A Meta Agosto 2014

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EDITORIAL COM VONTADE TUDO É POSSÍVEL! FICHA TECNICA Direção Mónica Freitas e Nuno Lourenço Imagem Nuno Lourenço montagem e design nuno lourenço SOFIA JESUS Redação Mónica Freitas Colaboradores desta edição: Catarina Pinto (Nutricionista) Andreia Freitas (Fisioterapeuta) hermano gouveia (personal trainer) Aurélio Davide (Fotografia) Robert Erens (Fotografia) josé adriano gonçalves (Redação) montana jones (Redação)

capa nuno lourenço (FOTOGRAFIA) sofia jesus ( EDIÇÃO E MONTAGEM)

contactos revistaametA@gmail.com revistaameta.com

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a distribuição, a comunicação pública ou colocação á disposição, da totalidade ou parte dos conteúdos desta publicação, com fins comerciais diretos ou indiretos, em qualquer suporte e por quaisquer meios técnicos, sem autorização da Revista A Meta. Revista escrita segundo o novo acordo ortográfico Periodicidade Mensal

Nº 6 agosto 2014

Esta premissa tem significado importante para todos nós, eu a encaro como um lema de vida. Uma premissa universal para conseguirmos realizar os mais profundos objetivos na vida. No desporto a componente psicológica da vontade é a força que move o físico, tudo nasce na nossa mente, os medos e a força para combater esses medos. Tenha sempre a vontade e fé de que tudo é possível, na vida como no desporto. Este mês estivemos presentes em diversos eventos desportivos, desde o Trail de Machico, o Grande Prémio da Madeira e, no atletismo, o Campeonato Regional de Montanha. Foinos possível comprovar a garra e performance destes atletas, o quanto eles foram capazes de mover montanhas e vales para chegar à meta. Trazemos mais alguns concelhos dos nossos especialistas na área da saúde e dicas do mais recente colaborador, Hermano Gouveia, para a correta prática desportiva. Tudo pensado para o bemestar dos nossos leitores. Porque para chegarmos ao topo temos de subir os primeiros degraus, fomos conhecer João Silva, um experiente piloto de ralis, mas iniciante nas modalidades de Atletismo, Ciclismo e Trail Running. Este atleta dá-nos

um olhar único e experiente de um praticante de três modalidades completamente diferentes, mas que se complementam para formar um todo perfeito. Anunciamos que não sairá edição de Setembro 2014, mas estaremos ativos através da nossa página de Facebook e mantemos a vontade de, após esta pausa, dar voz a quem faz do desporto um complemento para a sua vida. Boa

prática

desportiva.

Mónica Freitas

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SUMARIO 6 11

24

XXXIII corrida dia da região

IV GP da Madeira

18

III Trail de machico

38 Stretching global active

40 nutrição : lesões desportivas 4 - a meta

42


A META R E V I S T A ATLETISMO 6 - CORRIDA DA REGIÃO 8 - TAÇA EUROPA PROVAS COMBINADAS 12 - PICO DOS BARCELOS - SÃO ROQUE 14 - CAMPEONATO REGIONAL MONTANHA 16 - CIRCUITO HORÁRIOS DO FUNCHAL

TRAIL 18 - III TRAIL DE MACHICO

CICLISMO 28 entrevista : João silva

8

22 - CAMPEONATO REGIONAL CE 24 - GRANDE PRÉMIO DA MADEIRA

taça da europa

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ATLETISMO

XXXIII CORRIDA DO DIA DA REGIÃO fotos: nuno lourenço

N

o dia 1 de julho, Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses, a Junta de Freguesia da Sé com o apoio da Associação de Atletismo da Madeira organizou uma das provas pedestres mais antigas da Madeira. Esta corrida da Região foi mais uma prova que pontuou para o “Madeira a Correr”, com uma extensão aproximada de 3.500 metros, e juntou o total de 194 atletas dos diversos escalões de Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos. Daniela Sousa e Bruno Moniz, ambos atletas da ADRAP e já conhecidos pelas recentes vitórias no atletismo de estrada, não deixaram os créditos por mãos alheias e finalizaram a prova com o melhor resultado. Bruno Moniz obteve a vitória com o tempo de 10:13 seguido pelo seu colega de equipa Tiago Silva e para fechar o pódio masculino, Roberto Prioste (CAF). Daniela Sousa foi a primeira atleta a chegar à meta após 11:45, para segunda posição ficou Joana Soares (AJS) e na última posição do pódio outra atleta da ADRAP, Débora Silva. Coletivamente, a vitória nos masculinos foi para o CAF e no setor feminino pertenceu à ADRAP.

3.500 METROS


c l a s s i f i c a ç ã o Masculinos

Femininos

Juniores

Juniores

o

1 Miguel A. Gouveia (ZAPCAR)1 3:57 2o Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 14:21 3o Xavier Sousa ( ajs) 14:39

Séniores 1o Roberto Prioste (caf) 12:41 2o Nélson Prioste ( caf) 12:49 3o J. Manuel Gomes (ADRAP) 13:16

Veteranos 1o Américo Caldeira (CAF) 12:58 2o Élvio Encarnação (AJS) 13:23 3o Eugénio Pinto (RCT) 13:35

1o Catarina Gonçalves (CPCL) 21:28

Séniores 1o Daniela Sousa (ADRAP) 15:16 2o Débora Mª Silva (ADRAP) 15:47 3o Cristina Nascimento (CAF) 16:11

Veteranos 1o Cecília Andrade (CAF) 16:51 2o Manuela Morgado (CCDTHF) 17:23 3o Zita Jesus (ADRAP) 17:41

BRUNO MONIZ

daniela sousa a meta - 7


a p o r u e a d aรงa DO AMBIENTE s tCORRIDA a d a n i b m o c s a v o r p e d a e 2 a liga 1

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fotos: nélio parreira

A

Região Autónoma da Madeira recebeu nos dias 5 e 6 de Julho um grande evento desportivo na modalidade de Atletismo, a Taça da Europa de Provas Combinadas. Apesar de inicialmente estar previsto decorrer na Ucrânia, foi com sucesso que a Associação de Atletismo da Madeira organizou a Taça da Europa de Provas Combinadas 1ª e 2ª Liga, que se realizou no Centro Desportivo da Madeira (Ribeira Brava). A Associação de Atletismo da Madeira, pelo segundo ano consecutivo, organiza a Taça da Europa, mas é a primeira vez que realiza as provas das duas ligas. Nesta Taça estiveram presentes 18 países europeus, oito seleções da primeira liga e dez seleções na segunda liga, com um total de cerca de 200 atletas. O regulamento desta competição define que para cada seleção possa competir em equipa tem de ser composta pelo menos por três atletas femininas e três atletas masculinos, caso não tenham esse mesmo número de atletas, estes têm de participar individualmente. No setor feminino decorreram as provas combinadas de Heptatlo (7) constituído

pelas seguintes disciplinas do atletismo: 100 metros barreiras; salto em altura; lançamento de peso; 200 metros; salto em comprimento; lançamento do dardo e 800 metros. No setor masculino decorreram as provas combinadas de Decatlo (10) constituído pelas seguintes disciplinas:100metros; salto em comprimento; lançamento do peso; salto em altura; 400 metros; lançamento do dardo; 110 metros barreiras; 1500 metros; salto à vara; 110 barreiras. A Seleção Portuguesa de Atletismo foi constituída pelos seguintes atletas; Lecabela Quaresma; Ana Oliveira; Cláudia Rodrigues; Rafaela Vitorino; Samuel Remédios; Tiago Marto; Carlos Santos; Ivan Santos e o respetivo Técnico Nacional José Dias. Nos resultados finais, Portugal somou 36 686 pontos, isto é, a soma das pontuações conseguidas pelos diversos atletas da seleção portuguesa (homens e mulheres). Estes pontos fizeram com que obtivessem o oitavo lugar na I Liga da competição. Coletivamente, a República Checa venceu com 40384 pontos, seguindo-se a Ucrânia com 40056 pontos, a meta - 9


equipas que sobem à Super Liga da Taça da Europa de provas Combinadas. Este evento contou com apoio de voluntários e juízes, mas verificou-se a ausência de público nas bancadas e pouca divulgação de mais um importante evento desportivo para a nossa região. Um evento que foi mencionado pelos seus organizadores como uma oportunidade para a evolução do turismo desportivo, visto que possibilita a presença de equipas estrangeiras para efetuarem estágios no Centro Desportivo da Madeira. Todas as informações e resultados em: http://www.madeira2014.com/

