ANO I I Maio – 2017 N.º 15
ENTREVISTA: EBERTON FERREIRA DO FANZINESTON E CHURRASQUINHO CULTURAL QUADRINISTA BRASILEIRO: DIFICULDADES ENFRENTADAS
E A MAIS VALIOSA FERRAMENTA DO EMPREENDEDORISMO
ENTREVISTA
EBERTON FERREIRA DALPHORNO
Quadrinista premiado pela Academia Brasileira de Quadrinhos (ABRAHQ) concilia a atividade de complemento de renda em um churrasquinho de rua com o gosto pelos quadrinhos. Vamos em frente!
por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)
ALEP MVP - O prêmio da ABRAHQ trouxe benefícios para você, como quadrinista? R = Sim! O prêmio, além de ser um reconhecimento pelo meu trabalho, despertou o interesse da mídia impressa e saí em jornais locais aqui da minha cidade (São Gonçalo) - "Diário da Poesia" e o "Daki" como também em jornais conhecidos, "O São Gonçalo" e o "Fluminense". Isso ajuda a impulsionar o meu trabalho com os quadrinhos. ALEP MVP - O Churrasquinho Cultural terminou por aglutinar iniciativas de outras pessoas, ligadas aos quadrinhos. Na sua opinião, ter formas de união entre interessados na Nona Arte pode acelerar a abertura no mercado editorial nacional para quadrinistas nativos?
R = Acredito que sim. Podemos alcançar o público que não conhece materiais nacionais voltados para a Nona Arte e isso é muito importante para a abertura desse mercado que atualmente está restrito aos grandes e estrangeiros. ALEP MVP - Na Associação ALEP, escolhemos o empreendedorismo como abordagem para Quadrinhos, Literatura e Cinema. Você consegue visualizar a possibilidade de Autores Empreendedores? R = Na minha opinião, todo quadrinista é empreendedor, por que além de produzirmos as revistas praticamente sozinhos, ainda precisamos esquematizar todo o marketing dos produtos e ainda vendê-los. Precisamos calcular os riscos e lutar por um espaço no mercado. Isso é ser emprreendedor. Nesta página: Eberton Ferreira. ALEP MVP - Você já visualizou os pontos em comum entre a atividade empreendedora churrasquinho Na página aodo lado: divulgação de rua e a edição e distribuição de em jornal comercial local. Quadrinhos? R = São coisas diferentes. Mas tenho usado o empreendedorismo para o crescimento de ambas. E não é só isso... o "Churrasquinho Cultural" como é conhecido o meu ponto aqui, visa a melhoria do movimento em todo o comércio local e venho encontrando apoio de outros comerciantes empreendedores que já enxergaram os benefícios que isso pode trazerao bairro Porto da Pedra, onde resido e trabalho.
Capa da Action Hiken, coletânea on line de autores em formação
ALEP MVP – À vontade para falar de projetos, eventos vindouros, formas de contato:
um espaço no mercado. Isso é ser empreendedor. ALEP MVP - Você já visualizou os pontos em comum entre a atividade empreendedora do churrasquinho de rua e a edição e distribuição comercial de Quadrinhos? R = São coisas diferentes. Mas tenho usado o empreendedorismo para o crescimento de ambas. E não é só isso... o "Churrasquinho Cultural" como é conhecido o meu ponto aqui, visa a melhoria do movimento em todo o comércio local e venho encontrando apoio de outros comerciantes empreendedores que já enxergaram os benefícios que isso pode trazer ao bairro Porto da Pedra, onde resido e trabalho. ALEP MVP - O quadrinista brasileiro precisa renegar sua face de colecionador para, só então, enxergar-se como autor de quadrinhos? R = Acredito que não. Conheço muitos autores independentes que são colecionadores e produzem suas histórias. No meu caso, atualmente escolhi colecionar somente materiais nacionais e de artistas independentes, assim como eu. Assim fico por dentro do que está sendo produzido aqui no Brasil e ao mesmo tempo prestigio meus colegas. ALEP MVP – À vontade para falar de projetos, eventos vindouros, formas de contato: R = A Fanzineston é o
R = A Fanzineston é o selo que representa os meus trabalhos e os interessados poderão acessar os links que descreverei abaixo. Eu trabalho com folclore brasileiro em quadrinhos, puxando essa temática para o público adulto e abordando as histórias contendo suspense e terror. Mas também possuo uma linha infanto juvenil e também super herói. Atualmente venho produzindo as sequências das séries: "Causos" (sobre as origens do folclore brasileiro), "A Rede da Carne " (terror trash onde abordo lendas urbanas) e "Xamã" (o meu super herói). Além de participar de crossovers com outros personagens brasileiros criados por autores espalhados pelo nosso país. Para mais detalhes: www.fanzineston.blogspot.com.br www.facebook.com/fanzineston Ou para pedidos: eberton.ton@gmail.com e por inbox no Facebook. A ALEP MVP agradece ao autor Eberton Ferreira pela entrevista concedida.
O AUTOR EMPREENDEDOR
COMPRADORES INICIAIS (*) por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com) Desenho Um objetivo comum em empreendimentos novos é a busca por atingir a maior quantidade possível de consumidores. Seja focando em mercado de massa ou em nichos de mercado, o Empreendedor perceberá que no início são poucas as pessoas dispostas a experimentar seu produto ou serviço. Considerando-se que o Autor Empreendedor realizou, de fato, a prototipagem de produtos sugerida neste livro, já terá ultrapassado esta fase, pois apresentou e testou as características de seus produtos junto a compradores iniciais, os quais opinaram e, certamente, deram muitas sugestões e idéias passíveis de aproveitamento. Como em todo empreendimento, a tendência de seu produto é crescer, pouco a pouco, na preferência de seu mercado consumidor, sempre apoiado por ações de Marketing suficientes e por uma gestão consciente e focada em agir.
