2 ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005
PARTE II PODER LEGISLATIVO
ANO XLIV - Nº 043 QUINTA-FEIRA, 28 DE FEVEREIRO DE 2019
ECONOMIA » Piso regional será reajustado em 3,75% no estado
FÓRUM » Estudo da Fecomércio mostra números sobre o Rio
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Alerj já tem 10 comissões e duas CPIs instaladas Ao todo, Parlamento terá 36 comissões permanentes e sete CPIs em funcionamento neste ano Thiago Lontra
DA REDAÇÃO
CPIs e Cumpra-se
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IMPRESSO
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) instalou até a última quarta-feira (27/02) dez de suas 36 comissões permanentes, entre elas a de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por apreciar todos os projetos em tramitação no Parlamento Fluminense, e a de Orçamento, que analisa a prestação de contas do Governo do Estado e projetos como o da Lei Orçamentária Anual (LOA). Também foram instaladas as comissões permanentes de Educação; Tributação; Direitos Humanos; Ciência e Tecnologia; Esporte e Lazer; Agricultura; Saúde e Defesa dos Direitos da Mulher. Também foram instaladas nesta semana a comissão especial conhecida como Cumpra-se, destinada a acompanhar o cumprimento das leis aprovadas na Alerj, e duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Uma destinada a investigar as causas de feminicídio e outra para averiguar os motivos da crise fiscal e os atos irregulares dos gestores públicos nos últimos dez anos. Novas comissões serão instaladas até o final desta semana. CCJ E ORÇAMENTO O deputado Márcio Pacheco (PSC) foi eleito, por unanimidade, como presidente da CCJ. Segundo o parlamentar, sua gestão será participativa, democrática e plural. “Encaminhei hoje para os deputados um projeto de resolução propondo uma espécie de regimento interno para a CCJ. A
Entre as CPIs que funcionarão na Alerj está a do feminicídio, presidida pela deputada Martha Rocha (PDT) ideia é criar regras para que os projetos tenham celeridade na tramitação”, afi rmou. O deputado Rodrigo Bacellar (SD) foi escolhido vice-presidente. Já Rodrigo Amorim (PSL) será o presidente da Comissão de Orçamento. Ele foi eleito com seis votos favoráveis e uma abstenção. O deputado Eliomar Coelho (PSol), titular da comissão, foi o único que se absteve do voto. Rodrigo Bacellar (SD) será o vice-presidente do grupo. “Evidentemente que todo o meu mandato, assim como o dos colegas, tem que ser embasado em uma pauta ideológica. Mas como se trata de uma comissão absolutamente técnica, a gente não pode deixar que os confl itos e as rixas ideológicas venham para um ambiente como esse.
Aqui será um lugar para pensar no futuro do estado”, destacou Amorim. OUTRAS COMISSÕES A Comissão de Tributação será comandada pelo deputado Luiz Paulo (PSDB). O vice-presidente da comissão será o deputado Alexandre Freitas (Novo). O deputado Flávio Serafini (PSol) foi eleito para presidir a Comissão de Educação. O vice será Léo Vieira (PRTB). Também do PSol, a deputada Renata Souza foi eleita como presidente da Comissão de Direitos Humanos. O deputado Márcio Gualberto (PSL) será vice-presidente do grupo. Waldeck Carneiro (PT) será presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia. O vice do grupo é o deputado Renan
Ferreirinha (PSB). Já a Comissão de Direitos da Mulher será composta integralmente por representantes femininas pela primeira vez na história. Enfermeira Rejane (PCdoB) é a presidente do grupo. Dani Monteiro (PSol) será a vice. Há 20 anos como presidente da Comissão de Agricultura, o deputado João Peixoto (DC) foi reeleito para o cargo. Novato no parlamento, Val Ceasa (Patri) será o vice do grupo. Martha Rocha (PDT) assumirá o comando da Comissão de Saúde. A vice será a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB). A outra comissão permanente instalada foi a de Esporte e Lazer. Léo Vieira (PRTB) assumirá a presidência do grupo. O vice será Marcelo do Seu Dino (PSL).
