Actualidade Economia Ibérica - nº 233

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Actualidad

Economia ibérica novembro 2016 ( mensal ) | N.º 233 | 2,5 € (cont.)

Dia Nacional de Espanha comemorado no Palácio Palhavã pág. 54

“Governo mantém-se empenhado no esforço de consolidação orçamental” pág. 46

Jaime García-Legaz confiante num futuro acordo entre a União Europeia e o Mercosul pág. 52

A ascendência da energia fotovoltaica PÁG. 38

XIV Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo pág. 56


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Índice

índice

Fotografia: Sandra Marina Guerreiro

Nº233

Grande Tema

A ascendência da energia fotovoltaica

38.

Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública”

Consultores garante 18. AG ferramentas de

consultoria e gestão financeira também para as PME

Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Vítor Fernandes e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Carlos Sánchez-de la Flor (estagiário), Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy desk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro

Editorial 04.

O sol já é seu parceiro de negócios?

Colaboraram neste número: Antonio Viñal Menéndez-Ponte e Nuno Ramos Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

eventos desportivos mundiais

Opinião 34.

Não seja apanhado por Whatsapp - Antonio Viñal Menéndez-Ponte

Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787

Tour Experience: 24.Faberg por dentro dos grandes

Atualidade 20.

El grupo Nabeiro apuesta por reforzar su presencia en el mercado andaluz

22.

Experimenta Extremadura se muestra en Lisboa

26.

Portugal se suma al proyecto AR&PA para impulsar el patrimonio cultural

E mais...

06.Grande Entrevista 12. Apontamentos de Economia 28.Marketing 30. Setor Automóvel 34. Advocacia e Fiscalidade 46.Eventos 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

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editorial editorial

O sol já é seu parceiro de negócios?

A

ndré Borshberg e Bertrand Piccard alternaram durante 16 meses a pilotagem do Solar Impulse II, que deu a volta ao mundo em 17 etapas sem consumir uma única gota de combustível. Movido unicamente a energia solar, este avião zero emissões marca a história da aviação e desafia o setor a reinventar-se. Em terra, as mudanças começaram já há algum tempo, movidas pelas ameaças do carbono à sustentabilidade do planeta. Na Índia, em agosto do ano passado, o aeroporto internacional de Cochin tornou-se o primeiro no mundo a ser inteiramente abastecido por energia solar, graças a 48.154 painéis de energia fotovoltaica. O inspirador exemplo já não é um caso isolado, uma vez que a África do Sul tem atualmente três dos seus aeroportos regionais movidos a eletricidade de origem fotovoltaica e planeia fazer o mesmo com outros tantos. Do Médio Oriente, chega-nos a notícia de que o Dubai quer pelo menos

um painel fotovoltaico em todas as casas até 2030. A medida integra o plano “Estratégia de Energia Limpa para o Dubai”, que passa por ter 7% de toda a eletricidade proveniente de energia limpa até 2020, 25% até 2030 e 75% até 2050. O emirado espera gerar aproximadamente cinco mil megawatts de energia fotovoltaica até 2030. Em Portugal, a transportadora Luís Simões tornou-se a primeira empresa a nível mundial a combinar energia so-

tovoltaicos e conquistou 26% de autonomia elétrica. Portugal destacou-se também por ter consumido eletricidade, exclusivamente de fonte renovável, durante quatro dias e meio consecutivos. Chuva, vento e sol foi tudo o que precisámos durante essas 107 horas. A estes exemplos somam-se muitos outros que colocam o sol como parceiro recorrente para alcançar uma maior eficiência energética. Pode ser o momento de valorizar ativos subaproveitados, como telhados ou áreas A capacidade mundial desocupadas, e instalar painéis fotovoltaicos. instalada do solar Sobretudo nos últimos 20 anos, o fotovoltaico cresceu interesse pela energia solar tem vindo a evidenciar-se, e, na última década, a ca51% na última década pacidade instalada de energia fotovoltaica no mundo cresceu a um ritmo de lar e cinética em camiões frigoríficos, 51% ao ano, de acordo com os númeo que poderá revelar-se crucial num ros do World Energy Council, citados negócio onde os combustíveis pesam no tema de capa desta edição dedicado ao potencial de negócios em torno da muito na tabela de custos. A sueca Ikea forrou os telhados das produção de eletricidade por via fotosuas lojas em Portugal de painéis fo- voltaica. Se, antes, o desenvolvimento dos projetos de energia fotovoltaica dependia quase exclusivamente do Estado, atualmente são os privados e as famílias que tomam a dianteira. O sol nunca pareceu tão valioso, e investir nesta fonte é uma opção para multiplicar ativos, com “retornos na ordem dos 7% a 10%”, como se pode ler ainda no “Grande Tema” desta revista. Neste número, entrevistámos ainda Josep Martínez Vila, o conselheiro delegado do grupo espanhol de gestão de parques de estacionamento Saba. Saiba também o que disse o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, aos gestores e empresários, num recente almoço organizado pela CCILE.  Email: actualidade@ccile.org

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“Queremos ser una compañía

de referencia en nuestro sector a nivel internacional”

Saba lleva 50 años gestionando aparcamientos y lugares de estacionamiento, operando en cinco países. La empresa española sigue innovando y diversificando negocio para convertirse en una compañía líder y de referencia del sector a nivel internacional. Su consejero delgado, Josep Martínez Vila, explica los principales cambios de Saba en los últimos años y los próximos desafíos que pasan porque las empresas del grupo sean mejores, referentes y más grandes.

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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org

ste año Saba cumple 50 años, ¿cuál ha sido el secreto para lograr mantenerse y estar entre los primeros del sector? ?

Es verdad, Saba Aparcamientos cumple 50 años. Hay elementos que permanecen inalterables en la compañía desde 1966, cuando Saba se adjudicó la primera concesión promovida por el Ayuntamiento de Barcelona y que representaba cinco aparcamientos y 3.700 plazas, hasta 2016, con 195.000 plazas y cerca de 400 aparcamientos. El ADN de Saba no ha cambiado. Mantenemos los mismos valores, aquellos que nos

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permiten la vinculación en el territorio donde opera la compañía, consiguiendo así articular diálogos válidos con diferentes interlocutores, con la sociedad y, en definitiva, con las personas, gracias a una filosofía de trabajo en equipo, rigor y compromiso. Hablamos de medio siglo de Saba Aparcamientos pero también cinco años desde la constitución de Saba Infraestructuras, un proyecto que nos gusta decir que es de refundación. Un periodo de cinco años en el que nuestra filosofía, la manera de actuar a la que me he referido antes, nos ha permitido asumir una

transformación interna incrementando la eficiencia operativa del grupo, desarrollar una gestión activa de los contratos y culminar a la vez oportunidades de crecimiento, implantando de manera decidida iniciativas tecnológicas y de reformulación comercial que nos ayuden a ser un referente del sector, pensando fundamentalmente en la calidad del servicio al cliente como eje fundamental. ¿Y cuál es ahora el principal desafío al que se enfrenta la empresa?

Los retos a asumir, y que son hacia los que se encamina Saba, pasan porque las


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Josep MartĂ­nez Vila, Consejero delegado del grupo Saba

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grande entrevista gran entrevista Trabajan mucho con las administraciones, ¿se ha visto afectado el negocio con los vuelcos políticos de algunas ciudades?

empresas sean mejores, referentes y más grandes. Así, en Saba seguiremos trabajando para mantener activas políticas de eficiencia y de optimización de la gestión. En este capítulo, se incluye por ejemplo, un permanente esfuerzo por mejorar las condiciones, no solamente tecnológicas y comerciales, sino también físicas de nuestros aparcamientos, para conseguir el mejor confort por nuestros clientes. En este sentido, hemos aumentado la luminosidad con un nuevo tipo de pintura más clara, hemos “dibujado” las plazas con rectángulos, con lo cual conseguimos más ordenación en el aparcamiento y una mayor amplitud de las mismas, y ahora más recientemente hemos instalado un nuevo sistema de guiado de vehículos (luces verdes y rojas que indican cuando una plaza está libre), con el que se ha incorporado una nueva luz blanca complementaria en la zona del estacionamiento. Y todo esto bajo la eficiencia energética, gracias a la iluminación LED. Seguiremos siendo referentes, apostando por la eficiencia, la innovación tecnológica y la proactividad comercial. Aquí, me gustaría destacar la implantación del VIA T (sistema similar al Via Verde en Portugal y el TAG en Chile) en toda nuestra red y nuestro Centro de Aten8 act ualidad€

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ción al Cliente (CAC), al que tenemos conectados más de 100 aparcamientos y que engloba tanto tareas de gestión remota como las comerciales de call center, para atender adecuadamente a nuestros clientes. Son elementos diferenciadores. Y, finalmente, el crecimiento. Si seguimos mirando hacia adelante, debemos insistir en potenciar la identificación de oportunidades de crecimiento orgánico e inorgánico. ¿Están pensando expandir el negocio en nuevos mercados? ¿Estudian nuevas adquisiciones?

Siempre hemos reiterado que el crecimiento es uno de nuestros vectores de actividad y, a la vez, que seguiremos insistiendo en la identificación de oportunidades y la diversificación geográfica para relativizar los riesgos. Todo, para convertirnos en una compañía líder y de referencia en nuestro sector a nivel internacional. En cuanto a la estrategia de crecimiento, seguiremos estudiando proyectos en aquellos países donde ya estamos presentes, reforzando nuestra presencia. En cuanto a nuevos países, no hemos ocultado que Europa Occidental, América del Sur de forma selectiva y Norteamérica están dentro de nuestro radar.

Sobre nuestra relación con las administraciones, ya lo he comentado antes. Están en nuestro ADN la concesión, la colaboración público-privada y la vinculación con el territorio que operamos. Hemos sido y queremos seguir siendo partícipes del progreso de las ciudades donde interactuamos. Y eso implica el diálogo permanente y constante. Y siempre para construir. Para nosotros, no hay ninguna duda de que la colaboración público-privada en el desarrollo de proyectos de infraestructuras viables y sostenibles ha constituido una contribución positiva a la salida de la crisis y también representa un impulso económico en la coyuntura que vivimos, marcada por una necesidad de promover el crecimiento y la inversión, y que ayude a mejorar la actual situación de la ocupación, más teniendo en cuenta la limitación de los presupuestos públicos en los próximos años. 2013-2015 ha sido un periodo muy importante para Saba, ¿tendrán tan buenas noticias este año y los siguientes?

Han sido años de crecimiento intenso. El contrato de gestión de los aparcamientos de 14 aeropuertos (Lote Mediterráneo) de la red de Aena, que suman más de 57.700 plazas, nos ha proporcionado una ventaja competitiva y la experiencia en la gestión de economías de escala y complejas tipologías de aparcamientos. El contrato de alquiler y explotación de los aparcamientos en las 51 estaciones de ferrocarril de Adif, con un total de 22.700 plazas en 72 centros, nos ha permitido innovar y potenciar nuestra capacidad de gestión operacional, técnica y comercial, con un impacto significativo en el aumento de perímetro. Finalmente, la adjudicación en 2014 del 60% de la compañía mixta Bamsa, que ahora gestiona 19 aparcamientos y que acabará gestionando 26 aparcamientos en Barcelona con un total de 12.555 plazas y por un período de 25 años, constituye una operación de colaboración públicoprivada que entronca con nuestra naturaleza concesional y de vinculación al territorio.


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Tras la adquisición de la concesionaria portuguesa CPE en 2015, seguiremos con las buenas noticias con el crecimiento. Recientemente anunciamos una nueva operación en Chile, la adjudicación de la gestión de los aparcamientos del aeropuerto de Santiago de Chile, con 4.500 plazas de aparcamientos. Este aeropuerto está en pleno proceso de construcción de una nueva terminal y de la ampliación del aparcamiento hasta un total de 7.800 plazas. ¿Durante los años de la crisis llegó a peligrar el negocio?

Saba Infraestructuras nació en 2011, en medio de un marco macroeconómico adverso, bajo el cual, como ya he apuntado, llevamos a cabo una transformación interna que nos has permitido situarnos en la posición actual de referencia. Desde ese mismo año, nunca abandonamos el crecimiento como objetivo, siendo un elemento fundamental en la creación de valor para Saba. Así, desde 2011 y hasta 2015 hemos incrementado en un 83% el número de aparcamientos y en un 43% el número de plazas, además de una inversión acumulada en expansión de 482 millones de euros. Asimismo, el EBITDA en este mismo período se ha incrementado en un 35%, impulsado por las mejoras en eficiencia llevadas a cabo por la compañía. ¿En qué consiste la nueva política comercial en los aparcamientos de las estaciones ferroviarias de Adif?

Hemos llevado a cabo acciones concretas de mejora del servicio, cambiando toda la tecnología, con una inversión de 10 millones de euros, e incluso hemos automatizado los descuentos que Renfe aplica a sus clientes en los cajeros automáticos de las estaciones del AVE en una primera fase, y en el VIA T en una segunda fase de implantación gradual, además de la puesta en marcha de nuevas acciones en marketing digital y el desarrollo de la nueva app de Saba, con productos y servicios adicionales. Tras esta renovación tecnológica de los sistemas de control y cobro acometida por

“Están en nuestro ADN la concesión, la colaboración público-privada y la vinculación con el territorio que operamos“ la compañía desde 2014, hemos puesto en marcha este año, y de forma progresiva en el conjunto de la red, una nueva política comercial, que permitirá atender las demandas de diferentes segmentos de clientes, con nuevos productos, y adaptar la oferta comercial a nuevos hábitos de consumo, contribuyendo además a mejorar la gestión de la movilidad. Los nuevos productos persiguen captar nuevos clientes entre los viajeros de larga distancia (paquetes vacacionales) y de fin de semana (ofertas especiales). Asimismo, la revisión comercial incluirá una modificación de la tarifa para adaptarla al mercado y agilizar así los movimientos tanto en el propio aparcamiento como en su entorno, evitando congestio-

nes y potenciando la movilidad sostenible, uno de los ejes de actuación de Saba. ¿Cómo es el aparcamiento del futuro?

Para Saba, el aparcamiento debe funcionar como un agente totalmente integrado en la política y en la cadena de la movilidad de la ciudad y en plena coordinación con el resto de medios de transporte. Con consciencia social y respeto por el medio ambiente, ofreciendo servicios adicionales para los ciudadanos. Más que un aparcamiento, hablamos de un hub de servicios, sostenible, que aproveche las ventajas de localizaciones estratégicas y de unas instalaciones abiertas 24 horas al día al servicio de la ciudad. En definitiva, hablar de un aparcamiento y servicios añadidos que den respuesta a todas las necesidades potenciales de los clientes. ¿Qué tipo de innovación es la que valora más el cliente?

Se valora sin duda el impulso de nuevas líneas tecnológicas y de servicio al cliente acometidas por la compañía, como la implantación en las vías de entrada y salida del VIA T, Via Verde o TAG que permiten agilizar la entrada al aparcamiento, así como ahorrar tiempo y carburante. Saba, novembro de 2016

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grande entrevista gran entrevista pionera desde 2012 en la implantación del sistema de pago dinámico e internacional, el mismo que actualmente está operativo en la mayoría de autopistas, ha reforzado algunas de las ventajas más significativas derivadas de la utilización del VIA T, como la obtención del e-recibo. Ahora, y tras haber rediseñado distintos elementos de la app de Saba con el objetivo de mejorar su funcionalidad, el cliente también puede acceder a este servicio desde su dispositivo móvil. Importante asimismo hablar de los nuevos cajeros de lectura óptica. También se valoran las nuevas acciones

de marketing digital y el desarrollo de herramientas comerciales. Además de las introducidas en Adif, comentadas anteriormente, destacar que la red de aparcamientos de Saba en aeropuertos también cuenta desde 2015 con una plataforma web propia. Finalmente, la reciente puesta en marcha de la nueva web de negocio, futura plataforma de e-commerce. ¿Cuándo esperan que se lleve a cabo la salida a Bolsa?

Tras la constitución de Saba Infraestructuras en 2011, subrayamos que el objetivo de

la compañía es formar parte de las compañías cotizadas y es por ello que la compañía trabaja desde su creación fiel a una filosofía de gestión y de crecimiento, guiada por un control riguroso de las relaciones con sus stakeholders y construyendo un equilibrio basado en la satisfacción de los clientes, accionistas y empleados y sociedad en general, con el objetivo principal de crear valor para el accionista y salir a Bolsa en el medio plazo. Siempre, en condiciones óptimas de mercado, una estructura financiera estable y con un recorrido de crecimiento que nos afiance para el futuro. 

Adquisiciones en Portugal En 1997 Saba adquirió el 50% de Spel, una compañía gestora de aparcamientos creada por Sonae, que tenía por objetivo explotar y administrar los aparcamientos de los centros comerciales que este grupo construía. Para Saba, inmersa de pleno en la exploración del mercado europeo para crecer, “representaba entrar en un país, Portugal, con un sector de aparcamientos en creciente maduración, y de la mano de un socio local”, explica el director general de Saba Portugal, Marco Martins (en la foto). Se trataba igualmente de una buena oportunidad teniendo en cuenta que las Administraciones, de forma progresiva y sistemática, se encontraban en un período de lanzamiento de numerosos concursos para la construcción y explotación de aparcamientos subterráneos en suelo público y cubrir así las carencias históricas en esta parcela. Entre 1996 y 2004 se impulsó un período repleto de elaboración de ofertas, presentaciones a concursos y adjudicaciones. En el camino, en 2003, “Saba culminó la compra del 100% de Spel, simiente de la que es hoy Saba Portugal. Desde 2004 y hasta la

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actualidad, ha mantenido su apuesta por Portugal, con un mercado de aparcamientos ya maduro, consolidando su presencia en las principales ciudades del país, y manteniendo el ritmo de nuevas operaciones, que hemos culminado en 2015 con la adquisición del 100% de CPE, cuarta compañía privada de aparcamientos en Portugal, con 19 aparcamientos, 8.100 plazas y una vida media concesional de unos 30 años”, relata el responsable del mercado luso. Tras esta última operación, Saba gestiona 35 aparcamientos en Portugal distribuidos en 15 ciudades, con más de 17.500 plazas. Una red configurada por aparcamientos en concesión, bajo contrato de gestión y también zonas reguladas. Desde el punto de vista tecnológico, en 2017 también está previsto en Portugal el cambio de los sistemas de control y accesos por tecnología QR que permitirán la integración con la nueva plataforma de e-commerce de Saba. De manera paralela, se dispondrá de una nueva versión de la app de Saba en portugués, rediseñada para dar entrada a nuevos elementos para mejorar su funcionalidad. “Es

evidente que el incremento de la red, como consecuencia de la adquisición de CPE, supone para Saba más capacidad para la implementación de servicios complementarios como el despliegue del VIA Verde, el CAC (Centro de Atención y Control), y proyectos comerciales, así como fortalecer relaciones con la Administración lusa”, concluye el responsable del mercado luso. Con la adquisición de CPE, Saba ha duplicado su red de aparcamientos, además de ser una operación natural de crecimiento que mejora su posicionamiento en Portugal, con la entrada en nuevas ciudades como São João da Madeira, Póvoa de Varzim, Faro, Aveiro y Gondomar, y el refuerzo de la presencia en Lisboa y Oporto. Asimismo, la operación da continuidad a la capacidad de la compañía para integrar los nuevos aparcamientos “en la estructura y la filosofía de gestión de Saba bajo el denominador común de la calidad de servicio, la innovación tecnológica, el desarrollo de nuevos productos y las infraestructuras de primer nivel, con el objetivo de facilitar una oferta diferenciada, de referencia y competitiva a nuestros clientes, lo cual a su vez nos permitirá acceder a nuevas oportunidades en el futuro”.


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

BPI e BEI assinam acordo de financiamento no montante de 70 milhões de euros

O BPI e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram no final de setembro, em Lisboa, um acordo de financiamento, no montante de 70 milhões de euros, com o objetivo de facilitar a disponibilização de fundos

para start-ups (empresas criadas há menos de quatro anos) e empresas em estágios iniciais de desenvolvimento, com perspetivas de crescimento e criação de postos de trabalho. A parceria com o BEI tem sido um elemento importante na estratégia do BPI de financiamento da economia portuguesa, promovendo o crescimento de setores dinâmicos, através do apoio a empresas inovadoras, exportadoras ou agrícolas, entre outras. Através de linhas de crédito protocoladas com o BEI, o BPI apoiou, desde 2012, cerca de 2.300 projetos, num montante agregado de cerca de 630 milhões de euros.

O acordo assinado em setembro, que irá beneficiar de uma garantia da União Europeia no contexto do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (englobado no “Plano Juncker”), contribuirá para facilitar o financiamento a novos projetos de investimento e fomentar o empreendedorismo em Portugal. “O BPI reforça o seu compromisso com o financiamento das empresas portuguesas, em estreita colaboração com o grupo BEI, reforçando o apoio a um tema que assume importância crescente na economia portuguesa: o empreendedorismo”, frisou o banco liderado por Fernando Ülrich (na foto).

