ANO I Junho – 2014 N.º 02
Entrevista Polêmica:
JUNIOR JUSAMA Autor(a): CONHEÇA SEUS LEITORES Empreendedorismo:
REAGE, AUTOR(A)!
mvp
COMO AS ESCOLAS / AGENCIADORAS DE QUADRINISTAS PARA O EXTERIOR PODERIAM INCENTIVAR UM HIPOTÉTICO MERCADO NACIONAL DE QUADRINHOS?
por FRANK DELMINDO (frankdelmindo@hotmail.com)
Foi a pergunta que fiz a muitos atuantes e interessados na mídia Quadrinhos. Relembrando que, segundo definição de Scott McCloud, em seu livro Reinventando os Quadrinhos, webcomics são "histórias em quadrinhos que incorporam c completamente em sua essência as raram inovações propostas pelas mídias sua digitais, tais comocompletamente animação, emsons, essência as hiperlinks, etc.". inovações propostas pelasos mídias Natural seriam sites de digitais,constante tais como webcomics, com a atuação e sons, divulgação junto à animação, audiência internética, alcançarem o hiperlinks, ponto donde etc.". poderiam ... lançar, de maneira convencional, em bancas ou livrarias, seus quadrinhos, mudando do meio exclusivamente virtual para uma distribuição convencional de publicações em quadrinhos. Mas... isto não acontece! Se tal progressão de site de webcomic para editora de quadrinhos soa como natural, e até mesmo um objetivo final cobiçado, por quais razões tal não acontece, de fato? Com a palavra, muitas pessoas do meio, algumas com muita experiência, fato a embasar suas palavras. Um autor conhecido por suas webcomics em um site, afirma ser "um mal do Brasileiro, ao contrario do americano, a pouca ou nenhuma colaboração".
brasileiro, ao contrário do americano, a pouca ou nenhuma colaboração". Exemplificando, ele cita "o desenvolvimento de programas e sistemas operacionais inteiros e sua disponibilização gratuita na net, só pelo prazer de produzirem algo em conjunto e saber que outras pessoas estão usando e curtindo (...) aqui no Brasil as pessoas querem ser pagas – mesmo que for mixaria, mas se sentirem que estão sendo remuneradas, fazem alguma coisa – caso contrário, não querem nem saber de produzir nada". Este mesmo autor considera necessário para o nascimento de uma editora um "material na gaveta, pronto pra ser publicado, tipo umas seis edições prontas de cada revista – já viu que fica impossível qualquer coisa por aqui enquanto imperar esse pensamento equivocado nas cabecinhas dos quadrinhistas brasileiros". Um editor de uma lendária revista informativa de animes e mangás e de muitas outras publicações em quadrinhos, enumera fatores decisivos para a nãotransposição dos sites de webcomics em editoras de quadrinhos convencionais: 1 empresas que patrocinem o custo da transferência da rede para o papel; 2 os brasileiros começarem a gostar de ler quadrinhos nacionais; 3 - os desenhistas nacionais se profissionalizarem, e pararem de se achar "artistas" só porque publicaram uma ou duas estórias; e 4 - os editores se transformarem em editores de verdade, e pararem de publicar apenas o que gostam - não o que vende.
que gostam - não o que vende. Um jornalista, editor de blog especializado em Quadrinhos e colaborador de uma revista informativa focada em SuperHeróis, considera a resposta sim-ples, "porque a Internet resolve de forma mais barata os problemas de impressão e, principalmente, distribuição‛. Propõe ainda outra questão, tida por ele como mais verdadeira: "por que os sites de webcomics nacionais não se consolidam‛? E ‚por que não conseguem atrair leitores‛? Em sua opinião, "poucas experiências que conheci praticamente não vingaram e ficaram restritas a um pequeno número de leitores. Talvez seja o fato de as pessoas em geral ainda não terem se acostumado a ler na tela do computador". Para ele, as webcomics "ainda não descobriram como explorar todos os recursos multimídia da Internet e apenas reproduz na tela o que seria uma página impressa". Tal consideração ameaça romper fronteiras entre mídias, pois "uma HQ digital com som e movimento não seria uma ‚HQ, e sim outra coisa‛ (...) ‚pode ser, só que não vejo ninguém com criatividade ou interesse em investir HQ, e sim outra coisa. Pode ser. Só que não vejo ninguém com criatividade ou interesse em investir nessa "outra coisa". Jota também afirma ter visto "algumas experiências (um mangá, se não me engano) e o resultado foi surpreendente. Enquanto os sites se limitarem a publicar um arquivo PDF puro e simples, duvido que vão conseguir atrair leitores". Sidney Gusman, bam-bam-bam do site Universo HQ e atuante na Maurício de Sousa Produções, sintetiza em uma única palavra: "grana". Percebe-se, entremeadas em todas as respostas dos questionados, a ausência de um manual para converter sites nacionais de webcomics em editoras convencionais de quadrinhos. Falta de interesse, colaboração e comprometimento entre os participantes, além de incertezas na própria concepção de o que seriam, de fato, as webcomics, também emperram e minam esta transformação, tida a princípio como tão natural. Fica então a esperança e expectativa de, superados tais entraves, possamos ver esta transformação, digna de um enredo de
