A Meta Maio 2014

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EDITORIAL ILHA DA MADEIRA: PALCO DOS GRANDES EVENTOS DESPORTIVOS FICHA TECNICA Direção Mónica Freitas e Nuno Lourenço Imagem Nuno Lourenço montagem e design SOFIA JESUS Redação Mónica Freitas Colaboradores desta edição: Nádia Brazão (Nutricionista) Diogo Sousa (Fisioterapia) Aurélio Davide (Fotografia) Sofia Fernandes (Redação) J. Knecht (Redação)

capa Tiago Sousa (FOTOGRAFIA) rafael brandão( EDIÇÃO E MONTAGEM)

contactos revistaametA@gmail.com revistaameta.com

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a distribuição, a comunicação pública ou colocação á disposição, da totalidade ou parte dos conteúdos desta publicação, com fins comerciais diretos ou indiretos, em qualquer suporte e por quaisquer meios técnicos, sem autorização da Revista A Meta. Revista escrita segundo o novo acordo ortográfico Periodicidade Mensal Nº 3 maio 2014

A ilha da Madeira apresenta uma área de 741 km2, 57 km de comprimento e 22 km de largura. A sua posição geográfica privilegiada, a sua orografia montanhosa, conferem-lhe uma espantosa amenidade climática com temperaturas médias muito suaves e uma humidade moderada. Nos últimos anos, tornou-se como que um tesouro descoberto no meio do Oceano Atlântico. A essência natural desta ilha, que é imensa e de uma riqueza e inigualável, tem possibilitado a promoção de diversas modalidades. Do mar à serra, a pedalar, a correr ou até a caminhar, podemos conciliar a competição com o bem-estar, num único espetáculo de brilho e belas paisagens. Do Trail Running, BTT, Downhill, a Direção Regional do Turismo reforça, cada vez mais, a divulgação das atividades desportivas junto dos turistas que vêm à Madeira. O que, em algumas destas modalidades, estão a se tornar um caso de verdadeiro sucesso, no qual destacamos o Trail Running. Com efeito, o desporto da “Natureza”, a médio e a longo prazo, pode potenciar várias atividades que irão ajudar a promover o destino Madeira. Permitindo, ao mesmo tempo, às entidades públicas e privadas promoverem a criação de emprego e a reabilitação de caminhos esquecidos. Todos estes aspetos estão

visíveis na criação dos vários eventos internacionais, que ocorrem na ilha da Madeira, sendo capazes de proporcionar um aumento de receitas para a nossa economia regional. Notamos uma constante aposta no turismo ativo, na vertente desportiva e do bem-estar, impulsionado para percorrerem

os nossos trilhos e levadas, tendo em conta as que são mais apropriadas para o nível de experiência e de estado físico de cada pessoa. Estimulando, no final, a relatos deslumbrados dos costumes e da gastronomia Madeira, incluindo, por vezes, a hospitalidade das gentes da ilha.

Mónica Freitas

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REPORTAGEM

6ª EDIÇÃO

MIUT-MADEIRA ISLAND ULTRA TRAIL

20

SUMARIO 03 EDITORIAL 04 Sumário 07 DESTAQUES

ciclismo 16 3a Prova do Campeonato Regional de XCO 18 2o Prova do Campeonato de CE

atletismo 08 GRANDE PRÉMIO DAS CEREJEIRAS EM FLOR 10 CORRIDA NOTURNA DA HORA DO PLANETA 12 i corrida da liberdade 14 584o ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DE CÂmara deª LOBOS

trail 20 FREE TRAIL CAMP MIUT 2014 Entrevista 22 Manuel Faria Á conquista dos trilhos Reportagem 30 6a edição MIUT-Madeira Island Ultra Trail +

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+Saúde 40 Alimentação emocional 42 LesõeS 44 exercícioS pliométricos fortalecimeto para músculos e tendões 48 AGENDA



Emanuel Pombo M U I T O P E R T O DA

TAÇA DE

Portugal

DOWNHILL

A

FOTO: LUIS LOPES

segunda jornada pontuável para a Taça de Portugal de Downhill 2014, decorreu nos dias 4,5 e 6 de Abril, na localidade algarvia de S. Brás de Alportel. Uma centena e meia de atletas puderam aproveitar da melhor forma esta competição, entre eles, contamos com a presença de alguns madeirenses, com maior enfoque para o internacional do BTT, Emanuel Pombo. Emanuel Pombo, apresentou nesta segunda etapa da Taça, o segundo lugar do pódio, sendo que Francisco Pardal, com o tempo de 2:16.610 segundos, bateu Pombo por apenas 29 milésimos de segundo. Já, Daniel Pombo, ficou no nono lugar, a 5.168 segundos do líder. Em relação aos restantes atletas que marcaram presença nesta competição, destacamos o bom desempenho dos federados do Clube Caniço Riders, através da obtenção dum oitavo lugar por parte de Pedro Silva e da vitória de Ana Costa na elite feminina, que foi capaz de garantir o ouro com quase dois segundos de vantagem da segunda classificada.

DESTAQ SIMPÓSIO:

Desporto de Alto rendimento na Região Autónoma da

O

Centro cívico do Estreito da Calheta acolheu, no dia 29 de Março, um simpósio dedicado ao tema do Desporto de Alto Rendimento na Região Autónoma da Madeira, debatendo as suas potencialidades e limitações. Esta iniciativa foi promovida pelo Clube Recreativo dos Prazeres, a que se associou a Câmara Municipal da Calheta, logo no painel inicial, e em forma de apresentação do tema, fez-se ouvir o Executivo Municipal da Calheta, Aleixo Jacinto Castro Abreu e o Presidente do Clube Desportivo e Recreativo dos Prazeres, Duarte Anjo. Após um dia de Campeonato Nacional de Patinagem em Velocidade neste mesmo concelho, estiveram presentes, neste simpósio, alguns atletas desta modalidade. Para debater todas estas questões do Desporto de Alto Rendimento na R.A.M, estiveram presente os seguintes atletas: Fabiana Quintal (Natação); Emanuel Gonçalves (Natação Adaptada); Dany Gonçalves (Atletismo) e Emanuel Pombo (BTT). O departamento técnico através de Adriano Gonçalves (Treinador de Atletismo) e César Nicola (Treinador de Judo) e ainda a presença da organização governamental através de Juan Gonçalves da Direção Regional da Juventude e Desporto. O professor da Universidade da Madeira, na área de Desporto, Hélder Lopes foi

Madeira

o moderador deste simpósio. Todos os atletas falaram um pouco do seu percurso desportivo e alguns dos obstáculos que encontraram. Estas limitações passavam desde as infra-estruturas para a prática da modalidade, acompanhamento médico e inclusive apoio escolar para com estes atletas. Relativamente às infraestruturas na nossa região, houve uma discordância de opinião entre as modalidades da natação e atletismo. Enquanto os atletas de natação defenderam que as piscinas da Penteada têm capacidade para mais e melhor, sendo um espaço possível de receber equipas internacionais. Dany Gonçalves e o treinador Adriano afirmaram que as pistas existentes estão incompletas e sem condições para ser efetuado um treino completo de Alto Rendimento. Por unanimidade dos atletas e do departamento técnico foi salientada a inexistência de apoio médico a estes atletas na nossa região, questão que Juan Gonçalves, contrapôs, afirmando existir um regulamento nacional que abrange a Madeira e que fornece aos atletas o devido acompanhamento. Já se fazendo tarde houve a necessidade de finalizar o simpósio, sobrando muitas questões para serem debatidas, e por parte da Direção Regional de Juventude e Desporto, relativamente a este tema.