Governo português volta a negociar com a PSA o alargamento do Porto de Sines O Governo quer avançar o mais “rapidamente possível”, com o alargamento do Porto de Sines e vai retomar as negociações com a PSA Sines, a empresa concessionária do Terminal XXI, revelou a ministra do Mar, num encontro com responsáveis socialistas, revelou o jornal “Público”. Antecipando a divulgação de decisões recentes sobre a estratégia para o setor portuário nacional, Ana Paula Vitorino revelou que o Governo decidiu já a “ampliação imediata, tão rápido quanto possível, do Terminal XXI”, concessionado à PSA, pelo que a “renegociação [com a multinacional de Singapura] terá de começar já”. A governante acrescentou que vai avançar “também a criação do Terminal Vasco da Gama”, um novo terminal de contentores, a sul do atual, que está pensado para Sines há alguns anos. Com este novo alargamento, que in-

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clui o reforço do terminal XXI e a construção do terminal Vasco da Gama, o Porto de Sines, que tem atualmente uma capacidade anual de movimentação de 2,1 milhões de TEU (unidade de medida de um contentor de vinte pés), vai atingir uma capacidade de 4,5 milhões de TEU por ano. Um objetivo apresentado pela ministra, que fixou uma fasquia também a longo prazo. “Estas decisões permitem, dentro de 15 anos, chegar aos 10 milhões de TEU no Porto de Sines”, afirmou a governante. A ministra recordou que em 1994 Sines movimentava apenas 20 mil TEU por ano e que, em 11 anos, ultrapassou o 1,5 milhões. Ana Paula Vitorino adiantou, por outro lado, que a estratégia para Sines passa ainda pelo investimento no gás natural liquefeito (GNT), para tornar Sines numa “referência para portos de transbordo”, tanto entre na-

vios – o que aumenta o valor do porto da região para acolhimento dos grandes navios do Canal do Panamá, que precisam de fazer transbordo para navios mais pequenos - como transbordo terrestre, o que implica a construção de um novo pipeline, adianta a mesma publicação. O conjunto de investimentos agora revelado irá desbloquear o impasse estratégico que o porto tem vivido nos últimos anos e, de acordo com a ministra do Mar, pretende aproveitar ao máximo o alargamento do Canal do Panamá.


Breves Prémios BEFA distinguem a excelência de empresas portuguesas

Os prémios “Business Excellence Forum & Awards” (BEFA) regressam nos dias 4 e 5 de novembro a Lisboa. Durante dois dias, centenas de empresas por tuguesas juntam-se para ouvir alguns oradores mundiais, que irão par tilhar os segredos dos seus negócios e do sucesso. Esta segunda edição do evento, organizado pela ActionCOACH Portugal, contará novamente com a presença do coach internacional Bradley J. Sugars num painel composto por oradores internacionais de renome. Direcionado para as PME, os BEFA

têm ainda como objetivo premiar o que de melhor se faz a nível empresarial em Por tugal. O evento contará com os seminários de Shweta Jhajharia, a business coach e vencedora de vários prémios internacionais de coaching , comunicando o tema “Como promover a integridade na sua equipa”. Paul Dunn, orador no TEDx por quatro vezes e autor de sucesso apresentará o tema “Como construir empresas extraordinárias em tempos extraordinários”, enquanto que o fundador da ActionCOACH, Brad Sugars, regressa à cerimónia de entrega de prémios para apresentar os temas “Como tirar o máximo par tido do seu negócio” e “Como garantir o caminho para a liberdade financeira”.

Porto de Setúbal e VW Autoeuropa renovam parceria O Porto de Setúbal e a Volkswagen Autoeuropa renovaram a concessão do terminal Volkswagen/Autoeuropa, com a prorrogação do contrato por mais cinco anos, renovável. Ambas as entidades colaboram entre si há cerca de 20 anos. A vinda do novo modelo para a fábrica de Palmela, em 2017, cria a “expetativa de um significativo aumento do volume de produção de veículos e também, previsivelmente, da movimentação através do Porto de Setúbal”, frisou fonte desta infraestrutura. Por consequência, as ligações existentes irão ser reforçadas e poderá haver mais destinos a serem servidos diretamente a partir do Porto de Setúbal, o que reforçará a sua importân-

cia no movimento roro (rollo-on/rol-off ), nos contextos nacional e internacional. Foram mais de 80 mil os veículos do grupo Volkswagen fabricados na Autoeuropa e exportados através do Porto de Setúbal, em 2015, tendo como principais destinos a Alemanha, a China e o Reino Unido.

Mercado de escritórios de Lisboa e Porto já regista escassez A CBRE concluiu no seu mais recente estudo, “Perspetiva Imobiliária”, que existe “escassez na oferta de escritórios em Lisboa e no Porto”. A absorção de escritórios, em Lisboa, aumentou 57%, no primeiro semestre de 2016, face ao mesmo período de 2015, o que acentuou a descida da

taxa de disponibilidade de espaços para arrendamento para 10,4%, adianta a consultora imobiliária. “A disponibilidade de espaços de qualidade e com grandes áreas é cada vez menor na capital. Apenas a zona do Corredor Oeste de Lisboa possui áreas de maior dimensão, mas devido à fraca rede de transportes públicos, esta zona não tem sido considerada pelas grandes empresas de outsourcing, que lideram atualmente a procura de escritórios”, acrescenta o estudo. Entre os principais negócios do semestre, destaque para a mudança do grupo Global Media para as Torres de Lisboa, com uma área de 5.137 metros quadrados, uma operação assessorada pela CBRE. De acordo com a “Perspetiva Imobiliária”, o principal motivo de ocupação de espaços de escritórios, em Lisboa, continua a ser a mudança de instalações, representando 52% dos negócios realizados. Garland adapta centro logístico aos “desafios do e-commerce” A Garland Logística vai ampliar o seu centro logístico da Maia para prestar novos serviços, com a tecnologia mais avançada em termos de e-commerce, tendo já garantido o primeiro cliente exclusivamente dedicado ao comércio eletrónico, a UnCLOSET. A empresa de logística reforça, assim, a sua aposta no desenvolvimento de atividades ligadas ao comércio eletrónico – armazenagem e picking à unidade, bem como a consequente personalização e embalamento e distri-

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Breves buição direta a consumidores do mundo inteiro – para os seus principais clientes. “Sendo uma atividade que exige um grande rigor e tempos muito curtos de preparação de encomendas, assim como um controlo muito fiável das operações através de sistemas de informação de alto nível, a Garland Logística não poderia deixar de entrar neste mercado, por ser manifestamente um especialista nesse setor. Faltava apenas adaptar o nosso principal centro logístico, na Maia, para processar em grande escala encomendas à unidade”, justificou Ricardo Sousa Costa, administrador do grupo Garland, adiantando que “o novo espaço criado tem todas as caraterísticas técnicas necessárias para suportar a logística do e-commerce, assim como um elevado nível de segurança, estando equipado com sprinklers, circuito CCTV e sistema de controlo de acessos”. Mapfre promove seguros para os animais domésticos Estima-se que cerca de dois milhões de casas em Portugal alberguem pelo menos um animal, de acordo com o estudo “Track.2Pets”, realizado em 2015 pela consultora GFK. A pensar nestes “melhores amigos” das famílias portuguesas, a Mapfre Seguros assinalou o Dia do Animal, celebrado a 4 de outubro passado, com a oferta de 20% de desconto na compra dos seguros de animais domésticos (primeira anuidade), campanha válida até ao final do mês. Para quem cuida dos seus animais como membro da sua família, a seguradora disponibiliza o “Patas Seguras” e o “Net Animais Domésticos”, dois seguros de responsabilidade civil e de saúde para animais, com proteção ajustada a cada animal de estimação. A Mapfre Seguros conta já com mais de 10 mil animais seguros (86% cães e 12% gatos). Operações de fusões e aquisições em Portugal ascenderam aos 7,4 mil mihões de euros O mercado de fusões e aquisições em Portugal registou um total de 208 transações, nos primeiros nove meses do ano, o que representa um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume total movimentado neste período foi superior a 7,42 mil milhões de euros, realçando-se que daquele total de operações, apenas 88 viram o seu valor divulgado, de acordo com o “Relatório Trimestral Ibérico”, elaborado pelo TTR-Transactional Track Record, em parceria com a Intralinks, e divulgado pelo “Jornal Económico”. No terceiro trimestre de 2016, foram registadas 79 transações, o que representa um aumento de 34% em relação a idêntico período de 2015. No conjunto dos nove primeiros meses do ano, os subsetores mais ativos do mercado luso foram o imobiliário, o financeiro e seguros, a tecnologia e a distribuição e comércio a retalho.

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Economistas ibéricos defendem incentivo ao crescimento económico

Os especialistas por tugueses e espanhóis reunidos no “IV Seminário Ibérico de Economistas”, realizado em Madrid no final de setembro, defenderam uma política pública mais orientada para o crescimento económico, com vista, nomeadamente, a reduzir os números do desemprego que se registam em ambos os países. A situação política em Espanha e a possibilidade desta afetar a economia do país, já com um elevado nível de endividamento, foi outro

dos assuntos abordado por Valentín Pich (na foto, à direita), presidente do Conselho Geral de Economistas espanhol. Por seu lado, o bastonário da Ordem dos Economistas de Portugal, Rui Leão Martinho (na foto), sublinhou que a “principal preocupação de Portugal é a retração dos investimentos públicos e privados”. No encontro, organizado pelo Conselho Geral de Economistas espanhol e pela Ordem dos Economistas de Portugal, participaram diversos economistas dos dois países e ainda o embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandica.

Dormidas de estrangeiros aumentam até agosto no Algarve A hotelaria do Algarve registou cerca de três milhões de dormidas em agosto, valor que representa um aumento de 0,7% face ao mesmo mês do ano anterior, revelou o INE. Dessas dormidas, dois milhões foram realizadas por turistas estrangeiros (+7,5%) e um milhão por residentes (-10,6%). Os resultados preliminares dos primeiros oito meses do ano revelam a crescente procura do destino pe- Ainda segundo o INE, em agosto o los estrangeiros. Das 13 milhões de número de hóspedes nos estabeledormidas acumuladas entre janeiro cimentos hoteleiros do Algarve fixoue agosto na região (+8%), 10 milhões -se em 588 mil (-0,7%) face ao mesmo referem-se a pernoitas de turistas mês do ano passado, enquanto no estrangeiros, ou seja, um milhão de período de janeiro a agosto se redormidas a mais do que no período gistaram 2,8 milhões de hóspedes homólogo do ano passado (+11,7%). (+9,1%).


António Guterres eleito secretário geral da ONU

António Guterres, antigo primeiro ministro de Portugal e que liderou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) entre 2005 e 2015, será o próximo secretário geral das Nações Unidas (ONU). A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi confirmada a 13 de outubro último e o político português irá substituir o sulcoreano Ban Ki-moon a partir de 1 de janeiro próximo, para um mandato de cinco anos. António Guterres foi primeiro ministro de Portugal entre 1995 e 2002 e exer-

ceu o cargo de alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados entre 15 de junho de 2005 e 31 de dezembro de 2015. Durante os 10 anos em que esteve à frente do ACNUR, promoveu uma série de reformas para melhorar a atuação da agência, dando visibilidade a este organismo, atualmente a braços com uma das maiores crises humanitárias da nossa era e a afetar particularmente a Europa. O empenho de António Guterres em causas humanitárias começara, no entanto, 40 anos antes, com a sua participação na Juventude Universitária Católica (JUC), passando pelo seu papel como membro fundador do Conselho Português para os Refugiados (CPR), tendo mantido sempre uma estreita relação com esta ONG, especialmente durante os seus mandatos no ACNUR, até culminar nesta importante nomeação.

Cepsa vai fornecer gás natural liquefeito a navios por nova via A Cepsa irá fornecer Gás Natural Liquefeito tugal, nos quais se encontra a Cepsa. O (GNL) a navios através da primeira barcaça “Core LNGas Hive” espera contribuir para a multiproduto a nível europeu. Esta embar- descarbonização dos corredores europeus cação de abastecimento abrange todo o do Mediterrâneo e do Atlântico, de forma a espetro dos combustíveis marítimos, des- contribuir para a redução das emissões, de os combustíveis tradicionais (fuelóleos, promoção de energias limpas para o transgasóleos) até ao mais recente (GNL). A porte e preservação do meio ambiente – Cepsa faz parte da equipa de conceção e aspetos promovidos pela União Europeia. construção, baseada na mais recente tec- O primeiro fornecimento será realizado nologia disponível, numa parceria com a no porto de Barcelona, um dos mais imFrota Suardíaz. portantes da Europa, a partir de 2018. A O projeto faz parte da iniciativa “Core LN- Cepsa irá, assim, tornar-se no primeiro Gas Hive”, selecionado pela Comissão Eu- fornecedor deste combustível, ship to ropeia, que tem como objetivo desenvolver ship, em Espanha, sendo que Barcelona uma cadeia de fornecimento de GNL que se tornará no primeiro porto no sul da Eupermita impulsionar o uso do gás como um ropa a poder oferecer este tipo de comcombustível de transporte, especialmente bustível, por uma via que garante “uma no mar. Liderado pela Puertos de Estado grande flexibilidade” e “antecipando a e coordenado pela Enagás, o consórcio mudança de regulamentos europeus”, de conta com 42 parceiros de Espanha e Por- acordo com a mesma companhia.

Gestores

em Foco

Elsa Castro (na foto) passou a integrar o Bankinter Portugal como diretora do Centro de Empresas do Porto. Anteriormente, Elsa Castro era diretora adjunta do Novo Banco no Departamento Empresas Norte, focando a sua atividade nas áreas de negócio ibérico e internacional. Com a entrada no Bankinter, a responsável espera contribuir para projetar as empresas portuguesas no mercado ibérico, graças à operação de um “banco que reúne todas as condições para promover o apoio ao negócio e investimento internacional nesta área geográfica“. Montserrat González é a nova presidente da AMPEL-Associação de Mulheres Profissionais Espanholas em Lisboa. A nova presidente da Junta Diretiva da Ampel, eleita para os próximos dois anos, substituiu no cargo María Rosa Abeijón. A nova presidente, que está a desenvolver a sua atividade profissional em Lisboa desde 2008, pretende consolidar o trabalho da “Ampel como uma referência no setor, promovendo a inserção profissional e social das mulheres espanholas residentes em Lisboa”. Os objetivos da nova direção passam, ainda, por reforçar a atividade de networking da Ampel, assim como a “representação das profissionais em diferentes instituições e contextos empresariais da cidade”, enquadrou a associação. Isidre Fainé (na foto) é o novo presidente executivo da Gas Natural Fenosa, sucedendo no cargo a Salvador Gabarró, que liderou a multinacional durante 12 anos. O conselho de administração aprovou ainda a nomeação de Josu Jon Imaz como primeiro vice-presidente, em representação da Repsol, e de William Alan Woodburn, como segundo vice-presidente e em representação da GIP. Durante a sua última intervenção como presidente, Salvador Gabarró afirmou que deixava o cargo “com a satisfação do dever cumprido e de ter contribuído para a criação do grande grupo que é hoje a GNF, com o apoio de todo o talento humano da companhia”.

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Breves Iberia vuelve a volar a Tokio con tres frecuencias semanales Iberia ha inaugurado su nuevo vuelo directo a Tokio que “no solamente fortalecerá las relaciones entre España y Japón, sino también el papel que desempeña el aeropuerto Adolfo Suárez Madrid-Barajas como puente de conexión entre Asia y Latinoamérica”, ha destacado el presidente de Aena, José Manuel Vargas. Tokio es el segundo vuelo de Iberia a Asia, donde ya llega a la ciudad china de Shanghái, y Aena confía en que pueda seguir colaborando con Iberia para el desarrollo de sus rutas de conexión entre Asia y España, que es “uno de los grandes objetivos que tenemos como operador aeroportuario”. El presidente ejecutivo de Iberia, Luis Gallego, ha recordado que la aerolínea regresa a Tokio tras 18 años de ausencia y lo hace “con el mismo alma (que entre 1986 y 1998) pero con un cuerpo totalmente renovado”. De momento Iberia operará tres vuelos semanales entre Madrid y el aeropuerto Narita de Tokio. La banca española tiene 5.500 millones de euros para los litigios La banca española guarda 5.500 millones de euros para afrontar litigios pendientes de resolver. Con estas provisiones, incluidas en sus balances, las entidades responderán a los procesos judiciales si hay condena o deben realizar algún pago y a la resolución de litigios con la administración tributaria por impuestos pendientes. Las entidades asociadas a la patronal bancaria AEB acumulan 3.690 millones, según los datos de finales de junio pasado, mientras que las antiguas cajas que forman la CECA cuentan con 1.767 millones en estas provisiones, que no tienen carácter financiero. Santander es la entidad con una mayor provisión para litigios con 2.884 millones de euros. Le sigue BankiaBFA, con 1.093 millones, y CaixaBank, que atesora 634 millones. Brasil tiene un peso mayoritario en el amplio abanico de litigios que Santander tiene abiertos. Las provisiones ligadas a este país ascendían a 732 millones de euros a finales de junio pasado, una cifra que ha aumentado un 26% (151 millones de euros) respecto al 31 de diciembre pasado. Se trata de demandas, habituales en el sector bancario brasileño, presentadas por sindicatos,

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Enagás mejora un 1,5% su beneficio, hasta 317 millones Enagás ha inaugurado los resultados del Ibex con una mejora propiciada por la menor carga impositiva (del 28% de 2015 al 25% del presente ejercicio) y la mayor aportación de sus participadas. La gestora de la red gasista española ha ganado 317,4 millones de euros hasta septiembre. De esta cantidad, 46,8 millones corresponden al resultado de sus participadas por puesta en equivalencia, un 71% más que en el mismo periodo del año anterior, cifra que supone un 14,8% del beneficio del grupo, frente al 8,8% de un año antes. La mayor aportación de las participadas se debe a la contribución

de las adquisiciones cerradas este año, como el 1,64% de la peruana TgP en abril y el 42,5% de la Planta de regasificación de Sagunto (Saggas). Además, se ha beneficiado también de la contribución de un trimestre adicional en 2016 de la participación del 10% de BBG, el 30% de Saggas y el 50% Swedegas, integradas en el segundo trimestre de 2015, y de sus proyectos brownfield y greenfield (TAP y GSP).

Ikea abrirá sus primeras tiendas en el centro de Madrid y Barcelona

La cadena de muebles sueca Ikea abrió a finales del mes pasado sus primeros establecimientos en el centro de las dos ciudades españolas. Estas dos tiendas, de carácter temporal, estarán ubicadas en la zona de El Rastro de Madrid y en el barrio de El Born, en Barcelona. La apertura de estos establecimientos temporales, denominados pop up store, coincide con la celebración del veinte aniversario de la enseña sueca en España.

“Ikea llegó a España hace 20 años y para celebrarlo abrirá por primera vez en nuestro país dos tiendas pop up en el centro de Madrid y Barcelona, las dos ciudades donde primero se estableció en la Península en 1996”, han señalado desde la compañía. Las tiendas estarán situadas en las zonas de El Rastro, en concreto, en la calle San Cayetano, 5; y en El Born, en el número 17 de la calle Comerç, y permanecerán abiertas del 21 al 30 de octubre en el caso del establecimiento madrileño y del 21 al 29 de octubre en el de Barcelona. Estos establecimientos no contarán con los muebles clásicos de la marca sino con productos exclusivos. que no están actualmente a la venta en ninguna tienda de Ikea en la Península.


Breves Indra modernizará los mayores centros de control aéreo de Europa

El éxito de la puesta en servicio a principios de año de un nuevo sistema de gestión del tráfico aéreo en el centro de control de Prestwick (Escocia), que emplea la tecnología de nueva generación de Indra, ha atraído la atención de los centros de control de Noruega, Polonia y Lituania, que se han sumado recientemente a los de los principales países del continente, que ya apuestan por la tecnología de la compañía. El programa de desarrollo iTEC, que

ha logrado poner en operación una tecnología capaz de cambiar la forma en que se controla el espacio aéreo, fue impulsado años atrás por los proveedores de servicios de navegación de España (Enaire), Reino Unido (NATS) y Alemania (DFS) en colaboración con Indra como socio tecnológico. En el mes de julio, NATS anunció que había completado con éxito el proceso de transición a iTEC en Prestwick y “apagaba” definitivamente el viejo sistema que venía sirviendo de respaldo. Desde entonces, el centro escocés se apoya exclusivamente en la tecnología de Indra para gestionar uno de los espacios aéreos más complejos de Europa, que controla 2,2 millones de kilómetros cuadrados y el 80% por ciento del tráfico aéreo del Atlántico Norte.

El “megacontrato” del AVE de Renfe generará mil puestos de trabajo

El contrato de suministro y mantenimiento de treinta nuevos trenes AVE que Renfe adjudicará en noviembre generará 1.000 nuevos puestos de trabajo en la industria, según las estimaciones oficiales de la compañía ferroviaria. La operadora prevé determinar finalmente en noviembre el adjudicatario este pedido, valorado en 2.642 millones de euros, por el que compiten Alstom, CAF, Siemens

y Talgo. Además, por vez primera en su historia, Renfe resolverá el contrato en un acto público y abierto al que podrán asistir los cuatro fabricantes de trenes que se mantienen en liza por el proyecto, tras la reciente descalificación de Bombardier. La compañía que preside Pablo Vázquez ha elegido este sistema, el que se utiliza en todos los grandes contratos internacionales, en línea con su objetivo de garantizar la máxima transparencia y seguridad jurídica a todo el proceso de contratación. Renfe prevé concluir en los próximos días el análisis de las ofertas técnicas, de los trenes presentados por cada uno de los fabricantes, según detallaron a Europa Press en fuentes del sector.

asociaciones, fiscalías y exempleados que piden derechos laborales por pagos de horas extraordinarias y otros derechos laborales y de jubilación. Room Mate prepara su entrada en el negocio hotelero vacacional Room Mate Hotels, cadena hotelera presidida por Enrique Sarasola, está preparando su desembarco al negocio vacacional con el objetivo de alcanzar

2.000 habitaciones en hoteles de costa para 2020. En concreto, el grupo, fundado en 2005 y con presencia en doce ciudades y seis países, prevé inaugurar esta nueva línea de negocio el próximo verano. Para ello, la cadena está analizando distintos proyectos y estudiando operaciones en Baleares, Canarias, Cataluña, Costa del Sol y Riviera Maya (México). Enrique Sarasola apunta que, actualmente, el grupo tiene unos quince proyectos encima de la mesa en distintas fases de análisis para determinar si encajan con sus estándares. Airbnb apuesta por el mercado vacacional en España Airbnb va a dar mayor importancia a la vivienda vacacional en el mercado español. La compañía estadounidense asegura que este tipo de viviendas representan un mercado cada vez más demandado, que hasta ahora ha estado demasiado condicionado por el canal offline y que tiene una gigantesca proyección. En concreto, de tres mil millones en España para el año 2018. En la web de Airbnb cuenta con 2,2 millones de viajeros y una oferta de 87.000 alojamientos en España, donde movió un volumen de 3.000 millones en 2014 y se espera que llegue a los 4.000 en 2018. Su peso frente al conjunto de la oferta turística ha pasado del 9% en 2010, al 16% en 2014. La compañía espera que este porcentaje alcance el 19% en 2018. Para lograrlo, el gran stock de viviendas vacacionales es una “ventaja competitiva” exclusiva de España.

