ANO I I Julho – 2017 N.º 17
ENTREVISTA: PEDRO PONZO DO ARTE DOS QUADRINHOS QUADRINISTA BRASILEIRO: A VENDA DE PRINTS EM EVENTOS PREJUDICA OS QUADRINHOS INDEPENDENTES?
ENTREVISTA
PEDRO PONZO DALPHORNO
ALEP – Qual sua praia na produção de quadrinhos? Roteiro, desenhos? Olá, tudo bem? A minha praia é a produção de quadrinhos. Eu trabalho em todas as etapas, desde o roteiro, desenho, arte-final, colorização. Trabalho também com web design, na publicação digital dos quadrinhos.
ALEP - Observando a cena atual e os panoramas pregressos da cena quadrinheira nacional, fica a impressão de desembarque de tropas no meio de um conflito? Como autor, você pode citar quais os maiores desafios para o quadrinista brasileiro? O maior desafio é sem dúvida o mercado, pois a perspectiva financeira dos autores de quadrinhos é sempre um tanto nebulosa. Outro grande problema é o da educação. Muitos artistas fazem quadrinhos sem entender direito certos fundamentos, e isso compromete a qualidade das obras. Há poucas escolas especializadas, e os cursos podem ser caros e escassos, concentrados nos grandes centros urbanos. Esses dois problemas estão ligados um ao outro. Não há educação em quadrinhos formalizada no Brasil porque não há mercado bem estabelecido para os artistas. ALEP – Alguma idéia ou abordagem para enfrentar a vulnerabilidade econômica, inerente aos quadrinheiros nacionais independentes, ao longo de todas as fases de produção das hq’s brasileiras? Ou a solução continua sendo ter emprego “normal”, espremendo a atividade produtiva nos intervalos da rotina semanal? A produção independente de quadrinhos, como o próprio nome sugere, não garante um adiantamento financeiro pelas páginas produzidas. Isso significa que, enquanto o autor está produzindo, ele precisa se responsabilizar financeiramente por si mesmo. Existem várias formas de fazer isso, sendo as mais comuns ter um emprego, ou ser ilustrador freelancer, e produzir HQs nas horas vagas. Essas duas opções forçam o artista a um alto grau de organização pessoal
por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)
enquanto o autor está produzindo, ele precisa se responsabilizar financeiramente por si mesmo. Existem várias formas de fazer isso, sendo as mais comuns ter um emprego, ou ser ilustrador freelance, e produzir HQs nas horas vagas. Essas duas opções forçam o artista a um alto grau de organização pessoal e renúncia de tempo livre que as pessoas “normais” usam para família, diversão, etc. Outra opção é você fazer uma economia e passar um período “sabático” se dedicando apenas às HQs. Essa opção pode ser mais difícil, mas é possível. O problema é que isso é apenas o “enquanto” você está produzindo. “Depois”, não há garantias de quanto dinheiro você vai ganhar, nem de quanto tempo vai demorar para você ganhar, ou seja, é uma atividade totalmente incerta do ponto de vista financeiro. ALEP – Como conquistar os leitores brasileiros, acostumados aos quadrinhos estrangeiros republicados? R – Fazendo melhor do que os quadrinhos estrangeiros republicados. ALEP – Quadrinheiros independentes costumam queixar-se do acúmulo de funções (divulgação, vendas, impressão) adicionadas em sua produção autoral. Você confirma? Sim. Ser autor independente é acumular todas as funções de uma editora, às vezes numa pessoa só. ALEP – Estrangeirismos (Nome da obra, nome dos personagens na língua inglesa ou japonesa, tramas ambientadas em Tóquio ou New York) presentes nos quadrinhos nacionais atrapalha ou ajuda? O que importa é uma boa história. Utilizar estrangeirismos, ou ser nacionalista, não faz uma HQ ser melhor ou pior. Acredito que o importante é a qualidade, uma boa trama, um desenho bem resolvido, uma narrativa fluida e interessante. Existem muitos temas nacionais que podem ser ótimas inspirações, mas o simples fato de ser nacionalista não
ser melhor ou pior. Acredito que o importante é a qualidade, uma boa trama, um desenho bem resolvido, uma narrativa fluida e interessante. Existem muitos temas nacionais que podem ser ótimas inspirações, mas o simples fato de ser nacionalista não vai fazer o quadrinho ser melhor ou pior. A vantagem que há nisso é que podemos ter um contato mais direto com as referências, com a cultura, olhar de perto e sentir na pele a cidade, o ambiente, as pessoas. Acredito por isso ser um bom ponto de partida, traduzir a experiência de vida no Brasil, na arte dos quadrinhos. Mas nada impede que temas estrangeiros também levem a excelentes histórias. Na minha opinião o artista deve ser fiel a seu próprio ponto de vista, e criar com liberdade, qualquer tema que quiser.
