[THIAGO REIS] Monografia

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Arquitetura efêmera na formação do arquiteto


Arquitetura efêmera na formação do arquiteto Thiago Reis_Escola da Cidade_Arquitetura, Sociedade e Educação


“(...)Num certo sentido, a cenografia tradicional é o contrário da arquitetura e a ausência de ‘cenografia’ é, como dizia Walter Gropius, pura arquitetura.” Lina Bo Bardi em 1985


Este trabalho de conclusão do curso da pós-graduação em “Arquitetura socieda-

de e educação”, da Escola da Cidade, propõe um programa de disciplina optativa aos alunos da graduação em Arquitetura e Urbanismo. Serão abordadas as práticas espaciais efêmeras – tais como festas, cenografias, exposições e intervenções artísticas – que, cada vez mais, vêm ganhando espaço não apenas nas cidades contemporâneas, como também no âmbito acadêmico. O curso, centrado no caso brasileiro, objetiva, em última análise, uma reflexão sobre os espaços temporários da arquitetura, seu histórico e a transformação de suas funções e projetos.

A partir das referências bibliográficas indicadas, a disciplina compreende a análi-

se de diferentes modalidades de arquiteturas efêmeras que se constroem nos dias atuais das cidades brasileiras. Assim, estrutura-se em quatro eixos temáticos: festa, cena, mostra e cidade. Cada um desses aspectos será, primeiramente, contextualizado teoricamente e, a partir de então, serão analisados à luz de casos específicos.

Em conclusão cabe destacar que o principal intento é aproximar os alunos da

prática profissional, através da ênfase constante nas relações que estabelecem com a arquitetura formal e o trabalho do arquiteto. A temática, ainda pouco consolidada no Brasil mostra-se de suma importância para a compreensão das cidades atuais. Afinal, tratam-se de movimentos de resistência que, com sua amplitude de signos, práticas e apropriações, mostram e resignificam, no limite entre tradição e inovação, os mais diversos espaços.


Arquitetura Efêmera: Experiências no Brasil Carga Horária: 30h - 10 aulas de 3h Disciplina optativa semestral 11º Semestre

Desfile da Estação Primeira de Mangueira no Sambódromo “Marques de Sapucaí” no Rio de Janeiro projetado por Niemeyer em 1987, exposição Bahia no Ibirapuera de Bo Bardi em 1954, cenografia para “Ópera dos Três Tostões” de Império em 1964 e intervenção urbana “Bueiros” da série “Huecos” de Mano em 1999.

EMENTA Discussão e análise da produção de arquitetura efêmera moderna e contemporânea produzida no Brasil e realizada por arquitetos entre desde os anos de 1950 até a atualidade. Introdução as matérias básicas da cenografia, expografia, eventos e intervenção urbana. Compreensão da especificidade do projeto de arquitetura efêmera e como ele se relaciona com o programa, cliente, contexto, a obra edificada, com as ideias de narrativa e símbolo. Estudos de caso.


OBJETIVOS - Compreender as diversas formas com que a arquitetura ocupa o espaço efêmero. - Entender quais são as especificidades e os agentes desse espaço e quais as transformações que eles exigem da prática de projeto. - Investigar, a partir de estudos de caso, as ações arquitetônicas que profissionais e leigos assumem diante da cidade, suas festas, e representações – entendendo que esse tipo de prática é própria das aglomerações, do espaço público e da urbanidade. METODOLOGIA Aulas expositivas com projeção de imagens e debates embasados em discussões de aparato teórico e de projeto. Visitas técnicas seguidas de debates e análises dos casos estudados. Escrita de uma resenha, crítica, projeto e seminário. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO Os alunos/as serão avaliados com base em nos seguintes critérios: O curso é dividido em 04 módulos [Festa, Cena, Mostra e Cidade] ao final de cada um, o/a estudante deve escolher fazer uma resenha, crítica, projeto ou seminário. Todos/as devem passar por cada uma das formas de avalição que valem 2,5 pontos. O/a aluno/a que faltar em uma das avaliações (com justificativa) poderá fazer uma prova substitutiva em data a ser determinada. A média para aprovação é 5,0. O aluno que obtiver média entre 3,0 e 4,9 poderá fazer outra avaliação como recuperação, e nesta avaliação a média é 5,0. Caso não consiga obter a média nesta última avaliação o/a aluno/a deverá cursar a disciplina novamente. Ficam suspensos os nivelamentos.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Eixo Temático

Conteúdo Aula 01: Apresentação do Curso

Festa

Aula 02: Festa e devoção: ocupações urbanas populares no século XX. Aula 03: Espetacularização do popular: arquitetura construída para festas. Aula 04: Pelo direito de festejar: a cidade-indivíduo e a cidade-coletivo. Aula 05: AVALIAÇÃO 01- Projeto; resenha; crítica ou seminário.