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AG Consultores garante ferramentas de consultoria e gestão financeira também para as PME A AG Consultores quer fazer chegar os serviços de consultoria, redução de custos e gestão financeira a pequenas e médias empresas (PME), que normalmente ainda não recorrem a métodos de gestão mais profissionalizados. Uma das vertentes onde as PME poderão obter vantagens mais visíveis é a do cost reduction, que pode permitir “importantes reduções” na contratação de serviços complementares à atividade, como telecomunicações, seguros, transportes, etc., referem os responsáveis da AG Consultores.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€

consultoria e gestão financeira são, tradicionalmente, serviços complexos a que recorrem “sobretudo as empresas de maior dimensão, com grandes necessidades de informação e reporting, mas esse tipo de serviços pode-se adaptar e estender também às PME”, enquadra Nuno Gonçalves, project manager da AG Consultores. Esta é a entidade criada por três especialistas nas áreas de consultoria, auditoria e gestão financeira, que resolveram aplicar os métodos e ferramentas ao dispor das grandes organizações para criar oportunidades também para empresas de menor dimensão, em três grandes áreas: auditoria, redução de custos e gestão financeira, explicam os três responsáveis pelo projeto da AG Consultores: Fátima Jacinto, António Gonçalves e Nuno Gonçalves (na foto da pág. seg., ao centro). 18 act ualidad€

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Poupanças médias de 15 a 20% guimos resultados, mesmo em empreFátima Jacinto destaca que, no campo sas muito organizadas, devido à nossa da redução de gastos com serviços ex- experiência em negociação e compras e ternos, o objetivo não é apenas reduzir aos skills que desenvolvemos há vários a fatura final, mas também escolher “a anos”, como seja a criação de cadernos melhor solução, aos preços mais compe- de encargos para os clientes apresentatitivos”, porque, muitas vezes, as empre- rem junto das empresas fornecedoras de sas – de serviços ou industriais – estão serviços, sublinha a mesma consultora, demasiado concentradas na sua ativida- destacando ainda que o cliente só paga de core e não têm tempo de se inteirar a intervenção quando começa a obter de todos os fornecedores que podem sa- poupanças. Ao longo dos cerca de cinco tisfazer as suas necessidades. E, através anos de atividade da AG Consultores, de uma pesquisa por parte de consul- têm sido algumas dezenas de empresas tores profissionais, estas podem “con- clientes a solicitar esta intervenção exseguir importantes poupanças, na casa terna, onde se salientam alguns setores dos 15 a 20%, ou mais, quando se trata, ligados à exportação, como a indústria por exemplo, da contratação de serviços de calçado ou têxtil. de transporte”. Esta intervenção foca-se “A nossa visão é que, na consultoria, nas compras ao exterior, seja de servi- existem muitas empresas, mas o que ços de transporte, telecomunicações, as empresas clientes querem, cada vez seguros, energia, entre outros. “Conse- mais, são pessoas especializadas, que


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resolvam os seus problemas concretos, cliente obtém um e não tanto soluções genéricas, e é isso diagnóstico inique a AG procura dar”, frisa António cial da situação Gonçalves, partner da AG e o respon- da empresa e das sável pela vertente da auditoria e revi- suas necessidades são legal de contas e pela realização de de informação e perícias, quer em processos cíveis, quer reporting (conem arbitragens. O auditor alerta ainda soante o tipo de para as alterações legais que foram re- sociedade e os centemente introduzidas em matéria de níveis dos seus auditoria de contas das empresas e que gestores/ diretoobrigam o profissional a descrever e rela- res), que pode detar “os riscos de distorção material mais morar seis a oito significativos identificados, incluindo o semanas. Após risco de fraude”. esta análise da empresa e do seu setor ção financeira fiável, que será depois A procura de soluções mais flexíveis, de atividade, é delineado um plano de transmitida aos diretores de cada área, mas ao mesmo tempo especializadas, ação que, a ser aprovado pelo cliente, para permitir melhorar a atividade da são também a base da filosofia da AG será implementado e monitorizado empresa e aumentar a sua rentabilidaem termos dos seus serviços de gestão pela própria AG, juntamente com de“. Estes serviços, já muito comuns financeira. Nesta área, designada por os serviços internos do cliente. “É noutros países, só agora começam a outsourcing CFO–chief financial offi- uma forma de ajudar a empresa, no- ser procurados pelas PME nacionais, cer (outsourcing da gestão financeira), o meadamente as PME, a ter informa- refere o mesmo responsável. 

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El grupo Nabeiro apuesta por reforzar su presencia en el mercado andaluz La apertura de un nuevo centro logístico y comercial en Sevilla confirma la intención de la marca española por crecer en la región andaluza, que ya representa el 30% de las ventas en España.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a entrada en el mercado español fue algo natural para la marca portuguesa Delta Cafés, una vez que la sede se encuentra en Campo Mayor, junto a la frontera. “Fue un camino normal según fue creciendo la empresa. Nuestra constante, en el día a día, fue por encima de todo pensar en nuestro Portugal, en nuestro Alentejo y obviamente en Extremadura. Por ello, desde el primer día, nuestro sentimiento de pertenencia también está al otro lado de la frontera”, afirma João Manuel Nabeiro, administrador del grupo Nabeiro-Deltas Cafés. A partir de los años 80, con la apertura a la Comunidad Europea, Delta ya estaba en la vecina ciudad de Badajoz. “Y aquel sería, efectivamente, el punto de arranque para, después, al resto de la geografía española. Llegar hasta Madrid

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fue muy fácil. Somos conscientes que continuamos siendo una marca portuguesa pero “España estará siempre en nuestro radar, en nuestro corazón”. La apertura de un nuevo centro logístico y comercial en Sevilla “se debe a nuestra apuesta natural del mercado español, como parte de la estrategia de expansión del grupo Nabeiro, con el objetivo de proporcionar diferentes experiencias con nuestros productos y cada vez más llegar a nuestros consumidores”. Con esta inversión pueden reforzar su presencia en este mercado “tan importante para la empresa”, a través de las marcas Delta Cafés, Delta Q y Barco. La misión del nuevo centro es poder corresponder a las exigencias reales de los clientes/mercados con vistas a la satisfacción total y fidelización de los consumidores. João Manuel Nabeiro recuerda que desde su funda-

ción, “Delta trata de corresponder con valores sólidos y principios humanos que se reflejan en la creación de una marca de rostro humano, basada en la proximidad y autenticidad de nuestras relaciones”. Las nuevas instalaciones cuentan con una superficie de 3.000 m2, repartidos en la zona comercial, sala de formación Barista, servicio técnico y almacén. Actualmente Delta cuenta con 18 departamentos comerciales en España además de estar presentes en otros 35 países. En territorio luso tienen 24 departamentos “que dan respuesta eficaz a nuestros clientes”. De momento, la apuesta del grupo portugués es consolidar la presencia en Andalucía, donde ya cuenta con cuatro delegaciones en Sevilla, Málaga, Córdoba y Cádiz. “Pretendemos igualmente cimentar la presencia en


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los diversos mercados y regiones donde ya estamos presentes”, afirma el administrador. Comercialización de productos Por política de empresa, Delta no revela los valores de facturación aunque confirman que en el mercado español comercializan “cerca de 4 millones de cafés” al año. Andalucía representa el 30% del negocio del grupo Nabeiro en España expandido por todo el territorio, a través de los referidos 18 departamentos comerciales y de todavía un alto índice de penetración”. 20 distribuidores que comercializan Desde Delta recuerdan igualmente igualmente productos Delta Cafés por que “los consumidores españoles beben todo el país. entre 2 y 3 cafés diarios y en gran parte Actualmente cuentan con 10 mil de las ocasiones, con leche”. clientes en el canal Horeca y cerca de 3 A la hora de hablar de nuevos promil clientes en compra indirecta. “Hay ductos, João Manuel Nabeiro recuerda que destacar también la presencia en que la innovación ha sido el propósito 50 cadenas de alimentación organiza- de Delta y continúa a serlo. “Cada vez das y más de 700 puntos de venta con más es esencial apostar en estrategias nuestras marcas”, añade. En el merca- de innovación que pasen por la diverdo español operan con marcas propias sidad rápida que tuvimos para entrar como Delta Cafés, Barco y Delta Q en el mercado de las cápsulas, que han y distribuyen también otras marcas sido una apuesta constante y tan buecomo Sagres, Beirão, Hero y Sumol. El nas respuestas nos da”. En el futuro, y café comercializado en España “es el en el momento oportuno, “hablaremismo que se comercializa en Portugal. mos de las novedades que se están deLa única excepción es que en algunas sarrollando”. Delta Q se introdujo en zonas de España el café torrado tiene España hace unos años, “pero creemos

que su margen de progresión puede ser todavía mayor”. El plan de marketing de Delta contempla el desarrollo de campañas de comunicación y de posicionamiento de marca junto a los órganos de comunicación social. La marca ha desarrollado acciones de trade marketing y ha implementado soportes de comunicación en los puntos de venta. Entre los proyectos de responsabilidad social que han llevado a cabo en territorio español destacan los acuerdos establecidos con el tercer sector, como es el caso de la AECC (Asociación Española Contra el Cáncer), ayuda a alimentar a carenciados y proyectos solidarios de las Universidades, como por ejemplo el Café Solidario. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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Experimenta Extremadura se muestra en Lisboa La región extremeña desplegó sus encantos en la capital lusa del 24 al 28 de octubre en el evento Experimenta Extremadura.

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Textos Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Fotos DR

a agenda extremeña despliega sus encantos en la capital lusa, donde se desarrolló la semana pasada por primera vez el evento “Experimenta Extremadura”. Una oportunidad para dar a conocer los productos de la vecina región a Portugal. Cultura, gastronomía, enología y arte se encuentran con sus homólogos portugueses para un enriquecimiento mutuo en una ocasión única, donde el proyecto del Gobierno Regional de Extremadura pretende despertar el interés y conocimiento de ambas provincias entre los lusos. Teresa Rainha, directora de la Delegación de Extremadura en Lisboa, comenta que no hay duda “el peso de Portugal es clave para la economía extremeña”. Las exportaciones de Extremadura a Portugal aumentaron 2,3% hasta julio Portugal sigue siendo el principal socio comercial de Extremadura, es el principal proveedor de la región, encabezando el ranking de las importaciones, seguido de Países Bajos y Alemania. Es también el primer país a donde se dirigen las exportaciones extreme-

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ñas, representando casi el 30% del total de las ventas de Extremadura al exterior, seguido de Alemania, Francia e Italia. Las exportaciones extremeñas a Portugal se situaron en los 497,5 millones de euros en 2015. Teresa Rainha subraya el descenso del flujo comercial en estos últimos dos años, que aún así supera las cifras de 2012. En los siete primeros meses de 2016, las exportaciones se sitúan en 2,31% más que en el mismo periodo de 2015. La directora de la Delegación de Extremadura afirma que “la proximidad hace que Portugal sea un objetivo primordial”, especialmente para el sector hortofrutícola y agroalimentario extremeño, además de los sectores de las semimanufacturas y manufacturas. Guillermo Fernández Vara, presidente del Gobierno Regional de Extremadura, subraya que “Extremadura es la región española que más kilómetros de frontera comparte con Portugal y hace de esta cercanía uno de los pilares fundamentales de su estrategia de futuro: más cooperación, más eficiencia y mayor beneficio para la ciudadanía. Para que esta colabo-

ración prospere es fundamental conocernos más y mejor, razón por la cual Extremadura trae a Lisboa una pequeña muestra de una región por descubrir, una tierra para disfrutar con todos los sentidos. Una experiencia con la que pretendemos reforzar aún más nuestras relaciones e invitar a los portugueses a conocernos mejor”. Teresa Rainha destaca que “no es la primera vez que Extremadura trae a Lisboa una muestra de su cultura y de sus atractivos. Extremadura, además de una fluida relación transfronteriza con sus regiones vecinas del centro y Alentejo, siempre ha querido darse a conocer en el resto del país como una tierra especialmente receptiva a todo lo que viene de Portugal y no cabe duda de que Lisboa, que está apenas a dos horas de coche de Extremadura, es un lugar en el que tenemos que tener una presencia más destacada”. De este evento espera “intensificar nuestras vinculaciones con Portugal, darnos a conocer en una ciudad como Lisboa e invitar a visitarnos y descubrir todo el patrimonio histórico, cultural, turístico y gastronómico que tenemos”. 


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Actividades culturales y gastronómicas Lisboa acogió del 24 al 28 de octubre el evento “Experimenta Extremadura”, con iniciativas culturales y gastronómicas que se realizaron en distintos puntos del centro lisboeta como fueron El Corte Inglés, Fundación José Saramago, Teatro da Trindade o La escuela de Hostelería de Lisboa. Diferentes localizaciones con distintas actividades entre las que podemos encontrar el XIV Encuentro de Vinos Extremadura-Alentejo, con el que comenzaron estos días de encuentro, en el cuál se realizó un concurso y una degustación de vinos donde participaron los productores de ambas regiones (ver también págs. 56-59). El encuentro de escritores extremeños y portugueses tuvo lugar el segundo día y consistió en una mesa redonda donde se abordaron los puntos de conexión entre la actualidad lusa y española en el ámbito literario. Participaron: Antonio Sáez, escritor y profesor de la Universidad de Évora; Juan Ramón Santos, escritor y presidente de la Asociación de Escritores Extremeños; María Jesús Fernández, profesora de la Universidad de Extremadura; Fernando Pinto do Amaral, poeta, crítico literario y profesor; João de Melo, escritor, profesor y colaborador en publicaciones literarias; Inês Pedrosa, escritora, traductora, colaboradora en medios de comunicación y el moderador, Eduardo Moga, escritor y director de la Editora Regional de Extremadura. En esta confluencia cultural se presentó el número seis de la revista Suroeste, una publicación diferente que reúne la literatura ibérica. Para exponerla fueron su director, Antonio Sáez; el di-

rector del Instituto Cervantes de Lisboa, Javier Rioyo y Ángela Fernandes, profesora de la Universidad de Lisboa. A esta cita no podía faltar el flamenco, en todas sus expresiones, en el baile, la guitarra y el cante. Enmarcado en el Festival de Flamenco de Lisboa, acompañado por el guitarrista Javier Conde, que interpretó su espectáculo “El Flamenco y su vibrante mundo”. Vinos, cultura y arte siempre van acompañados de gastronomía, en esta ocasión de la mano del chef Juan Manuel Salgado con sus platos extremeños de vanguardia, ganador del “Bocuse D’or España 2015”. Mostró la cocina de su tierra a través de masterclass, showcookings y otras actividades que demostraron que Extremadura quiere ser destino gastronómico tradicional y a la vez moderno. Además el supermercado El Corte Inglés de Lisboa dio a conocer los productos típicos a través de promociones y degustaciones bajo la marca de calidad “Alimentos de Extremadura”. “Juego de Tronos” en Extremadura Las nuevas escenas de “Juegos de Tronos” se rodarán en Cáceres, por ello los organizadores han propuesto un concurso por la grabación de la séptima tem-

porada de esta serie televisiva en la región española. El premio fue un fin de semana en los nuevos paisajes de la historia de George R. R. Martin en la séptima temporada. Durante este otoño el rodaje de la 7ª temporada de la serie “Juego de Tronos” se va a realizar en tres escenarios de Extremadura: El paraje natural de Los Barruecos en Malpartida de Cáceres, el propio casco histórico de Cáceres capital y el castillo de Trujillo. “Como ha ocurrido en otros lugares donde se ha rodado la serie, suele producirse una afluencia de turistas a estos lugares”, afirma Teresa Rainha. A través de la página de Facebook de TurEspaña en Portugal se puso en marcha un concurso, entre los días del evento, en el que los participantes se jugaron un fin de semana en Extremadura.

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Faberg Tour Experience: por dentro dos grandes eventos desportivos mundiais Aceder às grandes provas desportivas mundiais, como a Fórmula 1 ou os torneios Open de ténis, não está ao alcance de todos. Mas para quem estiver interessado em viver estas experiências premium, tem agora ao dispor os novos serviços da Faberg Tour Experience, uma empresa especializada que agora se instalou em Lisboa.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

realização de experiências especiais em eventos desportivos de projeção internacional é uma das iniciativas mais exclusivas que se podem realizar, já que, normalmente, estão ao alcance de apenas muito poucos. Tratam-se de eventos com ingressos caros e que obrigam a uma grande logística. A Faberg Tour Experience é uma companhia especializada na contratação, para clientes de todo o mundo,

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de serviços completos de acesso a tor- os eventos mundiais, a oferta dos meneios desportivos de renome, como o lhores bilhetes, a hospitalidade VIP, e US Open, a Superbowl ou o Golf Mas- o acompanhamanto exclusivo do staff ters (nos EUA), os torneios de Roland da empresa em muito eventos”, expliGarros (em Paris) ou de Wimbledon ca Rodrigo Drysdale, o Sales Mana(em Inglaterra), as provas da Fórmula ger Europe da companhia brasileira, 1, ou os jogos da Champions League, que começou a operar também desde entre outros. Com 11 anos de ativida- Lisboa. de no mercado brasileiro, a empresa Embora a atividade da companhia está agora a lançar uma unidade co- esteja centrada nos eventos despormercial também na Europa, para ga- tivos, por vezes, se um cliente quiser rantir um serviço mais direto e per- “complementar a sua experiência com sonalizado a potenciais clientes deste outros eventos” – espetáculos musicontinente. Quer cais ou outros – a empresa procura as empresas, também organizar e associar essas quer os parti- entradas ao pacote pretendido pelo culares, podem cliente. É o caso, por exemplo, de recorrer a estes familiares de clientes das provas desserviços, que portivas que pretendam ir a outros incluem “não só eventos que se realizem simultaneaa entrada nestes mente naquela cidade. eventos, como também o aces- Dois terços dos clientes são partiso às zonas VIP culares e Para garantir a prestação de um hospitality dos mesmos. O serviço desta natureza, o gestor acongrande trunfo selha que se faça a reserva da experida Faberg é o ência com, pelo menos, um a quatro acesso a todos meses de antecedência.


actualidad atualidade

“O acesso aos melhores bilhetes e restantes serviços são assegurados pelas ligações da Faberg aos organizadores oficiais dos torneios”. Além da entrada e hospitalidade VIP nestas provas, que se realizam em cidades como Londres, Paris, Roma, Miami, Rio de Janeiro ou Nova Iorque, a Faberg contrata um serviço completo, que inclui, transfers do aeroporto até ao hotel e ao local do torneio, graças a parcerias com agentes de viagens e

empresas de transfers. Apenas o voo toda a parte do mundo. não está incluído nestes pacotes. Em termos de segmentos, cerca de Um atrativo adicional para os clien- 75% da clientela é particular e os restes desta empresa é que podem, sem- tantes 25% corresponde a empresas. pre que tal se consiga prever e haja As empresas que organizam viagens disponibilidade de lugar, instalar-se de incentivo, fidelização e relacionano mesmo hotel das “estrelas” dos mento são o grande target agora da torneios a que foram assistir. Faberg Tour Experience, que espera A maioria dos clientes da Faberg é aumentar os seus negócios com a brasileira, já que a empresa foi fun- presença direta na Europa, através dada no Brasil, mas existem muitos do seu novo representante comerutilizadores dos seus serviços em cial. 

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atualidade actualidad

Portugal se suma al proyecto AR&PA para impulsar el patrimonio cultural Valladolid acoge este mes la X edición del encuentro y foro de debate en torno al patrimonio cultural. El próximo año el certamen se celebrará en una ciudad portuguesa.

