[MÁRCIO QUINTA E SILVA] Monografia

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PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU Arquitetura, Educação e Sociedade ESCOLA DA CIDADE

ESTRUTURA da LINGUAGEM

Marcio da Quinta e Silva, 2016



Ă€queles que contribuĂ­ram nesse processo, muito obrigado!



MillĂ´r Fernandes



Padre Antônio Vieira Desculpem-me, não tive tempo de ser breve. Paulo Freire A educação é um ato político. Deleuze Para mim, uma aula não tem como objetivo ser entendida totalmente. Uma aula é uma espécie de matéria em movimento. É por isso que é musical. Numa aula, cada grupo ou cada estudante pega o que lhe convém. Uma aula ruim é a que não convém a ninguém. Não podemos dizer que tudo convém a todos. As pessoas tem de esperar. Obviamente, tem alguém meio adormecido. Por que ele acorda justamente no momento que lhe diz respeito? Não há uma lei que diz o que diz respeito a alguém. O assunto de seu interesse é outra coisa. Uma aula é emoção. É tanto emoção como inteligência. Sem emoção, não há nada, não há interesse algum. Não é uma questão de entender e ouvir tudo, mas de acordar a tempo de captar o que lhe convém pessoalmente. É por isso que um publico variado é muito importante. Sentimos o deslocamento dos centros de interesse, que pulam de um para o outro. Isso forma uma espécie de tecido esplendido, uma espécie de textura. Julgamento de um poeta União Soviética - O julgamento do poeta Joseph Brodsky, foi comentado em várias revistas do ocidente, entre as quais L’Express. Os trechos taquigráficos foram publicados pela revista Encounter, e no Brasil na revista Cadernos Brasileiros, n 25. Abaixo, a transcrição da primeira parte do interrogatório. Interrogador - Qual seu nome? Brodsky - Joseph Brodsky. Interrogador - Qual sua ocupação? Brodsky - Escrevo poemas. Traduzo. Suponho que... Interrogador - Não interessa o que o senhor supõe. Fique em pé respeitosamente. Não se encoste na parede. Olhe para a corte. Responda com respeito. O senhor tem um trabalho regular? Brodsky - Pensei que fosse um trabalho regular. Interrogador - Dê uma resposta precisa. Brodsky - Eu escrevia poemas: julguei que seriam publicados. Supus... Interrogador - Não interessa o que o senhor supõe. Responda por que não trabalhava. Brodsky - Eu trabalhava; eu escrevia poemas. Interrogador - Isso não interessa. Queremos saber a que instituição o senhor estava ligado. Brodsky - Tinha contratos com uma editora. Interrogador - Há quanto tempo o senhor trabalha?


