Fotos postadas nas redes sociais descortinam arquitetura do Palácio Tiradentes PÁGINAS 4 e 5
JORNAL DA ALERJ A S S E M B L E I A L E G I S L AT I VA D O E S TA D O D O R I O D E J A N E I R O Ano X - N° 261 – Rio de Janeiro, 1º a 20 de dezembro de 2012
É o bicho!
Divulgação
Deputados apresentam projetos para garantir segurança dos animais nos pet shops e evitar os maus tratos divulgados pela imprensa
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ALERJ
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Rio de Janeiro, 1º a 20 de dezembro de 2012
Frases
você sabia? Thaisa Araújo
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O objetivo principal é preservar a visão de quem necessita utilizar lentes corretivas, pois os produtos falsificados ocasionam, com o uso contínuo, graves lesões, podendo inclusive levar à cegueira definitiva
”
Márcio Panisset (PDT), sobre os certificados de qualidade e garantia que as óticas podem ter que oferecer
“
Esta proposta é vantajosa do ponto de vista social, porque aumenta a autonomia das pessoas com deficiência, e também no aspecto comercial, uma vez que a demanda existe e tende a aumentar
”
Domingos Brazão (PMDB), ao justificar projeto que obriga locadoras a manter veículos adaptados para pessoas com deficiência
“
Diversos consumidores têm sido literalmente enganados ao entrar em lojas e se deparar com um valor real muito superior ao anunciado. Esta prática tem que acabar
”
Altineu Cortes (PR), ao falar sobre projeto para que as lojas deem destaque, em anúncios, ao valor para compra à vista e não ao preço das parcelas a prazo
Hipertensão não é coisa apenas de adultos Através da Lei 5.172/07, do deputado Roberto Dinamite (PMDB), foi criado o programa de apoio, acompanhamento e tratamento de crianças e adolescentes com hipertensão arterial precoce. O serviço deve ser oferecido em órgãos públicos de saúde do estado, contar com médico clínico, cardiologista infantil e nutricionista na equipe de atendimento. Quando placas de gordura se aderem à superfície das artérias, elas se tornam mais espessas e estreitas e o fluxo sanguíneo é prejudicado. Se o problema persistir, as artérias perdem sua elasticidade – fazendo com que entupam ou se rompam. Por isso, a lei propõe acompanhamento específico para aqueles que desenvolvem a doença cedo e têm mais chances de, ao atingir a maturidade, apresentar quadros de insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e alterações na retina. Tanto o paciente quanto seus familiares de primeiro grau devem fazer exames clínicos e laboratoriais. “O mais interessante do programa, além de seu caráter preventivo, é a possibilidade que ele dá ao estado de ter uma estatística dos casos de hipertensão em jovens”, afirma o parlamentar. Pré-Vestibular Social
Inscrições abertas até o dia 5 de fevereiro de 2013
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Presidente Paulo Melo 1ª Vice-presidente Edson Albertassi 2º Vice-presidente Gilberto Palmares 3º Vice-presidente Paulo Ramos 4º Vice-presidente Roberto Henriques 1º Secretário Wagner Montes 2º Secretário Graça Matos 3º Secretário Gerson Bergher 4ª Secretário José Luiz Nanci 1a Suplente Samuel Malafaia 2 o Suplente Bebeto 3º Suplente Alexandre Corrêa 4º Suplente Gustavo Tutuca JORNAL DA ALERJ Publicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Jornalista responsável Luisi Valadão (JP-30267/RJ) Editor-chefe: Pedro Motta Lima
As inscrições para o polo do Pré-Vestibular Social (PVS) da Escola do Legislativo do Estado (Elerj) estão abertas até o dia 5 de fevereiro de 2013. Oferecido pela Fundação Cecierj, o curso é gratuito, voltado para estudantes de baixa renda e vai disponibilizar 320 vagas. O PVS é dirigido a pessoas que já concluíram ou estarão frequentando o último ano do ensino médio em fevereiro do ano que vem e que desejam chegar à universidade, mas que não têm condições de arcar com os custos dos cursos preparatórios particulares. As aulas têm início previsto para a primeira quinzena de março de 2013. As inscrições devem ser feitas pelo site www.pvs.cederj.edu.br, com entrega dos documentos nos locais indicados no edital ou enviados pelos Correios. Mais informações através do telefone 0800 282 0636.
