REVISTA ESCOLA ABERTA #3 edição

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Revista Escola Aberta • Ano 01 • nº 003 • Fev a Abr 15


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ejam todos bem vindos a mais uma edição da revista digital ESCOLA ABERTA da Escola da Família da Vila São Joaquim II , é com enorme prazer que apresento os destaques desta edição: Começamos com o texto de Fernanda V. dos Santos sobre a superação vivenciada em plena atividade lúdica, passando pelos olhares atentos de Ismael e de Bruna sobre os rumos que invadiram as salas de aula com as tecnologias dos celulares e dos jogos de vídeo games, e assim a necessidade que todo professor passará a ter em buscar fontes acadêmicas antes de toda aula, entre outras visões particulares. Mas é com Thawan que a revista mais se orgulha em existir, pois testemunha a conquista e a vitória deste jovem, agora ex- aluno da EE Vila São Joaquim II, que graças à leitura pode realizar seu grande sonho: Passar no vestibular da Fuvest e ingressar ainda este ano no curso de Química da USP. E nosso especial desta edição fica por conta do Clube dos Desbravadores, voluntários que aos finais de semana ajudam a Escola da Família Vila São Joaquim II na formação de cidadãos. É isso, espero que gostem. Enivania Duarte Vice-Diretora Escola da Família Vila São Joaquim II

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Espaço do Professor

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Superação

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Conquista

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Celular em aula

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Entrevista

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Fontes e citações


Como pequenas atividades podem se transformar em grandes desafios e superação.

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atividade era pular amarelinha; as crianças tinham que pular nos quadradinhos correspondentes às cores que eu dizia em inglês.

Rapidamente eles memorizavam a maioria das cores, e pediam que elas fossem dispostas mais longe umas das outras, para aumentar o desafio de pulos mais longos. Wil tem 08 anos de idade e estava pedindo para pular desde o começo da aula, mas os coleguinhas de classe o deixaram por último, devido à uma pequena deficiência em uma de suas pernas. Finalmente chegou sua vez, eu engoli seco e disse naturalmente: “só vou aproximar um pouco os quadrados para você ficar mais seguro”, ele me disse: “ “tia, eu sei pular!” Ok, lá foi ele, pulava e o corpinho não se equilibrava, quase caindo ele se mantinha firme enquanto os coleguinhas riam daquela dificuldade em fazer algo que para eles era tão simples! A outra professora tomou à frente para dar bronca nos colegas...Pensei rápido: “ Muito bem Wil vejo que você memorizou essa cor!”, e mais um pulo: “Parabéns Wil está perfeito!” e mais outro, e outro incentivo meu, e assim foi...aos poucos a turma foi ficando em silêncio, todos observando que ele não havia errado nenhuma cor! E então, Wil saiu da pista aplaudido! Pág. 4 • Revista Escola Aberta | mar/abr 15

| Por Fernanda Vida dos Santos Educadora - Guarujá • SP


ARTE INCITATUS dia 15 marรงo

www.arteincitatus.blogspot.com


O uso do aparelho celular em sala de aula é uma alternativa pedagógica ou uma distração e concorrência para os professores?

O

uso de celular em sala de aula tem se tornado um problema frequente para os professores. Por mais que pais e alunos sejam alertados em relação ao uso durante as aulas, o fato persiste e tem sido alvo de reclamações entre os docentes.

Recentemente o jornal O Globo, na sua edição de 28 de outubro de 2014, lançou uma matéria cujo tema era: “Apesar da frequente proibição, Unesco recomenda o uso de celular em sala de aula”. A matéria coloca

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| Por Ismael R. Carvalho

a UNESCO como pioneira nessa discussão. Como resultados dessa discussão, houve o lançamentos em 2013 das “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”, neste documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar, além de minimizar a interrupção de aulas por conflito que envolvam celulares. É curioso vermos que existem os prós e os contras sobre o uso de aparelho celu-


lar em sala de aula, pois estamos acostumados a ver uma grande maioria de estudiosos e professores se manifestarem contra o uso. No entanto, quando paramos para ler sobre o assunto, descobrimos que este problema deve ser olhado com um pouco mais de cuidado pelos docentes e gestores.

