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Fazer Bem
Fundação MAPFRE e Direção-Geral da Educação promovem cidadania e segurança rodoviárias
Indra consolida posição como a empresa mais sustentável do mundo no seu setor
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AFundação MAPFRE e a DireçãoGeral da Educação estabeleceram um protocolo de colaboração para os próximos três anos letivos (2021 a 2024), ao longo dos quais vão ser desenvolvidos projetos e materiais didáticos no âmbito da Educação Rodoviária, como componente curricular da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, destinadas aos alunos portugueses do pré-escolar ao ensino secundário. O protocolo agora assinado em Lisboa pelo diretor-geral da Educação, José Victor Pedroso, e pelo CEO da MAPFRE em Portugal, Luis Anula (ambos na foto), em representação da Fundação MAPFRE Portugal, pretende fornecer os meios necessários para sensibilizar professores e alunos para temas como a prevenção e segurança rodoviária (duas rodas, peões, condutores, perigos na estrada, etc.). Além da adaptação para português de material didático da Fundação MAPFRE, serão criadas novas ferramentas destinadas a professores e alunos, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, instrumentos esses que ficarão igualmente disponíveis ao público em geral. Os materiais, formações e webinares terão o apoio e a validação técnica da APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil. Segundo Luis Anula, CEO da seguradora, “na Fundação MAPFRE, sabemos que a prevenção e a sensibilização são os instrumentos mais eficazes para reduzir a sinistralidade e construir uma sociedade mais consciente e segura. Este protocolo de colaboração é um excelente exemplo da materialização dos nossos objetivos de promover a formação e a educação para uma mobilidade segura; queremos que os jovens de hoje aprendam a identificar e a evitar as situações de perigo de forma dinâmica e lúdica, pois serão eles os adultos de amanhã”. Por seu lado, José Victor Pedroso considerou que “um dos objetivos da disponibilização destes materiais no âmbito da segurança rodoviária será permitir a discussão aberta a toda a turma, podendo ser complementados com outros julgados pertinentes e que apresentem outras visões, lembrando que as turmas não são um grupo homogéneo” e que “incluem crianças e jovens que diferem na situação familiar, na condição socioeconómica”, entre outros fatores ou características. ■
Num ambiente global altamente competitivo, em que a governação empresarial, o desempenho social e ambiental (ESG) são cada vez mais relevantes, a Indra, uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria, alcançou a melhor pontuação entre as empresas do seu setor e a classificação de “gold class”, pelo segundo ano consecutivo, no relatório anual de sustentabilidade da S&P “Global, The Sustainability Yearbook 2022”. Com base na avaliação de mais de 7.554 empresas em todo o mundo que completaram a avaliação de sustentabilidade corporativa anual da SAM, o anuário de sustentabilidade mais prestigiado atribui à Indra uma pontuação de 85 pontos, superior à conseguida em 2021. Globalmente, apenas 76 empresas alcançaram a distinção “gold class”. A Indra posiciona-se como a empresa número um em sustentabilidade, à frente das 179 empresas do setor dos serviços de TI avaliadas a nível mundial, das quais apenas 21 conseguiram ser incluídas neste anuário exclusivo. Também o faz como líder no pilar económico e de governação, no qual atinge uma pontuação de 100%, alcançando uma excelente classificação, muito superior à média das empresas do setor, em aspetos que a S&P considera serem os mais relevantes para a indústria das TI. Ainda de acordo com a tecnológica, a Indra alcançou a classificação mais alta possível na gestão da inovação (100%) e a classificação mais alta do setor na proteção da privacidade (98%). A empresa destaca-se também no que respeita à estratégia climática (98%), assim como na segurança da informação, cibersegurança e disponibilidade do sistema (90%). Todos estes são aspetos que a S&P considera críticos no setor tecnológico. Em menos de um ano, a Indra conseguiu reduzir o consumo de energia e os resíduos não perigosos gerados nas suas principais fábricas em 15 e 20%, respetivamente. A empresa otimizou também a gestão dos seus envios e transportes em Espanha, obtendo poupanças de 12% em emissões de CO2, entre outros impactos positivos. ■
Descoberto na Universidade de Aveiro método revolucionário para reciclar plásticos de garrafas
São 400 milhões as toneladas de plástico produzidas anualmente, mas só cerca de 10% são recicladas por não existirem técnicas eficazes para as reciclar. Tratam-se de plásticos feitos de polímeros, como o PET, muito utilizados em garrafas que são descartadas após uma única utilização ou reciclado um número limitado de vezes já que o processo tende a diminuir a performance do material. Esta limitação leva a que a maioria dos plásticos acabe em aterro, ou disperso, contribuindo para graves problemas ambientais, além de requerer um maior consumo de recursos fósseis para produzir mais matérias-primas. A necessidade de contribuir para um desenvolvimento mais sustentável, reduzindo o impacto ambiental, e o consumo de recursos, exige uma revolução social e técnica, em primeiro lugar via a redução e consumo inteligente de plástico, e, por outro lado, é premente o desenvolvimento de novos processos de reciclagem que permitam a reutilização destes materiais, no âmbito do conceito geral da economia circular. Na Universidade de Aveiro (UA) uma equipa de investigadores descobriu um processo simples e inovador que permite reciclar infinitamente os PET e, com isso, ajudar a solucionar a imensa poluição do planeta com plástico contribuindo assim para o desenvolvimento da economia circular e para um desenvolvimento mais sustentável. “Desenvolvemos uma forma simples, mais verde e contínua de fazer reciclagem de poliésteres [uma das famílias de polímeros mais utilizadas no fabrico de plásticos], tais como o PEF [baseado em açúcares das plantas] ou o PET [de origem petroquímica] muito utilizado em garrafas de plástico tipicamente
utilizados uma só vez e depois descartadas”, congratula-se Andreia Sousa (na foto, ao centro, entre Beatriz Agostinho e Armando Silvestre), investigadora do Ciceco-Instituto de Materiais de Aveiro, uma das unidades de investigação da UA. Dada a importância do estudo agora publicado com honras de capa na revista científica “Green Chemistry”, este foi selecionado ainda para figurar entre os 30 de uma coleção especial destacada pela mesma publicação. ■
Pingo Doce e Novo Verde juntam-se à Liga Meo Surf para limpeza de praias portuguesas
