Intervenção na Boa Vista

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PRANCHA:

INTERVENÇÃO NA BOA VISTA

UNICAP Atelier de projeto 8 Prof. Mª de Lurdes e Nilson Andrade Alunas : Kamilla Borges e Mª Alice Abreu

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4

Estudo preliminar

Estudo da área A área a ser estudada localiza-se no bairro da Boa Vista no Recife e é delimitada pelas ruas Princesa Isabel, Rua da Aurora, Rua do Riachuelo e Rua da Saudade. Esse bairro possui características morfológicas que refletem a época dos assentamentos, iniciada no final do século XIX e consolidada no início do século XX. Sua formação se deu a partir da construção da ponte da Boa Vista e em seguida dos aterros feitos nas áreas de mangues, onde vieram a surgir vias principais como por exemplo a Rua do Aterro, hoje conhecida como Imperatriz Tereza Cristina e a Rua da Aurora. Os aterros feitos nessa época foram dando espaço a construções importantes como o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, a Fundição d´Aurora e o Parque 13 de Maio, que foi o primeiro parque urbano histórico do Recife, tendo o paisagista Burle Marx como seu projetista. Posteriormente, parte da área do parque foi utilizada pelo Governo para a construção da Biblioteca Pública de Pernambuco, além de quatro escolas públicas.

Ao longo do tempo, a contínua expansão do Recife foi caracterizando a cidade e definindo seus aspectos urbanos. Lotes perpendiculares as vias, estreitos e implantações nos limites do lote, criam uma interface urbana contínua, que nesse bairro é abundantemente constituída de térreos ativos com usos comerciais e de serviços, que caracterizam bastante a área seja pela tipologia das construções ou pela influência que essas características tem sobre a circulação de pessoas por essa área. Por conta de sua importância histórica para a cidade, essa área é protegida por lei, estando enquadrada como Zona Especial de Preservação do patrimônio Histórico (ZEPH), de numeração 8. Trajeto inevitável para quem circula no Recife, as belezas e a desordem urbana contam a história desse bairro e constroem seu perfil na paisagem da cidade.

Implantação

Volume

A tipologia predominante no local, a dos sobrados, possui um modo de implantação específico a ser incorporado pela nova proposta, objetivando estabelecer uma relação de consonância com o entono. Esse entorno é composto de características como da edificação colada no lote, sem recuos, com a presença de, não tão grandes, pátios internos. Essas características aplicadas em lotes compridos e estreitos, como dos sobrados, tendem a gerar ambientes enclausurados, escuros e com pouca circulação de ventos. Para melhorar as condição pontuadas anteriormente, a nova edificação apresenta pátios mais generosos que os existentes, amientes internos mais abertos e até uma parte de sua coberta como sendo de material translúcido. Tudo isso visando proporcionar uma melhor ventilação e iluminação natural aos espaços internos ainda respeitando e sendo consonante com a preexistência.

Para projeto foi pensado um volume que tivesse o máximo de aproveitamento de área construída ainda valorizando o conforto térmico do espaço, para isso usou-se a estratégia de criar pátios internos melhorando a ventilação, iluminação natural e integrando os espaços. Foi utilizada também uma coberta com inclinação forte com sua comieira paralela a rua, seguindo a lógica volumétrica existente. A proposta apresenta características volumétricas semelhantes as do entorno para estabelecer uma relação harmônica com as outras construções e assim torna-se consonante em relação a elas. Figura 3 - Imagem da volumetria - Fonte: Autoras , 2019

Escala

41m

Por meio de um estudo das fachadas da quadra, nota-se que na rua da intervenção, a predominância é de sobrados (dois andares) a altura dessas edificações é de, em média, 11m, porém a altura máxima permitida pela legislação é de 7,5m na fachada, oque torna a solução dissonante de seu contexto. Para corrigir essa diferença de altura e se tornar consonante com o entorno, foi proposto para a edificação uma espécie de coroamento marcado com um painel vazado de metal, chegando assim a altura de 10,5m.