Cena

Aula 06: O teatro e o espaço: palco, plateia e cena. Aula 07: O edifício teatral brasileiro e suas ocupações: a cenografia, a não cenografia e arquitetura cênica. Aula 08: Outros palcos: a cidade como profundidade real. Aula 09: AVALIAÇÃO 02 - Projeto; resenha; crítica ou seminário.

Mostra

Aula 10: Museus e exposições: modelos, experiências e crítica. Aula 11: Museu brasileiro: um programa moderno. Aula 12: Abaporu-selfie: a “MISialização” do museu. Aula 13: AVALIAÇÃO 03 - Projeto; resenha; crítica ou seminário.

Cidade

Aula 14: Protesto e ginga: o museu é o mundo. Aula 15: Artistas de cidade: práticas urbanas de territorialidade e imagem. Aula 16: Ocupação e suporte: conflitos no espaço e na produção urbana Aula 17: AVALIAÇÃO 04: Projeto; resenha; crítica ou seminário. Aula 18: Encerramento do curso


BIBLIOGRAFIA BÁSICA LIMA, Evelyn Furquim Wernec. Espaço e teatro: do edifício teatral à cidade como palco. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008. O’DOHERTY, Brian. No Interior do Cubo Branco - A Ideologia do Espaço da Arte. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007. PALLAMIN, Vera M. Arte Urbana; São Paulo: Região Central (1945 - 1998): Obras de caráter temporário e permanente - São Paulo, Fapesp, 2000. SUDRÉ, M. F. A festa e a cidade: experiência coletiva, poder e excedente no espaço urbano. 1. ed. Rio de Janeiro: Anpur/ Letra Capital, 2013. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARAL, Rita de Cássia de Mello Peixoto. Festa à Brasileira: Significados do festejar, no país que “não é sério”. 1998. 380 f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. BARDI, Lina Bo. Lina por escrito. Textos Escolhidos de Lina Bo Bardi. Org.: RUBINO, Silvana; GRINOVER, Marina. São Paulo: Cosac Naifa, 2009. BOGÉA, Marta. Território: Tempo. Foro de Arquitectura da Universidad San Francisco, Quito, 2009. Disponível em: < http://www.vazio.com.br/ensaio/territoriotempo-marta-bogea/> BRISSAC, Nelson Peixoto. Arte Cidade 1 - Intervenções Urbanas. São Paulo: SENAC e Edições SESC, 2012. FOSTER, HAL. Museus sem fim. Rev ista Piauí, Ed. 105, São Paulo. Disponível em: < http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/museus-sem-fim/> JACQUES, P. B. Estética da Ginga (3a edição). 3. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007. LEITE, Edson ; CAPONERO, Maria Cristina ; PEREZ, S. .Um carnaval fora da lista: quando a identidade é criada para o mercado. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares (Impresso), Rio de Janeiro, p. 97 - 108, 01 nov. 2010. LEONELLI, Carolina. De Lina Bo Bardi e Flávio Império: entre arquitetura, artes plásticas e teatro. Revista Veneza, São Paulo, Junho de 2011. <https://revistaveneza.wordpress.com/2011/06/20/de-flavio-imperio-e-lina-bo-bardi-entre-arquitetura-artes-plasticas-e-teatro/> LIMA, Evelyn Furquim Werneck. Por uma revolução da arquitetura teatral:. O Oficina e o SESC da Pompéia. Arquitextos, São Paulo, ano 09, n. 101.01, Vitruvius, out. 2008. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.101/100>. RODRIGUES, Cristiano Cezarino. Teatro da Vertigem e a cenografia do campo expandido. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 092.03, Vitruvius, jan. 2008 <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.092/174>.