Testar e evoluir idéias de maneira rápida é fundamental pra os Autores Empreendedores desejosos de um negócio mais eficiente e objetivo e, portanto, capaz de alcançar sucesso e crescimento. Steve Blank considera o desenvolvimento de produtos que satisfaçam os consumidores, seguramente, o principal objetivo das empresas, as quais devem buscar 4 etapas:
Sob o lema "seja o novo", a coletânea de mangás nacionais AÇÃO MAGAZINE surgiu, anos atrás, como um alento Participante de uma das maiores promessas do mangá nacional dos últimos tempos, o Coletivo Conexão
1) Customer Discovery: Cria-se hipóteses a respeito das qualidades os clientes desejam e sobre o que o mercado necessitaria. Feito este protótipo do futuro produto, os empreendedores devem usá-lo para confirmar ou negar as hipóteses em contato com os clientes; 2) Customer Validation: Fazendo uso deste protótipo, os empreendedores irão descobrir se o público-alvo escolhido se agrada ou rejeita seu futuro produto. Se desagradar aos consumidores, retorna para a fase inicial de Customer Discovery. Se agradar Para evitar a armadilha de desenvolver e depois e for bem recebida, o Autor Empreendedor deve lançar no mercado um produto apreciado apenas por criar canais de venda e iniciar operações. Aqui foi quem o criou ou participou de seu desenvolvimento, alcançado o Product/Market Fit. os Autores Empreendedores apresentaram ou Crie uma sequência de experimentos – ações nas expuseram suas músicas, ou literatura, ou curtas e quais você irá apresentar uma ou mais características médias metragens, ou ainda games em ou qualidades de seu produto autoral – e vá testá-las desenvolvimento para pessoas condizentes com seus junto aos seus clientes ou consumidores potenciais. públicos-alvo, descobrindo no processo a aceitação Separando estes experimentos em um cronograma, ou rejeição aos seus produtos autorais. observe e registre as reações e opiniões das pessoas Certos de estarem com produtos valiosos em ao que será apresentado, cuidando de avaliar mãos, chegam na próxima fase, a de encaixar sua posteriormente e extrair idéias e aprendizados mercadoria com o mercado a que se propõem destas informações colhidas. atender, pelo(s) preço(s) corretos aos clientes. “Faça experimentos rápidos e faça experimentos Criado pelo autor Steve Blank em seu livro The sempre” constitui-se no lema desta busca por Four Steps to Epiphany, o Customer Development encaixe no mercado. Para tanto, fragmente seu trata de uma sequência de ações, visando o produto autoral em tipos ou, se não for possível, em refinamento e efetivo desenvolvimento de um pedaços executáveis e apresente-o ao público-alvo. produto ou serviço, levando em conta aspectos E anote as reações, pois examiná-las irá lhe conferir variados do relacionamento empresa com clientes. subsídios para aprender e evoluir. No caso de músicas, lance fora quaisquer resquícios de inibição timidez, para vá a venda públicoeme (*) Trecho extraído do livro O AUTOR EMPREENDEDOR, autoria de Dylan Moraes,oudisponível https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo mostre uma ou duas canções completas. Se for um escritor, pegue trechos compreensíveis individualmente ou mesmo capítulos inteiros de suas obras, disponibilizando-as pela Internet ou
ARTIGO
SYNDICATE¹ - PRESENÇA NO
MERCADO E EXEMPLO DE QUALIDADE AUTORAL por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com) e Frank Delmindo (jcfrank@hotmail.com)
___________________________________________________________________________________________________________ 1 Para efeito de compreensão deste texto, o termo Syndicate refere-se tanto à King Features Syndicate (da Hearst Corporation) quanto à italiana Panini Group e à norte-americana Viz Media (das editoras japonesas Shueisha e Shogakukam). ___________________________________________________________________________________________________________
RESUMO O presente artigo tem por objetivo estimular a discussão acerca da influência do syndicate sobre a produção nacional de quadrinhos. Buscou-se em diferentes textos, sobre conceitos e definições operacionais acerca do Syndicate e sua possível influência, histórica, mercadológica, negativa ou não, em relação aos quadrinhos produzidos e vendidos no Brasil. Palavras-chave: Syndicate; Quadrinhos; Mercado Editorial. O syndicate¹ apresenta-se como um empreendimento transnacional, cujas operações globais atuam em mercados editoriais ao longo do planeta. O syndicate teria alguma medida de culpa pela inexistência de maiores oportunidades para quadrinheiros locais? Ou outras são as razões de tão poucas ocupações profissionais para quem se interessa pela nona arte em terras brasileiras? Gonçalo Junior (2006) discorre a respeito de um autor de quadrinhos, e uma de suas criações: Na década de 1980, um dos mestres dos Quadrinhos brasileiros, Flávio Colin (1930-2002), criou um personagem que não chegou a desenhar: Copyright Kid. Foi a forma encontrada por ele para representar a opressão de sua classe diante de algo que sempre lhe pareceu intransponível: a dominação das distribuidoras de tiras de jornal, organizadas e conhecidas como syndicates, que dominaram o mercado da América Latina pela venda de Quadrinhos a um número grande de jornais por um preço baixo. Ganhava-se na venda pelo atacado. Espécie de vilão, o cowboy Copyright Kid vivia à espreita para liquidar qualquer pretensão de quem tentasse abrir mercado para os Quadrinhos Nacionais.
