#08 A guerra das redes sociais

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Preรงo: R$ 11,90 agosto de 2011 - ano 1 n o 8


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Plano de negócios

um guia prático

José Arnaldo Deutscher

A Editora FGV há mais de 60 anos publica livros com o selo de qualidade da Fundação Getulio Vargas

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EDITORIAL

Novos formatos, mesmos objetivos Quando surgiu a possibilidade de adotarmos uma versão para tablets, confesso que a minha empolgação foi grande. Como entusiasta dos gadgets e das inovações tecnológicas, via a possibilidade de ampliar nossa missão de difundir a Administração e desmistificar essa área que muitos consideram quadrada. Assim, caro leitor, a partir deste número, temos a satisfação de lhe informar que a revista Administradores já está disponível em versão para iPad. Com essa nova plataforma, você terá mais interatividade em um layout arrojado. Certamente, a linha de partida está na própria evolução do grupo Administradores, que sempre buscou maior proximidade com você: primeiro, através do portal, que hoje ultrapassa três milhões de acessos por mês; depois, com a idealização da revista; e, agora, com a versão para tablet. Aproveitando o momento, nada melhor do que falar sobre um dos conceitos da interatividade atual: as redes sociais na web. Com a chegada

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agenda

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ambiente externo

10 entrevista Mark Johnson revela como promover a inovação

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acadêmico

Estou formado: e agora, o que fazer?

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carreira

Como os gestores podem aproveitar o egocentrismo das novas gerações

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ESTRATÉGIA

Descubra o melhor caminho para quando há mudanças em um setor

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TECH

Hackers: conheça o mundo deles

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quiz

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INFOGRÁFICO Sete invenções que mudaram o mundo dos negócios

28 capa

A guerra das redes sociais: quem está ganhando a batalha por mais usuários?

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MARKETING Os mistérios que cercam as mensagens subliminares

do Google+ e o constante aperfeiçoamento dos outros sites de relacionamento, a busca por adeptos se intensificou tanto que se vive, literalmente, em uma guerra por usuários. Encaramos o desafio de transmitir todo esse conteúdo num layout inspirado nas histórias em quadrinhos. Por meio de um intenso estudo dos designers João Faissal e Thiago Castor – unido ao traço marcante do desenhista de HQs J.B. Neto – construímos uma verdadeira liga de heróis que representam as principais redes sociais do momento. Vamos apresentar, ainda, ´ um infográfico com sete invenções que mudaram os negócios, além de invadirmos o mundo dos hackers e das mensagens subliminares para decifrá-los. Quem acabou de sair da faculdade não pode perder a matéria “Estou formado: e agora, o que fazer?”, assim como as dicas para a produção de um currículo vitorioso. Esperamos que aprecie a revista Administradores nos dois formatos: impresso e para tablet. Queremos que ela esteja presente nos momentos de reflexão e entretenimento – e que lhe ajude com ideias positivas, que melhorem a sua vida. Boa leitura, agora em duas versões! Fábio Bandeira de Mello Editor @fabiobandeira_ Para você, que possui um iPad e quer baixar nosso aplicativo, é simples: basta entrar na App Store em seu tablet, procurar por revista Administradores e fazer o download. As edições anteriores também estarão disponíveis.

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PEI, BUF!

Veja como fazer um currículo matador

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artigo

- “Ceu Fabio, escessemo a maquina di fura” - Preguiça no trabalho? Dez motivos para você não ter! - Olá! Quero lhe fazer uma proposta (indecente)...

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ADMINISTRADORES NA HISTÓRIA

Itamar Franco: uma lição de como gerenciar crises

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PAPO COM YODA

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ADMINISTRADOR DO FUTURO Raphael Faucioni mostra que ser sustentável pode fazer a diferença

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FORA DO QUADRADO

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ENTRE TENIME NTO

- Curiosidades e Humor - Ações para um mundo melhor - Leitura: Rumo ao topo - Cinema: Uma manhã gloriosa

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ponto final O jeito do administrador para lidar com pessoas estranhas

As dúvidas dos leitores tiradas pelo mestre jedi

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twitter e-mails @moacia Cheguei do estágio e já passei os olhos na #RevistaAdministradores nº 7. De cara, a reportagem “Hora da Formatura” me agradou!

infográfico Sou assinante da revista e não tem uma edição que eu diga: “Essa eu não gostei!”. Nessa última, achei super interessante o infográfico

@aferrari Revista #Administradores abordando empreendedorismo na capa: algo que está implícito nela! Fiquei empolgado. @july_rocha Vou agora tomar um lanchinho e ler a minha revista da @admnews que chegou hoje à tarde... Não dá pra aguentar até amanhã! Então, tchau!!!

sobre a Geração Y. Só discordo em uma das características: Não-Reconhecimento das Hierarquias. Acredito que nós reconhecemos a hierarquia, só não gostamos de ficar apenas ouvindo o superior. A interação e o relacionamento são os fatores principais que movem as grandes equipes. (Jorge Wanderley)

@_thaaati A revista @admnews #7 está perfeita, conteúdo muito rico! Amei o artigo escrito pelo Leandro Vieira e a reportagem da GE. @carolinebarin Reportagem da @aeadsantamaria na revista @admnews ficou ótima! Só podia ser maior :P @fernandotinoco Essa com certeza é a melhor revista já feita por vocês! E veio em excelente hora! #empreendedorismo twitpic.com/5t5kp7

+info e capa De maneira sutil, transparente e sintética, o jornalista Eber Freitas e a arte de João Faissal demonstram a transformação das gerações humanas. Surge a Geração Y com preocupações maiores e conscientização global, bem ilustrada na reportagem de capa pela entrevista com o administrador Alessandro, que produz biodiesel com óleo de fritura usado. Quem sabe, daí, já não se esboça uma futura G.Z.? (Felipe Elisei)

facebook

istockphoto

VALDAIR MARCOLINO Parabéns pela ousadia das cores e traços, isso também é viajar no layout do empreender, criar e ousar. Parabéns. MICHAELLE SILVA Show de bola essa edição. Fiquei com gostinho de quero mais...

CATIA VARGAS Sério, pessoal, revista ótima! Leitura leve, objetiva, criativa! “Defeito”: leio tudo em duas noites passo 28 aguardando a próxima edição. CAROL WOTTKOSVIK As capas das revistas Administradores são inspiradoras.

Publisher Leandro Vieira leandro@administradores.com.br Redação Editor Fábio Bandeira de Mello fabio@administradores.com.br Repórteres Eber Freitas eberfreitas@administradores. com.br, Fábio Bandeira de Mello, Michelle Veronese e Simão Mairins simao@administradores. com.br Revisão Laíza Felix COLABORADORES Africa Ariño, David Forli, Fábio Barreto, Miguel Gallo, Jaume Casellas, Leonidas Quadros, Karsten Jonsen, Mestre Yoda, Paulo Sérgio Crivelli e Stephen Kanitz, Tom Coelho e Victor Souza ARTE DIREçÃO João Faissal joaofaissal@administradores.com.br Design e ilustração Thiago Castor thiago@administradores.com.br capa J.B. Neto COMERCIAL Diretor Comercial Diogo Lins diogo@administradores.com.br Atendimento ao Leitor Anna Valéria Vita annavaleria@administradores.com.br Impressão Gráfica Moura Ramos www.mouraramos.com.br

O papel ultilizado nessa revista possui certificado internacional FSC - nossa prova de responsabilidade ambiental

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TAINÁ CARNEIRO Humm... Como sempre, estão de parabéns, temas bem escolhidos e bem trabalhados. MARCIA MENDES O problema do empreendedor brasileiro é que ele nunca precisa de um plano de negócio! Tem um na cabeça... rsrsrs

HELDER EJC ALUSTAU Tive um sonho com a revista Administradores do próximo mês! Tenho que parar de colocar essa revista na cabeceira da minha cama e de ler todas as noites antes de dormir... No sonho, a capa era azul... kkk #FATOREAL

MATHEUS PARIZOTTO Revista de junho está cheia de matérias interessantes! Muito bom o artigo do Leandro convidando a mudar o mundo. Só depende de cada um fazer a sua parte e convidar outras pessoas para ajudarem também!

Mande também seu recado para a Administradores através do revista@administradores.com.br

CONTATOS


EVENTOS

| CAPACITE-SE

Agenda Início:

12 AGO 2011 Início:

Curso de Marketing Promocional Responsável: Miyashita Consulting Local: São Paulo – SP Info: adm.to/marketing_promocional

CONAD 2011

15 set 2011

Responsável: Conad Local: Goiânia – GO Info: adm.to/conad2011

Início:

XXII ENANGRAD

23 out 2011

Responsável: Angrad Local: São Paulo – SP Info: adm.to/enangrad

Início:

25 AGO 2011 Início:

16 set 2011 Início:

20 nov 2011

Formação e Certificação Internacional Professional & Self Coaching

Responsável: IBC Coaching Local: Belo Horizonte – MG Info: adm.to/ibccoaching

III CONNAD Responsável: Connad Local: Belém – PA Info: adm.to/3connad

EnGPR 2011 Responsável: Anpad Local: João Pessoa - PB Info: adm.to/engpr11

Início:

13 SET 2011 Início:

10 out 2011

Início:

20 nov 2011

BPM Implementation 2011 Responsável: IQPC Local: São Paulo – SP Info: adm.to/bpm_Implementation

VII Congresso Mundial de Administração Responsável: CFA e OIT Local: Torino – Itália Info: adm.to/congresso_mundialadm

EnEPQ 2011 Responsável: Anpad Local: João Pessoa - PB Info: adm.to/enepeq2011


ambiente externo

| rápidas

Cor, raça e relações de trabalho

Uma pesquisa feita pelo IBGE aponta que 71% dos entrevistados acreditam que características étnico-raciais influenciam nas relações trabalhistas. O levantamento constatou também que os brasileiros apontam que a cor e a raça interferem nas relações com a justiça ou a polícia (68,3%), convívio social (65%) e na maneira de as pessoas agirem nas escolas (59,3%). Essa é a primeira vez que é realizado um estudo sobre o tema no país.

Itália: a Terrorismo próxima vítima? na Noruega No dia 21 de julho, a União Europeia aprovou um novo pacote de apoio à Grécia sob um clima de esperança e, ao mesmo tempo, insegurança. Apesar de ter conseguido fechar um importante acordo entre governos e instituições financeiras privadas para dar suporte aos países mais afetados pela crise, a direção do bloco tem visto com preocupação o crescente risco de colapso na Itália – um dos países mais ricos da região e que, caso quebre, causará danos bem mais graves do que os gerados pela falência das outras economias mais pobres. O temor é de que, fragilizado por várias denúncias de corrupção, o governo de Silvio Berlusconi não tenha apoio para implementar o plano de cortes de gastos que o país necessita.

Faxina geral

Um ataque terrorista coordenado por um membro da extrema direita da Noruega deixou pelo menos 93 mortos em dois episódios quase simultâneos. O primeiro foi no centro de Oslo, capital do país, onde se localizam escritórios do governo: um carro-bomba explodiu e provocou danos em vários prédios nas proximidades, além de deixar cerca de 15 vítimas, oito delas fatais. Poucas horas depois, um atirador abriu fogo em um acampamento de verão promovido pelo Partido Trabalhista, que governa o país, em uma ilha próxima à capital. O acusado pelos dois atos, Andres Breivik, afirmou que precisa salvar o país do “marxismo cultural” e do islamismo. Ele está preso e aguarda julgamento, previsto para o final de setembro.

Centro da primeira crise do governo após a queda de Antônio Palocci, da Casa Civil, o Ministério dos Transportes vem passando pelo que imprensa e parlamentares batizaram de “faxina geral”. Envolvida em várias denúncias de desvio de verbas, a pasta comandada pelo Partido da República (PR) desde 2004 entrou em colapso com a demissão do ministro Alfredo Pereira. Até o fechamento desta edição, quase 20 pessoas já tinham sido demitidas do ministério, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública responsável por obras em ferrovias.

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Tenho razões médicas, razões científicas, razões humanas, razões de amor e razões políticas para continuar à frente do governo e manter a candidatura com mais força do que antes Hugo Chávez, presidente da Venezuela por mais de doze anos, ao afirmar que se candidatará à reeleição do país em 2012.

Impossível dizer que não haverá superfaturamento José Jorge, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), ao declarar sobre os recursos federais destinados às obras para a Copa do Mundo de 2014, apesar de todos os mecanismos de controle e fiscalização.

Aqueles que concordam, maneiro, os q n concordam, f....-se. Valeu, galera! Romário, ex-jogador e deputado federal pelo PSB, ao anunciar em seu perfil no Twitter que iria tirar férias.

Não tínhamos experimentado nada assim antes. Temos que voltar até a Segunda Guerra Mundial para encontrar algum tipo de violência parecido Jens Stoltenberg, Premiê da Noruega, sobre o massacre de 93 pessoas no país.


online

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FOI DESTAQUE NA WEB

ARTIGOS Meu Facebook não é “penico”: cinco dicas sobre o que não fazer nas redes sociais Com a disseminação do uso dos sites de redes sociais, principalmente do Facebook, o número de recados e mensagens aleatórias já começa a superar as relevantes. adm.to/facebook_penico

A organização que cresceu em tamanho amadureceu? Wagner Siqueira destaca que, apesar dos avanços nos recursos tecnológicos, a mentalidade prevalecente nas culturas organizacionais é contemporânea dos carros de boi. adm.to/organizacao

O líder se foi: quem assume o barco? Dispensa de visto para entrada de brasileiros nos EUA? Entenda o que há de possível nessa história toda e como a decisão pode mudar as relações entre os dois países. adm.to/visto_eua

A ausência de substitutos à altura é um problema real de muitos empreendimentos diante da necessidade de fazer uma transição. adm.to/lider_se_foi

#FICADICA

Qual é a rede social que você mais utiliza?

Luiz Paulo Ferrão, coordenador da Vistage, empresa de treinamento para executivos, explica como driblar o sofrimento no trabalho. adm.to/entrev_ferrao

Declare seu amor pela Administração

3.08% Linkedin

Twitter

21.83% Orkut

4.65%

Não participo de redes sociais

50.78% Facebook

Rodolfo Araújo aponta como equilibrar bem os elementos de uma mensagem para melhorar o seu entendimento e aumentar a sua eficácia. adm.to/mensagem_eficaz

entrevista

ENQUETE

17.59%

Como tornar suas mensagens mais eficazes?

2.07% Outra

Participe da campanha de valorização da Administração que está sendo um sucesso no Twitter e no Facebook. Em apenas 10 segundos é possível colocar a mensagem EU AMO ADM nos seus avatares desses sites de redes sociais. Mais de 1500 pessoas já aderiram! Ah, e não deixe de usar a hashtag #EuAmoADM no Twitter. Veja mais detalhes em adm.to/ declare_seu_amor

Marcos Menichetti, professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing, responde por que algumas pessoas são persuasivas e outras não. adm.to/entrev_menichetti

Twitter

Facebook

Orkut

Linkedin

@admnews

adm.to/facebookadm

adm.to/orkutadm

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adm.to/linkedinadm

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| MARK JOHNSON

Mark Johnson inovar ĂŠ sempre o diferencial

por rodolfo araĂşjo*

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fotos: Lola Studio

entrevista


Um dos mais renomados consultores em inovação da atualidade, o americano Mark Johnson revela como a inovação permite conceber novas maneiras de crescer nos modelos de negócio.

I

ir adicionando funcionalidades com o tempo. Focar em um nicho e entender sua importância naquelas tarefas, manter a simplicidade nesse mercado inicial e trabalhar o seu crescimento dali para cima. Com o SegWay, não houve pesquisa de mercado. Eles não sabiam que tarefa as pessoas “contratariam” o produto para realizar. Nem sempre você tem uma oportunidade e sai procurando a tecnologia para encaixar. Às vezes, você inventa a tecnologia – como o avião híbrido¹ – e simplesmente não sabe o que fazer com isso.

novação. A palavra que virou regra na maioria das empresas de sucesso mostra que seu status de extremamente importante não é por acaso. Ela se transformou no impulsionador do desenvolvimento humano. Mas se engana quem pensa que, para inovar, basta apenas ser criativo. De acordo com o consultor e pesquisador Mark Johnson, “o processo criativo não é apenas ter a ideia. O mais importante é o modo como essas ideias tomam forma através do processo de inovação”. Com uma bagagem recheada de assessorias para centenas de empresas de diversos segmentos na área de inovação, Mark Johnson – co-fundador com Clayton Christensen da Innosight, uma consultoria de inovação estratégica que abrange vários países – explica à revista Administradores como as companhias podem prever, criar e gerenciar a inovação para alavancar seus negócios.

1. Hibrid Airship – um misto de zepelim e avião criado por uma empresa do segmento de defesa, que não soube aproveitar a oportunidade porque era direcionada a um mercado no qual eles não atuavam.