10,5m 7,5m

N Figura 1 - Mapa ampliado da área - Fonte: Google earth, 2019

LEGENDA Terreno do projeto Área de estudo

LEGENDA: Sentido e intensidade do fluxo : De carros: Arterial Coletora Local

ALTO FLUXO MÉDIO FLUXO BAIXO FLUXO

Rua do Riachuelo

Rua Princesa Izabel

Quadra 1 20 m 30 m

10 m

Figura 4 - Imagem da escala - Fonte: Autoras, 2019

Figura 5 - Imagem da implantação - Fonte: Autoras, 2019

De pessoas:

Trajetos

Elementos presentes na área Ponto de Ônibus Escultura Faixa de Pedestres

Situação da ditribuição de usos da área Educacional Comércio Serviço Ins�tucional Habitação formal Vazio/ Sem uso Estacionamento Cultural Uso misto (Serviço, Comércio e habitação) Uso misto (Comércio e habitação) Uso misto (Comércio e habitação) Uso misto (serviço e habitação) Comércio informal N

50 m 25 m 75 m Figura 2: mapa da situação atual da área - Fonte: Autoras, 2019

Metodologia

Figura 5 - Mapa de usos - Fonte: Nathalia Villalba, Joyce Suruagy e Verlândia Nascimento.

O estudo preliminar a seguir foi elaborado baseando-se na metodologia presente na dissertação de mestrado de Nivaldo de Andrade Júnior (2006)

Volume Figura 6 - Vista da Rua da União - Fonte: Autoras, 2019

Em sua dissertação, Nivaldo de Andrade classifica as intervenções em 3 tipos: 1 - Modificação interna de edificação preexistente 2 - Modificação externa de edificação preexistente 3 - Construção de nova edificação em contextos preexistentes - Anexo - Edifício em contexto preexistente (caso da proposta)

IMPLANTAÇÃO

2.

VOLUME

3.

ESCALA

4.

RITMO

5.

DENSIDADE / MASSA

6.

COR E TEXTURA

Esses critérios devem ser analisados por meio de comparações para saber se o novo objeto inserido classifica-se como CONSONANTE ou DISSONANTE em relação ao seu entorno. Esse novo objeto é CONSONANTE quando suas características estabelecem uma relação de harmonia com a lógica das construções preexistentes no sítio.

Implantação

Implantação é a forma de ocupação do lote. Uma implantação CONSONANTE é quando ela se assemelha com a lógica de ocupação já exestentes da quadra, e a DISSONANTE é a que se destaca por ser diferente das existentes.

A quadra em que o lote da proposta está incluso, está inserida em uma ZEPH (SPA), sendo assim, essa área é submetida parâmetros urbanísticos específicos que controlam qualquer intervenção desenvolvida na mesma.

3m

I

Implantação volume sem afastamento lateral e frontal

7,5m

As ZEPH se dividem em: 7,5m

Ritmo é a frequência de repetições de elementos arquitetônicos. Uma edificação com ritmo CONSONANTE é quando seus elementos, como aberturas, adornos ou até largura das fachadas, seguem o padrão de dimensões das outras edificções existentes, gerando uma frequência, e a DISSONANTE é a que foge dessa frequência.

Densidade / Massa

I - Setor de Preservação Rigorosa (SPR): Setor cujo significado histórico e cultural precisa ser mantido, restaurado ou compatibilizado com o sitio histórico

Densidade corresponde ao peso aparente do objeto arquitetônico. Uma edificação com densidade CONSONANTE é quando a construção possui quantidade próxima de espaços vazados fachada a da preexistência, e a DISSONANTE é quando essa parcela de aberturas é destinta da encontrada no entorno.

Cores e texturas

Plano Inclinado Declividade Máxima = 35%

0.7m

Alternativas de cobertas presentes na legislação

III

Parâmetros Urbanisticos exigidos para Rua da União

Implantação volume com afastamento frontal nulo e afastamento uma lateral

Setor: 1560; Quadra: 130; Face de quadra: 02 Figura 7 -Diagrama de aplicação da legislação- Fonte: Laís Costa e Larissa Lima, 2019

Respeitando os parâmetros estabelecidos na lei, foi desenvolvido um estudo de viabilidade, visando encontrar formas de implantar o projeto para o melhor aproveitamento possível do terreno em questão.

