Jornal da Alerj 256

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ALERJ

JORNAL DA ALERJ A S S E M B L E I A L E G I S L AT I VA D O E S TA D O D O R I O D E J A N E I R O

Foto: sxc.hu

Ano X N° 256 – Rio de Janeiro, 16 a 30 de setembro de 2012

Falta de informações sobre doenças como a miastenia grave e a anemia falciforme, dentre outras, mobiliza deputados na criação de leis PÁGINAS 6, 7 e 8

E agora, doutor? Entrada de torcidas nos estádios será disciplinada se projeto for transformado em lei

Presidente da Alerj participa da abertura de feira de Turismo Brite 2012 no Cais do Porto

Portadores de nanismo são beneficiados por proposta para a adaptação de guichês

PÁGINAS 4 e 5

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Rio de Janeiro, 16 a 30 de setembro de 2012

você sabia?

Frases Ruano Carneiro

Defendo a instalação imediata de um hospital de campanha para dar atendimento prioritário e emergencial para as pessoas que viviam no lixão. Depois, elas poderiam ser absorvidas pela rede pública de saúde

Expediente

Fornecimento de leite em pó para crianças nascidas de mães portadoras de vírus HIV e mães doentes de Aids É o que define a lei 4.700, do ex-deputado Antônio Pedregal. Fica estabelecido pela norma que o Poder Executivo fornece o alimento para mães comprovadamente carentes, desprovidas de recursos financeiros necessários para adquirir o leite em pó. Esse benefício ocorre, no mínimo, durante os dois primeiros anos de vida do bebê. Por recomendações médicas, sabe-se que o risco de transmissão da infecção para a criança é menor quando a mãe portadora do vírus não amamenta seu filho.

“Apesar de a epidemia de Aids estar sendo registrada no Brasil há cerca de 20 anos, e do significativo número de casos de crianças nascidas de mães com HIV, ainda são poucas as ações adotadas para prevenir a transmissão materno-infantil do vírus”, disse o autor da lei, em vigor desde 2006. “Uma das soluções, para minimizar o grave problema em nosso estado, seria o poder público fornecer o referido alimento básico às crianças nascidas de mães portadoras do vírus e de mães doentes de Aids”, completou Pedregal.

mídias sociais

Janira Rocha (PSol), ao falar sobre reunião entre deputados e Governo sobre Lixão de Itaoca

Aprovamos um empréstimo de R$ 800 milhões para o programa Asfalto na Porta, que é irretocável. Fui a Cebolas, em Petrópolis, e há muitas estradas que poderão ser beneficiadas

Marcus Vinícius (PTB), discursando sobre programa do Governo do estado

O cidadão pode efetuar o registro em qualquer uma das delegacias legais, que, informatizadas, terão conhecimento de todo o processo, facilitando uma possível solução

3º Vice-presidente Paulo Ramos 4º Vice-presidente Roberto Henriques 1º Secretário Wagner Montes 2º Secretário Graça Matos 3º Secretário Gerson Bergher 4ª Secretário José Luiz Nanci 1a Suplente Samuel Malafaia

3º Suplente Alexandre Corrêa 4º Suplente Gustavo Tutuca JORNAL DA ALERJ Publicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Editor-chefe: Pedro Motta Lima Editor: Everton Silvalima Chefe de reportagem: Fernanda Galvão Equipe: Ana Paula Teixeira (diagramação), André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

parabéns aos deputados q unanimes,votaram a favor do parcelamento das multas de transito no estado do Rio.Coerentes e sensatos,todos eles. Parabéns mesmo! @alerj não deixo de ir por causa das torcidas mas sim pelo alto valor e a falta de bebida nos estádios aí prefiro ver em casa neste ponto

Anderson Teixeira Medeiros Dia 24/09 às 16:03

@ceacg Eduardo Dia 25/09 às 14:21

Sobre a enquete da quinzena. Veja o resultado na página 5. As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

O Jornal da Alerj está disponível também em áudio. Divulgue!