Brodsky - Tenho trabalhado arduamente. Interrogador - Ora, arduamente! Responda certo. Brodsky - Cinco anos. Interrogador - Onde o senhor trabalhou? Brodsky - Numa fábrica, em expedições geológicas... Interrogador - Quanto tempo trabalhou na fábrica? Brodsky - Um ano. Interrogador - E qual era seu trabalho real? Brodsky - Eu sou um poeta. E tradutor de poesia. Interrogador - Quem reconheceu o senhor como poeta e lhe deu um lugar entre eles? Brodsky - Ninguém. E quem me deu um lugar entre a raça humana? Interrogador - O senhor aprendeu isso? Brodsky - O que? Interrogador - A ser poeta? Não tentou ir para uma Universidade onde as pessoas são ensinadas, onde aprendem? Brodsky - Não pensei que isso pudesse ser ensinado. Interrogador - Então como... Brodsky - Eu pensei que... Por vontade de Deus... Interrogador - É possível ao senhor viver do dinheiro que ganha? Brodsky - É possível. Desde que me prenderam sou obrigado a assinar um documento, todos os dias, declarando que gastam comigo quarenta copeques. Eu ganhava mais do que isso por dia. Interrogador - O senhor não precisa de ternos, sapatos? Brodsky - Eu tenho um terno. É velho, mas é um bom terno. Não preciso de outro. Interrogador - Os especialistas aprovaram seus poemas? Brodsky - Sim, fui publicado na Antologia dos Poetas Inéditos e fiz leituras de traduções do polonês. Interrogador - Seria melhor, Brodsky, que explicasse à corte por que não trabalhava no intervalo de seus trabalhos. Brodsky - Eu trabalhava. Eu escrevia poemas. Interrogador - Mas existem pessoas que trabalham numa fábrica e escrevem poemas. O que o impediu de fazer isso? Brodsky - As pessoas não são iguais. Mesmo a cor dos olhos, dos cabelos... a expressão do rosto. Interrogador - Isso não é novidade. Qualquer criança sabe disso. Seria melhor que explicasse qual a sua contribuição para o movimento comunista. Brodsky - A construção do comunismo não significa somente o trabalho do carpinteiro ou o cultivo do solo. Significa também o trabalho intelectual, o... Interrogador - Não interessam as palavras pomposas. Responda como pretende organizar suas atividades de trabalho no futuro. Brodsky - Eu queria escrever poesia e traduzir. Mas se isso contraria a regra geral, arranjarei um trabalho... e escreverei poesia. Interrogador - O senhor tem algum pedido a fazer a corte? Brodsky - Eu gostaria de saber por que fui preso. Interrogador - Isso não é um pedido; isso é uma pergunta. Brodsky - Então não tenho nenhum pedido.


Joseph Brodsky foi condenado a cinco anos de trabalhos forçados, numa fazenda estatal em Arcangel, na função de carregador de estrume. O poeta tinha vinte e quatro anos. Paulo Freire Não há liberdade sem disciplina, ou sem limite. Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão. Millôr Fernandes Ser livre, é bom notar, não é ser libertado. “Eu te dou toda liberdade” é a restrição suprema. (1963) E agora, antes de continuar esse espetáculo, é necessário fazer uma advertência a todos e a cada um. Neste momento é fundamental que cada um tome posição definida. Sem que cada um tome posição definida não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome posição – para a esquerda ou para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem posição neutra, fiquem de braços cruzado. Mas, uma vez tomada uma posição, é preciso que cada um fique nela! Por que senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada! (Liberdade, liberdade. Tendo visto o espetáculo na estreia, o arquiteto Lucio Costa me telefonou no dia seguinte pedindo que fizéssemos alguma coisa para resolver o problema do barulho ensurdecedor das cadeiras – o teatro era um buraco negro com cadeiras de madeira. Sugeri, ignorante, que ia mandar passar óleo nas molas. “Aquilo não tem molas não, Millôr”, explicou o arquiteto. “Tem que escrever um texto”, Que foi escrito. No texto o pedido de participação causava intencional malestar na plateia, catartizado em gargalhada na frase final. 1965) A alma enruga antes da pele.



Paul Klee Toda limitação é um apoio.

Alexander Calder



Uma breve introdução ao que se segue... A neurociência é o estudo do Sistema Nervoso Central (SNC), e abrange áreas como a Psicologia, a Medicina e a Fisiologia; existem ainda elos que a unem a pedagogia, principalmente nos esforços da compreensão de como se aprende. O sistema nervoso autônomo (SNA) - parte do conjunto do SNC - é responsável em nosso organismo por respostas reflexivas (de natureza automática), controla por exemplo a musculatura cardíaca, permite aumento de pressão arterial, frequência respiratória ou movimentos peristálticos. O SNA é dividido em duas partes, o sistema nervoso simpático (SNS) e o parassimpático (SNP). A grosso modo, o SNS estimula ações que permitem ao organismo responder a situações de stress, como por exemplo uma discussão. Algumas das consequências da ativação do SNS são a aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, aumento de adrenalina, etc; e processam-se de forma automática, alheia a nossa vontade. Já o SNP trabalha no outro extremo, sendo responsável por responder a ações de calma. Por exemplo, desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, etc. Isso posto, vamos aos fatos.