Configuração final da edificação Análise da volumetria a partir dos parâmetros de legislação Área total do terreno: 338,8 m² Número de pavimentos: 2 Taxa de solo natural: 24% Área de solo natural: 81,59 m² Área construída: 829,35 m² Afastamento dos fundos: 3 m Afastamento lateral: nulo

E

AD

CAS

TA E POR

LA

E JAN

ADO

SOBR

Figura 10 -Diagrama das tipologias predominantes encontradas na área- Fonte: Laís Costa e Larissa Lima, 2019

Escala

Figura 12 - Vista da quadra 1, Rua da União - Fonte: Autoras, 2019

Na área de estudo, encontra-se em predominância implantações características de edificações do tipo sobrado, as quais apresentam construções coladas nas laterais do terreno e sem recuos frontais, algumas apresentando pequenos pátios internos mais ao centro do terreno. 1.

2.

3.

4.

Quadra 1

Quadra 2

5.

RUA

(SPA): Setor de transição entre SPR as áreas circunvizinhas.

Uma edificação com cor e textura CONSONANTE é quando os materiais de revestimento repetem ou se assemelham aos materiais encontrados nas edificações existentes, e a DISSONANTE é quando são usados materiais destintos dos do entorno.

Escala é a proporção das alturas das edificações. Uma Escala CONSONANTE é quando ela se alinha com as alturas predominantes das construções da quadra, e a DISSONANTE é a que não se encaixa dentro desse skyline.

II

II - Setor de Preservação Ambiental

Taxa de solo natural exigida 20% gabarito máximo de 12m Afastamento frontal nulo Afastamento lateral para edificação de até 2 andares (7,5m) nulo ou de 1,5m

Esse novo objeto é DISSONANTE quando não está de acordo com o perfil das construções preexistentes, contrastando com a lógica construtiva encontrada no sítio. Para Nivaldo de Andrade, principalmente em se tratando de objetos arquitetônicos, esses critérios podem ser debatidos, pois são bastante subjetivos, tornando-se necessário as vezes justificativas para certas características, e até mesmo o acréscimo de outros critérios nessa análise.

Análise da implantação a partir dos parâmetros de legislação

5m

1.

Ritmo

A legislação

1,

O autor ainda estabelece, para os dois últimos níveis das classificações, 6 critérios que guiam e incentivam a comparação entre a preexistência e o novo elemento inserido, sendo eles:

Volumetria é a fora geral da construção. Uma volumetria CONSONANTE é quando ela respeita o padrão volumétrico das construções da quadra, e a DISSONANTE é a que se impõe e se diferencia desse padão.

Por possuir um volume alongado, com uma coberta que possui uma inclinação forte e comieira paralela a rua, a edificação classifica-se como consonante com seu entorno, por se assemelhar à volumetria predominante, que possui coberta duas águas (figura 18).

1.

Edificação completamente colada no lote

2.

Edificação com pequenos pátios internos laterais

3.

Edificação com recuo posterior

4.

Edificação com pátio interno central

5.

Edificações com recuos laterais

Figura 8 -Diagrama dos tipos de implantações predominantes encontradas na áreaFonte: Autoras, 2019

A implantação proposta busca respeitar a preexistência e ao mesmo tempo ocupar o terreno da forma mais proveitosa possível dentro da legislação vigente, permanecendo assim em conssonância com o entorno.

N

20 m 10 m

30 m

Figura 9 - Mapa de análise dos cheios e vazios da área - Fonte: Autoras, 2019

Área ocupada da quadra1: 67 % Área vazias das quadra1 : 33 % Área ocupada da quadra2: 68 % Área vazias das quadra2 : 32 %

Análise da escala a partir dos parâmetros de legislação 13m 10m

Painel metálico

5m

17%

31%

35%

3 Pavimentos 2 Pavimentos Proposta 1 Pavimento Figura 11 - Diagrama de análise das alturas - Fonte: Autoras, 2019

A maior parte das edificações do contexto estudado é de um ou dois pavimentos. Na rua da intervenção, as edificações vizinhas possuem um padrão de altura de 10m, assim para se estabelecer uma relação de conssonância com o entorno e superar a altura máxima de 7,5m permitida pela legislação, foi utilizado na fachada um painel metálico.