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2º Vice-presidente Gilberto Palmares

Jornalista responsável Luisi Valadão (JP-30267/RJ)

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Luiz Martins (PDT), na justificativa de projeto para registro em delegacia, mesmo que o crime não tenha ocorrido em sua circunscrição

siga a @alerj no

1ª Vice-presidente Edson Albertassi

2 o Suplente Bebeto

@marcello_souzza Marcelo Souza Dia 22/09 às 12:16

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Presidente Paulo Melo

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular Ouça sonoras dos deputados

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Edição de Fotografia: Rafael Wallace Edição de Arte: Daniel Tiriba e Mayo Ornelas Secretária da Redação: Regina Torres Estagiários: Amanda Lazaroni, Andresa Martins, Bárbara Souza, Bruna Motta, Buanna Rosa, Camilla Pontes, Diana Pires, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Gava Muzer (foto), Laura Porto, Rodrigo Stutz e Ruano Carneiro (foto) Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404 Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJ Email: dcs@alerj.rj.gov.br www.alerj.rj.gov.br www.twitter.com/alerj www.facebook.com/assembleiarj www.alerjnoticias.blogspot.com www.radioalerj.posterous.com Impressão: Imprensa Oficial Tiragem: 5 mil exemplares

em casa

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Rio de Janeiro, 16 a 30 de setembro de 2012

FÓRUM

Cidades em discussão

Articulação entre municípios pauta evento, que debateu parceria das esferas de Poder

O Rio tem um espaço fiscal muito propício. Por conta disso, aprovamos R $ 14 bilhões em empréstimos”

P

Da R edação

roblemas sendo encarados de forma coletiva, com parcerias entre as três esferas de Poder da federação. Defendendo essa tese, o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), deu início, no dia 28, ao terceiro encontro Diálogos Metropolitanos, realizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado. “Não são problemas isolados de um município ou outro. O estado tem que inovar, sendo um grande coordenador das ações. Os investimentos na Região Metropolitana acontecem de maneira alucinante. Esse é um problema do Rio, de São Gonçalo, da Baixada, Itaborai etc. É necessária uma política bastante articulada. A Alerj tem um papel fundamental nesse processo, até porque aprovamos todo tipo de lei, em especial empréstimos. O Rio tem um espaço fiscal muito propício. Por conta disso, aprovamos mais de R$ 14 bilhões em empréstimos”, comentou Melo. Dentre os projetos aprovados, o presidente destacou a concessão, do estado para a Prefeitura do Rio, do saneamento básico em Santa Cruz, entre outros pontos, como a logística para garantir o escoamento da produção fluminense. “Em Itaboraí, o problema é o mesmo que o de São Gonçalo, que vai sofrer muito com o Polo Petroquímico. Temos que ligar essas cidades, ter escoamento. E aí entra a RJ109, ou Arco Metropolitano, uma grande obra de mais de R$ 1 bilhão. A Alerj tem um papel preponderante e o Governo do estado precisa ser o articulador”, orientou o parlamentar. Mesas de reunião do evento aconteceram no plenário da Alerj, para definir a governança ideal. Também estiveram presentes na abertura o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP); o deputado Luiz Paulo (PSDB); o secretário de Estado de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa; o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio, Sydnei Dias Menezes; o vice-presidente do Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas, Luciano Pinto; e Jose Luiz de Souza, representando a Uerj.

Fotos: Gabriel Telles

Paulo Melo (PMDB)

Mesas debateram ações de governos O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), autor da primeira proposição legislativa sobre o tema, o Estatuto da Metrópole (PL 3.460/04), que define critérios para a organização dos municípios em regiões, também defendeu, na primeira mesa, as ações coletivas, mas considerou as melhorias distantes da realidade. "Infelizmente, falta muito ainda. Primeiro, uma presença maior dos governos estaduais. Segundo, uma compreensão dos municípios, prefeitos e câmaras municipais. Precisamos saber que essa é uma atividade que só pode ser coletiva e que extrapola os limites das cidades. Sem a participação da União é impossível desenvolvermos projetos, obras ou serviços, que são fundamentais para o desenvolvimento dessas cidades", comentou o palestrante. Na segunda mesa do encontro, a necessidade de um marco regulatório único para as regiões metropolitanas foi discutida pelo coordenador Nacional do Observatório das Metrópoles, Luiz Cesar Queiroz Ribeiro. Já os projetos para desenvolver as RMs de Recife, Santos e Campinas mobilizaram a terceira mesa. O jornalista Cezar Paccioli destacou, na quarta e última mesa, a necessidade de uma ação conjunta entre a União e os órgãos gestores da Região Metropolitana do Rio. Deputado federal Feldman considerou ações coletivas importantes para as regiões