Syndicates fornecem conteúdos de entretenimento, tiras veiculadas em jornais, suas redações e editoras que republicam quadrinhos, terminando por abranger, também, mercados editoriais de países inteiros. Como elucida BATISTA et al (2009) apud Furlan (1985, p. 29), “a denominação syndicate, nos moldes norte-americanos, não encontra similar em nosso contexto. Não se trata de um sindicato e ultrapassa as atribuições de uma associação. Podemos tratá-los como agência especializada em fornecer matérias variadas, particularmente de entretenimento”:
entretenimento”: Os syndicates possuíam os direitos de venda e distribuição sobre os trabalhos dos desenhistas, embora lhes permitissem não se submeterem as determinações dos jornais, garantindo certa autonomia. Os desenhistas deviam seguir as políticas dos syndicates na elaboração de seus trabalhos, impostas por um rigoroso código de ética que nivelava o conteúdo a fim de colocar os desenhos em qualquer sociedade, inclusive as mais moralistas (...) os “syndicates nos EUA merecem destaque na história do processo de produção de quadrinhos e de sua distribuição pelo mundo. Eles foram responsáveis pela grande difusão mundial dos quadrinhos a um baixo custo devido a elevada tiragem das obras produzidas.
Os syndicates distribuem tiras e quadrinhos. Vejamos, então, os quadrinheiros nacionais, como (e se) os syndicates os afetam. Gonçalo Junior (2006) discorre sobre a “terceira geração de desenhistas de Histórias em Quadrinhos, surgida nos anos de 1950 e que atuaria com surpreendente organização até 1964.”: Mobilizados em São Paulo e Rio de Janeiro, eles lutaram por uma lei que obrigasse as editoras a publicarem 66,6% de Histórias em Quadrinhos brasileiras Chegaram perto disso. Primeiro, em 1961, o presidente Jânio Quadros comprou a briga e elaborou um projeto, mas renunciou antes de baixá-lo. Dois anos depois, um decreto de João Goulart atendeu à polêmica reivindicação. O golpe militar, no entanto, impediu que a lei fosse regulamentada.
Danton (2009) trata do “longo período em que as HQs nacionais sumiram das bancas, quase desaparecendo por culpa da invasão dos comics norte-americanos e, principalmente da censura imposta pelo regime militar.” Quadrinistas brasileiros chegaram a alcançar organização para defender, por meio de legislação protetiva, a produção autoral nacional. Contudo, a chegada de turbulento período político ditatorial brasileiro, encerrou tal militância político-autoral Na mesma época, consolidou-se a dominação do mercado editorial pela republicação de quadrinhos estrangeiros. Conforme Florestam Fernandes (1981) na Teoria da Dependência, o chamado Capitalismo Dependente, forma de capitalismo que se desenvolve na periferia do sistema capitalista. A predominância das hq’s norteamericanas e, mais tarde, a dos mangás, hq’s japonesas no mercado editorial brasileiro seriam sintoma e resultado do Capitalismo Dependente. BATISTA et al (2009) considera o mercado editorial brasileiro nos quadrinhos como “extremamente marcado pelo material americano.” O mesmo autor apud Anselmo (1975, p. 66), informa como as “empresas editoriais publicam histórias importadas”. Gonçalo Junior (2006) considera existir “um argumento capcioso no movimento liderado por” quadrinistas brasileiros de renome. Pois defendendo “a reserva de mercado, os artistas brasileiros propuseram como saída a censura aos Quadrinhos americanos, Que eles mesmos fariam”: Pereira (1996) citando exemplo japonês com o mangá dos X-Men, considera a validade de versões feitas por autores nacionais, assim “as editoras podem dizer não à sujeira da facilidade. Por darem valor ao desenhista e ao roteirista de sua terra, os japoneses publicaram uma VERSÃO dos x-men. Isso dá ‘boa’ venda e ainda dá emprego pra desenhista, pra roteirista e incentiva a indústria nacional”. Diferente de outros mercados editoriais, como o japonês. Onde autores locais produzem versões das obras originais estrangeiras, no Brasil, são as originais que chegam até as bancas e distribuição. Neste aspecto, por privilegiar a simples tradução dos comics, o syndicate (e por tabela suas editoras correspondentes), exclui autores de quadrinhos locais, desta possível oportunidade de emprego e renda. Pereira (1996) traduz o pensamento mercadológico das editoras correspondentes do syndicate, para as quais “sai praticamente de graça usar o material dos caras (syndicate), a ‘merda’ é que isso sufoca e mata com qualquer sonho dos desenhistas brasileiros!!! O que você, dono de editora faria: pagava ‘prá’ um desenhista ‘100 reais’ a página pra fazer um gibi. Ou comprava pronto dos EUA, por 1 dólar a página?”