ALEP – Á vontade para divulgar projetos atuais, futuros, sites, e-mails: Opa, valos lá! Convido todos a conhecerem o meu site, onde publico as minhas HQs “Clã das Açougueiras” e “A Cidade de Alex”. Também é um blog onde dou dicas de quadrinhos para artistas: www.artedosquadrinhos.com.br Tenho um canal no YouTube onde dou dicas e converso sobre desenho e quadrinhos: https://www.youtube.com/channel/UCcCsRS6YDbSaPnYIvE_mp7g Minha página no Facebook: https://www.facebook.com/artedosquadrinhos/ Meu Instagram: https://www.instagram.com/pedro_ponzo/?hl=pt-br É isso aí! Obrigado pela oportunidade, adorei fazer a entrevista. Até mais! :D A ALEP agradece a Pedro Ponzo pela entrevista cedida.
OPINIÃO
FLOPAGENS EM SUA LEITURA DE MANGÁS por Fábio Gesse Dalphorno (estudioarmon@hotmail.com)
Há alguns anos, eu buscava, pesquisava, baixava e lia todo e qualquer mangá novo que surgisse na Shonen Jump. Eu era um verdadeiro “jumpeiro”, daqueles que acompanhava as “TOCs” (Table of Contents, os rankings de popularidade das antologias japonesas), analisava as novas estreias, os possíveis cancelamentos, o desempenho de cada um daqueles mangás e me sentia orgulhoso quando meus favoritos ficavam na crista da onda! E eu lia... Como eu lia! Tudo que saísse naquela bendita revista, eu estava lendo! Acho que eu esperava aquela sensação de ter lido um grande sucesso desde antes de ele virar um sucesso, mas nessa, eu acabava lendo até os fracassos iminentes. Com o tempo, fui cansando de ler tudo, já que a grande maioria das histórias acabava se tornando repetitivas. Pode ter sido meu gosto que mudou ou a qualidade das séries. Mas o fato é que quando se lê muita coisa, você acaba reparando certos padrões e clichês, sabendo exatamente onde aquela série vai dar. Imagine então, quando se lê uma nova série de um autor já famoso por outra obra. É praticamente impossível não comparar a atual com a anterior! Conforme esse tempo passava, fui reparando alguns motivos que causam esse excesso de flopamento dos leitores em relação a essas séries e não estou falando só da Shonen Jump, mas de mangás em geral. Eu listei esses motivos aqui embaixo, vamos ver se vocês concordam.
