2 ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005
PARTE II PODER LEGISLATIVO
ANO XLI - Nº 043 QUINTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2015
Foto: Vitor Soares
Aprovação foi comemorada nas galerias do plenário por familiares de presos que visitam presídios regularmente: os equipamentos disponíveis hoje permitem que as revistas sejam feitas sem humilhação
Alerj aprova fim das revistas vexatórias
Foto: Ascom/Seap
André Coelho Camilla Pontes
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o que depender da Alerj, as revistas vexatórias feitas nos visitantes de presos do Estado do Rio serão proibidas. É o que determina o projeto de lei 77/15, dos deputados Marcelo Freixo (PSol), Jorge Picciani (PMDB) e André Ceciliano (PT), aprovado pela Alerj, na terça-feira (10/03), em discussão única e que agora vai à sanção do governador. O texto estabelece que sejam utilizados outros métodos de revista, como detector de metais e scanner corporal. O projeto foi aprovado por 45 a 2. “Mais uma vez a Alerj se antecipa e reafirma seu papel de parlamento de vanguarda”, afirma o presidente da Casa, Jorge Picciani, lembrando o projeto de lei federal 480/2013, que tramita
no Congresso, de conteúdo igual. “O preso não pode ter sua pena estendida aos seus familiares. Espero que o estado possa, o mais rápido possível, colocar mecanismos em todo o sistema penitenciário para acabar com a revista vexatória”, afirmou. Para Marcelo Freixo, o
“OS PARENTES NÃO PODEM SER PUNIDOS” JORGE PICCIANI projeto repara uma injustiça. “Muitos desistem de visitar, o que prejudica a função do sistema penitenciário, que deveria ser o da ressocialização. Uma pesquisa da ONG Rede Justiça Criminal mostra que, a cada dez mil pessoas revistadas em São Paulo, onde as revistas vexatórias já foram proibidas, menos de três fo-
ram encontradas com algum objeto, nunca uma arma”, relatou. Freixo lembrou que a prática já foi proibida em outros estados como Goiás e Espírito Santo. O terceiro autor do projeto, André Ceciliano, acredita que muitos familiares voltarão a visitar os presos. “Eles têm que conhecer seus direitos, denunciar, para fazer valer a lei. E nós vamos fiscalizar e dar condições de o Governo investir em tecnologia”, afirmou.Secretário de Estado de Administração Penitenciária, César Rubens Monteiro Carvalho elogia o projeto, mas alerta para a necessidade de mais investimentos. “O ideal seria adquirir pelo menos um scanner corporal para cada unidade”, ressaltou. O projeto segue para o governador Luiz Fernando Pezão, que tem 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta. (colaborou Symone Munay)
Cerca de duas mil pessoas visitam os presídios do estado e passam por revistas
Números O Rio de Janeiro tem hoje 41.850 presos distribuídos em 51 presídios e penitenciárias, que recebem 10 mil visitantes cinco dias da semana, numa média de duas mil pessoas por dia. As revistas feitas no sistema penitenciário contam hoje com: ✓ 110 portais e 63 banquinhos detectores de metais ✓ 9 raios-x de bagagem Id: 1804445 ✓ 70 detectores manuais ✓ 1 scanner corporal, o primeiro do País, disponível no Complexo de Bangu
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PODER LEGISLATIVO
Lei garante a idosos 10% dos assentos em terminais rodoviĂĄrios Foto: Yago Barbosa