ou interesse em investir nessa ‘outra coisa’‛. Afirma também ter visto "algumas experiências (um mangá, se não me engano) e o resultado foi surpreendente.‛ E ‚enquanto os sites se limitarem a publicar um arquivo PDF puro e simples, duvido que vá conseguir atrair leitores". Percebe-se, entremeadas em todas as respostas dos questionados, a ausência de um manual para converter sites nacionais de webcomics em editoras convencionais de quadrinhos. Falta de interesse, colaboração e comprometimento entre os participantes, além de incertezas na própria concepção de o que seriam, de fato, as webcomics, também emperram e minam esta transformação, tida a princípio como tão natural. Fica então a esperança e expectativa de, superados tais entraves, possamos ver esta transformação, digna de um enredo de super-herói, das webcomics em quadrinhos convencionais. Ou em alguma outra mídia futura, ainda a ser definida. Meus sinceros agradecimentos a todos os participantes, e sigam-se os debates, valiosos para destrinchar tal tema. Ω
INVESTIDA VIOLENTA de AMADORES BRASILEIROS
NA
SHONEN JUMP
Mal-comparando, imagine se o Real Madrid ou o Barcelona lançassem um concurso para novos jogadores. Ta certo que não seria para jogar uma temporada inteira ao lado de Lionel Messi e outras estrelas, mas a oportunidade seria a de um incauto qualquer, se jogasse uma única partida razoavelmente boa – e não precisasse mais pisar o gramado do estádio nem uma única vez – receberia reconhecimento e mais de
reconhecimento e mais de uma dezena de salários mínimos brasileiros. Tal situação é equivalente à visão que diversos brasileiros desenhistas e ilustradores, e por que não dizer quadrinheiros amadores, visualizaram perante o Shonen Jump Manga Competition, concurso de mangás realizado em escala mundial, no ano passado, pela Shonen Jump, revista em quadrinhos de maior circulação de exemplares do planeta. Surgido das postagens em um site, o movimento fazia uma chamada para quem pudesse ouvir e se interessar, cujo objetivo seria atrair o máximo de participantes para o concurso da Shonen Jump, evidenciando as pouquíssimas chances de algum nativo das terras brasilis ser vencedor, focando mais no poder do coletivo como . forma de aparecer, criativa e editorialmente, para os grandes senhores do paraíso editorial japonês. E foi aqui que a porca tupiniquim presenciou sua cauda ser, digamos, “emparafusada”.
A “LOTERIA” JUMPINIANA – Ao lado do “jeitinho brasileiro” e do autoritarista “você sabe com quem está falando”, o “vai que dá certo” é mais um dos expoentes filosóficos nativos, evidência rotineira de um país colonizado e industrializado por vontade e forças estrangeiras. Por trazer produtos industrializados e semi-acabados de fora, lá das metrópoles dos atuais colonizadores gringos, nosso país, por meio de sua mentalidade inculcada de . povo nativo civilizado à força, tende . a ver a realidade e as “gramas . mais verdes” dos vizinhos distan. tes como a saída para realidades na. cionais excludentes ou de ausência . plena. E quem é mais excluído da ativi- . dade autoral, em seu próprio país e perante seus próprios compatriotas, do que os desenhistas e quadrinistas brasileiros? Onde faltam preparação e as formações profissionais adequadas, pululam e dominam as posturas inadequadas, convertendo a atividade profissional de autor em mais uma fila de lotérica, a apostar seus parcos recursos – no caso dos amadores quadrinheiros nacionais, a pouca prática e os diminutos talentos – na vã esperança de se alcançar o prêmio milionário acenado pelos verdadeiros donos do jogo. O autor do texto e aparente fundador do movimento expôs e reconheceu a sinuca de bico em que persiste a prática editorial sistemática da almejada Shonen Jump: por promover e extrair novos autores diretamente de seu contingente de leitores, caiu no looping interminável de alimentar um mesmo conjunto de características em seus mangás publicados: novatos, no afã de serem aceitos, costumam repetir fórmulas e receitas dos autores de maior sucesso, resultando em estagnação criativa e engessamento editorial dos conteúdos. O concurso jumpiniano seria uma alternativa para injetar criatividade nas páginas da revista, valendo-se dos pontos de vistas de leitores não-japoneses. O texto mantém certa coerência e pé-nochão, ao reconhecer as improváveis chances de um brasileiro ganhar, e como a simples citação de um participante nacional representaria grande realização. Se considerarmos o gigantismo envolvido, da própria Jump e dos mercados editoriais em que está presente – mecas quadrinísticas como Estados Unidos, Europa e a sempre desejada China, além de Taiwan – fez sentido. Também conta pontos para o autor e fundador a busca de simples visibilidade – a nefasta “divulgação” que tanto enreda amadores a criar grupos e páginas nas redes sociais – na proporção global e descomunal oferecida pelo concurso passado, algo realmente atraente para qualquer autor. O título do movimento remetia a um anime “da moda” naquele momento, cuja publicação no Ja
