Jornal da Alerj 264

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Assuntos de repercussão na mídia são o principal foco dos discursos nos expedientes inicial e final PÁGINAS 4 e 5

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

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Rafael Wallace

JORNAL DA ALERJ Ano XI - N° 264 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

9912242287/2009-DR/RJ

ALERJ

Lei obriga coleta seletiva em prédios residenciais com mais de três andares PÁGINAS 6, 7 e 8

Deputados vão a Petrópolis ver situação após as chuvas PÁGINA 11

Gabriel Esteves


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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

Expediente

Você sabia

A Lei 6.257/12 autoriza a Secretaria de Estado de Saúde, junto à Secretaria de Educação, a criar programa de prevenção às verminoses nas escolas da rede pública As secretarias de Estado a contaminação. de Educação e de Saúde As secretarias também foram autorizadas, através ficaram autorizadas a da Lei 6.257, de autoria encaminhar os alunos para do deputado Xandrinho que realizem exames, que (PV) e sancionada em 1 serão feitos em unidades de junho de 2012 , a criar da rede pública ou em nas escolas públicas da laboratórios voluntários, todos rede estadual de ensino próximos da escola onde as do Rio um programa de crianças e os jovens estiverem Deputado prevenção às verminoses. matriculados. É importante Xandrinho (PV) Essa prevenção deverá ser ressaltar que, uma vez feita através de orientações contidas em detectada a verminose, a Secretaria de panfletos, palestras e peças teatrais, Saúde, após realizados os testes, terá com regras básicas de cuidados de que garantir o medicamento necessário higiene domiciliar e pessoal para evitar para o tratamento do aluno.

Presidente Paulo Melo 1º Vice-presidente Edson Albertassi 2º Vice-presidente Roberto Henriques 3º Vice-presidente Gilberto Palmares 4º Vice-presidente Rafael do Gordo 1º Secretário Wagner Montes 2º Secretário Graça Matos 3º Secretário Gerson Bergher 4º Secretário José Luiz Nanci 1o Suplente Samuel Malafaia

Mídias Sociais

2 o Suplente Bebeto

Deputado Bebeto (PDT)

Ontem nosso querido AyrtonSenna completaria 53 anos!O tricampeão era um piloto q estava além do patriotismo,despertava paixão nos torcedores

Dia 22/03 às 01:03

Hey Thamy

No meu condomínio efetuamos a coleta seletiva. Todo material é doado, pois ninguém compra mais nada de reciclado. @MArauj2000 MArauj2000 Dia 25/03 às 12:59 Sobre resultado da enquete na página 8.

Rubens Lima @rbglima

gostaria de faze-lo mais preciso de informações mais detalhadas como, o que e onde separar

Dia 25/03 às 13:11

Sobre resultado da enquete na página 8.

Bom dia. Vamos ficar de olho nos focos da dengue. Já são mais de 54 mil casos no estado. 30% a mais do que ano passado. Só depende de nós.

Deputado Altineu Côrtes (PR) Dia 27/03 às 07:50

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

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4º Suplente Thiago Pampolha JORNAL DA ALERJ Publicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Jornalista responsável Luisi Valadão (JP-30267/RJ) Editor-chefe: Pedro Motta Lima Editor: Everton Silvalima Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Dia 25/03 às 12:15

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3º Suplente Alexandre Corrêa

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Veja nossos álbuns do Picasa http://bit.ly/alerjpicasa

Equipe: Ana Paula Teixeira (diagramação), André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker Edição de Fotografia: Rafael Wallace Edição de Arte: Mayo Ornelas Secretária da Redação: Regina Torres Estagiários: Amanda Bastos, Bárbara Figueiredo, Bárbara Souza, Bruna Motta, Camilla Pontes, Eduardo Paulanti, Fabiane Ventura, Fábio Peixoto, Gabriel Esteves (foto), Gabriel Telles (foto), Lucas Lima, Ruano Carneiro (foto) e Thiago Manga Telefones: (21) 2588-1404 / 1383 Fax: (21) 2588-1404 Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP 20010-090 – Rio de Janeiro/RJ Email: dcs@alerj.rj.gov.br www.alerj.rj.gov.br www.twitter.com/alerj www.facebook.com/assembleiarj www.alerjnoticias.blogspot.com www.radioalerj.posterous.com Impressão: Imprensa Oficial Tiragem: 5 mil exemplares

