ALEP MVP 014

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ANO I I Abril – 2017 N.º 14 ENTREVISTA: FÁBIO GESSE DALPHORNO COLETIVO ACTION HIKEN AUTOR EMPREENDEDOR: PLANO DE CONTAS


ENTREVISTA

FÁBIO GESSE DALPHORNO por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)

ALEP MVP - Você tem alguma veia artística? Escreve, desenha, faz pinturas rupestres com carvão e sangue de tiranossauro? Fábio Gesse Dalphorno - Eu não diria de tiranossauro, mas de pterodáctilo talvez. Haha! Bom, eu desenhei desde pequeno. Sempre sonhei em ser um desenhista e queria muito trabalhar para o Maurício de Souza. Meu sonho era ser um empregado de outra pessoa, veja só! Hahaha! Bom, com o tempo veio a vontade de criar minhas próprias histórias e percebi que eu ficava muito mais tempo elaborando o roteiro delas do que desenhando e foi exatamente nessa época que meu irmão mais novo começou a desenhar e ele era infinitamente melhor que eu, então acabei me dedicando a escrever histórias e gerenciar ideias de outras pessoas. Fora isso, pinturas rupestres? Bom, quem sabe um dia? ALEP MVP - Como atuante e interessado na atividade de coletivos de quadrinheiros amadores, o que você, pessoalmente, pensa em fazer para não ter o mesmo fim de tantos outros coletivos de mangakás e amadores, que surgiram, fizeram muito estardalhaço na cena autoral, porém, lamentavelmente, quase nada mudaram, de fato, na dita cena? Fábio Gesse Dalphorno - Bom, essa é uma pergunta que já me fizeram algumas vezes e de fato é algo que deve ser levado em consideração. Quando eu anunciei que faríamos essa revista, muita gente comentou que eu estava pisando numa jaca podre porque esse tipo de projeto nunca dá certo no Brasil. Eu acompanhei outras revistas de coletivo que não convém citar o nome e desde que me trouxeram esse projeto para cuidar, eu tentei estudar as antecessoras. Não posso dizer que estou certo na minha conclusão, mas segundo meus estudos de caso, o principal erro dessas revistas foi uma certa ansiedade em ganhar público e deixar se levar por ela. Coletivo quadrinheiro IMPRESSO no Brasil não

de caso, o principal erro dessas revistas foi uma certa ansiedade em ganhar público e deixar se levar por ela. Coletivo quadrinheiro IMPRESSO no Brasil não dá certo. Não ainda... Podemos ver que outras revistas quebraram por falta de verba para continuar suas atividades. Mas tinha uma revista que era online e perdurou por muito tempo na internet e só quebrou quando tentou passar para o impresso. Muita gente vem atrás da Action perguntando onde compra, mas de longe ainda não é o suficiente para podermos fazer uma publicação impressa. Então minha proposta é fazer uma revista online como um berço para novos artistas. Quem está começando, publica conosco, ganha mercado, bate asas e voa para o mercado preparado para cumprir prazos, manter uma disciplina constante. E enquanto isso, nossos leitores tem obras interessantes para ler mensalmente. Com isso, aos poucos vamos alcançando os leitores e crescendo degrau por degrau. Vocês não verão a Action tentar subir dois degraus de uma vez para alcançar uma revista impressa. Primeiro tem todo um planejamento de crescimento para depois pensarmos em alçar voos mais altos. ALEP MVP - Como aboliram as senzalas e o uso de açoites em nosso amado país, há algum tempo, já pensou em como estimular e fazer o amador quadrinheiro, sob suas asas, ultrapassar o hobbysmo e levar a carreira autoral a sério, produzindo com qualidade e cumprindo prazos? Fábio Gesse Dalphorno - Haha! Tenho que confessar que isso realmente tem sido um desafio. Praticamente todos os artistas presentes na revista começaram com hobbysmo. Isso é bastante frequente em artistas brasileiros que não tem um mercado relevante para se levar em consideração ainda. O bacana de um coletivo é que são vários artistas e um acaba incentivando ao outro. Eu gerencio a revista como um todo mas todos são abertos a sugestionar, buscar soluções e ideias e