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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a X edición de la bienal AR&PA sobre Patrimonio Cultural para Estu- tectura, buscando incentivar entre los llega con muchas novedades. El diantes de Arquitectura AR&PA 2016, jóvenes profesionales un compromiso Centro Cultural Miguel Delibes, fruto de un reciente acuerdo suscrito en- con la conservación del Patrimonio Culen Valladolid (España), vuelve a tre la Consejería de Cultura y Turismo y tural. Y, en cuanto a la prevención, en ser la sede de este lugar de encuen- la Universidad de Valladolid, a través de esta edición tendrán un especial protatro y foro de debate en torno al patrimo- su Escuela Técnica Superior de Arqui- gonismo los grupos de emergencias en el nio cultural. Tendrá carácter gratuito y se celebrará del 10 al 13 de noviembre. Portugal es por vez primera el país invitado de la bienal y por ello la presencia de instituciones, profesionales y empresas portuguesas se ha visto incrementada notablemente en esta ocasión. Además, gracias al acuerdo de colaboración entre la feria lusa patrimonio.pt y la bienal AR&PA, a partir de ahora el evento tendrá una periodicidad anual, celebrándose alternativamente en Valladolid y en Portugal. Al tratarse de la décima edición, AR&PA aparece con una nueva imagen gráfica y por primera vez se ha convocado el Premio Internacional de Proyectos

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actualidad atualidade

patrimonio cultural. Junto a la incorporación de nuevos expositores, tanto institucionales como empresas y asociaciones, “en esta edición inauguramos una nueva sección, que denominamos AR&PA Tierra, y que alberga tanto stands con empresas específicamente dedicadas a la construcción con este material, como talleres didácticos dentro de AR&PA en Familia. Queremos que AR&PA 2016 sea la más participativa de las ediciones, por lo que hemos potenciado la comunica-

Proyectos conjuntos La fluida comunicación en materia patrimonial entre Portugal y Castilla y León se ha visto plasmada en acciones comunes como los programas operativos de cooperación transfronteriza España-Portugal, POCTEP 20072013, HISTCAPE o e-CREATE, el Programa Románico Atlántico o la reciente y prometedora iniciativa Duero-Douro, apoyada por la Junta de Castilla y León. Entre los frutos más evidentes de tal colaboración está la declaración como Patrimonio Mundial por la UNESCO, en 2010, de la Zona Arqueológica de siega Verde, como extensión del Parque Arqueológico del Valle del Côa, en Portugal.

ción (congreso, jornadas, presentaciones, talleres, B2B, etc.)”, explica la organización. El público que visita el certamen es muy heterogéneo, desde el profesional y especialista en patrimonio hasta el curioso. “De los cuatro días de la bienal, el jueves y el viernes son las dos jornadas en las que los investigadores, profesionales y empresas tienen una mayor presencia, y en el fin de semana están más presentes las familias con niños y el público en general. Por fortuna, a todos les une el interés y cariño por el patrimonio”. A la hora de hablar de empresas y de negocios, desde la organización consideran que tras unos años muy difíciles, también para los profesionales del patrimonio cultural, “volvemos a encontrar una notable vitalidad. Se han mantenido excelentes profesionales en el campo de la restauración y conservación, y han surgido numerosas empresas que se dedican al desarrollo tecnológico, tanto en el estudio de nuevos materiales, como en el de nuevos medios, como los drones, tecnologías de estudio y análisis tridimensional, realidad virtual y aumentada para la didáctica, etc. Las posibilidades son inmensas, estamos en un momento inicial de estos desarrollos”. Recuerdan que el patrimonio es uno de los activos más sólidos de cualquier territorio. “Hasta el punto de que se están planteando diversos modelos de desarrollo territorial, social y económico a partir de la riqueza patrimonial de un territorio, caso de la iniciativa Duero-

Douro. Ya no se trata de una mera explotación del mismo, sino de convertirlo en un modelo basado en la sostenibilidad y habitabilidad”. Consideran que es uno de los yacimientos de empleo más importantes con los que cuentan en territorios como Castilla y León, y de ahí la decidida apuesta de la Junta de Castilla y León. “Los nuevos profesionales del patrimonio, además de arquitectos, ingenieros, restauradores o historiadores, serán también gestores. La confirmación la tenemos ya en AR&PA 2016, con la presencia de varias startups tanto en AR&PA Innovación como en AR&PA Foro”. Las nuevas tecnologías facilitan la gestión Uno de los aspectos que más se debaten en torno al patrimonio es cómo las nuevas tecnologías pueden ayudar en su gestión. “Las nuevas tecnologías han supuesto una revolución en los procedimientos de comunicación, y así la información entre los profesionales fluye hoy de un modo inédito, habiéndose reducido la distancia entre los investigadores o restauradores y el usuario final del patrimonio, sea éste el propietario o el visitante”. Los nuevos medios tecnológicos permiten tener un más preciso y amplio conocimiento de los materiales y su comportamiento ante el entorno, ayudando a avanzar en el gran reto que supone la conservación preventiva. “Esto es, gracias a estos medios estamos algo más cerca de conseguir adelantarnos al deterioro”.  novembro de 2016

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La Asociación de Joyería y Relojería de Portugal crea campaña con Milla Jovovich L a actriz y modelo Milla Jovovich protagonizará la campaña internacional de joyería portuguesa, incentivada por la AORP (Asociación de Joyería y Relojería de Portugal), cuyo objetivo es abrir caminos a nivel mundial en el sector. Ana Freitas, presidenta de AORP, explica que “es el momento de oro

para la joyería portuguesa, uno de los sectores de mayor tradición lusa. Este sector atraviesa una fase de renovación, crecimiento y afirmación en el contexto global. La campaña pretende apoyar la internacionalización de las empresas y el posicionamiento de Portugal como productor de excelencia”.

El corcho, atractivo portugués para el turismo L a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) lanza el “Cork Experience Tour”, que persigue el desarrollo del turismo nacional a través de sector de la industria del corcho como atracción para los visitantes, que encontrarán esta iniciativa en el país luso. Una experiencia junto a las empresas productoras de corcho que se inició en marzo y que desde entonces ya contabiliza más de 500 visitantes de diferentes países, entre los que predominan los turistas de Los Estados Unidos de América, Francia, Alemania, Suiza, Dinamarca e Italia. El proyecto cuenta con la colaboración del Ayuntamiento de Santa Maria de Feira y las 270 entidades a las que representan la Apcor fundada en 1956.

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El conjunto de empresas asociadas que forman parte de “Cork Experience Tour” están situadas en el norte de Portugal, en Santa Maria da Feira y en el sur en Montijo, Évora y São Brás de Alportel. La visita comienza con una contextualización de la industria del corcho a nivel nacional e internacional, cuando la visita llegue al inicio del tour de la mano de un representante de Apcor y un

La campaña se integra en una estrategia de estímulo de la exportación, definida en los próximos cinco años. “La joyería es el sector de la economía que registra mayor crecimiento de exportación en los últimos años”, agrega la presidenta de la Asociación. Fátima Santos, secretaria general de AORP, razona su elección: “nuestro objetivo es que la campaña tenga el mayor impacto a gran escala. Milla Jovovich, encaja perfectamente en el perfil que buscábamos y su implicación en la campaña fue total. Realizamos la sesión fotográfica en Porto y ella se quedó encantada con nuestro país y claro, con nuestras joyas”. La producción está 100% en manos de un equipo portugués. “Reunimos un equipo joven, talentoso y reconocido internacionalmente, que muestra lo bien que le está yendo a Portugal en el mundo de la moda a todos los niveles”, agrega Fátima Santos. 

anfitrión de la entidad, que explicará el proceso productivo a los visitantes y resolverá las dudas al final de la visita, que durará entre hora y hora y media. La visita debe ser programada por vía telefónica o correo electrónico. 


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AKI inaugura en Figueira da Foz su 34ª tienda en Portugal

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KI llega a Figueira da Foz e inaugura la primera tienda en el distrito de Coimbra. La empresa de distribución de bricolaje integrada en ADEO, primera en Europa y tercera a nivel mundial en

su sector, ya tiene 34 tiendas en Portugal con una oferta variada y adaptada a cada uno de los 16 distritos en los que se encuentran sus tiendas. Con una inversión de 2,7 millones de euros y con una creación de 21 pues-

tos directos de trabajo en Figueira da Foz, la cadena AKI mantiene su plan de expansión y el objetivo fijo en lograr fundar 64 tiendas a nivel nacional, antes de 2020. Para Ricardo Ferreira, director de AKI Figueira da Foz, lo más importante es que los clientes les conozcan por su nombre, confíen en su especialización y se cumpla su promesa de “É fácil fazer”. La nueva tienda busca proporcionar una experiencia gratificante para los habitantes de esta ciudad, al facilitar el acercamiento al bricolaje mediante un espacio gratuito donde los clientes puedan aprender y resolver problemas en la filosofía DIY (“ do it yourself ”). 

Textos Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Fotos DR

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Opel Ampera-e

Mais perto do futuro

A Opel apresentou, no final de setembro, o Ampera-e, que será a grande aposta no futuro, preenchendo uma das lacunas tecnológicas existentes nos veículos elétricos: a autonomia. De acordo com os testes efetuados, o Ampera-e consegue percorrer 500 quilómetros só com uma carga, o que representa mais 200 quilómetros do que o seu concorrente mais direto.

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novo Opel Ampera-e promete ser um dos carros do futuro, ao resolver uma das lacunas tecnológicas dos veículos elétricos, que é a sua autonomia. De acordo com o ciclo de testes NEDC (New European Driving Cycle), a norma atualmente em vigor para estabelecer comparações entre diferentes veículos, o Ampera-e consegue percorrer 500 quilómetros de distância só com uma carga, o que representa mais 200 km que o seu concorrente mais direto. As baterias, desenvolvidas em parceria com a LG Chem, consistem em 30 act ualidad€

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288 células de iões de lítio, alcançando uma capacidade de 60 kWh.

Este resultado faz do novo Opel o automóvel elétrico com maior auto-


sector automóvil Setor automóvel

nomia neste segmento de mercado, sendo que os concorrentes diretos não vão além dos 300 km, no caso do BMW i3, e 250 km no que toca ao Nissan Leaf. Já o Renault Zoe, cobre apenas 240 quilómetros, ao passo que o Volkswagen e-Golf não vai além dos 190 quilómetros de autonomia. Isto significa que o Ampera-e oferece uma autonomia, pelo menos, 25% superior a qualquer outro modelo do seu segmento. Este avanço tecnológico, protagonizado pela General Motors, é um enorme passo para a libertação de ansiedade de autonomia elétrica, que afeta os condutores deste tipo de automóveis. Além de uma autonomia notável que dá pleno descanso, até em viagens longas, os utilizadores do Ampera-e terão muitas vantagens combinadas num só automóvel, quer na vertente de proteção ambiental e de economia proporcionadas por um modelo elétrico, quer no capítulo da dinâmica, com desempenho de um automóvel desportivo. Com 4,17 metros de comprimento, o novo elétrico da marca alemã oferece um habitáculo capaz de acomodar cinco adultos e uma bagageira com 381 litros de volume de carga. Relativamente às outras performances gerais, este novo Opel é

capaz de passar dos 0 aos 50 km/h Bolt, modelo que trará sérias difiem apenas 3,2 segundos, sendo que culdades ao sucesso no mercado do a Opel destaca ainda que dos 80 aos Tesla Model 3, já que o preço deverá 120 km/h são necessários 4,5 segun- situar-se abaixo dos 32 mil euros. Resta, agora, esperar pela chegada dos, valor bastante importante nas ultrapassagens. A velocidade máxi- efetiva ao mercado, na próxima prima está limitada eletronicamente mavera.  aos 150 km/h, com a Opel a afirmar que é uma decisão em benefício da autonomia geral do automóvel. Recorde-se que o grupo motopropulsor debita 150 kW, o que equivale a 204 cavalos, sendo que o binário máximo está fixado nos 360 Nm. O novo Opel Ampera-e será o “clone” europeu do Chevrolet

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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Centromarketing de Centro de Formação Formação CCILE CCILE

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Segurança e Saúde no Trabalho para Representante do Empregador ou Trabalhador

Lisboa – 02, 03, 04, 10 e 11 de novembro 09h00-18h00

A Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho faz impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de organizarem os serviços de Segurança e Saúde no Trabalho. Assim, importa que os empregadores adoptem políticas de promoção da segurança e saúde no trabalho que assegurem a saúde e a integridade física dos seus trabalhadores, respeitando os princípios de prevenção de riscos profissionais.

Cross-Selling de Produtos e Serviços Lisboa, 7 de novembro 09h00-13h00

Para aumentar a performance de vendas de uma empresa e o valor a longo prazo de cada cliente, o cross-selling , ou venda de produtos ou serviços paralelos ou acessórios, é uma técnica essencial. Contudo, quando utilizado incorretamente, pode confundir os clientes, atrasar o ciclo de vendas e, muitas vezes, induzir os clientes a pedir descontos!

Trocas Automáticas de Informações Fiscais entre Estados Membros da União Europeia Lisboa, 8 de novembro 14h30-18h30

Num processo de cobrança, o credor é muito naturalmente o principal interessado e o primeiro responsável pelo seu sucesso ou insu-

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cesso. Nesta formação será transmitido o conhecimento essencial das ferramentas que nos dias de hoje a lei coloca ao dispor do credor na área da recuperação do crédito, as ferramentas que permitem acautelar uma cobrança difícil sempre que possível e as ferramentas que, quando necessário, permitem uma mais fácil e célere cobrança coerciva.

Qualidade do Ar Interior, Poluentes e Contaminantes Lisboa, 9 de novembro 09h30-13h30

Os vários problemas de qualidade do ar interior são reconhecidos como importantes fatores de risco para a saúde e o tempo que as populações despendem no interior dos edifícios é muito significativo. Como tal, a OMS tem normas específicas sobre o tema e é essencial que as empresas conheçam as suas obrigações legais, bem como os riscos e as medidas de prevenção e proteção.

Redes Sociais

Lisboa, 14 de novembro 09h00-18h00

As redes sociais tornaram-se uma ferramenta de comunicação indispensável para qualquer empresa e isto envolve grandes vantagens e benefícios. Nos dias de hoje, as redes sociais são motor das relações entre as empresas e os seus clientes, pois são um excelente veículo de promoção de produtos e serviços.

Desenvolvimento de Competências de Negociação Lisboa, 16 de novembro 09h00-18h00

O propósito desta formação passa por dar a conhecer aos formandos os princípios da negociação. O curso visa explorar o conceito do negociador ativo, fundamental para quem pretende ter sucesso num ambiente competitivo, quer ao nível empresarial como interpessoal.

Liderança, Gestão e Motivação de Equipas de Trabalho Lisboa, 17 de novembro 09h00-18h00

Nos dias que correm é difícil motivar as equipas de trabalho… Exige-se cada vez mais e dá-se cada vez menos em troca. Todos aqueles que têm à sua responsabilidade a gestão de equipas de trabalho ou de organizações inteiras, todos os dias se questionam sobre como motivar os colaboradores da sua equipa ou organização, procurando ferramentas de gestão e liderança de pessoas adaptadas à nossa cultura.

Apresentações em Contexto Comercial

Lisboa, 21 de novembro 09h00 – 13h00

O objetivo das apresentações comerciais é comunicar ideias relativas a um produto ou serviço de uma forma interessante, objetiva e sistematizada, muito apelativa e


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agradável para o cliente. Os comerciais que utilizem estes pressupostos conseguirão dar um ênfase maior aos seus produtos e destacar-se da concorrência. Serão encarados pelos clientes como profissionais capazes de satisfazer as suas necessidades de fornecimento de produtos e serviços.

Ergonomia: Sensibilização sobre Posturas de Trabalho e Trabalho Informatizado ou com Dispositivos Móveis Lisboa, 23 de novembro 09h30-13h30

Já pensou nas posições que utiliza para trabalhar? Quer em frente ao computador, quando está a realizar qualquer outra tarefa, ou mesmo quando utiliza o telemóvel? Serão essas as posturas mais adequadas? Com efeito, existem algumas posturas que podem prejudicar o nosso rendimento profissional, bem como a nossa saúde.

Presença nos Motores de Busca Lisboa, 24 de novembro

09h00-18h00 Na hora de implementar uma estratégia de marketing digital, o posicionamento nos motores de busca é um dos pontos fulcrais a contemplar. Afinal, estudos recentes demonstram que a grande maioria dos portugueses utilizam os motores de busca para tomar decisões, o que os torna no local online por excelência para estar.

Atendimento de Clientes

Lisboa, 25 de novembro 09h00-18h00

O atendimento ao público tem um papel crucial em qualquer empresa. A qualidade ao nível do atendimento tem uma influência direta não apenas ao nível do volume de negócios de uma empresa mas também na fidelização de clientes, fator crítico de sucesso, e também na imagem projetada pela organização para o grande público.

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Gestão Construtiva de Conflitos (1ª sessão)

Lisboa, 30 de novembro 09h00 – 18h00

Nas equipas de trabalho é importante prevenir e atuar face à conflitualidade comportamental e relacionada com a dinâmica do trabalho. Quem lida com clientes deve igualmente estar preparado para lidar com situações de queixas e reclamações.

Flexibilização do Tempo de Trabalho e Aumento da Produtividade dos Recursos Humanos

Lisboa, 28 de novembro 09h30 – 13h30

No Código do Trabalho têm vindo a surgir novos instrumentos de flexibilização do tempo de trabalho com os quais é possível aumentar a produtividade e diminuir os custos com os recursos humanos. Paralelamente mostra-se essencial para as empresas conhecer as regras legais relativas a Horário de Trabalho, Isenção de Horário, Trabalho noturno e por turnos, os Descansos, regime das Férias, Faltas e as Licenças ligadas à gravidez, ao parto e ao acompanhamento de crianças.

Departamento de Formação Anais Hernandez Tel. 213509310/6 • E-mail:anais@ccile.org

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

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Não seja apanhado por Whatsapp

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tecnologia é sempre uma faca com dois gumes: oferece um potencial maravilhoso, mas pode sempre resvalar para terrenos obscuros. Mesmo quando o uso é feito com a melhor intenção, o “tiro” pode sair pela culatra. Há 15, 20 anos, o correio eletrónico e a internet foram novidades que não demoraram em entrar nos Tribunais, com consequências para empresas, trabalhadores, consumidores e público em geral. Agora está a repetir-se o processo com o WhatsApp. Ninguém duvida da sua utilidade nas mais variadas situações. Porém, os dedos por vezes vão mais rápido do que a cabeça, faltando preciosos segundos de reflexão que impediriam resultados indesejáveis. Sem ânimo de exaustão vamos tentar responder a duas questões: que tipo de problemas podem ocasionar aos seus utentes? E em que situações pode um WhatsApp ser usado como prova? Quanto à primeira, chama a atenção a leviandade com a qual é usada uma ferramenta de comunicação tão potente. Em Espanha, um médico colocou no seu estado do WhatsApp uma alusão a outro colega médico: “Não te fies no FSO”. O resultado do processo judicial foi uma indemnização por danos morais, no valor de dois mil euros, e ainda a obrigação de colocar como estado no seu perfil de WhatsApp a seguinte frase: “mediante sentença da data de 30/12/2015, GMP foi condenado por intromissão ilegítima da honra de FSO”. A fotografia do perfil também pode ser fonte de conflitos. De novo em Espanha, um homem publicou uma foto com a imagem da sua ex-parceira sem a parte superior do fato de banho junto à expressão “wow”. A seguir, enviou 34 act ualidad€

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a foto à outra ré que a colocou no seu perfil com o texto “Quem brincar com fogo... arde!!! (e ainda há 100 mais)”. Ambos foram condenados pelo Tribunal da Relação de Burgos por um crime de revelação de segredos à pena de um ano de prisão, inibição especial e multa de 12 meses, mais uma indemnização por danos morais, no valor de três mil euros. Esta aplicação também teve consequências no âmbito laboral. Num caso resolvido pelo Tribunal Superior de Justiça de Madrid, a trabalhadora tinha enviado à sua chefe, num momento de raiva, uma mensagem a dizer que queria ir embora. Este facto foi interpretado pela empresa como uma denúncia do contrato de trabalho e agiu em consequência. Resultado: o tribunal apoiou a tese da empresa. Em todos estes casos, o WhatsApp foi a origem e a prova principal do processo. Há outros casos nos quais o seu uso é instrumental, mas não por isso menos relevante. Por exemplo, num processo criminal sobre abuso sexual de crianças no Tribunal da Relação de Lisboa, já foram admitidas mensagens de WhatsApp como prova. Também no Brasil, foi aceite este mecanismo como forma de evidenciar a resolução de um negócio. Com efeito, um consumidor brasileiro exerceu o seu direito no prazo de sete dias estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor, e fê-lo através de WhatsApp. A 4ª Turma Recursal Cível do Tribunal de Justiça de Rio Grande do Sul admitiu essa prova da resolução e deu a razão ao consumidor. Ora que tipo de prova constitui um WhatsApp? Para já, o uso de WhatsApp requer um número de telefone e uma IMEI (identificação internacional de equipamento móvel), o acesso

Por Antonio Viñal Menéndez-Ponte* à internet (com um IP e um MAC – “código de autenticação de mensagem”). Portanto, estamos a assinar eletronicamente, nos termos do artigo 3º do Regulamento (UE) 910/2014, de 23 de julho, relativo à identificação eletrónica e aos serviços de confiança para as transações eletrónicas no mercado interno. Já nos termos do artigo 25º do Regulamento: “Não podem ser negados efeitos legais nem admissibilidade enquanto prova em processo judicial a uma assinatura eletrónica pelo simples facto de se apresentar em formato eletrónico ou de não cumprir os requisitos exigidos para as assinaturas eletrónicas qualificadas”. É verdade que, como sucede com os correios eletrónicos, uma mensagem deste tipo não está isenta de uma possível manipulação. E, como já vimos, não estamos perante uma assinatura eletrónica qualificada. Porém, de acordo com o regulamento, isto não retira toda a validade à mensagem como prova. Também as testemunhas nem sempre são fiáveis e um documento físico é manipulável. O Whastapp poderá constituir mais um indício dentro do conjunto de provas a serem avaliadas pelo juiz. Em último recurso, poderá ser chamado um perito para dar o seu parecer. O que é certo é que devemos aprender a não separar a esfera virtual da real, e esquecer a ideia de que na internet não somos responsáveis pelos nossos atos. A crescente invasão da nossa privacidade por parte da tecnologia requer mais atenção aos nossos direitos e obrigações. Só assim evitaremos ficar apanhados por um WhatsApp.  *Partner de Antonio Viñal & Co. Abogados.Lisboa E-mail: lisboa@avinalabogados.com


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ADVOCACIA E FISCALIDADE

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Nobre Guedes, Mota Soares & Associados parceira dos espanhóis da Olleros A sociedade de advogados Nobre Guedes, Mota Soares & Associados formalizou, no mês passado, em Madrid, um acordo de parceria com a sociedade espanhola Olleros Abogados. “Esta aliança tem como objetivo uma assessoria conjunta a clientes portugueses e espanhóis, assim como em países do resto do mundo, nos quais a união das duas sociedades e as

respetivas parcerias locais permitam oferecer um serviço mais eficiente”, enquadra a NGMS. O novo agrupamento europeu de interesse económico (AIE), designado Olleros Nobre Guedes, “permite a ambos os escritórios melhorar as suas capacidades no âmbito internacional e oferecer uma assessoria jurídica em todos as áreas do direito, a partir de Lis-

boa e de Madrid”, adianta a mesma fonte. Entretanto, a NGMS garante ainda, em cooperação com congéneres de Angola, Brasil e Moçambique, um acompanhamento personalizado dos seus clientes também naquelas jurisdições.

