ÍNDICE
5
Coordenação e Abrangência
6
30 anos
8
História
9
A parceria que dá certo
Quem coordena e quem são os parceiros Uma trajetória de sucesso A evolução do Verde é Vida
Evolução
10
Preservação
14
Meio Ambiente
16
A metodologia para 2021/2024 Bolsa de Sementes rumo aos 20 anos Os excelentes resultados da coleta do Óleo Saturado
Investigação
18
Solidariedade
20
Atuação
22
Pesquisa científica desperta a curiosidade MuDáAlimento: 33 mil quilos de alimentos doados Escolas continuaram as ações
EXPEDIENTE Revista Verde é Vida 2021 Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra Rua Júlio de Castilhos, 1031 - 96810-156 - Santa Cruz do Sul - RS Telefone: 51 3713-7700 | E-mail: verde@afubra.com.br
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Coordenação Geral: Adalberto Sidnei Huve Coordenação Editorial: José Leon Macedo Fernandes e Luciana Jost Radtke Redação: Luciana Jost Radtke, MTb/RS 13.507 e Michelle Treichel, MTb/RS 12.559 Colaboração: Márcio Castro Guimarães, Vivian Padilha Nardi e coordenadores regionais Produção gráfica/Diagramação: Cristiano Henrique Schindler Direção de criação/Anúncios: Dep. de Comunicação e Marketing Afubra Ilustração de capa: Márcio Leal Silveira Fotos sem crédito: www.istockphoto.com/br Impressão: Gráfica e Editora Serafinense Tiragem: 500 exemplares - Distribuição gratuita
Adalberto Sidnei Huve
coordenador geral do Projeto Verde é Vida
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
Palavra do Presidente da Afubra
Palavra do Coordenador
30 anos de comprometimento É com muita alegria que lançamos mais uma edição da nossa Revista Verde é Vida. Em 2020, devido à pandemia da Covid-19, não escrevemos a 12ª edição. Aliás, a pandemia nos forçou, a todos nós, a nos reinventarmos. Nos colocou em um outro caminho, nos deixando distantes, fisicamente, mas nunca, em pensamentos e orações pelo bem-estar de todos. Assim como as ações e atividades do Verde é Vida tiveram que ser adaptadas, sabemos que as atividades de vocês, professores e alunos, também foram, intensamente, afetadas. Novamente, a escola com todos os seus professores e equipe diretiva, foram o esteio dos alunos e, junto com as famílias, conseguiram dar prosseguimento ao ensino das crianças e adolescentes. Apesar da pandemia, o ano de 2021, para a Afubra, foi de muita alegria e orgulho: completamos 30 anos de Verde é Vida. Não pudemos comemorar como havíamos planejado, mas, também, não deixamos a data passar em branco. São muitos os nossos sentimentos: além da alegria e orgulho, a satisfação de ter em vocês, comunidades onde atuamos, a parceria para fazer o sucesso do Verde é Vida. Outros sentimentos são responsabilidade e comprometimento, para continuarmos sendo, como Afubra, um suporte às nossas escolas parceiras. Só posso dizer, em nome de toda a equipe Verde é Vida:
MUITO OBRIGADO!
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
Palavra do Presidente
de Verde é Vida:
a parceria que dá certo!
Benício Albano Werner
“Educação Presidente socioambiental da Afubra e rural são âmbito nacional deixou-nos compromissos muito orgulhosos e, da Afubra” novamente, nós, da diretoria da Afubra, o compartilhamos com todos os nossos parceiros. Sem vocês, nada disso seria possível. Ao mesmo tempo em que completar trinta anos de uma atividade de sucesso nos deixa orgulhosos, impõe-nos um compromisso e um comprometimento ainda maiores. Leva-nos a pensar e projetar novas ações que possam ser colocadas em prática pelos nossos queridos professores e alunos; ações que possam ser úteis para a comunidade escolar, para as propriedades das famílias e para as comunidades onde o Verde é Vida atua. Vocês podem ter certeza de que faremos o nosso melhor. O trabalho de sensibilização ambiental e as ações voltadas à educação rural, principais objetivos do Verde é Vida, são realizadas por muitas mãos. Queremos continuar fazendo a nossa parte e, para isso, continuamos a contar com todos vocês: juntos, trilharemos mais muitos e muitos anos essa atividade tão importante.
Um grande abraço.
