PLANO DE PROPAGANDA Feira de Agricultura Familiar “Campo Bonito” - Nhu-Porã CLIENTE: Feira de Agricultura Familiar Campo Bonito DATA DA VISITA: Representantes EMATER: 26 de outubro Andréa Lencina Balbueno | Clovis Schwengber | Odacir Decol
CONTATO: emsborja@emater.tche.br 55 3431 1794
HORÁRIO: 14h
GRUPO DE TRABALHO/PROFESSOR: Karora Comunicação Publicitária Componente Curricular Agência I. Plano de Propaganda
PARTE 1 INTRODUÇÃO A Feira de Agricultura Familiar de Nhu-Porã, distrito de São Borja, conhecida como Feira de Campo Bonito, foi criada em 2015 a partir de um projeto do Governo conhecido como Brasil Sem Miséria. A primeira feira aconteceu em 17 de abril de 2015, por iniciativa da EMATER ao entrar em contato com a comunidade local. A feira acontece aos sábados e domingos, debaixo de uma árvore na praça do distrito. Ao longo do tempo a EMATER começou a proporcionar capacitação para os feirantes como forma de aperfeiçoamento da produção dos alimentos. Além disso, reuniões de avaliação foram feitas para compreender o que seria necessário, para então decidir que seria criado um Projeto para a Feira em específico. Para construir a estrutura física da feira, os responsáveis foram em busca de parceiros, como o Exército Brasileiro (doação de madeira), Associação de Moradores de Nhu-porã, Prefeitura Municipal, feirantes e produtores. Após a doação de madeira, a construção foi realizada de maneira totalmente colaborativa. A Prefeitura ficou responsável, além do apoio na construção, pela inauguração (em parceria com escolas e comunidade local). A feira Campo Bonito tem como objetivo proporcionar espaço e capacitação para que os habitantes de Nhu-porã possuam uma fonte de renda e passem a participar ativamente da
economia da cidade, obtendo participação social, espaço e visibilidade. Também objetiva incluir e valorizar a mulher na economia da agricultura familiar, bem como formar uma organização comunitária, valorizando o campo e o que pode ser produzido nele. Na feira trabalham moradores rurais, agricultores familiares, jovens e adultos que se dedicam somente a essa atividade. É notório o quanto a família tem papel fundamental nesse processo. As famílias participantes do projeto, em geral, não possuíam experiência no processo de vendas e de precificação dos produtos. A partir disto a EMATER vem fazendo um trabalho de orientação, proporcionando informações sobre os preços dos produtos vendidos no Mercado Público e em outras feiras de São Borja. Além disso, a EMATER permanece em busca de mais parceiros e de alternativas que melhorem o projeto como, por exemplo, mais capacitações para os feirantes. Os produtos vendidos na Feira vão de leites e derivados até hortifrutigranjeiros, farináceos, frios, frangos, tortas e artesanatos. Os feirantes também trabalham com encomendas para seus clientes, entre elas a encomenda de frios, tortas, frangos, entre outros produtos. A maioria dos produtos tem origem artesanal e caseira, mesmo que sejam utilizados vez ou outra ingredientes industrializados. Ainda não há certificação do Incra por conta do pouco tempo de atividades da Feira. Entretanto, este é um objetivo a longo prazo que a EMATER possui para com o projeto. Ao longo da discussão de briefing foi verificado, segundo o cliente, a falta de um posicionamento eficaz para a Feira Campo Bonito, bem como a necessidade da criação de uma identidade visual. Além disso, foi constatado a ausência de verba para a produção do material de comunicação; para ser possível a impressão e produção, será preciso firmar parcerias numa perspetiva colaborativa com organizações e entidades da localidade. Para a construção da marca, diretrizes como colaboração, união, representatividade da mulher, permanência no campo e a venda de produtos frescos devem estar presentes, para assim traduzir de forma plena o que é a feira. Além disso, é preciso relacionar com o nome Campo Bonito (tradução da palavra Nhu-Porã) trazendo cores e formas para a marca e comunicação, bem como a praça onde acontece a feira: um espaço limpo, florido e familiar. Quando o cliente foi questionado sobre o posicionamento da feira em Nhu-Porã, o mesmo afirma que há alguns problemas. Dentre eles, a percepção de que o empreendimento pode não dar certo, a falta de credibilidade por parte de alguns moradores, pois afirmam que o
que é de “fora é melhor”. Por fim, a partir da comunicação o cliente deseja melhorar a divulgação da feira para ter um aumento consequente da renda das famílias, dar visibilidade para a comunidade e mostrar que a feira pode dar certo na localidade. Para a criação e produção da comunicação foram solicitadas, além da identidade visual, as seguintes peças: banner, placa no local (fachada), placas na rodovia (fixas, com horários e dias em que a feira é realizada), camisetas, spot para para rádio e cartões de visita para os feirantes. O cliente não relatou nenhum desejo por algum elemento em específico, nem algo que deve ser evitado. A criação e sugestão de outras peças, assim como de estratégias, fica a critério da agência. O problema de comunicação, de forma sucinta e clara, é: “como convencer a população local de Nhu-porã a apoiar e participar da Feira Campo Bonito?” 2 MISSÃO A Feira de Agricultura Familiar Campo Bonito tem como missão auxiliar e promover o desenvolvimento da economia local no distrito de Nhu-porã, relacionada à venda de produtos alimentícios através de esforços de diversos órgãos municipais e estaduais, para estruturar a gestão empresarial dos feirantes, incentivar a atividade empreendedora e atuar no apoio do trabalho da mulher. 3 OBJETIVOS DA FEIRA A Feira de Agricultura Familiar Campo Bonito possui como principais objetivos: -
Desenvolver a economia local e familiar do distrito e região de Nhu-porã
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Gerar renda para as famílias participantes da Feira, por meio da venda de produtos
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Proporcionar à população o acesso a alimentos saudáveis, caseiros e artesanais
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Oferecer oportunidades aos feirantes de conhecimento de fundamentos da gestão empresarial, empreendedorismo, vendas e higiene com os produtos, por meio de palestras, oficinas e cursos ministrados por profissionais
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Auxiliar no trabalho e na independência financeira da mulher