Além das comissões permanentes, duas CPIs foram instaladas na Alerj. O deputado Luiz Paulo (PSDB) será o presidente da CPI da crise fiscal. Ele propõe discutir a cobrança da dívida ativa no estado, entre outros temas. A primeira audiência pública da CPI acontece no dia 11 de março. Segundo o deputado, o montante da dívida ativa no Rio já chega a R$ 77 bilhões, porém, somente R$ 20 bilhões podem ser recuperados. A outra CPI instalada investigará os casos de feminícidio no estado. Martha Rocha (PDT) será a presidente da comissão. Ela adiantou que pretende ouvir instituições que cuidam dos dados estatísticos no Rio, como o Dossiê Mulher, além de forças policiais. Segundo a parlamentar, somente este ano, até o dia 3 de fevereiro, 14 casos de feminicídio já foram noticiados pela imprensa no Estado do Rio. Outra comissão iniciada nesta semana foi a instalação da Comissão para acompanhar o cumprimento das leis, conhecida como Cumpra-se. Presidente do grupo, o deputado Carlos Minc (PSB) destacou que a fiscalização vai garantir a efetividade das leis aprovadas no estado. “Não basta aprovar as leis; É preciso fiscalizar o seu cumprimento para garantir o acesso aos direitos”, destacou.
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PODER LEGISLATIVO
ECONOMIA
Piso regional terå reajuste de 3,75% Medida, que Ê retroativa a janeiro e vale para mais de 170 categorias, depende de sanção do governador GUSTAVO NATARIO
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Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta terça-feira (26/02), um reajuste de 3,75% no piso regional de mais de 170 categorias de empregados da iniciativa privada. A medida serĂĄ retroativa a janeiro deste ano e valerĂĄ somente para 2019. Com isso, os valores das seis faixas salariais do estado passam a variar entre R$ 1.238,11 e R$ 3.158,96. A proposta segue para o governador Wilson Witzel, que tem atĂŠ 15 dias Ăşteis para sancionar ou vetar. O texto original do projeto de lei 44/19, de autoria do Executivo, previa um congelamento do piso regional por dois anos, ou seja, atĂŠ o fim de 2020. Com isso, o salĂĄrio mĂnimo regional permaneceria com valores entre R$ 1.193.36 e R$ 3.044,78. No entanto, os parlamentares chegaram a um acordo para estabelecer um reajuste de 3,75%, tendo como base o Ăndice de inflação nacional em 2018 (IPCA). O autor da emenda foi o relator especial do projeto pela ComissĂŁo de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Luiz Paulo (PSDB). O parlamentar justificou que o percentual estĂĄ entre os reivindicados pelos patrĂľes (1,22%) e a classe trabalhadora (6,95%) nas reuniĂľes do
Conselho Estadual de Trabalho e Renda (Ceterj). “Qualquer valor seria correto desde que variasse entre os reajustes propostos pelos empregados e pelos patrĂľes. O que fizemos foi mediar o conflito, estabelecendo um valor dentro desses percentuais. NĂŁo reajustar o piso regional ĂŠ um desrespeito Ă mesa de negociaçþes trabalhistas. Tentamos contornar o problema com o que achamos possĂvel, que seria a correção pelo IPCA do ano passadoâ€?, explicou Luiz Paulo. O parlamentar tambĂŠm destacou que a vigĂŞncia da lei deve ser somente atĂŠ o fim de 2019. “Tanto o salĂĄrio mĂnimo como o piso regional devem ser discutidos anualmente. Para o ano de 2020 deve ser feita outra discussĂŁo em função da inflação de 2019â€?, concluiu. LĂder do governo na Alerj, o deputado MĂĄrcio Pacheco destacou que o Executivo enten-
Não reajustar o piso regional seria um desrespeito à mesa de negociaçþes trabalhistas� Deputado Luiz Paulo (PSDB)
