[AES_MONOGRAFIA]
CIDADE CRIATIVA [ROBERT DE PAAUW] 10/03/2016
1. tema da pesquisa: o que faz que um espaço estimule as ações criativas no contexto da cidade contemporânea como suporte. 2. objetivos_ geral e específicos: O objetivo geral desta proposta é levantar as questões sobre o entorno que frequenta o cidadão e quais são as percepções, reflexos e comportamentos que o estimulam nessa experiência. Segundo as caraterísticas inerentes a cada um dos espaços, vai ativar diferentes tipologias de aproximação com diferente grau de imprevisibilidade, porque o comportamento imprevisível das pessoas é uma das caraterísticas definidoras da cidade e é onde se encontra a riqueza dela. Essas tipologias vão ser tão diversas como a criatividade dos potenciais interessados. Precisamos entender o que significa que um espaço reúna certas caraterísticas para ser transformado com ações sejam de natureza efêmera quanto perene. Trata-se de como a reinvenção da cidade é possível a traves da conquista de seus espaços: lugares mão usados, esquecidos, mão cuidados, mão resolvidos ou simplesmente infra-utilizados. Praças desocupadas, alças viárias desproporcionadas, canteiros centrais abandonados, lotes esquecidos, leitos asfálticos desproporcionados, baixo pontes obscuros, calçadas inativas, percursos desconexos, territórios segregados, rios apagados, espaços livres passivos... Estas são algumas das realidades que nossas cidades contemporâneas afrontam hoje, provocando que não seja levado ao serio o potencial que possuem. Apresentasse uma grande contradição já que o objetivo do cidadão é conseguir morar rodeado de entornos mais amáveis e diversos. De esta maneira incentivar o pedestre e o ciclista a conquistar o espaço urbano, porque a cidade é sobre pessoas. Esse ponto de vista humanista e experimental desperta as atitudes criativas e de respeito pela sociedade assim como da sustentabilidade das próprias comunidades.
Objetivos específicos: > Identificar os potenciais escondidos nos lugares. Espaços remanescentes das cidades, esquecidos nas propostas de projetos, nunca planejados para que façam parte da rede urbana e ambiental. > Resinificar os lugares a traves dos parâmetros sob os que se baseia o espaço livre de acordo com as caraterísticas inerentes a ele e suscetíveis de ser potencializados. > Criar sinergias incentivando a interação entre os diversos protagonistas da cena urbana. Diferentes convívios possíveis no mesmo momento o em momentos diferentes. > Pesquisar quais são as demandas dos moradores que tem como reflexo atividades no espaço livre. > Integrar os aspectos lúdicos que a arte e a cultura podem aportar nos espaços livres. > Costurar os territórios desconexos para conseguir uma transversalidade maior das ações evitando seu isolamento. Uma rede de acontecimentos gera troca de forças intensifica a socialização solidificando a inciativa levando-a ate a escala de cidade. > Renaturalizar o espaço livre quer dizer a respeito da necessidade de atingir uma zona de conforto que tem a ver com o equilíbrio dos componentes ambientais: vegetação, permeabilidade do solo, fauna, comportamento das aguas, ilhas de calor... > Avaliar a resiliência dos espaços livres e a capacidade que tem para se reinventar. > Conseguir que as iniciativas fiquem no dia a dia das pessoas, normalizar as ações, evitando que sejam casos isolados e que pela natureza delas se interiorizem na cultura das pessoas. > Contextualizar usos diversos em momentos diferentes para um mesmo espaço: espaços reversíveis. > Levantar quais os interesses e inquietudes das pessoas perante os espaços livres. Por faixas etárias, quais as interações entre idades e de como isso fortaleze o respeito.