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RESULTADOS 1 divis達o a

2 divis達o a

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FOTOS: Anibal Rodrigues

XV PICO DOS BARCELOS -

5.500 METROS No dia 13 de julho, a Associação de Atletismo da Madeira organizou mais uma edição da prova de Estrada Pico dos Barcelos-São Roque. Esta foi mais uma prova que pontuou para o “Madeira a Correr”, com uma extensão aproximada de 5.500 metros. Partiram do Largo do Pico dos Barcelos o total de 133 atletas dos diversos escalões de Juniores, Seniores e Veteranos, com a meta no Miradouro em frente à Igreja. Tiago Silva e Débora Mª Silva, ambos atletas da ADRAP, finalizaram a prova com o melhor resultado.

TIAGO SILVA E DÉBORA SILVA

DUPLA DE SUCESSO

Tiago Silva (ADRAP) obteve a vitória com o tempo de 17:36, seguido por dois atletas da equipa do CAF Roberto Prioste com a cronometragem de 17:47 e, a fechar o pódio masculino, Américo Caldeira. Débora Mª Silva (ADRAP)foi a primeira atleta a chegar à meta após 21:49, na segunda posição ficou Cristina Nascimento (CAF) que pisou o tapete aos 22:57, na última posição do pódio outra atleta da equipa do CAF, Cecília Andrade. Coletivamente, a vitória, nos masculinos e no setor feminino, foi para o CAF.

TIAGO SILVA

o atleta mais rápido


- SÃO ROQUE

CLASSIFICAÇÃO Femininos Séniores 1ª Débora Silva (ADRAP) 21:49 2ª Cristina Nascimento (CAF) 22:57 3ª Cátia Fiquelis (CAF) 24:36 Veteranos 1ª Cecília Andrade (CAF) 23:40 2ª Manuela Morgado (CCDTHF) 24:21 3ª Maria Jardim (CAF) 25:22

Masculinos Juniores 1º Valentim Fernandes (AJS) 19:09 2º Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 21:47 3º Bruno F. Correia (ZAPCAR) 22:09 Séniores 1º Tiago Silva(ADRAP) 17:36 2º Roberto Prioste (CAF) 17:47 3º Nélson Prioste (CAF) 18:12 Veteranos 1º Américo Caldeira (CAF) 18:03 2º Élvio Encarnação (AJS) 18:44 3º Carlos Fernandes (CCDCMF) 18:49

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CAMPEONATO MONTANHA

fotos : nuno lourenรงo

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REGIONAL O

concelho do Porto Moniz foi a escolha da Associação de Atletismo da Madeira, com o apoio da Câmara Municipal do Porto Moniz, para a realização no dia 20 de julho do Campeonato Regional de Montanha. Esta prova, diferente de qualquer outra das provas do calendário desta modalidade e que exigia alguma resistência e força por parte dos participantes, permitiu que o valor da inscrição de cada atleta reverte-se para uma instituição de solidariedade do concelho do Porto Moniz. Foram um total de 74 atletas que se deslocaram até á freguesia do Seixal para fazer este percurso de “montanha”. Constituído por duas distâncias e trajetos distintos, visto que uma era destinada aos escalões etários de Seniores e Veteranos Masculinos, com uma extensão aproximada de 10.500 metros, e outra destinada aos escalões etários de Seniores e Veteranos Femininos e de Juniores Masculinos, com uma extensão aproximada de 7.800 metros. A partida do setor masculino ocorreu desde o junto ao cais do Seixal, enquanto, com uma diferença

CLASSIFICAÇÃO

de 30 minutos, o setor feminino partiu do Chão da Ribeira. A meta foi junto ao antigo Posto Florestal do Fanal, para todos os participantes. Entre trilhos e levadas, com muito pouco de estrada, após 1:07:48 chegaram, no mesmo minuto, à meta os dois primeiros atletas masculinos, Leonardo Diogo e Luís F. Fernandes, ambos da Zona Militar da Madeira (ZMM), fechando o pódio masculino Manuel Faria (AJS) com o tempo de 1:07:52. No setor feminino o pódio pertenceu a três atletas do Clube de Atletismo do Funchal, cortaram, simultaneamente, a meta Cecília Andrade e Cátia Fiqueli, com o tempo de 1:09:40, sendo o terceiro lugar do pódio ocupado pela colega de equipa Carla Figueira com 1:11:40. Coletivamente, a vitória no feminino foi para a equipa do CAF e no masculino para a equipa do AJS. Todos os participantes tiveram direito a uma t-shirt, bem como a um convívio que decorreu antes da entrega de prémios.

Masculinos - 10.500 Metros

Femininos - 7.800 Metros

Séniores 1º Luís Fernandes (ZMM) 1:07:48 2º Bruno Silva (AJS) 1:10:00 3º Tiago Silva (ADRAP) 1:10:30

Séniores 1ª Cátia Fiquelis (CAF) 1:09:41 2ª Carla Figueira (CAF) 1:11:40 3º Mónica Freitas (CAF) 1:13:52 Veteranos 1º Cecília Andrade (CAF) 1:09:40 2º Sónia Santos (CAF) 1:19:48 3º Diva Jardim (CNOpSé) 1:20:28

Veteranos 1º Leonardo Diogo (ZMM) 1:07:48 2º Manuel Faria (AJS) 1:07:52 3º Américo Caldeira (CAF) 1:14:37

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fotos : aurélio davide

XI CIRCUITO

HORÁRIOS DO FUNCHAL

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N

o dia 26 de julho a Associação de Atletismo da Madeira organizou mais uma edição do Circuito dos Horários do Funchal. Esta foi mais uma prova que pontuou para o “Madeira a Correr”, com uma extensão aproximada de 3.023 metros. Partiram da Estação dos Horários do Funchal, o total de 133 atletas dos diversos escalões de Juniores, Seniores e Veteranos, com a meta no mesmo local de partida. Numa prova extremamente rápida e que decorreu ao final do dia, Tiago Silva e Daniela Sousa, ambos atletas da ADRAP, finalizaram a prova com o melhor resultado. O Tiago Silva foi mais veloz que o seu colega de equipa obtendo a vitória com o tempo de 10:11, seguido de Carlos E. Freitas, na segunda posição, com a cronometragem de 10:15, a última posição do pódio masculinos foi para o veterano Carlos Nóbrega (MCDON). Nos femininos, Daniela Sousa foi a primeira atleta a chegar à meta após 11:59, para segunda posição ficou a veterana Cecília Andrade (CAF) que pisou o tapete aos 13:18, e na última posição do pódio, outra atleta da equipa do CAF, Cátia Fiqueli. Coletivamente, a vitória nos masculinos foi para ADRAP e no setor feminino foi para o CAF.