Capa da Action Hiken, coletânea on line de autores em formação

abertos a sugestionar, buscar soluções e ideias e livres para trabalhar suas obras da maneira que desejarem. O principal estímulo usado é trabalhar o objetivo deles de ter uma obra impressa. Antes da revista, eu gerencio o Estúdio Armon, meu estúdio de quadrinhos e já fazemos impressos e quadrinhos há 3 anos. Então temos uma experiência para poder direcionar os novos artistas hobbystas para fazerem seu melhor no tempo necessário que eles tem de prazo. Temos votações mensais também, e os mais populares ganham versões impressas de suas histórias. As duas primeiras séries que ganharão esse privilégio serão Sabaku Sandã de Marcos Turatti e O Som da Coragem de Eddy e Doryack. Sem falar que por se esforçar todo mês para dar seu melhor, tenho ouvido feedbacks positivos deles dizendo que sentem a evolução na praticidade e resultado de seus trabalhos. Não só eles sentem, como vemos logicamente. Todos vem evoluindo sua maneira de trabalhar de uma forma impressionante, mesmo no prazo curto de 30 dias para fazer um capítulo. ALEP MVP - Se entendi bem sua proposta, de ser um ninho para os iniciantes, deixando-os livres, leves e soltos para o vôo rumo ao profissionalismo, como monetizar tal atividade? Farão por abinegação ou altruísmo extremo? Talvez "visibilidade"? Fábio Gesse Dalphorno - Basicamente, cada artista tem a Action como o seu campo de testes e pelo tratamento que damos as séries, eles acabam vendo essa revista como um coletivo importante para suas carreiras e também para a carreira dos outros. Claro que no começo estamos servindo de ninho para os iniciantes, mas alguns deles já dizem que mesmo que monetizarem suas obras ou partirem para projetos solos, continuarão colaborando com a Action se um dia saírem. Em revistas como a Shonen Jump existe uma rivalidade entre artistas mas isso não acontece na Action. Todos querem ver o melhor de todos e talvez o lance do altruísmo realmente aconteça como você sugeriu. A ALEP MVP agradece a participação de Fábio Gesse Dalphorno. Fique à vontade para dar seus recados, sites, projetos futuros. Vamos em frente!

Fábio Gesse Dalphorno - Opa, eu que agradeço a oportunidade de participar da ALEP MVP que eu acompanho graças a recomendação do Anderson, um dos autores da revista e tenho crescido bastante no meu modo de pensar em algumas coisas, graças as matérias da revista. Bom, esperem novas séries para a Action, e estamos com as inscrições abertas para um concurso que visa preencher duas vagas novas para séries. O concurso foi planejado juntamente ao site Desenho Online que fornecerá nossa premiação com sketchbooks e espero ver muita obra boa entre os inscritos. Quem quiser ler a revista pode acessar pelo site: http://www.estudioarmon.com.br/p/actionhiken.htmlh ttp://www.estudioarmon.com.br/p/actionhiken.html E para entrar em contato com a gente, através das fanpages: www.facebook.com/actionhiken/ e também https://www.facebook.com/estudioarmon/ Mais uma vez obrigado e espero vocês lá para conhecerem novos universos nas mãos de novos artistas, porque uma nova saga cheia de Ação está pra começar! .


O AUTOR EMPREENDEDOR

PLANO DE CONTAS (*) Desenho

por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)

O Autor Empreendedor não pode incorrer no erro comum, de bastar apenas uma boa idéia e ... pronto! “Sucesso” garantido. Ser um Empreendedor não possui apenas o lado bom – da independência financeira, grandes lucros e realizações importantes. Envolve também todo um lado custoso, que certas pessoas não estão dispostas a enfrentar. Um funcionário contratado e de carteira de trabalho assinada tem jornada semanal de 40 horas, segunda a sexta, das 8h às 18h, separadas em algum momento por duas horas para o almoço. Empreendedores, principalmente os bem-sucedidos, trabalham diariamente de 12 a 16 horas, ao longo de todos os sete dias por semana, sem feriados, fins-de-semana, etc.

trabalhando com afinco nas atividades mais relevantes, mais críticas e em tudo o que não puder ceder para terceiros. Munido da determinação e dos sonhos pessoais, convertidos em objetivos alcançáveis, e após pré-visualizar seu negócio.

Sob o lema "seja o novo", a coletânea de mangás nacionais AÇÃO MAGAZINE surgiu, anos atrás, como um alento E o Autor Empreendedor, muito provavelmente, trabalhará ainda mais, pois além de todas as rotinas administrativas e de gestão, ainda cuida de seus afazeres enquanto autor, compositor, músico, escultor, ceramista, artista, etc. Inevitavelmente, perceberão o valor elevado do... tempo em suas vidas atuantes, e o utilizará

O questionamento primordial de qualquer negócio é saber se aquela sua idéia de negócios é viável ou não. Por melhor e mais maravilhosa que pareça, sua idéia não poderá funcionar como pilar central de uma empresa, se não existirem pessoas suficientemente interessadas nela, na quantidade necessária e a ponto de pagar para adquirir o produto ou serviço oferecido. Por “quantidade necessária”, considera-se um número suficiente de consumidores, cujas quantidade de compras ou pagamentos poderão dar sustentação ao negócio e ainda dar lucro. Sua idéia precisa resultar em um produto ou serviço comercializável. Sem esta materialização, e independente dos modelos de negócios propostos, não haverá como fabricá-lo, distribuílo, vender e auferir lucro com a sua comercialização.

