Diário Oficial - Alerj Notícias (01/06/17)

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PARTE II PODER LEGISLATIVO

ANO XLIII - Nº 100 QUINTA-FEIRA, 1 DE JUNHO DE 2017

Comissão constata crime ambiental na Lagoa de Marapendi

Parlamento Juvenil: segundo turno terá eleições online

Deputados flagraram desmatamento e escoamento irregular de esgoto >Página 2

Ao todo, alunos de 46 municípios fluminenses vão às urnas para eleger representantes >Página 3

A polêmica da cachaça Empresários são contra lei que quer valorizar produção local da bebida Foto: Divulgação

M IRELLA D’E LIA

M

al foi sancionada pelo Executivo, na semana passada, e a Lei 7.595/2017 já está dando o que falar nas conversas de mesa de bar. Literalmente. Essa lei diz que bares, restaurantes e hotéis devem incluir em seus cardápios cachaças produzidas no estado. O descumprimento da lei não prevê multa, mas o empresário que não aderir ficará de fora de futuros benefícios fiscais concedidos pelo estado. A proposta é dos deputados Jorge Picciani (PMDB), Paulo Ramos, Eliomar Coelho (ambos do PSol), Luiz Paulo (PSDB), Luiz Martins (PDT), Dr. Julianelli (Rede) e André Ceciliano (PT), além do ex-deputado Dr. Sadinoel. Pela norma, os estabelecimentos com carta de bebidas destiladas – como cachaça, vodca, tequila, gim e uísque – deverão oferecer pelo menos quatro marcas de cachaças fluminenses e informar o muA indústria fluminense de produção de cachaça exporta hoje cerca de US$ 400 milhões por ano e emprega cerca de duas mil pessoas nicípio de origem. “O objetivo da lei é valorizar o que é produzido no estado, tado do Rio (Apacerj), a indúsSaiba mais contribuindo para fortalecer a tria fluminense exporta US$ nossa economia, tanto em rela400 milhões por ano e emprega ção aos recursos adquiridos por duas mil pessoas. A Cachaça Foto: Guilherme Cunha conta da produção e comerciada Quinta, produzida em CarA reação de bares, restaurantes e hotéis lização do produto, como em remo, na Região Serrana, já foi foi imediata. Os comerciantes reclamam da lação à geração de empregos”, eleita a melhor pinga do mundo medida e acham que ela não vai incentivar o diz o deputado Eliomar Coelho. no Concurso Mundial de Bruaumento das vendas da cachaça. O Sindicato Nem todo mundo pensa xelas, o Oscar dos destilados. de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) e a assim. O emParaty, na Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Lei não prevê presariado Costa Verde, (ABIH-RJ) já se mobilizam para entrar na Jusse mobiliza multa, mas quem também é cotiça contra a Lei da Cachaça. para recorrer nhecida por “Não temos nada contra a cachaça. Traficar de fora não suas cachaçaà Justiça, utibalhamos e gostamos do produto, mas não lizando, entre ganha benefícios rias. “É dinheiro concordamos com a imposição. Isso não é outros arguinjetado na ecoadmissível, nem constitucional. Quem manmentos, o de que a lei é innomia da cidade. Ao consumir o da no que vendemos é o público”, defende o Eliomar Coelho: não há aumento de custo constitucional por ferir o direiproduto, essas pessoas garantem presidente do SindRio, Pedro De Lamare. to à livre iniciativa (leia mais muitos empregos”, diz Eliomar. Um dos autores da lei, o deputado Eliomar fluminenses no cardápio é uma contrapartino box ao lado). No país, segundo o Instituto Coelho (foto) acredita que a resistência pode da para que o comerciante possa ter alguns Brasileiro da Cachaça (Ibrac), as ser apenas por um mal entendido. Ele resbenefícios fiscais. Mas isso de forma alguma Números exportações em 2016 foram de salta que não há obrigação nem aumento de significa aumento de custos para o empresáSegundo a Associação dos US$ 13,93 milhões, totalizando custos. “Essa atitude de incluir as cachaças rio”, explica. (Texto de Isabela Cabral) Produtores de Cachaça do Es8,3 milhões de litros.

IMPRESSO

Lei promete render batalha nos tribunais

A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO garante a autenticidade deste documento, quando visualizado diretamente no portal www.io.rj.gov.br. Assinado digitalmente em Quinta-feira, 01 de Junho de 2017 às 01:01:56 -0300.