INTERVENÇÃO NA BOA VISTA

UNICAP Atelier de projeto 8 Prof. Mª de Lurdes e Nilson Andrade Alunas : Kamilla Borges e Mª Alice Abreu

Cores e Texturas

As cores apresentadas no perímetro estudado são bastante variadas, algumas edificações com cores mais marcantes e outras mais neutras, entretanto, é possível perceber a forte presença de tons avermelhados e azulados. As construções apresentam adornos, esquadrias e detalhes em geral em metal e pedra, além de janelas de vidro e o forte uso da telha canal. Outra característica que se repete nas fachadas do entorno é a aparição de molduras que enquadram as portas e janelas,

Detalhes das edificações existentes

PRANCHA:

Densidade

normalmente em banco, se destacando juntamente com as cornijas e adornos. Para a proposta foi utilizado um painel metálico onde ora é preenchido (com chapas metálicas de coloração avermelhada), ora é perfurado. Esse painel traz uma releitura das cornijas, molduras e coroamento típicos da tipologia predominante local, além de esquadrias metálicas e venezianas. Assim, a nova edificação proposta é consonante com seu entorno.

2

4

Através do skyline apresentado (elevação das fachadas da rua), é possível notar a regularidade de espaçamento das aberturas. Nota-se também que a proporção de largura e altura varia pouco de edificação para edificação. Ao analisar a porcentagem de cheios e vazios dessas fachadas, pode-se concluir que a densidade aparente das edificações na área de estudo é alta. O volume proposto, visualmente não destoa do peso aparente percebido nas outras fachadas, sendo assim, considerada consonante.

30%

Detalhes da edificação proposta 70%

Rua do Riachuelo

Rua Princesa Izabel

Rua do Riachuelo Figura - Análise das aberturas das fachadas da Rua da União - Fonte: Autoras

Rua Princesa Izabel

Detalhamento fachada

Rítmo

Coberta em2 telha Rua da União cerâmica

Nas edificações existentes, observa-se uma repetição de edificações mais verticais, e poucos exemplares com fachadas mais quadradas ou horizontais. Em relação ao ritmo das aberturas, nota-se uma simetria e repetição bem definidas, o tamanho delas e seus adornos são também pontos a serem analisados. Para a proposta foi desenvolvido um painel metálico que alonga a fachada para que ela Altura da proposta seja mais vertical como as de seu entorno, o mesmo faz uma releitura dos adornos, 7,5 m reproduzindo o ritmo observado nas cornijas das fachadas adjacentes. Esse painel demarca essa releitura e é sustentado também por tiras metálicas verticais e horizontais que reforçam o ritmo das aberturas dessa fachada. Baseando-se nessas características, é possível concluir que o ritmo da fachada proposta é bastante consonante em relação ao entorno. Altura da proposta

Esquadria metálica com vidro Esquadria metálica com vidro Coberta em telha cerâmica

Painel metálico perfurado

Coroamento Corpo

Porta de correr metálica com vidro Veneziana metálica

Rua do Riachuelo

Base

Rua do Riachuelo

Rua Princesa Izabel

Rua da União -1

coroamento

7,5 m

Coberta em telha cerâmica

corpo

Rua da União 2

base

Chapa metálica Janela em veneziana metálica

Janela em veneziana metálica

Painel metálico perfurado

Painel metálico perfurado

Porta metálica com vidro e veneziana

Chapa metálica

Rua do Riachuelo

Rua Princesa Izabel

ESC 1:500

ESC 1:950

Figura 28 - Rítmo das fachadas da rua da união e lógica da fachada proposta - Fonte: Autoras do trabalho

Figura 31 - Análise das aberturas das fachadas da Rua da União - Fonte: Autoras do trabalho

