AVISO: O Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro Parte II - Poder Legislativo - com o Caderno de Notícias, circula hoje em um só caderno
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PARTE II PODER LEGISLATIVO
ANO XLII - Nº 035 QUINTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2016
Prioridade para investigar remédio vencido
Mudança na gestão das Faeterjs
Receita pode ter queda de 30% em 2016
Vistoria recolhe 300 toneladas de medicamentos >Página 2
Alunos protestam contra atraso no pagamento de bolsas >Página 2
Governo afirma que projeção é “conservadora” >Página 3
Extinção de fundações é rejeitada pela Alerj Isenção para investimento em energia na Olimpíada foi reduzida à metade Foto: Andre Gomes de Melo
A NDRÉ COELHO GUSTAVO NATARIO
isenção de R$ 170 milhões para a Light. Nós reduzimos esse valor, e a outra metade economizada vai ajudar a manter as Assembleia Legisfundações e não desestruturar lativa do Estado o Estado”, explica Picciani. do Rio de Janeiro Autor do requerimento de (Alerj) rejeitou, na destaque da emenda que reduúltima terça-feira, o projeto de ziu o valor da isenção, o depulei 1.292/15, de autoria do Exetado Luiz Paulo (PSDB) cocutivo, que pretendia extinguir memorou a unanimidade entre uma autarquia e seis fundações os parlamentares sobre as duas estaduais, como a Fundação propostas. “A Alerj na verdade para a Infância e Adolescência está ajudando o Governo a eco(FIA), instituição responsánomizar esses R$ 85 milhões, vel por projetos de proteção e que vão permitir a manutenção inserção social de crianças e dessas fundajovens no Esções, muito Deputados tado. i mp or t a nt e s Os deputapara o nosso exigiram dos também Estado”, diz. informações reduziram de O projeto sobre economia sofreu forte R$ 170 milhões para R$ 85 miresistência de lhões o valor da isenção de servidores e deputados, que ICMS proposta pelo Governo, exigiram mais informações por meio do projeto 1.124/15, sobre a economia que seria para que a concessionária gerada com a proposta e como Light forneça energia elétrica os serviços seriam mantidos. extra para a realização dos JoPara o deputado Flavio Seragos Olímpicos deste ano. fini (PSol), o Executivo preciPresidente da Alerj, o depusa cortar em outras áreas. “É tado Jorge Picciani (PMDB) muito importante esta Casa diz que a economia prevista colocar um limite. O Governo na mensagem que pretendia não pode mandar propostas acabar com as fundações era sem estudo, que precarizam o de R$ 88 milhões por ano. “Por serviço público”, afirma. outro lado, o governo propõe a Além da FIA, o projeto
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Decisão assegura permanência da FIA, instituição responsável por projetos de reinserção social 1.292/15 previa a extinção da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores (Ceperj), da Superintendência de Desportos do Estado (Suderj), da Fundação Santa Cabrini, da Fundação de Artes do Estado (Funarj), da Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS) e da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj)
Compromisso olímpico O fornecimento de energia extra para a Olimpíada era inicialmente um compromisso do Governo Federal, assumido pelo Governo do Rio, que financiaria, por meio da isenção de ICMS, o aluguel de geradores elétricos pela Light. O projeto chegou a ser votado em dezembro do ano passado, mas foi retirado de pauta para que mais informações so-
bre os custos fossem enviadas, o que não aconteceu. No entanto, os deputados decidiram aprovar a proposta por se tratar de um compromisso assumido com a realização dos Jogos. “Não queremos deixar de apoiar as Olimpíadas, mas os elementos eram vagos, faltava consistência, não havia justificativa para esses R$ 170 milhões em isenções”, ressalta Picciani.
foto: Octacílio Barbosa
Reação
IMPRESSO
Servidores comemoram decisão
Carmem Eliza Soares, da FIA: “Onde ia colocar as crianças?”
Em agradecimento aos deputados, os funcionários da FIA realizaram ontem (24/02) um ato nas escarias da Alerj. O vice-presidente da Associação de Servidores da FIA, Gilberto Borel elogia a atuação do Legislativo: “A FIA é referência no atendimento à criança e ao adolescente. Estávamos aflitos com a possibilidade de extinção.