Outro exemplo que eu gosto de citar nesse caso é o SegWay, que é algo incrível e com muita tecnologia embarcada, mas que não tinha foco em um mercado, não se sabia o que ele deveria realizar. Então, sua aplicação começou a definhar e ele foi relegado a armazéns e estacionamentos. Entendo que se você é um empreendedor e tem uma ideia nova, essa confusão pode acontecer. Mas, se você é uma empresa, precisa combinar essa invenção com um profundo conhecimento sobre o mercado, sobre que tarefa o consumidor está tentando realizar. E, então, precisa adaptar sua inovação a essa necessidade não-satisfeita. No caso do SegWay, eu procuraria um tipo de tarefa para a qual esse tipo de veículo se encaixasse perfeitamente – e que, no momento, não estava sendo atendida – em vez de simplesmente tentar vendê-lo para todo mundo. Aconteceu que, em muitos locais, surgiram restrições ao seu uso nas calçadas por medo de acidentes. Eles deveriam ter começado buscando nichos de mercado nos quais a realização da tarefa estivesse mal atendida – como em armazéns, guias turísticos e patrulhamento. Você precisa adaptar a proposta do produto a essas necessidades. Se você tem algo realmente novo, você precisa entender como isso é importante naquela tarefa. No caso dos MP3 players, não basta dar aos usuários a possibilidade de customizar a música que querem ouvir. Tem que ser simples de usar, senão o consumo de massa não emplaca. Inovações disruptivas precisam ser simples e

O SegWay

divulgação

Às vezes aparecem inovações tão espetaculares que ninguém sabe o que fazer com elas. Você cita os MP3 players, que eram bonitos e revolucionários, mas não eram práticos porque era difícil colocar músicas neles. Como se supera essa Maldição do Inovador – que é quando você inventa algo que está muito à frente do seu tempo?

Se você tem algo realmente novo, você precisa entender como isso é importante naquela tarefa Agosto 2011

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entrevista

| MARK JOHNSON

Você serviu na Marinha no início da sua carreira. Como você lida com a inovação em organizações nas quais tudo parece ser tão rígido e controlado por hierarquias e burocracia? Como fazer a inovação brotar em tais ambientes?

Mas isso também vale para empresas sem fins lucrativos ou do governo, lembrando que nesses casos não há coisas como spin-offs?

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É interessante porque, quando você pensa em uma organização, deve considerar suas finalidades principais, assim como na criação de novas operações. Essa criação apoia-se em descobrir e aprender, e isso precisa ser separado. Quando falamos em novos mercados ou novas tecnologias – seja no mundo corporativo ou de defesa – você precisa se reinventar ou acaba tornando-se uma commodity. Entrar em novos espaços competitivos requer um novo time. Este novo time ainda faz parte da antiga organização, pois compartilha recursos, conhecimento e know-how. Então, é preciso haver colaboração. Mas o time precisa ser autônomo, pois o conjunto de regras, normas e métricas deve ser modificado para permitir o seu funcionamento. Algumas precisam ser relaxadas. A alta gestão precisa permitir que esse novo time crie suas próprias regras, normas e métricas, apropriadas ao novo empreendimento. Então, é preciso ter um novo time de gestão, apoiado pela alta direção da empresa e que possa operar segundo suas próprias regras. Parte disso será descoberto pelo caminho, em vez de planejado antecipadamente. Deve-se estar aberto a isso para permitir que o modelo evolua. É preciso reconhecer as diferenças entre o novo mercado e o atual. Entender que as margens não serão tão boas, mas que se pode vender mais quantidade. E que, com os custos reduzidos, o lucro não precisa ser tão alto. Uma nova cadeia de valor, novos fornecedores, novos distribuidores. Muda-se a operação e a forma de ganhar dinheiro. Sabe, nos Estados Unidos nós tivemos esse tipo de movimento. Tínhamos o Núcleo de Aviação que se transformou na Aeronáutica. Criamos as Operações Especiais para as tarefas que a organização principal não poderia fazer. Então, os militares fazem spin-offs de fato, só que tem outro nome. Mas operam de forma diferente. Então, não podem estar dentro da mesma unidade do Exército. É preciso considerar sempre que estão realizando um tipo de trabalho diferente da organização principal. As missões são diferentes. Então, você pode fazer a analogia entre os objetivos: lucro ou missões. Os Rangers (tropa de elite do Exército americano) mostram o seu valor e satisfazem o seu cliente quando completam uma missão com sucesso. Então, é importante, mesmo para o Exército, ter a capacidade de atuar em times de inovação, na criação de unidades que possam trabalhar juntas de forma diferente. Equipes com

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regras de combate diferentes, missões diferentes. E cabe ao líder da organização identificar que tais inovações não podem funcionar dentro da rigidez do atual modelo, e garantir que o novo grupo tenha os recursos necessários. Voltando para as empresas, algumas delas criam produtos revolucionários para nichos específicos em países emergentes. Você acha que esses produtos farão o caminho inverso e também serão um sucesso nos mercados mais ricos?

Há um padrão para acreditar que sim. O mercado automobilístico dos Estados Unidos foi abalado pela chegada da Toyota, com o Corona, que era um carro simples e de baixo custo. Embora os americanos dissessem que gostavam de automóveis grandes e sofisticados, a Toyota encontrou um mercado que efetivamente tinha interesse na sua proposta. Então, a partir desse mercado, a Toyota foi subindo: do Corona veio o Corolla, depois o Lexus e assim por diante, até o mercado de luxo. Depois, veio a coreana Hyundai e repetiu o processo com a própria Toyota. E, agora, os chineses estão trazendo o Cherry e a Tata vem com o Nano. Mas o Nano será um problema na Índia porque eles pretendem substituir as scooters. Só que lá eles não têm ruas asfaltadas. É tudo muito esburacado e, em breve, não haverá onde estacionar os carros. Então, é bem provável que eles venham para o Brasil, para a China, a Indonésia e, depois, para os Estados Unidos.

Em um artigo recente, você escreveu que “ter uma mente aberta talvez seja o bem mais valioso que alguém pode trazer para um mercado emergente”. Você falou bastante sobre pesquisa, sobre estar aberto a novas ideias. O que mais é importante para ser um grande inovador?

Quando você está criando coisas novas, transformando mercados – além de ter a mente aberta – você precisa ser ousado, ter uma visão ambiciosa. Você também precisa pensar de forma holística. Tem que ter uma visão sistêmica dos negócios. Veja o que Shai Agassi² fez em Israel. Ele não apenas pensou na tecnologia da bateria para os automóveis, mas precisou pensar em toda a rede de trocas, no software que indicava ao motorista aonde ele deveria ir. Ele transpôs o problema da autonomia do carro com uma solução que não envolvia apenas a bateria. E, como o “combustível” era mais barato – permitindo uma margem melhor – ele poderia subsidiar a compra dos carros para atrair outro público, de menor renda. Isso só pode ser feito se ele pensar em diferentes maneiras de ganhar dinheiro. Não é só uma questão de pensar no modelo de negócio ou na tecnologia. Ele precisou falar com o governo, mudar algumas políticas. Outro exemplo interessante que costumo citar é o de Thomas Edison. Ele não inventou apenas a lâmpada. Ele criou um sistema de transmissão, geradores e tudo mais. Ele também fez análises de custo para perceber que precisava usar menos cobre nas lâmpadas para baratear o produto. Mas isso significava usar uma voltagem mais alta. Isso é raciocínio sistêmico.

2. Agassi criou uma solução para o problema das baterias de carros elétricos que duram pouco: em vez de ligar o carro a uma tomada para carregá-lo, ele espalhou pontos de troca onde o motorista podia trocar sua bateria descarregada por uma cheia. O cliente não paga pela carga, mas pela quilometragem rodada.


ideia sobre uma nova lei, que será revista por seus pares. Então, vêm os pedidos de alterações, as concessões, os interesses dos lobistas. Ocorre aí que o resultado final fica completamente diferente da ideia original. O mesmo acontece com as inovações. O pessoal de finanças pede para você aumentar a margem de lucro, o de desenvolvimento pede para que ele fique mais atrativo para os engenheiros. Através desse processo, a ideia é mudada. Resumindo: precisamos de pessoas criativas para trazer as novas ideias; de uma estrutura independente, para que a inovação tenha um desenvolvimento mais natural; e, finalmente, de um CEO que incentive a inovação, permitindo que pessoas trabalhem nela com dedicação exclusiva, em vez de precisar ficar dividindo o seu tempo com outras obrigações.

Você não pode pensar nos componentes isoladamente. Você precisa pensar de forma integrada, assim como o Steve Jobs fez ao perceber que o problema dos MP3 players estava na forma como se comprava as músicas. E o raciocínio sistêmico é uma característica comum hoje em dia? Quando as pessoas levam suas ideias para você na Innosight, o pensamento holístico vem junto?

Não muito. Está um pouco melhor do que antes de a bolha de 1999 estourar. Hoje, os investidores já dizem: “Olha, não vamos lhe financiar enquanto você não me mostrar de onde virá o dinheiro”. Mas continua sendo muito difícil para as pessoas estruturar a parte financeira de uma inovação, seja um produto ou um serviço. A inovação financeira é particularmente difícil, pois as atuais regras de negócio têm uma rigidez própria.

Como se motiva as pessoas para serem criativas? Como cria um ambiente que favoreça a inovação?

Algumas pessoas são mais criativas que outras. Algumas são mais orientadas para a descoberta, outras para a execução. Ambas são necessárias. Então, as empresas precisam ter formas de identificar quem é quem porque nem todo mundo fica confortável com a ambiguidade de uma tarefa criativa, ou o pragmatismo da execução. A outra coisa é entender que o processo criativo não é apenas ter a ideia. O mais importante é o modo como essas ideias tomam forma através do processo de inovação. Os departamentos de Marketing e Finanças avaliam a ideia para saber se é algo que não vai funcionar, ou se pode se desenvolver da maneira correta. Vamos tomar o processo legislativo americano como exemplo. Alguém vem com uma

Então, de certa forma, o objetivo é proteger as ideias inovadoras?

Sim, porque a ideia não para nela mesma. Ela é só o início. Ela evolui, se desdobra e se desenvolve. Esse processo precisa ser protegido das interferências externas. Veja o Facebook, que teve várias pessoas envolvidas no processo. Um sugeriu que se chamasse Facebook, outro que não fosse restrito a um ambiente universitário. Ele passou por muitas transformações antes de ser o Facebook.

* Rodolfo Araújo é diretor da PharmaCoaching e realizou essa entrevista no Fórum HSM de Inovação.

divulgação

A job to be done Em vários momentos de suas palestras – e também nesta entrevista – Johnson utiliza o conceito job to be done. Para ele, o consumidor compra um produto para realizar uma tarefa específica. Portanto, o foco da inovação deve estar nas tarefas que o consumidor não está conseguindo realizar direito, seja porque as atuais soluções são caras ou complicadas demais. Um bom exemplo vem da Índia: a população mais pobre não tinha dinheiro para comprar geladeiras porque são caras, difíceis de carregar (eles se mudam com frequência) e gastam muita energia. Por outro lado, os moradores precisavam de algo para guardar apenas uma refeição de um dia para o outro e gelar um pouco de água. Além disso, deveria ser pequeno, portátil, consumir pouca energia e, de preferência, ter uma bateria. Não adiantava fazer uma geladeira pequena; tinha que ser algo completamente diferente. Então, criaram a ChotuKool. Ele é portátil, do tamanho ideal, funciona à energia (consumindo 1/3 da eletricidade de uma geladeira convencional) ou à bateria, e custa US$ 69.

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ACADÊMICO

| RECÉM-FORMADOS

Estou formado: e agora, o que fazer? Com um diploma na mão e várias interrogações na cabeça, muitos profissionais sentem-se “perdidos” na hora de deixar a vida acadêmica e iniciar uma carreira. por simão mairins

S

e perguntarmos a qualquer criança o que ela quer ser quando crescer, muito provavelmente a resposta estará na ponta da língua. O caminho para a carreira brilhante arquitetada em sua cabeça é descrito mais facilmente ainda: escola, faculdade, emprego dos sonhos. Longe do mundo da imaginação, no entanto, as coisas já não são tão simples. Quando – em vez da bicicleta, do desenho animado e da tarefa de casa – as preocupações são a realização pessoal, o futuro profissional e o bolso, encontrar um rumo é o maior obstáculo para muita gente. Quando dizem que sem um diploma é difícil conseguir um futuro na vida, parece que, com ele, tudo será fácil. Ledo engano. 14

Não são poucos os profissionais que, recém-formados, enfrentam o drama de não saber o que fazer. Nessas condições, muitos têm dificuldade de conseguir emprego. E, entre os que conseguem, outros tantos atuam em áreas diferentes das quais se graduaram. “O mercado parece, no momento, não ser capaz de aproveitar estudantes de tantos cursos superiores formados a cada semestre. Além disso, muitos estudantes já trabalham enquanto estudam, e preferem continuar investindo nas empresas em que atuam – embora, eventualmente, em áreas diversas da formação acadêmica”, explica Elizabeth Carvalho, diretora de Grupos de Estudos da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Rio Grande do Sul (ABRH-RS). No caso dos graduados em cursos multidisciplinares, como Administração, a di-

versidade de campos em que se pode atuar é um ponto favorável na disputa por uma vaga, seja ainda na busca por estágios ou já no mercado profissional. “A flexibilidade da grade ajuda bastante”, destaca Eduardo Oliveira, superintendente de operação do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE. Para alguns recém formados, entretanto, a variedade de opções significa dúvida. “Em Administração, cada disciplina cursada é uma área de atuação dentro de uma empresa. Então, qual área seguir? Em que me especializar? Qual área com mais carência no mercado? Qual o perfil dos profissionais que as empresas estão procurando?”, inda-


O mercado parece, no momento, não ser capaz de aproveitar estudantes de tantos cursos superiores formados a cada semestre

gou-se Cintia Patrícia Santos, ao fim da sua graduação em Administração com Habilitação em Marketing.

Na faculdade Planejar a vida profissional ainda durante a graduação é um bom começo para minimizar as dificuldades após a conclusão do curso. “É importante que o estudante se familiarize com as opções oferecidas pelo mercado enquanto está na faculdade, o que pode ser feito por meio de estágios, visitas técnicas a empresas ou participação em grupos de estudo, nos quais a convivência com profissionais já atuantes no mercado vai ajudá-lo a construir uma ideia mais realista do am-

biente profissional e de suas alternativas”, afirma Elizabeth. A analista de projetos Tatiane Oliveira sabe bem da importância disso. “Estagiei durante dois anos e, ao fim, fui contratada”, afirma, ressaltando que a experiência foi um fator decisivo, já que, na maioria das empresas, é um dos requisitos na hora de contratar. De acordo com Eduardo Oliveira, do CIEE, “o índice de efetivação de estagiários no Brasil é de 64%, e só não é maior porque, no caso das empresas públicas, é necessário concurso para que um profissional seja efetivado”. Na hora de procurar uma atividade prática durante a graduação, no entanto, é necessário tomar alguns cuidados. Caso contrário, as consequências para o futuro profissional podem acabar não sendo positivas. “Em primeiro lugar, analisar a compatibilidade com o que se está cursando, pois é o que vai agregar valor. Depois, ponderar se vai ser mesmo possível conciliar com os estudos”, ressalta Eduardo Oliveira. Com as experiências práticas, os estudantes podem conhecer melhor a profissão em que pretendem atuar, além de terem ali uma oportunidade de identificar se aquela é mesmo a carreira que quer seguir. “Sugerimos que os alunos conheçam as possíveis áreas de seu curso e se candidatem para aquelas oportunidades com as quais tenham realmente afinidade ou interesse em seguir carreira. Dessa forma, irão aprofundar seus conhecimentos e adquirir prática”, destaca Patrícia Bach, coordenadora de Seleção da Link/ABRH-RS Estágios.

Com o diploma na mão Manter-se presente no mercado, mesmo que sem emprego, é a primeira dica para os re-

cém-formados. “É fundamental não se afastar do ambiente profissional, participando de eventos que agreguem conhecimentos e possibilitem se informar sobre oportunidades de trabalho ou de experiências relevantes. Recomendo manter o foco e formular uma agenda de ações e compromissos, que o mantenham em atividade, aproximando-os dos seus objetivos”, ressalta Elizabeth, da ABRH/RS. Ativar o network nesse momento também é indispensável, pois é por esse canal que costuma surgir a maior parte das propostas de trabalho. “Após a formatura, é interessante acionar a rede de relacionamentos, que pode repassar oportunidades interessantes para o início da jornada profissional”, completa Elizabeth. Por fim, a especialista afirma que, aparecendo uma chance, o ideal é aceitar, mesmo que não seja ainda a vaga considerada ideal para os planos do profissional. “O objetivo primordial, nesse momento, é a aquisição de experiência. Um projeto desafiador, que proporcione aprendizagem e valorize seu currículo, deve ser considerado”, destaca Elizabeth. A analista de projetos Tatiane Oliveira é um exemplo de quem seguiu essa dica e se deu bem. “Comecei em uma área totalmente diferente da minha e depois tive a oportunidade de evoluir dentro da empresa”, conta. Antes de dizer sim, no entanto, é preciso prestar atenção nas armadilhas que o mercado pode proporcionar. Um cuidado importante nesse momento deve ser com a reputação de quem contrata. Associar-se a empresas ou profissionais que não possuam boa fama – ou apresentem valores e métodos de trabalho questionáveis – pode pesar desfavoravelmente no futuro.

