InfoSENGE Março 2019

Page 1

Info.Senge Informativo do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Ceará Fortaleza, março de 2019

www.sengece.org.br

TEODORA XIMENES E ÂNGELA FECHINE SÃO ELEITAS PARA NOVA DIRETORIA DO SENGE-CE

SENGE-CE TERÁ QUINTO TRIÊNIO CONSECUTIVO COMANDADO POR MULHERES Pág 05

CONHEÇA AS PRINCIPAIS PROPOSTAS DA NOVA DIRETORIA ELEITA Pág 04


ELEIÇÕES SENGE-CE

www.sengece.org.br

TEODORA XIMENES É ELEITA PRESIDENTE DO SENGE-CE PARA O TRIÊNIO 2019/2022 A chapa “Avanço com inovação e competitividade” venceu o pleito com 248 votos; a engenheira Ângela Fechini é a vice

Associados ao Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE) elegeram a engenheira civil Teodora Ximenes como a nova presidente da entidade para o triênio 2019/2022. A engenheira Ângela Fechine é a vice. A votação ocorreu durante os dias 26 e 27 de fevereiro. A apuração ocorreu na sede do Senge-CE e o resultado só saiu perto da madrugada. Na quarta (27), o processo se estendeu até às 19h e a contagem dos votos só teve início por volta das 20h30, após uma reunião com os membros da comissão eleitoral, fiscais e representantes das duas chapas no auditório do Senge-CE, levando mais de três horas para ser concluída. O resultado final foi divulgado às 23h24 da noite. Segundo a comissão eleitoral foram contabilizados 459 votos, deste total, 455 SENGE-CE | 02

foram considerados válidos. A Chapa 1, vencedora do pleito, teve 248 votos, enquanto a Chapa 2, que tinha a frente a engenheira civil Maria Zita T i m b ó t e ve 2 0 7 vo t o s. Brancos e nulos somaram quatro votos. Uma urna itinerante foi colocada na sede da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) no primeiro dos dois dias de votação, para atender profissionais do Idace, da Ematerce e da Adagri. 67 profissionais destes três setores votaram através da urna. Mobilização da categoria A forte mobilização das duas chapas garantiu um resultado expressivo de votos na eleição de 2019. Se comparado com o pleito de 2015, o número total de votantes traduz um percentual 200% maior. Naquele ano, quando a então presidente Maria Helena Araújo foi eleita, apenas 159

votos foram contabilizados, sendo 153 validados. Helena Araújo destacou a importância da participação dos engenheiros no processo de escolha da nova diretoria para o triênio 2019/2022. “O sindicato é do associado, não é das diretorias, por isso os associados são importantes no processo. A eleição é um jogo de ideias e propostas em que o personagem principal é o dono do Senge, que são esses profissionais”, afirma. Confirmado o resultado, a comissão da Chapa 1 comemorou a vitória. Teodora Ximenes cumprimentou Maria Zita Timbó e elogiou o desempenho da profissional. Ao final, a presidente da chapa ganhadora agradeceu aos colegas pelo resultado do pleito e lembrou de suas promessas de campanha, lembrando do compromisso que terá com o Senge-CE, classificando o sindicato como

uma importante entidade com 75 de história na engenharia do Estado. “Nossa proposta é de desenvolver um g rande trabalho em prol da engenharia no Ceará. Aqui nós temos desde o engenheiro até o arquiteto, então, vamos trabalhar para que todos tenham o mesmo benefício, nos pautando pelo princípio da igualdade e da competitividade, tornando o sindicato ainda mais forte e atuante”, afirmou Teodora Ximenes. Pelo regimento interno da entidade, a posse da nova diretoria eleita deve acontecer no dia 31 de março, data final da atual gestão, porem, o dia cai em um domingo, por isso a data da solenidade pode ser alterada, conforme o entendimento da presidência eleita. O evento deve acontecer na sede do Sindicato, na Rua Alegre, número um, na Praia de Iracema.