Qualquer capitalista, em sã consciência, faria exatamente o que as editoras brasileiras fazem. Ser republicadora dos quadrinhos prontos, de elevada qualidade autoral e ancoradas em marketing transmidiático, distribuídos a baixíssimo custo pelos syndicates reduz drasticamente todos os riscos da atividade editorial. Não existe o aspecto produtivo autoral, e nem todos os problemas oriundos deste. Com franqueza, editoras não são entidades assistenciais, nem de inclusão social. São empreendimentos capitalistas, cujo objetivo é obter lucro, sem o qual terão de, inevitavelmente, encerrar atividades. FREITAG, Barbara (1996) apud Florestan contextualiza o pensamento gerencial-mercadológico das editoras republicadoras nacionais como o regime de classe que se desenvolve em conexão com o capitalismo dependente” e sua dominação burguesa com dois polos (...) “interno, representado pelas classes dominantes que se beneficiam da extrema concentração da riqueza, do prestígio social e do poder”. Tais empresas editoriais, colaboracionistas dos Syndicates representam “setores das nações capitalistas hegemônicas que intervêm organizada, direta e continuamente na conquista ou preservação de fronteiras externas”. Os exemplares impressos, preenchendo prateleiras e expositores nas bandas de revistas, livrarias, e demais pontos de venda são a ponta de lança da dominação imperialista do capitalismo, corporificada pelo Syndicate. Inexistindo produção autoral local, de qualidade, quantidade e distribuição comparáveis a fazer-lhe concorrência mercadológica, os quadrinhos distribuídos via Syndicate e operadores editoriais nacionais dominam o ramo dos quadrinhos, no mercado editorial brasileiro. Para Gonçalo Junior (2006) “a lei dos dois terços (da reserva de mercado para quadrinhos nacionais) sempre foi uma obsessão dos desenhistas porque seria a única forma de combater o esquema Copyright “. O mesmo autor menciona os syndicates, cujo “monopólio até a década de 1970 existiu somente em relação a tiras de jornais. No caso de histórias para revistas, a possibilidade de furar o bloqueio sempre foi maior e as quase três dezenas de editoras de São Paulo que funcionaram com autores nacionais entre os anos de 1950 e 1980 mostraram isso”. Três dezenas de editoras operando ao longo de três décadas evidenciam a possibilidade, comprovada historicamente, de se publicar quadrinhos com autores nacionais, no mercado editorial brasileiro. Para Gonçalo Junior (2006) a reserva de mercado em suas tentativas de legalização são “argumento (...) a ser usado (...) para justificar a incapacidade de competir com a produção americana. Apesar de ter uma tradição de excelentes desenhistas, o Brasil”: “Peca no descaso que sempre deu ao processo de produção como um todo. Em especial, no que se refere a roteiro. Esse é o maior problema dos nossos Quadrinhos: não dominamos as bancas porque não sabemos escrever boas histórias. Há 70 anos é assim. Numa autocrítica necessária, deve-se reconhecer o amadorismo que tem alimentado grande parte da produção nacional. Boa parte dos desenhistas nunca deu a menor importância ao conteúdo, à elaboração das tramas. Desprezam completamente esse suporte no processo de criação, individual ou coletivo, quando se sabe que a elaboração artística se dá num contexto de muitas referências: vivência, conhecimento erudito e popular, leitura de livros, jornais e revistas, filmes, etc.”
Para BATISTA et al (2009), “a produção nacional sempre apresentou dificuldades, salvo algumas exceções.” Danton (2009) atesta “uma total falta de tradição de escritores nessa mídia (dos quadrinhos). O mesmo autor demonstra os quadrinhos brasileiros como caracterizados por um pendor cíclico”: Tivemos uma era de ouro dos quadrinhos nacionais na década de 60. Várias editoras publicavam revistas de terror nacionais e algumas se aventuravam até por outros gêneros, como os super-heróis. Nessa época, os poucos roteiristas que atuavam não assinavam seus trabalhos e revelavam nítida inexperiência no ramo. Alguns revelaram que nunca haviam lido HQs e que não começaram a ler, mesmo depois de terem se tornado roteiristas.
Danton (2009) considera estas “interrupções entre cada nova geração de roteiristas que surge não” havendo “qualquer contato com as gerações anteriores. Não há uma transmissão de experiências, ao contrário do que acontece nos EUA, em que os roteiristas novos são orientados pelos mais velhos”:
Danton (2009) considera estas “interrupções entre cada nova geração de roteiristas que surge não” havendo “qualquer contato com as gerações anteriores. Não há uma transmissão de experiências, ao contrário do que acontece nos EUA, em que os roteiristas novos são orientados pelos mais velhos”: No Brasil a maior parte dos roteiristas não sobrevive no ramo tempo o bastante para apurar o estilo. Por outro lado, aqueles que permanecem atuantes são obrigados a submeter(-se) a um tratamento desrespeitoso. Os editores publicam as histórias e omitem o nome dos escritores, ou cortam o texto. Em geral, considera-se o texto menos importante que o desenho e há um certo consenso de que os direitos autorais da HQ pertencem unicamente ao desenhista. O resultado desse estado de coisas é um círculo vicioso: os roteiristas não têm tempo de se aprimorar e, no geral, abandonam os quadrinhos quando estão minimamente experientes. Os jornalistas e editores, na falta de bons roteiristas, desmerecem o trabalho do texto. A falta de reconhecimento faz com que os roteiristas permaneçam menos tempo no meio.