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Fortalecer a produção local, seu espaço no mercado e a união entre os feirantes
4 AMBIENTE DE MARKETING 4.1 MACROAMBIENTE 4.1.1 AMBIENTE SOCIOCULTURAL Uma série de fatores sociais e culturais influenciam e determinam o comportamento dos consumidores. A sociedade molda crenças, valores e normas que definem gostos e preferências das pessoas, direcionando o poder de compra para determinados bens e serviços. O ambiente cultural é composto por instituições e outras forças que afetam esses valores, percepções, preferências e comportamentos. Os habitantes de Nhu-Porã são, em geral, pessoas típicas do interior (é um distrito pertencente à São Borja), ou seja, produtores rurais reservados e focados em seu trabalho. Muitos, por vezes, não tem veículo próprio, e não conseguem ampliar seu alcance de vendas (poucos ônibus fazem trajetos para outras cidades), tendo que vender para a própria população do local. Sobre a cultura, existe um ar de concorrência evidente entre os produtores: segundo o cliente, eles acreditam que não há porque comprar de alguém se eles mesmos podem produzir. Isso prejudica principalmente aqueles que só vendem na localidade. Aqui está presente o grande desafio e problemática que a comunicação deverá resolver: “como persuadir a população local a consumir os produtos da Feira, e consequentemente comprar dos “seus vizinhos”?”. Para tal, deverá ser destacado na comunicação a ideia de valorização da produção local, esforços do produtor e agricultor rural e resultados disso para a economia de Nhu-Porã (abordagem e argumentos racionais), ou seja, a busca pelo diferencial da feira. Por fim, há uma evolução nesse aspecto: as pessoas parecem mais receptivas aos produtos, entretanto compram mais se o produtor oferece e vende na modalidade “porta a porta”, no qual o produtor vai até a casa do consumidor. O desafio é fazer com que essas pessoas se locomovam até a Feira, e consumam de vários feirantes, distribuindo assim o valor gasto e consequentemente, a renda entre os produtores. 4.1.1.1 Localização Geográfica e Aspectos Históricos: São Borja é um município do Estado do Rio Grande do Sul, localizado na região sudoeste, tendo em suas margens o Rio Uruguai. A cidade possui cerca de 3. 616, 019 km² e
está há quase 600 km de distância da capital do Estado. Além disso, o município é um dos Sete Povos das Missões, tendo sido habitado por indígenas e, posteriormente, fundado por padres jesuítas espanhóis, em 1682. O nome da cidade é homenagem a São Francisco de Borja, que foi o 3º general da ordem dos jesuítas (MEIO NORTE, 2016). 4.1.1.2 Comunicação Na cidade estão localizadas as rádios Fronteira FM e Cultura AM - pertencentes à mesma empresa, além de duas rádios comunitárias: Butuí e Navegantes FM. Além disso, não existem emissoras de televisão aberta em São Borja, apenas a transmissão de canais produzidos em outras cidades. A Folha de São Borja e O Regional são os únicos jornais circulantes na cidade. Em relação a influência da Universidade Federal do Pampa, mesmo que menor, tem-se algumas influências, como: PRAEC Informa, Três Aspas Comunicação Júnior e i4 Plataforma de Notícias, todos oriundos da universidade e que podem influenciar na produção de conteúdo sobre o lançamento da sua nova identidade visual da Feira Campo Bonito. Também pensa-se em trabalhar com uma empresa terceirizada de carros de som. 4.1.1.3 Transportes Urbanos As principais rodovias (5) que dão acesso à cidade são as BRS: 290, 448, 386, 287 e RSC 287. No transporte público a cidade possui 5 linhas de ônibus, sendo elas: Passo Promorar, Santa Rosa, Cabeleira, Ponte Internacional, Cerealista Pirahy; todas saindo da Rodoviária, próxima ao Centro de São Borja. A cidade possui cerca de 186 ônibus para toda a cidade. O transporte privado inclui serviços de táxi, utilização de automóveis, motocicletas e outros. Além disso, pode-se destacar que, na cidade, existem cerca de 18 mil carros, 6 mil motocicletas, 3.500 caminhonetes, 1.200 caminhões. Nhu-Porã, distrito de São Borja, fica próximo à BR e um tanto distante do centro da cidade de São Borja, o que dificulta a locomoção dos habitantes tanto de Nhu-Porã quanto de São Borja. Por conta disso, sugere-se uma comunicação que vise atingir os moradores do próprio distrito com maior ênfase; haverá material, como solicitado pelo cliente, que vise atingir pessoas que possam, por ventura, passar na rodovia. Por fim, a comunicação abordará
as pessoas que passam pela rodovia, entretanto, não se pode garantir que as pessoas vão parar, prestigiar e consumir na Feira. 4.1.1.4 Acessos A cidade de São Borja possui poucos lugares com acessibilidade, mesmo nas regiões mais centrais ou de maior movimento. Além disso, as rampas de acesso para pessoas com deficiência física dão, em certas regiões, de frente a postes, impossibilitando a locomoção das pessoas. O local onde é realizada a Feira Campo Bonito possui ruas com paralelepípedos, o que pode dificultar a locomoção de pessoas com algum tipo de deficiência física. 4.1.3 AMBIENTE DEMOGRÁFICO São Borja possui cerca de 62 mil habitantes. Segundo o perfil das cidades gaúchas realizado pelo SEBRAE, a maioria dos habitantes do município é formada por mulheres, 31.820, sendo 30.454 homens. Essa população corresponde a cerca de 0,56% da população do Rio Grande do Sul. Na zona rural da cidade estão cerca de 6.533 pessoas (cerca de 2 mil domicílios), enquanto que na zona urbana a concentração é maior, cerca de 55 mil pessoas (cerca de 18 mil domicílios). O distrito de Nhu-Porã possui pouco mais de mil habitantes, que são uma parte da população da zona rural de São Borja (já que Nhu-Porã é um distrito da cidade) divididos entre casas comuns, granjas, fazendas e arredores da vila. Por ser uma população reduzida, ações de comunicação dirigida são cabíveis ao público primário da marca e campanha promocional. A comunicação deverá trabalhar com foco na população que reside no distrito. Em específico os que estão em torno da praça a qual a Feira acontece. Como resultado da comunicação, espera-se, além da consolidação do novo posicionamento e fixação de marca, o objetivo é fazer com que o PIB e rentabilidade da população e do município seja revertido para gerar renda para os próprios moradores: criar uma rede colaborativa, no qual os produtores apoiem e incentivem financeiramente uns aos outros.