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esporte

Gabriel Telles

Eô, eô, a torcida é paz e amor! Rafael Wallace

Morte e prisão de torcedores justificam proposições da Alerj para regulamentar entrada de torcida em estádios

A

F ernando Carregal

e

R aoni A lves

rquibancadas lotadas, bandeiras e cânticos. Tudo isso faz parte da atmosfera de uma partida de futebol. Entretanto, nos últimos anos, a violência das torcidas organizadas dentro e fora dos estádios tem modificado o panorama do esporte. Com o objetivo de combater esse fato e trazer de volta as famílias para os estádios, os deputados da Alerj criaram projetos de lei para controlar e gerenciar esses grupos de torcedores e puni-los por atos criminosos. Com o entendimento de que é necessário garantir a paz, os deputados Gilberto Palmares (PT) e Luiz Paulo (PSDB) criaram o projeto de lei 221/11, que disciplina o ingresso das torcidas organizadas nos eventos esportivos. "Reconhecemos a importância das organizadas para o espetáculo, mas temos de dar a elas responsabilidades. É um absurdo vermos mortes em confrontos, muitas vezes em situações previamente combinadas", comenta Palmares, afirmando ainda que "o principal objetivo do projeto é garantir a paz". Coautor do texto, Luiz Paulo referenda as palavras do companheiro de plenário:

Deputado Luiz Paulo acredita que acabar com as torcidas organizadas seria um contra-senso: "o fato a ser coibido é a violência de pequenos grupos" "A proposta consiste na criação de um cadastro prévio dos torcedores membros das organizadas que desejam participar dos eventos esportivos. Com isso, teremos possibilidades de identificar os responsáveis por possíveis conflitos e reprimi-los". O deputado aproveita para explicar que não defende a extinção desses grupos. "Seria um contra-senso acabar com elas, já que o fato a ser coibido é a violência oriunda de pequenos grupos dentro das organizações", ressalta. O gerenciamento das atividades das torcidas é defendido também pelas comissões da Casa. Presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia,

o deputado Zaqueu Teixeira (PT) apoia o texto. "Com a sugestão, alcançaremos a prevenção para os atos de violência. Punir com exatidão os culpados é criar a possibilidade de conscientização das próprias torcidas, que não vão querer perder o direito de frequentar os jogos", destaca. Quem também adere ao projeto é o presidente da Comissão de Esportes e Lazer, deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB): "É fundamental para melhorar as condições de convivência nos estádios e também criar um ambiente pacífico". Acontecimentos recentes como a morte de um torcedor em um confronto em Tomás Coelho, zona Norte do Rio, e


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Rafael Wallace

Guerreiros a favor da festa Ver as torcidas organizadas como sinônimo de vandalismo tornou-se comum. Mas, nem tudo resume-se à confusão quando o assunto são esses grupos. Contrários à distribuição de ingressos para torcedores, os Guerreiros do Almirante contam com cerca de 200 integrantes, que pagam suas entradas, viajam sem o auxílio do clube e evitam ter uniformes para não concorrer com o verdadeiro beneficiado: o Vasco da Gama. "Nascemos com um pensamento diferente do padrão. Queremos uma torcida organizada que seja em benefício do time. A ideia é reunir quem torce pelo Vasco. Não queremos pessoas sem esse ideal. Pode ser Força Jovem, Ira Jovem, o que for, mas o nosso sonho é que as torcidas tenham consciência de que, dentro de campo, cabe apenas

ao time. Da arquibancada, podemos interferir no resultado. Nossa vitória tem que ser através da festa, da animação e da paz", explicou Breno Batista (foto maior), 25 anos, um dos líderes da torcida fundada em 2006. Sobre a tentativa de regulamentar a distribuição de ingressos para as organizações que recebem esse benefício, Breno acredita que os projetos da Alerj podem ser determinantes para definir o perfil ideal do torcedor organizado. “Acho que toda tentativa de controlar a distribuição é valida e deveria partir também dos clubes. Esses ingressos é que vão determinar quem o time indica para estar no estádio e qual vai ser o perfil do torcedor. Isso influencia na questão da arrecadação que o clube deve priorizar”, avalia Breno.