FOTO: NUNO LOURENÇO


QUES ATLETISMO:

T roféu Ibé ric o E Campeonato de PortugaL 1 0 . 0 0 0

m e t r o s

SAMUEL FREITAS VOLTA A CONQUISTAR TÍTULO

O

madeirense Samuel Freitas, atleta do Clube Desportivo “Os Especiais” esteve em destaque no 7º Campeonato do Mundo de Corta-Mato e 5º Campeonato do Mundo de Meia Maratona INAS, que decorreu no dia 12 de Abril em Ostrzeszów (Polónia), integrando a Seleção Nacional de Corta-Mato para a Deficiência Intelectual. Portugal, terminou a prova com os seus quatro atletas nos seis primeiros lugares da classificação. José Azevedo alcançou a medalha de bronze ficando Cristiano Pereira em quarto lugar, Vítor Pleno em quinto e Samuel Freitas em

sexto, toda esta luta permitiu o título de Campeão Mundial para Portugal pela quinta vez consecutiva.

fotos: osvaldo ferreira

N

o dia 29 de Março, decorreu o Troféu Ibérico e o Campeonato de Portugal de 10.000 metros, no Estádio 1º De Maio Inatel, em Lisboa. Nesta edição, a Madeira esteve representada por quatro atletas, Tiago Silva e Daniela Sousa da ADRAP, ambos campeões no Campeonato Regional de 10.000 metros desta época, e outras duas atletas da GD Estreito, Ana Mafalda Ferreira e Cátia Santos. Tiago Silva finalizou os 10000 metros com o tempo de 32:04.16, obtendo um quarto lugar na sua série. Nos femininos, Daniela Sousa alcançou um novo record pessoal com o tempo de 37:32.38, e o 3º lugar na sua série, Ana Mafalda Ferreira chegou à meta após 34:28.31, enquanto Cátia Santos acabaria após 34:38.37, cabendo a estas atletas, respetivamente, a 17º e a 19º posição na mesma série feminina.

MUNDIAL FOTO: SELEÇÂO NACIONAL ATLETISMO ANDDI - CORTA MATO E MEIA MARATONA


ATLETISMO

G R A N D E P R É M I O DA S

CEREJEIRAS EM FLOR PA RT I C I PA R A M 146 AT L E TAS (32 F E M I N I N O S E 114 M AS C U L I N O S)

O

Jardim da Serra, há 25 anos que acolhe a prova do Grande Prémio das Cerejeiras em Flor, este ano comemorou as “bodas de prata” no dia 6 de abril, sendo que este ano associou-se à causa da Liga Portuguesa contra o Cancro intitulada “Um dia pela Vida”. Esta prova foi organizada pela Associação Cultural e Desportiva do Jardim da Serra, com a colaboração da Câmara

Municipal de Câmara de Lobos e a Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira e o apoio da Junta Freguesia do Jardim da Serra e de outras entidades. Aproveitando o lindo dia de sol, antecedeu à prova principal, uma marcha/passeio, aberta à participação de toda a população e também a prova destinada aos atletas Infantis e Iniciados com cerca de 1.000 metros.

Relativamente à prova principal, esta foi constituída pela distância total de 5.400metros e participaram 146 atletas (32 femininos e 114 masculinos) divididos pelos escalões Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos. A partida e a chegada eram no mesmo local, nomeadamente no Largo


CLASSIFICAÇÃO MASCULINOS

JUVENIL

JUNIORES

1o Cláudia Fernandes (AJS) o

2

Mariana Gomes (IND)

1o Lina Soares (AJS)

24:37 25:34

2o Sandra Vieira (ADRAP)

1o Joana Soares (AJS) SÉNIORES

o

A

2 Débora M Silva (ADRAP) 30 Carla Figueira (CAF)

1o Cecília Andrade (CAF) VETERANOS

o

2 Manuela Morgado (CCDTHF) 30 Maria José Jardim (CAF)

da Pereira. Após a largada e assim mantendo-se até ao retorno no Largo do Reizinho, tivemos a liderança da Joana Sousa (AJS) e de Carlos Fernandes (CCDCMF).

JOANA SOUSA E

BRUNO SILVA NA L IDE RANÇA

30:00 30:09

1o

LEANDRO JOSÉ ABREU (AJS)

1o Valentim Fernandes (AJS) o

2 Miguel A. Gouveia (ZAPCAR) 3O Xavier Sousa (AJS)

20:01 22:03 23:13

1o Bruno Silva (AJS)

23:20 25:09 25:31

1o Élvio Encarnação (AJS)

2o Bruno Moniz (ADRAP) 3O J. Manuel Gomes (ADRAP)

o

2 Carlos Fernandes (CCDCMF) 3O Vítor Rodrigues (CPC)

Após o retorno, Joana Sousa mantinha uma grande distância das suas adversárias e Débora Mª Silva (ADRAP) começava a marcar segunda posição do pódio feminino. Já entre os atletas masculinos, a luta do primeiro lugar, ocorreu na fase de retorno entre Bruno Silva (AJS) e Bruno Moniz (ADRAP), ganhando o atleta da “casa”.

21:11

19:02 19:56 20:00 17:44 17:52 18:08 18:22 18:54 19:11

fotos: nuno lourenço

FEMININO


1048 3 KM

PARTICIPANTES

F

oram mais que 1.048 os participantes da primeira edição da Corrida Noturna da Hora do Planeta, realizada no dia 29 do passado mês. Uma iniciativa promovida pela Associação de Atletismo da Madeira, a que se associou a Câmara Municipal do Funchal e foi apoiada pela Bioforma. Apesar de ser uma corrida, esta ação foi abrangente a quem queria simplesmente desfrutar da prova em forma de passeio. A distância a percorrer foi de 3.000 metros e decorreu entre a Avenida do Mar e a Avenida Sá Carneiro, sendo a partida e a meta no Jardim do Almirante Reis. De forma a ser alusivo ao tema da corrida, a inscrição permitiu a adultos, crianças e atletas a obtenção de lanternas (led) e t-shirts fluorescentes de forma a poderem percorrer os 3.000 metros sem iluminação pública. Às 20h30, a frente-mar do Funchal inundou-se de um mar de pessoas e foi dada a largada contando, ainda, com a presença de uma banda de música para animar o percurso. Estiveram presentes 506 atletas federados, nos femininos, a vitória coube a Joana Soares (AJS) finalizando com o tempo de 11:29, enquanto nos masculinos, J. Manuel Gomes (ADRAP) com o tempo de 9:42, sairia vencedor.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1 2 3

J. Manuel Gomes - ADRAP

9:42

Joana Soares - AJS

11:29

BRUNO SILVA - AJS

10:04

Débora MARIA Silva - ADRAP

12:12

DANILO NÓBREGA - AJS

10:20

FILIPA FREITAS - CSM

12:37

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CORRIDA NOTURNA DA HORA DO

PLANETA FOTOS: Nélio Parreira

Z

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FOTOS: NUNO LOURENÇO

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N

o dia 25 de abril ocorreu, pela primeira vez, na Região, numa iniciativa conjunta da Associação de Atletismo da Madeira (AARAM) e com os municípios de Santa Cruz e Machico, a Corrida da Liberdade. Estiveram presentes 216 atletas, distribuídos pelos escalões de Juniores, Seniores e Veteranos, num percurso que ligou as duas cidades e teve uma distância de 7.700 metros. A partida teve lugar em frente à Câmara Municipal de Santa Cruz e a meta localizada na Câmara Municipal de Machico. Na esfera individual, no setor feminino, destacamos a vitória de Daniela Sousa (ADRAP), com o tempo de 32:42. A atleta terminou com uma distância considerável das suas adversárias do mesmo escalão, um pódio dominado pelas suas colegas de equipa, Débora Mª Silva (34:07) e Ana Luísa Viveiros (34:51) que arrecadaram, respetivamente, o 2º e 3º lugar do pódio. No setor masculino, o vencedor foi Tiago Silva (ADRAP), com o tempo de 26:24, seguido do seu colega de equipa J. Manuel Gomes com a cronometragem de 26:29 e, no último lugar do pódio, o atleta individual Edwin Nunes, que finalizou a corrida com o tempo de 26:35. Nesta prova, coletivamente, a equipa da ADRAP dominou em ambos os setores masculino e feminino. Como se tratou de uma prova que honrava a memória do 25 de Abril de 1974, dia da Liberdade, foi distribuído a todos os participantes um cravo, no final da corrida, símbolo da revolução portuguesa. No momento da entrega de prémios, os responsáveis das respetivas autarquias mencionaram a vontade de manterem esta corrida no futuro.