CLASSIFICAÇÃO Masculinos Séniores 1º Tiago Silva (ADRAP) 10:11 2º Carlos Freitas (ADRAP) 10:15 3º Nélson Prioste (CAF) 10:39 Veteranos 1º Carlos Nóbrega (MCDON) 10:28 2º Carlos Fernandes (CCDCMF) 10:31 3º António Gonçalves (CCDTHF) 10:41

Femininos Séniores 1ª Daniela Sousa (ADRAP) 11:59 2ª Cátia Fiquelis (CAF) 13:31 3º Eliska Hruskova (Individual) 14:15 Veteranos 1º Cecília Andrade (CAF) 13:19 2º Manuela Morgado (CCDTHF) 13:48 3º Zita Jesus (ADRAP) 14:02

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fotos: filipe belo

TRAIL

III TRAIL DE MACHICO 38KM / 18KM


N

o dia 13 de julho decorreu a terceira edição do Trail de Machico, uma prova organizada pelo Ludens de Machico e que pontuou para o Circuito de Trail Running da Madeira 2014. A prova era constituída por duas distâncias diferentes, a principal e mais a longa com 38km e 1850 de desnível positivo, a menor com 18km e 800 de desnível positivo. Esta prova contou com o total de 260 atletas. A Organização encurtou a prova mais longa, em relação ao ano transato,

mas não deixou de ser uma prova dura. Na prova mais curta, os 18km também foram exigentes para quem queria iniciar-se nesta modalidade e mesmo para os mais experientes, onde o percurso com um maior grau de dificuldade era entre o Caniçal e a Boca do Risco. A prova principal iniciou-se no Fórum Machico, com passagem pelo Caniçal, Boca do Risco, Funduras, Maiata, Portela, Fajã dos Rolos, Maroços e com meta na Sede do Ludens.

a s u o S a i v í l O e s e d n a n r e F s í Lu o c i h c a M e d l i a r T I I I o d s e r vencedo


A

prova principal contou com 77 atletas, onde Luís Fernandes era o principal candidato à vitória. Luís Fernandes, desde o começo da prova, impos o seu ritmo e criou uma considerável distância para os seus opositores. Houve um grupo que perdeu alguns minutos para a conquista do pódio devido a um engano de percurso. Os restantes lugares do pódio foram ocupados por Marco Silva e Nuno Lourenço, 2º e 3º respetivamente, evidenciando bons resultados e uma grande evolução neste competitivo circuito regional. No setor feminino, Lúcia Franco era a principal candidata das inscritas, mas devido a problemas físicos sairia da luta pelo pódio, aproveitando assim a atleta Olívia Sousa, que tem tida uma boa evolução, demonstrando estar em luta para um dos lugares do pódio no circuito regional. Os restantes posições do pódio recaíram para Susana Freitas e Nádia Meroni a fechar o pódio. Na prova mais curta, Flávio Remesso marcou um ritmo forte no início da corrida, que o levaria até a vitória, sendo que os restantes lugares foram para Jorge Pimenta e o terceiro para Carlos Moço. No setor feminino, o destaque foi para Ana Paula Rodrigues relegando Anita Roque e Rubina Perestrelo para segundo e terceiro, respetivamente.

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CLASSIFICAÇÃO TRAILLONGOMX - 38KM Masculinos 1º 2º 3º 4º

Luís Fernandes - AJS - 4:05:44 Marco Silva - CAMadeira - 4:24:13 Nuno Lourenço - A Meta- 4:25:51 João Nunes - CAMadeira - 4:36:53

5º Sidónio Freitas - CMOF - 4:38:22

Femininos 1º 2º 3º 4º

Olívia de Sousa - CAMadeira - 5:37:44 Susana Lourenço - Individual - 6:16:59 Nádia Meroni - CAMadeira - 6:30:42 Lucélia Barros - Urban Hair Team - 6:50:23

5º Lúcia Franco - CAMadeira - 7:02:25

IIITRAILMX-18km Masculinos 1º 2º 3º 4º

Flávio Remesso - ANAM - SSLCI - 1:45:25 Jorge Pimenta - Individual - 1:58:29 Carlos Moço - NC Café - 2:02:29 Paulo Franco - Individual - 2:05:28

5º Élvio Melim - Agonns Aventura - 2:06:49

Femininos 1º 2º 3º 4º 5º

Ana Rodrigues - CMOF - 2:19:37 Anita Roque - Amigos Ducalhau - 2:32:03 Rubina Perestrelo - Agonns Aventura-2:36:29 Iolanda Ferreira - Runners Utd - 2:39:08 Carina Araújo - Individual- 2:42:50

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CICLISMO

E C E D a prova 3

O T A N O E P M CA

L A N O I G RE A T E H L A C

Fotos: nuno lourenรงo


CLASSIFICAÇÃ

O:

Categoria E lite 1º Ricardo Gouveia (C S Marítimo - 01:42:33 / Barreirinh a Bar Café 2º Paulo C ) amacho (C .F . Carvalheiro - 01:42:38 /Taberna d a Esquina) 3º Davide Silva(Munic ípio do Port 01:42:53 o Moniz/CN Seixal) -

Categoria M

asters A Daniel Peg ado (Munic ípio do Port 01:42:55 o Moniz/CN Seixal) Categoria M

aster B Ricardo Ab reu (Munic ípio do Port 01:42:53 o Moniz/CN Seixal) Categoria M

aster c ismael Alve s (Ludens Clube de M achico)-

Categoria S ub23 Paulo

02:10:44

Freitas (CS Marítimo/ B 01:43:27 arreirinha Bar Café) -

Categoria Ju n

iores Filipe Olive ira (Ludens Clu Categoria F

be de Mach ico) - 01:5 3:25

emininos Sara Teixeir a (CS Marí timo/ Barre 01:07:38 irinha

Bar Café) -

Promoção

Paulo Marg arido

Coletivamen

- (Individu al)

- 01:57:46

te 1º Municíp io do Porto Moniz/CN S 2º CS Marí eixal - 05:0 timo/ Barre 8:41 irinha Bar 3º C.D. 1º Café - 05:0 Maio - 05:2 9:02 0:56

D

ecorreu no dia 29 de junho, no Concelho do Porto Moniz, a 4ª e última prova do Campeonato Regional de Ciclismo de Estrada. Esta prova, organizada pela Associação de Ciclismo da Madeira, era esperada com alguma expectativa visto que decidia o Campeão Regional de Estrada 2014, estando em luta para este título os atletas Paulo Camacho (C.F. Carvalheiro/ Taberna da Esquina) e Davide Silva (Município do Porto Moniz/C.N. Seixal). Numa prova que contou com um total de 41 ciclistas e constituída por um traçado de 62.7kms, dividido em duas voltas entre Porto Moniz e São Vicente, com passagem pela Freguesia do Seixal, num percurso maioritariamente plano que não oferecia grandes dificuldades aos ciclistas, obrigando as equipas mais numerosas a impor um ritmo que permitisse desfazer o pelotão. Durante o decorrer da etapa houve diversas tentativas de fuga consentidas pelo pelotão, mas controladas de perto, para evitar surpresas. Nos últimos 500 metros, um

grupo de dez ciclistas permaneciam capazes de discutir a etapa, mas foi na subida para a Câmara Municipal do Porto Moniz que Ricardo Gouveia (C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café) arrancou para a vitória juntamente com Paulo Camacho (C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina). A vitória foi de Ricardo Gouveia (C.S. Marítimo/ Barreirinha Bar Café) com o tempo de 1:42:33, e em segundo, apenas com cinco segundos de diferença, Paulo Camacho (C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina) conquistando o título de Campeão Regional de Elites de 2014. Na terceira posição, Davide Silva (Município do Porto Moniz/C.N. Seixal) ficou a vinte segundos do vencedor da etapa. Acrescentamos ainda que o TOP10 da etapa ficou separado por menos de um minuto. Por equipas venceu o Município do Porto Moniz/C.N. Seixal, seguido do C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café, e em terceiro lugar o C.D. 1º de Maio.

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IV Grande Prémio DA MADEIRA

N

os dias 17 a 20 de Julho decorreu, em algumas das nossas estradas, a quarta edição do Grande Prémio da Madeira em Bicicleta, anteriormente designada por Volta à Madeira em Bicicleta. Este novo formato da Volta à Madeira em Bicicleta surgiu em 2011 com a intenção da Associação de Ciclismo da Madeira de querer dar continuidade a um evento desportivo histórico e, ao mesmo tempo, possibilitar uma base logística e custos

menos dispendiosa. Este evento foi constituído por um prólogo coletivo e três etapas em linha que foram disputadas ao longo destes quatro dias. As etapas propostas foram bastante variadas, percorrendo uma totalidade de cerca 151km. Tendo sido idealizadas com o objetivo de interligar os locais onde partem e terminam as etapas.