BHLP Advogados apresenta novo site A Bardaji, Honrado, Lobo d’Ávila & Pinhel (BHLP Advogados) acaba de disponibilizar o seu website totalmente renovado. Numa primeira fase, apenas em versão portuguesa, a que se seguirá, dentro de pouco tempo, a respetiva versão espanhola e inglesa.

Em trânsito: » Joaquim Sherman de Macedo e Gonçalo Guerra Tavares foram nomeados sócios de capital da CMS Rui Pena & Arnaut. Sócio desde 2010, Joaquim Shearman de Macedo tem exercido a sua prática em contencioso civil e comercial e em arbitragem interna e internacional. Intervém habitualmente em litígios comerciais e societários, disputas entre acionistas, entre outras áreas. Já Gonçalo Guerra Tavares é sócio desde 2011, tendo desenvolvido a sua atividade na área do direito administrativo, com especial incidência em matéria de contratação pública, construção e projetos de infraestruturas, urbanismo, contencioso administrativo e arbitragem.

O renovado site desta sociedade de advogados lusoespanhola divide-se em seis grandes áreas, desde a apresentação da sociedade, à equipa, áreas de atuação, entre outros conteúdos de interesse para os clientes e outros parceiros.

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

em algumas relevantes operações de concentração do mercado.

» A PLMJ anunciou a integração de Mariana França Gouveia (na foto) no seu Departamento de Arbitragem. Mariana França Gouveia licenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e possui um doutoramento em Direito. É professora associada da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e coordenadora do curso de Pós Graduação em Arbitragem e do mestrado Forense e de Arbitragem » O advogado Vasco Rodrigues reforçou as equipas (único no mercado português), daquela faculdade. É de bancário e financeiro e de fusões e aquisições da ainda autora de diversas obras nas áreas do direito arbitral e direito processual civil. Garrigues. Vasco Rodrigues, que transitou da CMS Rui Pena & Mariana França Gouveia foi, entre 2010 e 2016, conArnaut, tem desenvolvido a sua atividade profissional sultora do Departamento de Contencioso e Arbitrana assessoria jurídica a clientes do setor financeiro, gem da SRS Advogados, onde acompanhou diverbanca e fundos de private equity, tendo participado sos processos judiciais e arbitrais. 36 act ualidad€

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A ascendência da energia solar fotovoltaica Nos útimos 10 anos, a capacidade instalada de energia fotovoltaica no mundo cresceu a um ritmo de 51% ao ano, de acordo com os números do World Energy Council. A Europa começou por liderar a produção de eletricidade através de painéis fotovoltaicos, porém, atualmente, é nos EUA, Japão e China que esta tecnologia conhece maior crescimento. Portugal foi um dos pioneiros a capitalizar a energia solar, mas o potencial da tecnologia fotovoltaica no país está ainda subaproveitado, já que a capacidade instalada até junho representava apenas 2,3% da produção de eletricidade produzida. No entanto, cada vez mais empresas e particulares vêem no sol um recurso para baixar a fatura da eletricidade e o governo já licenciou novas instalações de solar fotovoltaico, que irão duplicar a capacidade instalada. Além de contribuir para uma maior eficiência energética, a crescente rentabilidade da produção de eletricidade através do fotovoltaico transformou-a num cobiçado ativo financeiro. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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gran tema grande tema

de fontes renováveis. O objetivo é chegar aos 60%, até 2020, e aos 80%, até 2030. António Sá Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) acredita que “em 2040 toda a eletricidade em Portugal seja de fonte renovável”, como disse às câmaras da CNN, que vieram a Portugal perceber como foi possível o país mover-se a eletricidade de fonte exclusivamente renovável durante quatro dias e meio. Se englobarmos a energia necessária para alimentar o setor dos transportes, a dependência energética de Portugal é ainda maior, porque tem que importar combustíveis fósseis. Em termos gerais, apenas 27% da energia que Portugal consome (eletricidade e transportes) é de origem renovável. Teremos que atingir os 31%. Para alcançar estas metas importa ortugal foi notícia em maio continuar a apostar nas renováveis, deste ano, por ter consumi- nomeadamente no solar fotovoltaido eletricidade, exclusiva- co, que poderá compensar no verão mente de fonte renovável, a falta de vento e de chuva, fundadurante 107 horas consecutivas (quatro dias e meio). O vento, o sol e a água foram suficientes para Atualmente, 53,2% satisfazer a procura por energia eléda eletricidade trica, entre os dias 7 e 11 de maio, de acordo com as informações forproduzida em necidas pela Zero - Associação SisPortugal provém de tema Terrestre Sustentável em conjunto com a Associação Portuguesa fontes renováveis. de Energias Renováveis (APREN), O objetivo é chegar baseadas nos dados da Redes Energéticas Nacionais (REN). aos 60% até 2020 e Quando comunicou o facto, a aos 80% até 2030 Zero aproveitou para sublinhar que "estes dados mostram que Portugal pode ser mais ambicioso numa transição para um consumo líquido mentais para alimentar, respetivade energia elétrica 100% renovável, mente, as centrais eólicas e hídricas, com enormes reduções das emis- habitualmente mais produtivas no sões de gases com efeito de estufa, inverno. causadoras do aquecimento global e consequentes alterações climáti- Novas centrais privadas duplicarão capacidade instalada do cas". Atualmente, 53,2% da eletricida- solar Em junho deste ano, a capacidade de produzida em Portugal provém

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instalada em energia solar fotovoltaica em Portugal era de 431 megawatts, o equivalente a 2,3% da capacidade total de produção de eletricidade do país. No entanto, este número será dilatado pelas novas licenças aprovadas pelo Governo português. Em causa está a instalação de perto de 400 novos megawatts em novas centrais fotovoltaicas, que irão duplicar a capacidade do solar. Estas novas instalações resultam da iniciativa de privados e não serão subsidiadas pelo Estado, o que traduz o crescente interesse por esta fonte de energia, outrora criticada pela sua imprevisibilidade e demorada rentabilidade. Como sublinha Alexandre Cruz, um dos diretores da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Fotovoltaico (APESF), contactada pela Actualidade, “com a entrada em vigor do DL153/2014, relativo aos sistemas de produção de energia elétrica em regime de autoconsumo, o setor deixou de depender das tarifas subsidiadas”. Antes, “o preço das instalações e paralelamente os custos de produção estavam associados ao prazo de amortização dos sistemas, indexados aos preços das tarifas”. Agora, “sem as tarifas subsidiadas e com a expetativa de manter os mesmos prazos de amortização, o setor assistiu a uma redução dos preços dos equipamentos necessários a uma instalação fotovoltaica”. A tecnologia relacionada com o setor fotovoltaico tem vindo a tornar-se cada vez mais eficiente e competitiva, ou seja, o custo dos equipamentos tem vindo a baixar e o retorno do investimento é mais rápido. Como assinala Alexandre Cruz, “a redução dos preços dos equipamentos, em particular dos módulos fotovoltaicos e dos inversores, permitiu reduzir o custo da energia elétrica produzida numa instalação fotovoltaica”. Assim, “é novembro de 2016

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grande tema gran tema Duarte Sousa sublinha que o fotovoltaico duplica a sua potência instalada anualmente. “Há 10 anos, instalavam-se cinco gigawatts de potência por ano, a nível mundial. Atualmente, instalam-se 50 a 70 gigawatts. O crescimento tem sido contínuo e o potencial é enorme. É a tecnologia que mais ganhou competitividade.”

hoje possível, sem qualquer tarifa subsidiada, obter prazos de amortização equivalentes aos que se obtinham no passado”. Dito isto, “os custos de produção são mais reduzidos, sendo a rentabilidade de uma instalação fotovoltaica em regime de autoconsumo, na sua grande generalidade, competitiva”. Na produção de eletricidade por via solar, “o preço e rendimento dos módulos é o fator preponderante para a redução de custos e melhoria da rentabilidade”, salienta a APESF.

Por seu lado, Duarte Sousa, diretor da Ikaros-Hemera (em destaque nas páginas 42 e 43) observa que “reduzir os custos de produção desta energia está nas mãos dos grandes players mundiais”. O gestor acredita que “a eficiência dos painéis vai continuar a melhorar, ou seja, a mesma área irá produzir mais eletricidade”, já que “se está a investigar para usar materiais mais baratos”. Acresce que “o efeito de escala, o aumento da capacidade instalada, também fará descer os preços da tecnologia”.

Em que consiste o autoconsumo? O chamado autoconsumo é um modelo de produção descentralizada de energia a partir de energias renováveis. Em Portugal, esta atividade é regulada pelo DecretoLei nº 153/2014 de 20 de Outubro e pelas portarias nº 14/2015 e 15/2015 de 23 de janeiro. Este modelo de produção recorre sobretudo ao solar fotovoltaico, ou seja, o consumidor passa também a produtor ao instalar no seu domicilio painéis fotovoltaicos que

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captam a radiação solar e produzem energia elétrica. A eletricidade é produzida para consumo do produtor e o excedente pode ser vendido à rede elétrica, conforme o acordado em contrato. Além de reduzir ou anular os custos com a eletricidade, este consumidor produtor está também a contribuir para uma maior eficiência energética, já que recorre a uma energia limpa, produzida a partir de fonte renovável.

Europa está a perder terreno O gestor assinala que os protagonistas desta tecnologia também mudaram: “A Europa começou por ser o grande impulsionador da exploração do fotovoltaico, sobretudo a Alemanha. Agora, países como a China, o Japão e os EUA dão cartas nesta tecnologia e adotam, cada vez mais, este recurso. A Europa perdeu terreno porque se trata de um negócio de escala. A tecnologia relacionada com o segmento de energia fotovoltaica joga-se globalmente. Se o know-how começou na Europa, com a Alemanha a liderar, à medida que a produção foi sendo deslocada para a Ásia, também foram chegando melhorias dessas geografias, que estão igualmente a apostar no desenvolvimento de produto e na redução de custos inerentes às instalações de painéis fotovoltaicos para produzir eletricidade”. O responsável da APESF, organismo que conta com quase 40 empresas associadas (instaladores, distribuidores e fabricantes), concorda que “o solar fotovoltaico é hoje a tecnologia mais competitiva, na produção de energia elétrica”. Os números assim o indicam: “Nos últimos meses assistiram-se a preços de venda de energia elétrica produzida em centrais fotovoltaicas, de grande dimensão (superiores a 30 megawatts) no Chile, México e Du-


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bai inferiores a quatro cêntimos. Porém, esta realidade não se irá verificar de forma transversal, observa Alexandre Cruz: “Na Europa, Anunciada no início de 2015 como uma das áreas prioritárias a geração fotovoltaica estará mais de crescimento da EDP Comerassociada a um conceito distribuícial, a produção de eletricidade do. São pequenas instalações distripelos consumidores, com rebuídas a nível residencial e comercurso a painéis fotovoltaicos, já cial em detrimento das grandes inspermitiu à empresa a venda de talações centralizadas. Este tipo de “7.700 sistemas solares, com produção distribuída permite gerar uma potência total instalada de a energia elétrica no local de consuaproximadamente 17,2 megamo, evitando toda a gestão e perdas watts, ao abrigo das anteriores durante o seu transporte e transforlegislações de microgeração e mação, permitirá ainda, através de minigeração e da atual de autosistemas de armazenamento local consumo”, revela a EDP à Actu(baterias) transformar uma tecnoalidade. logia de produção intermitente em Na página web, a empresa explialgo estável e previsível. Por último, ca aos potenciais clientes que "a e mais importante, estão a ser deminigeração fotovoltaica é a prosenvolvidas plataformas de integradução, pelo próprio consumidor, ção dos sistemas fotovoltaicos com de energia elétrica através da os sistemas de armazenamento de captação da radiação solar por energia elétrica, com os automóveis um conjunto de painéis solares elétricos e com os equipamentos fotovoltaicos",acrescentando consumidores de eletricidade que que essa energia "pode então dispomos em ambiente residenser injetada e vendida na sua tocial, comercial e industrial. Esta talidade à rede a uma tarifa boplataforma permitirá às comercianificada". lizadoras de energia elétrica gerir a A EDP fornece uma solução chaenergia elétrica produzida em sisteve-na-mão que inclui os painéis mas fotovoltaicos, armazenada em fotovoltaicos e a respetiva instabaterias ou no automóvel elétrico lação, que é paga através da faremunerando-a. Permitirá ainda tura da eletricidade, bem como controlar de forma balanceada a a possível assistência posterior, produção, consumo e distribuição se contratada. da energia a uma escala global parEstes projetos podem ser feitos tindo de pequenos produtores de para residências ou para empreenergia elétrica.” sas, já que a EDP inclui a miniPara o especialista da APESF, “as geração como uma das suas soempresas que operam na área do foluções de eficiência energética tovoltaico são o exemplo de resilipara PME, seja no domínio da ência”, já que “têm conseguido gerir agricultura, indústria, comércio, o seu negócio, enfrentando essencialmente dificuldades de suporte técnico e legal que lhes permitem operar com a garantia de que as so- gulamentações técnicas ainda não luções que oferecem não serão inva- publicadas”, advoga. lidadas posteriormente”. Estamos a falar de empresas que No segmento do fotovoltaico “o nasceram com vocação fotovoltaica, maior desafio é, precisamente, a mas também noutras que, operando dificuldade em apresentar soluções, no domínio da energia, têm vindo, construídas sobre expetativas de re- crescentemente, a perceber o po-

EDP aposta no solar para famílias e empresas serviços, alojamento e restauração e também instituições de ação social. Nesse âmbito, a EDP promete "receitas até 4.500 euros por ano, produção de energia durante pelo menos 25 anos, venda da energia produzida a uma tarifa bonificada durante 15 anos". A EDP Comercial instala os sistemas para os seus clientes, existindo apenas uma exceção, “que foi o projeto de minigeração realizado com a Sonae MC, onde foram construídas 51 centrais com 4,5 MW de potência total instalada, num investimento de cerca de 6,9 milhões de euros”, indica a EDP. A empresa acredita que “o solar fotovoltaico distribuído vai continuar a desenvolver-se, cada vez mais numa lógica de autoconsumo, onde a energia produzida deverá ser consumida pela instalação onde se encontra”. Isto significa, frisa a EDP, que “os sistemas em média tendem a ser bastante menores, na maioria inferiores a um quilowatt, o que cria um desafio de eficácia e eficiência às empresas do setor”. Quanto à rentabilidade desta forma de produção, o fator que tem feito descer os custos da tecnologia tem sido “a diminuição do custo dos sistemas solares, alavancada na redução do preço dos painéis solares fotovoltaicos, que têm uma curva de experiência de 24%”.

tencial do fotovoltaico. Alexandre Cruz considera “difícil contabilizar as empresas ativas no setor fotovoltaico”. De uma forma geral, “as empresas que executam instalações elétricas em termos genéricos, alargam a sua área de intervenção ao novembro de 2016

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Ikaros Hemera põe o sol a render em empresas e explorações agrícolas

A portuguesa Hemera nasceu em 2006 como empresa especialista na apresentação de soluções chave-namão de produção descentralizada de energia e eficiência energética, em todas as suas vertentes. O diretor-geral, Duarte Sousa (foto nesta página), recorda que em 2010, estavam prontos para “escalar a atividade da eficiência energética”, e preparavam-se para fazer uma “cativação de investimento”, porém foram travados pela crise do setor financeiro e o consequente resgate a Portugal. “Tivemos que rever a estratégia e optámos por concentrar o esforço no segmento do solar fotovoltaico”, admite o gestor, explicando que “era a tecnologia que mais peso tinha no portfólio da Hemera e a que estava a evoluir mais em competitividade, em termos globais”. A sustentar a escolha juntava-se ainda o facto de “Portugal ser um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar”. Neste contexto, a Hemera cruzou-se com a Ikaros Solar, que já era um operador relevante na Bélgica, e uma referência europeia no fornecimento e instalação de sistemas fotovoltaicos

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para o setor empresarial. “Em 2010, a Ikaros instalou 800 megawatts em painéis fotovoltaicos”, assinala Duarte Sousa, contando que estando a Ikaros em expansão, a jointventure com a Hemera mostrava-se vantajosa para ambas as partes. As duas empresas aliaram as suas boas práticas e formalizaram a união em 2011, tendo a atividade conjunta arrancado em 2013. “Portugal foi a segunda sucursal da Ikaros a ser aberta depois do Reino Unido”, lembra o gestor da sucursal. A Ikaros Hemera especializou-se “na produção fotovoltaica no mercado empresarial e para a conceção de modelos de negócio adequados a cada cliente, numa ótica de investimento financeiro”. O balanço é muito positivo, observa Duarte Sousa: “Tem corrido muito bem. A nossa aposta em ser um pure player tem-se revelado acertada. Desde o primeiro dia que os resultados são positivos, temos gerado lucros todos os anos, que depois reinvestimos na expansão da empresa.” Em 2015, a Ikaros Hemera faturou três milhões de euros e instalou três megawatts. Este ano, Duarte Sousa espera que o

grupo chegue aos quatro milhões de euros em volume de negócios e instale o equivalente a quatro megawatts. A empresa tem clientes no setor agrícola, no industrial e em superfícies comerciais. Duarte Sousa frisa que “os empresários agrícolas têm adotado com entusiasmo esta tecnologia”. Prova disso são clientes como a Quinta da Alorna, a Casa do Cadaval e a Lagoalva de Cima. Também indústrias na área agroalimentar, como a Ovivárzea ou Coperfrutas, a Vangest, no setor dos moldes, ou a Logifarma, no setor farmacêutico, integram a carteira de clientes da Ikaros Hemera.

Lojas Ikea em Portugal e em França apostam no fotovoltaico Já na área comercial, a Ikaros ganhou um concurso internacional de energia fotovoltaica para o Ikea, em Portugal e em França: “Estamos a instalar painéis nas três lojas de Portugal e nas 21 de França e gostaríamos de alargar o projeto a outros países em que o Ikea opera.” Só em Portugal, a marca sueca de decoração e mobiliário tem em curso a instalação de 10 mil painéis solares, distribuídos pelas coberturas das lojas de Loures, Alfragide e Matosinhos. Um projeto orçado em quatro milhões de euros e que visa produzir 26% da energia necessária para o funcionamento destas três lojas, de acordo com o comunicado do Ikea Portugal. Com isto, o Ikea Portugal evita emissões anuais de 1.250 toneladas de CO2. Além de conceber os projetos e instalar os painéis fotovoltaicos, a Ikaros Hemera responsabiliza-se também


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pela sua monitorização. A tecnologia é comprada a outros fornecedores, mas o desenho do projeto e a monitorização utilizam know-how português, salienta Duarte Sousa, esclarecendo que o centro de engenharia da empresa em Portugal se ocupa do mercado português e ainda exporta serviços, já que dá apoio a outras sucursais europeias, quer ao nível das soluções, quer da gestão do controlo de riscos.