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.com


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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

Ruano Carneiro

PESQUISA

Centro de conhecimento

Em evento, Melo (dir.) participou de assinatura de acordo para maior execelência em desenvolvimento sustentável

Universidade em Nova Iorque trará para o Rio projetos de interesse mútuo

O

R aoni A lves

presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), acompanhou, no dia 20, a assinatura do acordo de cooperação entre o Governo do estado e a Universidade Columbia, de Nova Iorque, Estados Unidos. A parceria trará para o Rio um moderno centro de pesquisas, o Columbia Global Center Latin America, com o objetivo de desenvolver projetos de interesse mútuo. O acordo de cooperação envolve áreas como saúde, educação e desenvolvimento sustentável. “O Rio está se tornando um centro internacio-

nal de conhecimento, devido às nossas universidades públicas e privadas, de nível internacional. A abertura do Columbia Global Center certamente reforça a identidade do Rio de Janeiro como centro de conhecimento”, afirmou o governador Sérgio Cabral. A universidade americana formalizará parcerias com as instituições de ensino superior do estado, e este será o primeiro braço da Universidade Columbia no Brasil e oitavo no mundo a realizar essa troca de experiências. “A Columbia é uma marca mundialmente conhecida, que vai atuar com universidades públicas e particulares em prol do crescimento, com qualidade, do Rio de Janeiro. A população vai se beneficiar desse acordo, principalmente, através da constituição de políticas realizadas

por órgãos públicos em parceria com a Universidade Columbia em diversas áreas – prioritariamente, saúde, educação e segurança pública”, explicou o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia (e deputado licenciado), Gustavo Tutuca. O diretor do Columbia Global Center no Rio de Janeiro, Thomas J. Trebat, afirmou que a criatividade dos brasileiros servirá de inspiração e aprendizado para a universidade americana. “É uma chance para o Brasil mostrar suas ideias, talentos e energia. Por isso, é muito importante que essa troca de experiências ocorra. Não tenho dúvida que, no futuro, todos vão reconhecer a importância e poder perceber os benefícios desse acordo que está sendo feito hoje”, comentou Trebat.

curtas

ICMS do Petróleo

Gabriel Esteves

Foi instalada no dia 20 na Alerj uma Comissão Especial com o objetivo de debater, junto ao Congresso Nacional, uma proposta de alteração da Constituição federal que possibilite a incidência de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações que destinem petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica a outros estados. A comissão é presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB) e tem como vice-presidente o deputado Jânio Mendes (PDT), além de Roberto Henriques (PSD) como relator. Os deputados André Ceciliano (PT), Rosenverg Reis (PMDB), Geraldo Pudim (PR) e André Corrêa (PSD) são os demais membros.


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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

MANDATO

O início e o fim : discuss Rafael Wallace

Sobre o quê estão falando os deputados durante os expedientes diários

R

F ernanda Porto, A manda Bastos e B runa M otta

euniões, audiências, votações – e suas discussões, apartes, “pela ordem” e “questão de ordem” –, solenidades... O que não falta no Parlamento, levando-se em conta a origem no verbo “parlar” (falar), são oportunidades de exercitar a retórica. Mas os espaços de maior visibilidade e, por isso mesmo, os mais disputados, são os oferecidos nos expedientes inicial e final, às terças, quartas e quintas-feiras. Os expedientes, que antecedem e sucedem a votação da Ordem do Dia, são o momento que os deputados têm para abordar os assuntos livremente. “O Poder Legislativo não é uma fábrica de normas ou leis. Ou não só isso. Aqui é um espaço em que precisamos debater questões gerais que influenciam diretamente a vida da sociedade – e é precisamente isso que os expedientes podem proporcionar”, opina o deputado Paulo Ramos (PDT), que, este ano, já discursou 22 vezes. Ramos chega a propor o estabelecimento de temas específicos para cada dia de plenário: “Estaríamos abrindo espaço para um debate mais objetivo, direcionado. A população precisa conhecer o posicionamento de quem elegeu para representá-la em relação a todas as questões”. A Casa já teve cerca de 245 expedientes iniciais com orado-