CLASSIFICAÇÃO GERAL: FEMININOS JUNIORES

1o Cátia Gomes (IND)

51:49

SÉNIORES

1o Daniela Sousa (ADRAP) 2o Débora Maria Silva (ADRAP) 3o Ana Luísa Viveiros (ADRAP)

32:42 34:07 34:51

Veteranos

1o Cecília Andrade (CAF) 2o Manuela Morgado (CCDTHF) 3o Maria José Jardim (CAF)

36:35 37: 53 38:42

Masculinos Séniores 1o Tiago F. Silva (ADRAP) 2o J. Manuel Gomes (ADRAP) 3o Edwin Nunes (IND-M)

26:24 26:29 26:35

Veteranos 1o Eugénio Pinto (RCT) 2o Carlos Fernandes (CCDCMF) 3o João Pedro (CAF)

28:34 28:38 29:38

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584oº ANIVERSÁRIO DA freguesia de

CÂMARA


DE LOBOS A

Associação de Atletismo da Madeira organizou mais uma competição de Estrada a contar para a Taça do Madeira a Correr. A prova teve lugar em Câmara Lobos, no passado dia 27 de Abril, destinada aos escalões de Juniores, Seniores e Veteranos Masculinos e Femininos, inscrevendose um total de 125 atletas. O percurso teve a extensão aproximada de 6.200 metros, sendo que a partida teve lugar em frente á Câmara Municipal de Câmara de Lobos. No setor masculino, a ótima condição física do atleta Tiago Silva, da ADRAP, fez com estivesse em vantagem em quase todo o percurso conseguindo

a vitória, com passagem na meta aos 20:18. Esta vitória motivou o seu colega de equipa, Carlos E. Freitas, a obter o 2º lugar com o tempo de 20:36, deixando o atleta Roberto Prioste (CAF) para o 3º lugar, após 21:00 de prova. O mesmo coincidiu no setor feminino, a ADRAP voltou a dominar, tendo duas atletas alcançado os dois lugares cimeiros do pódio, Daniela Sousa alcançou a vitória e, em segundo lugar, a colega de equipa Débora Mª Silva, obtendo a cronometragem de 25:46 e 26:24, respetivamente. O último lugar do pódio coube a Catarina Dinis (DRA), chegando à meta após 27:15.

FOTOS: NUNO LOURENÇO

FEMININO JUNIORES

SÉNIORES

1o Sandra Vieira (ADRAP)

31:38

1o Vítor morgado (Adrap)

25:14

1o DANIELA SOUSA (ADRAP)

25:46 26:24 27:15

1o TIAGO Silva (ADRAP)

20:18 20:36 21:00

27:31 29:30 29:39

1o américo caldeira (caf)

o

2 Débora Silva (ADRAP) 30 CATARINA DINIS (DRA)

1o Cecília Andrade (CAF) VETERANOS

MASCULINO

o

2 Manuela Morgado (CCDTHF) 30 CATARINA SERRÃO (DRA)

o

2 CARLOS FREITAS (ADRAP) 3O Roberto prioste (CAF)

2o Carlos Fernandes (CCDCMF) 3O eugénio pinto (rCt)

21:17 21:51 22:27

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CICLISMO

O C X E D a prova 3 NATO

O E P M CA

L A N O I G E

R

A O G A L A D O Ã CH

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ÇO

UREN UNO LO N : S O T O F

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2a PROVA

N

o dia 27 de abril, a Associação Madeira da Ciclismo de levou para as estradas do Concelho de Santana a 2ª Prova do Campeonato Regional de Estrada. Devido à exigência do traçado (total 41 Kms), a elite feminina percorria uma distância mais curta. Na hora da partida, estavam 50 esta para preparados ciclistas competição de estrada. Ricardo Gouveia, atleta do C.S. Marítimo, desde cedo, destacou-se do pelotão, sendo apenas seguido de perto, na 1ª volta, por Paulo Camacho do C.F.Carvalheiro / Taberna da Esquina. Relativamente ao último lugar do pódio, Ricardo Abreu Município do Porto Moniz/C.N.Seixal, controlou as pedaladas dos seus adversários acabando por ganhar vantagem suficiente para garantir a 3º posição do pódio e, simultaneamente, o 1º lugar no escalão Masters B.

CAMPEONATO

REGIONAL DE ESTRADA

CLASSIFICAÇÃO CATEGORIA ELITE

1º Ricardo Gouveia (CS Marítimo/ Barreirinha Bar Café) 01:22:09 2º Paulo Camacho (C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina) 01:24:21 3º Davide Silva (M. do Porto Moniz/CN Seixal) 01:28:27

FOTO: Q10 - OPTICA DA SÉ

CATEGORIA SUB-23

Paulo Freitas (CS Marítimo/ Barreirinha Bar Café) 01:31:18

CATEGORIA MASTERS A

Gonçalo Faria (M. do Porto Moniz/CN Seixal) 01:30:26

CATEGORIA MASTER B

Ricardo Abreu (M. do Porto Moniz/CN Seixal) 01:26:20


FOTO: Q10 - OPTICA DA SÉ

FOTO: RENATO FERREIRA FOTO: RENATO FERREIRA

CATEGORIA MASTER C

Ismael Alves (Ludens Clube de Machico) 01:45:07

CATEGORIA JUNIORES

Filipe Oliveira (Ludens Clube de Machico) 01:41:00

CATEGORIA CADETES

Francisco Luís (Ludens Clube de Machico) 01:45:31

CATEGORIA FEMININOS

Sara Teixeira (CS Marítimo/ Barreirinha Bar Café) 01:02:30

COLETIVAMENTE

1º CS Marítimo/ Barreirinha Bar Café

04:23:59 2º Município do Porto Moniz/CN Seixal 04:25:13

C.F. Carvalheiro/Taberna da Esquina

04:52:37


TRAIL

FREE TRAIL CAMP M fotos: nuno lourenço

ARMANDO TEIXEIRA PROFERE PALESTRA E COMANDA CORRIDA LIVRE

D

ia 28 de março, decorreu uma Palestra dedicada ao tema do TrailRunning, denominada Free Trail Camp MIUT, promovida pela Madeira Rural, no auditório da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Humanos e com o apoio, mais uma vez, do Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel Correia. Esta conferência foi proferida pelo ultramaratonista internacional Armando Teixeira, que participou na 6ª edição do MIUT-Madeira Island Ultra Trail, uma prova de corrida de montanha, que decorreu em abril e que escolheu a Madeira como local para um campo de treino, de forma a partilhar as suas experiências e com a possibilidade dos participantes deste evento poderem apreender novas técnicas de corrida ou compreender melhor alguns temas que foram debatidos em palestra.