a essas séries e não estou falando só da Shonen Jump, mas de mangás em geral. Eu listei esses motivos aqui embaixo, vamos ver se vocês concordam. 1 – Excesso de Clichês – Se o personagem masculino escorrega, é praticamente certeza que ele vai cair nos peitos de uma garota. Isso é a lei da física nos mangás shonen. Aliás, os protagonistas sempre são bobocas e corajosos, com visuais estilosos. Quando eu acompanhei Love Hina pela primeira vez, eu achei aquilo o máximo! Depois veio Ichigo 100%, Negima, Nisekoi e ... Todos me pareciam iguais! Digo, as cores e formatos dos cabelos de cada um, eram diferentes, mas todos tem as mesmas cenas! Acampamentos, viagens para Osaka, ficar preso dentro do ginásio com seu par perfeito, ver os fogos ou ir num festival de quimono. Será que os mangakás não se tocam de que são sempre as mesmas cenas? Se você começou a ler esse gênero por Nisekoi, vai curtir mas vai achar os outros muito chatos. Os shonens de batalha também possuem seus clichês cansativos, como a cena de sacrifício de um amigo pelo protagonista, ou o arco de treinamento. Sempre tem! E esses clichês precisam estar presentes, já que fazem parte da construção de uma história, mas eles precisam ser minimamente criativos e importantes para o crescimento da história, para não parecer uma fórmula genérica que o autor colocou ali apenas para cumprir a cota de clichês. 2 – Muita coisa pra ler – Aí você encontra um novo mangá que parece interessante, mas nem é tão bom assim, mas você está lendo ao mesmo tempo, One Piece, Naruto, Fairy Tail e mais uma
2 – Muita coisa pra ler – Aí você encontra um novo mangá que parece interessante, mas nem é tão bom assim, mas você está lendo ao mesmo tempo, One Piece, Naruto, Fairy Tail e mais uma penca de mangás famosos. Vai ter tempo de ler o Harapeko no Marie que acabou de estrear e tá bambeando nas cordas sebosas? No começo você até arranja tempo, mas se a história não der um loop de qualidade, dificilmente você vai perder tempo lendo, já que existem dezenas de milhares de outros mangás, sedentos a espera dos seus olhos famintos. 3 – Falta de inovações – Vai ter uma estreia na Shonen Jump? Do que se trata? Um cara normal que ganha poderes e luta contra outros caras com poderes. Existe uma infiniteza de mangás que se resume nessa simples frase. O cúmulo de um mangá sem inovação é apresentar algo que pode ser resumido numa frase genérica. É impossível contar quantos mangás apresentam personagens que ganham poderes e lutam. A temática pode até mudar, mas a premissa é a mesma de vários outros! Também tem aquela premissa nada criativa de crianças serem convocadas para lutarem dentro de robôs gigantes. Ou também aquela do protagonista idiota rodeado de garotas bonitas. E nem me façam comentar sobre aquele plot apresentando caçadores de demônios porque isso já está saturado pra mim. Falta criatividade, como a apresentada no ótimo The Promissed Neverland, que estreou há pouco tempo na Jump, ou Dr. Stone também, que é bastante diferente do que estamos acostumados. Fazer uma história diferente do comum, é uma escolha e quando você vê algo “generi-kun”, o desanimo é quase certo. 4 – Falta de acesso – Esse problema é mais para pessoas de fora do país do Sol nascente, já que muitas vezes dependemos de scans na internet para ler aquele novo mangá. Nem sempre existem grupos scanlators dispostos a pegar aquela nova série que tem cheiro de cancelamento e mesmo que chame sua atenção, corre o risco de ler dois ou três capítulos e ficar por conta.
Ou você aprende inglês e japonês, ou esquece seu mangá. Até hoje me lembro de alguns que fui forçado a flopar por falta de scans e traduções. Gostava tanto de Cross Manage e Ole Golazo. Metallica Metalluca era a coisa mais boba e clichê do mundo, mas ler 11 de 15 capítulos e ter que parar faltando 4 por falta de scans, é o cúmulo da falta de completude. Até hoje me lembro de alguns que fui forçado a flopar por falta de scans e traduções. Gostava tanto de Cross Manage e Ole Golazo. Metallica Metalluca era a coisa mais boba e clichê do mundo, mas ler 11 de 15 capítulos e ter que parar faltando 4 por falta de scans, é o cúmulo da falta de completude. 5 – Amadurecimento critico – Talvez esse seja o grande e principal motivo do flopamento de mangás por parte dos leitores. Quando você assiste muitos filmes, acaba aprendendo muito sobre aquela mídia e consegue facilmente reconhecer o que é bom e o que foi feito nas coxas. A mídia dos quadrinhos não é diferente. Ainda se você lê muitos estilos diferentes, tudo bem, mas caso se especialize em ler apenas mangás japoneses, inevitavelmente você aprende sobre narrativa, traço, ângulo de cena, jogos de roteiro e tantos outros aspectos que você nem repara que tá analisando. Então se você ler algo minimamente genérico, vai ter aquele pensamento “eu já li isso aqui” e vai começar a desanimar. Não somos obrigados a ler mangás genéricos ou desinteressantes e quando você já leu obras o suficiente pra enxergar isso no começo de uma série nova, é melhor flopar. A fase “jumpeiro” consumidor de tudo é passageira. Todo ser humano que já teve essa fase, com certeza possui dezenas de flopagens em sua lista de leitura porque tem umas obras japonesas que simplesmente não dá pra entender como foram aprovadas. Quando for ler algo novo, fique atento a esses 5 aspectos que comentei e pese na balança se vale a pena continuar a leitura ou flopar de vez.