Presidente da Comissão de Segurança, Teixeira diz que punir com exatidão é exemplo para todas as torcidas Thaisa Araújo

Raoni Alves

Fiorentini reforça que dirigentes também devem mudar mentalidade a prisão de 23 torcedores acusados de agredir "rivais" em Bangu, na zona Oeste, também influenciaram outra proposição. O projeto de lei 1.591/12, de autoria do deputado Waguinho (PRTB), determina penalidades às entidades esportivas em razão de atos ilícitos praticados por seus torcedores. O parlamentar enfatiza que "a violência das torcidas tem de parar. É extremamente necessário que o poder público adote medidas drásticas". A Federação de Futebol do Estado (Ferj) reuniu-se com representantes dos quatro grandes clubes esse mês, para elaborar sugestões tendo em vista o combate à violência das torcidas. "Entendemos que

as organizadas são importantes para o esporte e devem fazer parte do espetáculo, mas, de forma alguma, podem representar risco ou ameaça à segurança dos demais torcedores", lembra o presidente da Ferj, Rubens Lopes. A Polícia Militar é outro órgão que luta contra a violência nas arenas esportivas. Para isso, a organização criou, em 1991, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe). De acordo com comandante da unidade, tenente-coronel João Fiorentini, o principal problema é a mentalidade de torcedores e dirigentes. "Todos os órgãos envolvidos devem colaborar, já que a questão é de responsabilidade direta dos clubes e federações", avalia Fiorentini, que também aproveitou para elogiar a Alerj: "A criação de leis para combater a violência nos estádios é fundamental e o cadastro de organizadas é muito importante". Saber quantas pessoas estão envolvidas com as organizadas é um mistério. Em junho de 2011, o Ministério Público do Rio (MPRJ) assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com representantes de 36 grupos de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, todas com mais de 200 integrantes, aplicando suspensões para descumprimentos. Na internet, o site www.organizadasbrasil. com registra, no estado, 63 organizadas. (colaborou Diana Pires)

Chiquinho: proposta da Casa pode melhorar as condições nos estádios e criar ambiente mais pacífico

ENQUETE Você deixa de ir aos estádios por causa da presença de torcidas organizadas?

62% Sim

38% Não

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com


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capa Deputados buscam diminuir a falta de informação da população sobre doenças que têm nomes complicados e são pouco conhecidas

V

F ernanda Porto, Bárbara S ouza e Camilla Pontes

ocê conhece a miastenia grave, a Síndrome de Hellp e a distrofia muscular? Em comum, além dos nomes complicados, essas doenças são tema de leis aprovadas pela Alerj e figuram como exemplos mais recentes de um comportamento frequente no Parlamento fluminense: a busca pela visibilidade de males pouco conhecidos, garantindo benefícios a seus portadores e a divulgação de informações sobre sintomas e tratamentos. “Medidas simples que não só combatem o preconceito, como garantem o diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas”, define o deputado Dionísio Lins (PP), autor da Lei 6.259/12, que cria campanha de conscientização sobre a miastenia grave – que causa fraqueza muscular – e obriga o treinamento de profissionais de saúde para seu tratamento. Saindo do papel, as novas normas terão a chance de causar, na vida de mais pessoas, o que a Lei 3.161/98 promoveu. Voltada para o tratamento da anemia falciforme, ela assegura o exame de diagnóstico, cobertura vacinal completa, medicação necessária ao tratamento, acompanhamento especializado desde o pré-natal e assistência médica integral por toda a vida do paciente. E, além dessas medidas, garante o aconselhamento genético e atividades informativas para os casais em condições de risco. A médica hematologista pediatra Patrícia Moura chama atenção para as vantagens da divulgação de informações sobre a anemia: “É muito importante e melhora a vida do paciente, pois ele aprende a lidar com as intercorrências (desdobramentos da doença)”. A assistente social Márcia Helena, que lida com o programa Primeiros Passos de Triagem Neonatal, do HemoRio, Centro do Rio,

O difíci Rio de Janeiro, 16 a 30 de setembro de 2012

A menina Laisa (acima) tem anemia falciforme e, por conta disso, frequenta o HemoRio. Já Gabriel (foto ao lado) sofre de Tetralogia de Fallot, uma cardiopatia congênita, que retardou o seu crescimento: ele demorou a andar, a falar e a ganhar peso. Os pais dessas crianças não tinham informações sobre as doenças, razão pela qual o médico Celestino Esteves (p. 7) elogia a criação de leis para a instituição de campanhas de esclarecimento