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CARREIRA

| EGOCENTRISMO

A Era da prerrogAtiva:

me dá, me dá, me dá! por karsten jonsen*

Numa cultura cada vez mais centrada no “eu”, descubra como os gestores podem se aproveitar do egocentrismo das novas gerações para proporcionar crescimento aos negócios de sua empresa – e como o jovem profissional pode usar essa ambição para progredir sem que esse egocentrismo seja mal visto. 16

A

s pessoas costumam dizer: “Os jovens de hoje só pensam neles mesmos”. Essa frase se tornou uma verdade quase inquestionável. Estudiosos têm notado um crescente foco no “eu” nas novas gerações. Nas últimas décadas, nos Estados Unidos, pesquisadores têm mensurado o narcisismo: a visão inflada e grandiosa de si, a falta de empatia, a necessidade de admiração e de experiências de autodesenvolvimento. Isso levou à conclusão preocupante de que os jovens estão cada vez mais centrados em maximizar o “eu” numa nova era na qual muitos focam apenas no próprio bem-estar – muitas vezes, em detrimento dos outros. Além disso, um número crescente de pessoas (alunos) é diagnosticado com transtorno de personalidade narcisista (TPN). Mas a juventude e seus comportamentos são um produto dos que vieram antes? O termo “pai helicóptero” está sendo usa-

do para descrever os pais que pairam sobre seus filhos, poupando-os de passarem por confrontos diários. Da mesma forma, na Escandinávia, a geração nascida nos anos 1980 e início de 1990 é chamada de “filhos curling”, pois seus pais constantemente varrem as dificuldades que surgem pela frente, ajudando-os a alcançar o máximo de resultados com o mínimo esforço. Os pais de hoje veem o estrelato em cada criança, muitas vezes criadas em pequenas famílias como filhos únicos. Elas vêm ao mundo com um sentimento de realeza, e terão dificuldades em relação à obediência e à autoridade – e, claro, isso afetará seu futuro profissional. Devido ao narcisismo, talvez os laços e relações com a comunidade estejam diminuindo rapidamente. Há maior foco e ação para “apropriar-se” em vez de “doar-se”. Isso tem enorme impacto sobre os sistemas sociais e, em empresas e organizações, causa inúmeros problemas. Por exemplo: pesquisadores descobriram que aqueles que


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vida; e, mesmo no meio da crise financeira, o mundo viu banqueiros enfileirados para receber pacotes de resgate e bônus. Em muitas sociedades ocidentais – além dos pais e das práticas de negócios – certas tendências parecem criar um impulso inercial ao narcisismo e à prerrogativa. Primeiro, temos o conceito do usuário de transporte, no qual muitos vivem em áreas afastadas da cidade ou nos parques industriais onde trabalham. Essa separação geográfica torna as pessoas cada vez mais distantes da comunidade em que vivem. Assim, seu envolvimento cívico diminui. Segundo, tem havido um foco crescente de auto-expressão e individualismo desde o final dos anos 1960. Todo mundo agora é tratado de forma diferente em função de seu gosto, personalidade e preferências únicas. Pedir um simples café hoje em dia exige um imenso esforço cognitivo, dadas as centenas de variantes. A internet fornece aplicativos de todos os tipos em prol da individualização. Por fim, há um enorme interesse em celebridades, riqueza e materialismo superficial. Uma pessoa agora pode tornar-se famosa literalmente da noite pro dia.

Em que pé ficam os líderes empresariais?

creem na prerrogativa causam conflitos e desarmonia em seus grupos de trabalho. Ou seja, em todo o mundo, os hábitos e comportamentos desses jovens afetam o futuro dos negócios e as interações entre empregador e empregado.

Como isso aconteceu? Os pais são parcialmente responsáveis. Mas será que os esportes e as práticas nos negócios também poderiam criar precedentes para o aumento do narcisismo? Rafa Benitez, ex-treinador da Inter de Milão, foi mandado embora devido à falta de resultados positivos. Recebeu um cheque de mais de três milhões de euros logo depois de ganhar três milhões de libras de seu time anterior, Liverpool. Mark Hurd, da HP, inicialmente embolsou um pacote de demissão de US$ 35 milhões depois de ser deposto por violações éticas. O ex-diretor executivo da BP, Tony Hayward, reclamou sobre como o desastre do derramamento de óleo atrapalhou sua

As consequências para os recursos humanos e os líderes responsáveis pela gestão das futuras corporações são complexas e ambíguas. Se as novas gerações na força de trabalho são, de fato, mais narcisistas e se sentem cada vez mais no direito às recompensas sem ter de se esforçar a longo prazo, iremos passar por um momento de desafios, com mais conflitos e atitudes de “vá se ferrar”. E, devido a certas partes do mundo terem mais demanda que oferta, quem estará no comando? Os empregos estarão cada vez mais personalizados pelo próprio empregado e pelas organizações, que compreenderão plenamente a personalização da carreira. Os limites entre trabalho e vida pessoal estarão cada vez mais entrelaçados. Além disso, a troca entre empregadores e projetos irá aumentar exponencialmente. É esperado que um recém-chegado ao mercado de trabalho de hoje tenha três vezes mais empregadores em sua vida do que as gerações anteriores. Tudo isso é ruim? Não, se os efeitos negativos podem ser minimizados, por exemplo, ao focar cada vez mais nos objetivos e recompensas ao grupo. Novas regras devem

ser estabelecidas, que preguem tolerância zero quando se trata de bullying, ganância ou qualquer forma de comportamento narcisista. O equilíbrio entre empregador e empregado vai mudar e as empresas precisam estar atentas para estimular sua força de trabalho de forma contínua, descobrindo novas maneiras flexíveis de se engajar com seus funcionários. Isso significa que papéis cada vez mais interessantes e dinâmicos serão dados aos gestores de RH, responsáveis por instigar menos monitoramento e controle, e mais coaching e acompanhamento. Embora alguns dos efeitos da prerrogativa pareçam ser inadequados, essa geração traz muitas vantagens. Veremos uma geração de profissionais envolvidos, propensos a tomar iniciativas e vivendo mais por seus próprios valores em vez dos de grupos formados. As empresas receberão pessoas conectadas globalmente, completamente inteiradas sobre Tecnologia da Informação e que podem atuar como mentores. De certa forma, pela primeira vez na história humana, o “estudante” é realmente o mais qualificado, e o mestre precisa de orientação vinda dos que vem de baixo. Acima de tudo, esta geração vai procurar empregos com autonomia, nos quais terão aprendizagem dinâmica e experimental, além de um desenvolvimento pessoal contínuo. É um paradoxo no contexto do narcisismo, mas as gerações mais jovens procuram cada vez mais organizações social e ambientalmente responsáveis, que enfatizam e operam baseadas em valores. Essa justaposição apresenta um conceito de cuidar de algo que é, de certa forma, universal, distante e intangível. Ao mesmo tempo, dão pouquíssima atenção e respeito ao ambiente mais próximo. Talvez isso represente uma combinação simultânea de alto individualismo e alto coletivismo. Para as empresas e organizações futuras, pode haver uma oportunidade única de “consertar” essa disparidade ao atender às necessidades individuais, bem como proporcionar um altruísmo coletivo e comunal.

* Karsten Jonsen é pesquisador no IMD, especializado em comportamento organizacional.

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Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ial

Não é mais o pobre correndo atrás da ajuda do Estado.


É o Estado chegando aonde a pobreza está. Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 39 milhões entraram para a classe média. Mas é preciso melhorar a vida de 16 milhões de pessoas que ainda vivem na pobreza extrema. O Brasil Sem Miséria foi criado exatamente para ir aonde elas estão. Para isso, desenvolveu a “Busca Ativa”, que articula ações do Governo Federal, estados e municípios para localizar as pessoas extremamente pobres. No campo, o principal objetivo é aumentar a produção. Nas cidades, qualificar a mão de obra e identificar oportunidades de emprego e renda. E, de forma global, garantir o acesso dos mais pobres a serviços de saúde, educação e água. Principais ações do Brasil Sem Miséria • Beneficiar dois milhões de pessoas com qualificação profissional, intermediação de emprego, microcrédito e incentivo à economia popular e solidária.

• Incluir mais 800 mil famílias no Bolsa Família e ampliar o limite para a concessão d o b e n e f í c i o d e t rê s p a ra c i n co f i l h o s , beneficiando 1, 3 milhão de crianças e adolescentes. • Atender 750 mil famílias com cisternas e outras tecnologias para universalizar o acesso à água. • Beneficiar 250 mil famílias com fomento de R$ 2.400 a fundo perdido para a compra de insumos e equipamentos agrícolas. Assistência técnica e distribuição de sementes para milhares de famílias de agricultores pobres. • Ampliar de 66 mil para 255 mil o número de famílias em situação de extrema pobreza beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos. • Criação da Bolsa Verde, para estimular famílias rurais a preservarem o meio ambiente.

Ace s s e o s it e w w w. b ra s il s e m m i s e r i a . g ov. b r e i n fo r m e - s e m a i s s o b re o p l a n o. Pa r t i c i p e .


estratégia

| Mudança

De volta aos trilhos Quando a empresa sofre profundas mudanças em um determinado setor, existem dois caminhos: evolução ou ruptura. Veja qual trajetória é a mais adequada para trilhar o rumo certo. por africa ariño, miguel gallo, jaume casellas e l. quadros*

M

udanças inesperadas que atingem todo o setor podem ser um teste para a capacidade até mesmo dos melhores executivos. Um administrador competente, assim, deve ter condições de determinar se a propriedade ou estrutura de governança da empresa deve mudar como consequência desses fatos e, de maneira crucial, não deve ter medo de estimular a reforma. Entretanto, quando são colocados diante de uma decisão desse tipo, muitos executivos caem em um círculo vicioso, envolvendo proprietários e dirigentes. Para proteger suas próprias posições de poder, os primeiros se recusam a adotar as medidas necessárias, enquanto os últimos deixam de estimular as mudanças exigidas na estrutura de propriedade. Nessa matéria, analisaremos as decisões tomadas pelos órgãos dirigentes e consultores durante os processos de reestruturação 20

de mais de 50 empresas de diversos setores. A partir dos dados recolhidos, foram identificados dois caminhos diferentes para mudar a propriedade e o gerenciamento da empresa: a evolução ou a ruptura.

Evolução Quando uma empresa enfrenta mudanças amplas em seu setor ou posicionamento competitivo, seus processos de governança e gerenciamento podem evoluir em três direções diferentes. 1. Perda de valor. Isso ocorre quando a empresa deixa de conter e melhorar sua posição de declínio, devido à propriedade e ao gerenciamento ineficientes. Os encarregados deixam de agir em tempo ou adotam estratégias inadequadas, incapazes de deter o curso. Os dirigentes que conduzem suas empresas nesse declínio têm a tendência de se esconder atrás de resultados positivos de curto prazo, uma estrutura de ativos positiva ou de seus ativos fixos.

2. Aperfeiçoando o exercício do poder. Em algumas – embora, infelizmente, longe de todas – empresas, o poder reside nas mãos de dirigentes talentosos e conscientes, capazes de gerar valor de maneira consistente. Com esses especialistas no leme, a empresa adquire maior possibilidade de pôr em prática as mudanças necessárias em sua estrutura de poder e estratégias – se necessário, rompendo o círculo de propriedade e poder. 3. Progressão no exercício do poder. Trata-se de um caminho médio entre os dois anteriores, em que os envolvidos estão conscientes dos riscos do primeiro, mas não podem avançar nas exigências do segundo. Implica em uma série de evoluções que, além de manter e aumentar o valor, contempla a possibilidade de uma eventual ruptura com o círculo de propriedade e poder.

Mudança de rumo A ruptura implica em importantes mudanças


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o processo de tomada de decisões frequentemente é prejudicado por lacunas e falhas de informação

na estrutura de propriedade, com sensíveis ramificações em toda a estrutura de poder da empresa. Alterações drásticas nas estruturas de propriedade e/ou de poder se tornam necessárias quando a empresa se mostra incapaz de cumprir sua função social, se existe falta de unidade e compromisso ou se sua governança se torna impraticável. Existem três tipos possíveis. 1. Ruptura sinergética. Leva à incorporação de uma nova equipe de gerenciamento, melhor equipada para o exercício do poder, sem mencionar sinergias possíveis com outras empresas e instituições que podem agregar valor aos negócios da empresa. 2. Ruptura especulativa. Trata-se de um método levado adiante por companhias especializadas na reestruturação de empresas, como a reorganização de recursos ou a incorporação de especialistas. Frequentemente, essas companhias tomam decisões que influenciam a estrutura de poder e rompem com a intenção especulativa de vender a empresa a um terceiro. 3. Ruptura caprichosa. Ocorre quando a direção da empresa é dominada por pessoas que, apesar de ansiosas pelo poder, não têm os talentos necessários para usá-lo de maneira acertada, ou que almejam a riqueza sem levar em consideração as consequências a longo prazo. Esses dirigentes tomam decisões que levam a empresa

a começar a perder valor, chegando, eventualmente, ao seu colapso. * Africa Ariño é professora de Gestão Estratégica.

Em busca de decisões racionais Em praticamente todas as empresas, o poder está nas mãos daqueles que detêm a maior parcela do capital e que, pelo menos em teoria, tomam decisões com base em critérios econômicos. Na realidade, porém, o processo de tomada de decisões frequentemente é prejudicado por lacunas e falhas de informação, conhecimento técnico inadequado ou mesmo conflitos entre interesses pessoais. Para tomar decisões racionais, as empresas devem combinar o poder formal de tomada de decisões com a autoridade moral vinda do conhecimento profissional. Às vezes, isso implica na substituição de pessoas que, apesar de continuarem a exercer o poder, perderam toda a autoridade.

Miguel Angel Gallo é professor emérito de Gestão Estratégica.

Jaume Llopis é conferencista sênior de Gestão Estratégica. Leonidas Quadros é assistente de pesquisa. Todos do IESE Business School – eleita uma entre as dez melhores escolas de negócios do mundo e pioneira em educação executiva na Europa.

www.ieseinsight.com

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tech

| hackers

Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre eles. Hackers não têm nada a ver com banditismo virtual nem são os inescrupulosos vampiros de servidores expostos diariamente pela mídia. por eber freitas

T

odos os dias ligamos nossos computadores pessoais e acessamos os principais portais de notícias. Não é raro saltar aos olhos matérias sobre ataques virtuais, invasão e queda de servidores, roubo de dados, dentre outros temas relacionados à segurança na internet. Costumeiramente, entre as linhas traçadas por repórteres, articulistas e colunistas, encontra-se a palavra hacker como o personagem responsável por tais ações. Como o uso do termo normalmente não é contestado, repete-se e consolida-se como verídico. Assim, é atribuída a reputação de criminosos virtuais aos hackers. Outra figura não menos presente nos noticiários é o engenheiro Steve Wozniak, antigo parceiro de Steve Jobs, fundador da Apple. Na década de 1960, um movimento intitulado phreakers, do qual fazia parte, conseguiu emular pulsos de uma rede telefônica a partir da emissão de uma frequência específica (2600Hz), gerada por um apito distribuído em caixas de cereais. O sucesso da ação não foi resultado de um plano para burlar a tarifação, apenas um empenho de curiosidade e habilidade técnica. “Apesar disso tudo envolver pouco ou nenhum computador, ninguém duvida de que se tratou de um movimento hacker – e um de primeira linha”, afirma Aylons Hazzud, integrante e sócio fundador do Garoa Hacker Clube. 22

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Alan Turing (1912 - 1954), matemático e analista de criptografia britânico, exerceu um papel bem mais relevante na história da humanidade. Apesar de não ser militar, foi recrutado pelo exército da Inglaterra para decodificar a complexa linguagem criptografada utilizada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Sua máquina, o Colossus, conseguiu decifrar o Enigma Germânico e, se não mudou os rumos, pelo menos abreviou a guerra. No século 20, projetos grandiosos como a ARPANet, World Wide Web, Unix e inúmeros outros só se tornaram possíveis graças à criatividade, talento para programação e muita vontade de criar e recriar as coisas despretensiosamente, atributos inerentes aos hackers. Mas como – e, principalmente, por que – os caras que lideraram a transição do modelo industrial-capitalista para a sociedade em rede passaram a ser reconhecidos por alcunhas nada carinhosas, tais como bandidos virtuais ou piratas da internet?

O que é um hacker? Apesar de, historicamente, o conceito de hacker ter surgido em meados dos anos 1950, ele não é aplicável apenas à internet e à computação em geral. “Um hacker é alguém que faz um sistema agir de uma maneira que não era esperada pelo projetista, alguém que é capaz de dominar o comportamento de um sistema para além do que o próprio criador pensou”, explica Hazzud.

Adonel Bezerra, especialista em segurança digital e fundador do Clube do Hacker, acredita que a atividade se baseia em três premissas: “encontrar brechas em sistemas computacionais e/ou tecnológicos – alguém sempre esquece alguma coisa que precisa ser descoberta; testes de softwares antes de serem disponibilizados em produção; e descobrir tudo o que for possível naquele momento – seja sobre pessoas, sistemas ou organizações, mas só divulgar em momento oportuno e nunca para proveito próprio”. A etimologia do termo pode estar ligada ao desenvolvimento de dispositivos para transporte de volumes (TMRC), também na década de 1950, por estudantes do Instituto Tecnológico de Massachussets. “Eles realizavam ajustes pontuais rápidos e eficientes, sendo consideradas sacadas genais com relês eletrônicos para criar desvios inusitados – que eles chamavam de hacks, o que não era uma perversão – assim como ocorre com muitos hacks até hoje. E, atualmente, o termo também é empregado para classificar aqueles que são bons naquilo que fazem”, relata outro integrante fundador do Garoa Hacker Clube, Aleph Leptos.