Em 2010, um grupo de pesquisadores do MIT selecionou 26 indivíduos, entre 18 e 56 anos, para participar de um experimento que envolvia testes físicos, cognitivos, emocionais e de longo termo; nos atentemos ao segundo e quarto testes. Nos exercícios cognitivos, os participantes, sentavam de frente a uma grande tela em uma sala escura e a prova de ruídos. De inicio, pedia-se que o participante permanecesse quieto durante os primeiros 10 minutos, para que se pudesse criar uma linha base do individuo. Após esse período, o participante era convidado a seguir as instruções que apareciam na tela. Primeiro, subtrações de 4 dígitos eram oferecidas aos participantes [MAT]; suas respostas deveriam ser passadas em voz alta, em até 3 minutos. Um cronometro marcava o tempo na tela, enquanto um ruído era emitido a cada erro de subtração. Na sequencia ao exercício matemático, aplicava-se um exercício cujo slide continha o nome de cores (vermelho, azul, marrom e roxo) [Stroop]; cada qual escrita como uma cor diferente da que se nomeia; os participantes eram convidados a ler o nome das cores em sequencia, o mais rápido possível, em um minuto. Outra vez, um cronometro marcava o tempo na tela, enquanto um ruído era emitido a cada erro. Ao final do 1o minuto, o exercício era repetido, com uma segunda linha de palavras, porém em ordem reversa a primeira. Terminada essa atividade [Task ends], os participantes permaneceriam sentados e relaxados, por mais 10 minutos, para o período de recuperação da linha base de cada indivíduo. Vejamos o resultado.

É possível notar que o SNS aumenta sua atividade durante os testes cognitivos; e a medida que é permitido o repouso ao participante, o SNP aumenta sua atividade, balanceando o SNC.


No teste de longo termo, um único rapaz, saudável, de 19 anos teve sua rotina acompanhada e medida durante o período de uma semana.

O gráfico confirma que enquanto o individuo participa ativamente de uma atividade, seu sistema simpático também age. Ao passo que, colocando-se de forma passiva frente a uma atividade, como ouvinte ou espectador, seu sistema simpático entra em repouso. Ora, isso significa então que só existem atividades cognitivas enquanto o sistema simpático é exigido acima de sua linha base?



Confúcio O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo. Deleuze Para mim existem duas concepções de aula: uma concepção segundo a qual uma aula tem como objetivo obter reações imediatas de um publico sob forma de perguntas e interrupções. É uma corrente, uma concepção de aula. E há a concepção dita magistral, do professor que fala. Não é uma questão de preferencia, não tenho escolha. Sempre usei a segunda, a concepção dita magistral. É preciso achar outro termo por que... Digamos que é mais uma concepção musical. Para mim, uma aula é... Não interrompemos uma musica, seja ela boa ou ruim. Interrompemos se ela é muito ruim. Não interrompemos a música, mas podemos muito bem interromper as palavras. O que significa uma concepção musical de aula? Acho que são duas coisas, na minha experiência, sem dizer que essa é a melhor concepção. É o meu modo de ver as coisas. Conhecendo um publico, o que foi meu publico, penso: Sempre tem alguém que não entende na hora. E há o que chamamos de efeito retardado. Também é como na música. Na hora, você não entende um movimento, mas, três minutos depois aquilo se torna claro, por que algo aconteceu nesse interim. Uma aula pode ter efeito retardado. Podemos não entender nada na hora e, dez minutos depois, tudo se esclarece. Há um efeito retroativo. É por isso que as interrupções me parecem tolas. Você pergunta por que não entende, mas basta esperar.