Agradecemos aos deputados que votaram de forma unânime contra o projeto”. As funcionárias Teresa Cristina da Conceição e Carmem Eliza Soares destacaram a necessidade de continuação dos trabalho. “O serviço é essencial. Conquistamos uma grande vitória”, diz Teresa. Carmem indaga: “Cuido de crianças que têm al-
gum tipo de deficiência e vivem nos nossos abrigos. Onde eles iam colocá-los?”. Para a assistente social Elza Veloso, o próximo passo deve ser o fortalecimento da FIA: “Precisamos reordenar a fundação. Acho fundamental o nosso trabalho chegar às UPPs, e temos que aumentar os nossos recursos humanos”, afirma.
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PODER LEGISLATIVO
Prioridade para investigar desperdĂcio de remĂŠdios Deputados encontram 300 toneladas de medicamentos vencidos Foto: OctacĂlio Barbosa
BUANNA R OSA I SABELA CABRAL
A
s comissĂľes de Orçamento e de Tributação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que realizam uma auditoria nos contratos da secretaria de Estado de SaĂşde, pediram ao MinistĂŠrio PĂşblico do Rio (MP-RJ) prioridade na investigação sobre o desperdĂcio de remĂŠdios no Estado. O pedido foi feito em reuniĂŁo realizada ontem (24/02) com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira. Em inspeção realizada na segunda-feira (22/02), os deputados encontraram mais de 300 toneladas de medicamentos e materiais hospitalares fora da validade na Central Geral de Abastecimento (CGA), que fica em NiterĂłi. “Viemos pedir agilidade nas investigaçþes e colocamos a Alerj Ă disposição para que os culpados por essa mĂĄ gestĂŁo sejam punidos o mais rĂĄpido possĂvel. Acredito que em breve teremos provas suficientes para remover as
empresas responsĂĄveis, que jamais devem voltar a prestar serviços pĂşblicosâ€?, afirma o presidente da ComissĂŁo de Orçamento, deputado Pedro Fernandes (PMDB). Segundo Marfan Vieira, o problema jĂĄ havia sido detectado antes, mas a descoberta da Alerj mostra uma situação mais grave. “Existem quatro inquĂŠritos instaurados para apurar fatos anteriores. Essa descoberta ĂŠ um agravante e haverĂĄ um incremento nessa averiguaçãoâ€?, informa. O foco da investigação do MP sĂŁo as empresas envolvidas na compra, no armazenamento e na distribuição dos remĂŠdios, como o consĂłrcio Log Rio, responsĂĄvel pela CGA. Em janeiro, uma fiscalização descobriu no mesmo depĂłsito mais de sete mil itens, que deveriam ser usados em cirurgias ,fora da validade, um prejuĂzo calculado em R$ 2 milhĂľes. AlĂŠm de Pedro Fernandes, participaram da reuniĂŁo o presidente da comissĂŁo de Tributação, deputado Luiz Paulo (PSDB), e os deputados RogĂŠrio Lisboa (PR), FlĂĄvio Serafini (PSol) e AndrĂŠ Lazaroni (PMDB).
Pedro Fernandes (Ă dir.) e Luiz Paulo reuniram-se com o procurador-geral Marfan Vieira
Contexto
Vistoria em depósito ocorreu após denúncia Em meio à crise na saúde estadual, as comissþes vistoriaram o depósito motivadas por uma denúncia de que, entre junho de 2014 e março de 2015, cerca de 700 toneladas de medicamentos e materiais hospitalares teriam sido queimados
apĂłs terem saĂdo da CGA. “Encontramos vacinas vencidas desde 2011, alĂŠm de prĂłteses, agulhas, gases e luvasâ€?, afirmou Pedro Fernandes. Segundo o consĂłrcio LogRio, sĂŁo feitos relatĂłrios para a secretaria quando ainda faltam
de um a trĂŞs meses para o vencimento de remĂŠdios e materiais. O secretĂĄrio de Estado de SaĂşde, Luiz AntĂ´nio Teixeira Jr, que assumiu a pasta no inĂcio do ano, informou que estĂĄ sendo montado novo sistema para agilizar a entrega dos relatĂłrios.