Assim como toda tecnologia traz benefícios e malefícios, os celulares também podem ser usados como ferramentas a favor ou contra as nossas aulas.

Infelizmente, a escola não consegue acompanhar os avanços das tecnologias, assim os aparelhos eletrônicos se tonaram cada vez mais atraentes para nosso jovens, travando uma concorrência desleal entre as nossas aulas e os atrativos tecnológicos que se tornaram cada vez mais acessíveis entre todas as camadas da sociedade. O professor Mario Sérgio Cortella em seu livro: “Educação, Escola e Docência – Novos tempos, novas atitudes”, faz referência às mudanças que ocorreram nas escolas nos últimos anos e apesar da escola tentar acompanhar uma parcela das mudanças, não tem conseguido, pois essas mudanças ocorrem de forma extremamente veloz.

Assim, fica muito difícil acompanharmos todas as transformações de uma sociedade que sofre constantes mutações. Cortella alerta que a escola tem que estar atenta às mudanças tecnológicas, mas não se submeter a elas, ou seja, a escola precisa aderir ao novo, porém tentado preservar o que considera útil da chamada educação tradicional. O uso de celulares em sala pela maioria dos

alunos é um problemas tão recente que as escolas ainda não pararam para refletir em como lidar com esse novo desafio que poderia vir a se tornar uma poderosa ferramenta educacional. As escolas podem e devem trazer essas novas tecnologias para dentro da sala de aula. Precisamos incorporar o que nosso alunos já fazem.

No passado as pessoas só se comunicavam pelo telefone, além do uso da escrita. Hoje as crianças e jovens voltaram a escrever no “Facebook”, no “Twitter”, no “WhatsApp”, em blogs. Precisamos aproveitar essa oportunidade para tentar encaixar nas aulas essas ferramentas de escrita, pesquisa, etc. assim, os nossos conteúdos passarão a ser conectados com o dia a dia dos nossos alunos.

“Quando paramos para ler sobre o assunto, descobrimos que este problema deve ser olhado com um pouco mais de cuidado pelos docentes e gestores”.

Ismael R. Carvalho é professor da E.E Jornalista Roberto Corte Real, graduado em Geografia pela UNIFIEO e Pós graduado em Geoprocessamento pelo SENAC.

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Como superar os desafios da educação frente ao mundo contemporâneo

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nsinar e aprender com autonomia e criatividade são o principal objetivo da educação frente ao mundo contemporâneo, e com boa experiência na área sintetizo esta ideia a partir de uma pesquisa bibliográfica e análise empírica de alguns dados, por exemplo, das avaliações externas (SARESP/IDESP de 2013/2014) e “Avaliações da Aprendizagem em Processo”, evidências que temos em mãos para fundamentar a realidade atual da educação escolar, principalmente dos alunos do ensino médio das escolas públicas estaduais que a qualidade do processo de aprendizagem está na fase decadente. Para enfrentar os desafios e não “morrer na praia” precisamos urgentemente sistematizar pequenos projetos articulados com os conteúdos do currículo oficial para despertar nos alunos o gosto pelo saber sistematizado, propiciando a criatividade, motivação e autonomia intelectual com mais maturidade, suficiente para buscarem o próprio saber, como bem expressa Paulo Frei-

re (...) “resgatou a autoestima dos pobres, ensinou-os a confiar em seus talentos, a discernir que inteligência e cultura não se adquirem necessariamente na escola e que o conhecimento não se aprende, se constrói” (Frei Betto – “A mosca azul”, p.77). Acreditamos que, para avançarmos nos níveis de proficiências adequados a cada série, precisamos confiar nos talentos jovens, em novos paradigmas de educação, construir conjuntamente o saber popular que vislumbre o gosto pelo saber sistematizado, aprender com autonomia e criatividade. Neste sentido, a proposta deverá ultrapassar a idealização para um movimento mais amplo, por exemplo, desestruturar as mentes formadas, não engessar os ambientes de formação para conquistar novas modalidades de ensino e aprendizagem, sem medo dos gestores impostores. Discutir o processo de ensino e aprendizagem dos alunos com a equipe escolar nas reuniões de ATPCs, com a comuni-