Saul Steinber


As dificuldades em consentir sobre qual atividade abarca de maneira mais efetiva as diferentes possibilidades de aprendizado, levantou a questão: Atividades propostas em sala de aula podem ser reconhecidas de maneiras distintas, por parte do(s) docente(s) e do(s) discente(s)? O que começou de maneira informal, em perguntas feitas um a um em sala de aula, ampliou-se para um questionário que foi dirigido à ex-alunos e professores. Buscava-se compreender como diferentes frentes reconhecem uma atividade enquanto proposta de ensino. Nessa primeira etapa, alunos do então 4o ano responderam a uma única pergunta sobre a atividade que consideravam mais eficiente para o aprendizado de Tecnologia. Com as respostas em mãos, cruzaram-se as atividades escolhidas com suas as respectivas notas de cada indivíduo. Os resultados foram: 4o ano De todas as atividades de Tecnologia desenvolvidas ao longo dos 4 anos do seu curso, qual você considera a mais eficiente para o seu aprendizado na matéria? 41% - cálculo matemático maior nota da sala = 9,00 menor nota da sala = 1,00 média da sala = 6,06 média dos alunos que escolheram esse exercício = 3,49 28% - maquetes maior nota da sala = 7,98 menor nota da sala = 0,35 média da sala = 5,50 média dos alunos que escolheram esse exercício = 6,45 21% - outras 6 atividades Considerando que na atividade com maior número de adeptos, a média das notas dos alunos que a escolheram fica abaixo da média aceita como plausível, podemos supor que: o aluno não compreendeu a pergunta do questionário; o aluno considera ter se apropriado do conteúdo, mesmo que sendo avaliado de forma diferente pelo professor; ou o professor considera que o aluno não foi capaz de se apropriar de forma satisfatória do conteúdo da atividade, mesmo tendo o aluno compreendido parte da matéria que lhe foi passada. Ao mesmo tempo, podemos afirmar que, nas duas atividades mais votadas estavam presentes as seguintes premissas: exercícios individuais atividades diárias


Se considerarmos que parte das aulas de calculo são expositivas, mas que contemplam também exercícios em sala e fora dela, podemos afirmar que em 69% dos casos considerados, são dadas como eficiente, do ponto de vista didático, as atividades que envolvem diretamente o SNS. ex-alunos Qual atividade você considera mais eficiente para o aprendizado de Tecnologia ao longo de sua formação? 57% - aulas expositivas (concepção estrutural e/ou edifícios exemplares) 43% - atividades práticas (canteiro ou pontes de macarrão / maquetes) O que gostaria de ter aprendido e não teve a oportunidade? 31% - calculo / dimensionamento 25% - canteiro de obra 25% - concepção / projeto / técnicas construtivas 19% - outros (instalações / custos / cronogramas) Aos ex-alunos que participaram da pesquisa, as aulas expositivas e as atividades práticas tem, ambas, papel fundamental na absorção do conteúdo. Houveram situações em que os participantes responderam as perguntas acima com duas respostas diferentes; nesses casos, as respostas tinham sempre aulas expositivas e atividades práticas somadas. professores Das atividades as quais você participou dentro da Escola, qual você acredita ter sido a mais eficiente para a absorção dos conceitos por parte dos alunos? 100% - aulas expositivas aliadas a exercícios práticos (maquete, protótipos, etc...) Como eram as avaliações? 75% - quinzenal 25% - uma única vez, ao final do exercício (pontes de macarrão - nesse caso, a nota do aluno era diretamente proporcional a relação entre o peso da estrutura da ponte e o quanto ela aguentava em seu teste de rompimento. A atividade tinha duração de 20 hrs / aula) Na academia, quais as principais dificuldades para o ensino da matéria? falta de conceito básico dos estudantes em geometria, matemática, física... distanciamento entre as disciplinas de projeto e tecnologia


infraestrutura (ferramentas, laboratório, canteiro para experimentações, etc.)

Ao que a pesquisa indica, no resultado comparado entre alunos e ex-alunos, tanto atividades práticas quanto teóricas tem valor no aprendizado. Essa afirmação é corroborada quando comparada às atividades escolhidas entre os professores. Confirma também, de que forma as atividades escolhidas eram avaliadas. avaliações individuais 89% grupos, duplas, trios... 11% menor período entre avaliações 1 semana maior período entre avaliações 10 semanas




Millor Fernandes



ESTRUTURA de LINGUAGEM curso proposto A atividade que se segue é direcionada a alunos, profissionais da construção civil e entusiastas. Se propõe no sentido de desenvolver no participante a capacidade de leitura crítica e raciocínio sobre processos construtivos, estruturais e de produção dos materiais, demonstrando a amplitude das questões envolvidas. A proposta do curso usa como base a grade de avaliação que a própria Escola da Cidade chegou a utilizar em algum momento de seus primórdios.

