[CARLA CAFFÉ] Anteprojeto

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sistematização do processo de trabalho do filme aplicados a uma eletiva.

obs: a zona de conflito já deve ser conhecida pelo professor, atuar nos movimentos dos sem teto.

mensurar o tamanho da classe de acordo com o projeto é o segredo do trabalho. O que pude sentir é que as ações combinadas entre cinema, oficinas e arquitetura são eficientes para estreitar os vínculos entre mundos tão dispares. É a poesia quebrando fronteiras e ampliando o diálogo.

 na escola mapeamento de ações arquitetônicas em áreas de conflitos nos grandes centros urbanos para a expansão e troca de experiências. leituras de textos que esclareçam o que é um processo colaborativo de criação.

usar o depoimento das avaliações dos alunos do exercício anterior para sensibilizar futuras práticas (prática Santa Cruz)

 na comunidade apresentação da equipe para a comunidade com a projeção de um filme (de acordo com a zona de conflito). organizar visitas frequentes para criar um network com a comunidade, criar vínculos de trabalho e de confiança.

1º etapa investigação: usar o processo de investigação do cinema: anotar tudo referente a: ambientacão/ objetos/ figurinos

contato direto com aqueles que vivem a margem da sociedade e quebra de preconceitos

   

entrevistas e anotações desenho de observação fotografias e videos oficinas de desenho e video com o conteúdo relacionado a zona de conflito

mapeamento das deficiências e desejos da comunidade.

ouvir a demanda da coletividade através de exercícios lúdicos como o cinema, como as oficinas para sedimentar uma intervenção arquitetônica. As oficinas devem ser dirigidas também as crianças.

2º etapa propositiva: conhecendo processos de trabalhos alternativos e gestão colaborativa

     

reflexão do que é possível executar na área de acordo com o tempo e recursos levantamento técnico das áreas de possíveis intervenções levantamento dos eco‐pontos da área e materiais recicláveis disponíveis levantamento de referências visuais do material a ser usado lay‐out da idéia da intervenção apresentação para a comunidade do trabalho a ser proposto


apresentação do lay‐out e referências para a comunidade e discussão da proposta do grupo.

como eleger o projeto do coletivo? reconhecer a autoria do coletivo frente à autoria do indivíduo, lidar com frustações no âmbito profissional.

3º etapa executiva:

a magia de executar em escala 1:1 e o reconhecimento do trabalho do aluno pela comunidade

   

projeto preliminar do equipamento proposto visitas nos eco‐pontos e apropriação dos insumos para a construção oficinas de construção com alunos e integrantes da comunidade oficinas de sensibilização da comunidade para com o equipamento proposto

entrega do equipamento para a comunidade e uma festa de inauguração

o reconhecimento do erro como um aprendizado questões de projeção do indivíduo no coletivo promover o agradecimento, o reconhecimento do trabalho individual no coletivo.

trabalho do curso: propor 1 equipamento nos espaços em zonas de conflito

para promover o bem estar social e uma time‐lapse do processo de trabalho O que vamos precisar:  máquinas de fotografar e filmar  equipamento de luz e tripé  celulares  transporte para os materiais dos eco‐pontos  oficinas de marcenaria em loco (2 semanas ou 10 dias) obs: dependendo do grupo de alunos podemos propor uma ação de found–crowding " Os alunos sofreram de uma experiência plural ‐ pensar um cinema que se propõe participativo, colaborativo e inclusivo, em um ambiente que acredito ter sido motriz da formulação do curso, objeto de estudo para se pensar a habitação e a sociedade no mundo contemporâneo. É de fato uma experiência que deveria ser universalisada no curso de arquitetura...." Luis Solano, aluno 2º ano


Tendo a achar – e aqui é meu lado otimista falando – que essa experiência ocorrida nesse semestre é um caminho sem volta para a Escola da Cidade. A partir da reflexão que ele gera poderemos pensar novos projetos que desenhem novos processos. Vitor Pissaia, aluno 4 º ano avaliação: o curso terá como processo de avaliação a auto‐avaliação. 1.1. Pontos Positivos 1.2. Pontos Negativos 1.3. Descobertas Pessoais no Processo: aprendizados e experiências vividas durante o nosso processo de trabalho