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PODER LEGISLATIVO

Flagrante de crime ambiental na Lagoa de Marapendi ComissĂŁo de Saneamento da Alerj verifica in loco denĂşncias de moradores Foto: OctacĂ­lio Barbosa

VANESSA S CHUMACKER

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esmatamento clandestino, escoamento irregular de esgoto e acĂşmulo de areia que reduz a profundidade da lagoa. Estas foram algumas das irregularidades encontradas pela ComissĂŁo de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) na Lagoa de Marapendi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, durante vistoria nesta segunda-feira (29/05). A presidente da ComissĂŁo, deputada Cidinha Campos (PDT), informou que vai cobrar uma fiscalização mais rĂ­gida da prefeitura do Rio e da Companhia Estadual de Ă guas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae). “Queremos responsabilizar os culpados por essas prĂĄticas. Essa serĂĄ uma medida imediata da comissĂŁo.â€? Cidinha vai solicitar Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) a licença ambiental concedida para realização do desmatamento, ao lado do Shopping Downtown. A deputada Lucinha (PSDB) reforçou que o

Os deputados Nivaldo Mulin, Julianelli e Cidinha Campos conversam com engenheiro Adacto Ottoni durante vistoria de rede de esgoto trecho desmatado ĂŠ uma Ă rea de Preservação Ambiental (APA) e, por isso, nĂŁo poderia ter sido modificada. “Aquele desmatamento ĂŠ um crime ambiental. Cabe Ă comissĂŁo chamar a prefeitura e os empresĂĄrios para justificar a medida. Mas jĂĄ podemos embargar a obra e em seguida des-

cobrir quem estĂĄ a frente dessa açãoâ€?, afirmou Lucinha. Rede de esgoto Coordenador do curso de Especialização em Engenharia SanitĂĄria e Ambiental da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Adacto Ottoni explicou

que a regiĂŁo vistoriada tem rede coletora de esgoto. “Mas falta fiscalização. Encontramos vĂĄrios pontos de vazamento clandestino e a Cedae precisa explicar isso.â€? PrĂłximas vistorias Segundo o professor Adacto Ottoni, alĂŠm da Lagoa de Mara-

pendi, as Lagoas de JacarepaguĂĄ e da Tijuca tambĂŠm precisam da atenção da comissĂŁo. “Os rios drenantes que cortam essas outras duas lagoas sĂŁo verdadeiros valĂľes de esgotos a cĂŠu aberto.â€? Cidinha Campos informou que o grupo tambĂŠm vai vistoriar essas duas lagoas.

Alerj prorroga calamidade financeira atĂŠ 2018 Foto: Guilherme Cunha

CAMILLA PONTES

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terão prioridade na alocação de recursos, bem como o pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas. O Governo deverå enviar à Comissão de Orçamento da Casa, em atÊ 30 dias após a lei entrar em vigor, detalhamento das medidas para enfrentar a calamidade e relatório com os recursos que compþem a Receita Corrente Líquida (RCL). Outra alteração: a calamidade só poderå ser regulamentada pelo goverdiz que nador.

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concluiu, ontem (31/05), a votação do projeto de lei 2.627/17, de autoria do Executivo, que prorroga o prazo de calamidade pĂşblica financeira do estado atĂŠ o fim de 2018. Com isso, o Governo do Estado nĂŁo precisa atender, temporariamente, Governo decreto protege aos limites de Segurança endividamento empregos dos Na semana e de gastos com servidores passada, duas pessoal imposemendas da detos pela Lei de putada Martha Rocha (PDT) Responsabilidade Fiscal (LRF). haviam sido aprovadas. O GoverAntes, o prazo da calamidade vino terĂĄ que convocar papiloscogoraria atĂŠ o fim de 2017. pistas da PolĂ­cia Civil e soldados O texto-base do projeto havia da PolĂ­cia Militar aprovados em sido aprovado na semana passaconcursos, em 2014. da, por 37 votos a 26. Ontem, fo“Um terço dos servidores ram rejeitadas todas as emendas ofi ciais estĂĄ pronto para a apoainda sob anĂĄlise. Ou seja, nĂŁo sentadoria, os fatos recentes nos houve alteraçþes ontem. mostram que essa grande crise Durante a vigĂŞncia do estada segurança pode ser minimido de calamidade, as ĂĄreas de zada com a convocação desses saĂşde, educação, assistĂŞncia ofi ciaisâ€?, diz Martha. social e ciĂŞncia e tecnologia