(*) Trecho extraído do livro O AUTOR EMPREENDEDOR, autoria de Dylan Moraes, disponível para venda em https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo


BK WAS RIGHT

O MANGÁ DOS X-MEN E AS EDITORAS BRASILEIRAS por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com) Trago à baila um dos textos de José Roberto “BK” Pereira, extraído de matéria da revista Animax, publicação da Editora Magnum na qual foi redator. Em poucas linhas, “BK” puxa a poeira de sob o tapete do meio editorial de sua época, o denominado “esquema que há mais de 40 anos vem ferrando os desenhistas brasileiros” (Pereira: 1996). O autor informa não ser esta matéria “cheia de informações vazias. Preferi fazer algo mais opinativo (...) gosto de fazer você pensar”. Imagino eu, um preâmbulo misterioso para o leitor consumidor deste tipo de revista. Animax – o Máximo em Animação Japonesa. Ed. 09. Editora: Magnum. São Paulo: 1996. Um surpreso leitor enfrentaria, nas linhas seguintes, não um texto acerca da versão japonesa da famosa franquia norte-americana X-Men. Defrontando-se com um panorama editorial arraigado, no qual os desenhistas brasileiros são a maior vítima. Pereira (1996) explica “como funciona o licenciamento do gibi americano para as editoras brasileiras”. Você tem uma editora e que está louco para publicar um gibi americano chamado “z-men” o que você faz? Manda um fax pros americanos, donos do direito autoral do gibi e pergunta quanto custa para publicar no Brasil. Os gringos lhe explicam que custa 8% do lucro líquido (do que vender sua revista) mais um adiantamento de 500 dólares. Isto é só um exemplo! Você fica feliz, paga os US$500 assina um contrato de licenciamento e recebe aquele pacotão de gibis originais (ou cópias das artes, os famosos bromuros). Daí, você chama um tradutor, um retocador, um letrista pro balão (os dois podem ser substituídos por um computador ordinário, o que gerou um brabo desemprego na abril) manda pro fotolito, do fotolito pra gráfica, da gráfica para a distribuidora e, finalmente, banca! Como o licenciamento é muito, mas muito barato, você compra logo uma tonelada de títulos pra lançar no brasil. E você entope a banca com gibi americano. O encalhe é relançado como oferta, e dessa sobra, você lança no sistema de distribuição alternativo. Depois de recolher seu lucro, você manda pros americanos, a parte deles, a vida prossegue.

Pereira (1996) considera a “gigantesca indústria de quadrinhos (dos Estados Unidos). Os gibis já estão praticamente prontos “prá” serem impressos”. Assim: Pra editora brasileira, sai praticamente de graça usar o material dos caras, a “merda” é que isso sufoca e mata com qualquer sonho dos desenhistas brasileiros!!! O que você, dono de editora faria: pagava “prá” um desenhista “100 reais” a página pra fazer um gibi. Ou comprava pronto dos EUA, por 1 dólar a página? Money Always talks, baby. Pois é isso que as pequenas, médias e grandes editoras brasileiras fazem, sempre pensando no lucro rápido e fácil, tais editoras entopem as bancas de gibis americanos e NUNCA lançam algo com a nossa cara! Tudo em prol da grana fácil e canalha.


algo com a nossa cara! Tudo em prol da grana fácil e canalha.

Pereira (1996) retoma o suposto assunto do texto, o “mangá dos x-Men mostra que, quando querem, as editoras podem dizer não à sujeira da facilidade. Por darem valor ao desenhista e ao roteirista de sua terra, os japoneses publicaram uma VERSÃO dos x-men. Isso dá “boa” venda e ainda dá emprego pra desenhista, pra roteirista e incentiva a indústria nacional (no caso, a dos japoneses)”. O autor atenua a abordagem nacionalista, ao afirmar não ser “contra nenhum gibi americano, pelo contrário (...) temos espaço pra todo mundo”. Adentrando-se ainda mais no enfoque de responsabilidades pela situação. Chegando, como seria inevitável, em quem move a roda, mantendo tal mercado consumidor, o cliente final. Os leitores: O que me deixa louco é o comodismo das editoras... e dos leitores: as editoras sentam em cima do lucro fácil e nunca investem em novidades. E sou contra os leitores brasileiros inocentes que não imaginam que estão colaborando para um esquema que ferra com nosso sonho de fazer quadrinhos ou mangá no Brasil! Não bastasse as editoras brasileiras abrirem os “braços” para os americanos, você que compra X-Men, tem a maior parte da culpa.