4.1.4 AMBIENTE ECONÔMICO Segundo KOTLER (2003) a economia é a força mais volátil a afetar os negócios. Na cidade de São Borja, segundo o IBGE (2010) o PIB (produto interno bruto) é majoritariamente gerado pelo setor terciário, que movimenta cerca de 600 mil reais. O setor de serviços atua trazendo tendências de mercado para a cidade. Em geral, esse setor é composto por restaurantes, lanchonetes, farmácias, lojas, supermercados, clínicas, escolas e também pelas organizações e instituições sem fins lucrativos, como eventos e espaços culturais e artísticos. Em relação ao trabalho e emprego, segundo o SEBRAE (2015), existem 2388 empresas sediadas na cidade, e 11.787 pessoas trabalhando em vagas de empregos formais. Estima-se que a PEA (população economicamente ativa, que está inserida no mercado de trabalho ou procura se inserir neste) seja de aproximadamente 42.779 pessoas (68,7%). Assim, mais da metade da população atua diretamente na economia são-borjense, tanto por ser consumidora, quanto por intermediar o processo de compra de outras pessoas. A população dependente corresponde à 19.495 pessoas (cerca de 31,3% da população). A renda per capita da cidade, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, em 2010 foi de R$ 705,70 reais, enquanto que a do estado foi de R$ 959,00. Assim, o fato da cidade estar localizada no interior do estado, distante de grandes centros comerciais, pode contribuir para que sua renda per capita esteja abaixo da média verificada em âmbito estadual. A Economia se baseia nos setores primário e terciário, impulsionando a atividade agrícola e a gestão de um comércio (neste caso, a Feira), interferindo na renda de cada família participante e girando a economia local. Em relação ao mercado, pode-se transmitir a questão de que a Feira movimenta a renda dos pequenos produtores e vendedores locais, além de inseri-los no mercado. Um risco nesse aspecto é a pouca renda mensal das famílias, em geral carentes e com poucos recursos, que preferem produzir seu próprio alimento do que gastar comprando de outros produtores. 4.1.5 AMBIENTE NATURAL O ambiente natural de marketing compõe o contexto no qual o homem não pode se recompor diante da ação natural do ambiente, como por exemplo as chuvas. Isso pode afetar diretamente o funcionamento da Feira Campo Bonito, pois ela é realizada ao ar livre. Por mais
que tenha uma estrutura física de telhado que protege da chuva, nesses dias acaba por diminuir o fluxo de pessoas e consequentemente as vendas. 4.1.6 AMBIENTE TECNOLÓGICO A tecnologia na comunicação é sempre bem-vinda. Contudo, o ambiente em que se encontra a Feira pode estar limitado pela internet e acesso a smartphones e computadores. Dessa forma, é preciso pensar estratégias que levem o público à página da feira, por exemplo. Pode-se pensar em ações que facilitem comunicação, venda, capacitações aos vendedores, etc, e que acontecerão com o auxílio da tecnologia. O público-alvo pode não ter acesso à tecnologia ou possuir conexão precária. 4.1.7 AMBIENTE POLÍTICO-LEGAL O público externo à comunidade pode ficar “preocupado” com a inexistência de certificação nos alimentos, portanto faz se necessário se atentar a verificação sanitária na Feira e seus produtos. Na comunicação busca-se deixar claro que é uma feira de alimentos naturais, produzidos no próprio local por famílias, sem mencionar que são alimentos orgânicos, ou sem venenos. Há também o risco da fiscalização ir verificar a qualidade quando a comunicação ganhar forma. 4.1.8
MERCADO DE PRODUTOS SAUDÁVEIS, ORGÂNICOS E/OU SEM
VENENOS Esse mercado é onde está inserido o cliente Feira Campo Bonito em Nhu-Porã. Segundo Organicsnet.com (2016), o mercado de alimentos naturais cresceu o dobro em 2016. Isso corresponde a uma maior preocupação do consumo de alimentos naturais, e a consequente valorização da sua produção (a partir da agricultura familiar, valorização da produção do campo, etc). Utilizado como pano de fundo para toda campanha, argumentos como alimentação saudável, valorização da agricultura familiar e construção de um sólido posicionamento serão aplicados na comunicação. Em meio a uma cultura de alimentação saudável, a marca corre o risco de não ser percebida com grande com grande diferencial perante o público. Por isso busca-se uma marca diferenciada e que atinja o máximo de pontos de contato com o público.