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Gabriel Telles

Rafael Wallace

Rafael Wallace Zô Guimarães

Para combater o preconceito e garantir benefícios, Bebeto (alto) e Lins criaram leis e projetos sobre a Síndrome de Recklinghausen e a miastenia grave no qual se realiza o teste do pezinho, evidencia a eficiência dessa ação. “A criança é convocada e vem imediatamente iniciar o tratamento”, afirma. Laisa Eduarda Souza, nove anos, foi encaminhada ao HemoRio, especializado em tratamento de doenças no sangue, logo após o teste do pezinho dar positivo. “A gente não sabia nada sobre anemia falciforme, pois não tínhamos casos na família”, diz sua avó, Maria Rodrigues. "O esclarecimento no hospital foi total. A gente recebe as cartilhas e leva pros familiares e para a escola. Com leis, esse trabalho só tende a ser reforçado", acredita. Projetos em tramitação na Casa também buscam jogar luz sobre condições médicas ainda pouco conhecidas. Um deles é o 1.227/12, do deputado Átila Nunes (PSL), que prevê a instituição do dia 12 de junho como de conscientização sobre as cardiopatias congênitas, que são má-formações do coração e não têm causa genética, embora possam estar associadas a síndromes como a de Down. “A visibilidade que campanhas passaram a dar a outras doenças relegaram o coração a um papel secundário. Mas, ele continua matando, e o discurso sobre hábitos prejudiciais a esse órgão

desconsidera a questão congênita, as crianças”, argumenta Nunes. Posta em prática, a proposta pode evitar casos como o enfrentado pelo casal Michell Fernandes e Cíntia Dias, que descobriram, depois do nascimento da Maria Carolina, hoje com 27 dias, que a menina tinha Transposição das Grandes Artérias (TGA). Maria chegou a ter uma parada cardíaca e ficou internada, sofreu uma cirurgia no dia 10 de setembro e teve hemorragia, mas, passado o susto, está bem, recebendo tratamento no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac). É onde também está sendo cuidado de Tetralogia de Fallot, outra cardiopatia, o menino Gabriel, de um ano e oito meses. “O crescimento do Gabriel foi tardio, demorou a andar, falar e ganhar peso. Agora, ele está bem, é saudável e brinca como uma criança normal. Meu filho nasceu de novo”, desabafa a mãe Zeni Pacheco, que também não tinha conhecimento dos sintomas da doença. Há ainda propostas que buscam combater o preconceito e preservar portadores de doenças debilitantes. É o caso do projeto de lei 649/11, do deputado Bebeto (PDT), que inclui os afetados pela Síndrome de Recklinghausen, ou

neurofibromatose, entre os portadores de deficiência com direito a benefícios. A intenção, diz Bebeto, é inserir essas pessoas no mercado de trabalho, combatendo o preconceito sofrido pela doença, que causa tumores cutâneos. Para o neurocirurgião Celestino Esteves, que atua no Hospital Federal dos Servidores do Estado, a doença genética, embora não seja debilitante, tem consequências que tornam os doentes portadores de necessidades especiais e de estigmas que podem ser minimizados por essa proteção. “O projeto pode ajudar a elevar a autoestima desses pacientes, seja por meio de tratamentos mais acessíveis, benefícios e todos os outros ganhos dos portadores de necessidades especiais”, diz.

Veja glossário de doenças e endereço de hospitais especializados em cardiopatias. http://j.mp/JA256_box Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular


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capa

PING-PONG Francisco Chamié

Legislativo em prol do tratamento Gabriel Telles

Cíntia Dias descobriu que a filha Maria Carolina, de 27 dias, sofre de TGA

Leis Lei 3.161/98, do ex-deputado Marcelo Dias, com regras sobre atendimento de portadores de traço e anemia falciforme Lei 4.553/05, do deputado Paulo Melo (PMDB), que cria campanha de conscientização sobre Mal de Parkinson Lei 4.859/06, do ex-deputado Dr. Ogando, que cria o programa de divulgação da Doença de Usher Lei 4.817/06, do deputado Roberto Dinamite (PMDB), que cria programa de apoio a mulheres com neoplasia trofoblástica Lei 5.354/08, da deputada Graça Pereira (PSD), que cria campanha de prevenção e conscientização da Síndrome ou Transtorno do Pânico Lei 5.563/09, do deputado Sabino (PSC), que cria campanha estadual de Prevenção e Conscientização do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) Lei 6.259/12, do deputado Dionísio Lins (PP), que cria campanha sobre miastenia grave Lei 6.299/12, do deputado Luiz Martins (PDT), que cria semana de conscientização sobre Síndrome de Hellp; Lei 6.308/12, da deputada Claise Maria Zito (PSD), que a Semana Estadual de Informação e Conscientização Sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