BRAINSTORMING
PRINTS EM EVENTOS PREJUDICAM A VENDA DOS QUADRINHOS? ENFRENTADAS Por Frank Delmindo (jcfrank@hotmail.com) Presença cada vez mais constante em eventos da cultura pop/nerd/geek, os prints são impressos retratando personagens conhecidos de animes, cinema, quadrinhos e representam uma demanda mercadológica real de seus consumidores, em geral dos frequentadores dos eventos de cultura pop. Contudo, polêmicas tem sido alimentadas em blogs, sites e perfis de rede social, sobre a predileção dos compradores pelos prints estar prejudicando outra presença constante em eventos pop. Os quadrinhos nacionais independentes. Do Universo dos 73 Comentários postados, surgem padrões reveladores da disputa ideológicacomercial entre prints e quadrinhos brasileiros independentes, ressalta-se no âmbito dos eventos da cultura pop. Como visto na Tabela 01 (abaixo):
TABELA 01 Opinião Expressada
Quantidade de Citações Alguns quadrinheiros temem a concorrência mercadológica dos prints com suas hq’s independentes. 03 Prints de personagens próprios ou de obras já em domínio público, não são tidos por pirataria. 02 Vender prints retratando personagens pertencentes a terceiros é pirataria. 03 A venda de prints com personagens famosos, de terceiros, faz parte do leque de possibilidades 01 promocionais de um desenhista-quadrinheiro, O incômodo de autores que veem as vendas de seus trabalhos autorais inferiores às vendas de prints. A impossibilidade de adestrar consumidores ao consumo obrigatório de quadrinhos nacionais. Diferença entre impressão de arte no suporte papel e em outros tipos de produtos. Erro proibir a venda de prints nos eventos. Um personagem de terceiros retratado no traço personalíssimo de determinado desenhista possui mérito artístico e grande valor para o público comprador. Venda de prints como continuidade do consumo, dos fãs de personagens da cultura pop.
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Continuação da tabela anterior Prints tem margens de retorno elevadas e produção rápida, quando comparadas aos demorados e menos lucrativos quadrinhos independentes. Quadrinhos tem valor monetário de importação para outros mercados editoriais consumidores, o que não pode ser feito (ao menos não legalmente) com personagens de terceiros, retratados nos prints. A venda de prints são negócios, justificáveis para manutenção da atividade autoral. Implicância com a venda de prints seria tolice, romantismo, ideologia, visão anticomercial. Junto aos quadrinhos, os prints formariam um combo de vendas, potencializando as saídas de ambos os produtos. Prints como forma de promoção do autor, e não apenas um produto de maior saída e lucratividade.
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O valor de mercado dos prints mostrou-se inconteste, seja como atendimento da demanda genuína de seus respectivos consumidores. Ou por apoiar a atividade quadrinheira nacional, com margens de lucro consideradas maiores e de retorno rápido. O autor nacional de quadrinhos aparentou já ter constatado a oportunidade representada pela exploração dos prints. Mantendo a consciência da inerente ilegalidade de se praticar tal venda. Ao abordar personagens da cultura pop nos prints, os desenhistas nacionais parecem estar, apenas e tão somente, dando continuidade ao consumo por parte dos respectivos compradores de prints, dos personagens e caracteres tão apreciados, em seu costumeiro apreço pela cultura pop. Fica a constatação para os organizadores de eventos da cultura pop, do atrito entre o aspecto puramente comercial dos referidos eventos, e a mentalidade autoral nacional, ainda pouco direcionada para o produto enquanto aspecto prático da arte.
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MATÉRIA DE CAPA
DARK KNIGHT E MAN OF STEEL EMPREENDEDORES SOCIAIS? EMPREENDEDORISMO
por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)
DISCLAIMER: Batman The Dark Knight Superman Man of Steel are trademarks or registered trademarks of their respective owners and/or for journalistic, educational and historical purposes with no infringement intended or implied Batman The Dark Knight Superman Man of Steel TM and © Warner Bros. Legendary Pictures. Syncopy Films. DC Comics.