4.2 MICROAMBIENTE 4.2.1 A EMPRESA A Feira de Agricultura Familiar de Nhu-Porã, distrito de São Borja, conhecida como Feira de Campo Bonito, foi criada em 2015 a partir de um projeto do Governo conhecido como Brasil Sem Miséria. A primeira feira aconteceu em 17 de abril de 2015, por iniciativa da EMATER ao entrar em contato com a comunidade local. A feira acontece aos sábados e domingos, debaixo de uma árvore na praça do distrito. Atualmente, com o apoio de diversos órgãos, como por exemplo a Emater, a organização da Feira está mais estruturada, e os feirantes possuem mais noção de vendas, de higienização dos produtos, empreendedorismo. Ainda se busca um bom relacionamento entre os feirantes, um maior contato entre os mesmos. A comunicação deverá fortalecer a imagem e trabalho da Feira diante da população local, que ainda resiste de certa forma à proposta; e também deverão se trabalhar estratégias para melhorias de relacionamento interno, entre os feirantes e entre feirantes e órgãos. Essa medida se justifica pelo fato de se constatar um baixo apoio da população à Feira, tanto em volume de compras, quanto em participação e movimento no local, assim como um relacionamento entre os feirantes que ainda tem muito a evoluir, e que permanece paralisado e “fraco” devido aos costumes e personalidades rurais (pessoas mais fechadas e tímidas). 4.2.2 FORNECEDORES Como fornecedores da Feira temos os próprios feirantes com seus alimentos produzidos em suas residências e como fornecedores dos feirantes temos alguns estabelecimentos onde estes buscam os ingredientes que não produzem em casa. Pode ser realizada uma ação de apresentação da marca para os fornecedores (aqui se tratando os que não são feirantes) a fim de selar um relacionamento através de entrega de flyer com aplicação da logo e redação com explicação do conceito. Este ponto do Microambiente possui uma influência mais focada, em relação ao mix de marketing, no P de Produto e de Preço. Quando os fornecedores não possuem os produtos específicos e requisitados pode atrapalhar as vendas e encomendas, ou se subir o preço consequentemente sobe o preço para o consumidor final.
4.2.3 INTERMEDIÁRIOS Como intermediário principal temos a Emater, em seguida a Prefeitura, Exército, etc. Também busca-se um relacionamento com esses intermediários, realizando a apresentação da nova identidade visual da marca. Vale ressaltar que a Emater é o principal contato da agência na criação da identidade visual e campanha para a Feira Campo Bonito. Sugere-se também a apresentação da marca para a Prefeitura (na parte impressa em formato de flyer), a fim de conseguir alguma parceria de divulgação (site por exemplo). Todo o material criado pela agência será apresentado e aprovado por um dos intermediários da Feira, a Emater. Propõe-se uma apresentação de todo o processo de criação da marca, conceito e estratégias de lançamento da mesma. 4.2.4 CONCORRÊNCIA Não há concorrentes que corresponda a uma feira com produtos em Nhu-Porã; o que há são produtores que vendem de porta em porta. Isso é analisado como um concorrente forte pelo conforto e credibilidade do vendedor estar vendendo na porta da casa. É preciso desmistificar a imagem da feira como algo ruim, posicionando-a como um espaço onde é possível juntar forças dos moradores para potencializar a venda dos produtos de forma igual e justa. Essa reeducação dos moradores (vendedores e consumidores) pode demorar e não ter efeito só com os esforços comunicacionais. 4.2.5 PÚBLICOS Os clientes em potencial essencialmente são considerados público externo, sendo o público interno os feirantes. Para o público externo destina-se as estratégias de propagandas mais delimitadas a seguir, com o objetivo de gerar fluxo de pessoas na feira, bem como aumentar as vendas. Para o público interno busca-se um melhor clima organizacional introduzido através de uma ação de endomarketing. A ação de endomarketing objetiva, além da apresentação e fixação da marca para o feirantes, a interação e relacionamento entre os mesmos, a fim de valorizar a produção de cada um deles. 4.2.6 CLIENTES
Como clientes temos a população da comunidade local, encomendas gerais, e pessoas que passam na rodovia próxima a Feira. Para os cliente se destinará as principais estratégias de propaganda, foco deste trabalho e planejamento, apresentadas a seguir. Deve-se ressaltar a dificuldade de atingir o público da comunidade local, visto que os mesmos possuem também os alimentos produzidos em casa presentes na sua rotina (por que comprar de outros?). A mídia que objetiva as pessoas que passam na rodovia deve ser chamativa e convidativa. 4.3 ANÁLISE SWOT OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
➔ Mercado de alimentos naturais cresce no Brasil, ➔ Como não há verba disponível, a maioria das ações ou seja, há uma reeducação alimentar e os poderiam ser digitais, porém há certas limitações produtos da Feira de Campo Bonito são bem pela falta da presença da tecnologia (internet e percebidos por esse público. ferramentas para uso) na localidade. ➔ Utilizar a credibilidade existente nos profissionais ➔ Não há certificação de alimentos orgânicos para os da Emater, que dão suporte à localidade para produtos da feira, o que pode ser problema pela construção de um novo posicionamento da feira. fiscalização sanitária e credibilidade da feira. ➔ Apoio e suporte técnico da Emater; ➔ Os concorrentes encontrados são tanto ➔ As pessoas que transitam nas rodovias são um consumidores da feira, como vendedores nela possível público-alvo; (resistência em consumir os produtos da Feira porque a pessoa também produz o mesmo). ➔ A venda “porta a porta” é uma modalidade que faz mais sucesso na localidade: as pessoas devem ser convencidas a ir até a Feira, e não o contrário. ➔ Poucos transportes que oferecem acesso ao local: dificulta o escoamento e possível venda de alguns produtores para e em outras cidades (alguns deles só tem como opção a venda em Nhu-Porã). ➔ Algumas pessoas do distrito podem não saber ler: a comunicação deverá se moldar a isso FORÇAS ➔ Alguns feirantes são perseverantes e se mantêm ativos na Feira desde seu início. ➔ A Feira possui uma boa infraestrutura física, além de estar localizada em uma praça central, próxima à Igreja, à Associação de Moradores e às rodovias. ➔ A Feira contêm uma grande variedade de produtos à venda: desde hortifrutigranjeiros até farináceos.
FRAQUEZAS ➔ Desunião dos feirantes e vendedores locais; ➔ Não possuem nenhum tipo de comunicação eficaz; ➔ Não possui posicionamento sólido.