Projetos Projeto 649/11, do deputado Bebeto (PDT), que inclui portadores de neurofibromatose emtre os portadores de necessidades especiais Projeto de lei 780/11, da deputada Janira Rocha (PSol), que instituí o Programa de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Portadoras de Doenças Crônicas, beneficiando portadores de fibromialgia, miastenia, lupus eritromatoso, entre outros Projeto de lei 986/11, do deputado Marcio Pacheco (PSC), que cria instituto de reabilitação para doenças profissionais, entre as quais a Síndrome de Burnout, ou de esgotamento profissional Projeto 1.227/12, do deputado Átila Nunes (PSL), que institui Dia Estadual de conscientização sobre cardiopatias congênitas

Chefe do setor de Cardiologia Intervencionista dos Defeitos Estruturais e Congênitos do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSFE)

Como é o tratamento das pessoas que descobrem serem cardiopatas congênitas na idade adulta? Há dois tipos de pacientes adultos: aqueles que não fizeram o diagnóstico durante a infância e aqueles que tiveram seu diagnóstico, foram operados e, hoje, podem possuir cardiopatias adquiridas. Quem lida com paciente congênito é o pediatra, que não sabe lidar com a doença no adulto; já o cardiologista generalista não lida com a doença em crianças. Esse é o maior problema que enfrentamos. Para isso, existe um grupo de pessoas que se dedica ao estudo das cardiopatias congênitas em adultos. O índice de morte é alto? Depende do defeito. Há a cardiopatia que mata em 90% dos casos se não for operada nos seis primeiros meses de vida. Há aquelas em que o índice de morte pode chegar a quase 100% se o bebê não for operado no primeiro mês de vida. E há a cardiopatia em que a pessoa vive sem grandes problemas. Quais são os exames que detectam as cardiopatias? Eletrocardiograma, raio-x do tórax e ecocardiograma transtoráxico. O senhor acredita que a criação de campanhas pode auxiliar os pacientes? Qualquer tipo de campanha de esclarecimento é útil, quando se tem condições de direcionar a população para o tratamento correto. Dessa forma, há mais chances de esse tratamento ser bem-sucedido. Camilla Pontes


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livro

Trânsito livre

Divulgação

Cineclube Reprodução

A Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na Rua da Alfândega, 5, Centro do Rio, tem uma programação bastante variada de filmes em seu cineclube. O espaço é uma importante atividade de extensão da escola, onde alunos e professores participam da programação e das apresentações das obras cinematográficas, como parte das atividades de formação. As sessões são gratuitas e abertas ao público. As próximas atrações são Paulo Gracindo, o Bem-Amado (foto), de Gracindo Júnior, dia 20 de outubro, e Vejo você no próximo verão, de Philip Seymor Hoffman, no dia 27 de outubro, sempre às 18h. Para falar com a escola, ligue para (21) 2233-0224 ou 2516-3514.

Ex-deputado fala sobre operação que coordenou durante os dois primeiros anos

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S ymone Munay

ando prosseguimento às comemorações da Semana Nacional de Trânsito, que, este ano, teve como tema Não exceda a velocidade e ocorreu entre os dias 18 e 25 de setembro, a Alerj sediará o lançamento do livro Salvando vidas - drama e esperança nas ruas do Rio de Janeiro, de autoria do chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Governo, o exdeputado federal Carlos Alberto Lopes. O evento acontecerá no próximo dia 18 de outubro, a partir das 17h, no Salão Nobre do Palácio Tiradentes, Centro do Rio. “A minha intenção é que a publicação sirva de orientação aos cidadãos como alerta para essa importantíssima questão: os acidentes de trânsito no mundo e em nosso País. É um assunto grave, que fere, mutila e mata mais do que as guerras”, ressalta o autor. “Ninguém está proibido de beber, mas, se desejar fazê-lo, não dirija para não haver consequências fatais para outras pessoas”, pontua. Salvando vidas, com 40 capítulos, retrata o passo a passo da política pública conhecida como Operação Lei Seca, coordenada por Lopes durante os dois primeiros anos de vigência da

CORREDOR CULTURAL

Exposição

Obra escrita por Alberto Lopes conta ações da Lei Seca em 40 capítulos Lei federal 11.705/08, quando o exdeputado era subsecretário de Estado de Governo. Modificando o Código de Trânsito Brasileiro, a ação vem fiscalizando o cumprimento da proibição do consumo de álcool nas vias do estado – não podendo ser superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 decigramas de álcool por litro de sangue). O motorista transgressor é multado, pode ter a carteira de habilitação suspensa por 12 meses e ser detido.