2.1. Autoavaliação (PESO 2) Pedimos para que cada aluno atribua a si próprio uma nota de 0 a 5 (favor usar somente números inteiros, sem meios pontos), baseado em uma percepção sincera do seu desempenho para cada um dos seguintes quesitos: 2.1a. Freqüência: presença, pontualidade; 2.1b. Investigação: especulações criativas, pesquisa, levantamento de referências; 2.1c. Projeto: proposição, comunicação e apresentação das idéias; 2.1d. Execução: participação na construção e montagem física das propostas projetadas. 2.2. Avaliação dos Professores (PESO 1) Também será atribuída uma nota de 0 a 5 em relação ao desempenho de cada aluno. NOTA: [ (2.1a + 2.1b + 2.1c + 2.1d) + 2.2 ] / 3

Frases dos alunos: Hoje, enxergo que muitas vezes dentro do mundo acadêmico, nós estudantes perdemos muitas oportunidades de crescer, por falta de maturidade em lidar com situações fora das zonas de conforto. Há demandas, orçamentos, clientes e diversas limitações quando o assunto é executar um projeto 1:1. Temos que fazer um pouco de tudo, mesmo o que não gostamos, muitas vezes... “É no perrengue que a gente aprende!”. Bruna Marchiori Souto Foi agradável trabalhar e pensar em conjunto ideias para os espaços da ocupação e aprendi muito. É importante nesse processo saber escutar e respeitar as ideias de pessoas com quem trabalha. É preciso flexibilidade pois o projeto não é de uma pessoa e sim do grupo. Manuella Leboreiro A hierarquia entre professores e alunos estava clara e era necessária, porém isso não fez com que as ideias e discussões tivessem alguma barreira que deixassem o


processo menos horizontal. Pelo contrário, ao meu ver, o processo foi bastante horizontal, mesmo que alguns alunos não tenham o visto dessa maneira. Outra questão importante foi o desapego. Ao meu ver, ganhei muita experiência projetual e profissional participando da direção de arte desse filme. Os desafios de um trabalho colaborativo e de atender a uma demanda que era maior que o próprio projeto que desenhamos colocavam‐se como exercícios de crescimento para mim, somado ao fato de termos que lidar com as diferentes expectativas das pessoas. Marian Bodegraven Foi então que percebi como o cinema poderia abrir essa possibilidade lúdica relacional entre nós e os moradores da ocupação. Arquitetura e o Cinema. Tínhamos uma demanda, o filme, quase todos nós não sabíamos nada sobre “o fazer” cinema e deveríamos responder através do fazer arquitetura. Disponibilizando o aprender, experienciando o fazer e o errar, o acertar, buscar, testar e experimentar em ação prática, sem separar o pensamento do mundo real presente. Tornando‐nos agentes sociais dentro do coletivo a partir das nossas próprias experiências compartilhadas. É da experiência do conhecimento e não do acumulo de saberes... Naiara Abrahão uma ocupação e pouco sabia sobre o assunto. Foi ótimo entrar em contato com os moradores, com as crianças e com o entusiasmo da Carmem. O filme despertou em mim um interesse sobre moradia que as aulas de urbanismo nunca conseguiram despertar. Foi emocionante ver o espaço desenhado e construído por nós tomando forma e sendo apropriado pelos moradores da ocupação. Vitória de Menezes Quanto à horizontalidade e a verticalidade, tema bastante discutido durante o processo, acredito que ambos são positivos e tem seu momento. O momento de criar, de se trazer referências deve ser horizontal e acredito que na maioria do processo realmente o foi. Mas o momento de fazer, de se executar o que foi acordado poderia ser mais vertical. Talvez alternar esses momentos dionisíacos e apolíneos, como um pendulo, possa trazer o melhor das duas situações. Sinto que no momento que ficou clara uma certa hierarquia dentro do processo, lá pelo meio dele, as coisas andaram melhor. Vejo o projeto pronto agora e fico com aquela sensação estranha que contribuí pouco. Penso se isso se deve ao fato de que realmente não o fiz ou se o processo coletivo elimina toda e qualquer autoria a ponto de não ser possível reconhecer onde termina o trabalho de um e começa o do outro. Talvez ambas as respostas sejam corretas e de alguma maneira consigo ver beleza nisso


Vitor Pissaia

Dinâmicas coletivas são complexas, mas essa complexidade não se esgota no embate de idéias: estar ausente, prometer e não cumprir, criticar e não se empenhar em propor soluções alternativas, ficar de braços cruzados expressando frustração diante de tarefas a serem realizadas, são exemplos de atitudes que podem fazer com que paulatinamente os demais membros de suas respectivas equipes percam credibilidade em vocês. Tomem muito cuidado com isso ao longo de suas experiências futuras em trabalhos colaborativos, pois isso pode prejudicar gravemente a participação individual de cada um de vocês dentro de uma equipe e comprometer seu funcionamento harmônico geral. Luis Felipe Abbud


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