ELEIÇÕES SENGE-CE

www.sengece.org.br

QUEM É TEODORA XIMENES E ÂNGELA FECHINI: CONHEÇA O PERFIL DA NOVA PRESIDENCIA DO SENGE-CE As duas acumulam uma larga experiência no ramo da engenharia, tendo inclusive participado, no passado, da luta de fortalecimento do sindicato cearense. Fortaleza, aprovou programas com a finalidade de buscar recursos para o Hospital da Mulher, Cuca’s I, V e VI, além de praças na Capital e a urbanização e infraestrutura da Praia de Iracema. Atuou também no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), onde exerceu por dois mandados a função de conselheira da entidade. Atualmente é conselheira titular na Câmara de Engenharia Civil. Em 2018, foi delegada do Senge-CE na eleição da Diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) em São Paulo. Com 45 anos de formação, a vice-presidente do Senge-CE, Ângela Fechine Dantas de Moura, tem

formação em engenharia ambiental e sanitária. Sua carreira se solidificou na Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), órgão que atua até hoje. Seu primeiro cargo ocupado foi o de Assessora da Diretoria Técnica, no ano de 1974. Pelos quatro anos seguintes ocuparia funções de chefia dentro do órgão, tendo cheg ado à assistência da presidência no ano de 1986. Sua atuação dentro da Cagece se deu até o ano de 1995, quando foi cedida para a Secretaria de Recursos Hídricos, tendo passado por várias funções técnicas até o ano de 2005, quando viria a ser novamente cedida, desta vez, para a Secretaria de Infraestrutura do Estado. (Seinfra).

Teodora Ximenes é a nova presidente do Senge-CE: quase 30 anos de serviço público

Eleita para estar a frente da governança do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará pelos próximos três anos, Teodora Ximenes assegura que vai ter um desafio grandioso pela frente. Ela reconhece que é preciso muita disposição para conseguir êxito nessa missão. E para isso vai contar com sua valorosa experiência que se somam por quatro décadas de trabalho. Teodora Ximenes atua há mais de 40 anos no serviço público. Ela compôs a equipe que esteve a frente da luta pela primeira sede do Senge-CE. Também é funcionária de carreira da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), e já foi secretária das Regionais IV e V da Prefeitura de Fortaleza.

Assumiu outros importantes cargos e funções, entre eles, a presidência da Empresa de Limpeza Urbana de Fortaleza (EMLURB) e ainda a coordenação de fiscalização dos licenciamentos ambientais da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), no período do governo de Lúcio Alcântara. Seu principal destaque está no período em que atuou como chefe de gabinete no governo de Juraci Magalhães na Prefeitura de Fortaleza, exercendo um grande poder de articulação em prol da garantia de um serviço público decente e coerente aos anseios da população. Como assessora e engenheira civil dos projetos especiais da Prefeitura de

Ângela Fechini tem formação em Engenharia Sanitária e acumula experiência na Cagece SENGE-CE | 03


ELEIÇÕES SENGE-CE

www.sengece.org.br

CONHEÇA OS PRINCIPAIS PONTOS QUE SERÃO TRABALHADOS PELA NOVA DIRETORIA ELEITA Em 14 propostas, a chapa se compromete com a estruturação do sindicato, a modernização da entidade, a competitividade da categoria e a profissionalização