OPingo Doce, através do seu programa Amar o Mar e em parceria com a Novo Verde, associou-se à Liga MEO Surf 2022, enquanto parceiro de sustentabilidade, e está a promover várias ações de sensibilização e de limpeza nas praias que são palco desta prova. As escolas locais, do 1.º e 2.º ciclos, foram desafiadas a juntarem-se à sua missão e a iniciativa vai contar com a participação de cerca de 500 crianças. O programa Amar o Mar do Pingo Doce pretende sensibilizar e alertar para a necessidade da preservação dos rios, mares, oceanos e toda a biodiversidade que neles habita. Sendo o surf um desporto de mar, um dos ecossistemas com mais problemas ambientais, o Pingo Doce aliou-se ao evento desportivo como agente sensibilizador e mobilizador de comportamentos junto das gerações mais jovens. Nas cinco praias por onde passa a Liga Meo Surf 2022 – Cabedelo (Figueira da Foz), Matosinhos (Porto), Ribeira D’Ilhas (Ericeira), Ribeira Grande (Açores) e Supertubos (Peniche)–, as crianças vão poder colocar mãos à obra para contribuírem para a limpeza dos areais e assim ajudarem a mitigar o impacto ambiental nestes locais. Francisco Simões Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, a entidade responsável pela organização da competição, explica que “ao longo da Liga Meo Surf, vamos promover cinco dias (um por etapa) de iniciativas do programa Amar o Mar do Pingo Doce, em que as crianças das escolas dos concelhos visitados terão uma ação de consciencialização para a importância da proteção dos oceanos e de limpeza de praia”. Em cada uma das etapas, a iniciativa conta com uma sessão de sensibilização com a mergulhadora Sónia Sousa Ell, seguida de uma ação de limpeza da praia, em parceria com a Novo Verde, recebendo cada participante um kit de limpeza, que poderá depois utilizar proativamente para continuar a dinamizar as suas próprias ações de limpeza. No final, é feita a contabilização, triagem e encaminhamento correto de todos os resíduos recolhidos. ■
Estudo reafirma que subpavimentos em cortiça são soluções “amigas” do ambiente
Osubpavimento Go4cork Nature by Amorim– produto da Amorim Cork Composites–, “contribui determinantemente para o desempenho de um piso em termos de isolamento acústico, conforto térmico e melhoria da qualidade do ar”, afirma a empresa corticeira. “Produzido em cortiça, uma matéria-prima 100% natural, reciclável e renovável, o subpavimento Go4cork Nature by Amorim também oferece alta performance, resistência ao impacto e bem-estar ao caminhar. O subpavimento Go4cork Nature by Amorim protege igualmente o piso, tendo ainda como atributo a durabilidade”, afiança a mesma empresa. De acordo com um estudo de análise levado a cabo pela consultora EY, o balanço de carbono do subpavimento Go4cork Nature by Amorim é de -12,4 quilogramas de CO2 eq/m2. Promovendo, então, um sequestro de carbono no montado que é superior às emissões de CO2 resultantes da sua produção, o subpavimento Go4cork Nature by Amorim “surge como uma excelente opção para quem procura o equilíbrio entre desempenho e sustentabilidade ambiental. Leveza, elasticidade e aderência ao piso são outras propriedades conferidas pelos subpavimentos produzidos em cortiça”, adianta a corticeira, no mesmo comunicado. Ao utilizar cortiça na composição do subpavimento Go4cork Nature by Amorim, a Amorim Cork Composites consegue reduzir os possíveis impactes ambientais, sobretudo quando comparamos com subpavimentos que utilizam matérias-primas cuja única fonte é de origem sintética. ■
Canal Horeca desafiado a aumentar taxa de reciclagem de vidro
“ASociedade Ponto Verde está ao lado do setor das embalagens de vidro com uma ambição muito clara, que é a de ultrapassar as metas da reciclagem nacionais estabelecida nos 70% para 2025. Queremos chegar a 75% de reciclagem deste material, o que significa que nos próximos três anos precisamos de aumentar a taxa de reciclagem de vidro em 19%”, refere Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, à margem do evento de apresentação deste projeto, realizado no final de março. “Para aqui chegarmos, é fundamental a participação de todos os agentes da cadeia de consumo, e em especial do canal Horeca, que, pela natureza da sua atividade, gera volumes muito significativos de resíduos. Com este projeto, esperamos mobilizar o setor para uma maior separação das embalagens de vidro para reciclagem, apostando na disponibilização de novos meios e ferramentas, aliada à inovação tecnológica, que é já uma marca de atuação da SPV”, refere ainda a CEO. Por seu lado, Sandra Santos, presidente da AIVE-Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem, acrescentou que “quanto mais embalagens de vidro usadas forem recolhidas, mais será possível utilizar pela indústria vidreira no seu processo produtivo, para dar origem a novas embalagens de vidro. Era possível reciclar 100% das embalagens de vidro que utilizamos em Portugal, se as conseguíssemos recolher. Reciclar as embalagens de vidro usadas não é uma obrigação imposta, mas uma oportunidade com vantagens em termos de eficiência e sustentabilidade”, concluiu a mesma responsável. A apresentação do projeto Mais Vidro, Mais Reciclagem #Horecafazpartedasolução: decorreu ontem à tarde em Guimarães, município onde vão ser instalados os primeiros 100 vidrões de baldeamento assistido. Após os 18 meses previstos para a implementação desta iniciativa, prevê-se uma segunda fase com o alargamento a mais zonas do país. A Sociedade Ponto Verde é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão organizar e gerir a retoma e valorização de resíduos de embalagens, promovendo a economia circular, através da implementação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE). A sensibilização e a educação para as melhores práticas ambientais são um dos grandes objetivos da Sociedade Ponto Verde junto dos portugueses. Quanto à AIVE- Associação dos Industriais do Vidro de Embalagem, foi constituída em 1975, tendo por missão a defesa dos interesses do setor industrial de fabrico de vidro de embalagem. Neste quadro de referência, compete-lhe “contribuir para o progresso técnico e económico deste setor, em linha com a transição para uma economia circular e na rota da neutralidade carbónica”, refere esta entidade. ■
- Transição verde; - Transformação digital; - Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação, e um mercado único em bom funcionamento com
PME fortes; - Coesão social e territorial; - Saúde e resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises; - Políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e competências. O PRR articula-se em três dimensões estruturantes: a da resiliência, a da transição climática e a da transformação digital.