Crackers, posers e ativistas virtuais Aleph ressalta que, todavia, não é o uso de códigos prontos e acabados que transformam seu usuário em um hacker. Na verdade, existem milhares de códigos e aplicações


hacker é alguém que faz um sistema agir de uma maneira que não era esperada pelo projetista soltas na web que permitem – a qualquer pessoa que saiba usar um browser – realizar um ataque virtual ou ações menos nobres. Dois exemplos claros são os ataques empreendidos recentemente pelo LulzSec – que derrubou momentaneamente alguns sites do governo brasileiro – e o Anonymous, que congestionou os sites da Visa, do Master e do PayPal. Em alguns casos, esses ataques podem ser oriundos de computadores “zumbis”, aliciados remotamente através de vírus, ou, no caso de protestos virtuais autênticos, simplesmente de milhões de usuários conectados no mundo inteiro, que visitam a mesma página no mesmo horário. O objetivo é, basicamente, interditar o tráfego de um determinado website pela porta da frente, sem efetuar invasões aos servidores e a informações confidenciais, ação comparável a um protesto real ou físico. Nenhuma página é capaz de suportar uma onda de milhões de acessos repentinos, por exemplo. “São pessoas protestando, chamando a atenção, causando inconvenientes enquanto provocam um prejuízo

bem pequeno ao alvo dos protestos. Tirar um site de uma empresa do ar por alguns minutos é análogo a lotar a calçada de um shopping”, compara Aylons Hazzud. Mas, contra todas as convenções que norteiam o verdadeiro espírito hacker, existem usuários mal intencionados. Sim, da mesma forma que existem pessoas que realizam intervenções cirúrgicas sem serem médicos e políticos desonestos, os violadores também estão presentes no mundo virtual e são mais conhecidos por crackers. Para Leptos, “a maioria dos criminosos digitais são meros usuários perversos que utilizam técnicas já conhecidas – porém, de difícil combate – e que se aproveitam da falta de educação, da prática da computação confiável e da ingenuidade de muitas pessoas”.

Uma nova revolução Para o especialista em segurança da informação Gerson Castro, as novas formas de comportamento coletivo na internet representam uma mudança nos paradigmas da sociedade, um anseio pela mudança na forma de relacionamento entre pessoas, em-

presas e Estados. “O fato de passarmos a ter a informação disponibilizada e encontrada digitalmente traz inúmeras questões relacionadas ao uso das ferramentas que as manipulam, assim como o que poderá ser feito com tais informações. Assim, sociedade, Estado, governo, academia e entidades de classe devem estar juntas no debate e na regulamentação da disponibilização, acesso e aplicação da informação digital e, ainda, das questões legais provenientes disso tudo”, explica Castro. A transição conturbada do antigo modelo capitalista industrial para a sociedade em rede gera novos indivíduos, novos grupos e novos problemas. Historicamente, quando o mundo vivencia transformações culturais intensas, a tendência é imputar ao “novo” a tradução do incerto e do perigoso, tal como aconteceu durante o Renascimento Cultural. Resta saber se é ponderado queimar os nossos Giordanos Brunos por suas doutrinas hackers subversivas, perigosas para grupos ávidos por capital e poder, benéficas para o desenvolvimento de novas tecnologias com acesso facilitado à sociedade.

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No início de uma reunião, o moderador anuncia que o CEO irá “have the floor” na primeira hora da manhã. “Have the floor” significa: A) Ser a pessoa a ter a palavra na reunião B) Ocupar um grande pedaço do andar C) Ficar somente para aquele pedaço da reunião D) Escutar aquele pedaço da reunião

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8 Dizem a você que seu chefe “really means business” a respeito da entrega dos relatórios. Isto quer dizer que ele: A) Precisa que eles sejam escritos em Inglês B) Pensa que eles devem ser feitos de modo profissional C) Quer que eles sejam feitos por uma empresa diferente D) Leva muito a sério a pontualidade dos relatórios

6 Numa reunião, você comete o erro de sentar-se onde “the big gun” normalmente fica. Quem é o “big gun”? A) O moderador B) O chefe C) O apresentador D) O mestre de cerimônias

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Teste sua compreensão de expressões de negócios em Inglês

Seu colega menciona que algumas ações têm obtido bons resultados ultimamente e que você deveria “strike the iron while it’s hot”. Ele acha que você deveria: A) Ler o jornal para saber como as ações estão indo B) Tomar muito cuidado ao investir em ações – elas são muio voláteis C) Torna-se ferreiro D) Aproveitar a atual condição favorável para investir

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Pediram para que você providenciasse um “ballpark figure” sobre quanto custa produzir um comercial de televisão. O que é “ballpark figure”? A) Um chute aleatório B) Uma estimativa explicada em detalhes C) Um custo exato D) Uma estimativa por alto

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Não há como negar: dominar outro idioma é cada vez mais imprescindível para alavancar a carreira e ter sucesso profissional. Descubra se você tem um bom conhecimento de expressões de negócios em Inglês.

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Seu colega de trabalho diz que passou a noite inteira “crunching numbers”. O que ele estava fazendo? A) Contando itens em sua casa B) Analisando seu salário C) Um novo tipo de exercício D) Calculando muitos dados numéricos

O que é “the bottom line” de uma empresa? A) O aumento na receita B) Seus empregados C) O lucro ou prejuízo líquido D) O total de despesas

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| O teste foi elaborado pela EnglishTown - escola de inglês on-line selecionada como o curso oficial do projeto “Olá, Turista!” – que capacitará 80 mil brasileiros para o turismo gerado pela Copa do Mundo 2014. www.englishtown.com.br

Ninguém gosta do novo funcionário, mas ele “delivers the goods” O que significa “deliver the goods”? A) Gostar do seu trabalho B) Levar presentes para os colegas C) Causar uma boa impressão D) Fazer bem seu trabalho

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Seu chefe explica que um novo negócio que eles lançaram no ano passado nunca “got off the ground”. Isso significa que o negócio: A) Demorou para obter sucesso B) Fez sucesso imediatamente C) Só obteve sucesso recentemente D) Nunca obteve sucesso

uiz

Se você ligar para uma pessoa para vender algo sem que ela tenha pedido, isto é chamado de: A) Cold call B) Telesales call C) Random call D) Unexpected call

Respostas: 1) D, 2) D, 3) C, 4) D, 5) B, 6) B, 7) D, 8) D, 9) A, 10) A

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27 | Infográfico inspirado no livro “1001 invenções que mudaram o mundo”, de Jack Challoner


A GUERRA DAS REDES SOCIAIS


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| REDES SOCIAIS

Depois de liderar uma revolução na história da humanidade, os sites de redes sociais agora estão se digladiando. Descubra a origem do conflito, como eles estão armados e o que está em jogo. por michelle veronese ilustrações por j.b. neto

A

no: 2011. Lugar: espaço virtual. O super-herói veterano percebe a ascensão de um jovem mutante, que ganha popularidade na Terra. Ele se sente ameaçado e decide atacar – mas, antes, amplia seu exército, atraindo alguns dos mais poderosos guerreiros. O mutante nota o perigo e reage: multiplica seu arsenal e inventa novas armas ainda mais devastadoras. A guerra está declarada. Se você olhar para o atual cenário da internet com uma pitada de imaginação, vai entender exatamente de quem estamos falando. A guerra acima é entre Google e Facebook. O gigante das buscas on-line e o maior site de rede social do planeta assumiram uma disputa sem precedentes. Seu objetivo é conquistar a raça humana. Quer dizer, atrair mais usuários para suas páginas de relacionamento. E está na hora de entender esse conflito. Afinal, um dos troféus é você!

Nos tempos da BBS Foi quando tudo começou. Era 1978. Os Estados Unidos paravam de produzir a Bomba de Neutrons, a Alemanha interrompia a fabricação do Fusca, a Suécia bania os sprays. Enquanto isso, em Chicago, dois americanos aficionados por tecnologia descobriam como colocar computadores para conversar. A dupla Ward Christensen e Randy Suess criou, naquele ano, o primeiro Bulletin Board System (BBS), uma rede que permitia publicar mensagens eletrônicas por meio de terminais que se comunicavam utilizando linhas telefônicas. Nas BBBs, os usuários publicavam mensagens para outros usuários, que respondiam de volta. Arquivos, games e até softwares piratas também eram trocados ali. Em 1979, surgiram as Usenets, que permitiam aos usuários publicar artigos e notas em newsgroups ( “grupos de notícias”). Depois, veio o Compuserve, um serviço no qual os integrantes podiam comparti-

lhar arquivos e acessar notícias e eventos. Na década seguinte, o Internet Relay Chat (IRC) passou a ser usado para compartilhar links e arquivos, e também como bate-papo. Esses e outros serviços (veja a linha do tempo na página 30) ajudaram a traçar o esboço do que hoje conhecemos como sites de redes sociais. Montar um perfil on-line, conectar-se a outros usuários e visitar os perfis deles: ba-

Mais do que simples hobby e passatempo, os sites de redes sociais se tornaram grandes aliados tanto das empresas quanto dos profissionais sicamente, esses são os elementos-chaves de um site de rede social. Em 1997, o SixDegrees.com deu esse passo ao pegar carona na ideia de que todas as pessoas têm, no máximo, seis graus de separação do ator Kevin Bacon. A ideia geral é de que, na verdade, todas as pessoas do planeta estão ligadas entre si por, no máximo, outras seis pessoas. Os usuários podiam criar perfis, adicionar outros usuários como amigos e, assim, medir seus “graus de separação”. Por conta desses recursos, o SixDegrees. com foi considerado o primeiro site de rede social moderno.

A revolução acontece Depois do SixDegrees.com, estava aberto o caminho para outros entrarem em cena. Nomes como Friendster, MySpace, Orkut, Twitter, Facebook e, mais recentemente, Google+ passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas mundo afora. Graças a elas, uma revolução ocorreu: o mundo encurtou. Não há mais barreiras, distância, e todos podem sentir-se conectados por meio dos sites de redes sociais. “Surgiram novos comportamentos, novas formas de relacionamento e novas possibilidades de interação – e a sociedade começou a aderir a isso tudo”, explica André Teles, autor do livro “Geração Digital” e sócio da agência digital Mentes Digitais, no Paraná. Junto com os grandes sites de redes sociais – que foram criados com o intuito de atrair o maior número possível de usuários – surgiram outros, menores e voltados para um público segmentado. O foco, nesse caso, poderia estar em unir pessoas com interesses em comum (CouchSurfing, para viajantes; My Church, para cristãos; Care2, para ativistas), integrar profissionais (LinkedIn, Xing, Visible Path), permitir a publicação de diários on-line (MyJournal, Blogger, WordPress) ou promover o compartilhamento de informações (Tumblr, Twitter e Posterous). E, quando as mídias sociais ganharam força, surgiram também sites voltados para o compartilhamento de fotos, música ou vídeos (Flickr, Last.fm, Youtube, Vimeo). Mais do que simples hobby e passatempo, os sites de redes sociais se tornaram também grandes aliados tanto das empresas quanto dos profissionais. “Nos dias atuais, é essencial para um profissional estar conectado a algum deles, seja ao Twitter para se informar ou ao LinkedIn para exibir seu currículo e conexões de trabalho”, diz David Reck, especialista em mídias digitais e diretor da Enken Comunição, em São Paulo. “O LinkedIn, por exemplo, já é utilizado por empresas de RH e headhunters para buscar e pré-selecionar profissionais”, explica. Nos sites de redes sociais, o feedback é

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| REDES SOCIAIS

instantâneo: ninguém fala só, ninguém está só; logo, a interação tem duas vias. “Isso trouxe, no caso das empresas, uma grande oportunidade de mudança. Em vez de ficar falando para uma audiência que não podia responder, como ocorria antes, elas agora estão aprendendo a interagir com o público. As pessoas estão opinando e criticando, e as empresas têm agora de exercitar esse sentido da audição, interpretar o que ouvem e planejar o que fazer a partir daí”, sugere David. Não é à toa que “compartilhar” tornou-se o verbo da sociedade atual – e o que melhor define as mudanças promovidas pelos sites de redes sociais. “Hoje, quanto mais você compartilha, mais você mostra que tem conhecimento sobre determinado assunto e mais vai ganhando capital social, que é o seu valor dentro da internet”, diz André Teles. Todo esse processo do uso das redes de computadores para comunicação, entretenimento e negócios foi batizado pelos estudiosos da comunicação e das ciências humanas de “cibercultura”. Como o próprio nome indica, a cibercultura é a cultura que emerge do uso dessas redes. Um dos seus principais estudiosos é o filósofo francês Pierre Lévy, considerado um dos mais importantes teóricos da cultura digital. Para Lévy, os sites de redes sociais fizeram emergir uma nova cultura, uma nova arquitetura social e uma nova forma de inteligência: a inteligência coletiva. “O que isso vai se tornar em termos culturais e políticos permanece completamente em aberto, mas, com certeza, dá para ver que isso vai ter implicações muito importantes no campo da educação, do trabalho, da vida política”, disse, certa vez, em um de seus artigos.

Quem briga com quem Durante algum tempo, parecia haver espaço para todos os sites de redes sociais. Mas eles se multiplicaram e, com o tempo,

Linha do tempo 30

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começaram as disputas por usuários. Hoje, o Flickr concorre com o Picasa pela primazia no compartilhamento de imagens. O Blogger anda às turras com o Wordpress na disputa por blogueiros. O Twitter deu asas para o Tumblr virar seu concorrente no universo dos microblogs. E o popular Youtube descobriu um rival classudo no Vimeo; logo, já não reina absoluto no compartilhamento de vídeos. E o Orkut? “Em 2004, quando o Google lançou seu site de rede social, ele virou a sensação e logo se tornou extremamente popular no Brasil”, diz André Teles. Ele lembra que o alvo inicial da rede criada pelo Google eram os Estados Unidos, mas a maioria dos

Compartilhar tornou-se o verbo da sociedade atual usuários veio de outro endereço: das terras brasileiras e da Índia. Hoje, o Orkut continua dominando no Brasil com cerca de 30 milhões de adeptos. Mas já começou o êxodo de usuários para o Facebook, que cresce rapidamente por aqui. Esse orkuticídio coletivo, porém, não é o motivo da briga entre Google e Facebook. A disputa tem outra origem, muito mais recente. Depois de uma sequência de fracassos em suas investidas “sociais” (Buzz, Wave, FriendConect) e de estender seus tentáculos para comprar outros sites (Picasa, Blogger, Youtube), a empresa de Larry

1978

surgem as BBSs, precursoras da Internet e dos sites de redes sociais

Agosto 2011

1988 1979

a primeira Usenet é concebida

a primeira rede de IRC entra no ar

Page lançou, no mês de junho, o Google+. Ainda em fase de testes, o novo site de rede social foi criado para concorrer diretamente com o Facebook – e, de fato, incomodou a concorrência. O pressuposto do Google+ é: você gostaria de publicar uma foto sua na balada, aprontando todas, e saber que seu pai, mãe ou chefe podem ver? Na opinião do Google, os usuários estão cansados da falta de privacidade dentro dos sites de redes sociais, ao mesmo tempo em que não se sentem à vontade para banir amigos de suas listas. A solução encontrada foi o conceito de “círculos sociais”, que permite aos usuários organizarem seus contatos em grupos diferentes – amigos, família, trabalho, por exemplo – e escolhendo o que irão publicar para cada círculo. O Google apostou alto na nova ideia – e já está comemorando. Em apenas duas semanas no ar, 10 mihões de usuários entraram para a nova rede. Detalhe: o Google+ está em fase beta, ou seja, ainda não foi lançado oficialmente.

Cenas da batalha Mas, como guerra é guerra, a alegria do Google durou pouco. Adivinha quem se tornou o usuário mais popular do Google+? No dia em que esta reportagem estava sendo escrita, o chefão do Facebook tinha 250 mil seguidores. O Google+, então, somava 18 milhões de usuários. Agora que a revista chegou às suas mãos, esse número deve ter ultrapassado os 20 milhões. E Zuckerberg? Bom, vale a pena você checar como anda a popularidade dele no terreno inimigo. Até recentemente, o homem do ano de 2010, de acordo com a revista Time, não parecia preocupado com a investida do Google. O pai do Facebook parecia mais interessado em enfrentar sites menores. Em 2010, com o Facebook Places, abriu fogo, de uma só vez, contra o Foursquare e o Gowala, dois sites de redes sociais de geo-

1997 1994

surge a rede Geocities, que permitia aos usuários criarem seus próprios websites

com o Instant Messeger, da Aol, a troca de mensagens instantâneas começa a se popularizar

nasce o SixDegrees. com, o pai dos sites de redes sociais modernas

1999

o LiveJournal é lançado, permitindo aos usuários fazerem atualizações constantes de conteúdo


FACEBOOK vs. orkut e google+ FACEBOOK

ORKUT

GOOGLE+

Origem: nasceu em 2004 e, depois de um tempo restrito ao universo acadêmico, saiu pelo mundo. Tem 750 milhões de usuários.

Origem: nasceu em 2004, para atrair o público americano, mas virou o queridinho dos brasileiros e indianos.

Origem: criado para duelar com o Facebook, entrou em campo em junho de 2011. Está em fase de testes, mas já conta com 18 milhões de usuários.

Super-poder: diversidade. É possível bater papo, trocar mensagens, compartilhar conteúdos e mídias, comprar e vender.

Super-poder: popularidade. Conquistou gente de todas as idades e classes sociais.

Super-poder: privacidade. Permite organizar os amigos em círculos sociais, de modo que conteúdos diferentes sejam compartilhados com cada grupo.

Ponto fraco: as regras são confusas e é difícil manter a privacidade.

