Edição N°25/2016
Política & Saúde | Alta Complexidade em Pauta
Brasília, 19 de setembro de 2016
EDITORIAL
D
ados da última Demografia Médica Brasileira em 2015 revelam que o País conta com mais de 432 mil registros de médicos, porém, 241 são geneticistas. A especialidade trabalha com um grupo de doenças ligadas aos defeitos congênitos, às deficiências mental, física, auditiva e visual; as doenças metabólicas; as doenças degenerativas e o câncer. Todas requerem uma linha de atendimento que vai desde a Atenção Primária até a Atenção Especializada, o que inclui a realização de exames sofisticados para o diagnóstico, terapias de ponta e linhas de cuidados com equipe multiprofissional. Esse universo de pacientes é limitado, e um dos problemas é a escassez de profissionais e de conhecimento especializado. Dessa forma, a edição dessa semana do Política & Saúde – Alta Complexidade em Pauta apresenta os assuntos debatidos em evento promovido no início do mês de setembro pelo Conselho Federal de Medicina, no qual apresenta um panorama sobre os avanços e desafios da Genética Médica no Brasil, o que inclui: atenção em Genética; experiências na área de pesquisa e atendimento ao paciente; a experiência do Rio de Janeiro: o diálogo entre os setores; protocolos clínicos e incorporação de medicamentos. Durante o evento foram apontados vários questionamentos dos especialistas, e a análise realizada pela equipe do Alta Complexidade ressalta as experiências no atendimento aos pacientes com doenças raras no DF, e os esforços da academia para promover a capacitação e o fortalecimento das políticas públicas. Considerando as dimensões geográficas e a desconcentração dos pacientes para as grandes cidades, é necessária a continuidade da execução da Portaria N° 199/2014 - Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no SUS, que muito embora sofra os reflexos do atual momento político brasileiro, é necessária mais agilidade na habilitação dos centros de referência, para que motivem aqueles profissionais e pacientes que participaram da construção desta política, e que tenhamos um horizonte no tocante ao cumprimento dos propósitos estabelecidos nessa Portaria.
Foto: ©Alta Complexidade Política & Saúde
Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
PESQUISA
Edital do CNPq para apoio a projetos de tecnologia assistiva está com inscrições abertas até o dia 10 de outubro Foto: Memória EBC
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu edital para apoiar projetos de tecnologia assistiva, oriundos de Núcleos de Tecnologia Assistiva já constituídos, tendo como finalidade principal o desenvolvimento e entrega de produtos e serviços tecnológicos voltados ao atendimento das necessidades de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. As linhas temáticas exigidas são: Auxílios para a vida e vida prática; Comunicação Aumentativa e/ou Alternativa; Recursos de acessibilidade ao computador; Sistemas de controle de ambiente; Projetos arquitetônicos para acessibilidade; Órteses e próteses; Adequação Postural; Auxílios de mobilidade; Auxílios para qualificação da habilidade visual e recursos que ampliam a informação a pessoas com baixa visão ou cegas; Auxílios para a ampliação da habilidade auditiva e para autonomia na comunicação de pessoas com deficit auditivo, surdez e surdo-cegueira; adaptações em veículos; e Esporte e Lazer. A data limite para submissão de propostas é o dia 10 de outubro do corrente ano. Informações sobre o edital podem ser conferidas: http://bit.ly/2cXVmhJ