Danton (2009) considera estas interrupções sistemáticas um “círculo vicioso em que os novos escritores são obrigados a ‘reinventar a roda’ a cada geração”. BATISTA et al (2009) apud Anselmo (1975, p. 79), informa a existência de “HQ’s feitas no país, com heróis estrangeiros, publicadas no Brasil e remetidas ao exterior para publicação em outros idiomas (...) verificandose” A produção de histórias desenhadas por brasileiros que exportam seus trabalhos para a publicação no mercado editorial estrangeiro, representando uma globalização do setor de quadrinhos na busca por uma mãode-obra mais barata com qualidade semelhante ou melhor que a produzida no local da publicação BATISTA et al (2009) apud (PATATI; BRAGA, 2006). Além de cedermos mercado consumidor, o Brasil fornece talentos autorais para o syndicate. Mão-de-obra autoral de qualidade por vezes superior ao encontrado na produção fonte. Tal fato atesta a qualidade do desenhista brasileiro. Gonçalo Junior (2006) considera a “trama, uma elaboração intelectual. Não quer dizer que os próprios desenhistas não possam escrever suas histórias (...) produzir Quadrinhos é mais complexo que aperfeiçoar o traço. Danton (2009) destaca “o principal recurso para se criar o clima da história nos quadrinhos” o texto. “Ao contrário do que dizem alguns críticos, as Hq’s não têm o defeito de darem a história pronta para o leitor. Na verdade, o leitor participa ativamente ao completar a ação entre um e outro quadro. Apud McCloud, Scott. Assim, o melhor texto não é aquele que explica o desenho ao leitor, mas aquele que faz com que ele use ainda mais sua imaginação, completando aspectos que não estão sendo mostrados pelo desenho. Danton (2009) situa o roteiro como um “aspecto menos valorizado nas pesquisas a respeito da arte sequencial”: Não despertando “interesse de pesquisadores em entender a dinâmica e o funcionamento de um roteiro de quadrinhos”. Tal carência de estudos tem se refletido na atividade produtiva, pois a acumulação de experiências e sua transmissão a novos talentos têm sido a base das principais escolas de quadrinhos, seja a americana, a argentina, a européia ou a japonesa. Gonçalo Junior (2006) insta quadrinistas a “compreender do que se trata, realmente, o ato de produzir quadrinhos. Não apenas a face do desenho e sua simples evolução”. De igual modo, Danton (2009) também insiste apud Alan Moore na “importância de se encarar os quadrinhos como uma linguagem própria, com seus recursos únicos”. Por ser uma mídia multifacetada, os Quadrinhos nacionais aparentam sofrer desequilíbrio na busca de qualidade em suas diferentes faces. Recebendo mais cuidado nos desenhos, ao passo que não exibe tanto esmero nos roteiros. Gonçalo Junior (2006) cita ainda exemplos de sucesso caracterizados pela busca de abordagens profissionais, por meio da qual a competitividade pode ser alcançada. Não sendo “Mauricio de Sousa apenas um caso de sucesso empresarial”:
Gonçalo Junior (2006) cita ainda exemplos de sucesso caracterizados pela busca de abordagens profissionais, por meio da qual a competitividade pode ser alcançada. Não sendo “Mauricio de Sousa apenas um caso de sucesso empresarial”: Foi o primeiro artista a criar uma mentalidade profissional de produção competitiva no Brasil. Ofereceu produtos de nível para que o leitor pudesse escolher. A mesma mentalidade transformou a Editora Abril num dos principais produtores de Disney do mundo. Nenhuma lei (aludindo a tantas vezes pleiteada reserva de mercado para hq’s nacionais) ou governo conseguirá resolver esse problema porque o leitor quer ler boas histórias.
Guimarães (2013), atesta a falta de “profissionais capacitados para produzir bons roteiros de HQs – tarefa que, segundo o especialista, é o ponto essencial para manter a fidelidade do público. O mesmo autor considera “a qualidade da história (supõe-se, o roteiro) o que prende o leitor”. O mesmo autor propõe sequência de eventos, ocorridos: Em geral, quando alguém compra uma revista, a primeira coisa que chama a atenção é o desenho bem feito. Porém, em um segundo momento, é a história que vai levar o leitor a gostar ou não da publicação”, completa. Dessa forma, se o roteiro é ruim, o leitor não compra de novo. “Porém, um desenho mediano com uma história fantástica é capaz de prender o leitor”.
O roteiro desempenha papel fundamental na fidelização e permanência da clientela consumidora dos Quadrinhos, no caso, os leitores. Desenhos têm papel de destaque, porém, é o roteiro e suas características adequadas, o responsável pela conquista dos clientes. De acordo com Gonçalo Junior (2006), “quadrinistas brasileiros apenas se lamentam ao invés de enfrentar o Copyright Kid com as mesmas armas”. Aqui compreendido como esmero em todas as faces da mídia quadrinhos. Tanto roteiro quanto desenhos.
Guimarães (2013) tem por “ainda pouco consolidado, o mercado brasileiro de HQs”, E ainda assim “não deve enxergar a concorrência internacional como um entrave.” Os syndicates não seriam a barreira intransponível ao sucesso dos nacionais, como considerado por muitos do meio quadrinheiro.
CONCLUSÕES Roteiristas de quadrinhos sem costume de ler quadrinhos. Predileção pelos desenhos e incomunicabilidade intergerações de roteiristas. Enfrentando produtos internacionais de elevada qualidade autoral, ancorados em marketing transmidiático de desenhos animados televisivos, indústria de games, obras cinematográficas cuja bilheteria mundial alcança, costumeiramente, o bilhão. O poder econômico-corporativo dos syndicates constitui também um meio operacional, a implementar projetos destes players midiáticos: animações televisivas, games, cinema. Na carência de livros nacionais de como produzir a mídia quadrinhos, em todas as fases do processo, o quadrinheiro nacional pode valer-se de obras estrangeiras acerca da produção profissional de hq’s, sejam europeias, norte-americanas, japonesas. Afinal, se existe uma coisa que os operários autorais das indústrias internacionais sabem. É fazer quadrinhos de qualidade. Culpar os syndicates de oprimir os quadrinheiros nacionais, com sua dominação mercadológica apenas atestaria a imaturidade e inferioridade auto imposta de quem considera trabalhoso demais empreender, por meio do objeto de sua paixão. Os Quadrinhos. Além de explorar e lucrar com o mercado editorial brasileiro, os Syndicates geram emprego e renda para pouquíssimos talentos nacionais. Restando aos demais interessados em trabalhar no ramo dos quadrinhos, poucas oportunidades. Tendo o roteiro como seu calcanhar de Aquiles, historicamente comprovado. Os Quadrinhos Nacionais e seus autores talentosos e de inegável qualidade artística necessitam, urgentemente, de abordagens gerenciais para tornar-se minimamente sustentáveis. Lançar-se e permanecer de pé em um mercado ocupado pela ação dos syndicates.