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Editor: Everton Silvalima Chefe de reportagem: Fernanda Galvão Equipe: Ana Paula Teixeira (diagramação), André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker Edição de Fotografia: Rafael Wallace Edição de Arte: Mayo Ornelas Secretária da Redação: Regina Torres Estagiários: Amanda Bastos, Bárbara Souza, Bruna Motta, Buanna Rosa, Camilla Pontes, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Gava Muzer (foto), Laura Zago, Rodrigo Stutz e Ruano Carneiro (foto) Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404 Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP 20010-090 – Rio de Janeiro/RJ Email: dcs@alerj.rj.gov.br www.alerj.rj.gov.br www.twitter.com/alerj www.facebook.com/assembleiarj www.alerjnoticias.blogspot.com www.radioalerj.posterous.com Impressão: Imprensa Oficial Tiragem: 5 mil exemplares
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royalties
Gabriel Telles
Educação que vale ouro
O
Vanessa S chumacker
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu, em evento na Alerj, a aplicação de todos os recursos derivados dos royalties do petróleo e do pré-sal na educação. “O petróleo é uma riqueza não renovável, os royalties não existirão para sempre e as futuras gerações não terão acesso a essa riqueza. Portanto, nós, que estamos antecipando o uso desse recurso, temos que pensar no futuro do Brasil e em uma educação de qualidade”, disse. Mercadante também manifestou apoio a uma carta-compromisso firmada, no dia 4, pelas 33 entidades da sociedade civil e universidades que compõem o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, com objetivo de promover um novo acordo pela inovação do setor. O documento contou ainda com o apoio da Associação Brasileira de Educação (ABE). Presidente da Alerj e do Fórum, o deputado Paulo Melo (PMDB) comentou que a aplicação desses recursos deve servir para uma melhor qualificação da mão de obra. “Somente dessa forma o Brasil de amanhã acontecerá com a consistência que
queremos, e a oferta da educação ocorrerá de forma igualitária, para que todos tenham oportunidades”, defendeu. Mercadante ressaltou ainda o papel decisivo que a educação tem no País e afirmou que o desenvolvimento dela continua sendo o maior desafio dos governos. “A União está disposta a colocar todos os royalties do petróleo na educação. A presidente Dilma Rousseff, ao vetar a lei da redistribuição, assegurou o respeito aos contratos, o que é fundamental, mas ela quer que, daqui para a frente, 100% dos recursos sejam dedicados ao setor”, reforçou. O ministro também classificou a decisão como “uma demonstração muito importante do País que queremos ser, que poderemos ser, se usarmos com inteligência essa riqueza fantástica que é o pré-sal”. “O que aconteceu com alguns dos países que são grandes produtores e exploradores de petróleo? Não são modelos civilizatórios, não diversificaram suas economias. E alguns têm os piores indicadores de desenvolvimento humano”, alertou Mercadante. Presidente da Comissão de Educação da Alerj, o deputado Comte Bittencourt (PPS) qualificou a atitude da presidente Dilma como “uma grande vitória para o estado do Rio”. “Esse é o comprometimento com uma política única de educação”, assegurou o parlamentar.
Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia (foto abaixo) disse que esse envolvimento coletivo é fundamental para o desenvolvimento do estado e aproveitou para anunciar a inauguração de uma escola integral no próximo dia 19, no Andaraí, zona Norte do Rio. De acordo com Risolia, o modelo pedagógico dessa escola foi desenvolvido em parceria com a iniciativa privada e começará a funcionar com o conceito “integral, integrado”. “Essas empresas são as demandadoras de mão de obra, ou seja, elas precisam ter a visão de que a juventude de hoje será o consumidor de amanhã ou será quem vai trabalhar nessa empresa amanhã”, afirmou. Também estiveram presente na solenidade os deputados Paulo Ramos (PDT), Roberto Henriques (PSD) e Aspásia Camargo (PV), o presidente da Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Redetec), Paulo Alcântara Gomes, e o presidente da ABE, João Pessoa de Albuquerque.