Japão ocorre em outra revista de mangás, e seria uma série na qual a poderosa Shonen Jump não teria apostado. Alfinetada de amadores sul-americanos nos editores japoneses? De como devem olhar menos para os próprios umbigos e reconhecer a existência de um mundo além dos seus (endinheirados) mundinhos editoriais? Seria como querer dar dicas a respeito de futebol para o Barcelona ou Manchester United, não? O autor do movimento também evidenciou sonhar com o poderoso conhecimento editorial de “como fazer bem feito” na produção e publicação de mangás, sendo posto em prática em nosso país. Resta saber apenas se os japoneses agüentariam o tranco, perante nosso tão propalado povo alienado e iletrado, que lê pouco e vê despencar constantemente o interesse pela leitura, várias e várias posições abaixo dos demais interesses, como games, redes sociais e players de música digital. E nem vou falar da trinca telenovela-futebol-religiões castradoras... Incentivar um mercado de mangás num país e situação destas? Quem sabe os japas honrariam sua tradição de povo edificador, lutariam para implantar sua antologia de mangás aqui e não fugiriam mais rápido do que funcionário em fim de expediente antes de um feriadão prolongado! Munidos da incerteza e desapego comuns não apenas aos conscientes da dificuldade da empreitada
empreitada proposta, os participantes parecem ter, de fato, lutado com empenho. Na época, muitos tópicos e burburinho foram iniciados e mantidos. O resultado? Prevaleceu a lógica, e os vencedores foram de diversas nacionalidades... menos, claro, do burajirujin. Pelo que pude apurar, e salvo enganos, não houve brasileiros citados em nenhum momento do resultado do concurso. AS MURALHAS PERMANECERAM DE PÉ – Com o resultado já esperado, ainda e mais outra vez, mantiveram-se de pé as muralhas que teimam em afastar os autores amadores brasileiros das prateleiras e estantes das bancas e livrarias de seu próprio país. Distante da incipiente e ao menos momentaneamente artesanal produção nacional de quadrinhos, a poderosa Shonen Jump permaneceu intocada pelas mãos do talento brazuca. Claro, não seria com uma participação mais ou menos orquestrada em um concurso internacional que a realidade local seria nem abalada. Contudo, o simples movimento rumo a um objetivo foi ótimo para evidenciar algumas coisas, e isto por mais que sejam verdadeiras obviedades, sempre as de dificultosa visualização. O sonho de atuar em mangás está distante, feito tal isolamento pela inexistência de mercado consumidor maciço. Só pode ser feito via o vôo de galinha das publicações nacionais, quando editoras fazem quadrinização de obras literárias, usando a estética do mangá, ou pelas editoras fantasiosas das redes sociais com seus programas-fabricantes de likes fantasmas, amadores esforçados sempre em busca da moeda de troca virtual da “divulgação”.
Ser quadrinista ou mangaká, no Brasil, permanece sendo uma profissão fantasmagórica. Não existe reconhecimento formal nem informal, e os autores continuam tendo que sobreviver de outras atividades remuneradas, enquanto adiam indefinidamente ou perseguem, das maneiras possíveis, a almeja profissão de autor da mídia Quadrinhos. Nós, da ALEP Magazine, acreditamos na figura do(a) Empreendedor(a) Autoral, um tipo de autor(a) que assume o papel de principal interessado e força motriz de sua própria carreira, arregaça as mangas e vai empreender na produção efetiva e publicação de suas próprias obras ou das dos colegas de atividade autoral. As duas principais armas deste almejado novo tipo de autor(a) brasileiro(a) são: a) o verdadeiro amor pela arte escolhida – não apenas desenhar, ou ilustrar, ou quadrinizar, etc. – mas todas as outras passíveis de se assumir e agir em defesa; e b) a vontade de capacitar-se como verdadeiro(a) Empreendedor(a), pois reconhece as tremendas e duríssimas lutas enfrentadas por esta classe – a do Empreendedorismo – em nosso país. Taxas elevadas de mortalidade de novas empresas, a necessidade como principal fator de opção pela vida do Empreendedorismo, falta de acesso a crédito para empreender, baixos níveis tecnológicos e perfis fechados de consumidores aguardam os(as) quadrinheiros(as) amadores(as), se ousarem tornar-se Empreendedores. Vencer localmente é um desafio maior ainda do que ganhar dos estrangeiros, no próprio jogo deles, como bem comprovam alguns autores nacionais a publicar no exterior, seja nos EUA, Europa ou no próprio Japão. E nós, brasileiros amadores ou não, somos – ou devemos tornarnos – os maiores interessados nisto. Ω
JÚNIOR JUSAMA M ENTREVISTA: JÚNIOR JUSAMA Hater? Stalker? Ou só mais um troll? O polêmico Júnior Jusama cedeu esta entrevista para as páginas da ALEP Magazine, falando um pouco de si mesmo e da ALEP: Você desenha, escreve ou produz mangá, Jusama? Ou é cena atual dos quadrinheiros amadores. Vamos ao autor de alguma obra? embate: ALEP: Você desenha, escreve ou produz mangá, Jusama? Ou é autor de alguma obra? JÚNIOR JUSAMA: Não desenho, sou roteirista. Adoro escrever, faço parte do Futago Estúdio de Mangá. Tenho meus projetos que espero um dia saírem da esfera do roteiro e virarem mangá. ALEP: Gostaria de falar da sua trajetória junto aos grupos de autores amadores? JÚNIOR JUSAMA: Existem grupos de autores amadores? Digo grupo no significado de união. Apenas conheço as panelas e grupos que seguem a ideologia do seu mentor. ALEP: Você se sente injustiçado de algum modo, digo, por parte dos colegas amadores ou grupos dos quais participou?