Distribuídas as responsabilidades de cada um, o autor do texto ainda reforçou a reprimenda aos leitores, compradores dos quadrinhos republicados nestas terras: Pois você não exige qualidade, você não exige novidade, você também se entrega pro material americano! VOCÊ alimenta um esquema que há mais de 40 anos vem ferrando os desenhistas brasileiros! VOCÊ tem preconceito contra os brasileiros, pois VOCÊ prefere dar dinheiro pra americano e brasileiro vendido.

Particularmente, considero isto o mais surpreendente do texto de Zé Roberto “BK” Pereira. A cobrança da responsabilidade social dos leitores/compradores dos quadrinhos republicados, agora corresponsáveis pelo infortúnio da inexistência de espaço editorial local para quadrinheiros nativos. (Pereira:1996) termina ressaltando o exemplo dos japoneses “claro e não há mais o que ser dito. Ninguém precisa de desenhos americanos, pode-se publicar versões autorizadas, mas os licenciadores brasileiros sempre dirão ‘não’ pois não ganham nada com isso”. “Há 500 anos esta banca manda a vera abaixou a cabeça já era”, como diz um lúcido Marcelo D2, na letra da música Qual É, imagino a respeito de situações de exclusão nacional sistemática, levada a cabo por colaboracionistas locais, contra o povo de seu próprio país. Na mesma medida em que países colonizados são invenção de suas respectivas metrópoles, tal qual nosso querido Brasil, sofremos do dito “complexo de vira-lata”, mentalidade inculcada na gente, onde apenas o que vem de fora, dos States ou do Nihon é bom e de melhor qualidade. E a produção local é menosprezada e sempre “inferior”.


local é menosprezada e sempre “inferior”. Adicione a esta construção histórica, a dominação imperialista dos países ricos, levada a cabo pelos capitais internacionalizados. As republicadoras de quadrinhos locais, reproduzindo em nosso país a tal dominação, apenas vitimam os candidatos a quadrinheiros do Burajiru/Brazil. Contudo, verdade seja dita. Sem os comics e mangás nas bancas. E animes, cartoons exibidos em nossos canais de tv, talvez não existissem tantos talentos interessados em desenhar ou produzir quadrinhos. Ao falecido autor, BK, a constatação dupla. São os quadrinheiros brasileiros, tanto vítimas de uma realidade editorial excludente, quanto autores adestrados no consumo de produtos autorais, de qualidade artística inconteste.

“Você tem que se tocar, cara! Ou a meleca será a mesma para sempre!” Pereira, J. R. O Mangá dos X-Men e as Editoras Brasileiras. Edição 09. São Paulo: Editora Magnum. 1996. Capa da Revista Animax nº 09

Fonte: Divulgação


ESTUDO DE CASO

LULUZINHA TEEN por The Fool (http://otolofala.blogspot.com.br/)

Podemos dizer que Luluzinha Teen, revista em quadrinhos em estilo mangá foi um sucesso durante o período em que foi publicada, de 2009 até 2015. Os “pilares” para esse sucesso foram:

A periodicidade da revista só conseguiu ser mantida porque estava garantida pela distribuição. Edições em encalhe poderiam ser vendidas em outros lugares que não as bancas.

- Distribuição; - Formato da publicação; - História relevante para o público-alvo; - Promoções; - Comunicação com o público;

História relevante para o Público-alvo: Crianças e Jovens. Por incrível que pareça, carecem ofertas melhores de quadrinhos para essa faixa de idade.

Distribuição: em Bancas de Jornal, Hipermercados. A maior diferença a ser constatada. O alcance das publicações da Ediouro ia além das bancas era possível alcançar mais pessoas que o público de banca. As revistas de passatempos “Coquetel” podem ser encontradas em muitos Hipermercados, e onde poderia ter uma Coquetel, poderia ter uma Luluzinha Teen. Formato da revista: publicação mensal. Quantidade de edições: 65. Data da Primeira edição: Junho de 2009 Páginas: 100 Preço: R$ 6,40 A quantidade de páginas se manteve a mesma até a edição 39. Data da Última edição: Fevereiro de 2015. Páginas: 68 Preço: R$ 4,90 É legal observar que embora a revista tenha ficado com menos páginas o preço continuou baixo em comparação com a revista concorrente, Mônica Jovem, que manteve a média de páginas em 132, mas aumentou o preço conforme o tempo passava. A periodicidade da revista só conseguiu ser mantida porque estava garantida pela distribuição.