ĂŠ novaâ€?, analisa o petebista. A falta de demarcação de assentos dosos e portadores de defici- especiais era uma crĂtica comum ĂŞncia ganharam um conforto dos usuĂĄrios do Terminal Rodoa mais ao esperar por um Ă´ni- viĂĄrio Novo Rio, no Centro. A bus nas rodoviĂĄrias do Estado do professora paulista Maria LĂşcia Rio. Os terminais fluminenses de Almeida, que viaja para o – de linhas urbanas e intermu- Rio mensalmente para visitar nicipais – deverĂŁo destinar 10% familiares, acredita que a reserva de seus assentos a pessoas com ĂŠ consequĂŞncia da desatenção mobilidade reduzida. A reserva dos mais jovens. “Esse tipo de foi estipulada pela Lei 6.969/15, atendimento ĂŠ sempre uma boa de autoria do deputado Marcus providĂŞncia porque a populaVinĂcius (PTB). Ex-secretĂĄrio ção tem que se preocupar mais de Envelhecicom quem tem mento SaudĂĄvel RODOVIĂ RIA NOVO dificuldade de e Qualidade de locomoçãoâ€?, RIO COMEÇOU Vida, o parlafrisa. O aposenmentar pensou A ADESIVAR no projeto apĂłs tado Carlos notar a falta de OS SEUS BANCOS Roberto Souza, natural de assentos na rodoviĂĄria municipal de PetrĂłpolis. AlĂŠm ParaĂba (MG), costuma “LĂĄ, nĂŁo tem lugar. Nos metrĂ´s vir ao Rio para trabalhos espoe barcas, tem. Mas e o idoso rĂĄdicos e enfatiza a necessidade que fica aguardando uma hora de adequar os bancos, sobretudo o Ă´nibus no (terminal) Menezes para deficiente fĂsicos. “Venho CĂ´rtes? Nada mais justo que ele pouco ao Rio e acho que o sertenha essa garantiaâ€?, afirma. viço estĂĄ bom, mas hĂĄ pessoas, Segundo ele, a acessibilidade principalmente os portadores representa hoje uma causa mais de deficiĂŞncia, que precisam “notadaâ€? pelo Poder pĂşblico. de assentos especiaisâ€?, comen“O Brasil precisa estar atento ta. Segundo maior terminal de Ă questĂŁo da acessibilidade no Ă´nibus da AmĂŠrica Latina em nosso mobiliĂĄrio urbano, mas a movimentação de passageiros, cobrança da prĂłpria população a RodoviĂĄria Novo Rio, por Gabriel Deslandes
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Maria LĂşcia passa sempre pela rodoviĂĄria e aprova lei proposta por Marcos VinĂcius
todos os assentos. “A Novo Rio jĂĄ possui assentos reservados, assim como a ampliação das vagas do estacionamento e atendimento preferencial que pode ser solicitado em nossos balcĂľes. No entanto, a sinalização de reserva estĂĄ sendo redefinida para melhor visualização dos usuĂĄriosâ€?, diz a nota.
ORDEM DO DIA
Foto: Vitor Soares
meio de sua assessoria, informa que implementou um projeto de acessibilidade junto Ă s Ăşltimas obras de revitalização. A diretoria do consĂłrcio alega que, dos 698 bancos disponĂveis, 130 sĂŁo destinados a idosos e portadores de deficiĂŞncia. A rodoviĂĄria informa que começou, esta semana, a adesivar
ÔNIBUS DA ALERJ
Novo horĂĄrio na Alerj
Menos homenagens
A partir da prĂłxima terça-feira (17/03) a Alerj passa a iniciar suas atividades Ă s 9h, e a ordem do dia, quando sĂŁo votados os projetos, acontece entre as 15h e 17h, e nĂŁo mais das 16h30 Ă s 18h30. JĂĄ o expediente inicial, conhecido como “pinga-fogoâ€?, deixa de existir, passando para o expediente final, que acontecerĂĄ das 17h Ă s 18h30. As sessĂľes solenes vĂŁo ser realizadas entre as 18h30 e 21h.
Os tĂtulos honorĂficos pelos deputados, como a Metalha Tiradentes, serĂŁo limitados a trĂŞs por ano. Atualmente os parlamentares podem fazer atĂŠ dez homenagens. AlĂŠm desta mudança, os deputados tambĂŠm sĂł poderĂŁo apresentar 12 moçþes anualmente. O uso do plenĂĄrio o do auditĂłrio da Alerj para a realização de sessĂľes solenes estarĂĄ limitado a trĂŞs por ano, por parlamentar. O objetivo ĂŠ cortar gastos.