O sol como ativo financeiro A Ikaros Hemera comercializa projetos em dois moldes diferentes. Uma possibilidade passa por vender os projetos ao cliente final. Outro modelo de negócio possível acontece quando o cliente tem condições para instalar painéis fotovoltaicos, mas não quer fazer esse investimento. Aí, abre-se a possibilidade ao investimento de terceiros, que pagam a instalação e uma renda ao dono do terreno ou da empresa que recebe os painéis. À renda subtrai-se o valor do consumo desse cliente e passados 15 anos, a instalação passa para as mãos do cliente. “Trata-se de uma forma alternativa de investir, que garante retornos na ordem dos 7% a 10%, resultantes da venda de eletricidade à rede”, indica Duarte Sousa. Esta possibilidade foi inspirada pela queda das taxas de juro, conta: “Cada vez mais os investidores veem estes modelos como alternativa à banca ou a outros produtos financeiros. Este modelo tem sido muito bem recebido: 80% da nossa capacidade instalada é feita por esta via.” Estes investidores, em nome pessoal, ou gestores de ativos entendem que a energia solar também é um produto financeiro interessan-

te, sobretudo porque é estabelecido um preço fixo de venda à rede durante os 15 anos de vigência do contrato, explica ainda o gestor”. O risco prende-se apenas com a empresa em que se instalam os painéis. “O mercado português para o fotovoltaico ainda é muito pequeno e está subaproveitado”, nota Duarte Sousa, acrescentando que “os potenciais clientes são empresas cuja atividade obrigue a um elevado consumo de eletricidade e que tenham espaço para instalar os painéis”. A Ikaros Hemera “desenvolve projetos chave-na-mão a partir dos 100 quilowatts de capacidade, o correspondente a 300 painéis de dois metros quadrados e implica um custo de 100 mil euros”. A Ikaros Hemera também tem um cliente público, a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, SA., e lamenta que o Estado e as autarquias não recorram mais ao fotovoltaico como forma de reduzirem os custos de eletricidade das suas infraestruturas. Tendo em conta “o enorme potencial de poupança que a geração de eletricidade por via fotovoltaica permite”, é de lamentar que o setor público não dê o exemplo. “No Reino Unido e na Bélgica, por exemplo, está a ser feito um grande investimento público no sentido de instalar painéis em escolas, hospitais e em outros edifícios públicos”, revela. Outro bom exemplo “é o Luxemburgo que criou um organismo para tornar a produção e o consumo mais eficiente”. A Ikaros Hemera tem hoje presença na Bélgica, Portugal, Reino Unido, França, Holanda, Índia e México. O grupo emprega cerca de 45 pessoas, 15 das quais em Portugal.

solar térmico e fotovoltaico, segundo as oportunidades de negócio”. Duarte Sousa frisa também que “manter a estabilidade legislativa é muito importante para encorajar os investidores a apostar no fotovoltaico”. Dessa forma, é possível que “cada vez mais empresas olhem para os exemplos de outras empresas que já aderiram à produção própria através de sistemas fotovoltaicos e percebam que estas soluções permitem um consumo mais eficiente e, assim, poupar nos custos com energia”. O sol é uma fonte de energia limpa e abunda em Portugal. Na realidade, Portugal é dos países da Europa com mais horas de sol por

Apenas 2,3% da capacidade total de produção de eletricidade do país provém de centrais solares fotovoltaicas dia, em média. Portugal não possui nenhuma das três principais fontes de energia fóssil (carvão, petróleo e gás) nem energia nuclear, pelo que fontes renováveis como a água, o vento e o sol terão que ser mais exploradas, para assegurar a autossuficiência energética, no que concerne à eletricidade. Duarte Sousa recorda que “em Portugal, a exploração da energia solar começou com o pé esquerdo”. O solar térmico (aquecimento e arrefecimento) “gerou mais interesse no início, mas esteve associado a algumas más experiências”. Nos últimos anos, o setor residencial ganhou interesse pelo fotovoltaico. Duarte Sousa nota que atualmente, “temos pouco mais que 400 megawatts instalados em Portugal”. Em 2015, “o Reino Unido, que tem novembro de 2016

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muito menos sol, instalou isto num tar, fomentando ainda o crescimentrimestre”. O gestor espera que se to da consciência ecológica.” saiba aproveitar bem este recurso que é o sol e que se criem soluções Exemplos inspiradores para que o solar fotovoltaico seja O aproveitamento da energia solar usado de forma adequada”. O dire- é uma realidade mundial e chega tor da Ikaros-Hemera sublinha que mesmo a lugares inóspitos, levando “o crescimento do setor será feito eletricidade onde as redes elétricas daqui para a frente sem subsídios públicas não chegavam. Governos públicos, por um lado através das de países como a Índia consideram centrais financiadas por privados, o solar fotovoltaico como forma de e por outro, através do modelo de fornecer energia a pequenos povoprodução do autoconsumo”. ados através de centrais locais, nos Apesar da popularidade crescen- casos em que esticar a rede até esses te, ainda assim o fotovoltaico em sítios se revela mais dispendioso. Portugal está longe de concretizar Noutra parte do globo, no soao seu enorme potencial. A legisla- lheiro Dubai, vigora o objetivo de ção do autoconsumo (ver caixa na colocar painéis solares fotovoltaipág. 40) pode dar um forte con- cos em todas as casas até 2030. tributo nesse sentido, como susA África do Sul já tem três aerotenta Alexandre Cruz: “O DL do portos a funcionar exclusivamente autoconsumo é um dos mais bem com eletricidade de fonte solar. elaborados no contexto europeu. A Por todo o mundo, multiplicampossibilidade do autoconsumo foi se os exemplos do uso bem-sucedimuito bem recebida, tanto a nível do de energia solar. De acordo com industrial como residencial. Só não um relatório publicado pelo World cresce mais dada a falta de regula- Energy Council (WEC), perto de mentação técnica. O autoconsumo um terço (30%) da energia total é visto como forma de eficiência produzida em todo o mundo e quaenergética. A necessidade e vontade se um quarto (23%) da eletricidade economizar têm vindo a aumen- de provêm de fontes renováveis. O 44 act ualidad€

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estudo baseou-se em informações fornecidas por 32 países, que representam aproximadamente 90% da capacidade instalada de energia eólica e solar em todo o mundo. Há cerca de duas décadas o setor da eletricidade começou a transformar-se, deixando de ser uma indústria altamente centralizada, na maioria das vezes muito controlada pelo Estado para se tornar um negócio mais eficiente e aberto, com a participação de privados”, lê-se no relatório, acrescentando que “as preocupações relacionadas com o aquecimento global e o papel do setor energético nesse contexto obrigaram a indústria a adaptarse à nova realidade de operar num mundo condicionado a baixar os elevados níveis de carbono”. No ano passado investiram-se 262 mil milhões de euros em 154 mil milhões de watts de energia renovável no mundo inteiro, refere o mesmo relatório, indicando que 76% dessa energia era de fonte eólica e solar. Nos últimos 10 anos, a eólica e o solar protagonizaram uma média anual de crescimento explosiva no que concerne às respetivas capacidades instaladas: 23% e 51%. Ainda assim, o seu contributo combinado para o total de produção de eletricidade ronda os 4%, já que o grosso da produção vem do hídrico, de acordo com o documento do WEC. Portugal quer ajudar a dilatar estes números e tem boas condições para se tornar exportador de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis. O sol, em Portugal, comparece várias horas por dia, disponível para colaborar. 


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“Governo mantém-se empenhado no esforço de consolidação orçamental”

O Governo português mantém, em 2017, o seu “empenho em continuar a reduzir o défice” público, prosseguindo o esforço de consolidação orçamental” iniciado na anterior legislatura, assegurou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, tranquilizando a comunidade empresarial luso-espanhola quanto à política económica do atual Governo. Num recente almoço de empresários organizado pela CCILE, Manuel Caldeira Cabral garantiu ainda que a estabilidade fiscal é uma das preocupações do atual Executivo. No mesmo evento, foi entregue o prémio “Gestor Espanhol do Ano” a Luis Osuna, presidente da Coviran.

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Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

consolidação orçamental não deve ser uma política ou um objetivo final do Governo, mas uma premissa “necessária” para sustentar as restantes medidas de política económica e social do Executivo português, destacou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. O ministro falava perante uma plateia de cerca de 250 empresários, gestores e outras individualidades portuguesas e espanholas, reunidos no passado dia 27 de se46 act ualidad€

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tembro, em Lisboa, para mais um guns dias antes da apresentação almoço-debate empresarial orga- da proposta de Orçamento do nizado pela Câmara de Comér- Estado para 2017, o ministro não cio e Indústria Luso-Espanhola adiantou medidas concretas deste (CCILE). Embora o défice pú- documento, limitando-se a reasblico este ano deva ficar “abaixo sumir o “empenho do Governo dos 3%”, o Governo liderado por em manter o esforço de consoliAntónio Costa mantém, para o dação orçamental” já iniciado na próximo ano, o “empenho de con- anterior legislatura pelo Governo tinuar a reduzir o défice e ainda o social democrata. “Num momento da Europa conendividamento público”, tal como exigido pelas instâncias europeias, turbada” como o que se vive atuassim como o endividamento pri- almente, Manuel Cadeira Cabral vado, assegurou o ministro. fez questão de sublinhar “a boa reNo seu discurso, proferido al- lação entre os dois países ibéricos”.


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“Portugal e Espanha têm uma relação muito boa ao nível dos governos, mas têm uma relação ainda melhor ao nível dos cidadãos e ao nível das empresas. Uma relação construída de partilhas, de aproveitar de oportunidades”, não só no turismo, como no ensino (estudantes Erasmus), entre outras áreas. O ministro destacou ainda “a convergência de interesses e vontades dos dois governos” junto de outras instituições internacionais em matéria de interesse europeu. E lembrou que Portugal teve um período de ajustamento e consolidação orçamental, tal como Espanha, que foi “um processo extremamente difícil, para as pessoas e para as empresas também”. “A consolidação orçamental não acabou, continua, e é uma área em que o atual Governo está fortemente empenhado. Este ano, não vamos ter um défice abaixo dos 2,5% que a Comissão nos designou como objetivo, mas claramente abaixo dos 3%”, um esforço de consolidação que vai prosseguir. Programas “Capitalizar” e “Simplex Mais” Para a redução do endividamento das empresas e para as ajudar a melhorar a sua capitalização de forma mais f lexível, em termos de prazos e taxas, o Governo lançou, em parceria com a banca, o pro-

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02 grama “Capitalizar”, que inclui postos ou quebrar programas nos dois instrumentos financeiros, quais se comprometeu”. com o objetivo de fazer chegar O Governo vai apostar ainda 1.100 milhões de euros para inves- numa política de internacionalitimento das PME. zação efetiva, seguindo a anterior O programa “Capitalizar” per- política de cooperação e diplomite, por outro lado, ajudar a macia económicas, com o apoio “gerar ainda mais confiança nos do aicep, frisou Manuel Caldeira investidores”. Cabral. Outro objetivo do Governo so- “Temos de apostar, outra vez, cialista é evitar alterações fiscais com muita força, nos mercados acentuadas que dificultem a vida europeus, em particular no esdas empresas, procurando trans- panhol” e na “diversificação de mitir sempre uma “mensagem de mercados, fora da Europa” – desconfiança e de estabilidade – o taque para o México e Colômbia, país está no caminho certo na mesmo apesar de estes mercados consolidação orçamental, e não terem sido afetados pelos preços precisará de fazer mais ajustamen- das matérias primas. tos a meio do ano, reforçar imManuel Caldeira Cabral recor-

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dou que já há muita cooperação entre empresas portuguesas e espanholas, mas considerou que “Espanha é um mercado em que muitas empresas portuguesas ainda têm muito espaço para diversificar”, nomeadamente através de uma estratégia regional e observando as oportunidades a nível transfronteiriço. Manuel Caldeira Cabral salientou ainda o programa “Simplex Mais”, um programa transversal a vários ministérios, envolvendo não só licenciamentos, mas também áreas como os incentivos às empresas, segurança, ambiente, etc. O objetivo deste programa é “simpli48 act ualidad€

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ficar e modernizar o Estado, dando um serviço mais fácil às empresas para chegarem à informação e

cumprirem a legislação existente”. A nível da inovação, destacou o trabalho conjunto desenvolvido

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10 com o Ministério da Ciência, para a inovação empresarial, para a valorização do conhecimento, com vista a maiores ganhos de produtividade para as empresas. Uma área onde existe um grande potencial de cooperação com Espanha, através das universidades e de “consórcios tecnológicos entre os dois países”. O ministro salientou ainda o programa “Indústria 4.0”, dirigido a empresas pequenas e tradicionais, “convidadas para a digitalização da indústria”, e que conta com o apoio da Startup Portugal e da Cotec. O objetivo é consolidar as empresas empreendedoras e as incubadoras na parte da inovação e modelo de negócio e dar-lhes uma maior visibilidade juntos dos investidores internacionais. O programa prevê ainda parcerias com incubadoras de outros países (Alemanha, Inglaterra e Bra-

O Governo continua a anterior política de internacionalização das empresas portuguesas, através da cooperação e diplomacia económicas, com a participação do aicep sil, EUA). Para o ministro, Espanha deveria ser também abrangido por esta rede de parcerias inovadoras. Os dois países ibéricos poderão beneficiar ainda da realização do

11 Web Summit, a decorrer este mês em Lisboa – e a realizar-se também em 2017 e 2018 –, e que pretende ser um dos maiores eventos europeus de sempre nas áreas da inovação, empreeendedorismo e desenvolvimento tecnológico. Durante o evento organizado pela CCILE, foi ainda entregue o prémio “Gestor Espanhol do Ano” ao presidente e CEO da Coviran, Luis Osuna (ver caixa), atribuído pelo Comité de Atribuição de Prémios da CCILE e aprovado, por unanimidade, pela Junta Diretiva, como reconhecimento pelo seu trabalho à frente desta cadeia de comércio integrado e cooperativo que está já em toda a Península Ibérica. Quanto ao prémio “Gestor Português do Ano” de 2015, será divulgado e entregue num dos próximos eventos a realizar pela Câmara. 

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Prémio “Gestor Espanhol do Ano”

Presente desde há cinco anos no mercado português, o grupo cooperativo de distribuição alimentar Coviran fortalece, cada vez mais, a sua dimensão ibérica. Luis Osuna é o gestor que lidera este grupo andaluz, que conta já com mais de 3.270 lojas na Península ibérica, de acordo com os dados relativos ao ano de 2015. Deste modo, o grupo cooperativo ocupa já a terceira posição no ranking da distribuição alimentar em Portugal, por número de estabelecimentos, e a segunda posição em Espanha.

Quanto ao volume de negócios, ascende aos 2.200 milhões de euros, em termos consolidados, gerados pela atividade de cerca de 2.800 sócios retalhistas independentes. As vendas brutas da insígnia ascenderam aos 1.215 milhões de euros, dos quais 101 milhões obtidos em Portugal. Já o volume de negócios do grupo Coviran foi, em 2015, de 640 milhões de euros. Valores que assumem já grande relevo e que justificaram a atribuição ao responsável, natural de Granada (Andalu-

zia) o prémio concedido pela Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria LusoEspanhola ao gestor espanhol que mais se destacou em 2015 na promoção das relações comerciais a nível ibérico. Luis Osuna salientou, no almoço de empresários realizado no dia 27 de setembro, o crescimento que a Coviran tem registado, nomeadamente no mercado português, onde entrou em 2011, e que contempla já cerca de 250 pequenos estabelecimentos de comércio integrado e três plataformas logísticas. Esta é uma forma de ajudar os pequenos comerciantes a modernizarem as suas lojas, salientou o presidente executivo da Coviran. “Este prémio é para todos os trabalhadores da Coviran” e representa, por outro lado, “um contributo importante para melhorar a atividade dos pequenos comerciantes”, salientou ainda o responsável pelo grupo, que contribui para a criação de um total de 14.500 postos de trabalho.

01.O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, com Luis Osuna e Juan Manuel de Barandica

08.Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Catroga e Enrique Santos

02.João Martins, Manuela Barber, Alfonso Pérez, João Quaresma, Monica Ariza, Patricia Medina Zamora e Manuel Alvarez

09.Francisco Dezcallar, no momento do anúncio do prémio ao “Gestor Espanhol do Ano”, com Manuel Caldeira Cabral, Juan Manuel de Barandica e António Pires de Lima em primeiro plano

03.Juan Manuel de Barandica, José António Segurado, Luis Osuna e Ángel Vaca 04.Ruth Breitenfeld, Juan Manuel de Barandica, Manuel Caldeira Cabral e Jorge Monteiro

10.Armando Mata dos Santos, Miguel Seco, Luis Osuna e Vítor Fernandes

05.Anais Hernández, Clara Tur Muñoz, Begoña Íñiguez e Luís Lucas

11.António Martins Victor, Diogo Gomes Araújo, Rodolfo Florit e Alberto Laplaine Guimarães

06.Luisa Cinca, Barbara Polzot e Enrique Belzuz

12.Paulo Abramov, Julia Nieto, Paulo Duarte e Manuel Alvarez

07.Manuel Caldeira Cabral, Juan Manuel de Barandica, António Pires de Lima, Carlos Brandão, Celeste Hagatong e Ángel Vaca

13.João Gaspar da Silva, Carla Rebelo, Manuela Barber e Berta Dias da Cunha

Patrocínios:

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Jaime García-Legaz confiante num futuro acordo entre a União Europeia e o Mercosul

Na sua visita à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, o secretário de Estado de Comércio do Governo espanhol sublinhou a importância para as empresas das negociações entre a União Europeia e o Mercosul, agora retomadas, tendo em vista um futuro acordo de livre comércio entre ambas as regiões.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

ortugal e Espanha assumem um papel de relevo nas negociações para fazer cair muitas das barreiras protecionistas que atualmente travam as relações económicas entre membros da União Europeia e do Mercosul. As negociações entre ambos estavam paralisadas há quase 15 anos e foram retomadas em outubro. O objetivo é assinar um acordo de livre comércio até 2018, como expressou Jaime García-Legaz, secretário de Estado de Comércio do governo espanhol (terceiro na foto desta página), em declarações à Actualidade, por al-

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tura da sua visita à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), no passado dia 10 de outubro: “É importante que se volte a negociar, depois de quase 15 anos em que as negociações estiveram paradas. Isto porque este acordo de livre comércio é para a União Europeia um acordo muito importante. Trata-se do acordo de comércio mais importante da União Europeia, depois do acordo com os EUA. Temos elevadas expetativas. Esperamos que seja uma negociação rápida, ambiciosa e eficiente, de modo a permitir ter tudo pronto para concretizar o acordo no prazo máximo

de dois anos.” O secretário de Estado de Comércio do governo espanhol considera que “há dois capítulos complexos”, um relacionado com o setor agrícola e outro com o industrial: “A Europa é um mercado protecionista sobretudo no âmbito agrícola e a América do Sul é mais no contexto industrial. O acordo terá que passar por concessões de parte a parte.” No seio da União Europeia, Espanha tem sido, juntamente com Portugal, Itália, Reino Unido, Dinamarca, Holanda e Suécia, forte impulsionadora da retoma das negociações com o Mercosul (Mer-


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cado Comum do Sul), a organização intergovernamental atualmente formada por cinco membros plenos: Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela, cuja área total representada é três vezes superior à da União Europeia. Espanha é o segundo maior investidor na Argentina e no Brasil Jaíme García-Legaz esteve no passado mês de setembro na Argentina e no Brasil, onde reuniu com empresários e autoridades locais para agilizar as relações económicas entre Espanha e esses países. De assinalar que Espanha já é o segundo maior investidor estrangeiro em países como a Argentina e o Brasil: “Temos uma posição de investidor muito forte no setor bancário, nos seguros, telecomunicações, na construção. A presença espanhola empresarial já existe. Queremos aproveitar o acordo com o Mercosul para afirmar a nossa presença sobretudo em setores que serão setores chave e dinamizados depois de caírem as barreiras protecionistas.” O governante esteve em Lisboa a reunir com os membros da Junta

“A razão principal para o crescimento da economia espanhola reside nas reformas estruturais económicas que o Governo espanhol fez em 2012 e 2013 e que dão agora frutos“

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diretiva da CCILE, e comentou o crescimento da economia espanhola (o Banco de Espanha prevê que este ano o PIB cresça 3,2%, o mesmo valor de 2015): “A razão principal para o crescimento da economia espanhola reside nas reformas estruturais económicas que o Governo espanhol fez em 2012 e 2013 e que dão agora frutos. O turismo está a crescer, mas também estão a crescer outras áreas, como as exportações. O setor industrial também vai bem. As reformas liberalizaram a economia e quando isso acontece a economia costuma dar-se bem. Diminuímos o gasto público, permitindo que o financiamento bancário vá para os privados e não para o setor público.” Por outro lado, Jaíme García-Legaz teme o efeito negativo decorrente da instabilidade política: “Estamos a pagar um preço por ainda não ter um Governo eleito. Há investimentos que não se realizam até que se defina a situação política e se a incerteza continuar isso será ainda mais visível. Mas creio que seremos capazes de formar um Governo nas próximas semanas.” 

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eventos eventos

Dia Nacional de Espanha comemorado no Palácio Palhavã A festa nacional de Espanha, que se comemora a 12 de outubro, foi palco de uma celebração, como acontece todos os anos, na Embaixada daquele país em Portugal. Centenas de convidados, de várias nacionalidades, assinalaram a data, numa festa realizada no passado dia 20, que teve como habitualmente o embaixador e a mulher como anfitriões. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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oram perto de 600 os con- nal da tarde e início da noite do vidados que quiseram cele- passado dia 20 de outubro. Na brar, em Lisboa, o Dia Na- receção aos convidados, estavam cional de Espanha, celebra- ainda o ministro conselheiro da do mais uma vez na Embaixada de Espanha em Portugal. Local privilegiado para a reunião da comundiade espanhola em Portugal, o palácio Palhavã acolheu, mais uma vez, a tradicional Festa Nacional de Espanha. Os anf itriões da cerimónia foram o embaixador Juan Manuel de Barandica e a mulher, Beatriz Mazarrasa (ambos ao centro, na foto em cima), que receberam e cumprimentaram os cerca de 600 convidados que este ano quiseram assinalar a data, numa festa animada realizada ao f i-

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Embaixada, A lvaro Sebastián de Erice, e a sua mulher, Maria Isabel Suárez, bem como o adido de Defesa, Naval e Aéreo, Juan


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Díaz del Rio, e a mulher, Lourdes Delgado. Das centenas de convidados portugueses e espanhóis presentes, destaque para diversos elementos do corpo diplomático que marcaram presença, membros do corpo militar, governantes e ex-governantes de Portugal, assim como para os numerosos empresários e gestores de ambos os países, entre outras individualidades. O ministro das Finanças, Mário Centeno, e os gestores António Vieira Monteiro, Manuela Barber, João Talone, Ruth Breitenfeld, Celeste Hagatong, Berta Dias da Cunha, Vítor Domingues dos Santos, Julia Llata, Alberto Laplaine Guimarães, Enrique Santos, ou o conselheiro Cecilio Oviedo, foram mais

Como vem sendo habitual nos últimos anos, estiveram presentes nesta festa centenas de convidados, entre portugueses e espanhóis, do mundo político, militar e económico algumas das individualidades que marcaram presença na cerimónia

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do passado dia 20. A comunidade espanhola residente em Portugal estava representada em grande número, mais uma vez, nesta festa nacional, que se celebra também na embaixada de Espanha em Lisboa. Há um ano que Juan Manuel de Barandica assumiu as atuais funções diplomáticas e desde então que mantém um estreito relacio- 14 namento com a comunidade espanhola a residir em Portugal e com responsáveis portugueses das mais diversas áreas. A Festa Nacional de Espanha assinala a descoberta do continente americano, a 12 de outubro de 1492, feita por Cristóvão Colombo, quando liderava uma armada espanhola. 