Muitos parlamentares usam os vídeos feitos pela TV Alerj dos discursos durante os expedientes inicial e final em seus sites na web res inscritos nesta legislatura (desde fevereiro de 2011), sendo 18 este ano. Ele começa às 14h30 e tem duração máxima de duas horas. Os interessados em discursar devem se inscrever em um livro próprio. Já o expediente final, que tem o encerramento delimitado às 18h30 e depende do fim das votações antes desse horário para acontecer, foi realizado em menor número: 190 em toda a legislatura, sendo 15 este ano. Em ambos, o tempo máximo de cada discurso é de dez minutos. Além de estar entre os deputados que mais discursam, Roberto Hen-

riques (PSD) preside boa parte das sessões, na condição de vice-presidente da Mesa Diretora. Para ele, o exercício exige o respeito às diferenças e à livre expressão. “São várias tendências políticas, religiosas e filosóficas; diversas formas de interpretar os assuntos em sua diversidade. Mas lido muito bem com a pluralidade, pois isso não é um problema para mim. É nossa obrigação respeitar as diferenças”, avalia. Os expedientes inicial e final são o momento em que os deputados reforçam suas posições políticas, cobram soluções e comentam acontecimentos.

Mauro Pimentel

Frases

Precisamos de uma política pública eficaz para que as cracolândias parem de se multiplicar (...) A sociedade, o Estado e as prefeituras precisam agir de forma preventiva.

Jânio Mendes (PDT), durante expediente inicial, discursando sobre a venda de crack em Cabo Frio

Temos que dar um salto de qualidade na eficiência da saúde e da previdência suplementares. Discussão que envolve o futuro dos trabalhadores privados e dos servidores públicos.

Cida Diogo (PT), durante expediente final, discursando sobre o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)


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sões no plenário da Casa Uso de discursos em redes sociais amplia alcance dos temas O boom das redes sociais, blogs e microblogs mudou a relação que os deputados têm com as sessões que acontecem no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Alerj, e, consequentemente, com os eleitores. Mudou também a visão dos usuários desses espaços virtuais sobre a interação com o meio político. Não raro, discussões sobre temas como eventos internacionais, educação e corrupção ganham maior (ou menor) espaço embasados por vídeos de discursos. E os deputados já estabeleceram mecanismos para aproveitar seus conteúdos. Todos os que têm sites já disponibilizam os vídeos de seus discursos na web. O site da deputada Janira Rocha tem um canal web para onde vão todos os registros de suas falas na tribuna, que também costumam ser replicadas no Facebook e divulgados no Twitter. Os deputados Luiz Paulo (PSDB), Jânio Mendes, Paulo Ramos e Clarissa Garotinho (PR) também disponibilizam as imagens gravadas pela TV Alerj em seus sites. Outros parlamentares fazem uso do site de vídeos Youtube, como Marcelo Freixo (PSol), Comte Bittencourt (PPS) e Robson Leite (PT). “Temos um mecanismo que, imediatamente, grava, joga no Youtube e utiliza nas redes sociais”, diz Freixo. àqueles que não tiveram cuidado com sua saúde”. Abrahão, assim como vários outros parlamentares, acrescenta que a cobertura da TV Alerj garante a interação com o público. “A visibilidade que a transmissão da TV Alerj permite aumenta o tom de prestação de contas de muitos discursos”, complementa. “É o nosso contato com o cidadão, o momento em que podemos mostrar o que temos feito, além de defender a solução de questões importantes”, define Jânio Mendes (PDT), que frequentemente usa a tribuna para comentar demandas da região de Cabo Frio, seu domicílio eleitoral. Janira Rocha (PSol) também é adepta do uso do espaço para informar ações e denúncias recebidas. “Levo para o expediente o trabalho que desenvolvo nos setores sociais que procuro representar”, resume.