Paisagens marinhas e montanhas são a temática explorada pela artista plástica francesa Guillaine Querrien. Foi entre a exuberância de Búzios e a beleza da mata que avista de sua janela, no Jardim Botânico, zona Sul do Rio, onde mantém moradia há 25 anos, que Guillaine buscou inspiração para 14 telas a óleo e nove pastéis sobre papel. A exposição Fluxos e relevos permanece em cartaz até 28 de outubro, no Centro Cultural dos Correios, na Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Para mais informações, ligue 2253-1580. A entrada é franca e o espaço funciona de terça a domingo, das 12h às 19h.


Foto: Rafael Wallace

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Tranquilidade para o turista Feira Brite movimenta setor que corresponde a 4% do PIB fluminense

O

Vanessa S chumacker

bom momento econômico e a pacificação de comunidades do Rio foram ressaltados como prioritários para o crescimento do turismo no estado pelos participantes presentes à abertura oficial do Salão de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Brite 2012 (foto acima), no dia 28, nos Armazéns 3 e 4 do Cais do Porto, Centro da capital. Presente na abertura, o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), salientou que o Rio é o destino escolhido por 35 % dos turistas que visitam o Brasil. “O Rio vive um novo momento e tem aquilo que o turista mais precisa, que é a tranquilidade. Isso

se deu graças à política de segurança pública do Governo. Com ela, a atividade turística se desenvolve de uma maneira muito forte”, avaliou Melo. Durante a solenidade, o parlamentar foi homenageado com um escultura, entregue pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (Abih-RJ), Alberto Lopes. “É importante para o Rio e para a Assembleia participar desse evento, porque, nesse processo transformador pela qual passou o estado, a Alerj sempre figurou como um dos atores principais”, lembrou o presidente da Casa. Segundo Lopes, o panorama não só do turismo, mas da cidade, é o melhor possível. “O Rio está na moda, na 'crista da onda'. A hotelaria vai ter um crescimento de 40 % até as Olimpíadas de 2016. Isso é um crescimento histórico na cidade. Cerca de 40 mil novos postos de trabalho direto e indiretos

serão criados. Até as Olimpíadas serão 15 mil novos quartos e cerca de mais 150 hotéis no estado”, adiantou. De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Ronald Ázaro, o objetivo do salão, que aconteceu nos dias 28, 29 e 30 de setembro, foi promover não só os atrativos turísticos do estado do Rio como também o artesanato, a gastronomia e as diversas manifestações culturais. “O público do Rio vai conhecer melhor o interior do nosso estado e vai ter também a oportunidade de ficar por dentro de outros equipamentos e espaços turísticos do País”, contou Ázaro, que disse, ainda, que, atualmente, um em cada 11 trabalhadores está ligado à atividade turística. “O turismo movimenta cerca de 50 setores e é responsável por aproximadamente 4% do PIB fluminense, o que corresponde a R$ 319 bilhões”, completou o secretário. Gabriel Telles

curtas Consumidor A Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, presidida pela deputada Cidinha Campos (PDT), entrou com nova ação judicial contra as concessionárias MetrôRio e SuperVia, para condená-las a indenizar os danos materiais e morais sofridos pelos passageiros vítimas dos incidentes ocorridos nos últimos cinco anos. Segundo Cidinha, as principais reclamações têm sido relacionadas a atrasos nos horários, acidentes no embarque e superlotação, entre outras.

Visita ao Bope Os alunos do curso de Aprimoramento Parlamentar em Políticas de Segurança Pública visitaram, no dia 17, o Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar (Bope). O curso é promovido pela Escola do Legislativo (Elerj), em parceria com a PM. O subcomandante do setor administrativo do Bope, major João Busnello, recebeu os estudantes e apresentou a infraestrutura da sede e a história e os princípios do batalhão.