de a necessidade de proteger o trabalhador e o empregador. “O desemprego no Estado do Rio estĂĄ em 15%, por isso foi enviado o projeto original sem reajuste do piso regional. Mas o projeto foi discutido pelos lĂderes partidĂĄrios e a maioria das emendas parlamentares tendiam a um reajuste de 3,75%. Assim, o governo foi sensĂvel Ă questĂŁo de proteção dos empregos, mas concordamos com o reajuste inflacionĂĄrio. Acho que conseguimos achar um bom consensoâ€?, afirmou o parlamentar. EMENDAS TambĂŠm foi incluĂda no texto original a emenda que obriga os Poderes Executivo, Legislativo e JudiciĂĄrio a comprovar e manter a paridade salarial entre homens e mulheres. Outra alteração prevĂŞ que o Governo do Estado envie projeto do piso regional sem-
O governo foi sensĂvel Ă questĂŁo de proteção dos empregos, mas concordamos com o reajuste inacionĂĄrioâ€? Deputado MĂĄrcio Pacheco (PSC)
pre atĂŠ 30 de dezembro do ano anterior ao reajuste. O novo texto do projeto de lei ainda obriga que os poderes estaduais utilizem os valores do piso regional em todos os editais de licitação para a contratação de empresas prestadoras de serviços e demais modalidades de terceirização de mĂŁo de obra. Outra alteração garante que os servidores pĂşblicos estaduais ativos e inativos nĂŁo recebam remuneração inferior ao piso regional. Esta medida sĂł precisa ser cumprida depois que o Estado Rio sair do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). FAIXAS SALARIAIS O projeto tambĂŠm obriga o Governo do Estado a realizar estudos para reduzir o nĂşmero de faixas salariais para o ano de 2020. Atualmente, o piso regional fluminense ĂŠ composto por seis faixas salariais. Confira abaixo algumas das categorias incluĂdas em cada faixa. Para ver o projeto aprovado na Ăntegra com a lista completa, clique aqui. Faixa I – R$ 1.238,11: Trabalhadores agropecuĂĄrios; empregados domĂŠsticos; trabalhadores de serviços de conservação e manutenção; auxiliar de escritĂłrio; guardadores de veĂculos; catadores de material reciclĂĄvel, entre outros. Faixa II – R$ 1.283,73: Trabalhadores da construção civil;
carteiros; cozinheiros; operadores de caixa; cabeleireiros e manicures; motoboys; comerciĂĄrios; pintores; pedreiros; garçons, entre outros. Faixa III – R$ 1.375,01: Baristas; agentes de trânsito; telefonistas e operadores de telemarketing; condutores de veĂculos de transportes; porteiros; eletricistas; frentistas; bombeiros civis; auxiliares de enfermagem; trabalhadores de sondagem e ligas metĂĄlicas, entre outros. Faixa IV – R$ 1.665,93: Entrevistadores sociais; tĂŠcnicos em enfermagem; trabalhadores de nĂvel tĂŠcnico registrados nos conselhos de suas ĂĄreas; tĂŠcnicos em farmĂĄcia; tĂŠcnicos em laboratĂłrio; bombeiros civis lĂder, entre outros. Faixa V – R$ 2.512,59: TĂŠcnicos em radiologia; fotĂłgrafos; tĂŠcnicos de eletrĂ´nica; motoristas de ambulância; intĂŠrpretes de Libras; tĂŠcnicos de segurança do trabalho; tĂŠcnicos de instrumentalização cirĂşrgica; tĂŠcnicos industriais de nĂvel mĂŠdio, entre outros. Faixa VI – R$ 3.158,96: Professores de Ensino Fundamental (1° ao 5° ano) com regime semanal de 40 horas; economistas; pedagogos; jornalistas; contadores; psicĂłlogos; fisioterapeutas; sociĂłlogos; assistentes sociais; biĂłlogos; nutricionistas; bibliotecĂĄrios; enfermeiros, entre outros. Julia Passos
O projeto enviado pelo Poder Executivo previa congelamento do piso por dois anos, mas um acordo feito no colĂŠgio de lĂderes permitiu a aplicação do Ăndice de inflação oficial de 2018
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PODER LEGISLATIVO
INFĂ‚NCIA E ADOĂ‡ĂƒO
TRANSPARĂŠNCIA
Frente Parlamentar ĂŠ instalada na Assembleia Deputada Tia Ju (PRB) serĂĄ a presidente do grupo
Participação popular Ê foco de novo programa
Rafael Wallace