Este evento contou com a parceria do Madeira Island Ultra Trail, Clube de Montanha do Funchal, Madeira Outdoor, Madeira Rural, Trizone, Residencial Sol Mar, Equilibrium Gym e NDProduções. A participação neste evento era livre e sem valor acrescido para os seus participantes, os participantes apenas encarregavam-se de levar o equipamento e material necessário, incluindo alimentação, para as atividades que ocorreram sábado e domingo. Sábado, às 9h30, concentraram-se 34 participantes para uma corrida livre com o total de 11km de distância desde o Chão da Ribeira ao Fanal, sobre o comando de Armando Teixeira. Um percurso acessível, mas provocando algumas quedas devido às condições meteorológicas de chuva e frio. Durante o percurso e como forma de manter todos os participantes reunidos, Armando Teixeira fez a demonstração de algumas técnicas de corrida, caso do uso de bastões e o controlo respiratório, possibilitando assim uma aprendizagem a quem o quis acompanhar. Todos chegaram novamente ao Chão da Ribeira após 3h de caminhada, satisfeitos com a experiência e conhecimentos adquiridos. O local de concentração para almoço, para os que assim decidiram juntar-se, foi no Seixal, mais precisamente no Restaurante Solmar, em mais uma partilha de experiências


MIUT 2014 de vida e de ansiedades para o MIUT. Como forma de ser colocadas algumas questões a Armando Teixeira e outros intervenientes, na parte da tarde, no Salão Paroquial da Igreja do Seixal, tivemos a apresentação versus especificidade de material com Armando Teixeira e Roberto Lúcio da Loja Trizone, expondo material da SALOMON, sendo esta loja uma das representantes da marca. Ambos destacaram o uso correto do material a ser utilizado em determinada prova e a importância do conhecimento do nosso próprio organismo. Após esta apresentação houve a intervenção do Dr. Marco Gonçalves, fisioterapeuta da clínica Equilibrium, com os temas: prevenção e recuperação de lesões, trabalho aeróbio e anaeróbio. Marco Gonçalves mencionou a importância do aquecimento para evitar lesões e algumas posturas corretas a adotar na prática desportiva. Armando Teixeira finalizaria esta palestra com o tema da nutrição. No último dia do evento, dia 30 de março, e novamente com o experiente corredor Armando Teixeira ocorreu mais uma corrida livre, desta vez com saída dos Lamaceiros e em forma de treino para alguns que encontram-se inscritos para a distância dos 20km do MIUT.

Este evento contou com a parceria do Madeira Island Ultra Trail, Clube de Montanha do Funchal, Madeira Outdoor, Madeira Rural, Trizone,Residencial Sol Mar, Equilibrium Gym, NDProduções.


Manuel Faria À CONQUISTA DOS

TR I LHOS

Manuel Faria conheceu a corrida aos 14 anos e desde aí não a largou. Capaz de mover montanhas e passar por imensos trilhos, este ano, arrecadou o título de melhor madeirense na prova rainha da 6ª edição do MIUT-Madeira Island Ultra Trail.

QUANDO COMEÇOU ESTA PAIXÃO PELA CORRIDA E COMO FOI INICIALMENTE?

A paixão pela corrida já vem de alguns anos, desde os meus 14 anos, na altura em que entrei para o Grupo Desportivo do Estreito. Sendo que o Trail só entrou na minha vida há cerca de 3 anos, e daí para cá tem corrido bem, tenho obtido bons resultados. Em 2011, participei pela primeira vez nesta atividade desportiva realizando a prova dos 55 km, mas acabei por desistir aos 30km devido a uma lesão que me deixou ficar no Chão da Ribeira. Há dois anos atrás, com um maior número de provas que existiu, comecei a treinar mais para poder fazer o Campeonato Regional de Trail Running. QUEM É O MANUEL FARIA QUANDO NÃO ESTÁ A CORRER?

“UM DIA HEI-DE FAZER ESSA PROVA”

COMO TEVE CONHECIMENTO DESTA MODALIDADE?

Foi através de alguns colegas que já tinham feito a primeira e segunda edição do MIUT. Eles contaram-me como tinha sido as suas experiências, incluindo os seus tempos, e sentime capaz de lutar para realizar esse desafio. Pensei e disse-lhes mesmo: “Um dia hei-de fazer essa prova”. COMO É QUE CONCILIA OS TREINOS EM PISTA E AS CORRIDAS DE MONTANHA?

Neste momento, já não faço esses treinos para competição de pista ou de estrada. Apenas o faço para ajudar os outros, que andam em pista, dando motiva-

foto: tiago sousa

O Manuel, quando não está a correr, é uma pessoa muito ativa, tanto no trabalho como em casa. Sou casado, tenho a minha esposa, tenho uma casa e tenho terreno para cultivar e alguns animais. Faço parte da Associação Cultural e Desportiva do Jardim da Serra já há uns 13/14 anos, e temos

desenvolvido muitas atividades no clube. Tudo isto faz com que lide com diversos desafios e tenha uma vida mais agitada e sociável.


NOME: Manuel Dinis Faria IDADE: 35 anos NATURALIDADE: Estreito de Cテ「mara de Lobos PROFISSテグ: Tテゥcnico de Fabrico ATIVIDADE DESPORTIVA: TRAIL


“CORRER NOS TRILHOS

É COMO ESTAR A

ção e apoio. Não me desloco à pista com o objetivo de treinar, mas apenas como dirigente desportivo, a fim de estar a par das situações e dando apoio aos atletas mais novos, porque eles facilmente vão-se abaixo e são suscetíveis de desistirem por qualquer coisa.

tiva a continuar. O trail advém da conciliação da parte da formação de atletismo, que eu já tive, e com a parte das caminhadas. Correr nos trilhos, para mim, é como estar a voar, não há comparação possível com a estrada. Há zonas de percursos que eu faço a correr O Q U E O M O T I V A A C O R R E R N A que os meus colegas dizem que eu pareço um “cabrito da serra”. São zonas difíceis MONTANHA? A Montanha já é uma coisa que lido há que eles têm medo e receio, e eles dizem muitos anos, muitas caminhadas. Faço que as faço como se fosse plano. caminhadas há muitos anos, gosto de ver ALGUM ÍDOLO NESTA as paisagens que nós temos e os percursos. T E M MODALIDADE? São paisagens lindas. Nós passamos, hoje e amanhã, e temos Tem uma pessoa em especial, com quem sempre outras coisas novas para ver. Não me dou muito bem e é um grande amigo, há nada igual…há sempre algo que nos refiro-me ao Armando Teixeira. No início, chama atenção na natureza e que nos mo- foi pelos resultados que veio a ter, mas,

24 - a meta

foto: tiago sousa

VOAR”


depois de conviver com ele, deparei-me com uma boa pessoa, que ele é. O Armando Teixeira está sempre disponível para ajudar, dá muito apoio. Um bom exemplo ocorreu nesta prova do MIUT, na altura que ele passou por mim, depois da Ribeira da Janela, eu ia bem classificado mas abrandei para ele passar e as suas palavras para mim foram: “Vamos Manuel que esta prova é para ti”. Foram palavras de força e motivação para continuar em prova e alcançar o meu objetivo.

“TER SIDO

O MELHOR

MADEIRENSE

É SEMPRE BOM,SENTI-ME

MUITO FELIZ”

O QUE CONSIDERA COMO A SUA MAIOR CONQUISTA COMO CORREDOR?