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dade escolar e local é de suma importância para superar a visão de profissão/missão árdua, como se estive indo todos os dias para a fila do matadouro. O Estado não tem um projeto de motivação para os educadores permanecerem satisfeitos na profissão, como não dá condições adequadas à qualidade de vida e, não se tem de modo geral, segurança, tranquilidade, paz no trabalho. São também, alguns indicadores, pressupostos para refletirmos a realidade dos educadores na educação paulistana estadual durante o processo letivo. Do contrário os níveis de proficiências de professores e alunos serão baixos, e as crises e doenças profissionais, são fatores relevantes para as pesquisas dos especialistas atuais. Vamos pensar com carinho a vida, pois sabemos que é curta. Teresinha Paloschi é professora de Filosofia na EE Vila São Joaquim II

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Sob coordenação de Enivânia Duarte, o Programa Escola da Família da Vila São Joaquim II oferece várias atividades para a comunidade aos finais de semana.

Venha conhecer e fazer parte desta família, se inscreva em um dos cursos oferecidos. Inscrições e maiores informações no local.


L

uana Faceto é diretora do Clube de Aventureiros no programa Escola da Família desde 2013, e por ele já passaram muitos alunos da comunidade. Jogos, atividades pedagógicas e amizade são as primeiras atrações, mas vai além. Em uma conversa descontraída, Luana Faceto me concedeu uma entrevista sobre o Clube de Aventureiros e Clube de Desbravadores, de quebra, sobre sua atuação no Programa Escola da Família. ESCOLA ABERTA: O que é o grupo dos “Aventureiros/Desbravadores” no programa Escola da Família da Vila São Joaquim II? Quantas pessoas estão envolvidas? LUANA FACETO: O Clube de Desbravadores e Aventureiros está presente em mais de 160 países, com 90.000 sedes e mais de dois milhões de Pág. 10 • Revista Escola Aberta | mar/abr 15

participantes. Existem oficialmente desde 1950, como um programa oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O Clube de Aventureiros trabalha com crianças de 6 a 9 anos e o Clube de Desbravadores trabalha co crianças de 10 a 15 anos. As atividades são concentradas de acordo com a faixa etária e visam trabalhar em conjunto com a família. Os aventureiros aprimoram o respeito pela família, professores, natureza, animais e desenvolvem habilidades como ecologia, artes, saúde e espirituais. Já os Desbravadores aprendem a desenvolver talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza. Realizam atividades ao ar livre, acampamentos, caminhadas, e demonstram habilidade com a disciplina através de ordem unida, e têm a criatividade despertada pelas artes manuais. Combatem, também, o uso do fumo, álcool e drogas. Tra-


balham em equipe procurando ser úteis à comunidade, prestam, socorro em calamidades e participam de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo o que fazem , procuram desenvolver amor a Deus e à Pátria e fazem muitos amigos! Hoje temos cerca de 11 voluntários trabalhando na Escola Vila São Joaquim II e cuidamos de aproximadamente 22 crianças. EA: Qual foi sua trajetória no grupo dos Aventureiros/Desbravadores? LF: Passei a me interessar pelo clube porque minha filha mais velha, então com 6 anos, começou a participar das atividades e tinha muita coisa interessante que ela aprendia ali. Me envolvi com as atividades e, quando menos percebi, já estava ajudando o clube do bairro de Pinheiros, em SP. Isso foi em 2005. Em 2012, surgiu a oportunidade de montar um clube no Jd Leonor, em Cotia. Topamos e hoje estamos com uma boa equipe!