SENGE-CE | 04


ELEIÇÕES SENGE-CE

www.sengece.org.br

TEODORA XIMENES É A TERCEIRA MULHER A PRESIDIR O SENGE PELO QUINTO MANDATO CONSECUTIVO Entidade foi presidida por homens durante 65 anos. A nova diretoria segue um tempo de liderança feminina na história do sindicalismo da engenharia cearense Além de significar a continuidade do avanço necessário ao Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE), enquanto entidade que luta pela defesa de um importante setor de nossa sociedade, a escolha do nome de Teodora Ximenes como presidente à frente da nova diretoria, faz do seu mandado o quinto consecutivo comandado por mulheres na história do Senge-CE. Este dado carrega uma representatividade bastante expressiva, não só pela força e a atuação da figura feminina no cenário nacional, nem tampouco pela sua presença no meio da inovação e tecnologia, mas pelo fato de que em 77 anos de luta sindical pela categoria, o Senge-CE teve apenas três mulheres governando a entidade, sendo Teodora a terceira. Desde 1942, quando foi fundado, o Senge-CE teve 25 mandatos. 20 destes tiveram homens à frente. Essa hegemonia masculina se rompeu pela primeira vez no ano de 2007 quando a engenheira eletricista e de segurança do trabalho, Tereza Newman, foi eleita pela primeira vez. Sua gestão não se resumiria a apenas um mandato: Tereza ainda governaria a entidade durante os próximos dois triênios: de 2010 a 2013 e de 2013 a 2016. Em 2016 a engenheira ag rônoma Maria Helena Araújo viria a ser eleita como a nova presidente da entidade, tendo Tereza como vice. Em mais um fato de destaque para a história da participação feminina na engenharia, essa seria a

primeira vez que a diretoria e vice-diretoria do sindicato cearense seria comandado por duas mulheres. Na época, esse cenário de governança sindical feminina também ganhou destaque na imprensa cearense. O jornal Diário do Nordeste, principal impresso jornalístico do Ceará, enfatizou que o "Sindicato será o único do Brasil, na área da engenharia, a ser composto por duas mulheres na direção". O fato tornou a se repetir em 2019 com a eleição da engenheira civil Teodora Ximenes para o seu primeiro mandato, tendo ao lado na posição de vice, a engenheira sanitária Ângela Fechini. As duas saíram vitoriosas de uma disputa que também teve em outra chapa uma mulher: a engenheira civil Maria Zita Timbó. Tereza Newman avalia a presença das mulheres na engenharia como um fato de forte, e representa a presença mais maciça da mulher no m e r c a d o d e t r a b a l h o, sobretudo na área da engenharia. "Eu acredito que nós temos muito a que comemorar, esse sindicato tem avançado muito sob o comando de mulheres e isso mostra o quando as mulheres têm a oferecer em ter mos de trabalho e de cooperação tecnológica". Como nova presidente d o S e n g e - C E , Te o d o r a Ximenes, lembrou do compromisso assumido com os profissionais, e destacou o seu empenho e a força feminina com a qual acredita conseguir pautar o Sindicato por um

caminho de êxito. "Nós temos força para isso, temos conhecimento. Somos fortes e mostraremos que podemos e vamos fazer uma gestão, voltada para

os interesses da categoria, de baseando naquilo que seja prioridade para o crescimento de nossa classe, com inovação e com tecnologia", disse.

Teodora Ximenes (eleita em 2019)

Maria Helena de Araújo (2016-2019)

Tereza Newman (2007-2016)

SENGE-CE | 05


SEGURANÇA

www.sengece.org.br

SENGE VAI DESTACAR A SEGURANÇA NO TRABALHO DURANTE TODO O MÊS DE ABRIL O mês de abril deverá ser lembrado pelo trabalho, as ações e as orientações em torno da segurança do trabalho. O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Seng e-CE) deve trabalhar o assunto através de suas mídias, além de fazer mobilização com a categoria por meio de ações que devem ser trabalhadas durante o próximo mês. No período, demais órgãos públicos e instituições engajadas nas questões relativas aos acidentes de trabalho aderem à campanha como uma forma de promover a conscientização sobre a importância da segurança e da saúde do trabalhador brasileiro. Criado como um movimento de iniciativa da população, o Abril Verde conta com a participação voluntária e espontânea de pessoas que desejam apontar a necessidade para a implantação de uma nova cultura, com foco em criar meios de prevenção de acidentes de trabalho e

SENGE-CE | 06

doenças ocorridas em função das horas trabalhadas. Durante todo o mês o assunto será discutido pelo Sindicado dos Engenheiros no Estado do Ceará, pela sua importância na prevenção de acidentes. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Brasil, a cada 48 segundos acontece um acidente com algum profissional. Por isso, o objetivo do Abril Verde é garantir segurança, tranquilidade e melhores condições trabalhistas para todos os brasileiros. A escolha do mês de abril ocorreu devido a 28 de abril ser Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. Nesta data, no ano de 1969, ocorreu uma explosão na mina da cidade de Farmington, estado da Virgínia, nos Estados Unidos, matando 78 trabalhadores. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também instituiu, em 2003, a data como o Dia

Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho. "Verde foi a cor escolhida por estar associada aos cursos relacionados à saúde. O símbolo é o laço verde", informou o Ministério do Trabalho. A intenção é concentrar anualmente nesse período uma

série de atividades, dando-lhes mais visibilidade e manifestações de apoio à causa. O objetivo é estimular a adoção de procedimentos de saúde e segurança no trabalho e alertar para a importância de práticas que reduzam os números de acidentes.

8 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL DA MULHER Até parece uma grande coisa, terem estabelecido uma data específica para as mulheres. Na verdade, a mulher não precisa de um dia específico, de uma data pré-estabelecida, o seu dia, são todos os dias, pois estão vivas e são atuantes independentemente de dia, na verdade, nunca têm folga! Por isso, viva a mulher, não somente no dia 8 de março, mas sim todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque a "mulher" é sempre "mulher" todo o tempo.


MÚTUA

www.sengece.org.br

ENCONTRO EM BRASÍLIA DEFINE OS NOVOS NOMES DAS CAIXAS MÚTUA REGIONAL PARA TODO O PAÍS Principal objetivo do encontro foi definir os coordenadores dos fóruns consultivos do Sistema, além dos coordenadores e seus adjuntos Em Brasília, os diretores regionais da Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mútua) de todos os estados participaram do Encontro Mútua – Governança e Sustentabilidade. O evento teve como principal objetivo a definição dos coordenadores dos fóruns consultivos do Sistema. No âmbito da Mútua, houve a eleição dos coordenadores regionais das cinco regiões, que têm a missão de agrupar as demandas, as experiências exitosas e discutir propostas que atendam às necessidades das Caixas. Para a coordenação das Caixas Centro-Oeste foi escolhido o engenheiro civil Adjane da Silva Prado, diretor geral da Mútua-MT, e, como coordenador adjunto, o diretor financeiro da Mútua-DF, engenheiro eletricista Luiz Henrique Lobo. A coordenação das Caixas Nordeste em 2019 está a cargo do diretor geral da Mútua-MA, engenheiro civil José Pinheiro Marques, com o

apoio da diretora administrativa da Mútua-PB, engenheira civil Cândida Regis Bezerra de Andrade, como coordenadora adjunta. As Caixas da região Norte terão como coordenador, este ano, o diretor geral da Mútua-RO, o engenheiro industrial e também engenheiro mecânico Edison Rigoli Gonçalves, e, na coordenação adjunta, o diretor administra-

tivo da Mútua-AM, engenheiro eletricista Amarildo Almeida de Lima. A diretora geral da Mútua-ES, engenheira de segurança do trabalho e geóloga, Leila Issa Vilaça, assume a coordenação das Caixas Sudeste, e o diretor geral da Mútua-RJ, engenheiro eletricista, Luiz Felipe Pupe de Miranda, a coordenação adjunta. Finalizando a composição

das Coordenações Regionais, o diretor geral da Mútua-SC, engenheiro civil Abelardo Pereira Filho, é o novo coordenador das Caixas Sul, e o diretor financeiro geral da Mútua-RS, engenheiro geólogo Pablo Souto Palma, o coordenador adjunto.

CEARÁ ANUNCIA PROGRAMA DE ENERGIA SOLAR PARA PRODUÇÃO RURAL O governador Camilo Santana anunciou no último dia 19 de março que vai criar um programa de geração de energia solar para atender aos produtores da Agricultura Familiar. O objetivo é atender aos produtores da agricultura familiar. “ Te m o s u m a g r a n d e vocação e a ideia é fazer um grande programa de geração de energia solar para agricultura familiar no Ceará. Vamos aproveitar o telhado da residência do

trabalhador rural e implantar placas solares. Já criei uma lei que isenta de ICMS pequenas gerações e com essa energia gerada pelo produtor rural ele poderá usá-la tanto em suas atividades agrícolas, como também poderá vendê-la. Estamos for matando para fazer um projeto pioneiro no Brasil na área rural de geração de energia solar. Isso vai agregar uma receita importante para o homem do campo”, explicou o governador.