Educação: mudança nas Faeterjs gera debate Foto: OctacĂlio Barbosa
F ELIPE T EIXEIRA
A gestĂŁo unificada de Faculdades de Educação TecnolĂłgica do Estado do Rio (Faeterjs) e Centros Vocacionais TecnolĂłgicos (CVTs) foi discutida ontem (24/02) pela ComissĂŁo de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A medida, determinada por oito decretos do Executivo, aplicase Ă s Faeterjs de Duque de Caxias, Barra do PiraĂ, Volta Redonda, NiterĂłi, Santo AntĂ´nio de PĂĄdua, Barra Mansa, TrĂŞs Rios e Campos. Segundo Wagner Victer, presidente da Fundação de Apoio Ă Escola TĂŠcnica (Faetec), responsĂĄvel pelas Faeterjs, o objetivo ĂŠ atender melhor aos alunos: “NĂŁo acabamos com nenhum curso. Buscamos fazer a unificação de unidades prĂłximas para nĂŁo gerar despesasâ€?, afirma. Para o presidente da comissĂŁo, deputado Comte Bittencourt (PPS), a audiĂŞncia foi importante para esclarecer
RepercussĂŁo
Estudantes protestam
Presidente da ComissĂŁo de Educação, Comte Bittencourt (centro): novas discussĂľes Ă frente dĂşvidas, mas o assunto ainda precisa de mais discussĂŁo: “Precisamos valorizar mais o ensino superior na Faetec. Vamos voltar a discutir esse assunto em novas audiĂŞncias.â€? O deputado Dr. Julia-
nelli (Psol), integrante da comissĂŁo, criticou a falta da participação dos professores. â€œĂ‰ impossĂvel encontrar a melhor maneira para gerenciar as Faeterjs sem ouvir os professoresâ€?. Os deputados Mar-
celo Freixo (Psol), Bruno Dauaire (PR), Paulo Ramos (Psol), Waldeck Carneiro (PT), Tio Carlos (SD), AndrĂŠ Ceciliano (PT) e FlĂĄvio Serafini (Psol) tambĂŠm participaram da audiĂŞncia.
Alunos da Faeterj que acompanharam a reuniĂŁo de ontem, no PalĂĄcio Tiradentes, aproveitaram o ensejo para protestar. Eles dizem que o pagamento de bolsas-auxĂlio a estudantes cotistas estĂĄ atrasado. Segundo Alan Guilherme, da Faeterj de Paracambi, a Ăşltima bolsa repassada foi em setembro de 2015. “Muitos alunos estĂŁo tendo que trancar suas matrĂculas para trabalhar e ganhar dinheiro. Com isso, acabam deixando os estudos de ladoâ€?. O presidente da Faetec, Wagner Victer, afirmou que a verba para as bolsas nĂŁo vem da Faetec, mas da secretaria de Fazenda. Acrescentou que aguarda a abertura de orçamento para pagar as bolsas.
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PODER LEGISLATIVO
Receita pode cair 30% no Estado Projeção não inclui receitas extraordinårias Foto: Rafael Wallace
Ordem do dia
Fenorte Ê incorporada à Uenf A Fundação Estadual do Norte Fluminense (Fenorte) serå incorporada à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). A Alerj aprovou nesta terça-feira (23/02), em discussão única, o projeto de lei 1.315/15, de autoria do Executivo, que transfere para a Uenf as atribuiçþes, estrutura, patrimônios, quadro de funcionårios, assim como recursos financeiros e orçamentårios da Fenorte. Serão absorvidos pela Universidade 14 cargos co-
missionados, em que, apenas funcionĂĄrios pĂşblicos poderĂŁo ocupar as funçþes. “Foi um amplo entendimento entre Governo e Alerj. A Fenorte cumpriu o papel mais importante: a criação da Uenf, que atravĂŠs do seu papel jurĂdico ĂŠ a indutora do desenvolvimento das regiĂľes Norte e Noroeste do estadoâ€?, diz o presidente da ComissĂŁo de Educação da Casa, deputado Comte Bittencourt (PPS). O projeto segue agora para sanção do governador Luiz Fernando PezĂŁo.