BIBLIOGRAFIA GERAL ALCÂNTARA, Denise de. “O lugar do teatro - o espaço do teatro. Arquitetura teatral: na composição de desenho urbano e na prática do espetáculo”. Dissertação (doutorado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002 ARANTES, Otília. O lugar da arquitetura depois dos modernos. São Paulo: Edusp, 1995. ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento, Empreendedores culturais imigrantes em São Paulo de 1950, in: Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 17, n1, novembro de 2005, pp. 135-158. DOZENA, Alessandro. As territorialidades do samba na cidade de São Paulo. São Paulo, GEOUSP, 2010. GUATTARI, Félix. Espaço e poder: a criação de territórios na cidade. Espaço e Debates, n.16, pp. 109-20. HAMBURGER, Amélia Império; KATZ, Renina (Orgs.). Flávio Império. São Paulo: EDUSP, 1999. LIMA, Evelyn Furquim Wernec. Das vanguardas à tradição: arquitetura, teatro e espaço urbano. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. MAGNANI, José Guilherme; TORRES, Lilian de Lucca (orgs.). Na metrópole. Textos de antropologia urbana. São Paulo: Edusp, 1996. MARTINS, José de Souza. (Des) Figurações. A vida cotidiana no imaginário onírico da metrópole. São Paulo: Hucitec, 1996. MEDEIROS, Beatriz de; MONTEIRO, Marianna Francisca Martins. Espaço e performance. Brasília: Universidade de Brasília, 2007 SERRONI, José Carlos. Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil. São Paulo: Editora Senac, 2002. SILVA, Mateus Bertone da , Lina Bo Bardi : arquitetura cênica. Dissertação (Mestrado), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2004. VARGAS, Maria Tereza, MAGALDI, Sábato, Cem anos de teatro em São Paulo. São Paulo: Ed. Senac, 2002.


Título da aula: Festa e devoção: ocupações urbanas populares no século XX. Bibliografia básica: AMARAL, Rita de Cássia de Mello Peixoto. Festa à Brasileira: Significados do festejar, no país que “não é sério”. 1998. 380 f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. Alguns Projetos:

Círio de Nazaré Belém do Pará - PA Festa Popular

São João Campina Grande - PB Festa Popular

Congado e Moçambique São Sebastião do Paraíso - MG Festa Popular


Título da aula: Espetacularização do popular: arquitetura construída para festas. Bibliografia básica: LEITE, Edson ; CAPONERO, Maria Cristina ; PEREZ, S. Um carnaval fora da lista: quando a identidade é criada para o mercado. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares (Impresso), Rio de Janeiro, p. 97 - 108, 01 nov. 2010. Alguns Projetos:

Sambódromo Maruqes de Sapucaí São Paulo- SP Arquitetura Construída Oscar Niemeyer

Sambódromo Anhembi São Paulo-SP Arquitetura Construída Oscar Niemeyer

Bumbódromo Parintins - AM Arquitetura Construída - 2012 Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) e de Cultura (SEC)


Título da aula: Pelo direito de festejar: a cidade-indivíduo e a cidade-coletivo. Bibliografia básica: SUDRÉ, M. F. A festa e a cidade: experiência coletiva, poder e excedente no espaço urbano. 1. ed. Rio de Janeiro: Anpur/ Letra Capital, 2013. Alguns Projetos:

Ocupa Estelita Recife - PE Movimento

Voodohop São Paulo-SP Festa de Rua

GRES Vai-Vai São Paulo - SP Escola de Samba - Festa de Rua


Título da aula: O edifício teatral brasileiro: palco, plateia e cena. Bibliografia básica: LIMA, Evelyn Furquim Werneck. Por uma revolução da arquitetura teatral:. O Oficina e o SESC da Pompéia. Arquitextos, São Paulo, ano 09, n. 101.01, Vitruvius, out. 2008. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.101/100>. Alguns Projetos:

Theatro Municipal de São Paulo São Paulo-SP Arquitetura construída Ramos de Azevedo

Teatro Oficina São Paulo-SP Arquitetura construída Lina Bo Bardi e Edson Elito

Teatro do Morro São Paulo - SP Arquitetura construída Antônio Carlos Barossi


Título da aula: O edifício teatral brasileiro e suas ocupações: cenografia e arquitetura cênica. Bibliografia básica: LEONELLI, Carolina. De Lina Bo Bardi e Flávio Império: entre arquitetura, artes plásticas e teatro. Revista Veneza, São Paulo, Junho de 2011. <https://revistaveneza.wordpress.com/2011/06/20/de-flavio-imperio-e-lina-bo-bardi-entre-arquitetura-artes-plasticas-e-teatro/> Alguns Projetos:

Na selva das cidades São Paulo-SP Arquitetura cênica Lina Bo Bardi

Depois da queda São Paulo-SP Cenografia Flávio Império

Não sobre o amor São Paulo - SP Cenografia Daniela Thomas


Título da aula: Outros palcos: a cidade como profundidade real. Bibliografia básica: RODRIGUES, Cristiano Cezarino. Teatro da Vertigem e a cenografia do campo expandido. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 092.03, Vitruvius, jan. 2008 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.092/174>. Alguns Projetos:

BR-3 São Paulo-SP Cenografia Marcos Pedroso - Teatro da Vertigem

Amnésias topográficas Belo Horizonte-MG Cenografia Carlos Teixeira - Vazio S/A

Macumba antropofágica São Paulo - SP Arquietura cênica Carila Matzenbacher -Teatro Oficina