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
Trinta anos do Verde é Vida, completados em 8 de agosto de 2021. Essa data nos remete a inúmeras e belas lembranças. Lembro quando a Afubra criou, oficialmente, o Verde é Vida. Digo, de forma oficial, pois, desde a sua fundação, a entidade já se preocupava com a diversificação e o meio ambiente. O Verde é Vida incorporou todas as ações ambientais desenvolvidas até aquele momento e as aprimorou, evoluindo durante o passar dos anos. Não podemos comemorar os trinta anos sem fazer um agradecimento: - aos nossos associados, por acreditarem e apoiarem o Verde é Vida; - às nossas equipes da matriz e das filiais que, diariamente, fizeram e fazem o trabalho planejado; - às lideranças dos municípios parceiros, aos professores, equipes diretivas e funcionais, aos alunos, pais e comunidades em geral, o nosso muito, muito obrigado. Sem vocês, os trinta anos do Verde é Vida não teriam sido possíveis. O mérito é de vocês. Por falar em mérito, nesses trinta anos de atividades ininterruptas de educação socioambiental e rural, o Verde é Vida recebeu inúmeras homenagens; todas, para nós, muito especiais. Porém, recentemente, recebemos o Mérito Agropecuário Deputado Homero Pereira, na categoria Sustentabilidade. A distinção foi proposta pelo deputado federal, o gaúcho Marcelo Moraes, e aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados. Esse reconhecimento em
As 15 Regiões de Atuação do Verde é Vida RA Araranguá
Araranguá, Meleiro, Turvo Jacinto Machado e Sombrio
RA Arvorezinha
Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis e Itapuca
RA Camaquã
Arambaré, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano e Sertão Santana
RA Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo Agudo, Cachoeira do Sul, Candelária, Paraíso do Sul e Silveira Martins
RA Francisco Beltrão Francisco Beltrão
RA Herval D’Oeste
Água Doce, Capinzal, Ouro, Catanduvas, Herval D’Oeste, Joaçaba, Lacerdópolis,Treze Tílias, Luzerna, Salto Veloso e Vargem
RA Imbituva e Irati Guamiranga, Imbituva, Irati, Prudentópolis e Teixeira Soares
RA Rio Negro e Mafra Campo do Tenente, Mafra, Piên, Quitandinha, Itaiópolis, e Rio Negro
RA Rio do Sul e Ituporanga
Agrolândia, Atalanta, Braço do Trombudo, Dona Emma, Ibirama, Imbuia, Ituporanga, Mirim Doce, Petrolândia, Taió, Presidente Getúlio, Lontras, Rio do Campo, Rio do Sul, Trombudo Central e Vidal Ramos
RA Sobradinho e Arroio do Tigre
Arroio do Tigre, Lagoa Bonita do Sul, Salto do Jacuí, Segredo, Sobradinho, Passa Sete e Tunas
RA Santa Cruz do Sul
Butiá, Encruzilhada do Sul, Guaporé, Herveiras, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Gramado Xavier, Santa Cruz do Sul, Serafina Corrêa, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz
RA São Lourenço do Sul e Canguçu Arroio do Padre, Canguçu, Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Turuçu
RA São Miguel do Oeste
Princesa, São Miguel do Oeste, São José do Cedro e Iporã do Oeste
RA Tubarão e Braço do Norte
Braço do Norte, Gravatal e Tubarão
RA Venâncio Aires
Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Mato Leitão, Sério e Venâncio Aires
Coordenadores Regionais do Verde é Vida Araranguá
Juliano Mota Rohers Lédio Motta Bento
Arvorezinha
Alex Bonelli Junior Juliano Landim
Francisco Beltrão Atacir Nicolodi Cássio Voese
Sobradinho e Arroio do Tigre
Diones Ricardo Henker Jonimar Moura de Oliveira Rodrigo Eichelberger
Imbituva e Irati
Carlos Roberto Stadler Lazaro Ramon Bock
Camaquã
Claudiano Bender Schmechel Marcelo Adriano da Silva
Herval D’Oeste
Rio do Sul e Ituporanga
Tubarão e Braço do Norte
Fabiano de Oliveira Patric Marciano Barp Rafael da Silva Zeli de Lurdes Mees
Alceu Hoffmann Mariza Lamperti Buffon Hilário Boing Laércio Heidemann Jayson de Medeiros Mendes Venício Aguiar Ascari
Cachoeira do Sul e Candelária
Carlos Alberto Loewe Carlos Augusto Wink Guilherme da Silva Cardoso Leandro Muniz Schafer Márcio Vasconcelos da Rosa Renato Arthur Roos
São Lourenço do Sul e Canguçu
Daniel Holz Prestes Geber Conrad Ehler Marcos Efraim Lessa Jung Margarida Bubolz
Rio Negro e Mafra Andréia de Melo Edemar Pedro Konckel Henrique Felczak
Santa Cruz do Sul
Adalberto Sidnei Huve
São Miguel do Oeste Cleuse Fachin Martins Pinto Jandir Stock
Venâncio Aires
Luiz Carlos da Silva Tiago Dutra Maracci
Uma trajetória de sucesso Verde é Vida completa três décadas e foca em ações futuras O Verde é Vida, programa de educação da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), celebrou 30 anos de sucesso em 2021. Com o objetivo de desenvolver a educação socioambiental e promover o meio rural, sua diversificação, sustentabilidade, proteção da criança e do adolescente, a iniciativa também busca a valorização do homem do campo. As atividades são desenvolvidas nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos municípios onde a entidade está presente, no interior e também na zona urbana. Embora o marco inicial das ações do Verde é Vida foi o dia 8 de agosto de 1991, o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, lembra que o trabalho de incentivo à diversificação e à preservação ambiental começou ainda na fundação da entidade, em 1955. Naquela época, já se orientava os fumicultores sobre a diversificação de culturas. Três décadas depois, em 1981, essas ações foram reforçadas com a assinatura do primeiro convênio com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) para o reflorestamento das propriedades rurais. O coordenador geral do Verde é Vida, Adalberto Sidnei Huve, ressalta que são 30 anos de uma caminhada ininterrupta na área de atuação da Afubra, com palestras educacionais, distribuição de mudas nativas e
incentivo à preservação ambiental e pesquisa científica. “Trata-se de um trabalho de muitas mãos, com muitos envolvidos.” Além disso, enfatiza a importância das parcerias para o sucesso do projeto, como o engajamento dos associados, das comunidades escolares, poderes públicos municipais e das frentes de trabalho da própria Afubra. Um dos primeiros marcos do Verde é Vida foi a criação do Afubrinha, que é o mascote idealizado no mesmo ano de lançamento do Projeto. Referência até os dias atuais, ele é utilizado para auxiliar na sensibilização ambiental dos estudantes. O engenheiro florestal Jorge Antônio Farias, ex-funcionário da Afubra, lembra que o boneco é uma figura lúdica que ajuda a criar empatia com o público infantil. Segundo o engenheiro agrônomo Jorge Käempf, também ex-funcionário da entidade, o Afubrinha marca gerações de filhos de agricultores. A história do Verde é Vida pode ser dividida em muitos capítulos, como a Séria Ecologia. Lançada em 1997, marca o início da parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ao total, foram lançados cinco livros, um a cada ano, que retratam a relação da floresta com os elementos da natureza. A professora doutora Maristela Machado Araújo, coordenadora do Laboratório de Silvicultura da UFSM, explica que a Série Ecologia abriu as portas para criação do programa Bolsa de Sementes, conduzido até os dias atuais pelo convênio entre a universidade e o Verde é Vida.