2002

o Friendster entra no ar e atrai três milhões de usuários em três meses

Ponto fraco: as comunidades – que eram um dos maiores atrativos – cresceram demais e acabaram ficando ruidosas.

2004

2003

é lançado o MySpace, inicialmente, como um clone do Friendster

o LinkedIn entra no ar, para reunir pessoas com interesses profissionais

o Facebook é lançado, inicialmente, para estudantes de Harvard

Orkut Büyükkökten dá seu nome ao Orkut, que, então, era lançado

2006

Ponto fraco: a burocracia para montar grupos e separar conteúdos pode ser um tiro no pé.

2008

o microblog Twitter estreia como site de compartilhamento de conteúdos

Facebook e Twitter passam o MySpace em número de unique visitor mensais

Agosto 2011

2011

o Facebook ultrapassa os 750 milhões de usuários

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a Google lança o Google +

31


capa

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localização. Ao permitir aos usuários criarem aplicativos, deu espaço para o BranchOut, que hoje tem dois milhões de usuários e concorre com o LinkedIn. “Na verdade, o Facebook atacou de várias outras maneiras. O site, por exemplo, tem uma série de serviços, como fotos, álbum, notícias, feed, chat on-line, que acaba cumprindo o mesmo papel de sites menores. É por isso que, cada vez mais, os usuários se concentram ali”, diz David Reck. No último mês de maio, o Facebook pareceu ter assumido a guerra. Um e-mail havia chegado às caixas de mensagens de jornalistas e blogueiros dos Estados Unidos

com uma notícia estrondosa: “Google discretamente está violando a privacidade dos usuários”. Tinha tudo para repercutir. Mas alguém descobriu que o remetente era a empresa de relações públicas Burson-Marsteller, teoricamente paga pelo Facebook para fazer o alarde. Em julho, mais um contra-ataque. O webdesigner inglês Michael Lee Johnson lançou, dentro do Facebook, uma campanha para atrair mais amigos para o seu perfil… do Google+! O Facebook não gostou e, pouco mais de uma hora após o anúncio entrar no ar, baniu a conta do usuário. Esses são apenas os primeiros rounds.

FLICKR

PICASA

Origem: estreou no Canadá, em 2004, e no ano seguinte foi comprado pelo Yahoo! . Permite compartilhar e armazenar fotos.

vs.

Super-poder: profissionalização. A qualidade das fotos compartilhadas fez dele o queridinho dos fotógrafos amadores e profissionais, que usam o espaço também como portfólio informal.

TWITTER

Super-poder: integração. Está conectado ao Google, Blogger e Android (sistema operacional de celular), o que facilita a publicação de conteúdos.

BUZZ

Origem: entrou no ar em 2006 e tem mais de 175 milhões de usuários cadastrados, que aprenderam a conjugar o verbo tuitar (publicar conteúdo no Twitter).

vs.

Super-poder: concisão. Ensinou os usuários a resumirem o que desejam compartilhar em 140 caracteres, referência para uma comunicação rápida e eficiente.

Origem: foi lançado em 2010, como uma espécie de complemento do Gmail para os usuários publicarem conteúdos e comentarem as postagens de outros usuários. Super-poder: convergência. Bom, no início, a ideia de integrar o site de rede social ao Gmail parecia boa, mas... . Ponto fraco: os usuários tinham suas listas de contatos tornadas públicas, a menos que saíssem do serviço, o que não era simples.

Ponto fraco: o ruído causado pelo excesso de mensagens.

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Origem: criado em 2002, na Califórnia, para os usuários compartilharem e armazenarem fotos on-line. Foi comprado em 2004 pelo Google.

Ponto fraco: restringe a visualização de fotos em alta resolução e não possui tantos recursos.

Ponto fraco: não entrou bem na era mobile, perdendo espaço para aplicativos para celulares, a exemplo do Instagr.am, que permite editar e publicar fotos de qualidade em segundos.

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Será que o Google+ vai conseguir crescer e atrair os usuários do Facebook? Veremos, no futuro, um facebookcídio coletivo? Ou será que um terceiro site de rede social, ainda mais poderoso, vai entrar em cena e dar outro rumo à disputa? Bem, corre por aí que a Microsoft vai atacar com o Socl, um projeto secreto que, pelo nome, tem tudo a ver com o “social”. Fique atento aos próximos capítulos e lembre-se: cada vez que publica um tweet, faz upload de um vídeo, compartilha uma foto ou adiciona um amigo no seu perfil, está ajudando a definir os rumos dessa guerra.

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VIMEO Origem: em 2004, as palavras “vídeo” e “me” batizaram o recém-nascido Vímeo, um site de compartilhamento de vídeos – na maioria, feitos pelos próprios usuários.

BLOGGER Origem: lançado em 1999, como ferramenta para publicar e compartilhar conteúdos. Seus pais, Evan Williams e Meg Hourihan, foram os responsáveis pela popularização do blog.

Super-poder: tem bom gosto. Dá preferência a vídeos de alta resolução e artísticos, por isso, é o favorito dos cinegrafistas e videomakers amadores e profissionais.

Super-poder: é auto-explicativo. Qualquer usuário sem muitos conhecimentos de internet consegue montar um blog e publicar conteúdos em poucos segundos.

Ponto fraco: não permite vídeos comerciais e é altamente restrito – o que vai de encontro ao conceito de site de rede social.

vs. YOUTUBE Origem: criado em 2005 por dois ex-funcionários do eBay, revolucionou o compartilhamento de vídeos na internet e recebe mais de dois bilhões de visitas diárias. Super-poder: penetração. É a mais vista neste nicho, sendo capaz de levar anônimos ao estrelato em poucas horas. Ponto fraco: a comunidade de trolls, usuários que se divertem fazendo comentários negativos sobre os vídeos publicados.

FORA DA GUERRA LINKEDIN Origem: começou a funcionar a partir de 2003, como uma rede de contatos profissionais, na qual os usuários atualizam currículos e fazem conexões com outras pessoas. Super-poder: visibilidade. O perfil do usuário é seu currículo, que pode ser visto por outras empresas, abrindo espaço para oportunidades de trabalho. Ponto fraco: é preciso cuidado com as conexões, afinal, seus contatos são sua referência profissional

MYSPACE Origem: criado em 2003 para concorrer com o Friendster, logo virou o site favorito de bandas alternativas e fãs de rock. Super-poder: adaptação. Percebeu que seu público era diferente do Friendster e se adaptou às exigências dos usuários, transformando-se num site de rede social voltado para a música. Ponto fraco: perdeu usuários e ganhou má fama depois que virou alvo de pedófilos, que usavam o site para abordar menores de idade. Está tão desvalorizado que foi comprado pelo magnata Rupert Murdoch em 2005 por US$ 580 milhões, e vendido recentemente por US$ 35 milhões.

Ponto fraco: envelheceu e está perdendo a oportunidade de se integrar aos sites de redes sociais mais recentes.

vs. WORDPRESS Origem: surgiu em 2003, como sistema de gerenciamento de conteúdos, especialmente de blogs. Super-poder: amplitude. Têm centenas de plug-ins e extensões, o que faz dele a ferramente de blogging mais popular do planeta. Ponto fraco: é anti-social. É mais uma ferramenta do que um site de rede social, mantendo-se isolado junto com seus usuários.

vs. TUMBLR Origem: blog que permite, além de compartilhar textos, também imagens e vídeos. Super-poder: é intuitivo. Basta ir clicando para começar a incluir textos, fotos, videos e escolher um layout diferenciado. Ponto fraco: não aparece com facilidade em sites de buscas de palavras-chave, devido a sua plataforma. Isso porque os buscadores não fazem a real distinção dos posts de qualidade com os reblogged.

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marketing

| FORA DA PERCEPÇÃO

O misterioso mundo das mensagens subliminares Você já deve ter escutado que elas têm o objetivo de influenciar o processo de decisão nas compras e até em nosso comportamento. Mas será que o direito de escolha pode ser realmente afetado? por fábio bandeira de mello

V

ocê está bem confortável na poltrona do cinema e, de repente, vem uma forte vontade de beber um determinado refrigerante. Posteriormente, tem conhecimento de que, ao longo do filme, foram exibidas imagens incentivando o consumo da bebida sem que você percebesse. Outro dia, decide visitar algumas lojas para comparar preços. Mas, inesperadamente, a sua compulsão de compra aumenta na primeira loja visitada. O artifício desta súbita vontade está na música ambiente, que sussurra frases inaudíveis do tipo “Compre o que gostou”. Parece até filme de ficção científica, mas há quem acredite na força das mensagens abaixo do limiar da percepção, as chamadas mensagens subliminares. Dizem que elas têm o poder de ditar comportamentos, aumentar o consumo de determinados produtos ou, em resumo, manipular mentes. Este é um tema, sem dúvida, controvertido e polêmico, que não consegue ser descartado cientificamente e que, volta e meia, vem à tona apresentando experiências de cair o queixo.

Contextualizando A utilização desse tipo de mensagem é muito mais antiga do que podemos imaginar. “O conceito existe desde os gregos, citado por Demócrito (400 a.C.), Epicuro e outros filósofos. As pesquisas iniciaram-se na área da Medicina, em Psiquiatria, na qual experimentos eram conduzidos em laboratório com grupos de controle em universidades da Europa. Mas, somente com o caso Vicary, no século 20, o conceito foi incorporado ao vocabulário da mídia e popularizado até a banalização”, explica o professor da UNESP Flávio Calazans, doutor pela USP e a maior autoridade brasileira sobre o tema. O professor se refere a um dos mais co34

nhecidos eventos relacionados ao assunto. Nele, o gerente de Marketing e publicitário Jim Vicary influenciou o comportamento de uma plateia de cinema durante a projeção do filme “Picnic”, em 1956. Com um taquicoscópio (espécie de projetor de slides), ele veiculou mensagens com as frases “Drink Coke” e “Eat Pop Corn”, de forma rápida de-

nem tudo o que queremos está consciente para nós mais para ser percebida conscientemente. A projeção do slide na velocidade de 1/3.000 de segundo, sobreposto ao filme, fez com que a repetição do sinal subliminar causasse efeitos no subconsciente do público. Apesar de a experiência não ter dados exatos ou rigor científico, observou-se um aumento de 57,7% nas vendas do refrigerante e de 18,10 % da pipoca.

Efeitos e defeitos Para o professor Calazans – que estuda há 20 anos a propaganda subliminar multimídia – é possível encontrar esse tipo de mensagem em diferentes formas de comunicação. Existem provas de que ela funciona como, por exemplo, os efeitos bioquímicos da exposição a cenas com violência, apoiadas pelas teses de Kenji Toma. Nele, “há relação entre o hormônio testosterona e os impulsos psicológicos agressivos como resultante da exposição a filmes cinematográficos violen-

tos”, explica o professor, que chama o processo de Biomidiologia. Em contraposição, de acordo com a psicóloga e publicitária Thays Babo, não há muitos estudos publicados que comprovem a ligação entre percepção subliminar e persuasão. “Não sei se é de interesse que isso seja comprovado publicamente, já que é um recurso poderoso para as propagandas. Seria preciso impedir que houvesse esse tipo de mensagem veiculada”, comenta a psicóloga. De acordo com ela, nem tudo o que queremos está consciente para nós. “Acredito que seja possível induzir ao consumo de algo que não se desejava inicialmente, ou não com muita intensidade. Mas, não necessariamente, algo repulsivo. Contudo, se a consciência estiver alterada, é mais fácil induzir um comportamento, dependendo da situação – por exemplo, em grupo, em momentos de extrema tensão”, explica Thays. A opinião também é compatilhada pelo psicoterapeuta Alessandro Vianna. “Se as censuras e limites não forem bem claros na formação da personalidade, a pessoa pode ter algumas atitudes estimuladas por essas mensagens”, alerta. De acordo com Alessandro, essas mensagens estão em toda parte. “Para se ter uma ideia, nossos olhos captam cerca de um milhão de informações visuais diariamente. É praticamente impossível uma pessoa ‘normal’ digerir todo esse bombardeio de imagens vindas da sociedade, da natureza, da família, sem ser influenciado diretamente por mensagens subliminares”, adverte o psicoterapeuta.

Você está escutando isso? Efeitos subliminares relacionados ao som também são amplamente debatidos e sua real funcionalidade é constantemente colocada à prova. Algumas correntes indicam que é possível encontrar mensagens demoníacas e de apelo sexual em músicas toca-


das ao contrário, técnica conhecida como backward masking. Porém, não há nada que comprove cientificamente que o ser humano seja capaz de captar esse tipo de mensagem às avessas. Recentes estudos realizados pela Northwestern University apontam, no entanto, que, ao colocarmos sons enquanto dormimos, estes podem ajudar no processo de consolidação das memórias, inclusive das lembranças do que aprendemos. Nessa pesquisa, voluntários observaram 50 imagens, com respectivos sons, mostradas em sequência numa tela. Ao dormirem, metade dos voluntários foi exposta aos mesmos sons quando entraram na fase de ondas cerebrais lentas, em que o sono é mais profundo. A percepção da memória mostrou-se surpreendente. “Nossos resultados indicaram que informações recebidas durante o sono podem influenciar a memorização. Isso não significa que seja possível aprender qualquer coisa dormindo. Além disso, o aprendizado noturno exige que a pessoa tenha contato prévio, acordada, com o que deseja aprender”, conclui o estudo, que confirmou uma descoberta similar feita por neurologistas alemães.

Merchandising editorial Com a crescente evolução do tema e suas possibilidades positivas e negativas, algumas correntes começaram a questionar tipos de publicidade que, apesar de vistos como lícitos e comumente praticados, podiam estar usando os artifícios subliminares – entre eles, o próprio merchandising editorial. “Ocorre que nem sempre o consumidor está disposto a atribuir credibilidade aos anúncios ostensivos, declaradamente comerciais. Isso porque ele raciona e ativa mecanismos psíquicos de autodefesa em face da mensagem persuasiva publicitária”, explica Calazans. Com isso, passou-se a buscar a utilização de publicidade dentro de novelas e filmes, num clima de neutralidade e dissimulação, onde é mais fácil a penetração de um produto a ser consumido. Nesse caso, o merchandising editorial geralmente não dura mais de três segundos, a fim de não virar propaganda explícita. De acordo com o publicitário Gustavo Bastos, da agência 11:21, que atua na produção de anúncios em diversas mídias, “o que pode ser considerado como mensagem subliminar hoje é a presença de uma mar-

Testando seu limiar de percepção Qual elemento diferente você nota no quadro Os Embaixadores (1533), de Hans Holbein? ca ligada a um personagem de um filme de maneira tão natural que o consumidor é influenciado sem perceber. Dois exemplos claros disso são a propaganda de cigarros nos filmes americanos da década de 1940 até 1970, e o carro do 007”. Para Gustavo, “esse tipo de mensagem pode influenciar o comportamento apenas se o produto combinar com o personagem”. Inclusive, ele conta que já fez um comercial de TV que brinca com o tema (veja o vídeo em adm.to/publicidade_subliminar). Polêmicas à parte, há quem acredite no poder educativo do merchandising. Os Correios conseguiram registrar uma diminuição de 30% no envio de cartas mal endereçadas a partir da abordagem do assunto numa novela da rede Globo, na qual uma carta importante não conseguia chegar ao seu des-

Nem tudo é apenas o que parece. Isso fica mais claro com a utilização da ilusão de ótica

Legislação No Brasil, não existe nenhuma lei que proíba expressamente qualquer modalidade de propaganda subliminar. Em casos assim, é proposto que se aplique o artigo 20 do Código de Ética dos Publicitários, que declara que as mensagens devem ser ostensivas e assumidas, assim como também o artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor, que proíbe anúncios disfarçados. Já na União Européia e nos Estados Unidos, há legislação proibindo alguns gêneros de subliminares.

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marketing

| FORA DA PERCEPÇÃO

tinatário, alterando o desfecho da história. Entretanto, esse tipo de publicidade encoberta, para uma corrente científica, não é subliminar, pois os sons e imagens são percebidos de forma consciente pela audiência. Inclusive, é possível até a rescisão do contrato entre empresa e veículo de comunicação, caso o produto não apareça por tempo suficiente para ser identificado.

Flavio Porto, publicitário e sócio da agência Kindle, especializada em comunicação digital, defende essa tese e acredita que nem tudo pode ser considerado subliminar. “Tudo depende da forma como é inserido. O tosco e muito direto jamais será subliminar, como vemos em algumas novelas e reality shows. O subliminar é algo sofisticado e mexe com sentidos e percepções”, afirma.

O tema que, para muitos, é uma lenda urbana e, para outros, uma realidade inquestionável, deve estar sendo constantemente lembrado para que o direito de escolha do consumidor não seja afetado. Acreditando ou não em seus efeitos, é bom, pelo menos, ficar mais atento nos próximos anúncios da TV. Que tal, então, beber um refrigerante agora?

imagens de divulgação

EXEMPLOS PRÁTICOS DE SUBLIMINARES

Disney No desenho “Bernardo e Bianca”, de 1977, há inserção de dois fotogramas de uma mulher com os seios à mostra. A cena acontece aos 28 minutos do filme e é visível apenas quadro a quadro. A Disney admitiu publicamente ter encontrado imagens abaixo do limiar de percepção e foi obrigada a recolher 3,4 milhões de fitas em locadoras de vídeo nos Estados Unidos.