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eventos eventos

Regiões da Extremadura e do Alentejo mais próximas na produção vinícola As duas regiões vinícolas do Alentejo e da extremadura espanhola têm muito a aprender em conjunto, referem diversos responsáveis ligados ao XIV Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo, uma organização conjunta da CCILE e da Junta de Extremadura.

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Textos Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

êm características únicas, alentejanos têm muito que evoluir, que estão ainda numa fase muito típicas das castas e outros pelo que devem tirar partido da incipiente, consideram os dois procondicionantes de cada re- experiência recente registada pelos vadores do XIV Encontro de Vinhos Extremadura /Alentejo, Fergião, mas ao mesmo tempo congéneres extremenhos. Uma evolução cujo objetivo deve nando Melo e Pedro Cotilla. Para podem aproveitar e partilhar conhecimentos e experiências ser chegar a outros mercados fora ajudar a esse fim, a CCILE e a adquiridas em cada região viníco- da Península Ibérica e afirmar as Junta de Extremadura têm organila. Falamos dos vinhos produzidos marcas destas regiões vinícolas in- zado desde 2002 um concurso de nas regiões fronteiriças do Alente- ternacionalmente, duas vertentes vinhos de marca, que reúne cada jo e da Extremadura espanhola. Se ambos revelam uma grande qualidade geral, é de salientar sobretudo a aproximação que as duas regiões têm tido, com algumas parcerias sobre conhecimentos enológicos que têm beneficiado ambos. Fernando Melo, crítico de vinho e gastronomia e que desde há três anos participa no Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo, salienta, assim, que a evolução dos vinhos do outro lado da fronteira tem sido grande, mas considera, todavia, que também os vinhos

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eventos

eventos

vez mais adegas e até novas categorias de vinhos. Por outro lado, o provador espanhol Pedro Cotilla, lançou o desafio dos produtores apostarem em força também nos espumantes, uma produção que terá grande procura a nível mundial, a curto/ médio prazo, assegurou. Seis categorias a concurso No concurso deste ano, foram provados, no total, 104 vinhos DOC ou regionais do Alentejo e da Extremadura espanhola, inseridos em seis categorias distintas, quer para a produção espanhola quer para a produção portuguesa: rosés, vinhos biológicos, tintos jovens ou com menos de três meses de estágio em madeira, tintos com três a seis meses de estágio em madeira, tintos com mais de seis meses de estágio em madeira, brancos jovens e, finalmente, brancos maduros. Os 104 vinhos a concurso foram produzidos por 16 adegas alentejanas e 14 extremenhas, que arrecadaram no final 32 prémios (ver caixas nas págs. segs.), consoante a pontuação obtida – Arabel de Ouro (10 prémios), Arabel de Prata (11) e Menções Honrosas (11). A apreciação dos vinhos foi feita, como sempre, em prova “cega”, apresentandose as garrafas tapadas e separadas apenas por categoria e região (foto na pág. 56, em baixo). Os prémios foram entregues numa

cerimónia em que participaram re- com boa relação preço/ qualidade e presentantes das adegas que concor- foi positivo este vinho de gama inreram este ano, entre outros convi- termédia obter esta distinção”. Os dados, e que se realizou – de forma outros vinhos do produtor campoexcecional – em Lisboa, no passado maiorense premiados nesta prova dia 25 de outubro (foto da pág. ant., têm obtido já outras distinções em em cima, e fotos nas págs. 57-59). diversos concursos internacionais, Entre os produtores premiados, adiantou a mesma responsável, repodem salientar-se a Adega Mayor, velando ainda que até final do ano que arrecadou quatro distinções: serão apresentadas novidades dos uma de ouro, outra de prata e seus vinhos de topo ao mercado. duas menções honrosas. Para Rita Quanto à produção deste ano, reNabeiro, diretora geral da Adega fere que apesar de alguma quebra Mayor, o Arabel de Ouro concedi- na quantidade, não deverá sofrer do ao Monte Mayor Reserva Tinto alterações na qualidade dos vinhos 2014 “foi uma boa surpresa. Sem- finais. pre trabalhámos para ter vinhos Cerca de 35% da produção da

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eventos eventos

afirmar-se, a dos vinhos Adega Mayor vai para biológicos, a Herdade exportação, para Angodos Lagos foi novamente la, Moçambique, Suíça, premiada este ano, desta França, Alemanha, Invez com o seu HDL Touglaterra, Luxemburgo, riga Nacional 2015. Toda EUA, Canadá e Brasil. a produção da quinta foi Nas empresas porconvertida para agricultuguesas distinguidas tura biológica, que não este ano, esteve tamusa herbicidas ou outros bém a Alenvinus, que produtos sintéticos. obteve a classificação Carlos Delgado, resmáxima dos brancos ponsável desta adega de jovens, com o seu JoMértola, destaca toda a aquim Costa Vargas certificação a que é suAntão Vaz 2015. Este é jeita a produção, nomea“o branco mais representativo, em termos de quantida- Alemanha, Suiça, Bélgica e Ango- damente por ter uma componente des”, da Alenvinus, explica Manuel la. Relativamente à vindima que de exportação. A empresa, que tem Costa Vargas, responsável por esta terminou recentemente, esperam vindo a aumentar a sua produção adega de Cuba (Baixo Alentejo). uma quebra na produção de cerca e exportação, exporta para a AleEste monovarietal da casta mais de 20%, “mas o ano tem condi- manha, alguns países nórdicos da tradicional do Alentejo continua ções para ser bom em termos de Europa e Suíça (no total, cerca de a fazer sucesso em Portugal e fora, qualidade”, garante Manuel Cos- 65% dos vinhos produzidos). ta Vargas. Entre os premiados de origem destaca o mesmo produtor. Numa categoria que começa a extremenha, podem destcar-se a A adega exporta para França, 58 act ualidad€

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eventos

Santa Marta, Bodegas Fuentes e do mar. Não é um verdejo, mas é Viñedos Pozanco. semelhante no que se refere à sua Em entrevista, a Bodegas Santa acidez. Marta afirmou que “a chave do seu Esta adega de Badajoz iniciou sucesso é o equilíbrio dos produ- a sua produção há mais de 40 tos” e ainda a sua persistência, em anos, mas foi só há 16 que realitriunfar no mundo dos vinhos. zou “grandes investimentos na sua Para Antonio Pablo Fernandez, produção e começou a obter bons o responsável desta adega presen- resultados”. A cooperativa exporta te no encontro, o seu Blasón del para os países do centro da Europa Turra Pardina Cayetana resultou e para a China. num vinho “fresco, frutado, verde Quanto ao vencedor da categoria e na boca”, com um toque caracte- de vinhos biológicos da Extremarístico de frutos, como o pêssego. dura, designado Leneus Reishi, coÉ um vinho que deve ser servido meçou a ser produzido há apenas muito frio e que acompanha frutos sete meses, mas já é exportado para

eventos

países como a Coreia do Sul ou a França. Miguel Ángel Fuentes, o responsável pela Bodegas Fuentes, sublinhou “acreditar que o seu sucesso na competição é pelo facto de ser diferente, de se tratar de um vinho único e ecológico [biológico]”. A evolução tecnológica dos vinhos extremenhos Em entrevista à Actualidade, os dois provadores do XIV Encontro de Vinhos Extremadura /Alentejo salientam a “média de qualidade bastante boa” dos vinhos apre-

Vinhos extremenhos premiados no XIV Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo Categoria

Prémio

Adega

Vinho

BRANCO MADURO

ARABEL DE OURO

PARFOEX

ENCINABLANCA DE ALBUQUERQUE (VINO VERDEJO)

BRANCO MADURO

ARABEL DE PRATA

SANTA MARTA

BLASÓN DEL TURRA PARDINA CAYETANA

BRANCO MADURO

MENÇÃO HONROSA

BODEGAS ROMALE

VIÑA ROMALE

ROSÉ

ARABEL DE PRATA

SAN MARCOS

CAMPOBARRO ROSADO

ROSÉ

MENÇÃO HONROSA

VIÑAOLIVA

ZALEO ROSADO

BIOLÓGICO

ARABEL DE OURO

BODEGAS FUENTES

LENEUS REISHI

BIOLÓGICO

MENÇÃO HONROSA

BODEGAS CASTELAR

PAGO DE LAS MOJAS

TINTO JOVEM

ARABEL DE OURO

SAN MARCOS

CAMPOBARRO TEMPRANILLO

TINTO JOVEM

ARABEL DE PRATA

VIÑAOLIVA

ZALEO TINTO

TINTO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

SANTA MARTA

BLASÓN DEL TURRA TEMPRANILLO

TINTO 3-6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

PARFOEX

ENCINABLANCA DE ALBUQUERQUE

TINTO 3-6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

BODEGAS CARABAL

CARABAL RASGO

TINTO 3-6 MESES EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

SAT SAN ANTONIO

TALMO ROBLE

TINTO +6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

BODEGAS Y VIÑEDOS POZANCO

10•12 SELECCIÓN

TINTO +6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

SAN MARCOS

CAMPOBARRO CRIANZA

TINTO +6 MESES EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

BODEGAS CARABAL

CARABAL CÁVEA 2012

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eventos eventos Vinhos alentejanos premiados no XIV Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo Categoria

Prémio

Adega

Vinho

BRANCO JOVEM

ARABEL DE OURO

ALENVINUS

J. COSTA VARGAS A. VAZ 2015

BRANCO JOVEM

ARABEL DE PRATA

MONTE DA COMENDA AGROTURISMO

COMENDA GRANDE BRANCO 2015

BRANCO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

ADEGA MAYOR

MONTE MAYOR BRANCO 2015

BRANCO MADURO

ARABEL DE OURO

SOCIEDADE AGRÍCOLA DE PIAS

ENCOSTAS DO ENXOÉ BRANCO 2015

BRANCO MADURO

ARABEL DE PRATA

J. PORTUGAL RAMOS VINHOS

VILA SANTA RESERVA

BRANCO MADURO

MENÇÃO HONROSA

ADEGA MAYOR

RESERVA DO COMENDADOR BRANCO 2015

ROSÉ

ARABEL DE PRATA

FITA PRETA VINHOS

ROSÉ DA FITA PRETA

BIOLÓGICO (TINTO)

ARABEL DE OURO

SOC. AGRICOLA HERDADE DOS LAGOS

HDL TOURIGA NACIONAL 2015

TINTO JOVEM

ARABEL DE PRATA

JJMR - SOCIEDADE AGRICOLA

SEI LÁ!

TINTO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

COMPANHIA DAS QUINTAS

PORTAL DA VINHA

TINTO 3-6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

ADEGA MAYOR

MONTE MAYOR RESERVA TINTO 2014

TINTO 3-6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

CARMIM

MONSARAZ MILLENNIUM 2015

TINTO 3- 6 MESES EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

JJMR-SOCIEDADE AGRICOLA

HERDADE DOS VEROS SELECTION 2014

TINTO + 6 MESES

ARABEL DE OURO

SOC. AGRICOLA D. DINIS

MONTE DA RAVASQUEIRA RESERVA TINTO 2014

TINTO + 6 MESES

ARABEL DE PRATA

ADEGA MAYOR

RESERVA DO COMENDADOR TINTO 2013

TINTO + 6 MESES

MENÇÃO HONROSA

CARMIM

MONSARAZ RESERVA 2014

sentados este ano a concurso, mas estão plantadas e proporcionam tes “a evolução positiva que estão a consideram que a prova ganharia uma qualidade ao vinho produ- ter, nos últimos anos, em termos caso houvesse mais produtores a zido muito positiva. Conferem tecnológicos, para se adaptarem concorrer, com maior diversidade matizes aromáticos e uma estru- mais rapidamente aos gostos dos de produtos. tura na boca um pouco superior consumidores, introduzindo novas Quanto às características de ao normal”, elogia Pedro Cotilla. variedades, ao mesmo tempo que cada região vinícola, em termos “Creio, ainda, que as adegas alen- evoluem a nível da própria imagerais, os vinhos produzidos no tejanas trabalham muito bem as gem”. Por isso, o provador antecipa Alentejo apresentam uma grande madeiras que utilizam para o es- que “daqui a uns anos, a qualidade dos vinhos extremenhos será aindiversidade de castas, destacan- tágio dos seus vinhos”. do-se as “tintas, que estão muiSobre os vinhos da sua região, Pe- da maior, se continuar a seguir por to bem adaptadas ao clima onde dro Cotilla refere como pontos for- este caminho”. 

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XIV En c

AGRADECIMENTOS

MA

DUR A/ALE

organizAÇÃO

NT

XIV ENCONTRO DE VINHOS EXTREMADURA /ALENTEJO Patrocinios

media partner

Actualidad

Economia ibérica


eventos

eventos

61


barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica e clima económico estabilizam

Foto ACTUALIDADE

O

s indicadores de atividade económica, disponíveis até agosto, e o de clima económico, disponível até setembro, estabilizaram. O indicador quantitativo do consumo privado acelerou em agosto, após ter desacelerado entre maio e julho, refletindo o crescimento mais expressivo das duas componentes, consumo duradouro e corrente, adianta o INE. O indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF) diminuiu em

Taxa de juro de referência mantém-se em níveis históricos

agosto, em resultado da redução do investimento em material de transporte. O índice de volume de negócios da indústria registou uma variação nominal menos negativa em agosto. O índice de volume de negócios dos serviços apresentou uma variação positiva em termos nominais em agosto, enquanto o índice de produção da construção e obras públicas registou uma redução menos acentuada.

Exportações e importações aumentam em agosto

O Banco Central Europeu vai continuar a manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro em mínimo histórico. Na última reunião do BCE, realizada no final de outubro, foi anunciado que também o programa de compra de ativos do banco foi mantido nos 80 mil milhões de euros de novos ativos por mês. A taxa de juro de referência permanece assim em 0%, tal como a taxa de depósitos e a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez que continuam em -0,40 e 0,25%, respetivamente. A compra de ativos continuará em vigor "até março, ou para além dessa data, se necessário", o que dependerá do comportamento da taxa de inflação no conjunto da Zona Euro, tendo em conta que a meta do BCE se situa em torno de 2%. Este é um dos estímulos do Banco Central para relançar o crescimento da economia da região.

Em agosto de 2016, as exportações de bens aumentaram 6,1% e as importações de bens cresceram 10,6% face ao mesmo mês de 2015 (-4,6% e -7,3% em julho de 2016, respetivamente). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 8,3% e as importações aumentaram 14,2% (respetivamente -3,0% e -3,2% em julho de 2016). O défice da balança comercial de bens atingiu 1.160 milhões de euros em agosto de 2016, aumentando em 248 milhões face ao mesmo mês de 2015. O défice da balança comercial excluindo os combustíveis e lubrificantes situou-se em 805 milhões de euros, mais 256 milhões do que no mês homólogo de 2015. No trimestre terminado em agosto de 2016, as exportações de bens decresceram 0,8% e as importações de bens aumentaram 0,1% comparativamente com igual período do ano passado.

Inflação mensal em Portugal sobe 0,6% com preços do vestuário a disparar

Desemprego estabiliza na Zona Euro, mas continua alto em Portugal

O índice de preços no consumidor (IPC) de Portugal teve uma subida mensal de 0,6% em setembro de 2016, com um disparo dos preços de vestuário e calçado após o final do período de saldos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em agosto, a variação homóloga foi de 0,7%. A inflação, em termos homólogos, fixou-se, assim, em 0,6% em setembro, enquanto a inflação média dos últimos 12 meses se manteve também nos 0,6%. A classe com maior contributo para a taxa de variação mensal foi a do vestuário e calçado, com uma variação mensal de 22,1%. Em termos homólogos, nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC salientam-se a dos restaurantes e hotéis e a dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. A classe com contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado.

Portugal continua entre os países da União Europeia com taxas de desemprego mais elevadas. De acordo com os dados provisórios do Eurostat, divulgados no final de setembro, a estimativa de 11% coloca Portugal na sexta pior posição do ranking do desemprego em agosto, ainda assim melhorando face ao quinto lugar que ocupava nos anos anteriores. Com valores mais altos, encontram-se a Grécia (com 23,4%, sendo este dado de junho), Espanha (19,5%), Croácia (12,9%), Chipre (12,1%) e Itália (11,4%). Do lado oposto, está a República Checa, com uma taxa de 3,9%. Destas estimativas do Eurostat se conclui que tanto na União Europeia como na Zona Euro, o desemprego terá estabilizado face ao mês anterior e recuado na comparação homóloga. A taxa de 10,1% registada na Zona Euro é a mais baixa desde julho de 2011. Já a taxa de 8,6% na UE continua em mínimos desde março de 2009. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

62 act ualidad€

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-agosto de 2016

L

os ocho primeros meses del año se muestran muy dinámicos en lo que al comercio hispano portugués se ref iere. Si comparamos las cifras de este periodo con el de 2015 las ventas españolas representan un crecimiento del 1,42% y las ventas lo hacen en un 0,84%. El comercio global entre los dos países, es decir ventas más compras, ascendió a los 18,8 mil millones de euros, de los cuales 11,9 mil millones corresponden a la oferta española y 6,9 mil millones de euros a la demanda. Si comparamos las cifras de este último mes de agosto con el mes anterior se verif ica una quiebra muy signif icativa en ambos sentidos. En el caso de las

ventas españolas bajan 11,3% y las compras 19,6%. Los cuadros 2 y 3 recogen las posiciones relativas del mercado portugués en el comercio exterior español, en el que Portugal mantiene la quinta posición en el ranking de los principales clientes del mercado español con un peso relativo del 7,1% y la octava posición entre los principales mercados proveedores de España, con un peso relativo de 3,9%. Se habrá de destacar que los mercados francés y alemán, los dos principales socios comerciales de España, representan juntos el 25,5% del comercio exterior español. Por lo que a la distribución sectorial del comercio bilateral se refiere el sector de los vehículos automóviles; tractores encabezan

ambas listas y representan el 10% del comercial bilateral. Destaca igualmente el sector de las materias plásticas; sus manufacturas (6,4%) y las máquinas y aparatos mecánicos (5,8%). En la distribución geográfica por CC.A A., Cataluña destaca como principal proveedora del mercado portugués y Galicia aparece como principal cliente. Si analizamos esta distribución geográfica pero por Provincias, la provincia de Barcelona (2.3 mil millones de euros) destaca entre las principales proveedoras de Portugal, seguida de la provincia de Madrid (1,7 mil millones de euros) Pontevedra (760 millones de euros) A Coruña (701,6 millones de euros) Valencia (584,8 millones de euros) y en la sexta po-

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-agosto 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

Cober 15 %

1.265.646,00

754.840,44

510.806

167,67

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

feb

1.465.191,08

827.300,47

637.891

177,11

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

mar

1.561.949,47

932.848,80

629.101

167,44

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

abr

1.477.756,94

899.902,04

577.855

164,21

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

may

1.525.932,63

937.979,01

587.954

162,68

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

jun

1.612.563,57

935.179,29

677.384

172,43

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

jul

1.567.605,41

940.868,83

626.737

166,61

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

ago

1.390.294,43

756.495,36

633.799

183,78

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

175,84

oct

1.563.637,65

968.476,56

595.161

161,45

nov

1.524.960,94

932.714,75

592.246

163,50

dic

1.471.544,58

807.681,82

663.863

182,19

17.915.003,09

10.697.623,95

7.217.379

167,47

11.866.939,53

6.985.414,24

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

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4.881.525

Cober 16 %

VENTAS ESPAÑOLAS 15

ene

Total

Saldo 16

169,88


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-agosto 2016

sición la provincia de Zaragoza (354,2 millones de euros). En el sentido contrario, Madrid encabeza la lista de principales provincias compradoras a Portugal con mil millones de euros) seguido de Barcelona (959,4 millones de euros), A Coruña (613,3 millones de euros) Pontevedra (529,8 millones de euros), Valencia (503,5 millones de euros) y Valladolid (278,3 millones de euros). El último cuadro de barras ref leja de una forma visual las ligeras oscilaciones que se han producido a lo largo de estos últimos ocho meses del año 2016. El dinamismo es una de las principales características del comercio entre Portugal y España a pesar de las dificultades que persisten en las dos economías ibéricas. Con base en estas últimas cifras de agosto, y si hacemos un ejercicio de extrapolación al conjunto del año, es muy probable que superemos la cifra del comercio bilateral del año pasado que arrojó un valor superior a los 28,6 mil millones de euros. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

1

001 Francia

25.246.948,23

2

004 Alemania

18.920.937,40

3

005 Italia

13.198.810,95

4

006 Reino Unido

13.098.091,06

5

010 Portugal (d.01/01/86)

11.866.939,53

6

400 Estados Unidos

7.530.052,44

7

003 Países Bajos

5.369.098,76

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

5.101.509,56

9

204 Marruecos

4.481.868,29

10

052 Turquía

3.400.206,15

11

720 China

3.260.046,30

12

060 Polonia

3.177.641,10

13

039 Suiza (d.01/01/95)

2.711.571,56

14

412 México

2.672.464,34

15

208 Argelia

1.971.061,55

16 17 18 19 20

632 Arabia Saudí 732 Japón 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 038 Austria SUBTOTAL TOTAL

1.630.790,36 1.577.818,45 1.568.512,07 1.532.154,95 1.471.355,03 129.787.878,07 167.053.602,12