FĂ TIMA ALBUQUERQUE A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a criação do Programa LegislAqui, destinado a ampliar, pela internet, a participação da sociedade civil na proposição de projetos de lei. Este ĂŠ o objetivo do projeto de resolução 840/18, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (27/02), em discussĂŁo Ăşnica. A resolução oficializando a criação serĂĄ publicada no DiĂĄrio Oficial nos prĂłximos dias. O texto ĂŠ de autoria do deputado AndrĂŠ Ceciliano (PT), presidente da Casa, e do ex-deputado Wanderson Nogueira. O projeto foi inspirado no Programa e-cidadania, do Senado Federal. As propostas que tiverem o apoio de 12 mil cidadĂŁos em quatro meses serĂŁo encaminhadas Ă ComissĂŁo de Normas Internas e Proposiçþes Externas. O grupo serĂĄ responsĂĄvel por realizar audiĂŞncias pĂşblicas sobre a sugestĂŁo e, a partir do debate, poderĂĄ apresentar um projeto de lei que tramitarĂĄ normalmente na Casa. As ideias que nĂŁo atingirem o nĂşmero de assinaturas ficarĂŁo guardadas num banco de dados acessĂvel para que parlamentares possam adotar as sugestĂľes. Segundo os autores, a proposta ĂŠ parte de uma iniciativa que tem o objetivo de ampliar a participação dos cidadĂŁos no parlamento por meio da tecnologia. “O Parlamento ĂŠ a representação do
Primeira reunião contou com representantes de diferentes organizaçþes para discutir açþes futuras
LEON LUCIUS
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Frente Parlamentar PrĂł-Infância, AdolescĂŞncia e Adoção da Alerj foi instalada na Ăşltima segunda-feira (25/02), em uma reuniĂŁo com autoridades jurĂdicas e representantes da sociedade civil ligados Ă ĂĄrea. O grupo serĂĄ presidido pela deputada Tia Ju (PRB). Entre as atividades da Frente, estĂŁo o acompanhamento de polĂticas pĂşblicas que garantam os direitos das crianças e adolescentes e a adoção; a promoção de debates e seminĂĄrios, e o monitoramento de recursos do Executivo. â€œĂ‰ imprescindĂvel estabelecer um diĂĄlogo constante e permanente com o governo, cobrando o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)â€?, declarou a parlamentar. TambĂŠm participaram do encontro os deputados Dr. Deodalto (DEM) e Rosane FĂŠlix (PSD). PROJETO DE LEI Os presentes na reuniĂŁo apresentaram um quadro das açþes no estado, alĂŠm de demandas da ĂĄrea. Representando o Centro de
Apoio Operacional da Infância e Juventude do MinistĂŠrio PĂşblico do Rio (MPRJ), o promotor Rodrigo Medina explicou que hĂĄ um trabalho conjunto com a Defensoria PĂşblica e outras entidades com base nas determinaçþes na Lei Federal 13.431/17, que tipifica a violĂŞncia fĂsica e psicolĂłgica em crianças e jovens. Rodrigo Medina tambĂŠm pediu alteraçþes na Lei estadual 8.008/18. O texto cria o Programa de Atenção Ă s VĂtimas de Estupro e determina que crianças do sexo feminino que tenham sido violentadas sejam atendidas obrigatoriamente por uma perita mulher. “A intenção do Legislativo foi a melhor, mas temos um problema prĂĄtico, que ĂŠ a escassez dessas profissionais no estado, principalmente no interior. Isso estĂĄ impedindo a realização do exame de perĂcia, que ĂŠ essencial para casos como essesâ€?, disse. A deputada Tia Ju disse que irĂĄ pedir celeridade na votação do projeto de lei 4.321/18, do deputado Carlos Minc (PSB), que altera a lei do Programa, determinando que o exame seja feito “sempre que possĂvelâ€? por profissionais do sexo feminino.
ADOĂ‡ĂƒO No Brasil, em 2018, houve pouco mais de 2 mil adoçþes. O nĂşmero de crianças e jovens que esperam uma famĂlia, ainda ĂŠ grande: sĂŁo aproximadamente 9 mil. Apesar da enorme quantidade de pretendentes cadastrados (mais de 45 mil), somente 15% estĂŁo dispostos a adotar crianças entre 7 e 17 anos, que representam mais de 70% dos que estĂŁo em abrigos. O mesmo acontece com as crianças com irmĂŁos, que somam 66%, mas sĂł estĂŁo entre as possibilidades de adoção de 37%, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA). O presidente da Associação do Movimento de Adoção do Estado do Rio de Janeiro (Amar), Felipe Fernandes, explicou que ainda ĂŠ preciso avançar nos processos de adoção e pontuou a diferença entre os prazos da legislação e o cumprimento dos mesmos na prĂĄtica. “HĂĄ prazos que o tempo processual do JudiciĂĄrio nĂŁo consegue atender. Se fossem cumpridos, essas crianças jĂĄ estariam em processo de adoção. Mas com a demora, muitas vezes, eles passam da idade do perfil desejado pelo adotanteâ€?, exemplificou.