Prólogo N

o dia 17 de Julho arrancou a 4ª edição do Grande Prémio da Madeira em Bicicleta no concelho da Ribeira Brava, com a realização de um prólogo por equipas. O percurso de aproximadamente 16km foi realizado entre o centro da Ribeira Brava até a Serra d´Água e terminando, novamente, na Ribeira Brava. O prólogo foi disputado pelas cinco equipas inscritas, sendo a equipa mais rápida o Clube

Naval do Seixal/Município do Porto Moniz, com o tempo de 00:25:06. A segunda equipa foi o Clube Sport Marítimo/Barreirinha Bar Café, com o tempo de 00:26:16, e a terceira o C. D 1º Maio, com o tempo de 00:26:56. Para finalizar esta etapa foi entregue a primeira Camisola Amarela, patrocinada pela BRISA, ao atleta Davide Silva do C. N. Seixal/ Município do Porto Moniz, que fez o tempo de 00:25:06.

Fotos: nuno lourenço


1a etapa N

a manhã de Sexta-feira, dia 18, foi disputada a 1ª Etapa, com partida no centro da Ribeira Brava, subindo a Encumeada e terminando no Porto Moniz, caraterizado por ser um percurso duro, com uma distância de cerca de 40km. Assistimos neste dias algumas mudanças na classificação geral, Ricardo Gouveia, atleta do C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café, marcou o seu ritmo e acabou por se distanciar dos restantes adversários, finalizando a etapa com o tempo espetacular de 01:22:08. Ricardo Gouveia venceu assim a Camisola Amarela, como a Camisola Azul do Prémio de Montanha e

a Camisola Verde da Meta Volante. O Prémio de Montanha foi disputado na Encumeada e o da Meta Volante na freguesia do Seixal. Na segunda posição, Davide Silva, atleta do C. N. Seixal/Município do Porto Moniz, e portador da Camisola Amarela do prólogo concluiu a etapa após 01:26:11, seguido do veterano Ricardo Abreu, atleta do mesmo clube. Na classificação por equipas, após primeira etapa, passou a liderar o C. S. Marítimo/Barreirinha Bar Café, na segunda posição C.N. Seixal/Município Porto Moniz e por fim mantendo-se o C. D. 1° de Maio.

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2a etapa N

o Sábado foi disputada a 2ª etapa, com uma extensão aproximada de 55km, com partida no Porto Moniz passando pela Santa e Ponta do Pargo e a meta na vila da Calheta. Desta vez foi Paulo Camacho do C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina que cortou a meta após 01:52:05 em primeiro lugar, após uma disputa feroz com o Camisola Amarela, Ricardo Gouveia. Paulo Camacho liderou, nesta etapa, a Camisola

Verde da Meta Volante que foi disputada na zona da Ponta do Pargo. O Prémio de Montanha desta etapa foi discutido na zona da Santa e teve como vencedor o atleta Davide Silva. Relativamente à classificação geral, Ricardo Gouveia continuava a liderar com a Camisola Amarela e manteve-se à frente do grande Prémio de Montanha, Camisola Azul.


3a etapa N

o dia 20 de julho realizou-se a 3º etapa e última etapa, disputada da Calheta à Madalena do Mar, Ribeira Brava e subindo novamente a Encumeada, acabando na freguesia do Seixal, mais precisamente no Chão da Ribeira. Assistimos a uma estreia de mais um ciclista ao cortar a meta, Paulo Freitas, atleta do C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café do escalão sub-23. Este jovem ciclista conseguiu acompanhar o ritmo do colega de equipa, Ricardo Gouveia, finalizando a etapa como tempo de 01:46:03 e alguns metros à frente do Camisola Amarela. No entanto, ao nível da classificação geral foi

Ricardo Gouveia, atleta do escalão Elite do C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café, o vencedor absoluto deste Grande Prémio 2014. Por sua vez, o segundo classificado à geral foi Ricardo Abreu, atleta do escalão Master B do C.N. Seixal/Município Porto Moniz, e o terceiro Paulo Freitas, atleta do escalão sub-23 do C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café. Relativamente à entrega das restantes camisolas nesta etapa, o Prémio de Montanha (Camisola Azul) foi igualmente conquistado por Paulo Freitas e a Meta Volante (Camisola Verde) por Gonçalo Faria, atleta do escalão Master A do C.N. Seixal/ Município Porto Moniz

N

a classificação final, o vencedor dos três Prémios Montanha foi Ricardo Gouveia seguido de Davide Silva e Paulo Freitas. O vencedor à geral das três Metas Volante foi Paulo Camacho, seguido de Ricardo Gouveia e Gonçalo Faria. Na classificação geral das cinco equipas participantes, o C.S. Marítimo/Barreirinha Bar Café foi a equipa vencedora, seguido do C.N. Seixal/Município do Porto Moniz, do C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina, do CD 1º de Maio e por fim do Ludens Clube de Machico. Classificação completa em: http://madeiraciclismo.com/calendario2014/

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ENTREVISTA Joรฃo Silva

Dos ralis para o atletismo, trail e btt foto: nuno lourenรงo


Nome: Jo達o Silva Profiss達o: Gestor de Marketing Modalidade: Automobilismo Data de Nascimento: 18-12-1988


entrevista

“para mim o mais importante é divertir-me no desporto” JOÃO SILVA

Como e quando começou a vontade de ser piloto de ralis? Já desde a minha infância que na Madeira os ralis são uma modalidade muito acarinhada pelos madeirenses e com muita história, logo cresci a admirar os pilotos de ralis e a ter fascínio pelos carros e pela competição. Lembro-me desde miúdo dizer que, um dia quando fosse grande, ia ser piloto de ralis. Ao longo dos anos, não tive oportunidade de ter uma formação base, isto é, a possibilidade de entrar no karting e no conhecimento do mundo dos ralis, por parte dos meus pais. Podemos dizer que iniciei esta linhagem de automobilismo na família, tive de lutar para convencer o meu pai a me dar o primeiro carro, algo que consegui em 2006 quando fiz 18 anos. No início ele pensava que era mais um desejo e que depois ia passar rapidamente, mas como os resultados foram aparecendo comecei a ter mais apoio, entrei em 2007 na competição dos ralis.

O que lhe levou a praticar as modalidades: Trail running, Atletismo e BTT?

Desde novo que pratico diversas modalidades, nunca fui de me agarrar a nenhum em específico, porque para mim o mais importante era divertir-me no desporto. A verdade é que quando entrei nos ralis concentrei-me tanto e levei tão a sério que abstrai-me de tudo o resto, deixei de praticar todas as outras modalidades. O rali começou a fazer parte dos objetivos competitivos e não no de puro divertimento, levando que, passados alguns anos, e depois

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de conseguir alcançar bons resultados, tais como, ser campeão nacional e tentar ingressar no campeonato do mundo, a minha carreira tenha sofrido um reverso. Comecei a ter a noção da dificuldade que é manter-me nos ralis com um bom nível e decidi focar-me mais em mim, no que me dava prazer e não no que estava a desgastar-me financeiramente e psicologicamente. Foi com esse pensamento que, no ano passado, associei-me a um ginásio XP WORKOUT e juntos fizemos uma espécie de parceria de forma a tornar-me uma “cobaia” de um projeto, com objetivo de passar de piloto sedentário para uma espécie de mini atleta ou um projeto de atleta. Nesta nova etapa aprendi a gostar de desporto, em sentir falta de praticar desporto. Nesse mesmo ano, através dos treinadores desse ginásio, foi-me lançado o desafio de participar na Corrida de São Silvestre e mais uma vez com treino após treino aprendi a gostar de correr, não era a competição que estava em causa, mas sim o prazer de estar a participar. Após terminar a São Silvestre, a alegria foi tanta que comecei a participar nas restantes provas de atletismo. O Trail running já adveio de ter acompanhado um amigo meu, Rui Rodrigues, que também participa assiduamente em provas de Trail running, na penúltima edição do MIUT, fiquei fascinado por toda a envolvente e o grau de dificuldade que disse a mim mesmo, um dia vou estar aqui á partida. Só queria participar para fazer parte do evento e assim, este ano consegui cumprir esse desejo.