A trajetória tem continuidade com a criação do Programa de Ação Socioambiental (PASA) em 2002, cujo objetivo é desenvolver ações com escolas e comunidades na identificação e busca de soluções para problemas socioambientais. Conforme o coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Castro Guimarães, a ideia é incentivar o engajamento dos educandários, oferecendo apoio pedagógico, técnico, logístico e instrucional para condução de atividades como os grupos ambientais, coleta de óleo saturado, pesquisa científica, entre outros. Para o professor José Leon Macedo Fernandes, biólogo e coordenador pedagógico do Verde é Vida, toda evolução socioambiental do Projeto ao longo dos anos possibilitou a oportunidade de oferecer às escolas e comunidades melhorias para que desenvolvam seus trabalhos. Para o futuro, a proposta é continuar com as iniciativas e fortalecer ainda mais esses laços. De 2021 até 2024, a nova metodologia de trabalho do Verde é Vida dá ênfase para o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo da mudança é proporcionar às escolas parceiras a realização de um trabalho ainda mais voltado para a realidade dos alunos, suas famílias e comunidades.
Histórico do
Verde é Vida 1981-1990 Afubra assina um convênio com o IBDF e inicia atividades de Educação Ambiental com ações pontuais, com palestras para a comunidade e doação de mudas, o que se tornaria o carro chefe da educação ambiental da Afubra.
1991-1996 No dia 08 de agosto de 1991, a Afubra cria o Projeto Verde é Vida, programa de Educação Ambiental permanente da entidade, realizando palestras de educação ambiental em escolas e nas comunidades onde a entidade atua. Cria o boneco Afubrinha, mascote do programa que representa uma muda de árvore. Continua tendo a distribuição de mudas nativas como seu carro chefe.
1997-2001
2002-2011
2012-2020
A Afubra através do Projeto Verde é Vida edita a Série Ecologia, coleção de cinco livros que trata sobre a relação da floresta com os outros elementos da natureza. Dá continuidade às ações de distribuição de mudas e palestras na comunidade.
O Projeto Verde é Vida reestrutura suas ações mantendo suas atividades até então desenvolvidas através do Programa de Sensibilização Ambiental (PSA), cria o Programa de Coleta de Óleo Saturado (PCOS) e o Programa de Ação Socioambiental (PASA) com base em uma visão holística.
O Projeto Verde é Vida dá continuidade aos programas PSA, PCOS e o PASA, porém, com a proposta de uma educação socioambiental rural voltada para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais onde as suas escolas parceiras estão inseridas.
Documentário
Com o objetivo de contar a história dos 30 anos do Projeto Verde é Vida, a Afubra publicou um documentário, dividido em 6 episódios no seu canal do YouTube. Para assistir aos vídeos basta clicar nos ícones de play abaixo ou entrar no YouTube e procurar o canal da Afubra: youtube.com/AfubraVideos
Episódio
1
Episódio
2
Episódio
3
Episódio
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Episódio
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Episódio
6
Nova metodologia foca no
desenvolvimento sustentável
Há 30 anos o objetivo do Verde é Vida é levar a sensibilização ambiental aos jovens filhos de agricultores através da educação nas escolas, auxiliando e fortalecendo o conhecimento e a necessidade de maior consciência e responsabilidade por parte de todos nas comunidades. Para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela iniciativa nos três estados do Sul, foi traçada uma nova metodologia a ser adotada de 2021 até 2024. A reestruturação tem como tema central o Desenvolvimento Sustentável e irá desenvolver outras temáticas anuais. Conforme o professor José Leon Macedo Fernandes, biólogo e coordenador pedagógico do Verde é Vida, no primeiro ano o foco é Inovação Tecnológica: o caminho para a sustentabilidade local. Nas etapas seguintes, foram definidas como pautas Planeta Sustentável: agir localmente e pensar globalmente, para 2022; Solidariedade e Voluntariado: família, escola e comunidade juntos, para 2023; e Qualidade de Vida: a saúde socioambiental da comunidade, para 2024. As atividades são destinadas para todas as escolas parceiras do Verde é Vida. As seis ações pedagógicas oferecidas para os educandários parceiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são: Bolsa de Sementes, Coleta de
Proposta de atuação do Verde é Vida para o período 2021/2024 visa engajar ainda mais as escolas parceiras
Óleo Saturado, Pesquisa Científica, Grupos Ambientais, Ação Social e Ação Conjunta. O organograma ainda prevê outras seis ações complementares: Participação em Eventos, Curso de Atualização à Distância, Doação de Mudas e Sementes, Atividades do Afubrinha e Realização de Palestras. “Nosso objetivo principal é promover o desenvolvimento sustentável, conforme previsto pelos parâmetros da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e também pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU)”, explica. A principal mudança na metodologia de ação do Verde é Vida estabelece que as próprias instituições possam definir o que pretendem desenvolver. Nesse sentido, as escolas parceiras foram divididas em três grupos, com distintas possibilidades de trabalho. No Grupo 1, os educandários são atendidos pelas seis ações do Projeto de Execução da Escola, mais as seis atividades rotineiras e a possibilidade de publicar suas atividades no Relatório Final da Escola e na Revista Verde é Vida. No Grupo 2, as atividades oferecidas são a Bolsa de Sementes, Ação Conjunta e Coleta de Óleo Saturado, mais as seis ações rotineiras. Já no Grupo 3, as escolas podem trabalhar o Programa de Coleta de Óleo Saturado e mais as atividades rotineiras.