povo e nada mais justo que estes possuam um canal eletrônico, para apresentar propostas de seu interesse. Nenhuma proposta apresentada no LegislAqui serå ignorada, todas as sugestþes comporão um banco de dados e poderão ser patrocinadas por parlamentares�, explica Ceciliano. PORTAL INTERATIVO Os cidadãos cadastrados no sistema poderão enviar sugestþes de projetos de lei e tambÊm criticar, curtir, descurtir e apoiar as propostas enviadas por outros usuårios. As sugestþes tambÊm poderão ser compartilhadas nas redes sociais. Os números de acesso, curtidas e os comentårios registrados serão um termômetro de avaliação das propostas encaminhadas. A criação do novo sistema, que jå estå em fase fi nal de produção, não gerou custos para a AssemblÊia Legislativa. Foi elaborado pela Subdiretoria-geral de Informåtica da Alerj, com base em código livre. A tecnologia permite ao desenvolvedor a construção de uma plataforma que não Ê fechada e poderå ser aperfeiçoada à medida que aumentar a participação da população na ferramenta. AlÊm do projeto aprovado nesta quarta-feira, uma modificação no Regimento Interno, que jå estå em debate na Casa, precisa ser aprovada mudando as competências da Comissão de Normas Internas, para que o LegislAqui entre no ar. A medida serå votada em primeira discussão nesta quinta-feira (28/02).
DIĂ RIO OFICIAL PARTE II - PODER LEGISLATIVO ASSINATURAS SEMESTRAIS DO DIĂ RIO OFICIAL
PUBLICAÇÕES
JosĂŠ ClĂĄudio Cardoso Ururahy Diretor Presidente Osmar da Cunha Penha Diretor Administrativo Gustavo Miranda de Freitas Diretor Financeiro Alexandre Ferreira da Silva Diretor Industrial PUBLICAĂ‡ĂƒO SEMANAL - Quintas-feiras As matĂŠrias publicadas nas pĂĄginas 1 a 4 sĂŁo de responsabilidade da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Alerj Celia Abend Diretora de Comunicação Social AndrĂŠ Coelho Editor Daniela Matta e Jorge Ramos Coordenação Daniel Tiriba Design e diagramação
ENVIO DE MATÉRIAS: As matĂŠrias para publicação deverĂŁo ser enviadas pelo sistema edof’s ou entregues em mĂdia eletrĂ´nica nas AgĂŞncias Rio ou NiterĂłi. PARTE I - PODER EXECUTIVO : Os textos e reclamaçþes sobre publicaçþes de matĂŠrias deverĂŁo ser encaminhados Ă Assessoria para Preparo e Publicaçþes dos Atos Oficiais - Ă Rua Pinheiro Machado, s/nÂş - (PalĂĄcio Guanabara - Casa Civil), Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ, Brasil - CEP 22.231-901 Tels.: (0xx21) 2334-3242 e 2334-3244. AGĂŠNCIAS DA IMPRENSA OFICIAL - RJ: RI O - Rua SĂŁo JosĂŠ, 35, sl. 222/24 EdifĂcio Garagem Menezes Cortes Tels.: (0xx21) 2332-6548, 2332-6550 e Fax: 2332-6549 PREÇO PARA PUBLICAĂ‡ĂƒO:
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PODER LEGISLATIVO
FĂ“RUM
Estudo mostra desigualdade no Estado Publicação da FecomĂŠrcio destaca nĂşmeros que evidenciam desaďŹ os para os prĂłximos anos Fotos: Rafael Wallace
LEON LUCIUS
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ducação, SaĂşde, Segurança PĂşblica e Juventude. Esses sĂŁo alguns dos temas aos quais o Parlamento pode se atentar, propondo mudanças e melhorias atravĂŠs de projetos de lei, por exemplo. Para dar mais embasamento a esse trabalho, o FĂłrum Permanente de Desenvolvimento EstratĂŠgico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu um seminĂĄrio nesta quarta-feira (27/02) para lançar o projeto “Rio em NĂşmerosâ€?, uma publicação da Federação do ComĂŠrcio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (FecomĂŠrcio-RJ) em parceria com o Instituto FecomĂŠrcio-RJ de Pesquisas e AnĂĄlises (IFec). O documento reĂşne dados de diferentes ĂĄreas do estado ao longo dos anos e demonstra como a desigualdade social ainda persiste. De acordo com a publicação, quase 40% dos lares fluminenses sĂŁo chefiados por mulheres, o