Capa da Última Edição, de nº 65.


As crianças, principalmente, pelo menos no meu entendimento. Promoções: começaram a acontecer algum tempo depois do lançamento da revista e foi um diferencial em relação a outras revistas em banca. Ofereciam-se desde cadernos com estampas de personagens / artistas queridos pelo público, passando por brinquedos, ingressos de cinema e mesmo outras edições. Essa relação (Lista 01, ao lado) está obviamente incompleta, só considerei as promoções que tiveram postagens com os resultados no blog. É interessante notar que quando as promoções minguaram a revista acabou algum tempo depois. Acredito que o conjunto das coisas seja o segredo para a longevidade da revista. Tanto que quando algumas coisas começaram a falhar, tudo veio abaixo.

Lista 01 Promoções por ano: 2012 Janeiro: 3 Fevereiro: 2 Março: 5 Abril: 2 Maio: 2 Junho: 5 Julho: 3 Agosto: 2 Setembro: 3 Outubro: 6 Novembro: 5 Dezembro: 2 2013 Janeiro: 3 Fevereiro: 1 Março: 7 Abril: 1 Maio: 3 Junho: 4 Julho: 3 Agosto: 6 Setembro: 2 Outubro: 3 Novembro: 5 Dezembro: 4 2014 Janeiro: 4 Fevereiro: 1 Março: 1 Abril: 0 Maio: 0 Junho: 0 Julho: 0 Agosto: 1 Setembro: 0 Outubro: 1 Fonte: Link: http://luluteen.com.br/category/resu ltadodaspromocoes/


GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS Cod:N1387371057615

Autor(es) DYLAN MORAES

R$33,29 E-book Não Disponível Sinopse “Ah, se, quando comecei nesta carreira lá atrás, eu soubesse de tudo o que eu sei hoje, tantos e tantos anos depois”. Tal frase já percorreu os pensamentos de muitos autores, das mais diversas mídias, como o Cinema, Música, Teatro, etc., chegando até a escapar-lhes pelos lábios. Um pensamento utilitarista a seguir seria “alguém poderia escrever um livro, mostrando o ponto de partida e opções para quem gosta e quer trabalhar como autor”. Pois GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS é este livro.

Infomações e descrição da obra Categoria(s): Administração e Negócios Idioma: Português Edição/Ano: 2013 Número de páginas: 218 Peso: 288 Tipo de Capa: Capa cartão Acabamento: Brochura sem orelha Papel: Offset 75g Formato: 14 x 21 cm Miolo: Preto e branco

ACESSE E COMPRE EM http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1387371057615


MATÉRIA DE CAPA

ERROS E ACERTOS DE EMPREENDEDORISMO NO FILME ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com) DISCLAIMER: NO COUNTRY FOR OLD MEN ©℗™ É PROPRIEDADE DE PARAMOUNT VANTAGE /MIRAMAX FILMS, SENDO USADO AQUI PARA EFEITO DE RESENHA E DIVULGAÇÃO.

SPOILERS A SEGUIR: Empreendedor: Llewelyn Moss; Concorrentes: Anton Chigurh, Carson Welles, capangas do Cartel mexicano de drogas; Mercado de atuação: Percurso entre o Estado norte-americano do Texas e a fronteira com o México; Motivações do Empreendedor: Llewelyn Moss quer escapar em segurança, levando consigo a maleta com milhões do Cartel mexicano. Moss também deseja garantir a segurança de sua jovem esposa, chamada Carla Jean; Para todos os efeitos, um faroeste ambientado em algum momento dos anos 1980. Eis a definição de Onde Os Fracos Não Têm Vez, filme dos Irmãos Coen (No Country For Old Men, EUA: 2007, Direção de Ethan e Joel Coen). Todos os estereótipos do gênero Faroeste estão lá, ainda que servindo à desconstrução coeniana: o mocinho Llewelyn Moss, que foge do vilão ao invés de caçá-lo; o bandido Anton Chigurh, que ao invés de fugir do mocinho, o persegue obstinadamente, chegando até a auxiliá-lo, pois elimina outros perseguidores enviados pelo Cartel de drogas mexicano; um xerife, cronicamente estupefato perante um novo tipo de criminoso, cuja crueldade e psicopatia parecem não ter fim nem paralelo; um melhor amigo do mocinho, a serviço dos bandidos do filme, como se a exemplificar a natureza dúbia e incerta dos tempos modernos.