Henriques: "Lido com a pluralidade"

Mauro Pimentel

Notícias importantes para o estado costumam monopolizar os discursos, como foi o caso do veto à Lei dos Royalties no Congresso, no inicio deste mês. Sob risco de ter suas regras mudadas, a compensação foi tema de 27 discursos de 14 deputados diferentes desde a abertura do ano legislativo, no dia 5 de fevereiro. Outro assunto que ganhou destaque na mídia e se transformou em tema para o expediente inicial foi a internação compulsória de viciados em crack realizada pela Prefeitura do Rio. O deputado Marcos Abrahão (PTdoB) usou a tribuna para discursar sobre o assunto: “Maravilha é atender a população que necessita, o trabalhador, a dona de casa, ou seja, atender toda a população. Primeiro, tem que dar saúde àqueles que realmente se preocupam com sua saúde e, em último lugar,

Rafael Wallace

Frases

Pensei em propor uma medida impedindo a comercialização das linhas telefônicas até que as operadoras possam dar respostas às necessidades dos cidadãos.

Nilton Salomão (PT), durante expediente final, discursando sobre problemas com a telefonia móvel

É uma vergonha o que a SuperVia faz com a população que usa os trens todos os dias. Principalmente, a classe trabalhadora que vem da Baixada e da zona Oeste.

Lucinha (PSDB), durante expediente inicial, reclamando de problema ocorrido nos trens entre São Cristóvão e a Central


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capa

trêsa e d ais igadoses m t r comão ob ipien s o c r e di re a Pré ares islizar eletiv andponib leta s dis a a co par

e

Vanessa S chumacker

que os moradores se conscientizassem sobre a importância de separar corretamente o lixo para o descarte. O administrador do condomínio Alameda das Acácias, no Rio Comprido, zona Norte do Rio, Fábio de Jesus, comemora a obrigatoriedade da coleta seletiva. O edifício tem 196 apartamentos e já aderiu à separação de óleo vegetal para a troca por material de limpeza. Agora, está se preparando para dar início à seleção do lixo. “Já temos as lixeiras para coleta reciclável em nossa garagem, como uma ação experimental. O que precisamos é de tempo para projetarmos espaços de acondicionamento e informarmos os moradores através de circulares e comunicados”, conta. As ações por parte dos administradores de imóveis não são novas. Em 2012, durante encontro de síndicos realizado pela Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), houve o lançamento de um Selo Verde, firmando parcerias com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) para mobilizar a so-

Ruano Carneiro

eduzir, reutilizar e reciclar. Os três “erres” são ações de sustentabilidade que visam a estabelecer uma relação de harmonia entre consumidor e meio ambiente. E, este mês, eles ganharam destaque na Alerj graças à aprovação da Lei 6.408/13, de autoria do deputado Luiz Paulo (PSDB), que obriga prédios residenciais com mais de três andares a disponibilizar recipientes para coleta seletiva de papel, plástico, metal e vidro. “Muito se fala sobre a coleta seletiva e pouco se faz. Principalmente, nos grandes edifícios. A ideia é disciplinar e incentivar esse hábito”, explica o autor da proposição. “O passo seguinte será educar a empresa de coleta para a retirada correta dos materiais”, complementa. A lei começa a vigorar 90 dias após a publicação, ocorrida em 12 de março. Mesmo assim, o JORNAL DA ALERJ foi atrás de ações de coleta seletiva que já fazem a diferença. Há condomínios na cidade do Rio que, mesmo antes da aprovação da norma, arregaçaram as mangas para fazer com

Symone Munay

R

S ymone Munay

Fábio explica que o condomínio onde trabalha já faz a coleta em regime experimental: "Temos as lixeiras"

Luiz Paulo acredita que educar as empresas será o passo seguinte


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Mauro Pimentel

disciplinar o consumismo desenfreado, um dos grandes responsáveis pela situação em que nos encontramos, com esse excesso de sujeira, causando todos os tipos de males”, salienta a parlamentar. Para o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Casa, deputado Átila Nunes (PSL), investir na separação do lixo e no reaproveitamento dos resíduos sólidos é fundamental para o desenvolvimento do estado. “Conscientizar a população é um passo importante, ainda mais se levarmos em conta que se trata da melhoria da qualidade de vida da população”, diz Nunes. “A lei é um importante passo no fomento à preservação ambiental. A reciclagem contribui para a diminuição da poluição. O problema do lixo se transformou em solução energética. Vejo a transformação em energia como um grande passo para a sustentabilidade”, saúda o presidente da Comissão de Minas e Energia da Alerj, deputado Ricardo Abrão (PDT). De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe), matérias orgânicas representam o maior percentual de resíduos sólidos produzidos no País: 51,4%. Plástico, papel, metal e vidro aparecem na seguinte ordem respectiva: 13,5%, 13,1%, 2,9% e 2,4%. (colaboraram Everton Silvalima e Eduardo Paulanti) * Veja, na página 8, como separar o lixo e um mapa da coleta seletiva no País.