JÚNIOR JUSAMA: Não desenho, sou roteirista. Adoro escrever, faço parte do Futago Estúdio de Mangá. Tenho meus projetos que espero um dia saírem da esfera do roteiro e virarem mangá. ALEP: Gostaria de falar da sua trajetória junto aos grupos de autores amadores? JÚNIOR JUSAMA: Existem grupos de autores amadores? Digo grupo no significado de união. Apenas conheço as panelas e grupos que seguem a ideologia do seu mentor. ALEP: Você se sente injustiçado de algum modo, digo, por parte dos colegas amadores ou grupos dos quais participou? JÚNIOR JUSAMA: Não, até agradeço que graças a eles me tornei o que sou hoje. Posso ser considerado o vilão de tudo, mas nunca tive que engolir o que escrevi sobre alguém e depois o usar para jogar palavras ao vento contra um “amigo” que não honrou algo. Acredite: 90% das minhas fontes são pessoas infelizes com algo que entrou. ALEP: Você identifica quais falhas dos atuais quadrinheiros nacionais? Gostaria de dar sugestões para melhorar a atuação dos amadores atualmente em atividade?
JÚNIOR JUSAMA: Não, até agradeço que graças a eles me tornei o que sou hoje. Posso ser considerado o vilão de tudo, mas nunca tive que engolir o que escrevi JÚNIOR JUSAMA: Não existem falhas, é tudo perfeito! Você não sobre alguém e depois o usar para jogar palavras ao vê como estamos abarrotados de quadrinhos nacionais por aí? Tá vento contra um “amigo” que não honrou algo. todo mundo fazendo a coisa certa, todo mundo feliz e satisfeito. Acredite 90% das minhas fontes são pessoas infelizes Todos amam o que fazem, ninguém está nessa apenas por dinheiro e claro o principal: a maior preocupação de todos é o nosso com algo que entrou. ALEP: Você identifica quais falhas dos atuais quadrinheiros nacionais? Gostaria de dar sugestões
querido leitor. (risos) Nessa eu acordei. (gargalhando). Não tenho sugestões para dar, todo mundo sabe como fazer.
ALEP: Em sua opinião, quais autores ou séries em quadrinhos estão realizando um bom trabalho, na atualidade? Pode citar nomes à vontade: JÚNIOR JUSAMA: Não vou aqui rasgar a seda para as meninas do Futago, porque assim estarei tendo o comportamento que abomino nos grupos, essa excessiva puxação de saco com seu companheiro de Estúdio, mas não tem como negar o bom trabalho e também dos demais quadrinhos nacionais saindo pela HQM. ALEP: Você se considera uma pessoa provocadora, excessivamente crítica? Haveria algum tipo de revanchismo em suas afirmações no tocante aos quadrinheiros nacionais atuais? JÚNIOR JUSAMA: Na verdade sou o reflexo do que está acontecendo, muita gente me crítica por ser provocador e essas coisas, mas você vai ver essas mesmas pessoas sendo o dobro que sou com outras. O famoso chumbo trocado não deve doer. Na maioria das vezes muito pseudo-artista chega a ser conhecido porque o mencionei. Se ele tem mais divulgação sendo mencionado por mim do que pela obra dele, tem algum problema aí. ALEP: Agora, use do máximo de sinceridade. Você acredita ser possível transformar os atuais autores amadores em verdadeiros empreendedores? Pessoas produtivas com CNPJ, emissão de nota fiscal e ISSN ou ISBN nas publicações? Consegue enxergar algo que as impeça de serem empreendedoras?
JÚNIOR JUSAMA: Vendo pela atual cena, duvido muito. O pessoal nem gosta do que faz, imagina se tornar empreendedor.