FOTO: ivan roxo

João Silva, participante assíduo nos nossos ralis desde 2007 e iniciante na prática de desportos não motorizados, nomeadamente do Trail Running, Atletismo e BTT, iniciou a prática desportiva devido às suas limitações físicas, mas rapidamente apercebeu-se de todos os benefícios que a prática destas modalidades trariam para à sua vida. Para João Silva os ralis são um mundo a parte, conseguindo complementar com estas modalidades que participa. Deseja fazer ainda mais e melhor, na modalidade que ficou fã, o Trail Running.


“na penúltima edição do MIUT, fiquei fascinado por toda a envolvente e o grau de dificuldade “

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Qual a modalidade que lhe tem trazido as melhores sensações?

“ O que sinto noTrail

running

é o mesmo que sinto no rali “

O Trail running é, sem dúvida, das modalidades que me tem dado mais prazer. O que sinto no Trail running é o mesmo que sinto no rali. Claro que a nível de resultados e performance nada que se compare, mas as sensações que eu tive são muito parecidas. zobstáculos. Nos ralis isso ocorre de outra forma, isto é, arriscamos muito mas sem sofrer, visto que só vamos sofrer quando aquele risco passar do limite. Ambas as modalidades envolvem alguma gestão. No trail, a partir do momento que estamos a praticar, estamos em bastante sofrimento, temos de administrar todas essas situações e de contar com a extensão do percurso, ocorrendo uma análise onde poderemos ir mais á vontade e onde vamos ter de nos poupar, gerir a ingestão de alimentos e líquidos, mas isso também, em parte, ocorre nos ralis, visto que também temos de antecipar onde vamos sentir mais dificuldades, analisar o tipo de curva, em que zonas vamos ter de poupar os pneus, se temos de meter mais combustível no carro ou não. Acabo por já estar habituado a fazer este tipo de gestão, daí o Trail running ser sem dúvida a minha segunda e quase primeira modalidade predileta.

Que benefício tem-lhe trazido a prática destas três modalidades?

Em termos pessoais são os benefícios que qualquer modalidade desportiva trás. Neste caso, são modalidades que dão-me prazer em competir, participar e interagir constantemente com o meio ambiente e outros atletas. No aspeto físico, no início, claro, que as dores iam aparecendo mas agora já arranjei formas de evitá-las, recorrendo a um treino mais específico, trabalhando determinados músculos que praticamente nem utilizava, consigo correr como fiz nesta ultima edição do trail de Machico.

Como é que decorre toda a preparação para as diversas provas que participa? Devido à parceria que fiz com o XP WORKOUT tenho treinos personalizados, três vezes por semana, em que focamo-nos no treino consoante a prova da modalidade que vou fazer. Agora estamos a preparar os ralis, é muito mais a nível da parte superior do corpo, zona abdominal, ombros e braços, enquanto no Trail running trabalha-se a estabilidade, as ligações, esses músculos mais pequenos que muitas vezes

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Foto: robert erens

“são modalidades que ME dão prazer em competir, participar e interagir constantemente com o meio ambiente e outros atletas” ignoramos em trabalhos mais específicos, mas que acabam por ser utilizados nessa mesma modalidade. Há uma base do treino que é comum mas quando vaise aos exercícios mais específicos vamos adaptando. Eu, mais que um atleta de referência, tenho essas necessidades porque tenho um corpo para preparar para todas essas dificuldades, a fim de evitar lesões desportivas.

Qual o conselho que deixa aos iniciantes destas modalidades?

Se tiverem vontade de fazer que experimentem porque não há que temer. O atletismo é mais simples e acessível, a somar com a maior quantidade anual de provas. O Trail running já exige mais preparação, mas de qualquer das formas para quem quiser e já tiver alguma rotina de corrida torna-se mais fácil. O importante em qualquer uma destas modalidades é o praticante conhecer minimamente o seu corpo e as suas limitações, porque é em torno desses aspetos que assenta uma boa preparação.

O que lhe levou a aceitar o convite de participar no vídeo de apresentação do Trail do Porto da Cruz? Recebi o convite de forma inesperada, não estava á espera mas lembraram-se de mim. Queriam associar ou fazer uma comparação entre o desporto motorizado e o não motorizado, enaltecendo o respeito pelos

atletas que não recorrem a máquinas para praticar estas modalidades. Naturalmente que não faço essa distinção, que é mais fácil fazer uma modalidade que outra, cada uma tem as suas caraterísticas e o seu grau de exigência. Aceitei, prontamente, o convite também pelo entusiasmo de toda a equipa envolvida, que já deu provas que faziam bons vídeos e bons produtos. Foi uma forma também de aparecer com o carro de rali, a fim de dar o retorno aos nossos patrocinadores, visto ser a única forma de tornar estas participações sustentáveis. A meu ver, foi uma aposta ganha para ambas as partes.

Qual a sua opinião relativamente ao trabalho realizado pelas organizações nas modalidades que participa?

Eu tenho muito pouca experiência nestas organizações, mas tenho muita experiência em termos gerais de como se organiza provas. Sinceramente, eu tenho ficado bastante surpreendido e satisfeito com a organização, em todas as competições que tenho participado. Devo dizer que a nível de atletismo a organização de uma prova requer muito menos exigência, pelo menos aparente para quem está a participar, com percurso mais curtos e havendo uma maior facilidade em trazêlas para a estrada. Todas as provas decorrem, no meu ponto de vista, com toda a naturalidade e mesmo as que fiz, por exemplo a Meia Maratona do Porto Santo, que foi organizada pela Associação de Atletismo,

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a fazer mais e melhor

“

“

quero continuar

cada vez menos ralis e cada vez mais modalidades individuais como estas


principal, porque o peso é inimigo da rapidez e no carro também se sente isso. Com a prática destas modalidades, tornou-se mais fácil lidar com as altas temperaturas que suportamos dentro do carro de rali. Diria que o desporto, a nível psicológico faz bem, só por si já justifica fazê-lo.

Qual a sua opinião sobre o desporto regional?

correu muito bem e fiquei muito satisfeito por ter-me deslocado á ilha do Porto Santo. As de Trail running para mim são uma referência, prova após prova tem surpreendido porque as provas são muito exigentes e longas, obriga a que os organizadores a façam a pé, tendo de balizar e limpar os troços, ou seja, têm que dar muito de si para organizar as provas, a juntar com o cuidado que têm com os atletas e nisso eu saliento a prova do MIUT. Eu entrei nesta última edição no mais pequeno, no T20, a meu ver a inscrição foi um valor irrisório para ainda ter direito a uma t-shirt, a alimentação e inclusive um seguro, mas o aspeto mais simbólico foi que, num espaço de 12 horas, após terminar a prova, deramme uma medalha de finisher personalizada. Para quem o fez, de certeza que é uma lembrança que nunca vai esquecer e vai valorizar. Posso dizer que

nos ralis não há esse cuidado, até se calhar porque já nos dão como dados adquiridos e não está nesta fase ascendente, daí a minha grande satisfação e surpresa com o nível organizativo das provas de Trail running.