Bush e as eleições Em setembro de 2000, no decorrer da campanha presidencial norte-americana, um vídeo de televisão do candidato George Bush ganhou repercussão polêmica na mídia internacional. Ao veicular críticas ao programa do candidato democrata Al Gore, é possível encontrar, através de um frame, a palavra “rats” (ratos) sobreposta à frase “bureaucrats decide”(burocratas decidem). Alex Castellano, responsável pela campanha de Marketing de Bush, declarou que a inserção foi acidental. O filme foi veiculado 4.400 vezes em cobertura nacional antes de ser denunciado e cancelado.

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Cartaz do filme O Silêncio dos Inocentes No cartaz de “O Silêncio dos Inocentes”, vencedor de cinco Oscars de 1992, também é possível encontrar esse tipo de mensagem. As imagens apresentadas na capa do filme possuem diferentes graus de subliminariedade. O 1º grau: a caveira branca dentro da mariposa; de 2º grau: as três mulheres brancas nuas; e de 3º grau: as outras quatro mulheres nuas, cor de laranja.

Free e Close-Up

Caso MTV

Treze dias antes da publicidade de cigarro ser banida das TVs no Brasil, em 2001, a campanha do cigarro Free saiu do ar. O Ministério Público de Brasília concluiu que as frases ditas pelo personagem central estimulavam o comportamento rebelde por parte do adolescente, além de conteúdo subliminar com pessoas fumando em frames de 3/10 de segundo. Já o creme dental Close-Up teve que alterar uma de suas propagandas, em 2003, após o Conselho de Ética do Conar verificar o uso de palavras de baixo calão escritas em alguns quadros do anúncio.

de_proibida

Em novembro de 2002, a MTV Brasil foi processada por transmitir mensagem subliminar em suas propagandas, sendo até condenada após a veiculação de uma vinheta que mostrava flashes de imagens pornográficas e sadomasoquistas. De acordo com o Ministério Público, responsável pela ação civil pública, a vinheta, quando submetida à velocidade mais lenta, mostra cenas explícitas de sadomasoquismo. Veja o vídeo em adm.to/publicida-


PEI, BUF!

| PROCESSO SELETIVO

Como elaborar um currículo matador! por fábio bandeira de mello

N

a hora de procurar um emprego, o currículo é, geralmente, a carta de apresentação e a porta de entrada para uma empresa. Esse é o primeiro passo da avaliação dos recrutadores para escolher o candidato que melhor se encaixa no perfil desejado. Por isso, elaborar um bom currículo não se trata de resumir tudo o que você fez. “Em primeiro lugar, o candidato deve entender que há outros na mesma situação. Portanto, deve procurar se diferenciar mesmo sem experiências anteriores”, afirma Marcelo Abrileri, presidente e headhunter da Curriculum.

O que não pode faltar! 1

Curriculum vitAE 1

Início

Objetivo

5

Indique somente uma área de interesse. Caso queira se candidatar a oportunidades de áreas diferentes, é recomendável ter mais de um currículo, com objetivos distintos.

4

Experiências Profissionais

Qualificações

Formação Acadêmica

Objetivo: Administrador

3

Síntese de Qualificações »» Carreira desenvolvida na área Administrativa, com experiência na execução de atividades de apoio às áreas de administração, logística, finanças e comercial, atuando com foco na melhoria nos processos organizacionais; »» Experiência na elaboração de planilhas, manutenção de arquivo e tratamento de documentos variados, cumprindo todo o procedimento necessário e garantindo o controle das informações; »» Realização do atendimento a fornecedores e clientes nacionais e internacionais, prestando suporte e esclarecendo dúvidas relacionadas a produtos e serviços; »» Vivência em rotinas de compras, realizando cotações e negociações com fornecedores para obtenção dos melhores preços e prazos;

Idiomas

Ao citar idiomas, detalhe seu nível de proficiência. Lembre-se de que é um resumo. Destaque no máximo as cinco principais 7 internacional qualificações adquiridas Caso tenha alguma expeem suas experiências de riência internacional, não trabalho. Suas inúmeras deixe de colocá-la. Interhabilidades poderão ser câmbio também é muito demonstradas ao lonvalorizado. go do processo seletivo. 8

Ordene de forma decrescente. Coloque nível técnico ou ensino médio apenas quando for relacionado à formação atual ou área de 9 interesse.

Rua Xxxxxxx, xx – Bairro xxxx-xxx – Cidade, Estado Tel.: (xx) xxx-xxx (res.)/ (xx) xxxx-xxxx (cel.) E-mail: xxxxxxxxxxxx xx anos, Nacionalidade, Estado Civil

2

Mencione o nome da empresa e o período em que atuou. Coloque também uma pequena descrição de suas atividades no local. 6

3

Nunca coloque:

Xxxxx Xxxx Xxxxx (Nome)

Os dados pessoais devem estar no início. É desnecessário colocar números de documentos ou referências pessoais, exceto quando solicitado pela empresa. 2

Tudo deve estar destacado de forma clara e objetiva ao apresentar as experiências profissionais, acadêmicas e outras consideradas relevantes. “É importante se atentar à apresentação do currículo, evitando erros de português, inserção de dados desnecessários (foto inadequada, números de documentos, adjetivos pessoais e uso de letras ou papéis coloridos”, afirma Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online. Para Daniela, “o profissional deve deixar explícito o que quer e inserir respostas para as três perguntas básicas: Onde você já esteve? O que você já fez pela outra empresa? E o que pode fazer pela empresa em que deseja trabalhar?”.

4

Cursos Complementares

Formação Acadêmica Especialização em xxxxxxx – concluído em xxxx Nome da Faculdade Graduação em xxxxxxx – concluído em xxxx Nome da Faculdade

Inclua os treinamentos e cursos já realizados, se tiverem afinidade com a futura área de atuação.

5

Relate sua habilidade em programas e ferramentas que domina.

»» Criação e organização dos setores administrativos das filiais de Salvador e Recife, atuando na definição de rotinas e desenvolvimento de processos; »» Responsável pelo acompanhamento dos pedidos de vendas, além do controle do estoque de mercadorias. 2004 a 2005 Nome da empresa Empresa do segmento Cargo »» Suporte no desenvolvimento de rotinas administrativas, financeiras e comerciais, além da realização de serviços externos. 6

Idiomas Inglês – Fluente Espanhol – Avançado

7

Vivência Internacional Inglaterra – Participação em feiras de negócios. Canadá – Aprimoramento do idioma.

8

Cursos Complementares »» Curso – Nome da Instituição »» Curso – Nome da Instituição

9

Informática Domínio do Software 1, Software 2 e Software 3. Conhecimentos no Pacote Office e Internet.

Experiência Profissional 2008 a 2009 Nome da empresa Empresa do segmento Cargo

INFORMÁTICA

2006 a 2008 Nome da empresa Empresa do segmento Cargo

»» Responsável pelo desenvolvimento de rotinas administrativas, fechamento de negócios e atendimento a clientes e fornecedores.

Outras formas de currículo

Esqueça os e-mails pessoais tipo gatinha@provedor.com.br. Crie um e-mail profissional. Nada de cores, desenhos, margens e símbolos. O ideal para destacar as informações é, no mínimo, a utilização de recursos como negrito e sublinhado. Deve-se evitar também variar os tipos de fonte. Listas extensas também não são bem vindas no currículo, bem como motivos de ter deixado o emprego anterior, referências pessoais, raça, religião e filiação partidária. Evite erros de concordância, escrita e acentuação, pois um a cada quatro currículos é descartado por ter erros de português ou de digitação.

Colaboram para a elaboração das dicas: Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online, e Marcelo Abrileri, presidente e headhunter da Curriculum.

Além do modelo tradicional, é possível disponibilizar o currículo de forma interessante e atrativa:

Vídeo currículo

Hotsite

Linkedin

Transmite credibilidade e desenvoltura, características que pesam em candidatos a vagas nas áreas de Vendas, Comunicação e Telemarketing.

É possível criar um site e inserir informações profissionais, contato, portfolio e outras que sejam relevantes.

Através dessa rede social, é possível realizar network, disponibilizar informações profissionais e maximizar as chances de ser encontrado por uma empresa.

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ARTIGO

| Mensagem

“Ceu Fabio, escessemo a maquina di fura” Antes de agradar aos diretores de uma empresa, uma propaganda deve agradar ao seu público-alvo. por fábio barreto*

N

ão é um código. Não é uma linguagem alternativa usada pela galerinha no MSN. Não é para caber nos 140 toques do Twitter. Nada disso. É apenas um bilhete deixado pelo Seu Tuinho, eletricista que eu contratei para consertar uma fiação na minha casa – serviço que não foi realizado, pois, como dizia o bilhete, ele e o ajudante “esqueceram a furadeira”. Fiquei sem luz na sala, mas outra acendeu na minha cabeça. Você vai dizer: o que me interessa as limitações ortográficas do Seu Tuinho? O que isso tem a ver com a gente, povo deveras criativo e diferenciado do Marketing?

É esse público pouco esclarecido que, muitas vezes, precisamos emocionar, convencer, informar Eu vos respondo: tudo. Afinal, é para essas pessoas humildes que, muitas vezes, precisamos apresentar produtos e serviços das empresas. É esse público pouco esclarecido que, muitas vezes, precisamos emo38

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cionar, convencer, informar. Analfabetos funcionais que não decifram as ideias brilhantes da Archive. E aí? Você está preparado para abrir mão daquela sacada fantástica e, em troca, se fazer entender melhor? Está disposto a repensar aquele título intrigante, quase indecifrável? É bom que esteja, porque a peça que você faz questão de colocar na sua pasta também vai ficar linda forrando a gaiola do canarinho do Seu Tuinho – depois de ter passado despercebida por ele. E por que passou despercebida? Por que não ficou retida nas mãos dele? Porque não informou, não soube ser interessante, foi feita sem o cuidado necessário para isso. Para fazer um paralelo com uma mazela bem carioca, uma peça criada assim nada mais é do que uma espécie de “bala perdida”: acaba acertando alguém, mas não quem você estava mirando. Ainda bem que estamos falando de um tiro errado dentro de uma estratégia de comunicação, e não de um projétil armamentista. É importante lembrar que, tendo um produto ou serviço para essa classe emergente, antes de agradar ao Marcelo Serpa, ao Fabio Fernandes ou ao Nizan Guanaes, você tem que saber agradar ao Seu Tuinho, ao ajudante dele e por aí vai. Todos nós sabemos que milhões de brasileiros são alijados do acesso à educação, mas poucos levam isso em conta quando estão criando para essas mesmas pessoas. Criar sem essa sensibilidade é desrespeitar o interesse da empresa em estabelecer contato com o Seu Tuinho, porque comunicar pressupõe alguém falando e alguém entendendo o que

está sendo dito. E ignorar isso é esquecer o cerne do seu trabalho: saber comunicar. Qualquer coisa fora desse padrão certamente está saindo da nossa área e invadindo o campo das artes ou – pior – pode apenas estar a serviço da egolatria criativa, que cega e produz desculpas bastante empolgadas e discursos bem acalorados sobre a importância de “usar a propaganda como fonte de cultura para os incautos” – quando, na verdade, só acobertam a má vontade de raciocinar melhor. De pensar em um jeito mais interessante para o Seu Tuinho e não apenas para o seu portfólio. E, por favor, se você vai começar a dizer que estou pregando o trabalho sem graça e sem cuidado, economize o discurso. Antes de dizer que estou induzindo o trabalho nivelado por baixo, pense bem: por baixo do quê? Da sua imensa sabedoria, da sua cultura infindável? A sensibilidade e a boa ideia alcançam a todos: classes A, B, C, D ou E. Basta saber e querer ajustar a linguagem, o discurso, o tom, a mira. O trabalho não vai ficar ruim por causa disso. Muito pelo contrário, vai ficar perfeito. Afinal, a criatividade tem muitas formas. E tenha certeza de que uma delas vai se encaixar direitinho na vida do Seu Tuinho.

* Fábio Barreto é publicitário. Mais precisamente, diretor de criação. Mais detalhadamente, redator da agência Kindle. Mais profundamente, um cara que anda com a cabeça nas nuvens e os pés no chão.


ARTIGO do leitor

| preguiça

Preguiça no trabalho? dez motivos para você não ter! Tem horas no trabalho que bate um espírito de improdutividade. Mas, fique atento: existem algumas boas razões para você não se acostumar com ele. por paulo sérgio crivelli*

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abe aquele momento em que você deveria cumprir uma tarefa, mas optou por esperar um pouquinho mais para começar? Aliás, isso é muito comum de encontrarmos nas organizações: vários e inacabáveis casos de pessoas que deviam ter feito algo, mas que não fizeram por motivos alheios – como fuçar na internet, sair antes do expediente terminar, preguiça, entre outros. Pensando nisso – que é uma constante em todo tipo de organização – encontrei 10 motivos para você não deixar as tarefas de lado e pensar duas vezes quando aquela preguiça bater em sua porta:

4 - Confiança zero Sempre que seu superior chamar alguém para desempenhar uma tarefa, o último nome escolhido será o seu.

5 - Desorganização Com o serviço atrasado, se surgirem novas tarefas, você pode se perder na hora de saber o que fazer primeiro. Consequentemente, sua organização estará comprometida.

6 -Você se recusa a crescer

Quando você “deixa para depois” uma vez, acaba perdendo o bloqueio e essa atitude pode se tornar algo comum. Desse modo, tende a “deixar para depois” cada vez mais.

Se você sempre deixa para depois, acaba perdendo algo que seria importante para o seu crescimento pessoal. Um exemplo clássico disso são aqueles colegas de classe que você tinha na época do colégio e que deixavam pra fazer a tarefa de última hora. Quando havia um passeio, eles tinham que ficar na classe para terminá-la e perdiam a diversão. Considere a tarefa de classe como seu trabalho e o passeio, seu crescimento.

2- Desmotivação

7 - Você erra mais

1 - Você se acostuma

As consequências de deixar tarefas para depois podem resultar em um trabalho mal feito ou inacabado. Assim, você acaba desmotivado por não ter conseguido realizar satisfatoriamente uma atividade. Ou seja, deixar para depois prejudica a você mesmo.

3 - As pessoas querem seu lugar Mesmo que você seja um funcionário bem qualificado na empresa, há diversos currículos chegando a todo o momento na organização. Se não render o suficiente, uma hora você pode ser substituído.

atuava. Nessa hora, eles podem tomar conhecimento do seu status desfavorável. Portanto, procure se esforçar e mostrar que é competente para qualquer ação.

9 - Você atrapalha seus colegas de trabalho Se o serviço acumulou por não ter feito na hora certa, provavelmente você vai pedir a ajuda de seus colegas de trabalho – que já têm as tarefas deles. Consequência: você faz com que ninguém tenha rendimento.

10 - Você prejudica a empresa Sua empresa depende de resultados e, geralmente, que sejam rápidos. Caso você – que faz parte da empresa – não esteja “funcionando bem”, a empresa também não terá o resultado esperado.

Queremos o seu texto publicado na Revista Administradores!

Os mais preguiçosos – e que geralmente empurram tudo para depois – tendem, na hora do aperto, a fazer as tarefas mais rapidamente e em cima da hora. A consequência disso é clara: o erro em excesso.

Cadastre-se em administradores.com.br e publique artigos em sua conta. Os textos mais interessantes serão selecionados e poderão estar na próxima edição da revista Administradores.

8 - Sua carreira fica carimbada

Esse artigo pode ser conferido no Portal Administradores através do link adm.to/preguica_no_trabalho

Caso tenha sido uma constante em seu antigo emprego, sua carreira corre o sério risco de ganhar o carimbo da preguiça e do desinteresse. É muito comum que os recrutadores, em seleções de emprego, liguem para o trabalho anterior para saber como você

* Paulo Sérgio Crivelli é formado em Administração de Empresas e Pós-graduando em Gestão Estratégia de Negócios, atualmente trabalhando em uma empresa do ramo de comércio de cereais.

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ARTIGO

| proposta

Olá! Quero lhe fazer uma proposta (indecente)... Você toparia uma parceria na qual você não ganharia nada? Pois é, mas tem muita gente propondo isso por aí. por leandro vieira*

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odo santo dia - eu disse t-o-d-o s-a-n-t-o d-i-a - recebemos alguma proposta de parceria no portal Administradores. Empreendedores e diretores de marketing muito sabidos entram em contato querendo divulgar seus produtos e serviços em troca de um benefício “irrecusável”. Vamos a alguns exemplos mais comuns: - Olá! Estamos fazendo um evento e queremos divulgar no seu site. Em troca, seus usuários contarão com um desconto de 5% no valor da inscrição. - Olá! Queremos propor uma troca de banners. Vocês divulgam nosso banner em seu site, e vice-versa. O que me motivou a escrever este artigo foi a última proposta que recebemos. O sujeito escreveu um livro e quer divulgá-lo utilizando uma estratégia baseada nos conceitos de marketing de um guru americano de autoajuda chamado Joe Vitale. A coisa funciona mais ou menos assim: você recebe um e-mail falando do produto, que vem com um brinde X, e, se você comprar agora, receberá um pacote de bônus cujo valor é de 10 vezes o preço do livro que você está comprando. Você já deve ter visto esse tipo de oferta por aí. Isso é mais velho do que andar pra trás. 40

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E aí, quer ser meu parceiro? Bom, o autor desse livro propôs que nós fizéssemos a divulgação dessa oferta para a nossa base de mais de 200 mil cadastrados no portal Administradores. O que receberíamos em troca? Além de nosso logotipo constar como apoiador dessa brilhante ação, ganharíamos a experiência de ter colocado essa estratégia inovadora em prática e, depois, ele nos ensinaria como fazer algo parecido.