A principal dimensão é a da resiliência, que pretende aumentar a capacidade de reação face a crises e de superação face aos desafios atuais e futuros que lhes estão associados, surge para promover uma recuperação transformativa, duradoura, justa, sustentável e inclusiva, em várias vertentes. Nesta dimensão, foram consideradas nove componentes com vista a reforçar a resiliência social, económica e territorial do país, onde se incluem áreas estratégicas como a saúde, a habitação, as respostas sociais, a cultura, a capitalização e inovação empresariais, as qualificações e competências, as infraestruturas, a floresta, ou a gestão hídrica.
Já a dimensão da transição climática resulta do compromisso e contributo de Portugal para as metas climáticas que permitirão o alcance da neutralidade carbónica até 2050. "A descarbonização da economia e da sociedade oferece oportunidades importantes e prepara o país para realidades que configurarão os fatores de competitividade num futuro próximo", enquadra o documento estratégico. Nesta dimensão, foram consideradas seis componentes com intervenção em áreas estratégicas, a saber: o mar, a mobilidade sustentável, a descarbonização da indústria, a bioeconomia, a eficiência energética em edifícios e o hidrogénio renováveis.
Relativamente ao princípio da integração climática, o PRR português cumpre o limiar do seu investimento global com afetação a objetivos de transição climática, atingindo 38%.
Finalmente, a dimensão da transição digital, que prevê reformas e investimentos significativos nas áreas da digitalização de empresas, do Estado, e no fornecimento de competências digitais na educação, saúde, cultura e gestão florestal. Desenvolve-se em cinco componentes: capacitação e inclusão digital das pessoas através da educação, formação em competências digitais e promoção da literacia digital, transformação digital do setor empresarial e digitalização do Estado.
As medidas de apoio previstas contarão com 22% da dotação total do plano, ultrapassando o limiar de 20% definido pela regulamentação europeia, sendo ainda que 12 das 20 componentes do PRR têm contributo direto para a meta digital, enquadra o resumo do documento na página oficial do PRR.
Concursos já abertos
No âmbito do PRR, o primeiro grande concurso cujos beneficiários diretos são as empresas foi lançado em 2021, com as Agendas/ Alianças Mobilizadoras e as Agendas/Alianças Verdes, que tiveram a primeira fase até setembro de 2021 e a segunda fase até abril de 2022.
Atualmente, estão abertos dois concursos de sistemas de incentivos, e a ambos podem candidatar-se diversas entidades, incluindo empresas.
O primeiro diz respeito ao investimento na Renovação e Aumento
do Desempenho Energético dos
Edifícios de Serviços, cujas candidaturas terminam dia 29 de julho de 2022. Este sistema de incentivos tem como objetivo apoiar financeiramente projetos que visem a: a) renovação e aumento do desempenho energético dos edifícios de serviços (estando excluídos edifícios de habitação), fomento da eficiência energética e o reforço da produção de energia de fontes renováveis em regime de auto-consumo; b) produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo coletivo e/ ou comunidades de energia renovável.
A componente da Eficiência energética em edifícios conta com um total de 610 milhões de euros, mas só 70 milhões serão para benefício direto das empresas. Contudo, estas deverão estar atentas a futuros concursos de fornecimentos de sistemas para a
implementação da eficiência energética dos restantes beneficiários.
Foi ainda lançado o concurso para Apoio à Descarbonização da Indústria, aberto até ao final de julho. É destinado a empresas de qualquer setor industrial.
As tipologias de projetos passíveis de apresentação de candidaturas a este concurso são: a) processos e tecnologias de baixo carbono na indústria –Introdução de novos processos produtos e modelos de negócio inovadores ou a alteração de processos visando a sua descarbonização e digitalização, incluindo tecnologias e soluções limpas e inovadoras de baixo carbono que promovam o uso eficiente dos recursos e a sua circularidade, incluindo simbioses industriais, potenciando a sustentabilidade e a resiliência das cadeias de valor; a incorporação de novas matérias primas, de combustíveis derivados de resíduos, incluindo biomassa e biogás; do recurso a simbioses industriais e medidas de economia circular, incorporando inovação; a substituição e/ou adaptação de equipamentos e processos para novas tecnologias sustentáveis e vetores de energia renovável; destacam-se ainda medidas que visam a adoção de gases fluorados de reduzido potencial de aquecimento global. É ainda relevante um aumento da eletrificação dos consumos finais de energia, designadamente através da eletrificação dos consumos finais de energia na indústria e do reforço do acesso e da qualidade de serviço, principalmente em zonas industriais. b) adoção de medidas de eficiência energética na indústria - Reduzir o consumo de energia e as emissões de gases com efeito de estufa, em paralelo com a adoção de sistemas de monitorização e gestão de consumos que permitam gerir e otimizar os consumos de energia aproveitando o potencial da digitalização e a automação c) incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia – Promoção da incorporação de hidrogénio e de outros gases renováveis na indústria, designadamente naquelas situações em que as opções tecnológicas custo-eficazes para descarbonização, nomeadamente através da eletrificação, são mais limitadas.