> Estudar os espaços livres de proximidade e de como o conceito de bairro, comunidade joga um papel preponderante perante isso. Qual é o papel que esses espaços têm perante a rede de espaços livres da cidade comum toda. > Incluir postulado do desincentivo ao uso do carro = resgatar o lugar para o pedestre e a bicicleta: estamos visando uma cidade mais cívica. > Detectar quais são os elementos que impedem a convivência entre espaço privado e espaço público. Os limites nas cidades, os muros dos condomínios atrapalham a fluxo do espaço livre na urbe. O urbanismo egoísta. > Comparar as diferentes escalas de intervenção em casos reais. Desde “pocket parks” ate parques lineares. > Explorar quais organizações já estão trabalhando em experiências concretas ou incubando iniciativas. > Pesquisar quais são os elementos caraterísticos que conformam os traços de vida quotidiana de uma cidade. 3. Apresente a pergunta a ser respondida acerca do tema proposto: Pode um degrau, uma infraestrutura, um plano inclinado, uma topografia, um lote, uma sombra, um buraco, um plano vertical, uma rua, uma escuridão, uma vista, um elemento na paisagem, uma margem de um rio, uma cobertura, o trânsito, uma árvore, uma chuva, uma janela, um interior, uma luz estimular o lado criativo das pessoas? Todas estes são horizontes reais em nossas cidades. Um cenário de possibilidades que podem contribuir para a amabilidade do espaço livre. Partimos do fato que a cidade não possui lugares de permanência, sendo assim, as ruas, as calçadas, são meros lugares de passagem. O laque de possibilidades em metrópoles como São Paulo, por exemplo, é infinito. A prova é que nos últimos anos têm aparecido múltiplas iniciativas de maneira espontânea com propostas ativas. Tratasse da conquista do espaço livre desde a iniciativa cidadã, a traves de coletivos, associações, ongs, em definitiva pessoas. São muitas as carências, e o poder publico carece de instrumentos para poder adentrar em todas elas. Assim, esta é uma excelente ação para demonstrar dois fatos:
Por um lado, quais são as necessidades e vocações das pessoas em cada um dos cantos das cidades, por outro, quais são os espaços que podem atender essas demandas. Em poucas palavras, colocar a disposição do poder publico propostas que possam ficar na cidade para que pouco a pouco seja mais cívica. Uma terceira questão, e não menos importante já que acaba assegurando as ações e viabilizando a continuidade delas, é a que diz respeito a gestão e manutenção desses espaços. O poder publico não tem programas de gestão, monitoramento e manutenção eficazes. Isso faz com que o aspecto dos espaços livres seja de abandono. Estas fórmulas como estão prevenindo de inciativas cidadãs, deverão incorporar esse programa de gestão para garantir seu êxito. 4. método de trabalho: A proposta quer ser pratica e direta. A partir dos estímulos nos próprios alunos e levantando as questões lançadas nos objetivos gerais e específicos: Num primeiro momento vai ser feito um trabalho individual e rápido sobre os espaços livres que conhecem no quotidiano de cada um deles. Num segundo momento, de entre esses espaços cada aluno vai escolher um lugar no qual vai realizar uma proposta de ação criativa. Num terceiro momento, vão ser apresentados vários locais da cidade de São Paulo onde os alunos, já por grupos, vão concretar uma ação. O objetivo é conseguir implantar essas ações na cidade. 5. planejamento / cronograma de trabalho: Esta proposta é dirigida para poder organizar uma matéria eletiva, mas também poderia ser objeto de um workshop ou a ate chegar a se consolidar como uma matéria dentro de uma Pós-graduação em Arquitetura da Paisagem.
A proposta aqui descrita é uma eletiva semestral: i.
Primeira Fase de aproximação á temática. Cada aluno vai traçar o itinerário que percorre diariamente. Desse percurso vai detectar quais espaços poderiam ser suscetíveis de receber uma ação criativa e realizar uma leitura conjunta entre todos eles. Apresentação de casos de estudo reais. O método de apresentação vai ser livre, mas vai ser pedido um mapeamento segundo a temática sugerida pelo aluno.
ii.
Segunda fase de desenvolvimento da temática. Desses espaços detectados, cada aluno, ainda de forma individual, vai escolher uno em concreto. Aprofundar mediante leitura, percepções sensoriais e realidades do local. Apresentação de casos de estudo reais com levantamento das questões técnicas relevantes. Realizar uma proposta para uma ação criativa.
iii.
Terceira fase de conclusão da temática. Apresentação de alguns desafios na cidade com espaços suscetíveis de receber ações criativas. Neste caso vai ser simulado um trabalho que provem de um cliente fictício com uns pedidos concretos com programa de necessidades. Este cliente fictício tem umas ideias e quer apresentar um projeto para o poder público poder aprovar e dai poder acudir a possíveis financiadores para completar a ação criativa. Organização em grupos de 3 a 4 pessoas. Visita ao local. A ideia é a de consolidar a dinâmica de trabalho com o aprendizado na primeira e segunda fase.