ALEP: Agora, use do máximo de sinceridade. Você acredita ser possível transformar os atuais autores amadores em verdadeiros empreendedores? Pessoas produtivas com CNPJ, emissão de nota fiscal e ISSN ou ISBN nas publicações? Consegue enxergar algo que as impeça de serem empreendedoras? JÚNIOR JUSAMA: Vendo pela atual cena, duvido muito. O pessoal nem gosta do que faz, imagina se tornar empreendedor. ALEP: Você se considera o novo BK, a hoje folclórica figura trolladora que tantas polêmicas e inimizades amealhou pela internet? JÚNIOR JUSAMA: Sou fan confesso do BK, me inspirei muito nele. Não concordava com o modo que transmitia suas opiniões, tinha coisas que estavam na cara que eram pessoais e isso não é viável em podcasts sobre um assunto especifico. Ainda tem gente que me vem com essa que faço
ALEP: Você se considera o novo BK, a hoje folclórica figura trolladora que tantas polêmicas e inimizades amealhou pela internet? JÚNIOR JUSAMA: Sou fan confesso do BK, me inspirei muito nele. Não concordava com o modo que transmitia suas opiniões, tinha coisas que estavam na cara que eram pessoais e isso não é viável em podcasts sobre um assunto especifico. Ainda tem gente que me vem com essa que faço a linha dele, que levo tudo pro pessoal e blá, blá. Mas depois que escutam um JuCast mudam de opinião. ALEP: Agora, fique à vontade para falar. Está participando de algum projeto de mangás, algum concurso ou game colaborativo? JÚNIOR JUSAMA: Estou focado em meu canal no Youtube. JuCast tomou forma e a cada nova edição uma nova leva de ouvintes, tenho outros programas no canal e novos projetos para o mesmo também e alguns convites que até o momento prefiro deixar em off. Não pretendo participar tão cedo de projetos de mangás, games, sonhos, livros de culinária, editoras virtuais ou virar CEO de página de Facebook (risos). A ALEP MVP agradece o interesse e a participação de Júnior Jusama. Obrigado e vamos em frente! JÚNIOR JUSAMA: Eu que agradeço o convite e a oportunidade e não se esqueçam de darem uma visitada no meu canal: https://www.youtube.com/user/JuzinhoSama E você que está em algum projeto não fique nervoso, vai que no futuro você leva cano e vem no meu inbox para te ajudar hein (risos)!
AUTOR, CONHEÇA
SEUS
LEITORES (*)
Partindo do pressuposto de que o Quadrinista Empreendedor deve produzir, como forma de garantir sucesso em suas atividades comerciais, para as pessoas e, ainda que possa continuar produzindo Quadrinhos com as temáticas de seu interesse pessoal, focar mais neste atendimento aos gostos dos leitores, torna-se necessário escolher seus mercados de atuação. Para tanto, uma simples pesquisa qualitativa pode revelar temas possíveis a serem abordados pelo Quadrinista Empreendedor em suas hq’s “com foco no cliente”. Dividindo a pessoa humana do cliente ao qual irá atender, levando-se em conta aspectos de interação desta com a realidade ao seu redor, teremos uma lista de características destas pessoas: a) Diversões – práticas lúdicas e de entretenimento, nas quais as pessoas tendem a ser meros espectadores; b) Medos – acontecimentos e até mesmo a simples possibilidade de acontecer algo que lhes causará sofrimento físico ou psicológico; c) Hobbys – atividades lúdicas e de entretenimento, nas quais as pessoas efetivamente atuam como participantes ou praticantes;
atuam como participantes ou praticantes; d) Dificuldades – situações causadoras de efetivo sofrimento físico ou psicológico. Na Figura da página ao lado, nota-se como os “medos” e as “dificuldades” se assemelham aos lados da mesma moeda, separados apenas pelo fato aspecto cronológico: os “medos” ainda não aconteceram, de fato, enquanto que as “dificuldades” são Medos efetivamente ocorridos. De igual modo, são faces da mesma moeda as “diversões” e os “hobbys”, ambos separados pelo fato de envolverem ou não a participação real do indivíduo. “Diversão” é algo apenas assistido, geralmente como puro espectador, enquanto o “hobby” é a diversão na qual acontece participação ativa do indivíduo. AUTORES ISOLADOS DOS (POSSÍVEIS) LEITORES – Tal pensamento pode parecer absurdo, mas caracteriza uma realidade da cena amadorística autoral nacional. Autores amadores costumam sempre produzir suas obras conforme seus gostos pessoais, resultando em um produto personalíssimo, podendo apenas, por sorte ou azar, “bater” com os gostos das pessoas contatadas. “Sorte” se o material já possuir qualidade técnica suficiente