dobro do percentual de 10 anos atrĂĄs. AlĂŠm disso, 56% das famĂlias lideradas por mulheres pretas ou pardas estĂŁo abaixo da linha da pobreza (ou seja, tĂŞm rendimentos mensais entre R$ 150 e R$ 300). No mercado de trabalho, a taxa de desemprego estĂĄ em 14,6% e, entre a população com idade entre 18 e 24 anos, o Ăndice chega a 32%. Na RegiĂŁo Metropolitana, 20% dos jovens entre 15 e 19 anos nĂŁo estudam e nem trabalham. “Como podemos falar em crescimento econĂ´mico, evolução de investimentos e atração de empresas se a gente tem uma realidade tĂŁo chocante como essa em relação Ă quelas pessoas que sĂŁo potenciais compradores?â€?, criticou o economista da FecomĂŠrcio-RJ, JoĂŁo Gomes, responsĂĄvel pela apresentação dos dados. Para ele, o investimento em Educação serĂĄ a chave para melhorar os indicadores sociais do Estado. “Sem educação, sem qualificação, nĂŁo vamos romper o ciclo da pobreza, nĂŁo vamos ganhar produtividade, nĂŁo vamos ganhar renda, nĂŁo vamos crescerâ€?, completou. O presidente da Alerj, deputado AndrĂŠ Ceciliano (PT), reiterou a necessidade de investimento no setor e destacou dados do documento que mostram que mais de 23% das pessoas com 15 anos ou mais nĂŁo possuem o Ensino Fundamental completo. No interior, esse Ăndice chega a cerca de 31%. “SĂŁo dados chocantes, principalmente no tocante Ă Educação, que se refletem no aumento da violĂŞncia e na empregabilidade. A gente espera que a FecomĂŠrcio, futuramente, possa produzir outros
Nenhum progresso econômico pode acontecer se esquecermos que a sociedade precisa ter acesso a bem-estar e qualidade de vida� Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente do Sistema FecomÊrcio
40% dos lares fluminenses sĂŁo cheďŹ ados por mulheres documentos como esse e que tragam dados melhoresâ€?, disse o parlamentar que tambĂŠm preside o FĂłrum. Para a construção dos indicadores, foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĂlios ContĂnua (Pnad-C) do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE). EMBASAMENTO DE POLĂ?TICAS PĂšBLICAS Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente do Sistema FecomĂŠrcio, que engloba o Sesc e o Senac, destacou a
Ensino fundamental:
23%
das pessoas com mais de 15 anos nĂŁo concluiu
importância de fornecer estudos como o “Rio em NĂşmerosâ€? para embasar polĂticas pĂşblicas que estimulem o incremento da empregabilidade, a melhoria da renda da população e as oportunidades de Educação, “que representam os principais motores para os novos temposâ€?. Nenhum progresso econĂ´mico pode acontecer se esquecermos que a sociedade precisa ter acesso a bem-estar e qualidade de vidaâ€?, declarou. Na reuniĂŁo, estiveram presentes representantes patronais, secretĂĄrios municipais e deputados, que jĂĄ demonstraram
32%
São dados chocantes, principalmente no tocante à Educação, que se reetem no aumento da violência e na empregabilidade� Deputado AndrÊ Ceciliano (PT), presidente da Alerj
ĂŠ a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos
interesse na publicação. “Essas evidĂŞncias, que sĂŁo produzidas por diferentes agentes, devem fundamentar as decisĂľes que sĂŁo feitas nesta Casa assim como no PalĂĄcio Laranjeirasâ€?, comentou Renan Ferreirinha (PSB). “Com esse estudo da FecomĂŠrcio, eu percebi a importância do setor de Ăłleo e gĂĄs, a nossa maior riqueza, para a recuperação econĂ´mica do estadoâ€?, destacou o deputado Max Lemos (MDB). Ainda estiveram presentes os deputados ChicĂŁo BulhĂľes (Novo), JoĂŁo Peixoto (DC), Marcelo Cabeleireiro (DC) e Pedro BrazĂŁo (PR).
Sem educação, sem qualiďŹ cação, nĂŁo vamos romper o ciclo da pobreza, nĂŁo vamos ganhar produtividade, nĂŁo vamos ganhar renda, nĂŁo vamos crescerâ€? JoĂŁo Gomes, economista da FecomĂŠrcio-RJ