EA: Quem são as pessoas que participam do grupo dos Aventureiros e Desbravadores no programa Escola da Família?

LF: As pessoas que hoje participam do clube de Aventureiros e Desbravadores são todos voluntários. Não ganhamos nenhum recurso financeiro com este trabalho, mas ganhamos alegria de ver a satisfação das crianças quando realizam suas tarefas! Temos desde estudantes, executivos, microempresários, contadores, adEA: Como são desenvolvidas as atividades nos ministradores, enfermeiros, todos com o objefinais de semana? LF: Estas atividades tem uma programação que deve ser cumprida durante o ano. Cada classe, como chamamos, é dividida por idade e tem seus cartões com requisitos para aquela idade. Estas atividades incluem especialidades em diferentes áreas (natureza, artes, saúde, habilidades e espirituais) e normalmente chamamos especialistas de cada área para passar alguma tarefa específica para as crianças. No final do ano, elas ganham as insígnias da especialidade que completaram e podem colocá-las em suas faixas de especialidades. Além disso, mesclamos com brincadeiras esportivas e interativas tivo de dar um pouco de seu tempo para este que trabalham o social, espírito de equipe, coo- trabalho tão bacana! peração e união. Revista Escola Aberta | mar/abr 15 • Pág. 11


EA: Qual é a participação da Escola da Família no desenvolvimento do grupo dos Aventureiros e Desbravadores nos finais de semana? LF: A escola tem nos apoiado muito! Além de ceder o espaço para estas reuniões, a escola promove atividades de recreação e integração e os membros dos clubes são sempre convidados a participar! Sentimos que trabalhamos em equipe. O que podemos ajudar nos projetos da escola, também ajudamos. É uma relação ganhaganha, muito saudável e construtiva!

ser um complemento no suporte aos pais nestes pontos. EA: Que atividades são desenvolvidas nos finais de semana? LF: Há atividades que podem ser realizadas em sala de aula enquanto outras precisam ser realizadas fora, para cumprir os requisitos da especialidade solicitada. Por exemplo, arte de acampar, as crianças aprendem a montar, desmontar e guardar uma barraca, arrumar mochila, montar um abrigo, cozinhar ao ar livre na fogueira e, para tanto, esta atividade é feita em local adequado, geralmente em área aberta, sobre terra/grama/areia. EA: Podemos dizer que o grupo dos Aventureiros e Desbravadores buscam princípios de cidadania. Por quê?

EA: Quem são os “alunos” que participam das atividades? LF: São crianças do bairro, alunas ou não da escola, que se matriculam no clube. Crianças não matriculadas regularmente também costumam participar das brincadeiras que executamos com eles. São atividades inclusivas. Além disso, o apoio dos pais também é importante, pois trabalhamos com disciplina e com “hábitos saudáveis”, onde os pais dão nota aos filhos com relação a alguns quesitos como alimentação, higiene, saúde, estudos, organização e confiança em Deus. Por isso o trabalho nosso objetiva Pág. 12 • Revista Escola Aberta | mar/abr 15

LF: Sim, definitivamente. Eles aprendem a aplicar o respeito ao próximo, aos animais, à natureza e, acima de tudo, a Deus. Quando o respeito impera, a criança passa a saber até onde vai seu limite e onde começa o direito ou limite do outro. Com isso, elas convivem com mais tolerância, consideram seu meio ambiente, começando dentro de casa. EA: Como são avaliadas as atividades dadas para os participantes, até mesmo para saber se estão entendendo o propósito das atividades? LF: O método de repetição é utilizado, porque é um dos pontos de aprendizagem, principalmente quando lidamos com crianças. Além disso, temos algumas provas que são realizadas ao lon-