suficiente. “Azar”, se ainda estiver amador demais, com pouca qualidade autoral, resultando em mais um produto inacabado, cuja existência continuará a depor contra a produção nacional. “Não existem bons roteiristas no Brasil” e “desenhista bom mesmo vai logo ‘trampar’ para o exterior” são as falácias oriundas da interação de leitores não-atendidos (em sua dimensão e posição de consumidores de bens artísticos e culturais) com as pouco qualificadas obras amadorísticas nacionais. “Ah, mas eu produzo para mim mesmo, faço a linha de ‘Arte pela Arte’ e não para os outros gostarem”, alegam os costumeiros escritores ou quadrinheiros ou ainda “mangakás” da Internet, evidenciando uma diferença gritante entre este discurso defensivo e condescendente e suas próprias ações: a) postam suas obras na íntegra e para leitura gratui
gratuita em sites; b) a menos que estejam contratando serviços prestados, consomem grandes quantidades de tempo, e portanto de dinheiro – seu ou de outrem – na produção e atualização de sites, blogs, flogs, pages, perfis e grupos, tudo no afã de divulgar suas obras; e c) chegam ao ponto de participar de campanhas de crowdfunding, em sites nacionais ou mesmo do exterior, para viabilizar as versões impressas de seus livros ou quadrinhos. Autores de qualidade profissional incontestável também podem alimentar o coro dos nãoatendidos, ao exibirem talentos exuberantes de texto ou traço, mas com temáticas alienadas do gosto de seu cliente final, o leitor. Sim, livros e quadrinhos e mangás também são um produto, e se o Autor Empreendedor não levar seus leitores em conta, continuará condenando suas tão amadas obras ao ostracismo e segmentação de nicho. Ω
(*) Texto extraído do livro GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS, à venda nos sites: * CLUBE DE AUTORES: https://clubedeautores.com.br/book/156811-GUIA_PRATICO_DO_EMPREENDEDOR_DOS_QUADRINHOS#.UrcobNJDuZM * PERSE: http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1387371057615 * Dylan Moraes Perfil no SKOOB: http://www.skoob.com.br/autor/10333
EMPREENDEDORISMO PARA AUTORES
Sim, sim. Eu apelei neste primeiro título da seção Empreendedorismo Para Autores. Não desperdiçarei tempo e espaço debatendo “ações”, “reações”, oportunidades e mazelas do meio editorial brasileiro. Meu objetivo é iniciar você, Autor(a), nos meandros do Empreendedorismo prático, voltado para a realidade e para a reação imediata. Vamos conscientizá-lo do “como fazer”, acreditando que você deseja sair da aba dos outros e ser um(a) autor(a) do seu próprio destino. v
BEM-VINDO AO DESERTO DO REAL – De entrada, vou te dar logo o primeiro hadouken direto na caixa torácica: empreender no Brasil é dificílimo. Os famosos estudos e estatísticas dos anos passados, em especial do SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – demonstram o alto nível de mortalidade dos empreendimentos brasileiros. E não basta apenas conseguir abrir uma empresa e se firmar por algum tempo. A referida taxa de mortalidade continua exibindo os efeitos funestos das dificuldades de se empreender por estas bancas, e muitas empresas fecham suas portas nos 4 ou 5 anos após sua inauguração. De cada 100 empresas abertas, apenas 4 ou 5 ultrapassam os primeiros 4 ou 5 anos de atividade comercial. Impressionantes 95% de extermínio dos micro ou pequenos empreendimentos. E você aí achando difícil a vida de autor novato ou independente, de não ter onde publicar, de ser rejeitado – se possuir qualidade autoral suficiente, claro – pelas editoras, em prol da republicação de material estrangeiro. Um mundo cruel, este aqui...
Contudo, bem lentamente, as estatísticas macabras têm recuado, e já se mostram num patamar melhor, ainda que adverso, de 85% de encerramento das atividades nos novos negócios. Há quem diga ser reflexo da cada vez melhor formação de nossos empreendedores, que buscam capacitar-se mais e mais, contra o temido fechamento do negócio. Por forças da burocratização inevitável de se iniciar uma atividade empresarial, você, autor(a) e interessado(a) em lançar suas obras literárias, didáticas, paradidáticas ou infanto-juvenis – quadrinhos inclusos – necessitará abrir um CNPJ, o cadastro nacional de pessoa jurídica. De posse deste registro, você passará a ser o proprietário de uma empresa – a tal pessoa jurídica – através da qual poderá iniciar atividades comerciais de edição, distribuição e publicação efetiva de seus livros ou revistas. Então, qual o primeiro passo a ser dado rumo ao sonho de ser um empreendedor? Não, não é obter o CNPJ. Devido ao fato de ser o registro determinado pelas atividades a serem desempenhadas, você necessita ainda definir quais são, de fato, estas atividades. Acredite, não se trata apenas de publicar livros ou revistas. E somente um estudo fundamental poderá evidenciar e definir esta e outras questões, das quais a maioria você nem desconfia. Aqui vai uma dica: ter muita humildade na hora de lançar-se na saga de empreender. A cada dia aprende-se uma nova lição, e você notará como as certezas são quase todas bastante... er, “incertas” quando o assunto é Empreendedorismo.