Relatos de vivências dos Grupos Ambientais fizeram parte das programações
Um agosto cheio de festejos
A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) desenvolveu atividades especiais para celebrar os 30 anos do Verde é Vida durante todo o mês de agosto. A programação alusiva ao aniversário celebrou o sucesso da ação socioambiental e educação rural, mantida em parceria com escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. As comemorações tiveram início já no primeiro dia do mês com uma live, transmitida ao vivo pelo
Youtube da Afubra. Naquela semana também teve início em todo Sul do País a segunda edição da “Campanha MuDáAlimento – quem doa com amor, planta a esperança”, que arrecadou mais de 33,8 toneladas de alimentos não-perecíveis e, em contrapartida, doou 28.968 mudas de árvores nativas. A Gincana Cooperativa Sul-Brasileira Verde é Vida On-Line também marcou o mês de festividades, proposta com a temática Inovação Tecnológica: O Caminho para a Sustentabilidade Local. Realizada totalmente de maneira digital, a ação pedagógica integrou 500 estudantes e professores, divididos em sete equipes, nos três estados em que a
Programação especial durante todo o mês marcou os 30 anos de caminhada do Verde é Vida
Afubra atua. Conforme o professor José Leon Macedo Fernandes, biólogo e coordenador pedagógico do Verde é Vida, toda a comunicação da comissão organizadora com os participantes aconteceu pela ferramenta WhatsAPP, centralizada por meio dos capitães de cada equipe. “Dentro de um novo normal vivenciado pelas escolas, a promoção é considerada um sucesso em todos os aspectos”, garante. Em agosto, a Afubra também promoveu a etapa escolar da Mostra Científica Verde é Vida, bem como o Encontro Sul-Brasileiro de Grupos Ambientais On-Line. A programação aconteceu no dia 18 e mobilizou 450 alunos e professores dos Grupos Ambientais das escolas parceiras do Rio Grande do Sul,
Você pode assistir a live completa no canal da Afubra no YoTube ou clicando no ícone de play abaixo
Você pode assistir o vídeo da Webinar no canal da Afubra no YoTube ou clicando no ícone de play abaixo
Santa Catarina e Paraná. Durante a manhã, os participantes puderam acompanhar a palestra da empreendedora Daniela Camila Rodrigues, da ONG Foco Empreendedor, de Santa Cruz do Sul (RS), com o tema Empreendedorismo na Escola. Já na parte da tarde, o produtor rural Giovane Weber abordou suas experiências como agroinfluenciador digital. O dia ainda foi marcado por relatos de vivências dos Grupos Ambientas (GA). O encerramento das atividades ficou por conta do webinar Educação Socioambiental Rural, transmitido ao vivo pelo Youtube da Afubra. O debate contou com a presença do presidente do Sicredi Vale do Rio Pardo e produtor rural, Heitor Petry, e da presidente da
Fundação Gaia, Lara Lutzenberger. A mediação foi feita pelo coordenador-geral do Verde é Vida, Adalberto Huve, e pelo vice-presidente da Afubra, Marco Antonio Dornelles. O tesoureiro da entidade, Marcilio Drescher, participou do evento de forma remota e saudou os participantes no início e no fim da transmissão. Durante aproximadamente uma hora e meia, o bate-papo reforçou a importância da educação socioambiental rural para as comunidades do interior. O coordenador-geral do Verde
é Vida, Adalberto Huve, avalia o papel de conscientização do Verde é Vida durante a trajetória de 30 anos de atuação. “Atualmente, as pessoas têm um envolvimento e conhecimento maior com relação às causas ambientais. Muitas informações surgem, onde cada vez mais as pessoas vão entendendo que o problema é para ser solucionado por todos, ou seja, o comprometimento é de cada um”, pondera. Para o futuro, acredita que o projeto seguirá sua história de sucesso. “É uma caminhada diária de 30 anos, um trabalho realizado por muitas mãos que nos dá a certeza de que estamos no caminho certo, sempre com o respaldo da comunidade. Certamente lançamos sementes em terra fértil.”