go do ano e, no final do ano, uma prova que contempla as principais atividades realizadas, onde eles podem atestar o que aprenderam. Estas provas podem ser aplicadas pela diretoria de outros clubes. EA: Uma das preocupações demonstradas por algumas mães é quanto à orientação religiosa do grupo, qual é esta orientação e isto é um problema? LF: O Clube de Aventureiros e de Desbravadores tem uma filosofia cristã, ou seja, respeito por um Deus Criador, pela família, pela natureza e pelos animais. Também contamos as histórias bíblicas lemos a Bíblia com elas. Deixamos a própria Bíblia responder alguns questionamentos para os dias de hoje, como o cuidado com alimentação, não uso de drogas, bebidas alcoólicas, falar a verdade, ajudar os colegas e os pais em casa, não sentir raiva nem inveja, não roubar, não mentir...Enfim, valores morais.

o trabalho que está sendo feito com as crianças. Esta programação, entretanto, não tem a pretensão de influenciar a fé de nenhum membro do clube. Desta forma, não existe influência na orientação religiosa da família. O único objetivo do clube é somar.

EA: Faça um convite para que as pessoas venham conhecer as atividades desenvolvidas pelo grupo dos Aventureiros e Desbravadores aos finais de semana no programa Escola da FaA Igreja Adventista do Sétimo Dia é quem mília Vila São Joaquim II. patrocina este programa. Uma vez ao ano celebramos o Dia dos Aventureiros e o Dia dos LF: Se seus filhos gostam de atividades ao ar liDesbravadores, em datas distintas. Este evento vre, de aprender muitas coisas novas, de fazer é realizado na igreja, como forma de a igreja ver amigos e de aventuras, ele precisa participar do Clube de Aventureiros e Clube de Desbravadores! As crianças desenvolvem a cidadania, cuidando de si mesma, de sua família e de seu meio ambiente. Acima de tudo, ela aprende a confiar em Deus! E como diz o sábio Salomão: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, mesmo depois de velha, não se desviará dele”. Muito obrigada. Enivania Duarte Revista digital ESCOLA ABERTA Comente este texto enviando email:

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Aprovado em Química pela USP, Thawan nos conta como superou obstáculos e desafios.

A leitura transformando vidas e promovendo superação na vida dos jovens.

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rimeiramente quero parabenizar ao Instituto Ayrton Senna e a Escola Estadual Vila São Joaquim II pelo desenvolvimento deste Programa maravilhoso que é o “Superação Jovem”. Pág. 14 • Revista Escola Aberta | mar/abr 15

Meu nome é Thawan Gomes de Oliveira, tenho 17 anos e minha jornada neste programa começou aos meus 12 anos, quando estava no 8º ano/ 7ª série. Ele foi muito importante na minha vida, pois aprendi muitas lições que levo comigo, não somente na vida acadêmica, mas também como auxílio para enfrentar o mundo. O grande legado que marcou o Programa em mim foi à superação de barreiras, o modo de ver os obstáculos. Pois, este foi o ponto principal das minhas conquistas, onde pude observar as coisas ao meu redor de uma perspectiva diferente.


Logo que entrei no “Superação Jovem” muitos eram os sonhos, entretanto eu não acreditava na realização e achei que não passariam de uma utopia. VIRADA DE MESA Contudo, o programa me fez ir para o outro lado: o caminho da vitória, e aprendi que as dificuldades podem ser superadas. Assim, como desenvolvia atividades na escola em benefício aos alunos e á comunidade, que na verdade parecia impossível ver o sucesso, porém, no final, o resultado foi favorável. Então, eu levei toda essa experiência comigo e apliquei na busca dos meus objetivos.

“na verdade parecia impossível ver o sucesso, porém, no final, o resultado foi favorável”.

