Affairs & Media Relations da deco Proteste, no evento de lançamento do “Observatório de tendências”. Os resultados do estudo revelam ainda que categorias como a alimentação e saúde lideram os aumentos de consumo por parte dos portugueses, evidenciando uma maior preocupação com o bem-estar pessoal. Não surpreendentemente, no que diz respeito ao lazer, os inquiridos privilegiam categorias como o lar, desporto e tecnologia, ao passo que o consumo no que toca a viagens, roupa, cultura e carro decresceu. com o encerramento dos espaços de comércio físicos durante o confinamento, o comércio eletrónico passou a ser a solução mais viável para muitos consumidores. Mais de metade dos inquiridos (cerca de 57%) admite ter realizado mais compras online nos últimos seis meses. Esta tendência é mais notória na população mais jovem, entre os 18 e os 24 anos, 70% dos quais admite ter feito mais compras online, enquanto apenas 47% da faixa etária de mais de 55 anos é que aumentou o seu consumo através dos canais digitais. 

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