A dotação total afeta ao presente concurso é de 705 milhões de euros, dos quais 200 milhões de euros afetos preferencialmente a PME.
O concurso relativo à Eficiência Energética, que prevê que as empresas possam receber até 70% do investimento a fundo perdido (até 200 mil euros por beneficiário), está a ser apreciado pelo Fundo Ambiental, enquanto o da Descarbonização da Indústria é gerido pelo IAPMEI. Ambos têm tido grande procura por parte das empresas, revela à "Actualidad€" a Yunit Consulting.
No caso das Agendas/ Alianças Mobilizadoras e das Agendas/ Alianças Verdes, destinam-se principalmente a empresas, que, através de consórcios com outras empresas ou entidades, liderem projetos que tenham base de investigação e desenvolvimento (I&D). Deste modo, de acordo com os objetivos anunciados no PRR, "pretende-se acelerar a transformação estrutural da economia portuguesa, melhorando o seu perfil de especialização, através da formação de consórcios sólidos e estruturantes que garantam o desenvolvimento, a diversificação e a especialização de cadeias de valor nacionais, prosseguindo metas objetivas ao nível das exportações, emprego qualificado, investimento em I&D".
Dos 144 consórcios que se candidataram às Agendas Mobilizadoras e às Agendas Verdes para a Inovação Empresarial do PRR, foram selecionadas 64 Agendas, que passaram à fase seguinte e que estão em avaliação. "Estes são os concursos específicos para empresas. Complementarmente, estas devem estar atentas aos concursos que o Estado publique, para serem fornecedoras em projetos específicos, seja na área da saúde, da
Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal: as instituições do Estado serão os principais beneficiários diretos da maior parte dos fundos previstos no PRR, mas as empresas poderão beneficiar também, indiretamente, enquanto fornecedoras do Estado
Fonte: "Plano de recuperação e resiliência", Governo Português Administração Central, da Segurança Social, das Finanças, muito ligada à transformação digital, mas também da construção e obras públicas, setor social, equipamentos, etc. Neste â,bito, surgirão muitas oportunidades a que as empresas devem estar atentas", incentiva Bernardo Maciel. Os concursos e as respetivas dotações e contrapartidas serão apresentados conforme o calendário previsto para o efeito. As empresas portuguesas podem ponderar também participar nos concursos dos Planos de Resiliência abertos noutros países, mas terão de ter uma empresa de direito no país em causa.
Ao nível dos sistemas de incentivos a empresas, de salientar ainda a componente 16 - Empresas 4.0, integrada na dimensão da Transição Digital do PRR, que procura promover a digitalização da economia, através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, bem como da sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários. Esta componente prevê três tipologias de investimento: a Capacitação Digital das Empresas, com uma dotação de 100 milhões de euros; a Catalisação da Transição Digital das Empresas, também com 100 milhões de euros, e a Transição Digital das Empresas, com 450 milhões de euros, e que engloba os programas Rede Nacional de Test Beds, Comércio Digital (Coaching 4.0) e Empreendedorismo. Estão a decorrer as candidaturas relativamente aos dois primeiros programas: o da Rede Nacional de Test Beds, que visa a criação de uma rede nacional para prestação de serviços às empresas para o desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços; e o do Comércio Digital, que prevê três iniciativas: Aceleradoras de Comércio (aviso aberto até 1 de julho de 2022), Bairros Comerciais Digitais (já encerrado) e a Internacionalização via e-Commerce. De acordo com um comunicado do IAPMEI sobre o programa de criação da Rede Nacional de Test Beds, esta rede contará com o financiamento de 150 milhões de euros, sendo que cada candidatura poderá receber até cerca de 7,5 milhões de euros, podendo realizar os testes em espaço físico ou através de simulação virtual. O objetivo da medida passa por “criar uma rede de infraestruturas colaborativas que impulsione e multiplique o número de pilotos de produtos comercialmente viáveis, ao mesmo tempo que partilha conhecimento através de casos de estudo”. O apoio será atribuído a empresas responsáveis pela criação e operação desta test bed, independentemente de “dimensão ou forma jurídica, setor privado ou público”.
O financiamento poderá variar entre 50 e 90% e irá depender do tipo de despesa, da localização e do valor de apoio transferido para as pequenas e médias empresas e startups aderentes.
A apresentação das candidaturas poderá ser feita no portal do IAPMEI entre 20 de abril e 17 de junho.
A dimensão da Transição Digital será essencial para a educação, formação e qualificação, em variadas áreas da sociedade. Um dos objetivos será promover a transição digital das empresas, requalificando 36 mil trabalhadores e apoiando 30 mil PME;
O apoio à qualificação e o aumento de competências tem como objetivos, por outro lado, a modernização dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional, a criação da agenda de promoção do trabalho digno, bem como a promoção da formação e qualificação de adultos.
Os apoios para a educação digital têm como objetivos a inclusão e incremento da literacia digital e centram-se na transição digital na educação, designadamente na Escola Digital. Prevê-se a formação de 800 mil formandos em competências digitais com planos de formação individual e acessos a formação online .
Iniciativas de capitalização das empresas
Paralelamente aos sistemas de incentivos, o PRR contempla ainda algumas iniciativas de apoio à capitalização das empresas.
Foram lançados no dia 25 de janeiro de 2022, pelo Banco Português de Fomento, os dois primeiros programas de investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), através de empréstimos do PRR– o Programa de Recapitalização Estratégica e o Programa Consolidar.