SPOILERS A SEGUIR:
Empreendedores: Batman e Superman; Concorrentes: Criminosos de Gotham City; Invasão Alienígena oriunda do planeta Kripton; Mercado de atuação: Realidades ficcionais dos respectivos personagens; Motivações dos Empreendedores: após anos combatendo o crime em sua cidade, o vigilante encapuzado Batman forma aliança com o policial James Gordon e o Promotor de Justiça Harvey Dent, para dar cabo de vez do crime organizado em Gotham City; Tendo sido criado no planeta Terra, o alienígena Kal-L escolhe defender os terráqueos, contra a tentativa de terra formação (e consequente extinção da raça humana) iniciada por invasores kriptonianos. Mal as pessoas tinham compreendido do que se tratava empreender, agora surge o Empreendedorismo de vertente social, tratandose da “iniciativa de implementar novos negócios (...) transformar uma realidade em que se está inserido, como ajudar um certo grupo de pessoas, uma comunidade, uma classe social, sem visar (tão somente) o lucro monetário, mas sim algo de valor muito maior, um conhecimento adquirido, uma
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(...) transformar uma realidade em que se está inserido, como ajudar um certo grupo de pessoas, uma comunidade, uma classe social, sem visar (tão somente) o lucro monetário, mas sim algo de valor muito maior, um conhecimento adquirido, uma ajuda, um auxílio e com isso conseguir tornar as pessoas e a comunidade melhor”. Tiscoski et all (2013) conceituam empreendedorismo social como o empreender: Pautado na criação de valor social e na introdução de inovações de metodologia, serviços ou produtos, as quais gerariam uma transformação social. A inserção da dimensão econômica e da lógica de mercado abriu novas possibilidades para atuação das organizações que até então contemplavam uma única dimensão (social ou econômica). Neste sentido, surgem novos termos para caracterizar iniciativas que operam na lógica de mercado, porém com objetivos de geração de valor social: empresas sociais, negócios sociais e negócios inclusivos. Como nos afirma Eisner (2013), os Super-heróis “são característicos da cultura norte-americana”. Personagens icônicos da cultura pop mundial, tais como Batman e Superman seriam possíveis exemplos de empreendedores sociais? Segundo DORNELAS (2014) empreender está diretamente ligado a atitudes criativas e inovadoras,
Personagens icônicos da cultura pop mundial, tais como Batman e Superman seriam possíveis exemplos de empreendedores sociais? Segundo DORNELAS (2014) empreender está diretamente ligado a atitudes criativas e inovadoras, que também envolve a capacidade de organizar e obter recursos”. Empreendedorismo é “o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades”.
Na Wikipedia (2017), empreendedor social visa à maximização do capital social (relações de confiança e respeito) existente para realizar mais iniciativas, Para tanto utiliza técnicas de gestão, inovações produtivas, técnicas de manejo sustentável de recursos naturais e criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem a melhoria da condição de vida das pessoas envolvidas e beneficiadas, através da ação dos empreendedores sociais externos e internos a comunidade.
encapuzado Batman forma um triunvirato com o policial James Gordon e o Promotor de Justiça Harvey Dent, no combate ao crime em Gotham City.