Ganho salarial assegurado
SecretĂĄria de Planejamento, ClĂĄudia UchĂ´a, na reuniĂŁo: “PrevisĂŁo para 2016 ĂŠ mais conservadoraâ€? BUANNA R OSA
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primeira projeção da receita do Estado para 2016 ĂŠ quase 30% menor que o previsto na Lei OrçamentĂĄria Anual (LOA) aprovada em dezembro do ano passado. A receita estimada pela LOA, de R$ 79,9 bilhĂľes, passou para R$ 57 bilhĂľes com base na arrecadação do inĂcio do ano. A informação foi divulgada pela secretĂĄria de Planejamento do Estado, ClĂĄudia UchĂ´a e pela subsecretĂĄria de PolĂtica Fiscal da secretaria de Fazenda, Joselia Castro, em reuniĂŁo realizada ontem (24/02) com as comissĂľes de Orçamento e Tributação da Casa. No entanto, segundo ClĂĄu-
dia, esta ĂŠ uma previsĂŁo conservadora, que nĂŁo leva em conta receitas extraordinĂĄrias, como concessĂŁo de linhas de Ă´nibus intermunicipais e taxas questionadas pela Justiça. “NĂŁo estamos muito diferentes do ano passado. A diferença ĂŠ que neste ano a previsĂŁo foi mais conservadora. Em 2015 liberamos receitas que nĂŁo se viabilizaram e tivemos problemas com issoâ€?, justifica. Segundo a secretĂĄria, o quadro pode ser amenizado com a entrada de receitas, como a concessĂŁo de Ă´nibus intermunicipais, que pode render R$ 1,3 bilhĂľes. Presidente da ComissĂŁo de Orçamento, o deputado Pedro Fernandes (PMDB) explicou que a equipe econĂ´mica do governo serĂĄ convocada para prestar esclare-
cimentos a cada dois meses. “Vamos acompanhar de perto como estĂĄ sendo administrada a verba do estado. Temos que ter um olhar mais atento para o Executivo nesse momento de crise, porque muitos serviços estĂŁo sendo interrompidos pela falta de pagamento de fornecedores, por exemploâ€?, afirma o parlamentar.
A Alerj aprovou ontem (24/02), em segunda discussão, o projeto de lei 990/11, do deputado Luiz Paulo (PSDB), que estende a outros servidores públicos os efeitos financeiros de sentenças judiciais relacionadas a ganhos salariais. Deverå ser estendido o efeito financeiro da sentença que tenha sido julgada sobre reajustes de vencimentos ou de proventos aos servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciårio, ativos
e inativos, concursados ou contratados. “Quando um servidor entra na justiça e tem sua causa ganha, o JudiciĂĄrio nĂŁo pode estender a ação caso haja outros servidores com o mesmo caso e novos processos deverm ser abertos. A norma descongestiona o processo, pois ela faculta estender a ação a outros julgadosâ€?, explica Luiz Paulo. O projeto segue agora para sanção do governador Luiz Fernando PezĂŁo.
Ônibus do Consumidor O ônibus de atendimento da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj estarå atÊ amanhã (26/02) na Praça CopÊrnico, na esquina da Avenida Martin Luther King com a Rua Mercúrio, na Pavuna. Os consumidores terão seus casos analisados no local, entre 8h e 16h.
PetrĂłleo Uma das medidas que pode ajudar a minimizar o problema ĂŠ a taxa de 1 UFIR-RJ por barril de petrĂłleo produzido no Estado, aprovada pela Alerj no ano passado, que poderia aumentar em atĂŠ R$ 2 bilhĂľes a receita. A lei 7.182/15, no entanto, estĂĄ sendo questionada na justiça, e por isso nĂŁo foi incluĂda na previsĂŁo de receita.
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