Com uma dotação global de 650 milhões de euros, estes dois programas visam apoiar a solvabilidade e resiliência financeira de empresas nacionais estratégicas e o investimento
produtivo, em crescimento e consolidação empresarial.
O Programa Consolidar, com uma dotação global de 250 milhões de euros, destina-se a apoiar a subscrição de fundos de capital de risco para investimento em PME e mid -caps, que sofreram impactos negativos decorrentes da pandemia de covid-19, mas economicamente viáveis e com potencial de recuperação, através de fundos de capital de risco onde existe, também, capital privado.
O Programa de Recapitalização Estratégica, com uma dotação global de até 400 milhões de euros e uma duração de até 10 anos, destina-se a financiar empresas nacionais estratégicas não financeiras que desenvolvam atividade em Portugal. O objetivo deste programa é "estimular o crescimento sustentável de longo prazo da economia portuguesa, o qual terá de responder simultaneamente à prioridade europeia da dupla transição para uma sociedade mais ecológica e mais digital, "reduzir o défice estrutural de capitalização do tecido empresarial português" e "colmatar a delapidação de capitais próprios ocorrida durante a crise pandémica em empresas não-financeiras relevantes e de potencial impacto futuro significativo". Para além dos instrumentos de capitalização, destaca-se, ainda, um conjunto de instrumentos de garantia, lançados durante os anos de 2020 e 2021 e que se encontram em vigor em 2022, com diversos limites de prazo. Nomeadamente, para o setor do turismo, estão disponíveis vários instrumentos de financiamento específicos para o investimento, no âmbito de linhas como a Linha de Apoio ao Turismo 2021 ou a Linha de Apoio
à Economia COVID-19: Médias e
Grandes Empresas do Turismo.
A Linha de Apoio ao Turismo 2021, a decorrer até dezembro de 2022, é um instrumento de garantia dedicado ao setor que pretende alargar o leque de soluções atualmente oferecidas para apoiar a retoma sustentável do Turismo. Com uma dotação global de 150 milhões de euros, dispõe de três linhas específicas: Fundo Maneio, Investimento e Garantias Bancárias.
A Retomar - Linha de Apoio à Recuperação Económica, é um instrumento de garantia pública que pretende apoiar a reestruturação de empresas com créditos em moratória. Dirigida a empresas dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, tem uma dotação de mil milhões de euros. O prazo para a contratação das operações junto das instituições bancárias está fixado em 30 de junho de 2022.
Adicionalmente, foram prorrogados os prazos de vigência e contratação de operações no âmbito de diversas Linhas de Apoio à Economia covid19, que se traduzem em empréstimos bancários exclusivamente para o financiamento das necessidades de tesouraria.
Empresas espanholas atentas também ao Portugal 2030
Paralelamente ao PRR, que será uma componente fundamental de financiamento com a qual se pretende ter um efeito estrutural em Portugal por ser um instrumento financeiro extraordinário e único, para os investimentos empresariais correntes, as empresas continuarão a ter outros apoios disponíveis, como a restante dotação do Portugal 2020, o REACT EU e o próximo quadro financeiro 2021/2027, e ainda fontes de financiamento comunitário como o Horizonte 2030.
O futuro quadro comunitário que irá substituir o Portugal 2020 está em fase de elaboração, mas o foco será também nas pessoas e na qualificação dos recursos humanos, na inovação, na transformação digital e na eficiência energética. "Os empresários espanhóis têm estado bastante atentos, nomeadamente em relação ao Portugal 2020, tendo procurado fazer uso dos financiamentos comunitários para os seus projetos de investimento também em Portugal", refere Benardo Maciel. Para Portugal, "também é interessante, pois estamos a captar investimento estrangeiro e a contribuir para aumentar a empregabilidade nacional", considera o responsável da Yunit.
Quanto aos investimentos a partir de Espanha, ao longo do Portugal 2020, a Yunit deu apoio a candidaturas de mais de 30 empresas espanholas que investiram no nosso país.
Planear antecipadamente os projetos de investimento
Esta consultora ajuda as empresas, numa primeira fase, para realizar os investimentos pretendidos. "É necessário perceber se a empresa tem as condições para fazer o investimento, nomeadamente a capitalização necessária, ou se é necessário realizar suprimentos, ou recorrer a venture capital ou à banca comercial para a melhor adequação dos financiamentos–, obviamente, sempre de forma a operacionalizar a estratégia. É determinante assegurar a diferenciação, por exemplo, como é que a empresa pode aportar à sua atividade, concretizando-a através de um projeto de
investimento". Isto é um trabalho que pode demorar mais do que dois ou três meses, ou seja, deve ser planeado antes da abertura dos concursos, para se poder afinar os projetos para que estejam suficientemente sólidos para serem apresentados no concurso seguinte, aconselha Bernardo Maciel. As empresas precisam de ter uma boa saúde financeira para realizarem investimentos investimentos com potencial para serem financiados por fundos comunitários, ou seja, "ter uma autonomia financeira suficientemente sólida no ano anterior" ao da candidatura, adverte Bernardo Maciel. "Caso não tenha, será necessário proceder à análise económico-financeira da empresa e determinar o plano de ação que permitirá a correção das situações identificadas, com monitorização da nossa equipa", adianta o gestor.