Thaisa Araújo
Ministro defende aplicação de 100% dos recursos do petróleo na rede de ensino
Escola integral e integrada
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
História para ser curtida Hábito de postar fotos vira febre e contempla ângulos inusitados da sede da Alerj
C A ndré Nunes
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L aura Z ago
Cláudio Franco
om mais de 17 mil seguidores, juntando o Twitter e o Facebook, a Alerj tornou-se assunto para uma nova tendência que invadiu a internet após a explosão das mídias sociais: a divulgação de fotos (muitas tiradas via celular). A beleza arquitetônica do Palácio Tiradentes, sede do Parlamento, tem levado os mais de 40 mil visitantes anuais que transitam pelos corredores do prédio a criar álbuns e a compartilhar sua visão muito particular de uma parte da história do corredor cultural do Centro do Rio. O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), acredita que esse “modismo” ajuda a Casa a se inserir cada vez mais no cenário carioca. “Hoje, a Alerj faz parte do corredor cultural da cidade do Rio. Conhecer o Palácio Tiradentes é viajar no tempo, tendo a certeza de que história, cidadania e democracia caminham juntas”, ressalta. A opinião do peemedebista é semelhante à do presidente da Frente Parlamentae pelo Desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI), deputado Gustavo Tutuca (PSB). “Essa tendência ajuda no contato entre o poder público e a sociedade civil”, afirma. Ele vai além, acrescentando que as redes sociais também ajudam a população a acompanhar melhor o trabalho dos parlamentares: “A interação através de ferramentas, como o Facebook, por exemplo, é muito importante, pois aproxima as pessoas da política. Isso facilita o nosso trabalho e esclarece muitos pontos, pois as pessoas se interessam mais e sentem que é mais fácil cobrar de seus representantes”, crê. Além dos celulares, outro elemento alimenta essa nova forma de interação: as redes 3G, que permitem a transmissão de dados e fotos em alta velocidade. Hoje, 70% de todas as interações feitas pelos mais de 800 milhões de usuários
Ga briel Tel les
Cláudio Franco gosta de saber o que as pessoas comentam sobre suas fotos do Facebook, por exemplo, são relativas a fotos. “A fotografia, para mim, se tornou um hobbie. Ouvir o que as pessoas pensam sobre o que eu registro faz parte disso tanto quanto o ato de fotografar em si. Gosto de saber o que as pessoas são capazes de ver através do meu olhar e, com as redes sociais, isso fica muito mais fácil e rápido, além de atingir mais pessoas”, conta o servidor público federal Samuel de Oliveira Freiras, que já publicou várias fotos do Palácio Tiradentes em suas páginas nas redes sociais.
Planejador financeiro da Petrobras, Cláudio Franco é fotógrafo amador e usa como cenário favorito o Centro do Rio. “Aproveito a minha hora do almoço para fotografar o Centro. Isso é uma forma de mostrar o que perdemos na correria do dia a dia. Locais como o Palácio Tiradentes e o Theatro Municipal se destacam de todos os prédios ao redor com o peso da história nas paredes. Já quando compartilho, gosto de ver o que as pessoas comentam, principalmente no Flickr ou em outras redes sociais voltadas exclusivamente para fotos,
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Mídias Sociais
onde posso receber um feedback mais apurado”, ressalta. Segundo o chefe de monitoramento da exposição permanente Palácio Tiradentes: Lugar de memória do Parlamento brasileiro, Gilberto Catão, o cenário histórico do palácio propicia a formação de “espaços não formais de educação”. “O conceito muda, pois as pessoas que passam na rua e veem um palácio percebem, quando entram nele, que podem participar disso. Assim, aquilo que aprendem em sala de aula torna-se mais vivo e íntimo. Isso faz com que os cidadãos fiquem mais à vontade para fotografar, postar, comentar e criticar”, avalia.
@samuelfreitasrj Samuel Freitas Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Like an angel
#alerj http://flic.kr/p/cg26LG
8:24 - 4 Dez 12
@augustobottura Augusto Bottura Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Palácio da História A arquitetura do Palácio Tiradentes – inaugurado em 1926 – destaca-se por mesclar estilos franceses e neoclássicos, pelos afrescos e esculturas presentes no prédio. Para conhecê-lo, há visitas guiadas, onde são destacados o Plenário Barbosa Lima Sobrinho, com sua cúpula composta de vitrais; o piso em mosaico do prédio – uma criação artesanal; o Salão Nobre; a Biblioteca; as salas das comissões; a escadaria que dá acesso ao Salão Nobre; e, finalmente, a exposição fotográfica, que aponta os principais fatos da história política brasileira e também do Parlamento fluminense. A mostra encontra-se aberta ao público em geral com entrada franca. Os horários de funcionamento são das 10h às 17h, de segunda-feira a sábado, e das 12h às 17h, nos domingos e feriados. Interessados em realizar uma visita monitorada devem solicitar agendamento pelo telefone (21) 2588-1251.