Na trama do filme, o cowboy moderno e baixa renda Llewelyn Moss é o primeiro a chegar na cena de uma negociação de drogas fracassada. Os traficantes parecem ter se estranhado, todo mundo atirou em todo mundo, restando um moribundo e uma maleta contendo milhões de dólares. Moss a leva consigo e pouco depois começa a ser caçado pelo enviado do Cartel, o assassino Anton Chigurh, em uma atuação magistral de Javier Bardem, que lhe rendeu o Oscar de ator coadjuvante. No rastro de ambos vem o xerife Ed Tom Bell, vivido pelo ator Tommy Lee Jones, de pouca interferência na trama, porém dotado de um peso enorme na simbologia adotada pelos realizadores do filme. ERROS – Correr Riscos Desnecessários – Motivado por um completamente deslocado senso humanitário, o mocinho Moss retorna ao local da negociata fracassada envolvendo drogas, várias horas depois, para... er, dar água para o sobrevivente, antes moribundo, então mortinho da silva. Resultado: é atacado e perseguido por membros do Cartel de traficantes, e usam a caminhonete de Moss para identificá-lo e iniciar a caçada humana a ele, ao longo de todo o filme. No Mundo dos Negócios – Correr riscos faz parte e, de certa forma, é algo inerente e inevitável no ato de empreender. Ser empreendedor é encarar e aprender a administrar perigos intermitentes, mas daí a arriscar-se desnecessariamente, existe uma enorme diferença.


Se não tivesse retornado ao local do massacre, o imprudente mocinho Moss não teria dado o fiapo de informação usado por seus perseguidores para caçá-lo, e talvez nunca mais seria encontrado. E quantos empreendimentos não são abalados e fecham suas portas prematuramente, devido aos riscos corridos e resultantes em morte dos respectivos negócios? Empreendedores, atenção ininterrupta aos riscos e manutenção intermitente nas medidas, visando eliminá-los ou, quando não for possível, contê-los; Poucas e pouco versáteis ferramentas; Recusar auxílio sincero quando em dificuldades. Planejamento, estratégia e tática na hora de implementar o antes planejado, determinando métricas e indicadores para o monitoramento e, quando necessário, interferindo e fazendo ajustes, constitui a melhor abordagem de controle de riscos e perigos de se empreender. ACERTOS – Escolha de ferramentas confiáveis – O que muitos fariam se, no lugar de Moss, dispusessem de milhões e pudessem comprar sua ferramenta de trabalho? Comprariam uma metralhadora como a do Rambo? A pistola do Robocop? Um sabre de luz jedi, direto de Star Wars? Moss acerta em cheio, optando por aquilo que conhece e sabe manusear, uma espingarda; Criatividade na Proposição e Implementação de Soluções – Alugar um quarto de hotel próximo ao outro, usar os dutos de ventilação para esconder a maleta milionária e fabricar um pegador, a partir de varetas de uma barraca de acampamento para pegá-la mais tarde, foram boas propostas de soluções e implementações destas, permitindo ao fugitivo Moss escapulir, enquanto o assassino Anton Chigurh travava um violento tiroteio contra outros capangas do Cartel de drogas. Cerrar o cano de uma espingarda, permitindo escondê-la dentro de uma discreta bolsa, bem como o esconderijo simplório usado para a maleta milionária foram outras propostas inventivas e úteis do fugitivo cowboy Moss. O quarto de hotel adicional e o esconderijo para a maleta foram ações preventivas, visando contornar obstáculos e dificuldades, e foram bem-sucedidas. O pequeno e micro empreendedor, ainda mais o brasileiro, caracterizado ao empreender mais pela necessidade do que pela identificação de oportunidades genuínas, bem que poderia aprender o planejamento preventivo de Llewely Moss. No Brasil, as cartilhas enfocando negócios específicos do Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – até preenchem o vácuo de informações acerca dos muitos perigos e riscos de morte das MPE´s, suporte complementado pelos ótimos cursos EAD oferecidos pela Internet, também de curadoria do Sebrae. Diversos outros sites e portais pululam pela rede mundial afora. Hoje em dia, só não se capacita em Empreendedorismo quem não quer ou não precisa. A Aprendizagem Validada, termo apresentado por Eric Ries em seu livro A Startup Enxuta, permite ao empreendedor converter seu negócio em um experimento, e usá-lo para aprender sobre as melhores práticas, inclusive os muitos perigos. Tudo na prática, testando o que funciona e o que não funciona. Uso oportuno de colaboradores ocasionais – A atendente do estacionamento de trailers onde Llewely e esposa residem; a idosa atendente no motel do tiroteio entre Chigurh e os meliantes do Cartel; o idoso com quem Moss pega carona providencial, o recepcionista do hotel onde ocorre o primeiro duelo Moss/Chigurh; o grupo de rapazes no posto de fronteira e a banda de mariachis, já em território mexicano. São todos