Na obra fictícia, O personagem Batman age como um empreendedor social, pois “produz bens e serviços visando beneficiar a comunidade local e global, e tem seu foco na busca de soluções para os problemas sociais e as necessidades que a comunidade enfrenta. A medida de desempenho utilizada é o impacto e a transformação social gerados pela sua ação. O empreendedorismo social visa resgatar pessoas da situação de risco social e promove-las, gerando capital social, inclusão e emancipação social. A criminalidade descontrolada na fictícia Gotham City encontra no homem-morcego um empreendedor social, surgido “com o aumento de diversos fatores que afetam a sociedade, como as crises humanitárias e ambientais, e com a dificuldade do Estado (nesta comparação, representado pela ineficiência da segurança pública de Gotham) em conseguir atender a todas as necessidades sociais emergentes. Isso tem despertado iniciativas da sociedade civil (o vigilante Batman) na busca de alternativas que respondam as necessidades da mesma, que não são atendidas pelo Estado ou pelo mercado. Os empreendedores sociais atuam na criação de valores sociais através da inovação e da força de recursos financeiros, independente da sua origem, visando o desenvolvimento social, econômico e comunitário, na busca de melhorar a vida das pessoas que estão envolvidas” SCHMITT JUNIOR, A.; BEILER, G.; WALKOWSKI, M. 2011). Conforme Oliveira (2008) o empreendedorismo social, antes de tudo, trata-se de uma ação inovadora voltada para o campo social cujo processo se inicia com a observação de determinada situação-problema local, para a qual se procura, em seguida, elaborar uma alternativa de enfrentamento. Na realidade ficcional criada dentro do filme de Christopher Nolan, não apenas o vigilantismo, personificado pelo homemmorcego Batman, mas a união deste com atores sociais do poder judiciário, foi possível vencer os criminosos e pacificar a conflagrada Gotham City. No filme Man of Steel (2013. Direção: Zack Snyder. Produção: EUA - Reino Unido) o protagonista Superman/Kal-L é um alienígena do planeta Kripton, radicado na Terra, para cá enviado por seus pais biológicos kriptonianos, antes de Kripton explodir.
No filme Batman – O Cavaleiro das Trevas (Direção: Christopher Nolan; EUA - Reino Unido; 2008) o vigilante encapuzado Batman forma um triunvirato com o policial James Gordon e o Promotor de Justiça Harvey Dent, no combate ao crime em Gotham City.
Mas não antes do vilão General Zod e seus partidários aplicarem um golpe de estado, sendo sentenciados a prisão na Zona Fantasma, forma de aprisionamento etéreo, de onde escapam por ocasião da explosão planetária.
partidários aplicarem um golpe de estado, sendo sentenciados a prisão na Zona Fantasma, forma de aprisionamento etéreo, de onde escapam por ocasião da explosão planetária. Na Terra, kal-L é criado por um casal de humanos. Como não poderia deixar de ser, Zod e seus asseclas, após perambular pelo espaço, chegam na Terra, tomam conhecimento desta abrigar o filho de seu rival político no antigo Kripton (Jor-L, pai biológico do Superman). Zod e os kriptonianos sob seu comando, decidem terraformar o planeta Terra, convertendo-o em um novo kripton. Sendo confrontado por Superman e os militares humanos (dos Estados Unidos, somente). O protagonista Kal-L/Superman assemelha-se a um empreendedor social, segundo comparação com as definições de SCHMITT JUNIOR. A.; BEILER, G.; WALKOWSKI, M. (2011), devido a sua “forma de empreender, em que o empreendedor monta um negócio, onde o seu maior objetivo não é gerar lucro financeiro, mas buscar promover a qualidade de vida das pessoas que estão envolvidas, através da resolução de algum problema social existente. Ainda segundo os mesmos autores, “empreendedores sociais trabalham com uma gestão de maior risco, por isso tendem a ter maior tolerância em relação às incertezas, já que operam em um cenário mais dinâmico”:
Na página anterior, o cartaz de Dark knight. Nesta página, o cartaz de Man of Steel. desenvolvimento social, econômico e comunitário (SCHMITT JUNIOR, A.; BEILER, G.; WALKOWSKI, M. 2011).