Recursos prioritårios seguirão para pagamento de servidores e åreas como saúde e educação

Finanças

Compensação de dívidas com concessionårias A Alerj aprovou ontem (31/05), o projeto de lei 2.800/17, do Executivo, que autoriza a compensação de dívidas com concessionårias de serviços públicos (telefonia, fornecimento de energia elÊtrica, gås canalizado) e fornecedoras de combustíveis com crÊditos tributårios

relativos ao ICMS devido pelas empresas. A compensação poderå ser feita em atÊ 18 parcelas mensais, entre julho deste ano e dezembro de 2018, e somente valerå para dívidas reconhecidas atÊ 31 de maio de 2017 e contraídas em função da prestação dos ser-

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viços aos órgãos do estado. Líder do Governo na Casa, o deputado Edson Albertassi (PMDB) lembrou que a medida foi adotada nos últimos dois anos. Ele acrescentou que o estado deve para as fornecedoras de serviço um valor estimado entre R$ 500 e R$ 600 milhþes.


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PODER LEGISLATIVO

PJ: segundo turno terå eleição online Alunos de 46 cidades vão eleger representantes Foto: Bruno Pedrete

Agora ĂŠ lei

Contribuição previdenciåria Foi sancionada a Lei 7.606/17, que eleva a contribuição previdenciåria de 11% para 14% dos servidores ativos dos três poderes do estado. Inativos e pensionistas com vencimentos acima de R$ 5.531,31 tambÊm serão atingidos. O texto altera a lei que criou o Rioprevidência (Lei 3.189/99).

A parte patronal de todos os poderes tambÊm aumenta: sai dos 22% e passa para 28%. A medida entrarå em vigor em 90 dias, no entanto, o acrÊscimo de 3% da contribuição para os servidores e pensionistas só serå cobrado assim que o pagamento dos salårios, incluindo o dÊcimo terceiro, estiverem em dia.

Uma questĂŁo de saĂşde Para evitar o acĂşmulo de ĂĄgua parada, que pode servir de criadouro para o mosquito aedes aegypti, os tubos que sustentam as placas de sinalização nas ruas deverĂŁo ser vedados na parte superior. É o que determina a Lei 7.609/17, de autoria do deputado Wanderson Nogueira (Psol), tambĂŠm sancionada.

A lei proíbe o uso de qualquer elemento que possa acumular ågua, como peças côncavas na horizontal. As placas de sinalização instaladas antes da regra deverão ser vistoriadas e, se preciso, modificadas. Empresas que descumprirem a norma estão sujeitas a penalidades como notificação, advertência e multa.

Novas regras nas escolas O deputado Wanderson Nogueira (sentado com microfone) coordena o projeto: maior participação S YMONE MUNAY

A

11ÂŞ edição do Parlamento Juvenil, projeto da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que tem o objetivo de incentivar a participação dos jovens da polĂ­tica, continua batendo recordes. Depois de, pela primeira vez, todos os 92 municĂ­pios fluminenses terem inscrito candidatos, outra nova marca: o segundo turno, nos dias 13 e 14 de junho, terĂĄ eleiçþes online. O PJ ĂŠ uma iniciativa democrĂĄtica e transparente. Os candidatos sĂŁo estudantes do 1Âş e 2Âş anos do ensino mĂŠdio da rede pĂşblica estadual do Rio, entre 14 e 17 anos. No primeiro turno, em 24 de maio, 46 cidades escolheram seus representantes. Eles foram eleitos pelos prĂłprios colegas, por votação direta. Agora, a novidade ĂŠ que tudo poderĂĄ ser feito pela internet. “A eleição online moderniza

o processo eleitoral e possibilita a participação de toda a rede estadualâ€?, ressalta o deputado Wanderson Nogueira (Psol), que coordena o projeto pelo terceiro ano consecutivo. A campanha para o segundo turno nas unidades escolares, diz, jĂĄ estĂĄ liberada. Ele ressalta, no entanto, que a direção de cada escola precisa formalizar o processo