Tendo o roteiro como seu calcanhar de Aquiles, historicamente comprovado. Os Quadrinhos Nacionais e seus autores talentosos e de inegável qualidade artística necessitam, urgentemente, de abordagens gerenciais para tornar-se minimamente sustentáveis. Lançar-se e permanecer de pé em um mercado ocupado pela ação dos syndicates. ABSTRACT - This article aims to stimulate the discussion about the influence of the syndicate on national comic production. It was searched in different texts, on concepts and operational definitions about the Syndicate and its possible influence, historical, market, negative or not, in relation to the comics produced and sold in Brazil. Keywords: Syndicate; Comics; Editorial Board. RESUMEN - El presente artículo tiene por objetivo estimular la discusión acerca de la influencia del sindicato sobre la producción nacional de cómics. Se buscó en diferentes textos, sobre conceptos y definiciones operativas acerca del Syndicate y su posible influencia, histórica, mercadológica, negativa o no, en relación a los cómics producidos y vendidos en Brasil. Palabras clave: Syndicate; Cómics; Mercado Editorial.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BATISTA, P. C. S; PAIVA, T. A.; RAMOS, R. R. CORRÊA. P. C. H.; OLIVEIRA, L. G. L.; As Nuances Contratuais da Indústria Criativa: o Caso dos Quadrinhos no Ceará. In: Enanpad, 33. 2009, São. Anais... São Paulo: Anpad, 2009; DANTON. G. O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos. 2009. Disponível em <http://roteiroquadrinhos.blogspot.com.br/2009/08/o-roteiro-nas-historias-em-quadrinhos.html> Acessado em 21/04/2017, às 10:50; _____. ___; Manticore - Análise do Processo de Criação de Uma Graphic Novel.2009. Disponível em<http://roteiroquadrinhos.blogspot.com.br/2009/07/manticore-analise-do-processo-de.html> Acessado em 15/04/2017, às 21:10; FERNANDES, Florestan. Capitalismo Dependente e as Classes Sociais na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981; FREITAG, Barbara (1996), “Florestan Fernandes Por Ele Mesmo”, Estudos Avançados, São Paulo, 10(26): 129-72, jan./abr.; GONÇALO Junior. O mito de Copyright Kid. 2006. Disponível em <http://www.bigorna.net/index.php?secao=guerradosgibis&id=1156731207> Acessado em 25/04/2017, às 17:39; PEREIRA, J. R. O Mangá dos X-Men e as Editoras Brasileiras. Animax – o Máximo em Animação Japonesa. Ed. 09. São Paulo: Editora Magnum. 1996; GUIMARÃES R. Muito Além dos Desenhos: Bom Roteiro é o Segredo dos Quadrinhos. In Boletim Universo EAD. Senac São Paulo ano 9 edição 81. 2013. Disponível em <http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a20240.htm&subTab=00000&uf=&local=&testei ra=2045&l=&template=2029.dwt&page=boletim&unit=> Acessado em 21/04/2017, às 08:33;
BRAINSTORMING
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO QUADRINISTA AMADOR
Por Frank Delmindo (jcfrank@hotmail.com)
Questão simples e direta resulta em brainstorming, revelador das dificuldades do batalhador da nona arte. Dezenas de perfis convergiram para uma postagem em página de rede social. Quando abordado por meio de pesquisa qualitativa, do Universo dos 58 Comentários postados, surgem padrões do entrevero da produção amadora de quadrinhos no Brasil, como visto na Tabela 01 (abaixo):
TABELA 01 Dificuldade Expressada
Quantidade de Citações Falta do serviço de edição profissional para autores de quadrinhos. 02 Preguiça. 03 Perfeccionismo. 06 Maior Qualidade Autoral. 02 Desânimo. 04 Preferência do público pela leitura gratuita via internet. 01 Produção dos Roteiros. 04 Detalhes na produção da própria mídia Quadrinhos (PC em travamento, transferir arte de papel para 18 PC, colorir, Arte finalizar, narrativa, perspectiva, cenário, retículas, anatomia, etc.). Impaciência. Produção solitária (sem ajuda). Acúmulo de funções para autores (criar, divulgar, distribuir, atrair, marketing). Falta de tempo para produzir. Retorno Financeiro Quase Nulo da atividade Quadrinheira.
01 05 05 17 12
Salta a vista a condição amadora do quadrinheiro brasileiro. Ainda assim, três dificuldades destacam-se: a) o próprio produzir Quadrinhos (com 18 citações); b) falta de retorno financeiro (12 citações); e c) falta de tempo para produzir (17 citações). Partindo da premissa de que, por tratar-se da mesma atividade, existe, na atividade dos quadrinheiros amadores, certo inter-relacionamento de cada uma destas dificuldades elencadas. Tantas dificuldades em finalizar os Quadrinhos, por certo, resultam em um produto com bem menos possibilidades de cair no gosto de possíveis consumidores. Isto, quando a falta de tempo permite oportunidades de ser produzido. O Que Falta Aos Quadrinistas Brasileiros – Por tratar-se de uma forma de arte multifacetada, onde: a) desenhos e sua narrativa gráfica subjacentes; b) texto e ritmo literário, para o qual faz-se indispensável a mínima preparação literária. Além dos; c) serviços de um editor profissional de quadrinhos; d) e da monetização da atividade de autor quadrinista, com o consequente retorno financeiro, a possibilitar empenho e dedicação adequados.