É difícil falar em termos gerais, mas na realidade em que estou dos ralis, a perceção que as entidades regionais têm dos ralis está completamente errada, eles apoiam clubes como se fossem clubes de atletas mas não é, são clubes de organizadores, ou seja, apoiam quem lucra com a prática, só por si já é um erro. Nós como atletas do automobilismo não aparecemos na demografia dos atletas do desporto regional, por não sermos quantificados como atletas não temos apoios, sendo nós que damos corpo á modalidade mas acabamos por ficar à margem destes projetos que há de apoio ao desporto regional. Na Madeira também assistimos ao poder do futebol, basta verificar os apoios que são dados aos dois clubes de futebol daquela dimensão e o restante que é dado às outras modalidades. Enquanto, podíamos e temos atletas com grandes capacidades nas outras modalidades que podiam ajudar a promover a Madeira, com a mesma justificação que o futebol tem para receber aqueles apoios. Relativamente ao Trail running, sou da opinião que vai ter muito sucesso e vai trazer aquilo que a região procura, que é através do desporto se projetar lá fora. Os ralis funcionam bem nesse aspeto, mas acho que o Trail running vai funcionar muito melhor. Os ralis mostram as belezas das estradas, mas o Trail running dá um desafio para o tipo de turista que nos visita, que vem descobrir as levadas e isso, no fundo procura desafios. A modalidade do Trail running pode ser um bom cartão-de-visita para a Madeira.

Futuramente, algum projeto desportivo?

Não. Vou tentar não me descuidar destas minhas participações nas modalidades que referimos, quero continuar a fazer mais e melhor, se nos ralis as coisas não melhorarem, pois são cada vez menos ralis, e cada vez mais modalidades individuais como estas. Tenho apenas de pensar em mim, no que é melhor para mim e vai-me desgastar menos.

E o ciclismo?

Eu só participei numa prova de cross-country. Só fiz uma. Considero o campeonato um pouco reduzido, ainda que a Associação faça provas das várias vertentes do ciclismo, cada vertente tem muito poucas provas, tenho muita pena. Mas também foi bem organizado, decorreu com toda a normalidade, foi a minha estreia e acabei por divertir-me.

Na sua opinião o desporto físico influência o motorizado? Em que aspeto?

Nunca me fez grande falta a preparação física que é exigida para fazer atletismo e as restantes modalidades, mas sem dúvida que tenho sentido os benefícios de as fazer. A perda de peso tem sido o

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HISTÓRIA DOS 100 METROS D

esde a antiguidade o homem Figuerola e o norte americano Bob questiona-se sobre a sua Hayes, entre outros. Mas de todos o mais capacidade de progredir em impressionante foi Hayes .Uma medição relação ao tempo. Por isso, a prova dos electrónica posterior aos jogos de Tóquio 100 metros é a que expressa melhor 1964, evidenciou um sensacional tempo essa capacidade. Vem da alma. O avanço de 10.04 segundos. Essa marca teve um do homem foi companheiro do avanço mérito extraordinário, pois Hayes correu das máquinas, e dos instrumentos com numa pista de cinza e no corredor nº 1, capacidade de medir os pormenores que estava extremamente maltratado dos atletas mais rápidos do devido a ter-se realizado antes mundo. Primeiro foram os a final dos 10000 metros. Nos R E C O R D E segundos, depois passoutrials dos Estados Unidos em se ás décimas, agora são 1968 que se realizaram no lago MUNDIAL as centésimas, havendo o Tahoe ( Nevada) a mais de recurso ás milésimas em caso U S A I N B O LT 1500 metros de altitude, Jim de empate. Era engraçado Hines, Charlie Greene e Ronnie 9 . 5 8 saber até onde chegará o Ray, correram a prova em 9,9 homem na sua luta contra o segundos, com cronometragem tempo. Os recordes medidos manual. O primeiro homem que manualmente evoluíram décima a baixou os 10 segundos oficialmente foi décima até a marca dos 10 segundos. Hines, vencedor dos Jogos Olímpicos do O primeiro que conseguiu essa marca México em 1968, com o tempo de 9.95 foi o Alemão Harmin Hary em 1960. segundos. Este recorde durou até 1983, Provavelmente o seu registo pessoal se quando Calvin Smith fez o tempo de fosse medido electronicamente devia 9.93 segundos. Até hoje só houve um situar-se pelos 10.25 segundos. Nessa caso parecido ao de Bolt , que baixou 11 altura os juízes não se atreviam a validar centésimas de segundo o recorde mundial. uma marca abaixo dos 10 segundos. ( 9.96 – 9.58) Foi Ben Johnson que bateu Vários atletas registaram esse tempo, o recorde de Calvin Smith no mundial o canadense Harry Jerome o cubano de Roma. Venceu com 9.83 segundos.

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Dez centésimas de segundo melhor que o anterior recorde. Foi uma marca que deixou estupefactos os adeptos do atletismo. Um ano depois em Seul 1988, Johnson colocou o recorde em 9.79 segundos. A segunda melhor marca era de Carl Lewis que foi segundo na final com 9.92 segundos. Oxalá não se repita a história, Johnson de positivo no controle anti doping e o seu recorde tanto em Seul como em Roma, onde não houve indícios de doping, foram anulados. Estabeleceu-se como recorde a marca de Lewis 9.92 segundos. A partir dai a evolução do recorde foi lenta. Leroy Burrel 9.90 segundos e Lewis recuperou o recorde nos mundiais de Tóquio 1991, com 9.86 segundos. Cinco anos depois o canadense Donavan Baley de origem jamaicana como Bem Johnson, surpreendeu o mundo com a marca de 9.84. A sua progressão lembra um pouco a de Bolt. Um par de anos antes não tinha conseguido baixar dos 10.30 segundos No entanto o recorde mais importante quem o fez foi Maurice Greene, o primeiro homem que baixou a barreira dos 9.80 segundos. Ele bateu o recorde mundial com o tempo de 9.79 segundos, tirando cinco centésimas ao recorde de Bailey. A partir daí Asafa Powell, centésima a centésima acabou por conseguir o tempo de 9.74. Depois apareceu Bolt com 9.72 a seguir 9.69 e agora 9.58. nada menos que 11 centésimas, que é uma aberração numa prova que se move por margens mínimas ( artigo adaptado do jornal espanhol Marca)

josé adriano gonçalves a meta - 37


fisioterapia

STRETCHING GLOBAL ATIVO:

BENEFÍCIOS PARA O DESPORTISTA Todas as actividades físicas dependem do efeito denominado por contração muscular. O excesso de contração diminui a amplitude e eficácia do gesto desportivo. O Stretching Global Ativo permite restabelecer a força, o comprimento e a flexibilidade, através de um método de alongamento global, progressivo e não forçado, aplicado de forma específica para cada indivíduo.

A

“abordagem global” ao atleta está a ganhar cada vez mais importância entre os profissionais envolvidos na atividade desportiva. Infelizmente, o trabalho de alongamento muscular continua a ser deixado para segundo plano, dando-se mais importância ao treino de força muscular e resistência. No entanto, qualquer desportista só terá uma relação íntegra com a sua prática se, nos seus planos, incluir um trabalho de alongamento muscular. É da capacidade de alongamentos dos músculos que dependem o movimento, a força, a postura, o equilíbrio e a ausência de tensões que comprometam o sistema músculo-esquelético.

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Com o intuito do desportista beneficiar de um método de alongamento global, adaptado às suas necessidades e gestos desportivos específicos, Phillipe E. Souchard criou o Stretching Global Ativo (SGA). – método de alongamento ativo, progressivo e não forçado conseguido através de posturas que exigem contrações musculares excêntricas associadas ao trabalho respiratório. O SGA permite reestabelecer a força, comprimento e flexibilidade dos grupos musculares enrijecidos por movimentos e posturas impróprias, promovendo a utilização do potencial corporal aproximando cada individuo da sua própria perfeição.


Cinco, são os princípios que diferenciam o SGA do alongamento convencional: 1. Os músculos existem em forma de cadeias musculares – o que implica que o alongamento seja global; 2. Cada músculo possui diversas ações – é necessário alongar em todas as vertentes; 3. O alongamento deve depender de um tempo determinado – é recomendada a realização de cada auto-postura, durante 10 minutos, duas vezes por semana; 4. Os alongamentos são, sempre, ativos; 5. A respiração é fundamental – o alongamento só é global se for acompanhado pelo relaxamento do diafragma, por isso, devem ser realizados durante a expiração.