Aspectos técnicos da proposta

Veneziana metálica

Fachada posterior ESC 1:150

Fachada frontal ESC 1:150

Rua da União -1

Rua do Riachuelo

Rufo Platimbanda Calha

Rufo Platimbanda

Det 1:50

Veneziana Metálica

Det 1:50 Det 1:50

Barrilete

Escritório

Corte AA Esc. 1:150

Corte AA Esc. 1:150

A = 30,36 m²

RUA

i = 35%

i = 35%

i = 35%

9 8 7 6 5 4 3 2 1

Escritório Area total= 136,88 m²

A = 30,67 m²

A = 46,69 m²

RUA

11 12 13 14 15 16 17 18 19

A = 32,65 m²

A = 15,49 m²

Planta de coberta Esc. 1:150

Planta baixa - Pav 2 Esc. 1:150 Café A = 59,2 m²

Quiosque A = 8 m² Loja A =16 m²

9 8 7 6 5 4 3 2 1

11 12 13 14 15 16 17 18 19

Sala expositiva A = 82,3 m²

RUA

Loja A = 16,5 m²

11 12 13 14 15 16 17 18 19

Medidores

Loja A = 15,6 m² Quiosque A = 8 m²

Manutenção reser. superior

Quiosque A = 8 m²

Planta baixa - Pav 3 Esc. 1:150

Planta baixa - Térreo Esc. 1:150 A = 30,36 m² 11 12 13 14 15 16 17 18 19

9 8 7 6 5 4 3 2 1

Escritório Area total= 136,88 m²

A = 30,67 m²

A = 46,69 m²

RUA

A = 32,65 m²

A = 15,49 m²

Planta baixa - Pav 1 Esc. 1:150

Perspectivas externa

Perspectivas interna - área de convivência

Perspectivas interna - cirulação

Perspectivas interna - café

Perspectivas interna - Loja

9 8 7 6 5 4 3 2 1

RUA

Lixo

10 Quiosque A = 8 m²

Perspectivas externa


PRANCHA:

O PAISAGISMO DO ESPAÇO PÚBLICO

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Situação atual da área

3

Para esse estudo foram analisados aspectos como permanência de pessoas, observando que, apesar da área possui um grande número de pessoas, elas se concentram em pontos específicos do entorno. Outro ponto levado em consideração foi a questão do fluxo de pessoas, que se apresenta bastante intenso na área em geral, que é uma característica forte desse bairro comercial, mas nota-se que esse fluxo se intensifica ainda mais quando próximo aos pontos de ônibus e no encontro das ruas Princesa Izabel e Rua da Aurora. Ao analisar a situação atual do polígono, conclui-se que a vegetação não se distribui de maneira uniforme e não supre a necessidade da área, o comércio informal, não possui local pré determinado, sendo implantado de forma conflitante com o fluxo de pessoas. Assim, a caminhada do pedestre, muitas vezes, é prejudicada também pela irregularidade das calçadas, pela falta de sombra e por uma vegetação inapropriada para o local. LEGENDA:

Sentido e intensidade: Do fluxo de carros Arterial Coletora Local

Do fluxo de pessoas Trajetos

Elementos presentes na área: Ponto de Ônibus Semáforo Escultura Faixa de Pedestres Edificações importantes Árvore Terminalia catappa (Castanhola) Árvore Licania tomentosa (Oiti)

Situação atual do comércio de rua: Comércio informal fixo

Figura: Perspectivas da área - Fonte: Autoras, 2019

Comércio informal móvel Permanência ESC 1/1000 Figura: mapa da situação atual da área - Fonte: Autoras, 2019

1

2

3

4

Proposta Calçada com rampa para acessibilidade

de nova arborização

5

Pontos de ônibus acessível

Faixa elevada

Proposta de espaço de permanência na calçada

Calçada com rampa para acessibilidade

Esc. 1:250

Esc. 1:250

Tabela de vegetação e materias TERMINALIA CATAPPA

5

LICANIA TOMENTOSA

2 ERYTHRINA VARIEGATA

1 CAESALPINIA LEIOSTACHYA

SENNA MACRANTHERA

CAESALPINIA ECHINATA

CESTRUM NOCTURNUM

3

EUONYMUS JAPONICUS TERMINALIA CATAPPA

LICANIA TOMENTOSA

ERYTHRINA VARIEGATA

CAESALPINIA LEIOSTACHYA

SENNA MACRANTHERA

4

CAESALPINIA ECHINATA

CESTRUM NOCTURNUM

Planta baixa Esc. 1:500

4


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PRANCHA:

O PAISAGISMO DO ESPAÇO PÚBLICO

4

Os dez passos da caminhabilidade Para a proposta de intervenção paisagística foi levado em consideração tanto a experiência dos usuários no sítio, como a necessidade de evidenciar as características morfológicas do local. Na intervenção, optou-se por alargar as calçadas, sombrear ,com uso de uma vegetação apropriada, áreas de muita insolação e priorizar o trajeto a pé em detrimento do carro. Foram criados também, alguns espaços de permanência, visto que o perímetro é bastante carente nesse ponto. A área, por possuir um caráter histórico e grande importância na cidade, torna-se não propícia a grandes mudanças.

