Política & Saúde Edição N°002/2016

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Edição N°002/2016

DOENÇAS RARAS: a vida é uma jornada Geralmente são caracterizadas como doenças crônicas, graves e incapacitantes, nas quais a qualidade de vida é comprometida. O enfrentamento de uma doença rara é rotineiro, mas com acesso à rede de atenção à saúde, informação, esperança, esse desafio pode ser minimizado

29 de fevereiro é o dia mais raro do ano. A data foi instituída pela Eurordis (Organização Europeia para Doenças Raras) em 2008. O Rare Disease Day, em português, Dia Mundial das Doenças Raras, é marcado por uma série de atividades realizadas por associações de pacientes, em mais de 70 países. Todas as atividades têm como objetivo sensibilizar a sociedade, governo, educadores, profissionais da área da saúde, pesquisadores e indústrias para os desafios que os pacientes com doenças raras enfrentam. O tema definido neste ano pela Eurordis foi “Voz do Paciente”, cuja proposta é de empoderar as pessoas que convivem com doenças raras. Nessa perspectiva, existem diversas iniciativas de dar voz ao paciente e provocar as mudanças necessárias: garantir o cumprimento das políticas de atenção à saúde por meio de informação de seus direitos e conscientização do seu permanente atendimento; aumentar e melhorar a investigação das doenças raras tendo como objetivo o diagnóstico precoce e a inclusão na rede de atendimento o mais precoce possível; ampliar os investimentos em atendimento multidisciplinar, a igualdade de acesso ao tratamento e cuidados de qualidade; promover atividades de capacitação aos profissionais, pacientes e familiares; e ampliar o conhecimento de novas tecnologias que possibilitem maior inclusão social desde a acessibilidade à própria comuni-

cação com uso de recursos mais modernos que ofereçam mais qualidade de vida aos pacientes. Em Brasília, entre os dias 16 e 18 de fevereiro foi realizada a I Jornada das Doenças Raras, organizada pelo Instituto Alta Complexidade Política & Saúde e o Observatório de Doenças Raras da Universidade de Brasília. As atividades abordaram assuntos da alta complexidade em saúde direcionados às pessoas com doenças raras, desde o diagnóstico ao tratamento multiprofissional. Durante as próximas edições do Política & Saúde – Alta Complexidade em Pauta abordaremos assuntos que afetam as pessoas com diagnóstico de doenças raras, trazendo uma série de entrevistas com especialistas e pacientes, haja vista que faz-se necessário conhecer e difundir as informações sobre o que é realizado em diversas cidades do Brasil, e também de compartilhar as vivências de quem tem uma doença rara, o enfrentamento, a superação e a expectativa de melhorar a qualidade de vida. A conscientização sobre as doenças raras deve ser permanente considerando grande número de pacientes no Brasil, estimado em 16 milhões e o nível de complexidade que envolve o atendimento dos pacientes e familiares. Foto: Francisco Aragão


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