As posturas de SGA são escolhidas de acordo com uma avaliação específica de cada atleta e consoante as caraterísticas biomecânicas de cada atividade com o objetivo de atenuar sobrecargas decorrentes de gestos específicos. O quadro seguinte descreve os benefícios do SGA para algumas modalidades desportivas.

Ciclismo

Melhoria da posição aerodinâmica; coluna dorsal mais plana; pedaladas mais rápidas; prevenção de dores e lesões.

Atletismo

Maior eficiência das passadas; maior velocidade nos arranques e descidas; melhor postura da cabeça, peito e coluna; prevenção de dores e lesões.

Sumariamente, o SGA aplica-se no campo preventivo e na manutenção; é uma ferramenta eficaz para o ganho de flexibilidade, correção da postura, melhoramento do rendimento desportivo, prevenção de dores e lesões e proporcionando ao atleta um alongamento global e harmonioso que respeite as suas necessidades, limitações e objetivos.

Dra. Andreia Freitas Fisioterapeuta Contacto: 966636338 andreiagfreitas@hotmail.com

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foto: nuno lourenço

NUTRIÇÃO

LESÕES DESportivas

UMA INGESTÃO CORRETA DE HIDRATOS DE CARBONO, PROTEÍNAS E ÁGUA, DE VITAMINAS A, C E E E MINERAIS COMO O ZINCO, FERRO E COBRE ENTRE OUTROS COM FUNÇÃO ANTIOXIDANTE, DE CÁLCIO E VITAMINA D PARA PROTECÇÃO ÓSSEA, RELACIONAM-SE COM DIVERSOS MECANISMOS ENVOLVIDOS NAS LESÕES DESPORTIVAS.

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absorvido associado à assim a saúde óssea.

O

papel da nutrição por si só na prevenção e no tratamento das lesões desportivas é limitado. No entanto se tivermos em conta os fatores nutricionais envolvidos na origem das lesões, poderemos otimizar a performance desportiva. Pois para além da herança genética, dos factores motivacionais e do treino, nenhum outro factor influenciará tanto o sucesso desportivo como a Nutrição, sem a ocorrência de Lesões Desportivas. Deixo-vos assim algumas considerações, que um atleta deverá ter em conta ao planear a sua alimentação. A composição corporal “ideal” deve ser a que melhor se adapta à modalidade, minimizando este obstáculo no desempenho desportivo. Uma correta alimentação pré-exercício diminui a probabilidade de hipoglicemia - baixo açúcar no sangue - durante a prática desportiva, que predispõe o organismo à ocorrência de lesões. Na fase de recuperação as proteínas são essenciais, mas para uma regeneração muscular eficiente, recomenda-se a sua ingestão acompanhada de hidratos de carbono. Dos antioxidantes, as vitaminas A, C e E, e os minerais como Manganésio, Selénio, Cobre, Zinco e Ferro, têm um papel na eliminação das substâncias tóxicas, resultantes do exercício. Por isso o consumo de alimentos ricos em antioxidantes deverá ser diário, para uma prevenção efetiva de danos musculares. Por outro lado, na recuperação o seu consumo poderá ter um efeito contrário, atrasando a regeneração muscular.

vitamina D, estimulando

O Ferro, determinante na distribuição do oxigénio pelo organismo, poderá ditar estados de fadiga durante o exercício. Se a falta de Ferro persistir, poderá evoluir para anemia, afetando a capacidade de treino, bem como a ocorrência de lesões. As atletas do sexo feminino e adolescentes terão de ter especial cuidado, pois são mais susceptíveis à diminuição desta reserva. Também a monitorização de uma alimentação vegetariana deverá ser mais rigorosa, pois carece deste mineral. As perdas decorrentes da desidratação comprometem a regulação da temperatura corporal, entre outras consequências negativas, que levam à sensação de esforço e fadiga precoces. Pois, uma fibra muscular desidratada perde grande parte das suas qualidades contráteis e de elasticidade, predispondo o músculo à lesão. As perdas de sódio associadas à transpiração, permite recomendar em exercícios de longa duração o recurso a bebidas desportivas, com quantidade adequada de sódio, diminuindo as consequências decorrentes destes défices, que poderão ser precursoras de lesões. A suplementação nutricional na prevenção das lesões só fará sentido se forem identificados os nutrientes envolvidos na etiologia das mesmas, e quando estes não puderem ser obtidos através da alimentação diária. Por fim, o recurso a suplementos na prevenção ou na recuperação das lesões, deverá ser cuidadosamente estudado, planeado e monitorizado por um Nutricionista, para que exerçam o benefício esperado. Assim, é fundamental manter uma alimentação

preventiva, equilibrada em nutrientes envolvidos

nos processos de reparação e recuperação, disfrutando-a ao máximo!

Uma ingestão correta de Cálcio aliada à atividade física regular, contribui para o aumento da massa óssea, ou seja menor fragilidade ou osteoporose. Por sua vez, este mineral é melhor

Dra. Catarina Pinto Nutricionista acatarinap8@gmail.com

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A IMPORTÂNCIA do treino funcio nas corrid Personal trainer : hermano gouveia Email : hermanogouveia@hotmail.com

D

epois da analisar os resultados do MIUT 2014, nas diferentes distâncias, deparei-me com um elevado número de desistências causadas por lesões. Na sequência de conversas com amigos fisioterapeutas, que têm trabalhado arduamente nestes últimos tempos com desportistas que se prepararam para as corridas de trail, e depois de algumas conclusões, decidi escrever este artigo. Quem pratica as corridas de trail, rapidamente conclui que correr só por correr não é suficiente para alcançar bons resultados. É necessário um treino mais específico que evite principalmente a ocorrência de lesões musculares, melhore a postura, a flexibilidade e a estabilidade e que permita obter melhores resultados. Limitar o treino de corrida

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onal

das de trail acumulando quilómetros, reflete-se nas pernas limitando também o desenvolvimento do corpo do atleta como um todo, dado que está constantemente a realizar os mesmos movimentos e a desenvolver o mesmo tipo de grupos musculares. É por isso que realizar treino de reforço muscular e fundamentalmente de estabilazação em complemento (o treino funcional) ao treino de corrida é uma mais-valia para quem corre. Quando o corredor começa a incluir o treino funcional no seu plano de treinos tem, antes de mais, que escolher a forma como o vai realizar. Existem muitas possibilidades e vários exercícios que permitem realizar este reforço muscular necessário para esta actividade. Para a realização dos exercícios de reforço muscular, aconselho que seja acompanhado por um profissional com formação na área do treino, pois traz grandes vantagens, nomeadamente na elaboração de uma avaliação inicial. Nesta avaliação inicial, aconselha-se que o corredor explique muito bem quais os seus objetivos ao nível de treino: como por exemplo, o tipo de provas em que habitualmente participa (estrada ou

trilhos/montanha), objetivos, frequência de prática desportiva, há quanto tempo pratica desporto, provas planeadas no calendário e preparação associada ou possibilidade de existência de lesões antigas ou no momento da avaliação. Toda esta informação é valiosa para quem faz a avaliação e elabora um programa de exercícios adequados ao perfil do corredor. No entanto, o corredor deve ter muita atenção à forma como realiza os exercícios de modo a evitar a ocorrência de lesões indesejadas. Para corredores mais experientes, e com uma ligação mais prolongada à prática desportiva como um todo, a realização de exercícios de forma independente, à partida, não traz problemas de maior gravidade, pois tratam-se de praticantes de atividade desportiva com regularidade, que tendem a conhecer já o comportamento e a resposta do seu corpo e que, provavelmente, já realizaram exercícios de reforço muscular em determinada fase da sua carreira, mas na mesma deve efetuar um treino mais completo, especifico e acompanhado. No meu ponto de vista, o principal risco reside nos corredores estreantes. Aqueles que são levados pela febre de corrida de trail

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que se vive no nosso país e que não incluíam a prática desportiva de forma regular nas suas vidas, teimam agora em correr como se não houvesse amanhã, colocando o seu corpo e saúde em risco ao realizarem treino que não são de todo adaptados à sua condição física ou a problemas que possam ter. Mas a decisão sobre onde, com quem e de que forma realizar o reforço muscular é sempre uma decisão individual. Cada corpo é um corpo, e cada corpo tem uma resposta diferente ao plano de treino que é seguido.