GRATIDÃO Eu tenho só de agradecer toda a equipe do Instituto Ayrton Senna e as Professoras da Sala de Leitura da escola São Joaquim II, Sandra e Sheila, por essa oportunidade de me fazerem ver que as dificuldades existem para serem ultrapassadas e nunca desistir. Meu grande sonho foi realizado, passar em Química na USP (Universidade de São Paulo). UMA FRASE, UMA LIÇÃO Uma frase que sempre ouvia no Programa “Superação Jovem”, e que sempre levarei comigo é:

“As barreiras existem para serem superadas”.

“O grande legado que marcou o Programa em mim foi a superação de barreiras, o modo de ver os obstáculos”.

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AFINAL PROFESSORAS, O QUE É O PROGRAMA

O sucesso de Thawan se deve à sua dedicação no Programa “Superação Jovem”, inclusive quando em 2012 ganhou, juntamente com as Professoras da Sala de Leitura, Sandra Domingues e Sheila Silva, uma viagem para Águas de São Pedro, sendo eleito representante da Diretoria de Ensino de Carapicuíba, em um Circuito de Atividades e diversão.

Esse curso ensina a ter responsabilidades, ensina a estudar e aprimorar a leitura, foi SUPERAÇÃO JOVEM ? desta forma que nossos alunos conseguiram conquistar seus objetivos, pois eles le“Superação Jovem” é um Programa do go- varam a sério e se dedicaram, assim como verno do Estado de SP em parceria com o Thawan que passou em várias UniversiInstituto Ayrton Senna e Mário Covas- dades, porém escolheu a USP para estudar. CRE, para que os alunos possam aprimorar os estudos e ter o hábito da leitura. No entanto, para se alcançar um objetivo tão sério é necessário ter uma base sóÉ oferecido para 60 alunos com turmas de até lida, firme, assim como nossos alunos ti10 pessoas para que participarem das ativi- veram no Programa “Superação Jovem”. dades empreendidas, na qual os alunos têm desafios de fazer a escola e a comunidade ter o prazer da leitura. Eles aprendem a ser lideres e a serem liderados respeitando um ao outro, sempre trabalhando em equipe. Sendo que, as aulas são nos contra turnos. Ao final do curso recebem um certificado reconhecido pelas instituições patrocinadoras.

Podem participar deste curso alunos a partir do 7º ano, e envolve toda a escola, pois através dele elaboram-se outros projetos interdisciplinares nos quais todos os professores são envolvidos. Nas atividades empreendidas pela apostila do curso, os alunos aprendem a ter o gosto em estudar, aprendem a buscar seus objetivos de forma segura, como no caso do Thawan e de outros alunos que conseguiram alcançar seus objetivos.

Sandra Ap. Domingues Sheila N. Silva

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A alegria e o prazer de ser eterno aprendiz. - Quando o professor prepara suas aulas.

Em minha ainda curta carreira de professor tenho notado uma situação ambígua no que diz respeito à ideia que os alunos fazem de nós professores. Por mais difícil que seja constatar o desprestígio da profissão de docente, existe certa admiração de alguns alunos que chega a ser curiosa. Sou professor de História, e geralmente escrevo muito em lousa, assim como falo muito em sala de aula, onde tenho sido abordado por alguns alunos que me perguntam: Professor, de onde você tira todas essas informações? Foi dentro desse contexto que acabei elaborando uma resposta aos alunos, e me tornei mais exigente com alguns detalhes. Todos nós sabemos que o conhecimento não brota como cogumelos após um dia de chuva, sendo assim temos a consciência de que todo o conhecimento adquirido por um professor é fruto de leitura e pesquisa, que nin-

guém é sábio por acaso. Foi pensando nisso que mudei meu jeito de trabalhar. Quem me vê, percebe que estou sempre com dois ou três livros na mão entre uma sala e outra, pois passei a indicar

a bibliografia e as demais fontes de todas - ou quase todas - as aulas que leciono, pois quando pedimos um trabalho de pesquisa não cobramos a bibliografia e as demais fontes utilizadas? Nessa perspectiva, o aluno tem o direito de cobrar e entrar em contato com a bibliografia usada na aula. Na medida em que o aluno olha para o professor como alguém que está constantemente construindo seu próprio saber, acaba