Ruano Carneiro

ciedade, especialmente os moradores dos condomínios para a coleta seletiva. “Nós, da Abadi, acreditamos que não vai ser difícil os prédios cumprirem a lei, porque isso é algo que muitos já estão fazendo. Alguns, inclusive, já ganharam o Selo Verde”, garante a presidente da Abadi, Deborah Mendonça. Segundo ela, apenas 1% do lixo domiciliar na cidade do Rio é destinado à reciclagem, o que considera pouco para uma cidade que vai sediar a Copa e as Olimpíadas. Ao separar os resíduos domésticos, o Rio dá os primeiros passos para uma destinação adequada do lixo. São materiais que podem ser reutilizados (o segundo R) na produção de matériaprima e/ou insumos para geração de novos produtos ou de fonte de energia. Ao abraçar esta prática, é presumível reduzir gastos e economizar (o primeiro R), além de beneficiar o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, o desenvolvimento econômico. Presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, a deputada Aspásia Camargo (PV) avalia como positiva essa nova proposição e defende a diminuição da quantidade de lixo recolhida nas casas de todo o País. “Temos que trabalhar para que as companhias de limpeza urbana recolham cada vez menos lixo das ruas e casas e que, quando recolherem, saibam o que fazer com ele seletivamente, destinando-o para a reciclagem. O reaproveitamento é a forma de proteger a natureza e de

Para Átila, melhoria da qualidade de vida. Para Abrão, fonte de energia

Rio: cidade dá passos para a coleta seletiva

Divulgação Comlurb

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) desenvolve, desde 1993, um programa de coleta seletiva na cidade do Rio. Atualmente, 44 bairros do município contam com o serviço. Segundo o assessor especial da Comlurb para Coleta Seletiva, Júlio César Chagas Santos, existe um projeto de expansão na companhia que prevê que, até o final deste ano, 116 bairros cariocas já estarão envolvidos. “A meta é que, em cada ano, haja um aumento de 5% desse tipo de ação na cidade do Rio, e que, em nove anos, 100% do município já estejam inseridos no programa”, anuncia. Ainda de acordo com Santos, também estão nos planos da empresa aumentar as quantidades de veículos adequados para a realização da coleta e de garis treinados para o serviço, assim como a construção de centrais que possam recepcionar os resíduos recicláveis. “No fim deste ano, três centrais já estarão prontas: no Centro e em Irajá e Bangu, nas zonas Norte e Oeste, respectivamente. Para o próximo ano, Campo Grande e Jacarepaguá, ambos na zona Oeste, e Penha, na zona Norte, também contarão com novas centrais”, informa. Atualmente, a Comlurb recolhe uma média de 760 toneladas por mês e a previsão é que, até o fim de 2013, o número chegue a 2.600 toneladas de lixo separado na capital.


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Dicas de reciclagem Veja, ao lado, um quadro com informações sobre os resíduos que devem ser jogados em cada uma das lixeiras e saiba o que pode e o que não pode ser reciclado. É bom ter em mente que não se deve misturar lixo orgânico, como sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes e restos de comida, com material reciclável. Papéis, de preferência, precisam estar secos e não devem ser dobrados ou amassados. Os plásticos são a base de 90% do lixo produzido em todo o mundo. Por isso, recicle sacos de supermercados, tampinhas e brinquedos quebrados, dentre outros. Embrulhe o vidro quebrado e outros materiais cortantes em papel grosso (papelão ou jornal) ou acondicione em uma caixa para evitar acidentes. Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos.