#Alerj http://instagr.am/p/RqCKaOieNV/
9:47 - 5 nov 12
@claudiohfg Cláudio Henriques Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Além do processo legislativo do Estado do Rio de Janeiro, a ALERJ comporta exposições de arte. http://t.co/ZOzky0Tm
5:00 - 8 out 12
Gabriel Telles
@ludper Luciana Duarte Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Alerj - rj Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
http://flic.kr/p/dhfkW4
11:25 - 6 out 12
Tutuca acredita que postagens aproximam poder público da sociedade
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Buanna Rosa
Animais em segurança Cuidados para lidar com a estética dos animais de estimação são pontos principais de projetos de lei
Projetos têm intuito de garantir o acompanhamento do banho e da tosa F ernanda Porto, A manda Bastos Buanna R osa
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ídeos de cachorros sendo agredidos durante o banho em um pet shop no Engenho de Dentro, zona Norte do Rio, em outubro, chamaram a atenção e foram tema de matérias em todo o País. Como no Brasil estudos apontam que 25% das pessoas têm um animal de estimação, a crueldade foi repercutida como um alerta. Esses estabelecimentos, em expan-
são no estado, são preparados para lidar com nossos animais? Passada a revolta, iniciativas para garantir o tratamento adequado dos bichinhos começaram a proliferar. Na Alerj, tramitam cinco projetos de lei, quatro deles apresentados em consequência das denúncias. Nas propostas, é recorrente a garantia de acompanhamento dos procedimentos de banho e tosa, seja através da instalação de vidros ou de câmeras. “Recentes matérias mostraram como há uma lacuna na nossa legislação, como a falta de uma normatização com parâmetros para esse serviço”, salienta o deputado Dionísio Lins (PP), autor
do projeto de lei 1.785/12, que regula a atividade dos pet shops. Ao texto de Lins serão anexados os projetos 1.792/12, do deputado Edino Fonseca (PEN), e 1.806/12, do deputado Marcus Vinicius (PTB). Este último prevê o uso de câmeras, o que a proposta de Lins não estabelece, enquanto o primeiro inova na previsão de que as filmagens sejam transmitidas via internet para acompanhamento pelos donos. Vinicius defende que a legislação precisa “salvaguardar esses animais, que não possuem o dom da racionalidade para denunciar e, em muitos casos, são vítimas de longa
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Rafael Wallace
Rafael Wallace
Pedro Augusto quer proibir a venda
“Lacuna na legislação”, aponta Lins
data de maus profissionais”. Já Fonseca conta que passou por situação que justifica o controle: “Tinha dois cachorros que ficavam visivelmente estressados e amedrontados quando eram buscados para o banho. A possibilidade de acompanhamento desfaz qualquer dúvida que os donos tenham sobre maus tratos”. Esclarecer dúvida que paire sobre o tratamento que o animal recebe é o desejo de todos os donos. Até como forma de evitar casos como o vivido pela dona de casa Ana Maria Aguiar de Medeiros, moradora da Tijuca. Em agosto desse ano, sua cadela Nala, da raça golden retriever, foi queimada na barriga durante a tosa higiênica. “Isso só aconteceu porque a máquina de tosar fica ligada o dia todo, é utilizada em vários animais e acaba esquentando muito. Os funcionários deveriam desligá-la durante algum tempo para
que esfriasse, mas não fazem”, relatou Ana Maria, que dá banho em Nala e usava o pet shop só para a tosa. “Depois desse episódio, passei a ficar com receio”, admite. O uso de câmeras, previsto ainda no projeto de lei 1.786/12, do deputado Átila Nunes (PSL), passou a ser a principal reivindicação da estudante Stella Sousa, moradora de São João de Meriti, depois que seguiu o empregado da pet shop onde seu poodle Beethoven tomava banho e era tosado e flagrou a agressão. “Estava desconfiada do hábito que ele adquiriu de se esconder do empregado da loja. Ao segui-lo, vimos que ele era tratado com agressividade e colocado em uma gaiola muito pequena”, conta, afirmando que pensou em processar o serviço, mas foi dissuadida por um advogado. “A partir de então, passei a alertar os amigos sobre a loja. Mas acho que leis que impeçam esse desleixo e
agressividade precisam ser aprovadas no estado”, defende. Para Nunes, a filmagem tem efeito preventivo: “A câmera garante maior atenção ao que está sendo feito, evitando deslizes”. A pequena gaiola que Stella citou foi a razão alegada pelo deputado Pedro Augusto (PMDB) para apresentar o projeto de lei 1.598/08, que proíbe a comercialização de animais nessas lojas. “Eles ficam confinados em pequenas jaulas, sob aquela luz forte, em um ambiente estressante. Essa proposta não quer impedir o comércio, mas garantir o bem estar dos animais”, explica.