Conforme Camilo Santana, até o fim do mês, um projeto deverá ser encaminhado para a Assembleia Legislativa, com o objetivo de oficializar as ações do Consórcio Nordeste. “O consórcio vai ser criado por Lei e algumas ações (dos estados) poderão ser feitas conjuntamente”, disse Camilo. “Até o fim do mês, cada Assembleia vai enviar um projeto de Lei para colocar o consórcio em prática”, disse. Sobre o projeto Camilo

destacou que a ideia é aproveitar o telhado da residência do trabalhador rural para instalar placas solares. “Com essa energia, poderemos gerar energia para o produtor rural, mas também se pode vender a energia gerada. Estamos formatando o projeto para fazer um projeto pioneiro na área rural, de geração de energia. Isso geraria receita maior para o homem do campo”, disse.

SENGE-CE | 07


Notícias da FNE

Reforma pode ser desastre social Murilo Pinheiro

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que chegou à Câmara dos Deputados em 20 de fevereiro e pretende reformar a Previdência, pode ser descrita numa única palavra: inaceitável. Como já era previsto, a lógica das mudanças pretendidas é di-

Beatriz Arruda

o valor a ser recebido. Para os trabalhadores da iniciativa privada, isso se dará com a elevação da idade mínima a 62 anos para mulheres e 65 para homens; aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos e exigência de ao menos 40 anos de contribuição para fazer jus ao valor integral, hoje em R$ 5.839,45. Além disso, o cálculo do benefício não mais desprezará as menores contribuições e será feito pela média de 100% delas, o que tende a reduzir ganho do aposentado.

No entanto, para além dessa visão perversa de fazer com que o trabalha-

(https://goo.gl/Dhndvh), a adoção desse sistema, que transfere do Esta-

governo, a proposição traz inúmeros outros graves problemas. O primeiro ponto estarrecedor é o fato de a PEC, aparentemente, ter como principal objetivo “desconstitucionalizar” as regras relativas à Previdência. Isso se dá porque questões como idade mínima, tempo de contribuição, reajuste, duração e acumulação de benefícios,

gestão das contribuições dos trabalhadores, “suprime características básicas e bem-sucedidas da política de proteção hoje existente no País, de cunho solidário”. A análise da PEC ressalta ainda que onde tal medida foi levada a cabo, notadamente nações da América Latina e do leste europeu, houve lamentável aumento da pobreza entre a população idosa. Completando o equívoco, a PEC inclui algumas crueldades, como a elevação da idade mínima para aposentadoria do trabalhador rural para 60 anos. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) destinado àqueles em situação de pobreza só será pago no valor de um salário mínimo a partir dos 70 anos; dos 60 até essa idade, será reduzido a R$ 400,00.

por leis complementares. Assim, se aprovada essa mudança, no futuro, será possível impor muitas outras sem o debate necessário e as dina Carta Magna, o que exige a aprovação de 3/5 dos parlamentares em duas votações na Câmara e no Senado. Ou seja, o trabalhador jamais terá segurança quanto à sua aposentadoria, que poderá ser piorada a qualquer momento por simples projeto de lei. Se a sociedade admitir e o Congresso aprovar tal PEC, será dada carta branca para que este e futuros governos Previdência no Brasil. Outra questão geral preocupante é a introdução em caráter obrigatório da os trabalhadores da iniciativa privada quanto para os servidores públicos. Conforme aponta estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

Visite nosso site

www.fne.org.br SENGE-CE | 08

Além de abrir com total transparência as contas da Previdência para que a sociedade possa debater esse tema de forma bem informada e não apenas pelo viés dos interesses do rentismo, é preciso considerar fortalecer o sistema com crescimento econômico e geração de empregos formais e decentes. Vamos resistir à aprovação da reforma e lutar para que haja desenvolvimento no País. Murilo Pinheiro Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)

Filiada à


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.