4.4 DIAGNÓSTICO Através da análise ambiental, verifica-se algumas situações a serem consideradas durante a construção do presente plano de propaganda. A Feira Campo Bonito ainda não possui um posicionamento sólido frente aos seus públicos de interesse tampouco recursos financeiros para investimentos em comunicação, e ainda enfrenta alguns problemas em relação ao relacionamento interno dos feirantes, concorrência com a venda porta em porta, e principalmente a falta de apoio e participação da população. Dessa forma, se faz necessária a elaboração de uma marca que comunique o DNA e posicionamento da Feira, juntamente com uma campanha que tenha como objetivo primordial a fixação desta nova marca essencialmente no distrito de Nhu-Porã. Percebe-se alguns pontos positivos que devem ser potencializados na comunicação, como por exemplo, o fato do mercado de alimentos naturais, orgânicos ou com foco em sua produção caseira sem procedimentos industriais, crescer cada vez mais no país. Outro ponto a ser ressaltado é a localização da feira, que possui uma boa infraestrutura física, bem como sua grande variedade de produtos à venda, todos produzidos por pessoas da comunidade local objetivando movimentar a economia do distrito.
Por fim, busca-se soluções tangíveis para a falta de verba disponível para área comunicacional, ou seja, as estratégias devem utilizar mídias digitais (mesmo com as limitações de conexão de acesso) e ações de no media que sejam baratas e exequíveis próxima à praça e rodovia. PARTE II 5 OBJETIVOS DE MARKETING Aumentar a venda das bancas da Feira de Agricultura Familiar Campo Bonito em 5%, no próximo ano. 6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING As estratégias de marketing nos respondem “como” faremos para chegar aos nossos objetivos. Dessa forma, temos como estratégias que respondem ao objetivo de comunicação: a propaganda, comunicação digital, endomarketing, promoção de vendas (PDV) e no media.
6.1 PÚBLICO-ALVO Público primário: ● Moradores locais de Nhu-Porã ● Vendedores e produtores que não são associados à Feira Público secundário: ● Pessoas que se localizam próximo à região de Nhu-Porã (Santiago, cidade de São Borja, Maçambará, Garruchos, Santo Antônio das Missões, Itacurubi, Unistalda, Santo Tomé). ● Pessoas que valorizam a alimentação saudável e agricultura familiar e que passem pela rodovia e tenham pontos de contato com a comunicação; 6.2 POSICIONAMENTO 6.2.1 Promessa básica A Feira Campo Bonito é fundamentada em três pilares: ambiente familiar, união e valorização do que é produzido no espaço. Comprando lá, o público-alvo primário adquire produtos sem adição de veneno ou agrotóxicos, feitos com cuidado e com sabor que vem casa. Em cada banca é possível adquirir produtos com sabores únicos, visto que cada produtor faz as receitas a partir de seu repertório pessoal com receitas de família, por exemplo. 6.2.2 Justificativa A Feira Campo Bonito é resultado do trabalho em conjunto dos moradores da localidade de Nhu-Porã, ou seja, é uma feira baseada no trabalho colaborativo para que haja produtos para serem comercializados. Ela acontece a partir do trabalho familiar que lá é incentivado pela Emater, gerando renda para todas as famílias. 6.2.3 Imagem desejada A Feira busca ser vista como um ambiente onde se encontram produtos com sabor e qualidade artesanais. Dessa forma, posiciona-se na mente do público como uma feira caseira, onde é possível encontrar igualdade social juntamente com o trabalho familiar que é desenvolvido em Nhu-Porã.
6.3 COMPOSTO DE MARKETING 6.3.1 Produto A Feira Campo Bonito oferece uma grande variedade de produtos, que são vendidos pelos feirantes aos sábados e domingos: leite e derivados, hortifrutigranjeiros, farináceos (pães, cucas, bolachas), doces (como tortas) e conservas, frios, frangos e artesanato. 6.3.2 Preço Os feirantes, antes do início do projeto e parceria com a EMATER, praticavam preços não baseados na concorrência e na prática do mercado: foi constatado que os produtos eram vendidos por preços baixos demais, que não geram o retorno necessário para os feirantes. Atualmente, com o apoio e consultoria da EMATER e demais órgãos, os preços estão competitivos, acessíveis ao público e correspondentes à realidade do mercado. 6.3.3 Praça A Feira acontece em meio à praça Papa João Paulo II e conta com uma estrutura de madeira coberta, onde os feirantes podem se organizar de acordo com a quantidade de produtos que possuem. Além disso, quem transita pela BR pode ver a Feira acontecendo e, porventura parar para fazer compras. 6.3.4 Promoção O P promoção é o mais “fraco” e problemático dos quatro Ps, no composto de marketing da Feira Campo Bonito: a comunicação praticamente não existe, muito menos uma comunicação estratégica e planejada, com objetivos claros e concisos. Isso afeta diretamente no conhecimento e apoio das pessoas em relação a Feira e consequentemente, em suas vendas. 7 CRIAÇÃO DA MARCA 7.1 Conhecimento e investigação Esta etapa, que consiste na análise e conhecimento do cliente (briefing), do ambiente competitivo (análise SWOT), e do público-alvo, resultando em um diagnóstico, já realizado na parte 1 e 2 deste planejamento. 7.2 Raciocínio e proposição
7.2.1 Posicionamento O posicionamento consta no item 6.2, citado anteriormente. 7.2.2 DNA e personalidade da marca da Feira de Campo Bonito A marca da Feira Campo Bonito baseia-se em três grandes pilares: impacto social, valorização e aspectos caseiros. Primeiramente, ela é uma marca que busca o impacto social. Isso ocorre a partir do próprio desenvolvimento da Feira Campo Bonito, que possibilita mudanças sociais perceptíveis, porque há a participação da mulher na produção, organização e venda dos produtos comercializados na feira; há a inclusão social de inúmeras famílias que podem vender na feira, gerando renda e maiores condições de estabilidade na zona rural de São Borja; incentivo à agricultura familiar, visto que há o suporte técnico da Emater, trabalho colaborativo onde toda a família participa do processo de plantio, processamento e produção dos alimentos, além da não utilização de insumos químicos durante o plantio, etc. Como segundo pilar do DNA da marca, temos o conceito de valorização. Quando tratamos de uma feira que ocorre na zona rural onde é possível aumentar a renda mensal de diversas famílias, é lógico que o ato de valorizar está presente. E isso atinge diversas esferas, como a valorização da participação da mulher no trabalho, valorização do contato com a natureza, alimentos mais saudáveis, a própria agricultura familiar, que como supracitada, ganha protagonismo. E por fim, chegamos ao terceiro pilar da marca, que se configura como uma esfera caseira. Quando lembramos de nossas avós, geralmente vem à nossa mente suas receitas incríveis. É amparado nesse viés que construímos uma marca que tenha o caseiro como cereja do bolo, pois a feira é feita de forma artesanal, com toques de carinho e dedicação, resultando em alimentos mais saborosos e de maior qualidade. Além disso, todos os alimentos são feitos em casa, através de receitas que passaram de geração em geração, com produtos que vem de casa (e não da indústria) e vão para a casa de quem compra. Ou seja, uma inspiração caseira, com formas fluidas e delicadas complementam a marca proposta. 7.2.3 Manutenção e evolução Projetamos uma evolução para a marca, a longo prazo (daqui há cinco anos), posterior ao período em que se objetiva fixar a marca (primeira versão) frente ao público.