Nala foi queimada na barriga durante tosa higiênica. Sua dona passou a ter receio de pet shops
Buanna Rosa
Divulgação
Escândalo motiva lojas a darem exemplo Gabriela Benício (foto), de oito anos, garante que a terça-feira é o seu dia favorito. Por quê? “É o dia de trazer o Tufão na pet shop. Gosto de ver ele tomando banho. É bem legal”, comentou a menina, que batizou o cachorro em homenagem ao personagem interpretado por seu tio famoso na novela Avenida Brasil. “Eu levava o Tufão em outra pet, mas lá não havia essa parede de vidro que me possibilita assistir ao banho e à tosa dele. Esse cuidado que eles têm em mostrar como é feito o serviço é fundamental, pois, além de dar mais segurança aos clientes, serve para certificar que os funcionários vão manter o respeito com o animal. O carinho tem que ser perceptível”, afirma a mãe da menina, Márcia Cabral. “Nossos clientes reparam no cuidado que temos. Muitos gostam de ficar observando pelo vidro como são feitos a tosa e o banho. Acho que esse carinho é o que atrai a clientela”, disse Paulo Roberto Sampaio, um dos sócios da Pet Company. Funcionário do estabelecimento, Alex Moraes Humberto relata sua experiência: “Trabalho aqui há dois anos e nunca tive problema. É óbvio que algumas raças são mais agitadas que outras. O chihuahua, por exemplo late bastante, fica nervoso e acaba até nos mordendo, mas podemos lidar com isso. O animal sente quando é tratado com amor”.
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Especialista ensina como avaliar melhor os pet shops
Como surgiu essa especialização no mercado pet ? Sou médico veterinário, mas sempre questionei o posicionamento da minha categoria profissional perante os clientes. Gostar de animais sempre me pareceu básico; porém, não entendia como não nos era dada a compreensão de que deveríamos gostar também de pessoas – afinal, são elas que nos escolhem.
Enquete Você cuida do seu animal de estimação em casa ou deixa ele aos cuidados de um pet shop?
“
Observe se seu animal é entregue em boas condições e desconfie se ele estiver apático demais e com medo” Sérgio Lobato
Quais são os documentos necessários para a oferta desse serviço nas lojas? Abrir um estabelecimento pet ou veterinário deve seguir um rito que atenda as nossas esferas fiscalizatórias, que são: registros na Secretaria de Fazenda, como alvará, taxas e impostos devidos; registro no Ministério da Agricultura, para a comercialização de medicamentos e produtos que necessitem de autorização no mesmo; inscrição no Conselho de Veterinária de seu estado de origem e a devida Anotação de Responsabilidade Técnica de profissional devidamente registrado e inscrição na Vigilância Sanitária de seu município, visando a atender as normas de licenciamento sanitário para garantir a certificação e a qualidade dos serviços prestados.
Deixo em um pet shop
16% Cuido em casa
84% Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com
O presidente da Comissão Especial da Alerj para o controle do banco de horas extras dos servidores da Segurança Pública, deputado Flávio Bolsonaro (PP) (foto), defendeu que sejam realizados concursos públicos para inspetores da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O parlamentar presidiu, no dia 13, uma reunião do colegiado que contou com a participação de representantes dos bombeiros, da Polícia Civil e da Seap para discutirem o Regime Adicional de Serviço (RAS). Segundo Bolsonaro, essas duas últimas instituições precisam aumentar os efetivos para um melhor atendimento à sociedade.