Bolsa de Sementes caminha rumo aos
20 anos Prestes a completar duas décadas de história em 2022, o Bolsa de Sementes dá continuidade a sua missão de desenvolver uma consciência ecológica e ambiental nas comunidades inseridas na área de abrangência da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), contribuindo para a conservação da biodiversidade e recuperação das florestas naturais. Viabilizada por meio do Verde é Vida, através de uma parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 2020 a iniciativa não parou. Mesmo com a pandemia da Covid-19, as escolas e comunidades escolares continuaram engajadas na coleta de sementes. O professor José Leon Macedo Fernandes reitera o esforço de
Projeto conduzido pela Afubra e UFSM não parou nem durante a pandemia e coletou 428.652 quilos de sementes nativas em 2020 estudantes, pais e professores para dar seguimento ao trabalho durante o ensino remoto. O resultado da união se reflete nos números: no ano passado foram coletados 428.652 quilos de sementes nativas pelos educandários parceiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “Este montante é surpreendente e reforça o sucesso desta parceria”, ressalta. Ao longo dos 19 anos de história do Bolsa de Sementes, foram mais de 20 toneladas de sementes coletadas, ajudando na preservação das espécies e promovendo a diversificação genética. Por meio do Bolsa de Sementes, a comunidade escolar de 210 instituições de ensino, distribuídas em 69 municípios do Sul do Brasil, são incentivadas a
realizar a coleta e beneficiamento de sementes de árvores nativas. Todo material é encaminhado para o Laboratório de Silvicultura e Viveiro Florestal da UFSM, onde ocorre a triagem, identificação e armazenamento por região no banco de sementes. Segundo Leon, essas sementes ficam à disposição da comunidade para produção de mudas, com distribuição gratuita – os interessados podem preencher o
formulário de solicitação pelo endereço eletrônico www.afubra.com.br/bolsa-sementes. O biólogo reitera que a proposta inicial do Bolsa de Sementes está em constante evolução e, hoje, vai muito além de apenas coletar e distribuir sementes. Atualmente, as escolas são incentivadas também a terem seus próprios viveiros, inclusive com treinamento para grupos ambientais e professores interessados na criação de suas estruturas internas para produção de mudas. Os viveiros municipais e particulares parceiros igualmente são considerados estratégicos, pois têm o compromisso de doar parte das mudas que produzem a partir das sementes recebidas – muitos são aliados também na Campanha MuDáAlimento – quem doa com amor, planta a esperança.
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ESCOLAS DESTAQUE No ano de 2020, as escolas que mais se destacaram na coleta de sementes do projeto Bolsa de Sementes foram:
EMEF Felipe Becker
EMEF Ervino Konrad
EMEF Ribeirão Matilde
EMEF Vila Gropp
Santa Cruz do Sul - RS
Arroio do Tigre - RS
Atalanta - SC
Atalanta - SC
de sementes coletadas
de sementes coletadas
144.703 kg R$ 4.588,00
Prêmio: cheque-bônus
65.366 kg
R$ 3.445,00
Prêmio: cheque-bônus
52.606 kg
de sementes coletadas
R$ 1.812,00
Prêmio: cheque-bônus
54.514 kg
de sementes coletadas
R$ 1.502,00
Prêmio: cheque-bônus
Óleo de cozinha
usado tem destino certo Para sensibilizar as comunidades escolares sobre a preservação ambiental e a importância da correta destinação do óleo de cozinha usado, o Verde é Vida e o Departamento Agroflorestal conduzem o Programa de Coleta de Óleo Saturado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O objetivo da iniciativa é alertar e sensibilizar as pessoas sobre os prejuízos que esse resíduo pode causar ao meio ambiente, quando descartado indevidamente. O rejeito coletado pelas escolas parceiras é transformado em biodiesel na Usina de Biodiesel da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e utilizado como combustível em veículos da entidade, enquanto o excedente é destinado para a reciclagem. Assim como nas atividades do Bolsa de Sementes, a pandemia afetou diretamente o resultado
Há mais de dez anos programa da Afubra incentiva a arrecadação e destinação adequada do resíduo
das coletas em 2020, quando o Programa recolheu 91.213 litros de óleo de cozinha. No entanto, o coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Castro Guimarães, considera o saldo final positivo. “Tendo em vista o ano que se passou com interferências em todos os segmentos, o Programa, novamente, teve êxito. Os números são favoráveis e entendemos que o Programa está inserido dentro da questão maior, que é a sensibilização das famílias para o hoje e o futuro, dando destino correto para esse resíduo tão poluente”, argumenta. No ano passado, foram envolvidos 260 parceiros de 74 municípios. Além da sensibilização ambiental, o Programa de Coleta de Óleo Saturado contribui
para o conforto e bem-estar de estudantes, professores e funcionários nas escolas participantes, uma vez que prevê,
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
ao final de cada ano, o pagamento de bônus por litro de óleo entregue à iniciativa. Conforme Guimarães, as instituições podem trocar os montantes arrecadados por mercadorias nas lojas da Agro-Comercial Afubra que atendam às suas necessidades no âmbito escolar. Os educandários ainda recebem materiais didáticos e pedagógicos para auxiliar os professores a trabalharem a temática do óleo saturado durante as aulas. A expectativa da Afubra é de que, no futuro, o Programa esteja cada vez mais forte, com um legado de conscientização ambiental fortemente consolidado nas comunidades. Para Guimarães, o saldo principal é, realmente, a preservação da natureza, pois o óleo de cozinha arrecadado deixa de poluir o solo e os recursos hídricos. Desde 2009, a iniciativa recolheu 1.301.656 de litros de óleo no Sul do País. Com o uso de biocombustíveis, o processo ainda contribui para a redução de gases poluentes presentes nos combustíveis derivados de petróleo. No ciclo de reciclagem estabelecido pela ação, os resíduos (glicerol, farinhas e restos que ficam dentro do óleo) são destinados para outros usos industriais. Já garrafas pet são doadas para a Cooperativa de Catadores de Rio Pardo (RS).