Já durante a execução do projeto de investimento, a empresa é acompanhada também pela equipa da Yunit para monitorizar o cumprimento do calendário previsto, preparar pedidos de pagamento ou auditorias, ou a refazer o plano quando há desvios significativos. Por exemplo, atualmente, verificam-se desvios nos preços das matérias-primas, ou quando
ESPAÑA
PRTR: España es el segundo país más beneficiado, por detrás de Italia “El plan de Recuperación y Resiliencia de España transformará profundamente la economía española y la hará más ecológica, más digital y más resiliente. Lo hemos respaldado porque es ambicioso, tiene visión de futuro y contribuirá a un futuro mejor para el pueblo español”. Así definió la presidenta de la Comisión Europea, Ursula von der Leyen, el Plan de Recuperación, Transformación y Resiliencia (PRTR) de España, el segundo país más beneficiado, por detrás de Italia, del apoyo financiero en el marco del Mecanismo de Recuperación y Resiliencia de la Unión Europa. Contará con una suma total de 140 mil millones de euros, cantidad que incluye 69.528 millones de euros en transferencias no reembolsables pudiendo, además, acceder a más de 70.000 millones de euros en préstamos hasta el 31 de diciembre de 2026.
España fue uno de los países europeos que más fuerte sufrió las consecuencias del covid por lo que están puestas muchas esperanzas en los fondos europeos para hacer realidad la esperada recuperación económica. No obstante, a pesar de los millones que están en juego y de los esfuerzos del Gobierno para que todo el proceso sea transparente, a día de hoy siguen existiendo muchas dudas entre las empresas sobre el acceso a este tipo de ayudas. “Lo primero que hay que tener en cuenta es que funcionan igual que las ayudas que se han dado hasta ahora en Europa”, señala María Ángeles Ruiz Ezpeleta, profesora de EAE Business School y fundadora y asesora de ARJ Consulting. Ayudas que estarán divididas “en un 85% que recibirá directamente el Estado y distribuirá entre ministerios y comunidades autónomas y en un 15% que servirán para reforzar los fondos europeos que ya estaban funcionando”, añade. Es decir, a nivel macroeconómico, se espera que los resultados de las ayudas no tarden en llegar, pero todavía queda por ver cómo van a sentir dicha ayuda las empresas.
Por parte del Gobierno español se detecta un esfuerzo por hacer llegar toda la información de estos fondos a la sociedad, razón por la cual existe un portal con toda la formación oficial sobre la estrategia española para canaa empresa quer alterar, por determinadas circunstâncias justificáveis, os mercados-alvo de internacionalização. Nestes casos, é necessário expor a situação às entidades que acompanham as candidaturas, como o IAPMEI, a ANI ou o Turismo de Portugal, etc. Com a guerra na Ucrânia, muitas empresas tiveram de refazer os seus planos estratégicos de investimento, exemplifica ainda.
Bernardo Maciel diz que as empresas atualmente, perante todas estas circunstâncias "estão mais parcimoniosas e a refletir mais antes de decidir investir, face à volatilidade atual".
lizar los fondos. “Hay una web transparente donde se pueden acompañar todas las convocatorias y toda la información está muy detallada”, recuerda la consultora. Es importante analizar si el proyecto que tenga una empresa encaja en alguna de las ayudas, pero teniendo en cuenta que “no son a fondo perdido, puedes tener que adelantar una parte y te pagan lo que te gastas”, matiza. Es importante estar atento a la información publicada e incluso apoyarse “en asociaciones porque hay fondos que van a ellas”. Ruiz Ezpeleta señala que las empresas españolas recurren poco a las administraciones y “se debe estar atento a todas las subvenciones existentes, poque funcionan”. En cuanto a la posibilidad de empresas de un país presentarse a las ayudas de otro, “no es posible, cada una tiene que presentarse a las de su país”, aclara.
La transición ecológica, la transformación digital, la cohesión social y territorial y la igualdad de género son los cuatro ejes transversales del plan que está inspirado en la Agenda del Cambio, en la Agenda 2030 y los Objetivos de Desarrollo Sostenible de Naciones Unidas. Está estructurado en torno a diez políticas palanca que incidirán directamente en aquellos sectores productivos con mayor capacidad de transformación del tejido económico y social del país. A su vez, las diez polí-
ticas palanca integran 30 componentes o líneas de acción estructuradas en 102 reformas y 110 inversiones.
Acceso a las ayudas
Cabe siempre recordar que son dos los instrumentos de mayor volumen del Next Generation EU. El Mecanismo para la Recuperación y la Resiliencia (MRR), cuya finalidad es apoyar la inversión y las reformas en los Estados Miembros para lograr una recuperación sostenible y resiliente, al tiempo que se promueven las prioridades ecológicas y digitales de la Unión. Y los fondos de REACT EU que operan como fondos estructurales, pero con mayor flexibilidad y agilidad en su ejecución.
Carlos Bofill, socio del área de Subvenciones e Incentivos en Deloitte Legal, resalta los dos canales principales para el acceso a los fondos. “En primer lugar, la posibilidad de acceder vía concurrencia competitiva a programas de financiación que incorporarán un tramo no reembolsable o subvención a fondo perdido. Esta financiación podrá suponer entre un 15% y un 25% del presupuesto de los proyectos, lo que se denomina técnicamente intensidad de la ayuda, llegando al 50% en proyectos que contengan I+D”. Se espera una competencia intensa y por ello se recomienda diseñar proyectos que se adecúen muy bien a los principios de las convocatorias y a lo que quiere apoyar la Administración para aumentar las probabilidades de su elegibilidad.
En segundo lugar, se podrá acceder a los fondos con ayudas directas no competitivas, “cuyo acceso únicamente queda condicionado al cumplimiento de una serie de requisitos formales de índole técnico-administrativa para todas las empresas o autónomos que los soliciten hasta el agotamiento de los fondos”. En este contexto, resulta crucial anticipar al máximo la preparación de toda la posible documentación técnica y
económica relativa al proyecto objeto de la solicitud para que nos aseguremos de que llegamos a tiempo.