ão da Comissão O ônibus de atendimento à populaç j estarå em de Defesa do Consumidor da Aler 12 e 13 de dias nos , Rio Cascadura, zona norte do ça Nossa Pra na o izad março. O serviço serå real o seus terã es idor sum con Senhora do Amparo. Os . 17h às 9h das l, loca casos analisados no
DIĂ RIO OFICIAL PARTE II - PODER LEGISLATIVO ASSINATURAS SEMESTRAIS DO DIĂ RIO OFICIAL
PUBLICAÇÕES
Haroldo Zager Faria Tinoco Diretor-Presidente ValĂŠria Maria Souto Meira Salgado Diretora Administrativa Walter Freitas Netto Diretor Financeiro Jorge Narciso Peres Diretor-Industrial PUBLICAĂ‡ĂƒO SEMANAL - Quintas-feiras As matĂŠrias publicadas nas pĂĄginas 1 a 4 sĂŁo de responsabilidade da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Alerj Daniella Sholl Diretora de Comunicação Social Everton Silvalima Editor-chefe Ana Paula Teixeira Diagramação
alerj.rj.gov.br
ENVIO DE MATÉRIAS: As matĂŠrias para publicação deverĂŁo ser enviadas pelo sistema edof’s ou entregues em mĂdia eletrĂ´nica nas AgĂŞncias Rio ou NiterĂłi. PARTE I - PODER EXECUTIVO : Os textos e reclamaçþes sobre publicaçþes de matĂŠrias deverĂŁo ser encaminhados Ă Assessoria para Preparo e Publicaçþes dos Atos Oficiais - Ă Rua Pinheiro Machado, s/nÂş - (PalĂĄcio Guanabara - Casa Civil), Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ, Brasil - CEP 22.231-901 Tels.: (0xx21) 2334-3242 e 2334-3244. AGĂŠNCIAS DA IMPRENSA OFICIAL - RJ: RI O - Rua SĂŁo JosĂŠ, 35, sl. 222/24 EdifĂcio Garagem Menezes Cortes Tels.: (0xx21) 2332-6548, 2332-6550 e Fax: 2332-6549 PREÇO PARA PUBLICAĂ‡ĂƒO:
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Diploma CidadĂŁ premia dez nomes da luta em defesa da mulher Ă
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Fotos: Vitor Soares
Camilla Pontes
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ez mulheres foram homenageadas por sua contribuição em defesa dos direitos femininos no Estado do Rio, na segunda-feira (09/03), durante a 11ÂŞ edição do Diploma Mulher CidadĂŁ Leolinda de Figueiredo Daltro. A cerimĂ´nia, presidida pela deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), foi realizada no PlenĂĄrio Barbosa Lima Sobrinho, do PalĂĄcio Tiradentes. “Essa premiação ĂŠ deliberada pela ComissĂŁo de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj. Os nomes sĂŁo indicados por instituiçþes onde as mulheres fazem militância, sĂŁo avaliados e votados para receber a homenagemâ€?, explicou. Escolhida para discursar em nome de todas as homenageadas, a consultora do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Adriana Valle Mota, disse que a data da premiação ĂŠ importante porque coincide com a sanção da Lei do
Adriana (esq.) foi premiada pela deputada Enf. Rejane: premiação coincidiu com a sanção da Lei do FeminicĂdio
FeminicĂdio e com o simbolismo do Dia Internacional da Mulher (8 de março). “Essa data tambĂŠm representa a busca da igualdade no mundo do trabalho, pois ainda hoje nĂŁo temos nossos direitos respeitados. Na polĂtica, ainda precisamos
justificar nossa importância e afirmar a necessidade de cotas. Vemos isso quando temos apenas nove mulheres nesta Casa�, discursou. As outras homenageadas foram: Duaia Vargas da Silveira, do Clube de Engenharia; Eunice Gutman,
Mais autonomia e merenda na mesa