interesse atenção

sentir

percepção

análise

pensar

síntese

expressão

trabalho

fazer

concretização

técnico cultural artístico visão observação pessoal de detalhes de contexto organização raciocínio criatividade invenção prática oral escrita desenho 2D desenho #d maquete individual equipe habilidade manual engenhosidade


SENTIR LINGUAGEM HISTÓRICA conteúdo: história da arquitetura atrelada ao desenvolvimento da técnica. professor: Guilherme Wisnik duração: 2 aulas LINGUAGEM MATEMÁTICA conteúdo: noções básicas de geometria, matemática e física. professor: Antônio Lopes, Bigode duração: 2 aulas LINGUAGEM TÉCNICA conteúdo: conceitos básicos de conforto: insolação, ventilação, acústica, etc; apresentação de edifícios exemplares. professor: Nelson Solano duração: 2 aulas LINGUAGEM do MATERIAL conteúdo: apresentação da linguagem de cada material através de edifícios exemplares. professores: CONCRETO Bruno Contarini AÇO: Heloisa Maringoni MADEIRA: Ricardo Caruana TENSIONADAS: Nélson Fiedler ARGAMASSA: Valdemir Lucio Rosa EXPERIMENTAIS: Vitor Lotufo duração: 1 aula cada


PENSAR LINGUAGEM TÉCNICA conteúdo: noções básicas de esforços (momento, cortante, reação de apoio, flecha, etc.) e apresentação de edifícios exemplares onde apareçam tais conceitos. professor: Pedro Telecki duração: 2 aulas conteúdo: noções básicas de solos e fundações, apresentação de casos exemplares. professor: Frederico Falconi duração: 2 aulas LINGUAGEM do MATERIAL conteúdo: questões inerentes ao material (produção, processos construtivos e estruturais, etc.) professores: CONCRETO Bruno Contarini AÇO: Heloisa Maringoni MADEIRA: Ricardo Caruana TENSIONADAS: Nélson Fiedler ARGAMASSA: Valdemir Lucio Rosa EXPERIMENTAIS: Vitor Lotufo duração: 1 aula cada


FAZER LINGUAGEM ADIQUIRIDA atividade: essa atividade deverá ser apresentada como aula inaugural do curso; a concepção do projeto deve se desenvolver ao longo dos módulos SENTIR e PENSAR - sendo duas aulas em cada módulo -, e mais 4 aulas no módulo FAZER; o aluno deverá desenvolver projeto para uma das três tipologias: uma residência unifamiliar; ponte, ou uma grande cobertura - vãos maiores de 18 metros, ex. ginásio; os lotes (5, à definir) serão os mesmos para as 3 tipologias; caberá ao estudante escolher o lote, a tipologia, e a técnica. professores: Cristiane Muniz, Pablo Hereñu, Guilherme Paoliello; sendo cada professor responsável por uma tipologia. produtos: 2 pranchas A1, entregues de forma física e digital. 1 maquete física, sendo residência unifamiliar 1/50 ponte 1/50 grande cobertura 1/100 duração: 8 aulas


AVALIAÇÃO SENTIR e PENSAR Ao final de cada ciclo de palestra, o participante, num prazo máximo de 15 dias, deverá entregar uma cópia - física na secretaria da Escola, e uma digital em um email a ser criado – de suas anotações em sala. FAZER Ao final desse módulo, organizar-se-á a exposição do material coletado de cada um dos participantes, nos 3 módulos, de modo que todos os professores dos 3 módulos possam, cada qual com sua linguagem, utilizando a grade de avaliação citada há pouco, julgar o processo e o resultado dos trabalho apresentados. A nota final do aluno será a soma da nota de todos os professores que participaram do exercício, sem qualquer distinção de peso entre estes. nota: os professores selecionados fazem ou já fizeram parte da grade docente da Escola da Cidade; quando não, foram selecionados por possuírem notório saber sobre o assunto. A substituição de um ou mais nomes propostos deve ter relação direta às habilidades e competências do substituído.