VIDRO RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL

Garrafas, potes, frascos limpos de produtos de limpeza e produtos alimentícios, cacos de qualquer um dos ítens acima citados.

Cristais, espelho, lâmpadas, cerâmicas, porcelanas e refratários.

PLÁSTICO RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL

Garrafas, tampas, embalagens de higiene e limpeza, garrafas PET, CD e DVD, tubos vazios de creme dental e utensílios plásticos como canetas e escovas de dente.

Fraldas descartáveis, adesivos e embalagens com lâminas metalizadas, como bombons, biscoitos e outros produtos alimentícios.

PAPEL RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL

Envelopes, cartões e cartolinas, cadernos, papéis de embrulho limpos e papéis impressos em geral, como jornais e revistas.

Papel higiênico, fotografia, papel carbono, etiquetas adesivas, guardanapos e lenços sujos.

METAL RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL

Lata e papel limpo de alumínio, talheres de aço, embalagens. limpas de marmita de alumínio, panelas, fios, geladeiras, pregos e parafusos.

Esponjas de aço, grampos, clipes, latas de tinta e embalagens de aerosóis.

Reprodução internet

MAPA DA COLETA SELETIVA NO BRASIL A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) realiza pesquisas sobre o assunto. Em 2011, lançou a publicação Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, com dados de coleta seletiva. De acordo com a Abrelpe, dos 5.565 municípios brasileiros, 3.263 têm iniciativas que seguem nessa direção.

Enquete Você costuma separar o lixo para a coleta seletiva? SIM

55%

NÃO

45% Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com


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FRATERNIDADE

Ruano Carneiro

O ano da juventude

Observado por Leite, D. Orani disse que JMJ trará 2 milhões de pessoas ao Rio

Campanha da CNBB é homenageada em sessão solene no Parlamento

A

F ernanda Porto

e

E duardo Paulanti

Alerj realizou sessão em comemoração à Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema é Fraternidade e Juventude, no dia 22. O evento, que contou com a presença dos arcebispos das arquidioceses do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, e de Niterói, Dom José Francisco, foi promovido pelo deputado Robson Leite (PT), que destacou a importância de se trazer os temas da campanha para o Parlamento. “É o terceiro ano que faço este evento, e minha intenção, com isso, é provocar ações políticas sobre os temas eleitos e ter a juventude como protagonista de políticas públicas. É tudo o que podemos ambicionar. Queremos uma juventude valorizada e no caminho de uma sociedade justa e fraterna”, defendeu Realizada pela igreja no período da quaresma, com temas escolhidos anualmente, a campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema foi escolhido no ano em que o Rio de Janeiro sedia a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho e poderá reunir, segundo expectativas de D. Orani, dois milhões de pessoas, sendo 500 mil estrangeiros. “Será uma grande oportu-

nidade para discutirmos a construção de uma sociedade diferente”, destacou Leite. Segundo o diretor executivo do legado da JMJ Rio 2013, padre Manuel Manangão, a preocupação com a juventude pautará ações sociais conduzidas pela igreja já no primeiro semestre. “Entre o final de abril e o inicio de maio, daremos inicio à rede de atendimento para jovens usuários de drogas, que é uma questão que a igreja tem como prioritária”, anunciou. “Queremos enfrentar as questões sociais, identificar problemas enfrentados pelos jovens e encontrar caminhos para enfrentá-los”, resumiu D. Orani, que comentou a expectativa em torno da vinda do papa Francisco. “A vinda do pontífice na jornada é algo esperado, mas o papa Francisco, em toda a sua espontaneidade latino-americana, poderá significar aumento no número de atividades durante o evento”, analisou.