do Forum Feminista do Rio de Janeiro; Graciela Susana Rodriguez, da Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB/ Rio e da Rede de Mulheres de Cabo Frio e Instituto Equit; Hildesia Alves de Medeiros, do Centro de Atividades Culturais, Econômicas e Sociais
- Caces; Maria Augusta de Toledo Tibiriçå Miranda, da Associação dos Engenheiros da PetrobrĂĄs - Aepet; Regina CĂŠlia da Rocha Maia, do Programa MĂŁes SolidĂĄrias; Dalva Marcelino Ferreira Martins, da Central de Assessoria Social de Queimados; Vera LĂşcia Carvalho de Castro, da Associação de Mulheres Beth Lobo de Volta Redonda e RegiĂŁo; e Isabel Kwiatkwoski, do FĂłrum Agenda 21 de TeresĂłpolis. Compareceram Ă solenidade as deputadas Martha Rocha (PSD), Tia Ju (PRB) e Danielle Guerreiro (PMDB); a subsecretĂĄria Estadual de PolĂticas para Mulheres do Rio, Marisa Chaves; a subsecretĂĄria de Açþes TemĂĄticas da Secretaria Especial de PolĂticas para as Mulheres, Helena Piragibe; a coordenadorageral da UniĂŁo Brasileira de Mulheres no Rio, SĂ´nia LatgĂŠ; a presidente do Conselho PenitenciĂĄrio do Rio, MaĂra Fernandes; e a ex-deputada estadual InĂŞs PandelĂł.
Impostos em discussĂŁo
Fotos: Iara Pinheiro
Lucas Lima
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burocracia excessiva, a grande quantidade de impostos e a complexidade de entendimento sobre esses tributos são os principais problemas enfrentados pelos micro, pequenos e mÊdio empresårios fluminenses. O apontamento foi feito pelo coautor do livro Diålogos Empresariais, Renato Regazzi, e apresentado, na terça-feira (10/03), durante
reuniĂŁo do FĂłrum de Desenvolvimento do Rio. De acordo com a subdiretorageral da entidade, Geiza Rocha, o encontro foi um ponto de partida para identificar as medidas que podem resolver as deficiĂŞncias e serem apresentadas pelo Poder Legislativo. O livro, escrito tambĂŠm por Mauro VarejĂŁo e Carlos Di Giorgio, analisou 11 setores empresariais para mostrar as caracterĂsticas da economia do Estado do Rio. Foto: Iara Pinheiro
Serafini (detalhe) sugeriu emenda orçamentåria em audiência presidida por Comte Buanna Rosa
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Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS), vai apresentar uma emenda orçamentåria para que o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) tenha mais autonomia no trabalho de fiscalização das escolas. A decisão foi anunciada durante audiência pública, na quarta-feira (11/03), no Palåcio Tiradentes. A sugestão foi apresentada pelo deputado
FlĂĄvio Serafi ni (PSol), membro suplente do colegiado. “O CAE ĂŠ um ĂłrgĂŁo fiscalizador ligado Ă prĂłpria gestĂŁo do Governo. Mesmo assim, ĂŠ uma relação de duplo sentido: colabora e fiscaliza. Por isso, tem que ter sua autonomia respeitada, para que nĂŁo precise ficar fazendo pedidos permanentes Ă Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) e prejudique os alunosâ€?, frisou. No final do ano passado, as escolas do estado deixaram de receber cerca de R$ 6 mi-
lhþes de repasse da verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a merenda escolar. O atraso ocorreu pela falta de envio do parecer conclusivo em relação à prestação de contas da Seeduc.
A jornalista Geiza Rocha comanda o Forum de Desenvolvimento da Alerj
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Seu canal direto para fazer denĂşncias. www.alerj.rj.gov.br
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