Apresentação de casos de estudo reais com levantamento das questões técnicas relevantes. Realização da ação criativa e estudo de viabilidade para implantação. Nota: Fara parte da avaliação do curso, um “caderno de rota” que cada aluno, de maneira individual, vai produzir e onde vai conseguir plasmar o processo de aprendizado. 6. título possível para a pesquisa: O que faz que um espaço ative a criatividade das pessoas. Exploração dos potenciais dos espaços livres na cidade. 7. bibliografia levantada sobre o tema:
Landscape Into Cityscape: Frederick Law Olmsted's Plans for a Greater New York City Hardcover – 1967 by Albert Fein (Editor), Frederick Law Olmsted (Author) Street Design: The Secret to Great Cities and Towns. Autores: John Massengale, Victor Dover Urban Street Design Guide. 2nd Edition by NACTO - National Association of City Transportation Officials. NY. Urban Bikeway Design Guide. Second Edition by NACTO - National Association of City Transportation Officials. NY. The Death and Life of Great American Cities Paperback by Jane Jacobs Walkable City: How Downtown Can Save America, One Step at a Time Paperback by Jeff Speck How to Study Public Life by Jan Gehl (Author), Birgitte Svarre (Author) Life Between Buildings: Using Public Space Sixth Edition Edition by Jan Gehl (Author) Cidades para pessoas. GEHL, Jan. Streetfight: Handbook for an Urban Revolution by Janette SadikKhan (Autor), Seth Solomonow (Autor) Inclusive Urban Design: Streets For Life by Elizabeth Burton e Lynne Mitchell Barcelona: The Urban Evolution of a Compact City by Joan Busquets (Autor) Walkscapes: 1by Francesco Careri Artscapes El Arte Como Aproximacion Al Paisaje Contemporaneo por Luca Galofaro Urbanismo Ecológico por Mohsen Mostafavi (Autor), Gareth Doherty (Autor), Joana Canedo (Tradutor)
Arquitectura y Paisaje by C. Steenbergen O Imaginário Segundo a Natureza por Henri Cartier Bresson (Autor), Renato Aguiar (Tradutor) Atmosferas por Peter Zumthor La Imagen de La Ciudad por Kevin Lynch Echar a Perder - Un Analisis del Deterioro por Kevin Lynch (Autor) Megaestructuras - Futuro Urbano del Pasado Directo por Reyner Banham (Autor) Los Mismos Paisajes/The Same Landscapes: Ideas E Interpretaciones/Ideas And Interpretations por Teresa Gali-Izard Groundscapes - El Reencuentro Con el Suelo en la Arquitectura Contemporanea: Land & Scape por Andreas Ruby e Ilka Ruby El Jardín de la Metrópoli. Del Paisaje Romántico Al Espacio Libre Para Una Ciudad Sostenible por Enric Batlle Naturaleza y ciudad : planificación urbana y procesos ecológicos. HOUGH, Michael. Barcelona, Gustavo Gili, 1998 The Nature of Urban Design. A New York Perspective on Resilience. Alexandros Washburn. Planning as if People Matter. Governing for Social Equity. Marc Brenan and Thomas W. Sanchez. The Ludic City. Exploring the Potential of Public Spaces. Quentin Stevens. Urban Open Space. Designing For User Needs. Mark Francis. Human Ecology. How Nature and Culture Shape Our World. Frederick R. Steiner
8. Webgrafia:
https://vdebegona.wordpress.com/411-2/ http://basurama.org/#2 http://www.funlibre.org/ https://www.ted.com/talks/alessandra_orofino_it_s_our_city_let_s_fix_it?l anguage=en#t-429885 https://www.ted.com/talks/amanda_burden_how_public_spaces_make_ci ties_work#t-77449 www.meurio.org.br www.beforeidie.cc | facebook.com/maspmuseu |twitter.com/maspmuseu bit.ly/1QGkbdE
foto: http://www.taringa.net/posts/imagenes/1783187/Ninos-jugando-en-lacalle-Otros-Tiempos.html