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Classificação das escolas em 2020 Casa de Misericórdia 4.883 litros São Lourenço do Sul - RS 1º Santa Diocesana de Santa Cruz (Asdisc) 4.081 litros 2º Associação Santa Cruz do Sul - RS São Canísio 3.740 litros Santa Cruz do Sul - RS 3º Escola Gastão Bragatti Lepage 2.630 litros 4º Escola Candelária - RS de Futebol Núcleo dos Colorados (NCA) 2.565 litros 5º Esc. Arambaré - RS Nossa Senhora da Glória 2.483 litros 6º Escola Sinimbu - RS Recanto Feliz 2.199 litros 7º Escola São Lourenço do Sul - RS Modelo Ella Kurth 1.963 litros 8º Escola Rio do Sul - RS Hanna Misfeld 1.766 litros 9º Colégio Agrolândia - RS Nossa Senhora Medianeira 1.406 litros 10º Colégio Candelária - RS
Mostra Científica
retoma ações em 2021 É através da pesquisa que o aluno desenvolve o conhecimento mais profundo sobre a propriedade familiar e a comunidade. Um dos pilares do Verde é Vida é a pesquisa científica, que incentiva as escolas parceiras, nos três estados do Sul, a desenvolverem projetos científicos nas comunidades em que estão inseridas. Tudo começa nos próprios educandários com os trabalhos de estudantes e professores nas 13 Regiões de Atuação do Verde é Vida. Após a Etapa Escolar, acontecem as reuniões da Etapa Regional, que indica os projetos a serem apresentados na Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, realizada na Expoagro Afubra. A pandemia da Covid-19 cancelou as edições da Expoagro Afubra nos últimos dois anos, o que também afetou a realização da etapa Sul-Brasileira da Mostra Científica Verde é Vida. O
Reflexos da pandemia da Covid-19 mudaram parâmetros, mas não tiraram o brilho da Pesquisa Científica
professor José Leon Macedo Fernandes, biólogo e coordenador pedagógico do Verde é Vida, explica que as pesquisas que foram selecionadas no final de 2019 e seriam apresentadas na feira de 2020 foram mantidas para a Expoagro Afubra de 2021. Diante de mais um cancelamento, a alternativa encontrada pela organização foi realizar uma publicação no site da Afubra com seis vídeos dos trabalhos que foram realizados pelos alunos. No início deste ano escolar, a organização deu início a mais uma etapa de seleção para a Expoagro Afubra de 2022. Ainda devido a reflexos da pandemia, um dos diferenciais nesta temporada é que tudo aconteceu de maneira on-line, inclusive a Etapa Regional. Um total de 49 escolas se inscreveram, com 49 trabalhos, que estão sendo analisados por uma comissão julgadora composta por cinco avaliadores, por trabalho avaliado. As notas aferidas consideram
critérios como relevância para o crescimento do aluno e da agricultura familiar e contribuição para o desenvolvimento sustentável, entre outros aspectos técnicos. De acordo com Leon, serão indicados pela comissão de avaliação 13 cases, que representarão as escolas na Mostra Científica Verde é Vida/ Etapa Sul-Brasileira (MOCVEVI/ESB). “Os trabalhos serão divididos pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul de forma proporcional ao número de cases inscritos por estado”, esclarece. Essa é uma outra novidade da pesquisa científica em 2021, que todos os anos realiza adaptações com o objetivo de melhorar as ações e buscar o envolvimento cada vez maior dos alunos e professores em busca de soluções para suas respectivas comunidades escolares. Para o coordenador-geral do Verde é Vida, Adalberto Huve, há 12 anos a Pesquisa Científica vem acertando no alvo e tem contribuido para a formação científica de
estudantes desde seus primeiros anos escolares. “Nosso objetivo é fazer com que as crianças adquiram conhecimento e metodologia para futuramente saberem estruturar e formatar uma pesquisa científica. Hoje, sem sombra de dúvidas, temos certeza de que estamos no caminho certo.” Prova disso, conforme Huve, são os resultados práticos dos projetos desenvolvidos ao longo dos anos e o intercâmbio de informações e ideias proporcionados pela iniciativa. O coordenador geral da Expoagro Afubra, Marco Antonio Dornelles, reitera que todo esforço
das escolas envolvidas culmina com a realização da Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, estruturada dentro do Espaço da Inovação do Agro, na Expoagro Afubra. Durante a feira, os alunos e professores selecionados têm a oportunidade de apresentar suas pesquisas como expositores, em contato direto com os visitantes. “É um local que enriquece muito a programação da feira”, garante. Nos últimos anos, o Espaço da Inovação do Agro também tem integrado as ações de outras entidades que igualmente atuam com jovens rurais.