Lo cierto es que los procesos burocráticos no son sencillos, “pero resultan necesarios para garantizar el reparto de los fondos de una manera justa”, recuerda Bofill. Es cierto que hay empresas a las que estos trámites pueden echar atrás, pero un buen asesoramiento hace el camino más fácil. “Apoyarse en profesionales que te puedan guiar en la obtención de ayudas públicas es siempre una buena idea. Tanto el personal interno de las propias empresas que tenga experiencia previa en la presentación de ayudas, como una empresa de servicios profesionales, ayudarán a llevar los proyectos al éxito en la consecución de financiación”, recomienda el consultor.
Convocatorias
Desde el Gobierno señalan que las convocatorias son publicadas por los ministerios, las empresas públicas estatales, las comunidades autónomas y los ayuntamientos y otras entidades locales. Además, para facilitar el acceso a los fondos, el Gobierno ha puesto en marcha dos mecanismos llamados PERTE y Manifestaciones de interés. Los PERTES son grandes proyectos estratégicos que exigen la colaboración entre administraciones, empresas y centros de investigación. De carácter estratégico, cuentan con una gran capacidad de arrastre para el crecimiento económico, el empleo y la competitividad de la economía española, con un alto componente de colaboración público -privada y transversales a las diferentes administraciones.
Las manifestaciones de interés, por su parte, son consultas realizadas por los diferentes ministerios para analizar posibles ámbitos de actuación. Contribuyen a aportar una visión más amplia y plural para que el diseño de las líneas pueda tener en cuenta la diversidad y características de los posibles proyectos.
El plan incluye en sus distintos componentes, iniciativas para fomentar la participación de las pymes y dedica un apartado específico a su fortalecimiento. El componente 13 “Impulso a la pyme” está dotado con 4.894 millones de euros y en él se recogen una serie de reformas e
Las ayudas estarán divididas en un 85%, que recibirá directamente el Estado, y en un 15% que servirán para reforzar los fondos europeos que ya estaban funcionando
PERTE
Los Proyectos Estratégicos para la Recuperación y Transformación Económica (PERTE) tratan de agilizar los fondos Next Generation y reforzar los proyectos que más contribuyan a la transformación de la economía española. El PERTE puede solicitarse como un proyecto particular, en el caso de las grandes empresas o compartido por varias corporaciones. En total son ocho los PERTE aprobados en Consejo de Ministros y otros dos más ya han sido anunciados.
- PERTE para el desarrollo del vehículo eléctrico y conectado
Su eje central es la creación del ecosistema necesario para el desarrollo y fabricación de vehículos eléctricos y conectados mediante el impulso a la industria del automóvil (con fuerte tracción sobre otros sectores económicos), para dar respuesta a la nueva movilidad sostenible y conectada y a la generación de nuevas actividades. El desarrollo de este proyecto prevé una inversión total de más de 24.000 millones de euros en el periodo 20212023, con una contribución del sector público de 4.300 millones de euros y una inversión privada de 19.700 millones de euros.
- PERTE para la salud de vanguardia
Se pretende mejorar la salud de la población a partir de la innovación diagnóstica, terapéutica y preventiva en el Sistema Nacional de Salud, que a su vez permitirá fomentar la generación de tejido industrial y la creación de empleo de calidad. En total, se prevé una inversión del sector público y privado de 1.469 millones de euros en el periodo 2021 y 2023.
- PERTE de energías renovables, hidrógeno renovable y almacenamiento
La transición hacia una economía neutra en carbono es una oportunidad en términos ambientales, sociales y económicos, y entre otras ventajas también permite reducir la dependencia energética exterior. Con este PERTE se quiere apuntalar las áreas asociadas a la transición energética en la que España está bien posicionada, como las energías renovables, la electrónica de potencia, el almacenamiento o el hidrógeno renovable, y reforzar aquellas con menor presencia. Sus instrumentos y medidas movilizarán una inversión total superior a 16.300 millones de euros (6.900 del sector público y 9.500 de la privada) y permitirá crear más de 280.000 empleos, entre directos, indirectos e inducidos en el resto de la economía.
- PERTE Agroalimentario
Su objetivo es promover el desarrollo integrado de toda la cadena agroalimentaria a través de la digitalización de los procesos y de la incorporación de conocimiento e innovación. Se trata de facilitar el acceso a alimentos sanos, seguros y sostenibles, que cubra las necesidades de una población cada vez más segmentada y con una mayor demanda de alimentos con atributos saludables y medioambientalmente sostenibles. Contará con una inversión pública de unos 1.000 millones de euros hasta 2023, aunque se prevé que genere un impacto en la economía de unos 3.000 millones de euros.
- PERTE Nueva economía de la lengua
Pretende desarrollar las oportunidades que presenta el español como un activo para impulsar la economía. Se estructura en siete objetivos: inteligencia artificial, ciencia en español, aprendizaje del español en el mundo, turismo de la lengua, industrias culturales, español global y lenguas cooficiales. Cuenta con un presupuesto de 1.100 millones de euros de inversión pública, con el objetivo de movilizar otros 1.000 millones de inversión privada.
- PERTE Economía circular
Este plan estratégico responde al objetivo de contribuir a los esfuerzos por lograr una economía sostenible, descarbonizada, eficiente en el uso de los recursos y competitiva. Es también una oportunidad para favorecer nuevos nichos de actividad y empleo, por ejemplo, asociados al reciclaje, la reparación y el sector servicios. Las inversiones previstas incluyen ayudas por valor de 492 millones de euros y se espera movilizar recursos superiores a los 1.200 millones hasta el año 2026.
- PERTE para la industria naval
El reto fundamental de este PERTE es diversificar el sector naval hacia nuevos productos, su digitalización, la mejora de su sostenibilidad medioambiental y la capacitación de sus empleados. Busca llegar al conjunto de la cadena de valor del sector, dando apoyo a los participantes en cada una las fases desde el personal investigador y el mundo académico hasta los proveedores y prestadores de servicios en un ecosistema empresarial en el que tiene cabida desde empresas emergentes, pymes y grandes compañías. Para cumplir con estos objetivos está prevista una inversión total de 1.460 millones de euros, con una contribución pública de 310 millones de euros y 1.150 millones de inversión privada.