Criatividade na Proposição e Implementação de Soluções – Alugar um quarto de hotel próximo ao outro, usar os dutos de ventilação para esconder a maleta milionária e fabricar um pegador, a partir de varetas de uma barraca de acampamento para pegá-la mais tarde, foram boas propostas de soluções e implementações destas, permitindo ao fugitivo Moss escapulir, enquanto o assassino Anton Chigurh travava um violento tiroteio contra outros capangas do Cartel de drogas. Cerrar o cano de uma espingarda, permitindo escondê-la dentro de uma discreta bolsa, bem como o esconderijo simplório usado para a maleta milionária foram outras propostas inventivas e úteis do fugitivo cowboy Moss. O quarto de hotel adicional e o esconderijo para a maleta foram ações preventivas, visando contornar obstáculos e dificuldades, e foram bem-sucedidas. O pequeno e micro empreendedor, ainda mais o brasileiro, caracterizado ao empreender mais pela necessidade do que pela identificação de oportunidades genuínas, bem que poderia aprender o planejamento preventivo de Llewely Moss. No Brasil, as cartilhas enfocando negócios específicos do Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – até preenchem o vácuo de informações acerca dos muitos perigos e riscos de morte das MPE´s, suporte complementado pelos ótimos cursos EAD oferecidos pela Internet, também de curadoria do Sebrae. Diversos outros sites e portais pululam pela rede mundial Ao lado e na outra página: o afora. Hoje em dia, só não se capacita em Empreendedorismo xerife Ed Tom Bell. quem não quer ou não precisa. A Aprendizagem Validada, termo apresentado por Eric Moss. Ries em Abaixo: o caubói seu livro A Startup Enxuta, permite ao empreendedor converter outra página: capa doas seu negócio em um experimento, eNa usá-lo para aprender sobre melhores práticas, inclusive os muitos perigos. Tudo na prática, romance de Cormack McCarthy, testando o que funciona e o que não funciona.

originário ao filme.

Uso oportuno de colaboradores ocasionais – A atendente do estacionamento de trailers onde Llewely e esposa residem; a idosa atendente no motel do tiroteio entre Chigurh e os meliantes do Cartel; o idoso com quem Moss pega carona providencial, o recepcionista do hotel onde ocorre o primeiro duelo Moss/Chigurh; o grupo de rapazes no posto de fronteira e a banda de mariachis, já em território mexicano. São todos colaboradores do mocinho em fuga Moss, cujo auxílio permitiu a continuidade de seu empreendimento – fugir portando a maleta milionária – e dificilmente poderia prescindir de tais apoios. No empreender por necessidade do brasileiro, a colaboração ocasional ao seu empreendimento permanece fundamental. Da arte para o rótulo do produto, passando pelas ferramentas financeiras de recebimento, até a manutenção de pc’s ou notebooks bugados, dentre muitas outras situações, são todos exemplos dos numerosos apoios e colaborações recebidas pelo empreendedor são fundamentais e indispensáveis, quanto as muitas funções realizadas por ele próprio. O aspecto temporário costuma marcar todas estas colaborações, haja vista ser just-intime sua necessidade nos expedientes dos empreendimentos. O sobrinho entendido em photoshop, os atendentes da lan house/cyber café, o cunhado carpinteiro ou alguém próximo ao empreendedor tendem a ser os colaboradores. A título de esclarecimento, o vínculo empregatício fica estabelecido se o colaborador atender acima de 60 dias, na empresa ou ao empregador. Para quem atua com o ramo de vendas diretas, o colaborador não pode alegar vínculo empregatício se: a) desempenhar suas funções fora das dependências físicas da empresa; b) não cumprir expediente com