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

3.Ranking principales países proveedores de España enero-agosto 2016 Orden País 1

004 Alemania

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-agosto 2016 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

805.059,27

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

453.196,13

3

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

446.507,90

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

316.336,20

5

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

309.814,39

6

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

294.022,79

7

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

278.709,31

8

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

248.081,14

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

001 Francia

20.011.531,50

720 China

15.679.223,13 11.728.370,37

4

005 Italia

5

400 Estados Unidos

8.354.905,79

6

003 Países Bajos

7.415.381,87

7

006 Reino Unido

7.311.802,32

8

010 Portugal (d.01/01/86)

6.985.414,24

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

4.577.458,67

10

204 Marruecos

3.710.085,45

11

052 Turquía

3.341.923,27

12

060 Polonia

3.239.473,41

13

208 Argelia

3.034.064,48

14

061 República Checa (d.01/01/93)

2.570.084,95

15

732 Japón

2.388.640,36

16

039 Suiza (d.01/01/95)

2.283.884,32

17

664 India

2.280.312,92

18

288 Nigeria

2.208.432,44

19

508 Brasil

2.158.579,15

20

075 Rusia (d.01/01/92)

2.112.820,28

SUBTOTAL

135.369.958,49

TOTAL

178.049.899,04

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

6.985.414,24

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-agosto 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.048.031,46

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

781.030,79

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

759.853,01

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

630.521,83

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

438.622,53

6

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

388.903,62

7

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

377.391,25

8

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

359.608,63

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

346.493,08

TOTAL

11.866.939,53

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

2

240.108,46

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016

23.977.569,56

3

Importe

1

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-agosto 2016 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

Cataluña

2.862.315,14

Galicia

1.259.479,80

Madrid, Comunidad de

1.718.082,80

Cataluña

1.123.691,72

Galicia

1.652.205,85

Madrid, Comunidad de

1.036.733,33

Andalucía

1.217.380,60

Comunitat Valenciana

686.620,51

Comunitat Valenciana

890.057,33

Andalucía

592.042,74

Castilla-La Mancha

706.074,03

Castilla y León

492.586,45

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

novembro de 2016

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas Empresa portuguesa del área de la decoración busca empresas españolas de importación de muebles e iluminación para relación comercial

Oportunidades de

negócio à sua espera

OP160901

Tiendas gourmet españolas interesadas en vender productos de panadería y pastelería portugueses

OP160902

Empresa portuguesa liquida stock de velas perfumadas en vaso (varios colores)

OP160903

Empresa portuguesa de manutención exterior en aeropuertos ofrece sus servicios a empresas del mismo sector en España

OP160904

Distribuidores españoles interesados en vender productos alimenticios portugueses Empresas españolas proveedoras de harina para uso industrial Colegios privados en Madrid

DP160706 DP160801 DP160802

Empresas españolas que compren material reciclado (latas de acero) Operadores aéreos en España Empresas españolas importadoras de cortinas, edredones y tejidos por metro Empresas españolas dedicadas a la comercialización de materiales de perforación de piedra/roca Empresa portuguesa de mediación inmobiliaria busca inversores inmobiliarios interesados en invertir en Portugal para presentar oportunidades de negocio Proveedores españoles de aceite vegetal usado (UCO - used cooking oil) con certificación ISCC (International Sustainability & Carbon Certification)

DP160803 DP160804 DP160901 DP160902 DP160903 DP161001

Empresas Espanholas Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicas procura agente comercial para Portugal

OE160601

Particular espanhol procura sócio comercial em Portugal no setor do tabaco para apresentar a sua marca de cigarros para a fabricação e comercialização dos mesmos

OE160901

Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras ou agentes de vinho branco engarrafado

DE160605

Produtores portugueses de carne de frango, ovino e bovino com certificação Halal

DE160606

Empresas portuguesas do setor do caravanismo/ autocaravanismo e campismo

DE160701

Empresas portuguesas da área da venda e reparação de maquinaria de limpeza

DE160901

Importadores portugueses de produtos de alimentação Empresas portuguesas de transporte rodoviário de passageiros

DE160902 DE160903

Empresas portuguesas de confeção de vestuário para mulher e criança

DE160904

Armazéns em Portugal de bagas, frutos de caroço e citrinos

DE161001

Distribuidores de vinho espanhol em Portugal Fábricas em Portugal de confeção têxtil para menino(a) e rapaz/ rapariga

DE161002 DE161003

Empresas portuguesas importadoras e distribuidoras de cosméticos

DE161004

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 act ualidad€

novembro de 2016


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

novembro de 2016

ac t ua l i da d â‚Ź 67


calendário fiscal calendario fiscal >

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Novembro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica mensal e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em setembro/2016

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Declaração de remunerações e pagamento das contribuições relativas a outubro/2016

Entidades empregadoras

15

IVA

Declaração periódica trimestral e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas no 3º trimestre de 2016

Contribuintes do regime normal trimestral

21

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em outubro/2016, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores

21

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de outubro/2016

Entidades empregadoras

21

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado em outubro/2016

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em outubro/2016

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

Envio por: - transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - recolha direta no Portal da AT

30

IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em setembro de 2016

Entidades pagadoras dos rendimentos

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente

68 act ualidad€

novembro de 2016

É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE160156

M

ESPANHOL/ ITALIANO/ INGLÊS

RECURSOS HUMANOS

BE160157

F

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL

SOCIÓLOGA

BE160158

F

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

CONTABILIDADE

BE160159

F

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE160160

M

INGLÊS/ FRANCÊS

ENGENHARIA CIVIL / PROJETISTA

BE160161

F

20/02/1970

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

CONTABILIDADE

BE160162

F

1976

INGLÊS

SECRETARIADO ADMINISTRATIVO

BE160163

F

INGLÊS/ SERVO-CROATA

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA E CONTABILIDADE

BE160164

F

19/02/1994

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

ASSESSORIA CONSULAR

BE160165

M

1975

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

TÉCNICO DE RH

BE160166

M

19/02/1988

INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ FRANCÊS/ ÁRABE

INTÉRPRETE E TRADUTOR (MILITAR)

BE160167

M

06/10/1977

ESPANHOL

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

BE160168

F

16/08/67

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

CONSULTORIA JURIDICA

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

MAAT: EDP alia arte, arquitetura, tecnologia e responsabilidade social Parece uma duna de cerâmica à beira Tejo, refletindo a sua luz e ampliando o espaço de cultura que a EDP já animava no emblemático edifício conhecido como Central Tejo. O MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, projetado por Amanda Levete Architects, abriu no passado dia 5 de outubro e promete “exposições nacionais e internacionais” e refletir “sobre grandes temas e tendências atuais”. O museu, pago pela Fundação EDP, terá custado 20 milhões de euros.

F

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

oi o trapézio o quadrilátero esco- ção EDP, surge como uma duna, uma lhido pelo atelier de arquitetura esbatida colina ao lado da antiga central Amanda Levete Architects para termoelétrica que eletrificou Lisboa e revestir grande parte da superfí- que funcionava desde 2006 como espacie do MAAT - Museu de Arte, ço museológico. O novo edifício, inauArquitetura e Tecnologia. Uma home- gurado no passado dia 5 de Outubro, nagem à cerâmica portuguesa, tão pre- também pretende “energizar” Lisboa, sente na arquitetura do país no passado porém do ponto de vista da animação e que agora parece ganhar novo fôlego, cultural. O MAAT surge assim como já que também Luís Pedro Silva havia a nova face da responsabilidade social elegido azulejos hexagonais para cobrir da EDP. A obra foi paga pela Fundao novo terminal de cruzeiros do Porto ção EDP, que também se ocupará da de Leixões, inaugurado no ano passado. programação cultural do novo museu. Em ambos os casos, foi o branco a cor Na apresentação à imprensa, Miguel selecionada para melhor refletir a luz do Coutinho, diretor da fundação da emmar, no caso de Leixões, e do Tejo, no presa, informou que para já o custo da obra está nos 20 milhões, mas esse pocaso do MAAT. Visto do rio, o novo museu da Funda- derá não ser o valor final, uma vez que

70 act ualidad€

novembro de 2016


espacio de ocio

o museu só estará totalmente concluído em março, altura em que arrancará em plena atividade. O “cativeiro” de Dominique Ganzalez-Foerster Para já exibe a instalação “Pynchon Park”, da artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster, que foi convidada para “criar uma obra site-specific em torno do tema que inaugura a programação do novo museu: Utopia/Distopia”. Assim, “evocando um conto de fadas para o século XXI, a artista concebeu como que um recinto no qual seres de outro mundo observariam o comportamento humano nas melhores condições possíveis”. Uma espécie de parque de diversões, que convida crianças e adultos a interagir com a instalação, integrando-a. O trabalho “ocupa por inteiro os quase mil metros quadrados da Galeria Oval do MAAT, proporcionando uma experiência lúdica e intrigante em que os espetadores se tornam parte da obra de arte”. Em comunicado, a Fundação EDP explica que “na sequência de ambientes de grande escala, como TH.2058 na

Tate Modern, em Londres (2008), ou Ballard Garden no deSingel, em Antuérpia (2014), Pynchon Park estreia em Lisboa como uma peça na qual Gonzalez-Foerster combina vários meios artísticos – escultura, som, luz, performance – com referências literárias clássicas e ideias de distopia derivadas do universo da ficção científica”. O MAAT pretende “apresentar exposições nacionais e internacionais com o contributo de artistas, arquitetos e pensadores contemporâneos. Refletindo sobre grandes temas e tendências atuais”, indica a Fundação EDP, acrescentando que “a programação apresentará ainda diversos olhares curatoriais sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP”. O MAAT soma ao espaço museológico da antiga Central Tejo, onde está o museu da Eletricidade, que já recebe cerca de 250 mil visitantes por ano, as instalações agora inauguradas. Ao todo são 3,8 hectares, que visam cruzar arte, arquitetura e tecnologia “num espaço de debate, de descoberta, de pensamento crítico e de diálogo internacional”. A Fundação EDP sublinha ainda o diá-

espaço de lazer

logo entre “um dos exemplos nacionais de arquitetura industrial da primeira metade do século XX, e um dos pólos museológicos mais visitados do país”, e o novo edifício, desenhado pelo atelier de arquitetura Amanda Levete Architects. “Com o MAAT, a Fundação EDP oferece um novo impulso cultural e paisagístico à cidade de Lisboa. A diversidade de programas e de espaços tornam-no num importante ponto no roteiro cultural da cidade. Uma proposta pensada para todos os públicos, para todas as idades.” Amanda Levete, por seu lado, admitiu na apresentação do edifício à imprensa, que “a verdadeira chave que guiou o pensamento concetual foi a reconciliação com o espaço urbano e o enraizamento do sítio em Lisboa.” A arquiteta projetou assim o telhado em suaves socalcos, como um “fórum público, em que também podemos voltar as costas ao rio e ver as colinas de Lisboa”. Previsto está igualmente construir uma ponte que ligará o MAAT ao Largo do Marquês de Angeja, do outro lado da linha de comboio.  novembro de 2016

ac t ua l i da d € 71


espaço de lazer

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Agenda cultural

“Luanda, Los Angeles, Lisboa” por Antonio Ole

Livro

“Amália canta Portugal?”

Frederico Santiago foi aos arquivos da editora Valentim de Carvalho à procura de inéditos de Amália Rodrigues. Alguns deles integram agora o álbum “Amália canta Portugal”, lançado em setembro. O coordenador desta edição discográfica remasterizada reuniu também o trabalho de Amália no folclore. Temas como “Malhão”, “Verde Limão” e “Tia Anica de Loulé” fazem também parte do alinhamento. Em entrevista à agência Lusa, Frederico Santiago afirmou que “Amália era uma voz única, uma intérprete de alto nível e uma pessoa muito inteligente”, acrescentando que “ela impôs o fado no mundo, mas cantou outros géneros da mesma maneira extraordinária”, já que “tinha uma voz sem limites”, sublinhou. Além de possuir “uma maneira de cantar muito original e natural que era só sua”, a fadista “nunca se contentava com o que fazia, queria experimentar mais”, disse ainda o investigador. Frederico Santiago está a estudar e a editar a obra de Amália Rodrigues, com base nos arquivos da Valentim de Carvalho. Um trabalho que promete continuar, já que o “objetivo é editar a obra integral da Amália, e tem de ser por etapas, porque há imenso material inédito, entre ele, versões que cantou e nunca foram editadas”, esclareceu.

72 act ualidad€

Exposições

novembro de 2016

Nascido em Luanda, em 1951, António Ole é um dos mais internacionais artistas plásticos e cineastas angolanos. Podemos conhecer melhor o seu percurso através da retrospetiva que lhe dedica atualmente a Fundação Calouste Gulbenkian. Em causa a exposição de pintura, fotografia, escultura, colagens, desenhos e banda desenhada, uma instalação e a exibição da sua filmografia no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. Sendo “uma figura tutelar de toda uma geração de artistas contemporâneos angolanos”, na produção artística de António Ole destaca-se o “diálogo permanente com a cidade, e antes de mais a cidade de Luanda, com a sua arquitetura e os seus habitantes”. António Ole vive e trabalha atualmente em Angola, mas considera-se um artista do mundo. A mostra faz escala também nas cidades de Los Angeles, onde estudou, e em Lisboa, onde também viveu. “Luanda, Los Angeles, Lisboa estabelece uma geografia vivencial, percorrendo ou criando pontes entre as cidades determinantes no percurso artístico de António Ole”, que realizou a sua primeira exposição internacional no Museum of African American Art de Los Angeles, iniciando uma reflexão sobre a escravatura e o colonialismo. Com formação em Cinema no American Film Institute de Los Angeles (1975) e em Cultura Afro-Americana na Universidade da Califórnia – Center for Advance Film Studies (1981-1985), António Ole começou a realizar depois de 1974 (pós-independência de Angola como colónia portuguesa) e a sua filmografia prolongou-se nas décadas de 1980 e 1990, sendo uma das apostas fortes da exposição. Com curadoria de Isabel Carlos e Rita Fabiana, a exposição estabelece um forte diálogo com o espaço da galeria, cruzando a instalação, o filme e a pintura através da ideia de trocas e da ideia de contentor. Das exposições internacionais, destaca-se as participações de António Ole em 2013 e em 2015 na Bienal de Veneza. O artista recebeu diversos prémios em Angola, Portugal e Cuba. A sua obra encontra-se presente em inúmeras coleções públicas em Portugal, Angola, África do Sul, Estados Unidos da América, Alemanha e Cuba.

Até 9 de janeiro, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa

Hergé, Hugo Pratt e Moebius são as estrelas do Amadora BD 2016

“O tempo e o espaço na nona arte” é o tema que inspira a 27ª edição deste ano do Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada. “A evolução das noções de Espaço e Tempo, enquanto sistema conceptual, são aqui exploradas através de três autores de referência: Hergé - Classicismo (Aristóteles e Euclides); Hugo Pratt - Modernismo (Newton e Monge); e Jean Giraud/Moebius Contemporâneo (Einstein e Heisenberg)”, explica a organização. Além dos criadores de Tintim (Hergé) e de Corto Maltese (Hugo Pratt), bem como das histórias de Moebius, está em destaque também o trabalho de Marco Mendes, vencedor do Prémio de Melhor Álbum Português de Banda Desenhada 2015, com o livro “Zombie”, cujos “quadradinhos” estão expostos no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, a sede de sempre do festival. Em parceria com o Clube Português de Banda Desenhada, o AmadoraBD associouse aos 70 anos da criação da personagem Lucky Luke, de Morris, que foi o primeiro


espacio de ocio

espaço de lazer

convidado internacional do AmadoraBD, em 1990. Como habitualmente, o festival, organizado pela Câmara Municipal da Amadora, apresenta vários livros de banda desenhada, onde fãs e autores podem conviver. António Altarriba e Kim, autores da BD “A asa quebrada”, os brasileiros Eloar Guazzelli Filho e Marcelo Quintanilha, Tony Sandoval e os irmãos Gary, Warren Pleece, os britânicos Hunt Emerson e Savage Pencil e o colecionador Glenn Bray integram a lista de autores convidados desta edição.

Até 6 de novembro, na Fórum Luís de Camões, na Brandoa (Amadora)

Madrid mostra relação entre a fotografia e a azulejaria portuguesa

“Da fotografia ao azulejo. Povo, monumentos e paisagens de Portugal na primeira metade de século XX”. Assim se chama a exposição inaugurada no passado dia 27 de setembro, no Museu Nacional de Antropologia de Espanha, em Madrid, no âmbito do programa “Cultura Portugal”. A mostra “pretende dar a conhecer a produção de azulejos de Portugal durante a primeira metade do século passado, e as fotografias que lhes serviram de motivo e inspiração”. A sinopse da exposição sublinha que “os azulejos tiveram uma enorme importância em Portugal na decoração dos espaços públicos e privados, sobretudo a partir do século XVII”. O texto lembra que os azulejos estavam “inicialmente confinados ao interior das igrejas e casas ricas, ou a espaços conventuais e jardins privados” e que “no século XX passam para o exterior dos edifícios para revestir as fachadas principais das casas em várias cidades do país”. Isto porque “nos últimos anos do século XIX, e em maior medida na primeira metade do século XX, surge uma nova forma de decorar os espaços, na sua maior parte públicos, como as estações de comboios, os

mercados, as praças, os jardins, etc”. A inspiração para os azulejos que vemos em muitas fábricas, concentradas particularmente em Lisboa, Porto e Aveiro provinha de fotografias difundidas através de livros e revistas, bem como de coleções de fotografia. A iconografia retratada nos painéis de azulejos era variada: paisagens, monumentos, cenas da vida campestre e pré-industrial. “A paisagem que mostram os painéis de azulejos, na maioria dos casos está humanizada”, frisa o comunicado sobre a mostra. Muitos painéis mostram pessoas isoladas, fora de contexto ou em cenas de trabalho, remetendo aos “tipos” que aparecem no século XIX para caracterizar determinados grupos do povo.

Até 27 de novembro, no Museu Nacional de Antropologia, em Madrid Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Miró, em exposição na sua nova casa O anúncio de que a coleção de 85 obras de Joan Miró do ex-BPN vai ficar na Casa de Serralves coincidiu com o dia em que se inaugurou a mostra “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, que tem recebido milhares de visitantes. A mostra é comissariada por Robert Lubar Messeri, especialista mundial na obra de Miró, e inclui perto de 80 obras do artista plástico catalão, que abarcam um período de seis décadas da sua carreira, de 1924 a 1981, destaca a Fundação Serralves em comunicado: “Debruça-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão desenvolveu e aborda as suas metamorfoses artísticas nos campos do desenho, pintura, colagem e trabalhos em tapeçaria. O pensamento visual de Miró, o modo como trabalha com sensações que variam entre o táctil e o ótico e os processos de elaboração das suas obras são observados em detalhe.” A maioria das obras expostas é desconhecida do público, “in-

cluindo seis das suas pinturas sobre masonite de 1936 e também seis sobreteixims (tapeçarias) de 1973”, indica a Fundação de Serralves. O arquiteto Álvaro Siza Vieira é o responsável pelo projeto expositivo e será também agora encarregado da adaptação do espaço museológico que acolherá definitivamente a coleção, agora propriedade do Estado português. Joan Miró i Ferrà nasceu em Barcelona, a 20 de abril de 1893, e morreu em Palma de Maiorca, a 25 de dezembro de 1983. Trata-se de um dos nomes de proa do surrealismo, com um enorme legado de pintura, escultura, gravuras, cerâmica e tapeçaria. Miró é também o autor do logótipo de do Turismo de Espanha, mais conhecido como “O Sol de Miró”. Este símbolo de identificação de Espanha no estrangeiro foi a última obra do artista catalão e data de 1982.

Até 28 de janeiro de 2017, na Casa de Serralves, no Porto novembro de 2016

ac t ua l i da d € 73


últimas

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Statements Para pensar

“Portugal alcançou progressos notáveis, mas são necessárias reformas ambiciosas e o Governo português sabe disso”

Mario Draghi , presidente do BCE, sobre a consolidação orçamental alcançada por Portugal nos últimos anos e os riscos ainda existentes, “Negócios.pt”, 20/10/16

“Há vulnerabilidades que o Governo [português] conhece bem. O Governo tem bem a noção da necessidade de reformas ambiciosas [no país, como] a restruturação da dívida empresarial e lidar com o problema do crédito malparado” Idem, ibidem

“Só a aposta na inovação e nas novas tecnologias garante a exploração sustentável e duradoura dos recursos do oceano” Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, “Notícias APP”, 21/10/16

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“Espero que, em 2017, uma parte desse investimento do corredor [ferroviário entre Sines e Caia] já esteja no terreno, nomeadamente no troço mais perto da fronteira”

Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, adiantando que a empreitada do corredor entre Sines e Caia inclui intervenções já finalizadas, entre as

quais a modernização do troço Bombel/ Casa Branca/ Évora, “Notícias APP”, 21/10/16

“É [uma ligação] muito importante para o país [que desenvolverá o porto de Sines e potenciará a penetração de mercadorias portuguesas em Espanha e na Europa]” Idem, ibidem

“O trabalho não declarado [de algumas empresas de segurança privada] é uma praga generalizada. Custará cerca de 50 milhões de euros anuais ao Estado, em receita [fiscal e para a segurança social] não arrecadada, e impede a criação de mais de quatro mil postos de trabalho” Rogério Alves, presidente da Associação de Empresas de Segurança (AES), “RTP Online”, 10/10/16

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