Veja as escolas classificadas clicando no ícone de play abaixo
Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra
124 entidades assistenciais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram beneficiadas
MuDáAlimento incentiva
Campanha da Afubra, por meio do Verde é Vida, doa mudas de árvores nativas em troca de alimentos não-perecíveis
A pandemia não impediu a continuidade das ações do Verde é Vida. Também não impossibilitou o surgimento de uma nova proposta socioambiental que já é sucesso nos três estados do Sul: a Campanha MuDáAlimento – quem doa com amor, planta a esperança. Promovida pela Afubra, a iniciativa incentiva a troca de uma muda de árvore de espécies nativas por um quilo de alimento não-perecível. Na edição de 2021, o trabalho contou com o patrocínio da Adama, Husqvarna e da Syngenta. Pelo segundo ano consecutivo, o saldo é considerado um sucesso pelos organizadores. Conforme o vice-presidente da Afubra, Marco Antonio Dornelles, em 2021 foram doadas 28.968 mudas de árvores nativas e recebidos 33.871,5 quilos de alimentos, que foram
preservação ambiental e solidariedade
repassados para 124 entidades assistenciais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A meta inicial era atingir a distribuição de 30 mil mudas para celebrar os 30 anos do Verde é Vida. “Não atingimos o previsto porque muitas pessoas fizeram suas doações, mas não levaram mudas por não terem onde plantar”, esclarece. Nada que tire o brilho da iniciativa, que, novamente, cumpriu seu papel: incentivar a solidariedade e a preservação ambiental. A MuDáAlimento aconteceu em todos os 25 municípios em que a Afubra possui unidades no Sul do País. As atividades começaram no dia 2 de agosto e se estenderam até o dia 17 de setembro, reunindo escolas, instituições e empresas. “A
integração e mobilização de todos em torno da iniciativa certamente é um dos pontos mais positivos a ser comemorado”, enfatiza Dornelles. O dirigente reforça que somente na edição deste ano foram mobilizados 169 parceiros, considerados fundamentais para o êxito do trabalho. A adesão das comunidades igualmente é apontada como indispensável para o saldo positivo da campanha. As mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e do Bioma Pampa que foram distribuídas pela Campanha são oriundas do Viveiro Agroflorestal da Afubra e de viveiros parceiros. Em 2020, primeiro ano da MuDáAlimento, as atividades estiveram concentradas durante o mês de setembro e arrecadaram
27.341 quilos de alimentos não perecíveis, enquanto a doação de mudas de árvores nativas atingiu 24.176 unidades. Ao total, nos dois anos da promoção, foram distribuídos mais de 61, 2 mil quilos de alimentos para as entidades assistenciais beneficiadas, com a doação de mais de 53, 1 mil mudas de árvores nativas para a população. De acordo com Dornelles, em 2022 a intenção é dar continuidade à Campanha MuDáAlimento – quem doa com amor, planta a esperança. “Já estamos estudando novas formas de como conduzir as atividades, talvez com o incremento de mais mudas nativas. Queremos sempre inovar para deixar a Campanha ainda mais atrativa e relevante para todos que participam”, esclarece. O objetivo continuará o mesmo: promover a conscientização ambiental e incentivar o exercício da solidariedade entre as comunidades envolvidas.
Foto: Arquivo/Afubra
Campanha consiste na troca de um quilo de alimento não-perecível por uma muda de árvore
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Escola Balduíno Thomaz Brixner Arroio do Tigre - RS
Disposição para manter o
Devido à pandemia da Covid-19, em 2021 a comunidade escolar se mobilizou para adaptar ações e manter o trabalho dentro do Verde é Vida. Entre as práticas adotadas, esteve a Mostra Científica em formato híbrido, com o intuito de integrar alunos dos ensinos presencial e remoto que atuam nos grupos de pesquisa. A própria apresentação dos 12 trabalhos foi realizada on-line, com estudantes do 3º ano ao 9º ano. Este ano, o educandário ainda manteve as ações da Bolsa de Sementes, recolhimento de óleo saturado e do Grupo Ambiental, que se manteve atuante mesmo na pandemia: mais de 20 quilos de tampinhas recolhidos e doados ao hospital do município; plantio de mudas de árvores nativas no pátio da escola, arrecadas na campanha MuDáAlimento, da Afubra; retomada das atividades da horta escolar; entre outras atividades. Outra ação da escola é o Microempresa Escolar (MEE), que surgiu a partir da necessidade de desenvolver um comprometimento socioambiental e o aluno capaz de planejar, desenvolver e assumir tarefas com responsabilidade e visão empreendedora. Dentro do projeto foi criado o Brechó BTB Fashion, escolhido para despertar um consumo mais consciente e promover a sustentabilidade. Para possibilitar a abertura da MEE, a escola formou um grupo de assessoria técnica, composto por pessoas da comunidade. Foram realizados momentos de capacitação, presencial e remota, em
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Doação de tampinhas para o Hospital do município
Mudas de árvores foram plantadas no pátio da escola
Fotos: Arquivo da Escola
trabalho ambiental
sustentabilidade, gestões empresarial e financeira, empreendedorismo e marketing. O nome e a logo da marca foram escolhidos por meio de concurso interno. Após a assinatura do contrato social no dia 14 de outubro de 2021, as atividades do Brechó tiveram início com os contatos com os primeiros fornecedores e catálogo das peças do acervo. A MEE possui todos os cargos de uma empresa regularizada e conta com 15 sócios (alunos de 5º a 9º ano), além da coordenação da professora Magda de Almeida. A logística baseia-se em adquirir fornecedores locais de roupas e calçados, que assinam
Microempresa escolar: o Brechó BTB Fashion
um termo de consignação e recebem 50% do valor arrecadado. As peças são devidamente identificadas, avaliadas e etiquetadas pelo setor de compras e, posteriormente, vão para a venda. Os valores arrecadados serão destinados à compra de materiais e benfeitorias para a escola e para o próprio brechó.