ESTUDO DE MERCADO... –... o primeiríssimo passo a ser dado pelo futuro empreendedor. “Er, o que é Mercado?”, pergunta alguém. Denominase Mercado o conjunto formado pelas relações entre a empresa, seus fornecedores, concorrentes e consumidores, tudo levando-se em conta o atendimento às necessidades dos consumidores. Diversos autores defendem a produção do Estudo de Mercado em um momento posterior ao de abrir a Empresa. Contudo, existe também a vertente da realização deste Estudo como atividade primordial, a que considero mais adequada quando o empreendedor for um(a) autor(a) inexperiente em Empreendedorismo. Pode parecer absurdo, mas existe a possibilidade de não existir mercado para o produto que você deseja produzir e comercializar. Sério isso, não? “Ah, mas existe quem compra comics e mangá e literaturas fantásticas no Brasil, também vão querer comprar os meus”, imagina alguém. Ora, não é porque compram a Coca-Cola que vão, obrigatoriamente, comprar o seu refrigerante de cola. Ou quem adquire tênis Nike vá comprar v tambémsuficiente. “Azar”, se ainda estiver amador demais, com pouca qualidade autoral, resultando em mais um produto inacabado, cuja existência continuará a depor contra a produção nacional. “Não existem bons roteiristas no Brasil” e “desenhista bom mesmo vai logo ‘trampar’ para o exterior” são as falácias oriundas da interação de leitores não-atendidos (em sua dimensão e posição de consumidores de bens artísticos e culturais) com as pouco qualificadas obras amadorísticas nacionais. “Ah, mas eu produzo para mim mesmo, faço a linha de ‘Arte pela Arte’ e não para os outros gostarem”, alegam os costumeiros escritores ou quadrinheiros ou ainda “mangakás” da Internet, evidenciando uma diferença gritante entre este discurso defensivo e condescendente e suas próprias ações: a) postam suas obras na íntegra e para leitura gratui
riamente, comprar o seu refrigerante de cola. Ou quem adquire tênis Nike vá comprar também a chuteira da sua fábrica. Ocorrem várias situações de mercado para determinados produtos. Pode haver empresas demais concorrendo em um mercado específico, o que causa,digamos, “insuficiência” de clientes. Seu produto pode não ser consumido costumeiramente pelos clientes, pode não existir clientes o suficiente para dar lucro e manter sua empresa funcionando. Consumidores do mercado onde você pretende adentrar podem apresentar preconceito ou intolerância com versões made in Brasil de produtos tradicionais, oriundos costumeiramente do exterior. Não suponha seu produto como bemsucedido antes de confrontá-lo com a Realidade. O Estudo de Mercado vai prevenir percepções distorcidas do Empreendedor, evidenciando perante seus olhos as reais características do mercado em que pretende atuar. Estrutura do Mercado Consumidor – Empreendedor, quem vai comprar seus produtos? Podemos dividir seus clientes em dois tipos principais: a) Pessoas físicas – indivíduos compradores; b) Pessoas jurídicas – empresas ou instituições interessadas em comprar. Sejam indivíduos físicos reais ou instituições, seus clientes devem ser conhecidos nos seguintes detalhes: 1) Quem São – Estudantes, outros empresários, mulheres, homens, classes A-B-C-D-E, etc. Idade, estado civil, nível de escolaridade, tamanho do núcleo familiar. O objetivo aqui é compor o perfil de seus clientes; 2) O Que Pensam – Seus hábitos, comportamentos, opiniões sobre política, religião, lazer, etc. Aqui descobrir-se-ão características pessoais dos clientes; 3) Distribuição Geográfica – Qual região predominante será atendida pela sua empresa? Um bairro, vários bairros, na cidade inteira, em um Estado inteiro, etc. Não caia no ridículo dos “empreendedores” de Internet, que vendem e não conseguem fazer suas revistas chegarem às mãos de quem já pagou por elas. Os Correios são uma empresa como qualquer outra, e não um quebragalho milagreiro para quem não planeja;
EMPREENDEDORISMO PARA AUTORES
4) Fatores Decisivos para Compra – Consumidores decidem a compra com base em vários itens: preço, qualidade, descontos, etc. Inclua estas informações em suas ações de produção, vendas e marketing, e irá ter produtos mais acessíveis perante os consumidores; 5) Quantos São – É humanamente impossível atingir ou atender todas as pessoas na sua região de abrangência. Conhecendo uma população total, você, Empreendedor(a), poderá estimar um público-alvo, descobrindo uma quantidade mínima de pessoas ou empresas dispostas a comprar seu produto. Este número mínimo de clientes definirá, com segurança, se o seu negócio será viável ou não. Se não houver consumidores o suficiente, seu negócio pode – eu disse pode – estar fadado ao retumbante fracasso. Agora, você, Empreendedor(a), pode analisar e perceber o que pode acontecer com o seu produto ao chegar em posição de venda, junto aos clientes, sem a realização de um Estudo de Mercado: a) Pode atender às necessidades de um indivíduo físico, mas não às de uma empresa. Ou vice-versa; b) Ser atraente para adolescentes, mas não para adultos ou idosos, e isso de diferentes e interdependentes formas; c) Querer abraçar o mundo, via divulgação na Internet e serviços dos Correios, e não estar atento às formas de distribuição realmente eficientes e eficazes, sem as quais seu empreendimento logo quebrará, devido a custos, demora nas entregas e insatisfação da clientela; d) Não focar nos canais de distribuição e vendas mais eficazes, deixando parcelas principais da clientela insuficientemente atendidas; e) Saber uma quantidade estimada de clientes possíveis facilitará a definição de estoques de produtos (quantos produtos devem ser fabricados), o que definirá a estrutura produtiva do empreendimento (quantidades de maquinários, de mão-de-obra, tipo e volume da distribuição a ser realizada, etc.). Imagine iniciar um negócio sem dispor de todas estas informações acima, e sem os parâmetros de gestão fornecidos por elas? As estatísticas de mortalidade dos novos negócios já não parecem tão absurdas assim, não? Estrutura do Mercado Fornecedor – Empresas que fornecerem matérias-primas ou produtos semi-acabados