O kriptoniano Kal-L, então radicado no Contam principalmente com proatividade e planeta terra, escolhe empreender socialmente, inovação em seu negócio, que é de grande ao lado das forças armadas do Estado-nação relevância considerando a atuação de uma ideia em (EUA) onde foi criado. O detalhe curioso, contra um contexto novo e inesperado. Os representantes de sua própria espécie natal, os empreendedores sociais criam valores sociais kriptonianos, chegando a aprisioná-los e através da inovação e da força de recursos assassinando seu líder, chamado Zod. financeiros, independente da sua origem, visando ao desenvolvimento social, econômico e comunitário (SCHMITT JUNIOR, A.; BEILER, G.; WALKOWSKI, M. 2011). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS O kriptoniano então radicado no planeta ideias em negócios. 5 ed. - Rio de Janeiro: Empreende / LTC, DORNELAS, J. C. A.Kal-L, Empreendedorismo: transformando 2014; terra, escolhe empreender socialmente, ao lado das forças armadas do Estado-naçãosocial: (EUA) OLIVEIRA, E. M. Empreendedorismo da onde teoria àfoi prática, do sonho à realidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008; criado. O detalhe curioso, contra representantes de SCHMITT A.;natal, BEILER, WALKOWSKI,chegando M.. Empreendedorismo Social e Responsabilidade Social: uma abordagem sua própriaJUNIOR, espécie osG.; kriptonianos, conceitual. Anais...VII Congresso Virtual de Administração. a aprisioná-los e assassinando seu líder, chamado 2011; https://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo_social; Zod. https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Dark_Knight; https://pt.wikipedia.org/wiki/Man_of_Steel_(filme);
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorism
O AUTOR EMPREENDEDOR Produza, divulgue e comercialize obras variadas e seja um(a) autor(a) de sucesso por Dylan Moraes Sinopse Apertados pelas pessoas e suas expectativas a nosso respeito, pelas condições ou necessidades apresentadas pela vida, e principalmente por posturas pessoais, sejam aceitas por nós mesmos ou impostas pelo ambiente, a incentivar ou limitar a busca por nossos sonhos ou profissões almejadas, terminamos por “deixar a vida nos levar”. Aceitamos o que nos é imposto. Não lutamos. Conformamo-nos. Quando o indivíduo possui um dom, algo de destaque em seu ser, tal conformismo pode chegar a ser prejudicial. Comum é o sentir-se como a ave presa na gaiola, o peixe fora d´água, uma criatura separada daquilo que a define. Tal condição de não adequar-se à vida independe de sua situação financeira, classe social, nível de escolaridade, sexo ou idade. Nas sociedades de consumo, o indivíduo costuma ser medido pelo montante de valores que produz. Contudo, ao atuar naquilo que ama, qualquer autor (a) realiza sua dimensão autoral e, se for mesmo este o seu sonho e maior objetivo, a auto realização pessoal e felicidade será automática. Se não for assim, então aquela forma de arte, prática esportiva ou profissão específica não era tão valiosa assim para esta pessoa. O conteúdo aqui presente busca formar o Autor Empreendedor, uma figura consciente das demandas presentes na profissão ou atividade autoral escolhida, focada no estabelecimento de metas e realização de objetivos, e sempre buscando aprender o necessário para atingir o sucesso. Leia um trecho Versão impressa
por
R$ 27,90
Categorias: Comercial, Artista Individual, Artes Gráficas, Educação, Artes, Administração Palavras-chave: autor, cinema, empreendedor, empreendedorismo, escultura, literatura, mangás, quadrinhos
Características Número de páginas: 152 Edição: 1(2015) Formato: A5 148x210 Coloração: Preto e branco Acabamento: Brochura c/ orelha Tipo de papel: Offset 75g Acesse e compre: https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo
Hello, friend. Estou começando esta ideia e ver até onde ela vai. Pra quem não me conhece, desenho desde criança e sempre achei (sonhei?) que um dia iria me tornar um desenhista, artista... Aos 18 anos consegui um certo reconhecimento desenhando duas edições da revista brasileira do Mega Man. Desde então trabalhei em uma editora alguns anos, casei, tive filho, separei... Experimentei um pouco do mundo adulto e da vida real. Hoje, às vésperas de completar 37 anos (!) estou trabalhando em um emprego "normal" somente pra pagar as contas. Não sobra muito tempo (até mesmo ânimo) pra me dedicar aos desenhos. Fiquei mais de uma década longe do papel, rabiscando raramente. Mas sinto que ainda resta uma pequena fagulha de criatividade escondida dentro de mim, querendo voltar a queimar e iluminar as minhas noites escuras. Com o apoio de vocês de repente posso me dedicar exclusivamente à arte. E viver disso. O grande incentivo que espero conseguir de algumas (centenas de) almas caridosas vai me dar mais tempo para produzir material de qualidade e (quem sabe) me dedicar a outros projetos realmente profissionais. Ficarei mais perto (de novo) de realizar meu sonho de criança. Faça-me desenhar! ROGERIO HANATA (02/05/17)
ACESSE E APÓIE https://apoia.se/apoiahan