A minha maior conquista é estar todos estes anos a correr e o “gostar” de correr. É um desafio. Para mim tornou-se um desafio estar todos estes anos a correr e a fazer todos

estes quilómetros, porque torna-se muito desgastante. Claro que a presença na 6ª edição do MIUT foi marcante e especial. QUAL É A SUA DISTÂNCIA FAVORITA E PORQUÊ?

Já fiz dos 15km aos 115km. As minhas distâncias são acima dos 80 km. Eu tive essa experiência, no ano passado, quando fiz os 85km do MIUT, reparei que andei mais rápido nos 40km seguintes aos iniciais. Nesta edição do MIUT, eu fiz até Encumeada mais lento e o restante percurso mais rápido. Diria que ando mais rápido nas longas distâncias, do que nas mais curtas. A razão pode ter a ver com o facto de eu ser um autodidata, não tenho treinador. E tive a resguardar a parte inicial, para poder fazer a parte seguinte com mais força ESTE ANO FORAM 115KM, O QUE PENSAVA NAQUELES MOMENTOS DE MAIOR DIFICULDADE?

Eu só tive duas dificuldades: foi no Fanal e nos Estanquinhos devido ao frio. Quando saíamos dos postos de controlo, sentíamos como que um choque térmico devido à deslocação de uma zona quente para uma mais fria, cheguei mesmo a pensar em desistir e voltar para trás, mas não, continuei porque o meu objetivo era chegar ao fim. Posso indicar que foi dos meus piores momentos.

e

foto : a u rélio david

a meta - 25


A CONCORRÊNCIA ASSUSTOU?

NÃO

O

Não estava para aí virado. O meu objetivo era fazer a minha prova, não ia para lá para andar a correr à frente de ninguém. Não sei onde vamos buscar tanta força nas pernas para correr tanto, considero esta prova das mais duras da Europa, em que a cabeça é fundamental, assim como a parte emocional e a psicológica. Este ano o grupo foi muito forte, o lote daqueles que vieram de fora era muito bom. Deu-me mais gozo ter corrido juntamente com este grupo e ter alcançado este resultado, penso que fiz um bom trabalho. Dois dias antes, já andava nervoso, já estava desejando de chegar á prova, porque estava a sofrer alguma pressão para ficar no TOP 5.

“OS MEUS FAMILIARES QUAL FOI A SENSAÇÃO DE SER O MELHOR MADEIRENSE NESTA EDIÇÃO DO MIUT?

Foi bom, não era aquilo que estava á espera que acontecesse. Devido a ter bons atletas, por exemplo o Sidónio Freitas e o Nuno Caetano são excelentes atletas. Principalmente o Nuno Caetano, pois está numa boa forma, o que aconteceu foi, talvez, que eu controlei-me melhor. Durante a prova, quando eu cheguei ao Pico do Areeiro, e disseram-me que o Nuno Caetano estava a dois minutos, eu apercebi-me que podia ser o melhor. E quando cheguei ao Poiso, comunicaramme que ele tinha desistido no posto anterior, na altura só lembrava-me do esforço que tinha feito a subir o pico, desde o Ribeiro Frio para o Poiso. A sensação de quando se chega á meta é muito mais forte do que quando se está a receber o prémio. É importante o apoio familiar, sinto muito isso por parte da minha esposa que sempre me apoiou. Ter sido o melhor madeirense é sempre bom, senti-me muito feliz. 26 - a meta

E AMIGOS DISSERAM QUE NUNCA VIRAM

NADA ASSIM.”

CONSIDERA ESTA EDIÇÃO DO MIUT A MELHOR?

O Armando Teixeira chegou a comentar comigo que gostou bastante. Na partida estava imensas pessoas, no Porto Moniz e mesmo na Ribeira da Janela. Inclusive, até mesmo os meus familiares e amigos disseram que nunca viram nada assim. HÁ UM CRESCIMENTO MUITO GRANDE DO TRAIL RUNNING. QUAL É A SUA OPINIÃO RELATIVAMENTE À EVOLUÇÃO DO TRAIL RUNNING NOS ÚLTIMOS ANOS?

Pergunta complicada. O trail running tem apenas três anos, e penso que ainda vai crescer mais. Vai crescer porque os clubes vão começar a cativar os mais jovens, com a criação de provas para estas faixas etárias e desenvolvendo uma formação.


foto: aurĂŠlio davide

a meta - 27


“OS CLUBES VÃO

COMEÇAR A CATIVAR OS

MAIS JOVENS”

No entanto, o Trail running não é bem uma modalidade, porque não tem um “registo” como as restantes. O que arrasta as pessoas para isto, a meu ver, é porque isto não é uma coisa federada. Pois, quando for, não sei se irá haver muitas pessoas a quererem participar, só vai haver aqueles que querem competir e não aqueles que vão por gozo ou para conhecer os trilhos. O TRAIL É UMA MODALIDADE DISPENDIOSA?

Vejo isso de duas maneiras: para quem quer gastar dinheiro é dispendioso, e para quem que tem capacidade para correr e quer, consegue tirar proveito do trail com umas sapatilhas e equipamento mais económico. Não é preciso ter os melhores equipamentos, embora possa haver alguns equipamentos que ajudam. Eu sou a prova disso, porque não tenho equipamentos “por aí além” e consigo fazer trail. Eu vejo muitas pessoas por aí que não correm, mas quando vão apenas fazer uma caminhada têm um vestuário de 600/700€. Não tenho dinheiro para gastar nisso. foto: manuel faria

28 - a meta


PORQUÊ ESSA OPÇÃO DE NÃO TER TREINADOR?

Porque se me meto num plano de treinos, tenho de cumprir o plano de treinos e a minha vida profissional e familiar não permite fazer isso. Mas quem sabe, para breve, terei um treinador, tenho de fazer contactos. Tenho o apoio de familiares que já me aconselharam a arranjar um treinador, após este bom resultado na prova de 115km do MIUT. O problema aqui é falta de apoios, porque não é fácil ir ao continente fazer 3 ou 4 provas, se formos a ver, as viagens que nós temos são custos que neste momento estou impossibilitado de suportar.

“SEGURANÇA

ACIMA DE TUDO”

QUAIS SÃO AS DICAS QUE DEIXAS AOS CORREDORES QUE SE INICIAM NESTA ATIVIDADE. ALGUM CONSELHO?

Primeiro, é treinar em zonas seguras e ter equipamento apropriado. Segurança acima de tudo, se não conhecer os trilhos levar um GPS ou levar algum sistema que tenha um mapa. Mas acima de tudo, ter um telemóvel, uma manta térmica, ou seja, ter aquele material essencial antes de começar a comprar umas sapatilhas de 100 euros. E começar pouco a pouco, não começar logo com distâncias longas. Não ir sozinho é uma coisa fundamental, mas se for, avisar onde irá estar. Por exemplo, quando vou treinar da Encumeada para o Jardim da Serra, aviso as pessoas que estou naquele percurso e se estou contactável ou não, levo sempre o telemóvel. Vou sempre com primeiros socorros, a mochila

vai sempre equipada, com uma meia elástica, manta térmica, apito e GPS. No fundo, o material essencial que se deve ter para o caso de ser magoar ou torcer o pé. QUAL É O PROJETO?

SEU

PRÓXIMO

Para já é continuar as provas do Campeonato Regional de Trail Running, mantendo o título de campeão regional e tendo em vista pelo menos mais duas provas do Circuito Nacional de Trail. Vou como no ano passado, com um grupo de amigos para a Serra d’Arga, sendo que, no ano passado, na prova, consegui um 6º lugar da geral. Este ano, tem a distância de 45km e decorre a 27 de Setembro. Já o outro trail que gostava de fazer, decorre em Novembro, mas ainda não tenho a certeza se irá haver, porque não faz parte ainda do calendário nacional, porém já me aconselharam a fazer. No atletismo irei manter o trabalho de dirigente desportivo na Associação Desportiva e Recreativa do Jardim da Serra, mantendo o apoio aos atletas e organizar o Trail de Câmara de Lobos, em Novembro. TEM ALGUMA MENSAGEM DE AGRADECIMENTO A TODOS OS QUE O APOIARAM ANTES, DURANTE E APÓS PROVA DO MIUT?