Brasil Caminhoneiro O vice-presidente da Comissão de Transportes da Alerj, deputado Dionísio Lins (PP), recebeu, no dia 14, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho. A reunião teve por objetivo a instalação do Fórum Estadual do Transportador Rodoviário de Carga (TRC). “O movimento Brasil Caminhoneiro decidiu criar fóruns estaduais, para que as demandas dos transportadores de carga sejam atendidas em todo o território brasileiro. Lutaremos, no âmbito do território fluminense, por uma melhora no intercâmbio entre o Poder Executivo e os caminhoneiros”, esclareceu Lins. Rafael Wallace
O que o dono do animal deve observar na escolha do pet shop ? Gostaria que todo cliente exigisse a existência de um responsável técnico devidamente habilitado, e não apenas alguém que assine sem aparecer na loja. Todo cliente deve observar as condições de trabalho oferecidas aos funcionários, pois, se uma empresa não atende aos padrões mínimos de segurança e ergonomia, como ela poderá respeitar seu animal de estimação? Observe ainda se seu animal é entregue em boas condições, e desconfie de animais apáticos demais, com medo e ofegantes. Saiba que anestesiar animais para procedimentos é prerrogativa do médico veterinário, que o fará mediante sua autorização por escrito e exame clínico cuidadoso do animal.
Regime Adicional de Serviço
Divulgação
Médico veterinário que foi da clínica aos eventos com animais, passando pela indústria de medicamentos, Sérgio Lobato é um dos pioneiros na incorporação dos conceitos do marketing no universo da profissão. Há dez anos, abandonou a clínica médica e passou a atuar dando palestras, workshops, consultorias e treinamentos a empreendedores do mundo pet. Ao JORNAL DA ALERJ, ele opina sobre o mercado e dá orientações aos donos de animais que usam os serviços oferecidos por este comércio.
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HOMENAGEM
Baião centenário Divulgação
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Camilla Pontes
ma honraria embalada por acordes de sanfonas e pelo baião. Essa foi a entrega post mortem da Medalha Tiradentes, a mais importante comenda do estado, no dia 5, a Luiz Gonzaga. A homenagem, feita pelo deputado Paulo Ramos (PDT), aconteceu no auditório da Escola do Legislativo do Estado do Rio, a Elerj, em virtude do centenário do artista nordestino, que consagrou sucessos como Xote das meninas e Respeita Januário. Durante o evento, houve um debate, que teve como tema A contribuição de Luiz Gonzaga para a influência da cultura nordestina no Rio de Janeiro. “Fico emocionada com a homenagem ao meu tio, mas, acima disso, sinto a representação do nordeste e o respeito das autoridades públicas em relação ao povo de lá”, comentou Maria Severina Gonzaga, sobrinha do Rei do Baião. Dentre os temas abordados no debate, o historiador Renato Pelizzari discutiu o contexo histórico da época em que viveu Gonzagão, desde o “coronelismo nordestino em sua infância, a Revolução de 30 em sua vida adulta, a fase do então artista desconhecido que tocava
fado sem sucesso e a consagração com o baião”: “Quando se escuta Luiz Gonzaga, a sociedade nordestina se sente representada, o orgulho nordestino vive”. Outro assunto tratado foi a criação, a administração e a importância do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a Feira de São Cristóvão, na zona Norte do Rio. “Quando o povo vai para a feira, se sente mais perto de casa”, disse Gilberto Teixeira, representando o Movimento Cultural do Centro de Tradições. O coordenador da Elerj, deputado Gilberto Palmares (PT), foi o mediador do debate: “É dever da Alerj mobilizar a sociedade em vários setores, como o cultural, por exemplo”. Já Paulo Ramos celebrou a parceria entre a Alerj e a escola: “Essa homenagem faz parte de um projeto em que pretendemos celebrar centenários de vários personagens ilustres de nossa sociedade e história”. Também estavam presentes no evento demais familiares de Luiz Gonzaga, além do compositor Augusto Jatobá (músico e parceiro de Gonzagão); de Jurandy da Feira; e da banda Universidade do Forró, que relembrou alguns dos maiores sucessos do artista nordestino.
Geani Vargas / Elerj
Luiz Gonzaga recebe Medalha Tiradentes post mortem em evento na Escola do Legislativo
Um artista nordestino Nascido em Exu, no sertão pernambucano, em 1912, Luiz Gonzaga não poderia imaginar que se tornaria um dos mais importantes artistas brasileiros de todos os tempos. Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, como o xote, o xaxado e o baião. É autor, junto com Humberto Teixeira, de Asa Branca, uma das músicas nacionais mais executadas em todo o mundo. Gonzaga conheceu o sucesso quando veio para o Rio e participou do programa de calouros de Ary Barroso. Anos antes de morrer, em 1989, apresentou-se em Paris.