Hello, friend. Estou começando esta ideia e ver até onde ela vai. Pra quem não me conhece, desenho desde criança e sempre achei (sonhei?) que um dia iria me tornar um desenhista, artista... Aos 18 anos consegui um certo reconhecimento desenhando duas edições da revista brasileira do Mega Man. Desde então trabalhei em uma editora alguns anos, casei, tive filho, separei... Experimentei um pouco do mundo adulto e da vida real. Hoje, às vésperas de completar 37 anos (!) estou trabalhando em um emprego "normal" somente pra pagar as contas. Não sobra muito tempo (até mesmo ânimo) pra me dedicar aos desenhos. Fiquei mais de uma década longe do papel, rabiscando raramente. Mas sinto que ainda resta uma pequena fagulha de criatividade escondida dentro de mim, querendo voltar a queimar e iluminar as minhas noites escuras. Com o apoio de vocês de repente posso me dedicar exclusivamente à arte. E viver disso. O grande incentivo que espero conseguir de algumas (centenas de) almas caridosas vai me dar mais tempo para produzir material de qualidade e (quem sabe) me dedicar a outros projetos realmente profissionais. Ficarei mais perto (de novo) de realizar meu sonho de criança. Faça-me desenhar! ROGERIO HANATA (02/05/17)
https://apoia.se/apoiahan
GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS Cod:N1387371057615
Autor(es) DYLAN MORAES
R$33,29 E-book Não Disponível Sinopse “Ah, se, quando comecei nesta carreira lá atrás, eu soubesse de tudo o que eu sei hoje, tantos e tantos anos depois”. Tal frase já percorreu os pensamentos de muitos autores, das mais diversas mídias, como o Cinema, Música, Teatro, etc., chegando até a escapar-lhes pelos lábios. Um pensamento utilitarista a seguir seria “alguém poderia escrever um livro, mostrando o ponto de partida e opções para quem gosta e quer trabalhar como autor”. Pois GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS é este livro.
Infomações e descrição da obra Categoria(s): Administração e Negócios Idioma: Português Edição/Ano: 2013 Número de páginas: 218 Peso: 288 Tipo de Capa: Capa cartão Acabamento: Brochura sem orelha Papel: Offset 75g Formato: 14 x 21 cm Miolo: Preto e branco
ACESSE E COMPRE EM http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1387371057615
MATÉRIA DE CAPA
BLADE RUNNER E A MAIS VALIOSA FERRAMENTA DO EMPREENDEDORISMO por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com) DISCLAIMER: Blade Runner are trademarks or registered trademarks of their respective owners and/or for journalistic, educational and historical purposes with no infringement intended or implied Blade Runner TM and © Warner Bros. Distribution The Ladd Company Sir Run Run Shaw .
SPOILERS A SEGUIR:
Empreendedor: Rick Deckard; Concorrentes: andróides Replicantes Nexus-6; Mercado de atuação: Los Angeles no ano 2019; Motivações do Empreendedor: após condução coercitiva até edificação da Polícia, o ex-policial Deckard se vê ameaçado por seu antigo chefe, se não localizar e aposentar (eufemismo para assassinar) os concorrentes Nexus-6. Deckard também envolve-se amorosamente com uma das replicantes-alvo, chamada Raquel, terminando por tentar preservá-la;
A exemplo de Deckard, todo empreendedor pode ser considerado um trabalhador do conhecimento, designação de todo profissional que utiliza a informação como insumo, combina-a com seu conhecimento individual e gera nova informação como produto de sua atividade. Para Rodrigues & Blattmann (2014) apud Costa (2003), a informação é concebida como matériaprima para gerar o conhecimento. A informação é importantíssima, mas perde em
A informação é importantíssima, mas perde em relevância para quem pode utilizá-la, concedendolhe novos contornos e utilizações. Molina (2008) corrobora e percebe a “informação como insumo para inovação e competitividade (...)” afirmando ser “o homem o ‘recurso’ mais importante nesse processo.” O empreendedor, como conceituado por Schumpeter (1988), realiza um processo de ‘‘destruição criativa, através da qual produtos ou métodos de produção existentes são destruídos e substituídos por novos”. Semelhante ao trabalhador do conhecimento. Empreendedores terminam por garimpar dados e informações úteis em suas atividades. Quando pesquisam sobre formas de controlar melhor o fluxo de caixa de seus negócios. Até um simples pesquisar acerca de melhores matériasprimas para utilizar em seu ramo de atividade (serviços, produto, etc.).
A tarefa do Empreendedor – consiste em manipular e transformar as informações existentes em produto ou aplicabilidade atendendo às necessidades que provocaram essa atividade.
Chuva intermitente, prédios colossais, e a ameaça de humanos artificiais: o futuro previsto no filme Blade Runner – Caçador de andróides.
A informação é importantíssima, mas perde em relevância para quem pode utilizá-la, concedendolhe novos contornos e utilizações. Molina (2008) corrobora e percebe a “informação como insumo para inovação e competitividade (...)” afirmando ser “o homem o ‘recurso’ mais importante nesse processo.” O empreendedor, como conceituado por Schumpeter (1988), realiza um processo de ‘‘destruição criativa, através da qual produtos ou métodos de produção existentes são destruídos e substituídos por novos”. Semelhante ao trabalhador do conhecimento. Empreendedores terminam por garimpar dados e informações úteis em suas atividades. Quando pesquisam sobre formas de controlar melhor o fluxo de caixa de seus negócios. Até um simples pesquisar acerca de melhores matériasprimas para utilizar em seu ramo de atividade (serviços, produto, etc.).