Agradeço aos meus familiares, aos meus amigos, aos meus colegas de treino, aos meus patrocinadores, que, embora tenha poucos, é a primeira vez que os tenho. Estão a me apoiar durante esta época e não exclusivamente para o MIUT. Inclusive, em todos os postos de controlo por onde passei, quando eu chegava, faziam uma festa. No Curral das Freitas, as pessoas que eu conhecia já lá estavam à minha espera.A todas as pessoas que estiveram antes, durante e depois porque cheguei a Machico e deparei-me com imensa gente.

a meta - 29


6ª EDIÇÃO

MIUT-MADEIRA ISL

A ilha da Madeira ganhou mais energia com mais uma edição do MIUT- Madeira Island Ultra Trailque se realizou nos dias 10 a 13 de abril. Ilha calma, propícia para umas belas férias e capaz de oferecer as melhores paisagens aos seus visitantes. Viveu momentos de luta e emoção de rara beleza, não fosse esta designada pela “Pérola do Atlântico”.


LAND ULTRA TRAIL

FOTO: TIAGO SOUSA


O

Clube Montanha do Funchal teve a cargo a missão de organizar a sexta edição do MIUT- Madeira Island Ultra Trail, corrida de montanha, que já é apelidada de “trail das escadinhas”. A nível nacional e internacional, ganha cada vez mais projeção no mercado do turismo desportivo, prova disso é a presença de atletas de várias nacionalidades, espanhola, alemã, francesa e suíça. Este ano, contou com um maior apoio por parte de diversas entidades, com parcerias e patrocínios, para a realização deste evento. Entre estes apoios, destaca-se a cooperação com a Universidade da Madeira, que elaborou um sistema de cronometragem aprimorado, inserido numa pulseira fornecida na hora do check-in a todos os atletas. Oferecendo quatro percursos distintos UT115-UT85-T42-T20 - de formato linear e sem paragens, este evento de trail running permitiu ir de encontro aos distintos perfis e expectativas de cada participante, de forma a puderem usufruir e apreciar da melhor forma os trilhos, levadas e veredas que a ilha da Madeira possui, e que se desvenda a cada passo dos atletas. A prova dos 115km é a mais longa, possibilitando uma travessia pela ilha. Esta começou por atrair um público, já

LUCINDA SOUSA SANTOS (VENCEDORA 115km) “A prova teve umas paisagens indescritíveis com um grau de dificuldade extremo. Foi uma prova de gestão, não só de tempo e dificuldade mas de cabeça essencialmente.”

KM

Os participantes da prova rainha do MIUTMadeira Island Ultra Trail- saíram, às zero horas do dia 12 de abril, do concelho do Porto Moniz, com o objetivo de percorrerem 116km de distância com ascensão acumulada de 6.800 metros. Hora que, simultaneamente, saíram os participantes da distância dos 85km (ascensão acumulada de 4100 metros). A situação mais desafiadora de ambos os percursos para todos estes atletas, foi terem percorrido as nossas serras mergulhadas na escuridão e pelo sereno da noite até ao

FLÁVIO REMESSO (VENCEDOR 20KM) “A prova correu bem, apesar de a prova ter sido puxada. Claro que temos de treinar e ver o percurso, no entanto, filo durante 3 vezes para poder estar a par e poder ultrapassar as dificuldades. Dedico esta vitória aos meus companheiros que me ajudaram a treinar”.

FOTO: TIAGO SOUSA

fiel, pertencente à crescente comunidade de ultra traillers. Com efeito, foi visível em todos, desde o público aos atletas, e tanto na parte desportiva como na competitiva, um espírito de confraternização e convívio inerente ao Ultra Trail. Um evento que não contando com um “prize Money”, não minou em absoluto a competitividade e emoção da prova. Em apenas três anos, a prova tem crescido em números de atletas: nesta edição contou com 686 atletas, que, à semelhança da edição de 2013, com 449 atletas, aumentou, em larga escala, o número de participações dos atletas. Patrick Bohard (vencedor da edição de 2011), Julien Chorier e Armando Teixeira, atletas que estiveram presentes na edição de 2013, voltaram a se inscrever nesta edição, de forma a lutarem pela vitória na prova rainha de 115km.


amanhecer. Num constante sobe e desce, foi possível proporcionar aos atletas o prazer de passagem pela emblemática floresta Laurissilva e pelos afamados picos do maciço central da ilha, revelando imagens fascinantes e inesquecíveis para muitos atletas. Na prova rainha, os atletas tinham 32 horas de tempo limite de execução para passar por doze postos de controlo e abastecimento, distribuídos pelo percurso até a chegada à meta, em Machico. A maior dificuldade nos 115km, e ainda durante a noite, foi a subida do Chão da Ribeira para os Estanquinhos e a passagem pelo posto de controlo e abastecimento do Curral das Freiras, local que encontrava-se preparado para as respetivas mudas de roupa. Do Curral das Freiras um novo desafio estava aguardado para os atletas, com a subida de elevada dificuldade, apenas para quem já possuía um aprimorado conhecimento técnico, aliado à capacidade física e psicológica, para fazer este único percurso viável e seguro. Depois da passagem pelo pico mais alto da ilha (Pico Ruivo), o caminho continuava até o Pico do Areeiro, onde o atleta mais rápido fez esta última subida mais inclinada já com a presença da luz do dia. A distância de 85km já não era tão exigente, mas, ainda assim, envolvia alguma perícia e motivação para ultrapassar os obstáculos. Neste sentido, num trilho direto para a meta em Machico, os atletas tinham 26 horas de tempo limite de execução para a passagem, num total, de nove postos de controlo e abastecimento. A chegada ao posto de controlo e abastecimento situado no Pico do Areeiro, para muitos, foi a vitória da primeira etapa, sendo este o local em que se encontrava as respetivas mudas de roupa. O francês Julien Chorier (Team Hoka) venceu, a prova rainha, com o tempo final de 15horas:37min:37seg., mas teve


FOTO: tiago sOusa

sempre, desde o início, a forte oposição de Patrick Bohard, só conseguindo distanciarse na parte final da prova, relegando o francês, assim, para o 2.º lugar do pódio, com 15:46:54. Armando Teixeira (Salomon Portugal), apesar de estar a recuperar de uma lesão, conquistou no final um honroso 3º lugar do pódio, com o tempo de 16:12:47. A surpresa estava guardada no setor feminino, com Lucinda Sousa (Gondomar futsal) a vencer a prova com um tempo de 20:18:11 e relegando para 2º lugar Denise Zimmermann (Salomon Suunto) com a cronometragem de 21:22:49. Lucinda Sousa vencia assim a atleta suíça que, à partida, era apontada como a mais forte concorrente à vitória final. O melhor madeirense nesta distância foi Manuel Faria (ACDJS), com uma boa prestação, vindo a alcançar um merecido 7.º lugar da geral, com o tempo de 17:39:16. Na distância dos 85km, quem realizou uma excelente prova foi Luís Fernandes (ACDJS) 11:16:57 sagrando-se incontestável vencedor. Luís Fernandes soube ultrapassar todas as dificuldades, atingindo um ótimo ritmo, capaz de o isolar dos restantes adversários da prova e, inclusive, ter superado os tempos de passagem nos diferentes postos de controlo e abastecimento, estimados pela organização. Deixando para trás o espanhol Alfonso Rodriguez Paredes (Team Salomon- Agisko Italy) chegando a Machico no tempo de 11:31:55. No setor feminino, a alemã Anne Kirschenmann, finalizando após 15:27:00, alcançou a vitória, e em 2ºlugar a espanhola Monica Fabrega Espigul 15:28:00. A atleta madeirense, Luísa Viveiros (CAMadeira), que mostrou a sua garra e bom desempenho após o tempo de 16:09:10, consegui-o subir ao 3º lugar do pódio.