Gostaram? Confesso que tenho calafrios quando abro um e-mail com a palavra “parceria” na linha de assunto. Sempre declinamos esse tipo de proposta, mas, muitas vezes, a pessoa do outro lado se irrita. Parece que a Lei de Gérson nunca sairá de moda no Brasil. Quando a internet começou por aqui, a moda era a troca de links e banners entre os sites. Como eles tinham uma audiência parecida – ou seja, quase nada – a estratégia até que tinha alguma lógica. Quem visitasse um site, acabaria tomando conhecimento do site do vizinho. Hoje em dia, a coisa mudou drasticamente. Atualmente, a web é uma forma de mídia consolidada – e, a propósito, a que mais cresce. As permutas ainda são comuns, mas apenas entre os veículos equivalentes em termos de audiência e número

de usuários cadastrados. A Rede Globo anunciaria a sua empresa sem cobrar nada? Acredito que não. Algumas regrinhas básicas antes de propor parcerias por aí: - Se você tiver objetivos de vender algum produto ou serviço pela web, tenha em mente que é necessário investir em publicidade. - Se você encontrar algum site que faz anúncios de graça, esteja ciente de que o seu retorno deverá ser proporcional ao valor investido, ou seja: zero. - Se você realmente quer alavancar o seu negócio com base em parcerias, lembre-se de propor algo que reamente valha a pena para a outra parte. Cinco por cento de desconto para os associados? Pffff! Em suma, é a velha lição que você deve ter escutado de seus pais ou de seus avós: um negócio deve ser bom para ambos os lados. Essa é a filosofia mais simples e, ao mesmo tempo, mais profunda do mundo dos negócios. Proposta indecente? Tolerância zero.

* Leandro Vieira acredita que propostas indecentes não estão com nada. Para ele, uma parceria deve ser benéfica para ambas as partes.


uma lição gerenciar crises

sil ncia Bra ruz/ Agê José C

Franco Itamar de como por simão mairins

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José C ruz/ A gência Brasil

política, as Na época, apesar de toda a crise o início dos anos 1990, o po res pressões tinham origem no cam primeiro presidente eleito maio 1993, ômico, com uma inflação que, em pelo povo no Brasil – de- econ ou a 2.700%. pois de mais de 20 anos cheg o goNo curto espaço de tempo entre de ditadura – foi deposto, ntao Sarney e o Collor, foram impleme acusado de corrupção. vern cos e estabelecidas tuições dos três planos econômi Com a economia em crise e as insti sem sucesso a longo a difícil duas moedas, todos desacreditadas, restou ao sucessor então, o desafio era, ocrática prazo. Para Itamar, missão de manter a legalidade dem solução duradoura, ordar, além de encontrar uma e tirar o país da lama. Há de se conc a população de que os um bar- conseguir convencer no entanto, que assumir o leme de dos, os produtos não é para preços seriam controla co no meio de uma tempestade não prateleiras e ninguém ição de desapareceriam das qualquer um. E foi assim, na cond confiscadas. prestes a teria suas poupanças comandante de um grande navio l. Em seu curto gofáci foi não fa A tare a presiafundar, que Itamar Franco assumiu a menos que seis minist de Fer- verno, passaram nad dência do país após o impeachmen enda. Ao tros diferentes pela pasta da Faz nando Collor de Mello. políticas também pri- mesmo tempo, as pressões Político de carreira, Itamar deu seus pela dissolução do Juiz de eram grandes, inclusive meiros passos na vida pública em disso, com a fragmenta7 a 1971). Congresso. Além Fora - MG, onde foi prefeito (196 idárias na época, compor e elegeu- ção das forças part Pouco depois, deixou o cargo nada fácil. as Gerais um governo não foi -se senador pelo estado de Min to, o saldo foi positietan entr l, No fina B (antigo (1975). Em 1988, saiu do PMD co, com a criação do o regime vo. No campo econômi MDB, partido de oposição durante ação foi controlada e dor de Plano Real, a hiperinfl militar) e uniu-se ao então governa bases para o desenvolm Partido asseguraram-se as Alagoas, Fernando Collor, no jove lmente. No âmbito que lhes vimento verificado atua Itama da Reconstrução Nacional (PRN), r te fez seu sucessor dia 2 d Franco fale Em 1992, político, o presiden ceu e ju deu a vitória na eleição de 1989. istro min oso, Card e p riqu Hen o o r Mina lho, em Sã aos 81 ano presidên- (Fernand o Pau s no ú s G 1 e com a queda de Collor, assumiu a l) 999 a Rea r 2003. ais e govern lo. Ele era s ltimo que coordenou a criação do Plano e o u cia da República. o o estado nador aprovaçã de iní- e deixou o cargo com uma Em conflito com Collor desde o final do seu devi- semelhante à de Lula no cio do governo – principalmente ou como legado deix a aind ar Itam . tica mandato do às divergências acerca da polí os e da Lei Or- a sanção da Lei dos Genéric de privatizações – Itamar desligou AS), que gânica da Assistência Social (LO -se do PRN pouco antes do impeasocias dos go- deu base para os programas chment e, meses mais tarde, assu B. vernos seguintes. miu a presidência já pelo PMD Agosto 2011

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dúvidas

| Papo com yoda

0s en sTNAMENT0S D0 mestre y0da

Dúvidas, perguntas ou curiosidades sobre carreira, mundo corporativo, Administração ou desempenho no trabalho? O Jedi mais sábio do cinema responde para você! envie sua pergunta para mestreyoda@administradores.com.br A impaciência das novas gerações Mestre Yoda, quem foi mais difícil de treinar: Anakin ou Luke Skywalker? Ambos eram bem jovens e tinham personalidades fortes. É possível dizer que eles se encaixariam perfeitamente nessa considerada Geração Y? Ana Fernandes Do treinamento de Anakin, pouco participei, apesar da condução de Obi Wan supervisionar. Com Luke, diretamente eu agi. Apesar dessa diferença, afirmar posso que Anakin mais difícil foi. Tanto que para o Lado Negro descambando acabou. Luke por vezes rebelde ficava e impetuoso era. Mas as lições assimilava e em mim um líder reconhecia. Já Anakin, o último sabre de luz que acendia se achava. E, aí, a hierarquia questionava. E, no que deu, deu. Nesse ponto, muito Geração Y ele era, com certeza. Além, claro, de tudo muito demorado parecer, em seu insensato e afoito julgamento. Então, sim, muitas das características dos dois, na Geração Y encontrar podemos. Muito arguta sua observação foi. Que a Força com você esteja.

Estou com uma tremenda dúvida. Quero fazer uma especialização em Marketing e estou tentado pela Gestão de Marketing e Mídias Sociais. O curso trata de temas voltados para o mundo digital. Conversei com alguns professores e me disseram que esses temas antes eram tendências, mas hoje já são a nova realidade do Marketing. Será mesmo uma “tendência” ou “nova realidade” a ser seguida desde já? É mais válido fazer um curso tradicional, com disciplinas mais “comuns”? Átila Freitas administradores.com.br

O significado do 5S Tenho uma dúvida sobre o housekepping ou 5S numa empresa. Como funciona? Rafael Pires

Caminho para o Marketing

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Perspicaz Átila, seu questionamento muito oportuno é. Um tema candente, poderia dito ser. Um paralelo com o design, farei: hoje, muitos webdesigners temos, mas com raso conhecimento e escassos fundamentos. O webdesign, na verdade, uma vertente do design é. Uma especialização. E, como tal, restrito a si mesmo encarado não deveria ser. Para um bom webdesigner ser, estudar design crucial é. Depois, sim, webdesign. Mas a rapidez dos tempos e o nivelamento pelo nível inferior, a essas distorções nos têm levado. Dessa forma é também com o Marketing e com o Marketing Digital e, mais recentemente, com o Marketing para Redes Sociais. Suas visões muito presas ao seu próprio propósito final estão. Então, primeiro, de Marketing entenda. Aquele dos 4Ps, mesmo. Os gurus leia, as teorias mais formais estude, mesmo que muito sisudas lhe pareçam. Aí, sim, sobre as novidades debruçar-se você pode. E, a partir desse ponto, sob a luz de uma ou outra nova tecnologia, aquele seu conhecimento mais sólido sempre de alicerce lhe servirá e uma alta performance lhe permitirá.

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Organizado Rafael, precavê-lo devo de que, para muitos, o seguinte significado o 5S tem: Saco, Saco, Saco, Saco e... Saco. Em outras palavras, o que dizer eu quero é que muita disciplina, paciência, método e persistência necessários são para o sucesso no 5S obter. Fundamental saber é que uma mudança comportamental ele exige. Essa mudança, focada nos seguintes pontos está: Seiri (liberação da área ou espaço); Seiton (organização); Seiso (limpeza); Seiketsu (padronização); Shitsuke (disciplina). Em frente vá e... que a Força com você esteja.

Estágio no primeiro semestre Sou estudante do primeiro semestre de Administração e gostaria de saber se o fato de estar no primeiro semestre dificulta conseguir um estágio. Participei de muitos processos seletivos com bons desempenhos, mas, não fui aprovado. Estar no primeiro semestre pesa na contratação? Samuel Fagundes Inabalável Samuel, sim, dificulta. (Ainda inabalável você está? Brincando estou...) A situação do primeiro semestre curiosa é. Tão novato você não é, a ponto de nem na faculdade ter entrado; mas, também, muito verde não deixou de ser, como aqueles que no segundo, terceiro e quarto estão. Então, de fato, a melhor das condições posta não está. Mas na faculdade você já entrou. E isso, suficiente é para alguma posição buscar. Por isso, a firmeza de propósito mantenha, a busca não interrompa e os estudos intensifique. Pesado parece? Pois pesado é. A vida só dura fica para quem mole é. Boi lerdo água suja bebe e por aí afora. Acho que o recado passado já foi, certo? A Força com você está.

APRENDER A FORÇA JEDI PRECISO É @mestre_yoda


futuro

| administradores do futuro

Admin istra dor do futuro

Qual o aprendizado que o trabalho no SIFE te proporcionou? Como isso impactou a sua carreira?

Foi no SIFE que comecei a trabalhar mais profissionalmente, pois, além de abranger pessoas que esperavam muito de mim, comecei a me envolver com clientes e fornecedores. Nos projetos, foi possível lidar com pessoas de todas as classes sociais e tive que aprender como conversar, como tratar da melhor maneira os diferentes tipos de pessoa. Esses ensinamentos foram essenciais para minha vida profissional. Foi trabalhando no SIFE que descobri a abrangência de São Paulo (e imagino que do Brasil) e do potencial que temos para crescer. Os brasileiros são altamente capacitados, é só mostrarmos as ferramentas. Por isso, reforço que um real gasto em educação vale por 100 gastos em outras coisas. Conhecimento é o único ativo que ninguém lhe tira.

Como você avalia a importância e o papel do administrador em projetos de iniciativa social? E como esse profissional pode se beneficiar ao atuar em iniciativas desse tipo?

Vou ser ainda mais abrangente, pois o papel do administrador é fundamental em qualquer iniciativa – social ou não. Somos nós, administradores, responsáveis por guiar e alinhar pessoas para um mesmo objetivo. As pessoas, principalmente as que respondem para nós, tendem a se espelhar nas nossas iniciativas e no modo de agirmos. O exemplo mais presente para todos é o próprio pai, que administra a família. Outro exemplo são os alunos que trabalham no SIFE, que devem ser uma inspiração para as pessoas que ajudamos. No caso mais específico dos trabalhos sociais, acho que o administrador tem como causar um grande impacto com soluções bastante simples. Assim, é possível se beneficiar em aspecto social – de ver a sociedade mudar com suas idéias – e economicamente, pois vivemos um boom das classes C e D, que estão dando combustível para o Brasil.

por eber freitas

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ma boa maneira de crescer profissionalmente é atuando em projetos sociais. E não é apenas por representar mais algumas linhas no currículo. Essa é uma demonstração prática de que se importa com outras pessoas (próximas ou não), revela o caráter pessoal e moral, além do desapego ao individualismo e do interesse em desafios – atributos relevantes aos olhos de qualquer empregador. Um exemplo vivo disso é o administrador Rafael Falcioni. Formado em junho de 2011 pelo Insper (SP), ele teve a oportunidade de realizar um intercâmbio na W.P.Carey School of Business, no Arizona, Estados Unidos. De volta ao Brasil, Rafael presidiu o Students of Free Enterprise (SIFE) nacional, espécie de rede social mundial que abrange iniciativas de negócios sociais oriundas das universidades. “Trabalhei em um projeto com mulheres artesãs. Selecionamos as técnicas mais rentáveis e criamos um kit para ser vendido para restaurantes, que logo será disponibilizado no mercado”, explica. Outro projeto que ainda está sendo desenvolvido pelo SIFE é o Doando Vida, site que irá conectar doadores e receptores de sangue. Como você se interessou pelo desenvolvimento de soluções para áreas sociais?

Destaco três etapas fundamentais para entender esse interesse: social: Tive a oportunidade de ajudar uma amiga em um projeto social com crianças. Fiquei feliz em ver que o pouco que eu sabia sobre outros países, gastronomia, brincadeiras, atraia o interesse e a atenção das crianças. Eles realmente aprendiam tudo. negócios: em minha temporada nos Estados Unidos, tive a oportunidade de viver em uma atmosfera empreendedora, em que tudo o que se imaginava podia ser negócio. negócios sociais: na minha volta para o Brasil, queria ser capaz de criar algo para torná-lo um negócio. Então, sugiu a oportunidade de participar do projeto no SIFE com mulheres que sofriam discriminação de gênero. Foi aí que pensei na possibilidade de contribuir com pessoas para realizar a vontade de trabalhar em um produto e vê-lo em uma prateleira – nesse caso, nas mesas de restaurantes.

De acordo com a professora de Administração da Insper, Andrea Minardi, “Rafael demonstrou criatividade, capacidade empreendedora e de liderança, consciência social e persistência nos projetos”.

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fora do quadrado

| inovação

FORA dO QUADRADO Se você pensa que já viu de tudo, confira alguns dos produtos mais curiosos do mundo que selecionamos para provar que a imaginação não conhece limites

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por eber freitas e fábio bandeira de mello

Papel de 1 presente ou calculadora? Você compra um presente perfeito, mas não tem habilidade com a escrita para acompanhar o gesto? Esse papel de presente vem com marcações semelhantes aos dígitos de uma calculadora que você pode preencher com algumas poucas letras. Também tem um cartão de visitas com detalhes em baixo relevo para ajudar. Só é vendido nos EUA, por US$ 19.50.

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2 Oriente-se Se a moto é seu instrumento de trabalho ou sua parceira de estrada, um GPS específico pode ser bem útil. Esse, fabricado pela Maptec, aguenta água e poeira (assim como quem se aventura sobre duas rodas), conta com 2 GB de memória interna e reproduz mídias em MP3 e MP4, além de vir com um fone bluetooth. Custa R$ 700.

Porta 5 carregador de celular Sabe aquela hora em Seguidores 4 que precisamos carda Maçã regar o celular, mas Que tal unir todos os não existe nenhum seus gadgets da Apple suporte para colocáem uma única área de -lo e não queremos trabalho? O designer deixá-lo no chão? Pois norte-americano Ané, tudo indica que drew Kim concebeu esse problema está um projeto tão curioso perto do fim. Com quanto simples, que o produto Drinn é batizou de PolyPly. possível carregar seu Com ele, seria possível celular sem se preodispor iPad, iPod Tou- cupar com possíveis ch, iPhone e até uma pisões nele. O prático caneta para touchscre- item custa US$ 6,95 en em um suporte de no driinn.com acrílico que pode ficar em pé ou inclinado. Infelizmente, é apenas um protótipo.

3 Tachinhas customizadas Para quem está atabalhoado de tarefas no trabalho – mas opera à moda antiga e não quer aderir aos novos aparelhos tecnológicos para se organizar – as tachinhas com nomes podem ser a salvação. Com elas, é possível ordenar facilmente as tarefas prendendo as páginas em um mural. Só cuidado para não trocar o Confirmad por Cancel naquela reunião importantíssima com o chefe.

6 Cachorros protegidos Se você é um daqueles que está assustado com o índice de violência e quer proteger seu cãozinho de estimação, vai gostar do colete canino à prova de balas. Ele protege o animal de tiros de armas como 9 mm, .40 e até Magnum. O acessório, por enquanto, está disponível apenas para cães do exército, da polícia e dos bombeiros. Porém, pode pintar nas ruas em breve.

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7 Diversão no trabalho Entediado com a pressão do trabalho? Querendo se divertir um pouco no escritório? Então, uma solução é o built-in web cam. Ele funciona como um lançador para acertar mísseis de espuma nos colegas. Basta conectar o brinquedo em uma entrada USB no computador e o alvo aparece na tela do PC. Ele está sendo comercializado no site adm.to/ usb_brando.

Mouse para 12 coffeaholics

8 8 Geladeira portátil USB Agora mesmo é que muitos internautas não vão mais precisar sair da frente do seu querido computador. Com o LED Beverage Cooler, é possível deixar a bebida bem gelada. A mini geladeira, que possui um estilo retrô, é ligada via cabo USB e está sendo comercializada por US$19,99 na thinkgeek.com.