acabados, necessários para a finalização do produto ou serviço da sua empresa, são chamados Fornecedores. Segundo o escritor Alexander Osterwalder, em seu famoso framework de prototipagem Canvas, os fornecedores seriam encarados como Parceiros-chave, colegas cuja atividade é fundamental para o aspecto produtivo do seu negócio: a) Matérias-primas e Mercadorias – Faça a lista de todas as matérias-primas e mercadorias necessárias para a fabricação de seu(s) produto(s). Assim você poderá iniciar a busca pelos melhores fornecedores para o seu empreendimento; b) Quem São – Identifique quem são seus fornecedores, fazendo um registro deles com nome, endereço, matérias-primas ou produtos semi-acabados oferecidos. Independente de sobrarem bons fornecedores nesta lista, mantenha-a, pois necessidades futuras podem exigir mais ou diferentes fornecedores. Defina seus fornecedores pelo binômio qualidade x proximidade, ou seja, quanto mais qualidade e quanto mais próximo o fornecedor, melhor será; c) Distribuição Geográfica – Registre a localização física dos Fornecedores, tendo em mente que a proximidade deles com o local onde você fabrica seus produtos têm grande importância logística e administrativa, ainda que existam fornecedores distantes cuja qualidade e preço compensam custos logísticos mais elevados; d) Negociações Parciais – Você, Empreendedor(a), deve iniciar negociações sobre preços, prazos de pagamento, datas de recebimento, etc. Solicite propostas e orçamentos por escrito, sempre com prazos de validade, para somente então escolher os melhores fornecedores; Fornecedores exercerão uma influência considerável sobre os produtos e a própria atividade de seu negócio, Empreendedor(a). Atrasos nas entregas, qualidade inferior do que a acertada e demais problemas irão impactar diretamente na sua empresa. Portanto, atenção redobrada nos fornecedores escolhidos ou a escolher. Estrutura do Mercado Concorrente – Concorrentes são as empresas atuantes no mesmo mercado no qual você, Empreendedor(a), deseja ingressar. Os produtos concorrentes podem ser iguais ou mesmo assemelhados aos seus, resultando na disputa por consumidores, entre o seu negócio e estas empresas:
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a) Quem São – Liste as empresas com as quais o seu empreendimento irá concorrer. Registre também os pontos fortes e os pontos fracos de seus produtos. Não existe muita utilidade em encarar seus Concorrentes como inimigos mortais, sendo preferível visualizá-los como adversários, e tendo em mente a possibilidade de, um dia, tornarem-se até mesmo parceiros de negócios; b) Como Operam – Procure descobrir os métodos de operação dos Concorrentes. Como administram, estratégias de vendas e de distribuição, políticas de preços, etc.; De posse destes dados, o(a) Empreendedor(a) deve esforçar-se e alcançar uma posição competitiva no mercado e perante os concorrentes. Melhores negociações com fornecedores, recursos humanos para ações e reações nos variados cenários administrativos e clientela fidelizada fazem parte da posição competitiva. Empreendedor(a), faça o Estudo de Mercado antes de iniciar as operações de sua empresa, resultando nas seguintes fases: 1) Descubra as Necessidades e Desejos dos Consumidores – A empresa começa, de fato, na identificação de necessidades e desejos dos futuros clientes. O que querem, o que precisam e em que termos ou condições desejam consumir;
2) Defina as Estruturas Físicas e de Recursos Humanos – Pense no local físico, nas instalações, móveis, equipamentos, máquinas, funcionários ou colaboradores, etc.; 3) Defina as Necessidades Financeiras – Visualize os recursos financeiros a serem investidos, realisticamente e com segurança. O resultado será o planejamento financeiro do futuro negócio: quanto necessitará, como comercializar e a estrutura necessária para comercializar; Empreender costuma ser algo como morar no planeta “Empreenderia”, dotado de 3 satélites naturais a orbitá-lo: Concorrência, Fornecimento e Clientela, cada um com características próprias. Fornecimento te auxilia a alcançar e desfrutar de Clientela, e Concorrência disputa com o planeta Empreenderia, constantemente, os recursos e benefícios de Clientela. Espero não ter traumatizado muito a quem leu estas poucas colunas. A verdade costuma incomodar, especialmente quem se defende nas meias-verdades da vida cotidiana. Perguntas, críticas, ameaças de morte e declarações de amor (platônico, por favor, sou um indivíduo rumo ao meio século de vida...) via e-mail. Abraços e até a próxima edição.
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