Transporte na jornada preocupa comissão A mobilidade urbana envolvendo os participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 foi um dos principais temas discutidos no dia 25, durante audiência da Comissão de Turismo da Alerj (foto abaixo). Vice-presidente do colegiado, o deputado Jânio Mendes (PDT) ressaltou a importância do debate e propôs, futuramente, a marcação de uma reunião específica para tratar da questão que envolve o transporte na JMJ. Já a presidente do grupo, deputada Myrian Rios (PSD), ofereceu ajuda da Casa para o que for possível. A preocupação com o deslocamento dos jovens foi levantada pelo padre Jefferson Merighetti. “Teremos pessoas participando de pré-jornadas em diversos locais do estado. No dia 23, todos estarão se deslocando para a cidade do Rio, para os seus pontos de hospedagem”, comentou o religioso. Segundo o diretor da Rioeventos Especias (empresa ligada à Prefeitura do Rio), Leonardo Machado, o transporte será um desafio que deve ser resolvido com a organização de bolsões de deslocamento. “A ideia é que, na chegada desses ônibus, a gente consiga mapear de onde vêm as pessoas e aonde elas vão ficar. Com isso, direcionar os veículos para um bolsão específico. Dali, sim, elas entram no transporte público da cidade e vão para seus locais de catequese, de hospedagem para o evento”, explicou. Gabriel Esteves


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SANEAMENTO AMBIENTAL

Dia Mundial da Água é comemorado na Alerj com encontro que discutiu ações de balneabilidade

praia hoje? Gabriel Esteves

Vai dar

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

P

T hiago M anga

residente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, a deputada Aspásia Camargo (PV) sugeriu, durante audiência no dia 22, que um estudo sobre o impacto de grandes eventos realizados nas praias seja feito pelo poder público. “As praias do Rio são um patrimônio mundial. Temos o dever de monitorar a qualidade não só da água, mas das areias também. E isso tem muito a ver com a realização de shows e demais eventos na orla”, comentou a parlamentar. O lixo e a balneabilidade das praias da zona Sul do Rio foram os principais temas do encontro, realizado em comemoração ao Dia Mundial da Água. O evento aconteceu no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes. A presidente da comissão lembrou que tramita na Casa o projeto de lei 1.987/13, de sua autoria, que trata da divulgação das informações referentes à qualidade das águas e da areia pelo Poder Executivo. “Aos poucos, as praias foram sumindo do mapa da saúde, o que é inaceitável”, declarou Aspásia. Presente no debate, o chefe da Diretoria Técnica e Industrial da Comlurb, José Henrique Penido, salientou que é necessário que a população se conscientize sobre o despejo correto do lixo.

Aspásia criticou o fato de as praias terem sumido do mapa da Saúde "Temos que encontrar formas de conciliar uma maior conscientização popular com uma excelência de serviços. É o que buscamos", declarou. Já o analista ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) Leonardo Daemon lembrou que o Inea monitora 14 praias, com 25 pontos de coleta de informações, seguindo uma legislação antiga. “A legislação que utilizamos é desatualizada. Temos que trazer novos estudos, em parceria com universidades, para renovarmos a forma de medir a balneabilidade", revelou. Gerson Serna, representante da Secretaria de Estado do Ambiente, informou que a enseada de Botafogo terá um

programa de despoluição lançado em breve. Segundo ele, houve um problema em uma comporta da região que atrasou o desenvolvimento desse programa. Já Alexandre Debonis, representante da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do Rio (Smac), frisou que a capital é pioneira, já que foi a primeira cidade do País a ter uma pasta para tratar de ecologia. “O portal da Prefeitura do Rio já disponibiliza relatórios sobre o estado das areias das praias cariocas, o que também é pioneirismo no Brasil”, arrematou. Também estiveram presentes no evento representantes das associações de moradores de São Conrado, Ipanema e Copacabana, entre outros.

curtas Rafael Wallace

Mulheres premiadas Dez mulheres receberam o Diploma Leolinda de Figueiredo Daltro, no dia 27, entregue pela presidente da Comissão de Defesa da Mulher da Alerj, deputada Inês Pandeló (PT). Foram: Adma Cassab Fabel (pedagoga), Ana Beatriz Silva (geógrafa), Claudia Cataldi (jornalista), Ciomara Maria Santos (assistente social), Delaine Martins Costa (antropóloga), Maria Cristina Rodrigues Teixeira (pedagoga), Maria da Glória Borges Amorim (pedagoga), Miriam Cristina Ribeiro Benjamim Franco Pacheco (enfermeira), Thereza Christina Naveke (advogada) e Thereza Cristina R. dos Santos (administradora).