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BARCAS

Ac ga es r a so nt ido

Gabriel Telles

Cadeirante acompanhou deputado em inspeção na estação de Niterói

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Bárbara S ouza

residente da Comissão Especial da Alerj que acompanha a auditoria nas barcas, o deputado Gilberto Palmares (PT) conferiu as dificuldades encontradas por cadeirantes nos acessos às estações Araribóia e Praça XV, durante vistoria realizada no dia 19. O parlamentar, que foi acompanhado pelo presidente da CCR, empresa que assumiu recentemente o controle das barcas, Márcio Roberto Moraes Silva, visitou as obras de ampliação na estação de Niterói e disse que o momento deve ser aproveitado para as melhorias necessárias

para garantir a acessibilidade. “É um momento propício para isto, que não pode ser desperdiçado”, garantiu. Luiz Cláudio Pontes, usuário frequente do transporte aquaviário e portador de deficiência física, acompanhou o grupo no trajeto e mostrou suas dificuldades como cadeirante nos acessos à embarcação. “Sou usuário das barcas e sei que, por onde passa todo mundo, nem sempre passa uma cadeira de rodas”, apontou. Palmares sugeriu adaptações que facilitem o acesso de pessoas portadoras de deficiência e com mobilidade reduzida, de acordo com o que exige a Lei 6.138/11, que regulamenta o funcionamento das barcas.

A CCR deu início às obras de ampliação da estação Araribóia, em Niterói, esse mês. Gilberto Palmares alertou para a necessidade de preparar os tripulantes para receberem os passageiros com necessidades especiais: “É importante que haja um treinamento da tripulação para que possam ajudar na principal dificuldade do cadeirante, que é a hora do embarque e do desembarque”. O presidente da CCR garantiu que a empresa está tomando as

providências para resolver os problemas apontados. “Estamos desenvolvendo um projeto de melhoria da estação em Niterói e faremos as correções para dar mais conforto e autonomia ao cadeirante. Estamos recuperando a estrutura já existente e vamos mais do que dobrar a capacidade da estação Araribóia, que será climatizada. Teremos condições bem melhores do que as que temos hoje”, afirmou Moraes Silva (foto).

Gava Muzer

CCR: estação Araribóia, em Niterói, será climatizada

Segundo o petista, as conclusões da visita constarão no relatório da comissão, para que possam ser feitas as devidas cobranças. “A nossa medida foi trazer uma pessoa que enfrente esses problemas. Esse evento foi importante, pois anotamos as nossas observações. Vamos colocar tudo no relatório da comissão e seguir fiscalizando”, disse o presidente do colegiado. Palmares comentou ainda que a maior parte das reclamações dos passageiros refere-se ao longo tempo de viagem, à conservação das embarcações e à falta de qualidade no serviço de integração entre outros modais de transporte.


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Rio de Janeiro, 16 a 30 de setembro de 2012

PROJETO DE LEI Foto: Rafael Wallace

Altos e baixos

A

Vanessa S chumacker

uxiliar administrativo, Joseane Azevedo (loura na foto) passa mais tempo do que devia na fila de um banco por não ser vista pelo caixa do guichê. Ela também já teve dificuldades em obter informações sobre um filme na bilheteria do cinema e deixou de descer no ponto certo do ônibus por não conseguir alcançar a campainha. Joseane é portadora de nanismo e essas são algumas dificuldades encontradas por pessoas como ela no dia a dia. Para assegurar melhores condições de vida para pessoas com deficiência, principalmente os que usam cadeiras de roda, o deputado Bernardo Rossi (PMDB) apresentou o projeto de lei 599/11, aprovado na Casa, que ainda depen-

de da sanção do governador Sérgio Cabral. “Essa é uma questão importante, pois os cadeirantes e outras pessoas com necessidades especiais têm dificuldades para serem atendidos em guichês, que costumam ser altos”, afirma. O parlamentar lembra que a regra vale tanto para o Metrô quanto para bancos, cinemas, teatros, loterias e estabelecimentos que utilizem guichês. “Não é só uma questão de acessibilidade em um transporte, mas uma garantia de acesso à cidadania”, registra. Para Joseane, é importante que as autoridades se conscientizem da necessidade de adequar os serviços também para anões. “Nada foi pensado para a nossa altura”, reclama. Juliana Santos, que mede 1,25m, concorda. “Encontramos muitas dificuldades no nosso cotidiano. Geralmente, pensam muito na altura de cadeirantes e vamos ‘na cola’ deles, mas, muitas vezes, só isso não resolve”, diz.

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