7.3 Naming O nome da feira, que será utilizado na identidade visual, já foi definido pelo próprio cliente. É a tradução do nome da localidade conhecida como Nhu-Porã, correspondendo à Campo Bonito. Por fim o nome da feira é: Feira Campo Bonito. A palavra Nhu-Porã vem junto ao logotipo como apoio e identificação exata à localização da Feira. 7.3.1 Slogan Sabor que vem de casa. A partir da análise, proposição e construção do DNA da marca da Feira Campo Bonito, buscou-se sintetizar o conceito da marca no seguinte slogan: Sabor que vem de casa. Através dele, afirma-se a promessa básica de adquirir produtos caseiros com excelente sabor quando compra-se na feira. A estratégia adotada é trazer o diferencial da feira: sabor caseiro e artesanal. Para o desenvolvimento do slogan, buscou-se a ideia de “vir de casa” inspirado, primeiramente, na produção que não é industrial, ou seja, feito nas casas dos produtores que podem vir a comercializar na feira. Foi inspirado também na produção familiar dos produtos, vegetais e hortaliças, pois há o aspecto caseiro que dá forma a todo mix de produtos que se encontra na feira. Através disso, buscamos resumir o diferencial destacado da feira a partir do slogan, e dando amparado para a campanha a ser desenvolvida de forma tangencial ao lançamento da marca. 7.3.2 Verificação de disponibilidade Por existir um município chamado Campo Bonito, localizado no estado do Paraná, optou-se por acrescentar à marca a localização da Feira, para que os cidadãos de São Borja e região tenham ciência de que ela acontece em Nhu-Porã.
7.4 Identidade de marca
7.4.1 Moodboard
7.4.2 Logotipo A marca proposta baseia-se nos pilares do DNA anteriormente defendido. Aliando-se a eles, optou-se por uma marca sem um ícone diferenciado, considerando o próprio nome como ícone. Isso facilita a comunicação com o público-alvo da marca, pois este gosta de facilidade e praticidade. Elementos abstratos na marca poderiam dificultar a comunicação com esse público, dessa forma, a criação de uma marca sem um ícone específico é considerado pela agência como a melhor solução para o problema de comunicação. Para a construção da palavra Campo Bonito, acrescenta-se uma pequena folha, trabalhando com uma imagem figurativa do contexto do público-alvo, ou seja, de fácil entendimento. A diagramação torna-se leve devido à distribuição dos elementos ao longo da marca, relacionado a uma feira que acontece a céu aberto. Isso justifica a escolha da tipografia irregular, pois além de dialogar com uma feira considerada mais informal, ela é totalmente caseira: vende produtos feito em casa a partir da produção da matéria-prima local. Além
disso, produtos artesanais e/ou caseiros são irregulares, não lineares e trazem a sensação de carinho e aconchego. Isso é transmitido também na marca pela escolha das cores para a versão preferencial: verde e laranja. Em primeiro lugar, o verde é ligado à natureza, produtos naturais e saúde, comprovando total relação com a feira. O laranja, nesse caso, pode se relacionar ao aumento do apetite, legumes e hortaliças, que são vendidos na feira. Por fim, a relação entre as duas cores trazem harmonia pelo tom escolhido, mostrando equilíbrio para uma feira que é leve, justa e que desenvolve um trabalho de impacto social muito importante. Por fim, as palavras Campo Bonito estão sob uma linha, trazendo a delimitação de um espaço: a própria feira. Além disso, a tipografia da fonte da palavra Campo Bonito apresenta pequenas falhas, correspondendo às imperfeições que trabalhos artesanais apresentam, como os produtos comercializados na feira, frutas não-perfeitas pela ausência do uso de veneno, etc. Versão Preferencial
Versão Preto / Versão Branco
7.5 Expressão de identidade 7.5.1 Manual de Identidade Visual O Manual de Identidade Visual é o documento que irá conter as mais variadas formas de aplicação da marca Feira Campo Bonito, auxiliando os colaboradores do projeto quanto a identidade da marca. Nele, estão contidas a versão preferencial de uso do logotipo, cores, entre outros aspectos. Sendo assim, o MIV existe para que a marca mantenha-se forte e bem posicionada no mercado em que está inserida, aplicada de forma correta e sem distorções diante dos variados públicos/colaboradores que a Feira possui. 7.5.1.1 Aplicações
Embalagem e Carimbo
Camisetas
Avental e Sacola
Sacola de Papel
7.6 Estratégias de lançamento da marca Como objetivo principal para o lançamento da marca, está a construção do posicionamento da feira, juntamente com a fixação da marca e slogan. Dentre as estratégias, temos: ● Propaganda (cartaz, lambe-lambe, jingle, fanpage); ● Aplicação da marca (sacola, banner, avental, etc) ; PARTE 3 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DE PROPAGANDA 8 Problema de comunicação “Como convencer a população local de Nhu-porã a apoiar e participar da Feira Campo Bonito?”