por diminuir a barreira que ele próprio criou entre si e o seu professor. Costumo dizer aos alunos que “o professor é o aluno que chegou primeiro”, que constrói um ambiente onde o aluno possa olhar para o professor com mais segurança, pois, na medida em que se citam as fontes, conferimos seriedade e legitimidade ao trabalho. Dessa forma, pode-se concluir que um professor que não cita suas fontes acaba se tornando reprodutor de um conhecimento que pode não ser comprovado. Se isso for percebido pelos alunos, o desprestígio falado acima pode ser justificado, e com razão.

Alexsandro Pires Prof. EE Vila São Joaquim II. Formado em Química e licenciado em História

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É possível instruir os alunos a usar as multimídias para seu engrandecimento educacional e pessoal ?

É geira?

possível, com tanta informação disponível, saber selecionar o instrumento correto para aprender e/ou ensinar uma língua estran-

Na letra musical do compositor Humberto Gessinger aparece a seguinte frase: “A vida imita o vídeo, garotos inventam um novo inglês” (“Somos quem podemos ser” - Engenheiros do Hawaii 1988). A música existe há mais de vinte anos, e nessa época já se questionavam sobre a influência que a mídia exerce sobre o jovem e seu contato com a língua e a cultura estrangeira. E por mais que o tempo tenha passado, ainda temos a dúvida de como utilizar bem os recursos fornecidos pela mídia, sabendo separar o que é válido do que não é. Essa é uma discussão recorrente em reuniões pedagógicas, sala de professores, orientações técnicas, e mesmo em conversas informais. Mesmo para pais e alunos existe o impasse de usar ou não uma ferramenta tecnológica para ampliar o repertório educacional. Não seria bom se houvesse uma forma fácil e segura de adquirir essas informações?

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Na contramão dos recursos abertos e supostamente gratuitos estão os milhares de cursos oferecidos por escolas de línguas, muitos deles online, prometendo resultados eficazes para todas as idades e perfis de aluno, usando de recursos tecnológicos! Todos, sem exceção são divulgados na TV, internet, rádio, outdoors e dão suporte pedagógico para qualquer pessoa que possui um computador, tablet, ou mesmo smartphone.

utilizando somente a multimídia? E a resposta é absolutamente positiva!

Certo! Toda forma de educação séria traz, com certeza, resultados evidentes, principalmente se há o diálogo entre professor e aluno. A questão é: Dá para aprender uma língua estrangeira

É incrível o número de pessoas que já aprendeu uma língua estrangeira através de games! Mais incrível ainda é saber que aprender é gostoso, traz benefícios e jamais será roubado ou perdido! Minha sugestão aos professores é usar todos os recursos disponíveis, e sentir qual deles apresenta maior aceitação.

“por mais que o tempo tenha passado, ainda temos a dúvida de como utilizar bem os recursos fornecidos pela mídia.”

Seja com a orientação de um professor, seja de forma autônoma, todo recurso é bem vindo! E, infelizmente, não há uma fórmula para um aprendizado ser mais ou menos eficaz. Minha dica é que cada um busque meios agradáveis de “auto estudo”, seja através de vídeos, música, filmes, ou videogames.

Mas, mesmo sem usá-los em uma sala de aula regular, sempre é possível instruir os alunos a usar as multimídias para seu engrandecimento educacional e pessoal.

Bruna Gonçalves, professora de Língua Inglesa e Língua Portuguesa da escola Vila São Joaquim II

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Este livro trás em sua história uma pequena fração do quanto às aspirações demoníacas de Hitler, aliada às suas amizades sedentas por aspirações ao poder, transformaram um império sanguinário, chamado III Reich em singularidade de intolerâncias. ht t p: / / edi t ora m ultifoc o. c om . br


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