LINGUAGEM

semanas

AULA INAUGURAL

1

3

MATEMÁTICA

MATEMÁTICA

2

HISTÓRICA

HISTÓRICA

TÉCNICA

TÉCNICA

4

SENTIR

ADQUIRIDA

ADQUIRIDA

TÉCNICA esforços

TÉCNICA esforços

MATERIAL MATERIAL TÉCNICA solo TÉCNICA solo tensionadas experimentais

MATERIAL argamassa

MATERIAL aço

9

MATERIAL madeira

8

MATERIAL concreto

7

6

5

ADQUIRIDA

MATERIAL aço

MATERIAL concreto

10

PENSAR MATERIAL argamassa

12

MATERIAL MATERIAL tensionadas experimentais

MATERIAL madeira

11

15

14

FAZER

ADQUIRIDA

ADQUIRIDA

13

17

16

18

AVALIAÇÃO ADQUIRIDA

ADQUIRIDA

CRONOGRAMA

ADQUIRIDA

FAZER



QUESTIONÁRIOS alunos Nome Ano de ingresso na Escola De 0 a 10, qual a importância da Tecnologia para a formação do arquiteto? Das atividades de Tecnologia das quais você participou na Escola, qual na sua opinião foi a mais eficiente para o aprendizado da matéria? Por que? Da sua formação, até o momento, o que gostaria de aprender em Tecnologia e ainda não teve a oportunidade? Se você pudesse rever algum dos conceitos que lhe foram passados nas aulas de Tecnologia até hoje, qual seria? Por que? ex-alunos Nome Ano de ingresso na Escola De 0 a 10, qual a importância da Tecnologia para sua formação como arquiteto? Das atividades de Tecnologia das quais participou na Escola, qual você considera a mais eficiente para o aprendizado da matéria? Se lembrar, descreva: individual, dupla, grupo? tempo de duração da atividade? qual era a matéria abordada? como era a avaliação? em que ano do curso você estava? O que essa atividade tinha de diferente das demais? O que você gostaria de ter aprendido em Tecnologia, e não teve a oportunidade? professores Nome Há quanto tempo leciona? E na Escola? Das atividades as quais você participou dentro da Escola, qual você acredita ter sido a mais eficiente para a absorção dos conceitos por parte dos alunos? (descreva brevemente qual o conteúdo e como ele era apresentado a classe) Como eram feitas as avaliações nessa atividade? Quanto tempo durou a atividade? O que faz dessa atividade mais interessante que as demais? Se você leciona, ou lecionou em outra escola, você usou o mesmo tipo de atividade para transmissão de conceitos? Se sim, como você avalia comparativamente os resultados?


BIBLIOGRAFIA Paulo Freire Pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra, 1970. Pedagogia da Autonomia. Editora Paz e Terra, 1996 Jean Piaget Fazer e compreender. Editora da Universidade de São Paulo, 1978 Noam Chomsky Teorias da Linguagem. Teorias da Aprendizagem. Debate com Jean Piaget e outros autores. Edições 70, Ltda., Lisboa – Portugal, 1987. Deleuze Diálogos, Gilles Deleuze, Claire Parnet. Editora Escuta, 1988. O abecedário de Deleuze, serie de entrevista cedida a Claire Parnet, entre 1988 e 1989. Disponível no youtube. Millôr Fernandes Liberdade, Liberdade, 1965. L&PM, 2006 Antonio José Lopes, Bigode A matemática hoje é feita assim. Editora FDT, 2000. Roberte Metring Neuropsicologia e aprendizagem: fundamentos necessários para planejamento do ensino. Wak Editora, 2011. Pesquisa MIT Ming-Sher Poh, Nicholas C. Swenson e Rosalinda W. Picard, 2010. Pesquisa disponível para download em http://affect.media.mit.edu/pdfs/10.Poh-etal-TBME-EDA-tests.pdf


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