Escola Lageado Bonito Água Doce - SC
garante água pura para a comunidade A equipe do Verde é Vida da Afubra de Herval D’Oeste, em Santa Catarina, iniciou em dezembro de 2019 a recuperação de uma nascente na comunidade do Assentamento 9 de Novembro, no município de Água Doce. Essa vertente fica localizada nas proximidades da Escola Lageado Bonito, instituição parceira do Projeto e que é abastecida por essa água. O trabalho de recuperação e proteção conta com o apoio do proprietário do terreno, Antonio de Oliveira. Uma das primeiras ações foi o planejamento das espécies nativas adaptadas ao local, bem como a quantidade de mudas necessárias para a implantação na área. Também foi realizado o cercamento provisório para afastar as criações animais e favorecer a regeneração natural. Em abril de 2020, realizou-se o plantio de 45 mudas, de nove espécies nativas, fornecidas pelo Viveiro Agroflorestal da Afubra. Nessa mesma visita também foi realizada a aplicação de iscas formicidas, com o intuito de eliminar o ataque de formigas cortadeiras. No primeiro ano de trabalho, os idealizadores levantaram pontos positivos e a melhorar para a sequência do projeto, que foi estruturado para ter duração de três anos. Já no começo de 2021, as visitas ao local foram intensificadas e se tornaram mensais. O objetivo é realizar a medição da vazão para acompanhar os
Uma das primeiras ações foi o planejamento das espécies nativas adaptadas ao local, e a quantidade de mudas necessárias
Fotos: Arquivo da Escola
Nascente preservada
efeitos da recuperação de área degradada na quantidade e qualidade de água fornecida. Tudo com a ajuda do professor Adílio Paz, que realiza a medição das chuvas mensais. Para complementar o projeto de recuperação da nascente, a prefeitura de Água Doce construiu uma caixa d’água na escola, com capacidade de 3 mil litros. Com os investimentos realizados na área de preservação, constatou-se o desenvolvimento da floresta primária, com regeneração de diversas espécies, como Angico Branco, Ariticum Liso e Camboatá Vermelho. Espécies pioneiras ou secundárias iniciais também já começam a se desenvolver, como a Bracatinga. Ainda se visualiza a regeneração de um exemplar de Imbuia, espécie símbolo do estado de Santa Catarina, e que, atualmente, se encontra ameaçada de extinção. Árvore de médio porte, com 20 metros de altura, essa espécie pode chegar a 500 anos de idade. Outra espécie encontrada no local foi o Xaxim (Dicksonia sellowiana), uma variedade de samambaia, do grupo das pteridófitas, ameaçada de extinção. Essa planta cresce muito lentamente, cerca de um metro a cada cem anos. No inverno deste ano, foi realizado o cercamento da nascente com quatro fios de arame farpado, impedindo uma ocasional entrada de animais na área de recuperação. A partir do início do projeto, foram realizadas 12 medições da vazão da nascente. Desde a primeira visita, a fonte não secou mais, mesmo com a forte seca no ano de 2020 – a vazão máxima constatada foi de 31.752 litros por dia. Até o momento, as ações propostas são consideradas exitosas, o que motiva os próximos passos conservacionistas. Para a sequência do projeto, a intenção é realizar o plantio de mais 50 mudas de árvores na abrangência da fonte, enriquecendo ainda mais a flora e aumentando a área de preservação. Já para acelerar a regeneração natural, a ideia é construir poleiros artificiais com o objetivo de atrair a avifauna para a propriedade. Essa técnica consiste na colocação de galhos no espaço para o pouso dos pássaros, que trazem sementes de outros locais e levam as sementes lá existentes, o que contribui para o aumento do fluxo gênico e da diversidade.
Foi realizado o cercamento da nascente com quatro fios de arame farpado, impedindo uma ocasional entrada de animais
Realizou-se o plantio de 45 mudas, de nove espécies nativas, fornecidas pelo Viveiro da Afubra
Escola Alminda Antônia de Andrade Piên - PR
A escola vende verduras colhidas na horta para pais de alunos e restaurantes do município
Horta e Jardim:
Com o objetivo de embelezar o ambiente escolar, nasceu o projeto Horta e Jardim, que envolve a comunidade escolar de diferentes maneiras. A iniciativa tem ganhado força a cada ano e atualmente também incentiva o empreendedorismo. A escola vende verduras colhidas na horta para os pais dos alunos e também para os restaurantes do município. Durante todo o ano, são produzidos diferentes tipos de verduras. Com 305 alunos e 30 colaboradores, a escola mantém um jardim que também é considerado um diferencial, pois está sempre florido e leva vida para o ambiente escolar. Através da parceria com o Verde é Vida, igualmente foi implantado o pomar da instituição, que foi bastante desejado e atualmente já rende frutos.
Ainda por meio da pesquisa científica, a comunidade escolar começou a produzir as famosas Bolachas da Vó Maria, que preservam uma receita de família com uma linda história de amor. Os quitutes são comercializados diariamente para os alunos e comunidade em geral. A renda extra gerada pelas vendas é utilizada pela escola para compra de materiais que enriquecem o aprendizado dos estudantes. Em 2021, o projeto foi complementado com a venda de pão caseiro, todas as sextas-feiras, para professores, alunos e comunidade em geral. Mais um lucro considerado muito significativo e que soma para a qualidade do ensino, além de fortalecer as lições de empreendedorismo.
Pomar da instituição já rende frutos
Fotos: Arquivo da Escola
empreendedorismo no ambiente escolar