cursos EAD oferecidos pela Internet, também de curadoria do Sebrae. Diversos outros sites e portais pululam pela rede mundial afora. Hoje em dia, só não se capacita em Empreendedorismo quem não quer ou não precisa. A Aprendizagem Validada, termo apresentado por Eric Ries em seu livro A Startup Enxuta, permite ao empreendedor converter seu negócio em um experimento, e usá-lo para aprender sobre as melhores práticas, inclusive os muitos perigos. Tudo na prática, testando o que funciona e o que não funciona. Uso oportuno de colaboradores ocasionais – A atendente do estacionamento de trailers onde Llewely e esposa residem; a idosa atendente no motel do tiroteio entre Chigurh e os meliantes do Cartel; o idoso com quem Moss pega carona providencial, o recepcionista do hotel onde ocorre o primeiro duelo Moss/Chigurh; o grupo de rapazes no posto de fronteira e a banda de mariachis, já em território mexicano. São todos colaboradores do mocinho em fuga Moss, cujo auxílio permitiu a continuidade de seu empreendimento – fugir portando a maleta milionária – e dificilmente poderia prescindir de tais apoios. No empreender por necessidade do brasileiro, a colaboração ocasional ao seu empreendimento permanece fundamental. Da arte para o rótulo do produto, passando pelas ferramentas financeiras de recebimento, até a manutenção de pc’s ou notebooks bugados, dentre muitas outras situações, são todos exemplos dos numerosos apoios e colaborações recebidas pelo empreendedor são fundamentais e indispensáveis, quanto as muitas funções realizadas por ele próprio. O aspecto temporário costuma marcar todas estas colaborações, haja vista ser just-in-time sua necessidade nos expedientes dos empreendimentos. O sobrinho entendido em photoshop, os atendentes da lan house/cyber café, o cunhado carpinteiro ou alguém próximo ao empreendedor tendem a ser os colaboradores. A título de esclarecimento, o vínculo empregatício fica estabelecido se o colaborador atender acima de 60 dias, na empresa ou ao empregador. Para quem atua com o ramo de vendas diretas, o colaborador não pode alegar vínculo empregatício se: a) desempenhar suas funções fora das dependências físicas da empresa; b) não cumprir expediente com horário fixo e pré-determinado; c) não estiver subordinado aos comandos ou punições nem a nenhuma hierarquia; d) realizar suas funções livremente, nas datas e horários que lhe aprouver. Poderíamos até elencar como erro a demora excessiva do cowboy Moss em vasculhar a maleta milionária em busca do transponder, o qual estava sendo usado para rastreá-lo. Porém, sem este elemento do roteiro, como o assassino Chigurh o teria encontrado? Jeitão de roteirismo...

A título de esclarecimento, o vínculo empregatício fica estabelecido se o colaborador atender acima de 60 dias, na empresa ou ao empregador. Para quem atua com o ramo de vendas diretas, o colaborador não pode alegar vínculo empregatício se: a) desempenhar suas funções fora das dependências físicas da empresa; b) não cumprir expediente com horário fixo e pré-determinado; c) não estiver subordinado aos comandos ou punições nem a nenhuma hierarquia; d) realizar suas funções livremente, nas datas e horários que lhe aprouver. Poderíamos até elencar como erro a demora excessiva do cowboy Moss em vasculhar a maleta milionária em busca do transponder, o qual estava sendo usado para rastreá-lo. Porém, sem este elemento do roteiro, como o assassino Chigurh o teria encontrado? Jeitão de roteirismo...


O AUTOR EMPREENDEDOR Produza, divulgue e comercialize obras variadas e seja um(a) autor(a) de sucesso por Dylan Moraes Sinopse Apertados pelas pessoas e suas expectativas a nosso respeito, pelas condições ou necessidades apresentadas pela vida, e principalmente por posturas pessoais, sejam aceitas por nós mesmos ou impostas pelo ambiente, a incentivar ou limitar a busca por nossos sonhos ou profissões almejadas, terminamos por “deixar a vida nos levar”. Aceitamos o que nos é imposto. Não lutamos. Conformamo-nos. Quando o indivíduo possui um dom, algo de destaque em seu ser, tal conformismo pode chegar a ser prejudicial. Comum é o sentir-se como a ave presa na gaiola, o peixe fora d´água, uma criatura separada daquilo que a define. Tal condição de não adequar-se à vida independe de sua situação financeira, classe social, nível de escolaridade, sexo ou idade. Nas sociedades de consumo, o indivíduo costuma ser medido pelo montante de valores que produz. Contudo, ao atuar naquilo que ama, qualquer autor (a) realiza sua dimensão autoral e, se for mesmo este o seu sonho e maior objetivo, a auto realização pessoal e felicidade será automática. Se não for assim, então aquela forma de arte, prática esportiva ou profissão específica não era tão valiosa assim para esta pessoa. O conteúdo aqui presente busca formar o Autor Empreendedor, uma figura consciente das demandas presentes na profissão ou atividade autoral escolhida, focada no estabelecimento de metas e realização de objetivos, e sempre buscando aprender o necessário para atingir o sucesso. Leia um trecho Versão impressa

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Categorias: Comercial, Artista Individual, Artes Gráficas, Educação, Artes, Administração Palavras-chave: autor, cinema, empreendedor, empreendedorismo, escultura, literatura, mangás, quadrinhos

Características Número de páginas: 152 Edição: 1(2015) Formato: A5 148x210 Coloração: Preto e branco Acabamento: Brochura c/ orelha Tipo de papel: Offset 75g Acesse e compre: https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo



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