O deputado Hélcio Ângelo (PSD) é o novo presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, no lugar da deputada licenciada Claise Maria, atual secretária de Estado de Trabalho e Renda


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DEFESA CIVIL

Visita a

Petrópolis Deputados vão a locais da cidade onde a população mais sofreu com as chuvas das últimas semanas Camilla Pontes

A

s famílias que vêm sofrendo com as consequências das chuvas no estado poderão contar com o apoio do Poder Legislativo. “Nossa meta é verificar quais prefeituras já enviaram projetos de redução de riscos para que a prevenção possa ser bem executada, porque há verbas da Secretaria Nacional de Defesa Civil direcionadas para essas situações emergenciais, mas não há execução, pois os projetos são mal elaborados ou inexequíveis. Precisamos acabar com a falta de integração dos setores em prol do benefício à poulação de todo o estado do Rio”, avaliou o presidente da Comissão de Defesa Civil da Alerj, deputado Flávio Bolsonaro (PP), durante visita a Petrópolis, Região Serrana, no dia 22. Já o vice-presidente da comissão, deputado Bernardo Rossi (PMDB), comentou que se encontra em elaboração na Casa um projeto de lei que visa a estruturar os pontos de apoio às pessoas desalojadas: “Esses lugares demandam uma estrutura mínima, como água potável e gerador de energia, entre outras coisas. Então, o projeto objetiva delimitar essa estrutura para os pontos de apoio, locais definidos para o socorro e abrigo das vítimas”. O grupo, que também contou com a presença do deputado Carlinhos Moutinho (PSDC), membro efetivo do colegiado, visitou diversos locais da cidade a fim de verificar como está sendo feito o trabalho de apoio às famílias desalojadas após as fortes chuvas ocorridas nas últimas semanas. O encontro teve início na Prefeitura de Petrópolis, onde a comissão conversou com o secretário de Governo do município, Carlos Eduardo Galvão Porto, que representou o prefeito Rubens Bomtempo. O secretário de Assistência Social, Trabalho e Cidadania, Jorge Maia,

Bolsonaro, Moutinho e Rossi estiveram, ao lado de técnicos da prefeitura, em encostas que desabaram Fotos:Gabriel Telles

explicou a atual situação da cidade: “Estamos com quase 1.500 desalojados ou desabrigados atendidos em 12 abrigos”. Maia comentou que a estimativa é que cerca de 400 famílias deverão receber o Aluguel Social em Petrópolis. “A Compra Assistida também poderá ser uma solução, pois a mesma já foi implementada uma vez pelo Governo do estado, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea)”, acrescentou. Segundo ele, o sistema de alerta funcionou conforme o planejado, evitando maiores perdas. A comissão visitou os pontos mais críticos de Petrópolis, como as localidades de Espírito Santo, situado no bairro Parque Independência, e Quitandinha, local onde 33 pessoas morreram. No bairro Amazonas, os deputados estiveram no ponto de apoio situado na Escola Municipal Stefan Zweig. Recursos básicos “Não é momento de achar culpados. A prefeitura age na medida do possível, mas a população ainda está muito carente de recursos básicos como colchonetes, roupas e alimentos em geral. Ao mesmo tempo, estamos em um círculo vicioso, vivenciando situações que poderiam ser evitadas”, alertou o presidente da comissão. Os deputados também conversaram com as equipes de resgate que estão realizando o trabalho de salvamento e de busca de corpos na serra.

Casas a construir Segundo o deputado Flávio Bolsonaro (PP), há uma negociação entre a Prefeitura de Petrópolis e a iniciativa privada para a cessão de 90% de um terreno em Itaipava, distrito do município, que servirá para a construção de 1.500 casas. “A negociação existe, mas as casas só ficarão prontas daqui a um ano. Então, é preciso tomar medidas mais urgentes para realocar as famílias”, apontou. No dia 28, o presidente da Comissão de Habitação da Alerj, deputado Nilton Salomão (PT), também esteve em Petrópolis para verificar a situação dos moradores afetados pelas chuvas. O petista andou pelas ruas do município ao lado da presidente Dilma Rousseff.

Em ponto de apoio, vítimas são ouvidas


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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

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Somente taxistas cadastrados estão autorizados a adquirir taxímetros no estado

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