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TRABALHO Raoni Alves
Rafael Wallace
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Direitos Humanos Em comemoração pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, o deputado Marcelo Freixo (PSol), que preside comissão que trata do assunto na Alerj, realizou, no dia 10, uma solenidade no Plenário Barbosa Lima Sobrinho. “Hoje é o dia em que o mundo inteiro pensa na importância desse tema. A comissão realizou um balanço para mostrar como foi nosso trabalho nesses últimos quatro anos e, nele, relatamos casos de violação. Ainda precisamos avançar e muito”, declarou. Também discursaram durante o evento o deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ) e Frei Betto (foto, 1º plano, com Freixo ao fundo).
Fonoaudiólogos A presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Alerj, deputada Claise Maria Zito (PSD), irá apresentar no início do ano de 2013 um projeto de lei que pretende criar o Programa de Fonoaudiologia Educacional, que adotará medidas no que se refere às competências linguísticas e comunicativas, áreas essenciais para a aprendizagem na educação básica, da rede pública estadual. “Muitas crianças nas escolas passam por problemas de aprendizagem. Em muitos casos, os professores não conseguem identificar essa deficiência. Através desse projeto as crianças poderão ter um acompanhamento melhor”, comentou Claise, durante audiência no dia 4.
A faixa do bom senso Comissão de Trabalho ouve patrões e empregados sobre piso salarial do estado
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R aoni A lves
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Buanna R osa
presidente da Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Alerj, deputado Ricardo Abrão (PDT), reuniu-se, no dia 7, com representantes do setor patronal, para dar seguimento às discussões em relação ao reajuste do piso salarial do estado. De acordo com o parlamentar, o bom senso deverá ser a principal arma na busca pelo acordo. “Cada setor tem uma reivindicação e o papel da comissão é ouvir os envolvidos e intermediar a questão. As centrais dos trabalhadores vão nos enviar uma proposta, de acordo com suas necessidades, e os empregadores farão o mesmo. A partir disso, vamos sentar para procurar um avanço”, anunciou. O projeto de lei com o piso para 2013 será enviado à Casa pelo Governo estadual em data a ser definida. “Acredito no êxito dessa questão. Nossa meta é avançar mais um pouco, para que os trabalhadores tenham uma vida melhor. As centrais sindicais querem um aumento maior e uma redução das faixas salariais. Obviamente, quando há essa redução, há também um ganho real”, explicou o parlamentar.
De acordo com Abrão, os trabalhadores querem um aumento de 20,2% e o governador Sérgio Cabral deve acompanhar o piso sugerido pelo Governo federal, com um aumento de 8,5% para o próximo ano. Segundo representantes do setor patronal, existem imperfeições nas faixas atuais (são nove ao todo) que precisam ser reavaliadas, mas, para isso, garantem, é preciso um estudo mais aprofundado. “Temos a necessidade de reestruturar essas faixas, pois elas estão desatualizadas. Os próprios empregados se colocaram à disposição para sentarmos e formularmos os novos níveis de salário", comentou o diretor-secretário da Federação do Comércio do Estado (Fecomercio-RJ), Natan Schiper. Em 2012, a Alerj aprovou, em fevereiro, a Lei 6.163, que reajustou os vencimentos de todas as faixas de trabalhadores e incluiu, entre elas, classes não contempladas antes, tais como turismólogo, esteticista e depilador. Os trabalhadores, que se reuniram com a Comissão de Trabalho no dia 5, pretendem reduzir para cinco os níveis salariais, agrupando as classes técnicas em uma única faixa. Também estiveram no encontro desta sexta representantes das federações das Indústrias do Estado (Firjan) e das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor) e da Associação Comercial do Rio (ACRJ).