A tarefa do Empreendedor – consiste em manipular e transformar as informações existentes em produto ou aplicabilidade atendendo às necessidades que provocaram essa atividade.
em produto ou aplicabilidade atendendo às necessidades que provocaram essa atividade. Estando o resultado dependente da originalidade em transformar insumos e gerar novas informações. Resultando nas decisões, análises, planejamento ou manuais práticos. Em seu empreendimento, de localizar e eliminar os replicantes, Deckard utiliza ferramentas: o teste de empatia Voight-Kampff; um software para analisar as fotos colhidas no apartamento do replicante Leon; o apoio de outros policiais (caronas em spinner, veículo voador futurista) e informações privilegiadas fornecidas pela própria polícia (como nos dados completos sobre todos os replicantes, e nos homicídios) de J. F. Sebastian e Eldon Tyrell. O modus operandi exibido por Deckard enquanto perambula pelo futuro escuro e chuvoso de Blade Runner combina à perfeição com as atividades do trabalhador do conhecimento, a saber :aquisição, criação, produção e aplicação de informações. Tudo alcançando a transformação do conhecimento utilizado pelo indivíduo em novo saber. A atender objetivos da missãoempreendimento. Rodrigues & Blattmann (2014) apud Davenport (2000, p. 173) consideram a
empreendimento. Rodrigues & Blattmann (2014) apud Davenport (2000, p. 173) consideram a utilização da informação, como “etapa mais importante desse processo, uma vez que todos os esforços das demais etapas convergem e se justificam para proporcionar o uso da informação em seu contexto organizacional.”
Relatório completo sobre os concorrentes no mercado de atuação...
Cada vez mais, informações precisam ser apreendidas e analisadas, pois destas interpretações surgem as melhores práticas para a atividade empreendedora. Não apenas pela disponibilidade imensa de conhecimento na atual época informacional.
... transporte exclusivo em veículos oficiais...
... acesso a rede de informação operacional da polícia...
O caçador de andróides da Los Angeles futurista comprova a Informação, como mais valiosa ferramenta do Empreendedorismo. Sendo seu processamento e correta aplicação, as etapas de maior importância da atividade de empreender.
... e o teste de empatia que diferencia humanos de replicantes..
Afinal, quando, no mundo real, um concorrente lhe estenderá a mão, a poucos instantes de desfalecer, e o salvará do abismo?
Todas fontes de informação para o empreendedor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOLINA, L. G. Portais Corporativos: Tecnologias de Informação e Comunicação Aplicadas à Gestão da Informação e do Conhecimento em Empresas de Tecnologia de Informação. Marília: UNESP, 2008; Rodrigues C.; Blattmann U. Gestão da informação e a importância do uso de fontes de informação para geração de conhecimento. In Perspectivas em Ciência da Informação, v.19, n.3, p.4-29, jul./set. 2014;
O AUTOR EMPREENDEDOR Produza, divulgue e comercialize obras variadas e seja um(a) autor(a) de sucesso por Dylan Moraes Sinopse Apertados pelas pessoas e suas expectativas a nosso respeito, pelas condições ou necessidades apresentadas pela vida, e principalmente por posturas pessoais, sejam aceitas por nós mesmos ou impostas pelo ambiente, a incentivar ou limitar a busca por nossos sonhos ou profissões almejadas, terminamos por “deixar a vida nos levar”. Aceitamos o que nos é imposto. Não lutamos. Conformamo-nos. Quando o indivíduo possui um dom, algo de destaque em seu ser, tal conformismo pode chegar a ser prejudicial. Comum é o sentir-se como a ave presa na gaiola, o peixe fora d´água, uma criatura separada daquilo que a define. Tal condição de não adequar-se à vida independe de sua situação financeira, classe social, nível de escolaridade, sexo ou idade. Nas sociedades de consumo, o indivíduo costuma ser medido pelo montante de valores que produz. Contudo, ao atuar naquilo que ama, qualquer autor (a) realiza sua dimensão autoral e, se for mesmo este o seu sonho e maior objetivo, a auto realização pessoal e felicidade será automática. Se não for assim, então aquela forma de arte, prática esportiva ou profissão específica não era tão valiosa assim para esta pessoa. O conteúdo aqui presente busca formar o Autor Empreendedor, uma figura consciente das demandas presentes na profissão ou atividade autoral escolhida, focada no estabelecimento de metas e realização de objetivos, e sempre buscando aprender o necessário para atingir o sucesso. Leia um trecho Versão impressa
por
R$ 27,90
Categorias: Comercial, Artista Individual, Artes Gráficas, Educação, Artes, Administração Palavras-chave: autor, cinema, empreendedor, empreendedorismo, escultura, literatura, mangás, quadrinhos
Características Número de páginas: 152 Edição: 1(2015) Formato: A5 148x210 Coloração: Preto e branco Acabamento: Brochura c/ orelha Tipo de papel: Offset 75g Acesse e compre: https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo
Hello, friend. Estou começando esta ideia e ver até onde ela vai. Pra quem não me conhece, desenho desde criança e sempre achei (sonhei?) que um dia iria me tornar um desenhista, artista... Aos 18 anos consegui um certo reconhecimento desenhando duas edições da revista brasileira do Mega Man. Desde então trabalhei em uma editora alguns anos, casei, tive filho, separei... Experimentei um pouco do mundo adulto e da vida real. Hoje, às vésperas de completar 37 anos (!) estou trabalhando em um emprego "normal" somente pra pagar as contas. Não sobra muito tempo (até mesmo ânimo) pra me dedicar aos desenhos. Fiquei mais de uma década longe do papel, rabiscando raramente. Mas sinto que ainda resta uma pequena fagulha de criatividade escondida dentro de mim, querendo voltar a queimar e iluminar as minhas noites escuras. Com o apoio de vocês de repente posso me dedicar exclusivamente à arte. E viver disso. O grande incentivo que espero conseguir de algumas (centenas de) almas caridosas vai me dar mais tempo para produzir material de qualidade e (quem sabe) me dedicar a outros projetos realmente profissionais. Ficarei mais perto (de novo) de realizar meu sonho de criança. Faça-me desenhar! ROGERIO HANATA (02/05/17)
ACESSE E APÓIE https://apoia.se/apoiahan