Ao mesmo tempo que a mesma possui fatores já interessantes, ela apresenta um descaso com o pedestre que deve ser tratado. A paginação proposta teve como intuito ter uma relação de consonância com a já existente, já que algumas delas carregam valor histórico. Todas as medidas tomadas buscam seguir “os dez passos da caminhabilidade”, explicados na teoria desenvolvida por Jeff Speck em seu livro Cidade Caminhável (2016), que são essenciais para a saúde da cidade.

1 6 2 7 3 8 4 9 5 10

ACOLHER BICICLETAS

COLOCAR OS CARROS NO LUGAR DEVIDO

- DIMINUIR VELOCIDADE DOS CARROS, por meio das travessias elevadas. - CONTINUAR CAMINHOS DE CICLOFAIXA - REFORÇAR CICLOFAIXA EXISTENTE - IMPLANTAR PONTOS DE ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS

- ALMENTAR AS CALÇADAS para priorizar o pedestre - VALORIZAR O ESPAÇO DO PEDESTRE, incentivando a diminiução do uso de carros, reduzir o congestionamento e evitar acidentes - ELEVAR TRAVESSIAS DE PEDESTRE, causando a redução da velocidade e priorizando mais uma vez a travessia do pedestre à do carro.

MESCLAR USOS

- VARIAR USOS NA ÁREA, implantando edificações de usos mistos, como a intervenção proposta na Rua da União. - ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, trazendo sensação de segurança às pessoas que por ali circulam. Trazendo segurança ao moradores (principalmente por conta do gabarito térreo da área)

CRIAR BONS ESPAÇOS

FAZER ESTACIONAMETOS CORRETAMENTE

PLANTAR ÁRVORES

- CRIAR ESPAÇOS DE PERMANÊNCIA

- REDUÇÃO DOS ESTACIONAMENTOS NAS RUAS, mantendo poucas vagas para garantir acessibillidade. - CRIAR ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS, para incentivar o uso das mesmas. - INCENTIVO DO USO DOS ESTACIONAMENTOS PRESENTES EM LOTES

- NOVOS ALEGRETES PARA ÁRVORES EXISTENTES, não obistruindo os caminhos dos pedestres. - PLANTAR NOVAS ÁRVORES, onde necessário e de forma adequada.

FLUIR O SISTEMA DE TRANSPORTE

CRIAR FACES DE RUA AGRADÁVEIS

- PRESERVAR E ADEQUAR O PONTO DE ÔNIBUS ÀS NORMAS DE ACESSIBILIDADE E PROTEJÊ-LO DAS INTERPÉRIES.

- FACHADA INTERESSANTE na intervenção de uso misto na rua da União. Sua fachada possui aberturas para a rua, tornando-se também convidativa para quem por ali transita, além de reproduzir os adornos agradáveis na escala humana.

ELEGER SUAS PRIORIDADES

PROTEGER O PEDESTRE

- MELHORAR CALÇADAS, amplia-las e fazer manutenções. - IMPLANTAR ARBORIZAÇÃO COERENTE com a necessidade de cada rua. - RELOCAR FITEIROS PREEXISTENTES E PADRONIZA-LOS - CRIAR RAMPAS E ACESSOS ADAPTADOS para pessoas com necessidades especiais - PROMOVER ILUMINAÇÃO ADEQUADA

- SINALIZAR COM PISOS TÁTEIS - colocar árvores e mobilliários, direcionando fluxo de pessoas, para PROTEGER AS CALÇADAS. - ELEVAR TRAVESSIAS, obrigando os carros a reduzirem a velocidade e respeitarem essas travessias.

Pedestres 4,05 m

Bicicletas

Carros e ônibus

2,00 m

10,50 m

Pedestres

Pedestres

2,86 m

3,85 m

ESC 1:75

ESC 1:75

4,00 m

Corte Rua da Aurora (Corte BB) ESC 1:75

1,90 m

Corte Rua da União (Corte AA)

Corte Rua Princesa Izabel 02 (Corte CC)

Pedestres

Área verde

Carros e ônibus 9,05 m

Bicicletas 2,00 m

Pedestres 4,00 m

Pedestres 5,00 m

Carros 6,50 m

Pedestres 2,30 m

4


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