9 Notebook saudável A Panasonic decidiu se distanciar da briga dos cachorros grandes da tecnologia e criar uma linha bem restrita de produtos. O H1 Health faz parte da família Toughbook e é destinado para quem trabalha em salas de cirurgia. O gadget é resistente a quedas, derramamento de líquidos, totalmente vedado e pode ser higienizado com facilidade. Detalhes em adm.to/ panasonic_inovador

10 Tomada inteligente Menos chance de faíscas ou choques. Com essa proposta, o desenhista Gonglue Jiang criou o plug Switch. Através de um interruptor, você controla quando o eletrônico estará ligado ou desligado sem tirar da tomada. O produto ainda é um conceito e não há previsão de comercialização.

11 Boxee Box Uma nova categoria de produto chamada “Media Player Conectado”. É com esse conceito que chegou ao mercado o roteador da D-Link, feito para estender a experiência na web para a TV. O Boxee Box acessa 180 canais e oferece conteúdo on demand de serviços como a Saraiva e Submarino. O preço sugerido é de R$ 899.

Se é pra unir o útil ao agradável, por que não juntar o gadget de trabalho com o café nosso de todas as horas? Essa Caneca Mouse é conectada ao PC via USB. Para clicar, você deve pressioná-la de leve contra a mesa. Imagine a quantidade de respingos que ela vai deixar! A Caneca Mouse não é comercializada.

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entretenimento

| curiosidades, humor e sustentabilidade

divulgação

curi osidades:

Pata de sapo pode se transformar em curativos A foto mais cara do “velho oeste”

istockphoto

Uma foto rara do célebre criminoso norte-americano Billy The Kid, tirada entre 1879 e 1880, foi arrematada em leilão por US$ 2,3 milhões (aproximadamente R$ 3,7). A imagem, gravada em placa de metal, foi captada em Fort Summer, Novo México, um ou dois anos antes da sua morte. Billy the Kid é o fora-da-lei mais célebre dos clássicos de faroeste, mas, na vida real, estima-se que o novaiorquino tenha assassinado entre 21 e 27 pessoas. O seu novo dono é o colecionador William Koch; antes, a foto estava em poder da família de Dan Dendrick, amigo pessoal de Kid.

divulgação

Parece piada, mas pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, descobriram que os sapos que habitam árvores podem se transformar em poderosos band-aids. Tudo isso porque suas patas grudentas – que os ajudam a se manter presos aos galhos – nunca ficam sujas, graças a um muco adesivo autolimpante. A pesquisa foi apresentada durante a Conferência Anual da Sociedade de Biologia Experimental, em Glasgow (ESC).

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Sol e planetas têm origens distintas

Carros terão piloto automático em dez anos

O computador mais rápido do mundo

Uma nova descoberta dos astrônomos pode mexer com tudo o que se conhece sobre a formação do sistema solar. A partir de amostras coletadas pela sonda Gênesis, cientistas da Nasa deduziram que o Sol e os planetas têm níveis diferenciados de nitrogênio e oxigênio, os dois elementos mais abundantes do universo. Isso vai de encontro à teoria de que os sistemas planetários são formados a partir de detritos que sobram da nebulosa original, distribuindo os elementos igualmente entre os corpos.

Cansado daqueles imensos engarrafamentos em que os veículos não passam de 10 km/h? Você não é o único. Um consórcio europeu formado por 17 montadoras está trabalhando em um sistema que permite acionar o piloto automático temporariamente em situações de congestionamentos nas estradas ou em longas distâncias em linha reta. A tecnologia adotada é similar às utilizadas pela aviação e espera-se reduzir o índice de acidentes de trânsito no mundo. O modelo deve chegar ao mercado até 2021.

A japonesa Fujitsu desenvolveu um supercomputador capaz de realizar até 8.160 trilhões de operações por segundo, o equivalente à capacidade de um milhão de desktops caseiros. A máquina, batizada de K, possui o triplo da capacidade de seu antecessor – o chinês Tianhe-1ª – conta com 672 gabinetes, 68.544 CPUs e já é considerada a mais rápida do mundo no ranking da publicação acadêmica TOP500.

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HUMOR

Em uma entrevista de emprego, o gerente pergunta: - Qual o cargo que você pretende ocupar, rapaz? - Presidente! – responde ele, convicto. - VOCÊ É LOUCO? – esbraveja o entrevistador. - Não… Precisa ser?

Descom plicando: Sinergia –

o conceito de sinergia, introduzido por Igor Ansoff no livro “Corporate Strategy”, procura provar que duas empresas juntas valem mais do que a soma das duas separadas. A ideia pode ser aplicada em outras áreas, como alianças estratégicas, trabalho em equipe, acordos de cooperação

e nas relações das empresas com fornecedores ou clientes.

CIO (Chief Information Officer) – nome dado ao responsável pela informática de uma empresa, embora, dependendo da instituição, outros títulos alternativos sejam usados ​​para representar esta posição. A importância desse cargo tem crescido bastante desde que a Tecnologia da Informação vem ganhando cada vez mais espaço dentro das organizações.

Vantagem Competitiva – é uma (ou um conjunto de) característica que permite a uma empresa diferenciar-se dos concorrentes. De acordo com Michael Porter, essa diferenciação pode ser alcançada por meio de três estratégias: (1) Liderança baseada no fator custo - Possuir custos mais baixos do que os rivais; (2) Diferenciação - Criar um produto ou serviço que é visto na indústria como único; (3) Focalização – dominar um nicho de mercado específico.

ações para um mundo melhor: Sustentabilidade e reinserção social na penitenciária por eber freitas

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ara ser completo, o conceito de sustentabilidade deve ser estendido ao social, uma vez que a melhoria da qualidade de vida implica, necessariamente, em um ambiente sustentável. Um exemplo prático disso está sendo aplicado na Penitenciária Edgar Magalhães Noronha (Pemano), em Tremembé, interior de São Paulo. No local, está sendo desenvolvido o projeto Florestas Inteligentes, que consiste em ressocializar os detentos através do trabalho de reflorestamento com mudas de árvores da Mata Atlântica. Cerca de 60 presidiários (selecionados pelo critério de comportamento) atuam no projeto e auxiliam na recuperação do bioma

mais devastado do Brasil, trabalhando em um viveiro com aproximadamente 1,5 milhão de mudas de 130 espécies distintas de árvores. A meta é plantar mais dois milhões de mudas nativas da Mata Atlântica nos próximos dois anos. Marcos Barbosa, produtor rural e autor da iniciativa, acredita que o projeto Florestas Inteligentes é uma oportunidade tanto para os trabalhadores quanto para os empresários, que agora dispõem de uma mão de obra farta e ociosa para atuar em serviços de reflorestamento. Em debate realizado na última edição do Estéreo Saci, ele argumentou que “muitas empresas investem em restauração de florestas de eucalipto, por exemplo, para passar uma imagem

de preocupadas com o meio ambiente. Essas matas são ocas por dentro, sem frutos ou pássaros. São ações furadas. Por que não investir em projetos como o Florestas Inteligentes, com resultados socioambientais realmente positivos?”. No debate, Barbosa afirmou que, dessa forma, o Florestas Inteligentes pode se tornar uma oportunidade de negócio genuinamente sustentável. “Trabalhamos com a plantação de mudas em presídios, mas podem ser alimentos, plantas ornamentais, ervas medicinais e uma infinidade de outras práticas, que podem ser aplicadas em clínicas de reabilitação ou nas Fundações CASA, por exemplo. Ideias não faltam. Criamos uma nova franquia ambiental”, explicou.

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entretenimento

| cINEMA E LITERATURA

Uma Manhã Gloriosa

divulgação

por victor souza*

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ocê já se perguntou como deve ser a rotina nos bastidores de um telejornal matinal? A comédia “Uma Manhã Gloriosa” dramatiza de forma honesta e divertida os conflitos e contratempos que permeiam o cotidiano dessas produções, homenageando os profissionais que acordam cedinho – às vezes, sequer dormem – para prover as manchetes do dia enquanto você ainda toma o café da manhã. No longa, dirigido por Roger Mitchell e baseado no romance homônimo de Diana Peterfreund, acompanhamos Becky Fuller (Rachel McAdams, a nova “queridinha da América”), uma esforçada produtora de TV que madruga todos os dias para supervisionar a exibição diária de um noticiário matutino. A vida dessa jovem e sonhadora workaholic, porém, sofre uma inesperada reviravolta depois que ela é demitida de seu programa em Nova Jersey. Persistente, Becky envia desesperadamente seu currículo para diversas emissoras, até ser contratada para trabalhar na redação do nova-iorquino “Daybreak”, um decadente telejornal matutino que precisa de renovação para deixar o quarto lugar de audiência em seu horário. Assumindo o cargo de produtora executiva, a competente protagonista é recebida com ceticismo pela equipe de produção do noticiário, que confunde sua obstinação e confiança com o deslumbramento de um ingênuo profissional iniciante. Os experientes âncoras Colleen Peck (Diane Keaton) e Mike Pomeroy (Harrison Ford, hilariantemente rabugento), sobretudo, parecem até satisfeitos com o ponto frustrante em que suas carreiras empacaram. Mas é exatamente nessa dupla de apresentadores temperamentais e ego48

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cêntricos que Becky investe para alavancar os índices de audiência do “Daybreak”. Com a difícil missão de administrar os egos de jornalistas que mal conseguem disfarçar seu desafeto mútuo durante a exibição do programa, a jovem produtora inicia uma corrida contra o tempo para salvar o telejornal do cancelamento iminente, impondo uma determinada busca por ideias e conceitos inovadores em um ambiente de trabalho destroçado pela morosidade e pelo conformismo com a mediocridade. O empenho inabalável de Becky – que sofre com as recorrentes cobranças de seu insatisfeito chefe e mal reserva tempo para o nascente romance com um amigo repórter – contagia paulatinamente os relutantes Colleen e Mike, que abandonam seu estrelismo arrogante para recuperar o prestígio popular do noticiário. Nesse sentido, por trás do retrato levemente caricaturado das dinâmicas interpessoais em um estúdio televisivo, “Uma Manhã Gloriosa” oferece uma mensagem positiva sobre a necessidade de se adotar renovações cíclicas no relacionamento empresa-público e a importância de estimular – e não subestimar – a hiperatividade criativa dos jovens profissionais.

A personagem de Rachel McAdams luta para se impor entre os egos de dois jornalistas arrogantes

*Victor Souza é apaixonado por quadrinhos, cinema, rock n’ roll e comida chinesa. Ele é o gerente de jornalismo e colunista de cinema do portal maisacao.com


estante

Acompanhe mais dicas de leitura!

Rumo

Manual de sobrevivência no mundo Pós-Sped

ao Topo

De Roberto Dias Duarte O livro se embrenha na selva fiscal e digital que, invariavelmente, é a perdição de muitos empresários. Editora Ideias@Work, 472 p. R$ 87,20

por david forli inocente*

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m minhas aulas sobre Administração de Carreiras, com bom humor, observo que a trajetória profissional das meninas exige cuidados diferentes da dos meninos. Sem sexismo, busco destacar a importância dos pactos familiares, do diálogo aberto e do enfrentamento de questões que marcam a disparidade das condições de gênero em seus aspectos mais marcantes – o fato de engravidar e ter filhos, e do lamentável preconceito presente em algumas empresas. Nessa linha, recomendo “Rumo ao Topo”, de Cathie Black, autobiografia de uma das mais importantes executivas dos Estados Unidos. Cathie atuou no mercado editorial americano por quase 40 anos e seu texto traz lições de persistência, bom humor, perspicácia, capacidade de adaptação e empreendedorismo interno – aquela vontade de fazer a empresa em que se está crescer e viabilizar-se, ainda que ela não seja sua. A autora tem grande importância para o mercado editorial americano: presidiu a Hearst Magazine e o jornal USA Today, além de atuar nos conselhos da IBM e da Coca-Cola Company. Em 296 páginas, há um grande conjunto de erros e acertos – e uma reflexão bastante isenta acerca deles. O livro tem passagens que se fixam na memória, como uma ocasião em que ela recusa um convite de emprego interessante, mas desalinhado de seus objetivos no momento. Ao agradecer pessoalmente o convite de Al Neuhart, então presidente da Gannet Corporation, ela declina registrando sua presença de modo inconfundível, saindo-se com a criativa

Rumo ao Topo é o relato autobiográfico de como Cathie Black, uma das mais importantes executivas dos Estados Unidos, construiu uma carreira sólida. Editora: Globo. 296p. R$ 29,90

iniciativa de presenteá-lo com um tomate do tamanho de uma caixa. É muito raro encontrar um presente interessante e que de fato chame à atenção de profissionais desse nível, e aquele mega tomate, cultivado com seus cuidados pessoais, fez esse papel com maestria. Outra passagem marcante é sua chegada à presidência, contratada diretamente pelo CEO da corporação. Ela assume seu novo cargo e recebe um executivo chefe em sua sala. Decorridos minutos de amenidades, ele lhe diz: “quero que você saiba que eu não vou me reportar a você”. Totalmente surpresa, ela retorna ao CEO, que lhe responde: “ah, sim, me esqueci de lhe falar sobre ele”. De fato, sua experiência nessa empresa é uma extraordinária lição de resiliência e capacidade de adaptação, cruciais na condução de uma companhia e com enorme impacto positivo na carreira. O livro é farto de relatos e breves conselhos que, por terem sido baseados em experiências pessoais, ganham relevância. Menina ou menino, estou certo de que a narrativa dessa mulher formidável contada em “Rumo ao Topo” ajudará na construção de sua própria história!

*David Forli Inocente tem 34 anos, é casado e pai de duas meninas lindas. Leciona Gestão de Carreira no MBA da USP Ribeirão, e coordena o primeiro MBA à Distância da USP (@mbausp). Além disso, gerencia a área de Ensino do @_inepad, é apaixonado pela sua equipe, trabalha 12 horas por dia, se diverte e acha pouco!

Como chatear clientes Por Nelson Gonçalves A obra traz histórias em que consumidores enfrentaram problemas e até cortaram de vez os laços com determinadas empresas. Editora Omni, 142 p.

Winston Churchill CEO Por Alan Axelrod O livro mostra como o estilo de liderança de Churchill pode ensinar valiosas lições para líderes de negócios atingirem o sucesso em sua área. Editora Campus, 280 p. R$ 69,90 Agosto 2011

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PONTO.FINAL Administrando pessoas

muito estranhas por stephen kanitz*

E

u tenho uma casa num condomínio perto da praia, que tem um acesso exclusivo para a areia do mar. Nele, para que banhistas não entrem pela estreita porta, colocamos um aviso: “Proibida a entrada de pessoas estranhas”. Meus dois pequenos filhos rolavam de rir quando viam aquele cartaz: “Quer dizer que o Paulinho (filho do vizinho) nunca mais poderá entrar?”. Para eles, estranho era sinônimo de esquisito, e não de pessoas desconhecidas.

Administradores aceitam as pessoas como elas são, sabemos que não se muda uma pessoa com teorias ou indoutrinação Já abordei – na edição nº5 da revista Administradores – que o início do movimento da Administração, em 1910, quebra o dogma da gestão de pessoas conhecidas (os famosos cargos de confiança), para começar a contratar pessoas estranhas. Cargos administrativos não são mais dados a familiares 50

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ou membros do mesmo partido, mas a gerentes treinados em Administração que nem se conhecem – estranhos entre si. Porém, a Administração permite ir muito além disso. Quando se contratam 10 mil funcionários, não somente eles são desconhecidos entre si, mas, entre eles, existem bastantes pessoas muito estranhas (no sentido que os meus filhos usam). Se fizermos a famosa curva normal, provavelmente, temos, numa dessas empresas, 400 pessoas muito, mas muito estranhas, que dificilmente seriam contratadas em companhias de gestão familiar. São os nerds, os gênios, os perfeccionistas e assim por diante. Não conheço nenhum escritório de advocacia, medicina ou engenharia que contratou um ex-presidiário, por exemplo, algo muito comum em empresas com mais de 10 mil funcionários. Eles podem ser pessoas que jamais seriam contratados como vendedores ou advogados. Mas, numa empresa moderna, eles se encaixam perfeitamente. Administradores e seus departamentos em RH sabem que não existem esses homens perfeitos que os filósofos almejam. Muito do fracasso do socialismo reside no fato de eles gastarem fortunas com cursos de ética, consciência social, teoria política e cidadania, no afã de criar toda uma população ética e perfeita, para, assim, poder eliminar a corrupção, a preguiça etc. Administradores aceitam as pessoas como elas são: sabemos que não se muda uma pessoa com teorias ou indoutrinação. O que podemos fazer é incentivar o que a pessoa tem de diferente e de bom num clima de harmonia. Criamos centenas de eventos corporativos, para que to-

dos possam se conhecer. Criamos centenas de cursos de treinamento, nos quais as qualidades possam ser aprimoradas, e não os defeitos. Temos psicólogos nos nossos departamentos de RH, que sabem os defeitos e as idiossincrasias de cada funcionário. Os acompanhamos psicologicamente, e nunca despedimos os mais estranhos. Sempre damos uma segunda chance, mudamos de departamento, de função. Quem é o psicólogo que cuida de você na faculdade, justamente numa fase da vida que você mais precisa? Faculdades não são geridas por administradores, mas por sociólogos e cientistas políticos, que ainda acham que todo mundo pode se tornar perfeito. Administradores trabalham com o que se tem, não com uma utopia teórica inatingível. Então, não custa nada lembrar: as pessoas muito estranhas desse país dependem de você – de administradores.

* Stephen Kanitz é consultor de empresas e conferencista. Vem realizando seminários em grandes empresas no Brasil e no exterior. Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, foi professor da USP. No Twitter, @stephenkanitz.


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