Os excelentes resultados obtidos por um determinado desportista de topo ou não, seguindo um conjunto de exercícios, podem não ser assim tão bons num outro desportista seguindo o mesmo plano de treino. O que eu pretendo com este artigo é, sobretudo, deixar algumas sugestões e conselhos para quem corre em corridas de trail, alertando para determinados pontos que nem sempre são tidos em conta quando estamos a preparar-nos para as nossas provas com o objetivo de concluílas com sucesso e sem lesões!

O que é o treino funcional ???? A

principal caraterística desse tipo de treino, são os exercícios focados na necessidade de quem pratica. Ou seja, eles são elaborados para alcançar o resultado que o desportista necessita, seja fortalecimento, equilíbrio ou reeducação postural. Tudo isto com o objetivo de aumentar a sua performance. Assim, o desportista pratica diferentes sequências em cima de bases instáveis, como

FitBall, Bosu, BalancePad, entre outros, e ainda com apoio em materiais como TRX ou mesmo exercícios de solo com pouco peso ou apenas com peso do corpo. Assim aciona os músculos e articulações de forma global, desenvolvendo coordenação motora, flexibilidade, agilidade, equilíbrio, força e aptidão cardiorrespiratória adaptado a modalidade em questão.


1 Prancha com apoio na FitBall Descrição do exercício: Com os cotovelos flexionados e os antebraços apoiados na FitBall, e com os pés no chão. O quadril deve ser elevado e deve ser mantido nesta posição por um determinado tempo. O tempo é determinado de acordo com a forma física de cada um. Inicialmente é feito um teste para determinar esse tempo, que varia entre 10 aos 30 segundos com o mesmo tempo de intervalo.

Principal Função: As pranchas são ótimos exercícios para o fortalecimento abdominal. Além dos músculos abdominais mais superficiais, como reto abdominal e oblíquos, as pranchas ativam também músculos mais profundos, como o transverso do abdômen, e os músculos da coluna responsáveis por manter a estabilidade da coluna lombar e assim prevenir lesões.

2 Hiperextensões Descrição do exercício: Para executar este exercício, comece por se deitar virado para baixo no chão. Estique os braços em frente e mantenha as pernas em extensão juntas. Execute este exercício apenas levantando um braço e uma perna por vez. Para realizar este movimento alterado, levante o seu braço direito e perna esquerda e aguente 2 segundos. Descanse e alterne para o outro lado.

Principal Função:

Este exercício irá fortalecer os músculos das costas e aumentar a flexibilidade muscular. Uma vez que os movimentos apenas utiliza o seu próprio peso corporal, é um exercício bastante seguro.


3 Posição Quadrúpede Descrição do exercício: Este é um exercício simples que irá trabalhar as suas costas e laterais do corpo. Não precisa de velocidade, mas sim, qualidade. Comece de 4. Mantenha as mãos abaixo dos ombros e joelhos abaixo das ancas. Contraia os abdominais contra a coluna e equilibre-se. Afaste o braço direito para a frente e estenda a perna esquerda para trás. Descanse, e volte a repetir o mesmo movimento. 2 a 3 séries de 12 repetições para cada lado, será o ideal para este exercicio.

Principal Função: É

um exercício onde se aprende a estabilizar o tronco, a dissociar o movimento das pernas e dos braços sobre um tronco estável.

4 Ponte no chão com apoio no bosu Descrição do exercício:

Deitado de barriga para cima, com os joelhos flexionados, os pés no Bosu e as mãos ao longo do corpo, inicie uma elevação do quadril partindo o movimento da lombar até apoiar o peso do corpo sobre as escápulas (na parte alta das costas), em seguida retorne a coluna até a posição inicial. Inicie a prática com 2 a 3 séries de 15 repetições.

Principal Função:

Contração dos músculos abdominais, responsáveis por estabelecer a coluna e o quadril. Os músculos posteriores da coxa, glúteos e abdominal são os responsáveis pela sustentação do movimento de forma equilibrada.


5 Equilibrio Multiplanar no Tapete Descrição do exercício: Fique

em pé, com os pés juntos, e levante o pé esquerdo do chão e traga o joelho ao peito. Estenda a perna para a frente, com o pé esquerdo enquanto mantém o equilíbrio faça um ligeira flexão da perna, sempre o pé direito tudo acente no chão. Leve o pé esquerdo de volta ao centro, mas não toque o chão. Estenda o pé esquerdo para o lado esquerdo e mantenha-se nessa posição por dois segundos. Leve o pé esquerdo de volta ao centro. Estenda o pé esquerdo para trás e faça ligeiro agachamento volte ao centro. Realize 3 séries de de 3 repetições por perna.

Principal Função:

Estabilidade é a capacidade de controlar o movimento em todas as direções e manter a amplitude de movimento articular normal. Os exercícios para a estabilização de uma só perna podem determinar se um lado do corpo é mais forte do que o outro. A assimetria corporal, na qual um lado do corpo é mais dominante do que o outro, é uma das causas primárias de lesões não causadas pelo contato, como rupturas de ligamento dos joelhos e distensões do tornozelo. Os exercícios de estabilização de uma só perna melhoram a capacidade cerebral de se comunicar com os lados do corpo, à medida em que se movimenta em diferentes direções.


6 Agachamento c/barra por cima da cabeça com apoio no BalancePad Descrição do exercício: Afaste os pés à largura dos ombros e vire-os para fora, com uma abertura de mais ou menos 30 graus; em seguida agache-se, como se fosse sentar numa cadeira. Tente fazer com que os joelhos não passem muito para lá da linha dos pés. Isto sempre com uma barra por cima da cabeça com os braços em extensão e com os 2 pés apoiados no BalancePad.

Principal Função:

O agachamento é o melhor exercício para a metade inferior do corpo. Nenhum outro movimento possibilita a inclusão simultânea dos glúteos, dos músculos frontais e traseiros do quadril e dos músculos estabilizadores. E com a barra por cima da cabeça obriga uma posição correta do tronco corrigindo a postura.

7 Subida de caixa c/movimento de corrida Descrição do exercício: Coloque o pé direito em cima da caixa. Suba para cima do caixa sem pôr a perna esquerda apoiada e traga para a frente imitando o movimento de corrida, acompanhado pelo braço contrário. Regresse à posição inicial colocando o pé esquerdo no chão acompanhado pelo movimento de braços. Faça uma série com o número desejado de repetições e depois repita o primeiro passo com a perna oposta. Aconselho 2 a 3 séries de 20 repetições cada perna.

Principal Função:

Trabalho de força de pernas, amplitude de passada e equilibrio.

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AGENDA AGOSTO 2014 10

DOMINGO

atletismo GRANDE PRÉMIO ART'CAMACHA Local: CAMACHA

tRAIL i tRAIL PORTO DA CRUZ LOCAL: PORTO DA CRUZ

15 SEXTA

atletismo CIRCUITO DA FAJÃ DA OVELHA Local: FAJÃ DA OVELHA

23 31

DOMINGO

CICLISMO SUMMER WATER JUMP 2014 Local: PAÚL DO MAR

DOMINGO

ATLETISMO CIRCUITO DOS CANHAS Local: PONTA DO SOL

CICLISMO DOWN TOWN CALHETA 2014 LOCAL: CALHETA



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