FOTO: NUNO LOURENÇO

KM

ARMANDO TEIXEIRA “O meu objetivo era terminar, consegui esse objetivo. Entretanto surgiu o 3º lugar e lutei para ir até o fim, vindo duma lesão. Acima de tudo ganhou a organização pois isto cresceu de tal maneira que orgulha a todos nós.”

No dia 12 de abril foram dadas a partida das últimas duas provas (T42 e T20), durante a parte da manhã, em horas e locais diferentes. A distância de maratona (42km) partiu do Pico do Areeiro, esta prova tinha um percurso maioritariamente a descer, mas com ascensão acumulada de 1100metros, com o desafio de terminar o percurso no tempo limite de execução fixado nas 12 horas, para todos quanto escolheram este trajeto como prova de eleição. O grande vencedor desta prova foi Leonardo Diogo (CAMadeira) - 02:49:20 e, no setor feminino a francesa Caroline Freslon-Bette (Team Garmin) - 04:52:07. Na prova de T20, a última deste evento, a partida foi dada nos Lamaceiros, com a distância de 19km e tempo limite de execução fixado nas 8 horas. Foi a prova mais acessível do MIUT-Madeira Island Ultra Trail- 2014, destinada a quem estava a iniciar-se no “trail running” ou para quem ambicionava fazer uma caminhada com “sabor” a competição. Os atletas saíram dos Lamaceiros, passando pelo Funduras, sendo no geral um percurso maioritariamente plano e a descer de fácil progressão, possibilitando aos atletas a apreciação da beleza da floresta Laurissilva que cobre grande parte do traçado. Na classificação final tivemos a vitória de Flávio Remesso (ANAM) - 01:44:14 e no setor feminino Palmira de Campos Geria 02:21:25.

PATRICK BOHER “É um percurso deveras coerente, porque é um encadeado de subidas e descidas, mas há também troços planos que são, aliás, muito bonitos porque as paisagens mudam… e é nisso que está a beleza da ilha.”


FOTO: TIAGO SOUSA

UMA

PALAVRA ESPECIAL vai para todos os familiares e amigos dos atletas que durante toda à prova, inclusive, no período da noite, não faltaram ao apoio sempre caloroso e motivante para aqueles que corriam para a vitória. Para um evento com esta dimensão, a

LEONARDO DIOGO (VENCEDOR 42KM) “Foi uma prova muito positiva para mim pelo facto de eu ter cumprido dois objetivos inicialmente previstos: bater o recorde do ano anterior e como é lógico chegar em primeiro lugar .”

organização teve a preciosa colaboração de cerca cinco centenas de voluntários, divididos em várias funções, com a presença nos postos de controlo e abastecimentos e ao longo de todo o percurso, fornecendo sólidos e líquidos a todos estes atletas e estando, ainda, providos com primeiros socorros, médicos e enfermeiros. Sem eles este magnifico evento jamais poderia se realizar. O MIUT-Madeira Island Ultra Trail, caminha a passos largos para que, num futuro próximo, seja o maior evento desportivo regional. Por último, o destaque para a entrega de prémios no fórum Machico, que se realizou no dia 13 de Abril, com a presença de atletas, voluntários, organização e demais entidades públicas e privadas, possibilitando aos atletas vencedores receberam as suas medalhas e respetivos prémios. E, também, homenageando os melhores madeirenses neste evento. LUÍS FERNANDES (VENCEDOR 85KM) “Foi uma estreia na distância de 85km e gostei imenso do resultado que obtive. Estava com algum receio de como o meu corpo iria reagir após os 60km,mas reagiu bem e consegui finalizar a prova de forma excelente.”


NUNO GONÇALVES DIRETOR DA ORGANIZAÇÃO DA

MIUT-MADEIRA I SA L A N D U LT R A T R A I L 6

EDIÇÃO

O QUE É NECESSÁRIO PARA ORGANIZAR UM EVENTO DESPORTIVO COM ESTA DIMENSÃO? Acima de tudo, ter sentido de planeamento e gestão. Os recursos são escassos e para lutar e trabalhar em prol desta modalidade precisamos de visão, ação e inteligência. Necessitamos de uma organização logística bastante expandida, como cobre quase toda a região, é necessário ir para o terreno durante muito tempo, fazer reconhecimento e seleção dos melhores percursos, e no fim encontrar um certo equilíbrio entre a dureza do percurso e a sua beleza. Temos de fazer uma procura incessante de apoios públicos e privados para pôr isto em andamento e ter capital humano para o podermos distribuir pelos abastecimentos, transportes, equipamentos, montagem, desmontagem e outras demais funções. Para este fim optou-se pela colaboração

Balanço positivo, especialmente, devido ao facto de não ter havido casos graves, não houve atletas seriamente magoados, para nós isso é o principal. Podemos nos dar por bastante satisfeitos que todos quantos cortaram a meta, apesar de cansados, estavam felicíssimos e não paravam de nos dizer as maravilhas e as belezas que viram. Também, de certa forma contribuímos, para a dinamização da economia local e regional, e continuamos a acreditar que este evento tem todas as potencialidades para alavancar a economia regional. Acima de tudo, sinto-me grato por ter uma equipa executiva com tamanha competência. Tivemos muito sucesso nesta edição e já estamos a trabalhar para a edição de 2015, com novas reformulações ao projeto MIUTMadeira Island Ultra Trail.

FOTO: NUNO LOURENÇO

QUAL O BALANÇO FINAL DO EVENTO?


Fabiana Gonçalves (85KM) “A minha experiência no MIUT foi simplesmente fantástica com um bom resultado. Foi um salto muito grande em tão pouco tempo a nível de distância, mas que consegui estar a altura, com treino, empenho e sobretudo com muita vontade. Foi uma prova muito bem organizada, com alguma dureza mas com trilhos e paisagens lindíssimas. “

ANA LUISA VIVEIROS (85KM) “Adorei, foi um objetivo pessoal superado! Todo o formato bem estruturado, desde a organização, aos amigos, ao meu clube e ao meu treinador um muito obrigada! Foi uma experiencia única, ultrapassar a nossa cordilheira madeirense são registos para a vida, e claro chegar ao fim era o meu objetivo! UT115… É um passo grande...mas para o ano quem sabe...”

FOTO: TIAGO SOUSA

JULIEN CHORIER (VENCEDOR 115km) “Foi uma competição muito dura e muita técnica, além disso tinha um bom lote de competidores que dificultou a minha missão e foi preciso estar sempre muito atento à concorrência. Gostava muito de poder vir para o próximo ano, mas penso que não virei para o MIUT. Talvez para treinar ou passear. Existem muitas competições durante o ano noutros locais. Prefiro variar.”