Título da aula: Museus e exposições: modelos, experiências e crítica. Bibliografia básica: O’DOHERTY, Brian. No Interior do Cubo Branco - A Ideologia do Espaço da Arte. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007. Alguns Projetos:

Museu Paulista São Paulo - SP Arquitetura construída

Bienal - 28ª Bienal São Paulo - SP Arquiteura construída

Inhotim Brumadinho MG Arquitetura construída


Título da aula: Museu brasileiro: um programa moderno. Bibliografia básica: BARDI, Lina Bo. Lina por escrito. IN: Textos Escolhidos de Lina Bo Bardi. Org.: RUBINO, Silvana; GRINOVER, Marina. São Paulo: Cosac Naif, 2009. Alguns Projetos:

MAM_RJ MAM-São Paulo-SP Expografia Lina Bo Bardi

MAPS-Paulista Belo Horizonte-MG Cenografia Carlos Teixeira - Vazio S/A

MAC-Niteroi São Paulo - SP Arquietura cênica Carila Matzenbacher -Teatro Oficina


Título da aula: Abaporu-selfie: a “MISialização” do museu. Bibliografia básica: FOSTER, HAL. Museus sem fim. Revista Piauí, Ed. 105, São Paulo. Disponível em: < http://revistapiaui. estadao.com.br/materia/museus-sem-fim/>

Alguns Projetos:

Stanley Kubrick MIS-São Paulo-SP Expografia Atelier Marko Brajovic

Yayoi Kusama: Obsessão Infinita Instituto Tomie Ohtake - São Paulo-SP Expografia Tobias May

O Mundo de Mafalda Praça das Artes - São Paulo - SP Expografia Sabina Villagra


Título da aula: Protesto e ginga: o museu é o mundo. Bibliografia básica: JACQUES, P. B. Estética da Ginga (3a edição). 3. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007. Alguns Projetos:

Hélio Oiticica Parangolé Rio de Janeiro - RJ

Artur Barrios Trouxas ensanguentadas Belo Horizainte - MG

Marcelo Nitsche Garatuja São Paulo -SP


Título da aula: Artistas de cidade: práticas urbanas de territorialidade e imagem. Bibliografia básica: BRISSAC, Nelson Peixoto. Arte Cidade 1 - Intervenções Urbanas. São Paulo: SENAC e Edições SESC, 2012. Alguns Projetos:

José Resende Intervenção urbana São Paulo - SP

Rubens Mano Bueiro São Paulo - SP

Regina Silveira Mosca São Paulo - SP


Título da aula: Ocupação e suporte: conflitos no espaço e na produção urbana. Bibliografia básica: BOGÉA, Marta. Território: Tempo. Foro de Arquitectura da Universidad San Francisco, Quito, 2009. Disponível em: < http://www.vazio.com.br/ensaio/territoriotempo-marta-bogea/> Alguns Projetos:

Coletivo Imargem São Paulo - SP

Coletivo Agulha São Paulo - SP

Alexandre Orion Osário São Paulo - SP


Meu interesse pela arquitetura feita com data para acabar vem desde a gradu-

ação quando estudei a produção para teatro, entendida de forma ampla, da arquiteta Lina Bo Bardi, em um trabalho de iniciação científica; em seguida desenvolvi um trabalho final de graduação sobre questões contemporâneas do carnaval e das festa de rua em São Paulo; depois junto com Yuri Quevedo propusemos uma disciplina eletiva dentro da sequência de história da Escola da Cidade que estudaria as relações das projetos para teatro de Lina Bo Bardi e Flávio Império.

Escolhi para trabalhar os museus, as exposições, o teatro, os programas educa-

tivos e a pós-ocupação de restauros, que venho dedicando profissionalmente desde o final da graduação. Ainda como estudante projetei e executei expografias e festas, quando me convenci de que é na arquitetura efêmera o lugar possível de construção do estudante e a partir de então a reconheço como fundamental na formação do arquiteto, a medida em que é nesse tipo de atuação que o estudante pode ver seu projeto deixar de ser desenho e texto para se tornar espaço.

Por fim, foi o curso de pós-graduação “Arquitetura, Sociedade e Educação” que

me partiu junto a muitos de meus professores, refletir e sintetizar muito dessa disciplina pretendida “Arquitetura Efêmera: Experiências no Brasil”, acreditando por causa deles, e agora junto a eles, que a educação é parte importante da nossa responsabilidade social de arquiteto para projetar e construir uma sociedade que se entenda efêmera, para ser melhor permanentemente.


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