9 Objetivos de propaganda Como objetivos de propaganda, temos: -
Convencer o público-alvo a consumir e participar da Feira;
-
Persuadir a comunidade local, para que a mesma apoie e incentive a Feira;
-
Construir um novo posicionamento, sólido e claro, objetivando mostrar que a Feira é um projeto que pode dar certo;
-
Gerar fluxo no ponto de venda da feira.
10 Estratégias de propaganda ● Propaganda: faixa de rua, placas para fixação na rodovia, camisetas, cartaz, adesivos, banner, flyer, calendário, imã de geladeira, cartões-visita, jingle, spot. ● Comunicação digital (focado na rede social Facebook): identificação para fanpage (foto de perfil e foto de capa) e cards. ● Endomarketing: ação de troca de alimentos entre os feirantes, com a marca impressa. ● Promoção de vendas: materiais para PDV e estande, como fachada para o local, placas que identificam cada banca e modelo de placa reutilizável para preços (feito em quadro negro com modelos em stencil). ● No media: colagem de adesivo com a marca e convite para participação. 11 Criação 11.1 Tema “Reconhecer a produção local” Como argumento de venda e persuasão, a campanha promocional, que visa gerar fluxo na feira, é amparado na afirmação de reconhecer a produção local da localidade de Nhu-Porã. Mas como faremos isso? Comprando na feira que se encontram as diversas produções de Nhu-Porã. A partir disso, o argumento busca lembrar o público-alvo que é importante valorizar todas as produções que são comercializadas na feira, gerando fluxo de renda, troca de experiências (receitas, histórias, etc) e girando a economia local. 11.2 Conceito criativo “Valorizar o que é de casa”
O conceito criativo da campanha é construída a partir de um convite ao público-alvo: valorize o que é feito aqui, na feira da localidade de Nhu-Porã. Unindo a valorização, reconhecimento e participação, é possível a construção de uma feira que traga rentabilidade aos moradores. O conceito é justificado pelos itens que são comercializados na feira, ou seja, são provas de que estão reunidos em um único lugar os legumes, hortaliças, laticínios, e toda e qualquer produção de Nhu-Porã. Apesar de ser uma campanha promocional, o conceito se faz possível pela direção de arte: utilizar a técnica de aquarela para representar alguns alimentos vendidos na feira. Além de remeter a sensação de caserio, a técnica traz a sensação de imperfeição do preenchimento, mostrando que as frutas são imperfeitas por não utilizar veneno para sua produção, ou que o pão tem variadas formas pois é feito em casa, não em escala industrial. Em suma, busca-se a partir da direção de arte e conceito criativo articular a valorização do que é feito em casa remetendo ao caseiro e artesanal. Como apelo visual, utilizou-se a técnica de aquarela que busca representar aspectos manuais, coloniais e artesanais da feira. Por trazer uma sensação de pintura à mão, a técnica permite ilustrar como são os alimentos: irregulares (percebidos aqui como uma qualidade por não serem produzidos de forma industrial em larga escala), coloridos (alimentos frescos e sem adição de veneno) e coloniais. Por fim, considera-se o apelo visual escolhido o melhor para traduzir o conceito criativo que responde ao problema de comunicação. 11.3 Slogan O slogan da campanha será o mesmo proposto para a marca, visto que a campanha de lançamento da marca irá ocorrer de forma tangencial à campanha institucional da feira. A justificativa do slogan pode ser conferido no item 11.3.1 deste planejamento.
11.4 Moodboard
12 Audiovisual 12.1 Jingle Pra valorizar Nhu-Porã
com sabor que vem de casa
fazer valer nosso trabalho
com sabor que vem de casa
Experimentar as receitas da vovó
Spot
da mamãe e da vizinha
Sábados e domingos das 8h ao meio dia na
Feira Campo Bonito
praça João Paulo II em Nhu-Porã
é trocar experiências
Feira Campo Bonito: sabor que vem de casa.
12.2 Vinheta Áudio
Vídeo
Fade in BG
Fade in parte da tipografia “Feira Campo Bonito”
Fade out BG
Em seguida fade in da linha que compõe a logo Fade in tipografia “Nhu Porã” Fade out toda a tipografia.
13 Mídia 13.1 Definição dos meios e justificativa Neste lançamento de marca e campanha institucional, a agência de propaganda optou por utilizar os meios de comunicação impresso, digital e eletrônico. O meio de comunicação impresso, presente nas estratégias de propaganda, endomarketing, promoção de vendas e no media, tem como foco o público local (que reside ou passa por Nhu-porã) e se justifica devido a necessidade de apresentar, fixar a nova marca para os clientes e à população, e chamar a atenção para seus produtos, através do meio tradicional, visto que nem todas pessoas e casas possuem acesso à internet. O meio impresso atinge as pessoas que passam na praça, no centro do distrito, na rodovia, as que consomem e vendem na Feira e ainda as que veem a marca no vestuário dos feirantes. Ademais, há a necessidade de identificar a Feira no local em que ela acontece, para que as pessoas que não a conhecem e passam pelo local saibam o que está ocorrendo ali. O meio de comunicação eletrônico, presente na estratégia de propaganda, está representado pelas peças jingle e spot: a ideia é que o spot seja incorporado ao final do jingle, de forma que primeiro tocará a “música” criada, e depois um rápido convite para que o ouvinte participe da Feira (serão ditos o local, os dias e horários). Essa peça será veiculada através de carro de som no distrito, circulando pelo centro e principais vias da localidade. Essa veiculação e escolha de meio se justifica porque o carro de som, ao passar na rua, faz com que todas as pessoas que circulam e que estão nas casas e estabelecimentos localizados nessa rua, ouçam o jingle reproduzido, fazendo com que seu alcance e eficiência sejam grandes. O rádio não será utilizado principalmente porque o distrito não possui nenhuma rádio, e as rádios mais próximas são as da cidade de São Borja: como o público-alvo primário