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ECONOMIA Fotos: Rafael Wallace
Mais controle Edino informou que recebeu denúncia sobre empresa, em Sapucaia, que é beneficiada por incentivos e não produz mais
Deputado discute em reunião criação de novo cadastro de indústrias
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A manda Bastos
criação de um sistema de recadastramento informatizado de empresas que recebem incentivos fiscais do Governo do estado mobilizou o debate durante a audiência pública realizada, no dia 14, pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Alerj. O presidente do colegiado, deputado Edino Fonseca (PEN), enfatizou a importância de haver um controle maior das indústrias beneficiadas pela Lei 5.636/10, que permite recolhimento de 2% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o faturamento do mês. Sem essa concessão, que beneficia a recuperação industrial de 51 municípios, esse valor saltaria para 18% para os contribuintes. “Temos controle sobre as empresas que foram beneficiadas de 2006 para cá, quando assumimos o Governo. As concessões começaram a ser feitas antes de nossa administração e antes da lei de regulamentação vigente, o que torna a recuperação dos dados muito complicada”, explicou o secretário de Estado de Fazenda, Renato Villela. “O incentivo só é concedido às empresas
que precisam crescer e têm baixa competitividade no mercado. Isso nos permite um controle muito maior, pois temos que acompanhar, atualmente, indústrias em todas as 51 cidades”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno. O presidente da comissão informou que recebeu, em seu gabinete, denúncia anônima sobre a empresa Carreteiro Alimentos Ltda., que, de acordo com a queixa, manteria instalações abandonadas na cidade de Sapucaia, na região Centro-Sul do estado, através de benefícios fiscais concedidos pela Lei 5.636. “A questão é que, além de armazenar os dados, é importante também visitar periodicamente o local onde determinada fábrica deveria
estar funcionando e confirmar se as instalações estão produzindo ou não”, opinou Fonseca. Os secretários responderam que as visitas têm sido feitas às empresas cadastradas na atual administração e que providências já estão sendo tomadas para reverter a situação de indústrias fraudulentas – eles disseram que não poderiam dizer quais são essas indústrias por questões de sigilo tributário. Fonseca sugeriu, então, que fosse estabelecido um prazo a todas as contempladas pela lei para atualizarem informações de cadastramento e que, com esses dados, fosse lançado, em 2013, um novo sistema de administração. Os secretários se predispuseram a discutir a sugestão e debatê-la em uma nova reunião a ser marcada.
Os secretários Villela (esq.) e Bueno vão debater o lançamento de um novo sistema
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Rio de Janeiro, 1º a 20 de dezembro de 2012
Fotos: Rafael Wallace
CULTURA
Noite feliz U
ma bela celebração do Natal. Foi esta a impressão de quem passou pela Praça XV, no Centro do Rio, no dia 19, ao ouvir a tradicional Cantata Natalina da Alerj, nas escadarias do prédio anexo ao Palácio Tiradentes. Com a apresentação, diversas pessoas trocaram o retorno para suas casas por uma parada para observar a apresentação conjunta do Coral Alerj Pró-Canto e do Grande Coral de Natal de Saquarema. "É gratificante poder proporcionar um espetáculo musical que celebre de forma tão bonita uma data especial como o Natal. Foi muito bom poder compartilhar tal experiência com os cidadãos fluminenses", comentou o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB). Responsável por abrir o evento, o Coral Alerj Pró-Canto, regido pela maestrina Danielly Souza, executou versões de canções natalinas como Adeste Fideles e Noite feliz. Depois, foi a vez do Grande Coral de Natal de Saquarema, que reuniu 44 vozes regidas pelo maestro Moisés Santos. No encerramento do evento, os corais se uniram para cantar Então é Natal. A deputada Graça Matos (PMDB) também assisitiu à apresentação.
Inscrições abertas Para participar do Coral Alerj PróCanto da Alerj basta que você seja um cidadão fluminense e goste de cantar. As inscrições poderão ser feitas através do e-mail dcult@alerj.rj.gov.br até o dia 31 de janeiro de 2013. Os requisitos são gostar de música e ter disponibilidade para os ensaios semanais. Através do e-mail o candidato deve encaminhar nome, profissão, números do RG, CPF, endereço e telefone. Os ensaios acontecem todas as segundas e quintas, das 12h às 13h30, no auditório da Elerj, no prédio administrativo da Assembleia, na Rua da Alfândega, 8, no Centro. Mais informações pelo telefone: (21) 2588-1186, das 14 às 18 horas, com Andresa Martins.
Os dois corais se apresentaram juntos, nas escadarias do prédio anexo ao Palácio Tiradentes, na já tradicional Cantata Natalina da Alerj
O Coral Alerj Pró-Canto foi regido pela maestrina Danielly Souza, encantando o público com versões de músicas tradicionais
O deputado Paulo Melo fez questão de posar com integrantes do coral de sua cidade, Saquarema
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