- PERTE Aeroespacial
Engloba un conjunto de actuaciones orientadas a mejorar y generar capacidades tecnológicas e industriales en el sector aeroespacial, así como
avanzar en un mejor posicionamiento estratégico de la industria radicada en España en campos clave del sector aeronáutico y espacial. En el ámbito del sector aeronáutico este PERTE financiará actividades de I+D+I que generen un efecto de arrastre sobre toda la cadena de valor. En el área de espacio, el PERTE persigue el establecimiento de un programa de tecnología espacial que genere nuevas capacidades innovadoras e industriales propias y que, aporte servicios relacionados con el medioambiente y la cohesión del territorio. El PERTE Aeroespacial prevé movilizar cerca de 4.533 millones de euros entre 2021 y 2025, con una contribución del sector público de alrededor de 2.193 millones de euros y una inversión privada de cerca de 2.340 millones.
- PERTE de digitalización del ciclo del agua
Transformará y modernizará los sistemas de gestión del agua, tanto para el ciclo urbano del agua, como para el riego y los usos industriales. Permitirá mejorar la eficiencia, reducir las pérdidas en las redes de suministro de agua y, por tanto, ahorrar en el consumo de agua y energía. Asimismo, aumentará la seguridad del suministro de agua y contribuirá a la seguridad de las infraestructuras hidráulicas, especialmente de las presas y embalses. Se han previsto 400 millones de euros para financiar el proyecto, que se ejecutará a través de la convocatoria de subvenciones del Ministerio para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico y gestionarán los gobiernos regionales. La inversión total hasta 2026 rondará los 3.000 millones.
Fuente: Gobierno de España inversiones que promoverán cinco ámbitos estratégicos: emprendimiento, crecimiento, digitalización e innovación, apoyo al comercio e internacionalización. A pesar de la existencia de estas inversiones, la consultora Ruiz Ezpeleta nota una cierta desorientación en gran parte de las pymes que desconocen exactamente en qué proyectos pueden recibir ayudas.
El “Programa Kit Digital” es uno de los que más interés ha despertado entre pymes y autónomos. Tiene como objetivo que 1.000.000 de pymes reciban apoyo para empezar, mejorar o ampliar su nivel de digitalización con servicios como la creación de página web, ciberseguridad, comercio electrónico, entre otros. También existe un “Programa de apoyo a clústeres empresariales innovadores” que está orientado a ayudar a agrupaciones de empresas en la ejecución de proyectos conjuntos de carácter innovador. Las pymes pueden acceder igualmente a los tradicionales “Planes de Acción de Internacionalización”, para tener apoyo en su salida al extranjero y existe además la Estrategia Española de Emprendimiento y Agenda Digital España 2025, que son medidas encaminadas a impulsar el ecosistema emprendedor, en el marco del Marco Estratégico sobre Política PYME 2030. Está prevista igualmente la participación de las pymes en actuaciones orientadas a movilidad eléctrica, rehabilitación energética, despliegue de energías renovables, procesos industriales y de I+i, turismo y formación y desarrollo de capacidades. Con el objetivo de facilitar la participación de las pymes en las distintas inversiones del plan, varias instituciones han puesto en marcha distintos mecanismos e iniciativas de apoyo, entre ellas ENISA, CDTY y Cámara de Comercio de España.
Ejecución del plan
En España, a diferencia de países como Francia e Italia, los fondos europeos se empezaron a ejecutar una vez aprobados en julio de 2021. “Las ayudas comenzaron a sentirse en noviembre y diciembre del año pasado y ya este año han cogido una buena velocidad de crucero”, indica Raymond Torre, director de Coyuntura Económica de Funcas, think-tank dedicado a la investigación económica y social y a su divulgación. “La ejecución desde el punto de vista presupuestario ha sido mejor. El Estado ha asignado los fondos entre administraciones y empresas públicas, e incluso los propios ministerios”, señala. Torres detecta una serie de problemas para que estas ayudas lleguen a la vida real, entre ellos “los cuellos de botella en la administración y falta de personal para gestionar los fondos”.
El sistema de asignación de gasto publico requiere controles a priori que retrasan el proceso, al igual que el hecho de integrar las ayudas dentro de los PERTE para promover empresas españolas ya que “requiere un acuerdo con Bruselas sobre las ayudas públicas”. Cada semestre España debe cumplir con una serie de requisitos, de reformas o de inversión, los llamados hitos, para seguir recibiendo dinero. “Cuando se cumplen se envía una previsión de fondos a la comisión justificando el cumplimiento de los hitos. Y en este punto va bastante bien”, explica Torres. Si España cumple a finales de este año con los 178 hitos y objetivos ligados a las reformas e inversiones comprometidas entre 2021 y 2022, culminaría el año con el 43% de los hitos y objetivos del PRTR.
Según la información facilitada por el Gobierno español, a través de las 59 conferencias sectoriales en las que se ha abordado el PRTR y mediante otros mecanismos, a fecha de 31 de diciembre de 2021 se habían asignado a las comunidades autónomas 11.151 millones de euros, destinados a políticas públicas vinculadas a la transición ecológica (restauración de ecosistemas y biodiversidad, energías renovables, movilidad sostenible, rehabilitación energética de edificios), la digitalización (digitalización de las pymes, modernización de la administración, digitalización de la educación, proyectos innovadores y refuerzo de la conectividad), la protección social (igualdad, inclusión social y salud), la educación y formación profesional, el turismo sostenible, el empleo y la ciencia. De acordo con Funcas, “en mayo de este año ya se habían ejecutado ayudas por valor de 13.000 millones de euros”. ■