é o de Nhu-porã, esse meio, no momento, não é o mais indicado, visto que atingirá muito mais pessoas de São Borja do que de Nhu-porã, e ainda pode ocasionar um problema de marketing: muitas pessoas de São Borja, atingidas, podem se locomover até Nhu-porã, ou aproveitar a passagem pelo distrito, para participar e consumir da Feira, e a mesma pode estar despreparada para receber tantas pessoas, podendo faltar produtos nas bancas (pouca oferta para muita demanda). O meio de comunicação digital, representado principalmente pelas redes sociais (Facebook), visa atingir e reforçar a comunicação realizada através dos meios impresso e eletrônico, alcançar a população jovem de Nhu-porã, e ser uma fonte de informação para as pessoas que passam pela rodovia, que possuem dúvidas sobre a Feira, ou que desconhecem a mesma. 13.2 Veículos de Comunicação Os veículos de comunicação que serão utilizados serão o Facebook e a empresa de carro de som. PARTE 4 TÁTICA DE PROPAGANDA 14 Programa de Propaganda 14.1 PEÇAS DA CAMPANHA FACEBOOK
Foto de Capa Página
IMPRESSO Banner e Cartaz
Cartão de Visita
CV - Frente
CV - Verso
Flyers
Calendário e Ímã de Geladeira
Faixa de Rua
Lambe-lambe (fixação em postes)
14.2 Fases da Campanha FASE I - IMPLEMENTAÇÃO FASE II - SUSTENTAÇÃO FASE III - CONTROLE 14.1.1 Fases da Campanha Estratégia
Tática
Operação
Fase 1
Faixa de rua
X
Cartaz
X
Imã Propaganda
Impresso
X X
Banner
X
Flyer
X
Adesivos
X
Camisetas
Produção eletrônica
X
Calendário
X
Fanpage (Criação, perfil e capa)
X
X
X
Produção de conteúdo (cards)
X
X
X
Jingle
X
Spot
X
Endomarketing
Ação de troca de alimentos
Troca de alimentos entre feirantes, com a marca impressa.
No media
Adesivo com marca e convite
Colocação de adesivos com material contact em alguns pontos da cidade
Materiais para PDV e estande
Fachada para o local, placas identificadoras de cada banca e para colocação dos preços
Promoção de vendas
3
X
Cartões-visita Placa na rodovia
Comunicação digital
2
X X X
PARTE 5 IMPLEMENTAÇÃO E CONTROLE DA PROPOSTA 16 Controle e Avaliação da Campanha Para avaliação da presente campanha, utilizaremos os dados aos quais a agência tem acesso e será fundamental as informações repassadas pela EMATER. As informações da veiculação da comunicação digital serão controladas através do relatório de métricas gerado pelo próprio Facebook (espera-se que a agência seja uma das administradoras da fanpage), e os demais meios serão controlados através das percepções dos funcionários da EMATER (já que a equipe da agência não tem contato e acesso aos feirantes e à Feira), de forma não tão numérica, mas sim qualitativa, em relação à percepção da marca e ao aumento das vendas. 17 Orçamento Estabelecimentos Peças orçadas
1 Faixa de rua (material lona, colorida, 4,5m X 70cm)
Impressão Ale Papelaria e Xerox (Rua Coronel Lago, 2184, Centro, São Borja)
--
Imprime Soluções Gráficas (Av. Presidente Vargas, 2093, Centro, São Borja)
R$ 220
Click impresso (clickimpresso.co m.br)
(não fabrica)
100 cartazes (A3, coloridos, papel couché 90g)
R$ 350
R$ 350
R$ 296,97 (170g)
1 Banner (material lona, colorido, 1,2m X 0,8m)
R$ 70
R$ 75
R$ 172
R$ 40
R$ 42 (300g)
100 Cartões-visita (9 x 5 cm, frente e verso colorido, papel couché, 150 g)
--
500 Flyers (15 x 21 cm, frente colorida, papel couché, 90g)
--
100 calendários 2017 (26 x 20 cm, colorido, papel couché, 150 g)
--
100 imãs de geladeira (6 x 4 cm, colorido)
R$ 250
(não fabrica)
(não fabrica)
-R$ 126
1 Fachada para local (2 x 1 m, colorida, material lona) 1 Carimbo de madeira (1 unidade)
R$ 346
R$ 200
--
60 adesivos (30 x 10 cm, coloridos, material vinil plástico)
R$ 250
R$ 68
--
R$ 180
(não fabrica)
R$ 35
R$ 50
--
Estabelecimentos Peças orçadas
Camiseta Malha Branca est. centro Colorida (para 20 para 30 e 40 unidades)
Unidade Camiseta estampada Serigrafia para sacola até 3 cores (5, 10 e 20 unidades)
Camisetas Malharia Ponto a Ponto ( São Borja)
R$ 25 R$ 23 R$ 20
Confecções Tricentenário ( São Borja) ---
--
R$ 25
R$ 10 R$ 8 R$ 6 cada
--
Serigrafia sacola (1 cor 3 cores)
R$ 3 R$ 5 cada
--
Os valores estão sujeitos a pequenos ajustes.
18 Cronograma Novembro AÇÕES A SEREM EXECUTADAS
Dezembro
Janeiro
SEMANAS 1
2
3
4
1
2
1
Criação da Campanha
2
Aprovação da Campanha pelos professores (pré-banca e banca)
3
Defesa da Campanha para os clientes
4
Envio da campanha para os clientes
5
Criação da fanpage
X
6
Impressão do material de PDV
X
7
Colocação de lambe-lambe
8
Evento de lançamento
X
9
Envio de releases
X
3
4
1
2
3
4
X X X X X X X
X
10 Veiculação do Jingle
X
11 Produção de conteúdo
X X
12 Ação de endomarketing
X X X
X X X
REFERÊNCIAS ORGANISCNET. Mercado de orgânicos no Brasil. Disponível em: <http://www.organicsnet.com.br/2016/01/mercado-de-organicos-cresce-o-dobro-no-brasil/> Assesso em novembro de 2015.