Todos os 92 municĂ­pios do RJ participam da nova edição do PJ por meio de carta de autorização: “Assim, o candidato poderĂĄ ter acesso a outras escolasâ€?. Como funciona? Cada municĂ­pio pode ser representado por um parlamentar juvenil. Exceto a capital, que contarĂĄ com trĂŞs representantes, e outros tĂŞs municĂ­pios com maior nĂşme-

ro de candidatos inscritos vålidos, que terão dois PJs. Durante uma semana, os escolhidos passam uma semana vivendo a rotina de um deputado estadual. Eles apresentam, debatem, aprimoram e votam projetos de sua autoria no plenårio da Alerj. Os seis projetos aprovados são encaminhados ao Executivo e podem virar lei. Os jovens tambÊm participam de oficinas de capacitação.

Participe

Escolas pĂşblicas e privadas nĂŁo serĂŁo mais obrigadas a informar tipo sanguĂ­neo e fator RH de crianças e adolescentes nas fichas escolares. É o que determina a Lei 7.608/17, sancionada pelo Executivo. De autoria dos deputados Comte Bittencourt (PPS)

e Ana Paula Rechuan (PMDB), o texto torna a regra facultativa, por causa da dificuldade da população que depende do Sistema Ăšnico de SaĂşde (SUS) para agendar e conseguir realizar o exame que detecta o tipo sanguĂ­neo a tempo da realização da matrĂ­cula.

Ă”nibus do Consumidor O Ă´nibus de atendimento da ComissĂŁo de Defesa do Consumidor da Alerj estarĂĄ atĂŠ sexta (02/06) em Nova Iguaçu. O serviço serĂĄ realizado na estrada de AdrianĂłpolis, esquina com Rua Alberto Sampaio, no bairro CorumbĂĄ. Os consumidores terĂŁo seus casos analisados no local, entre 9h e 17h.

Como votar O estudante deve acessar parlamento-juvenil.rj.gov. br, clicar no banner de votação, na parte superior do portal, fazer um login com sua rede social, inserir o número de matrícula e data de nascimento, escolher o candidato da sua cidade, confirmar a escolha e finalizar.

DIĂ RIO OFICIAL PARTE II - PODER LEGISLATIVO ASSINATURAS SEMESTRAIS DO DIĂ RIO OFICIAL

PUBLICAÇÕES

Jorge Narciso Peres Diretor Presidente JosĂŠ Claudio Cardoso Ururahy Diretor Administrativo Nilton Nissin Rechtman Diretor Financeiro Luiz Carlos Manso Alves Diretor Industrial PUBLICAĂ‡ĂƒO SEMANAL - Quintas-feiras As matĂŠrias publicadas nas pĂĄginas 1 a 4 sĂŁo de responsabilidade da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Alerj Daniella Sholl Diretora de Comunicação Social Mirella D’Elia Editora AndrĂŠ Coelho e Jorge Ramos Coordenação Ana Paula Teixeira e Rodrigo Cortez Design e diagramação

ASSINATURA NORMAL ADVOGADOS E ESTAGIĂ RIOS Ă“RGĂƒOS PĂšBLICOS (Federal, Estadual, Municipal) FUNCIONĂ RIOS PĂšBLICOS (Federal, Estadual, Municipal)

ENVIO DE MATÉRIAS: As matĂŠrias para publicação deverĂŁo ser enviadas pelo sistema edof’s ou entregues em mĂ­dia eletrĂ´nica nas AgĂŞncias Rio ou NiterĂłi. PARTE I - PODER EXECUTIVO : Os textos e reclamaçþes sobre publicaçþes de matĂŠrias deverĂŁo ser encaminhados Ă Assessoria para Preparo e Publicaçþes dos Atos Oficiais - Ă Rua Pinheiro Machado, s/nÂş - (PalĂĄcio Guanabara - Casa Civil), Laranjeiras, Rio de Janeiro - RJ, Brasil - CEP 22.231-901 Tels.: (0xx21) 2334-3242 e 2334-3244. AGĂŠNCIAS DA IMPRENSA OFICIAL - RJ: RI O - Rua SĂŁo JosĂŠ, 35, sl. 222/24 EdifĂ­cio Garagem Menezes Cortes Tels.: (0xx21) 2332-6548, 2332-6550 e Fax: 2332-6549 PREÇO PARA PUBLICAĂ‡ĂƒO:

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