CLASSIFICAÇÃO GERAL MIUT 2014

KM

1o 2o 3o

Julien Chorier

TEAM HOKA

SEN M

Patrick Bohard

INDIVIDUAL

M45

Armando Teixeira

SALOMOzN PORTUGAL

SEN M

15:37:37 15:46:54 16:12:47

KM

1o 2o 3o

Luís Fernandes

Alfonso

Rodriguez

ACD JARDIM DA SERRA

SEN M

Paredes

TEAM SALOMON - AGISKO SEN M ITALY

Marcel Batlle

AURUN STORE - KOALAS

11:16:57 11:31:55

SEN M 11:33:24

KM

1o 2o 3o

Leonardo Diogo

CLUBE AVENTURA DA MADEIRA

M45

Francisco Freitas

ACD JARDIM DE SERRA

SEN M

Tiago Aragão

CTAD TIAGOARAGAO.COM SEN M

11:52:18 12:22:50 12:50:12

KM

1o 2o 3o

Flávio Remesso

AEROPORTOS DA MADEIRA SEN M - SSLCI

Rafael Mendes

INDIVIDUAL

Celestino Freitas

AEROPORTOS DA MADEIRA SEN M - SSLCI

11:44:14

SUB23 M

11:48:32 11:53:29

MELHORES MADEIRENSES MIUT 2014: KM

KM

KM

Manuel Faria

ACDJS

17:39:16.

Luís Fernandes

ACDJS

11:16:57

Luísa Viveiros

CAMadeira

16:09:10

Leonardo Diogo

CAMadeira

02:49:20

Corina Bachmeier

LOKOLOKO Resort

Tempos online MIUT 2014:

http://madeiraultratrail.info

&

Galo

05:26:42


ALIMENTAÇÃO

EMOCIONAL

Cada vez mais, os ritmos frenéticos que as nossas vidas adquirem, levam-nos a fazer escolhas alimentares: ou porque estamos cansados, ou porque merecemos, ou porque nos queremos consolar, porque nos chateamos, porque estamos felizes, ou porque queremos festejar qualquer evento! Há muito que as escolhas alimentares deixam de ser meramente “biológicas” para adquirirem todo um nível emocional!

É

normalmente estas escolhas vão sempre para alimentos, do ponto de vista nutricional pouco interessantes, hipercalóricos, ricos em gorduras, açúcar ou sal: bolos, chocolates, batatas-fritas... a lista é infindável! Depois das “crises” vêm os “pesos de consciência”. Passamos imenso tempo a planear o nosso idealtipo de beleza e de saúde, para em três segundos de devaneio fazermos um disparate alimentar! Mas serão assim tão disparatados?! E será que estes impulsos têm explicação?! Cada vez mais a ciência tem provado que a composição dos alimentos que ingerimos pode afetar o funcionamento do cérebro, modificando coisas simples como o nosso humor, o nosso estado de alerta e até a perceção à dor. Os alimentos têm capacidade de modificar a produção e libertação de neurotransmissores, ou seja, os mensageiros químicos que transportam informações de uma célula nervosa para outra. Isto tudo passa-se a nível cerebral, e a ciência ainda tem muito por explicar. As dietas radicais, que restringem completamente algum grupo alimentar, são muito pobres nutricionalmente e afetam diretamente a química cerebral. Isto provoca grandes alterações de humor, como ansiedade, tristeza, depressão até pânico, além de fraqueza, cansaço e falta de energia. Aqui vão umas dicas para mudar a dieta e melhorar o nosso humor:

40 - a meta

SE ESTÁ STRESSADO

COMA HIDRATOS DE CARBONO MAS NÃO “ATAQUE” OS BOLOS! A ligação direta entre o consumo de hidratos de carbono e o humor está relacionada com o triptofano, que é um aminoácido que aumenta a produção de serotonina, um neurotransmissor capaz de reduzir a dor, o apetite e produzir “aquela” sensação de calma, até sono! Escolha, pão ou bolachas integrais, massa, arroz e cereais integrais e frutas (nas doses certas). Vá, pronto, não vamos esquecer aquele quadradinho de chocolate negro nestas ocasiões.

Para melhorar a memória e

a concentração

vamos comer: ovos! A colina é uma vitamina do complexo B, percursora da acetilcolina, um neurotransmissor, que está presente em alimentos ricos em colesterol como ovos e fígado. A falta desta vitamina pode causar alterações de memória e de concentração.


Se está sem energia Pode ser falta de ácido e s e m “ p a c h o r r a ” Está sempre aborrecido?! fólico, ou de selénio!

A deficiência de ácido fólico tem sido associada a depressão em alguns estudos, por levar a queda nos níveis de serotonina no cérebro. Quantidades pequenas como 200 microgramas são suficientes para melhorar o humor e podem ser obtidas numa refeição com espinafres ou num copo de sumo de laranja. Pensa-se que o selénio possa ter alguma função neurológica ainda desconhecida e o seu mecanismo de ação é um mistério. Mas alguns estudos verificaram que indivíduos mais ansiosos, irritados e depressivos quando suplementados com selénio, ficam mais “bem-dispostos”. E não custa adicionar à dieta alimentos ricos em selénio, como por exemplo, frutos secos, atum, sementes de girassol e cereais integrais.

coma proteínas!

A proteína quando digerida divide-se em partículas mais pequenas designadas de aminoácidos. A tirosina, um destes aminoácidos, pode aumentar a produção de dopamina e de adrenalina que são neurotransmissores que melhoram a nossa energia e estado de alerta. Aqui devemos ingerir: peixes, carnes, aves e ovos, queijos, leite, tofu ou até um batido de proteínas.

Ainda existem mais dicas para melhorar o bemestar, e as crises de voracidade alimentar, desde fazer um bom pequeno-almoço, não ficar muito tempo sem comer, beber água, fazer exercício e dormir bem! Parece muita coisa, mas nem é nada de especial, porque não experimentam?!

Nádia Brazão Plano D nadia.brazao@planod.pt Nº da Cédula Profissional: 0653D


LESÕES NO DESPORTO A participação na atividade desportiva é uma excelente opção para fazer exercício. Apesar dos riscos de lesão serem elevados na maioria das atividades desportivas, os benefícios são muito mais determinantes para um estilo de vida saudável. Por exemplo, o exercício pode protege-lo(a) contra problemas cardíacos, prevenir o excesso de peso e reduzir os níveis de osteoporose através do aumento da densidade óssea.

A LESÃO:

COMO PODE ACONTECER?

A maioria das lesões desportivas são resultado de um traumatismo direto (contusão) ou de um traumatismo indireto relacionado com um movimento brusco (estiramento ou ruptura de uma estrutura). Um aumento do número de lesões pode estar relacionado com a sobrecarga.

RETORNO À ATIVIDADE

Antes de regressar à atividade desportiva deve tratar a sua lesão. É fundamental que seja restabelecida a força, mobilidade / estabilidade e coordenação suficientes para reiniciar a sua atividade desportiva.

LESÕES MAIS COMUNS: Contusões / traumatismos Estiramentos ou ruturas dos ligamentos Estiramentos ou ruturas do músculo ou do tendão Lesões articulares Lesões de sobrecarga Fraturas de stress

42 - a meta

CAUSAS MAIS COMUNS

D A S L E SÕE S D E S P O RT I VA S PREPARAÇÃO INADEQUADA PARA A ATIVIDADE DESPORTIVA

Um bom aquecimento permite que a temperatura do corpo aumente e que o sangue flua para todos os músculos e articulações, preparando-o(a) convenientemente para o exercício. Exercícios após a atividade (cool down), assim como a realização de alongamentos, permitem que recupere do esforço e prepare-o(a) para o próximo momento de atividade.

CARGAS INTENSAS DE ATIVIDADE DESPORTIVA

O seu corpo precisa de tempo para se adaptar à intensidade do seu programa de exercícios. Esteja atento(a) aos sinais do seu corpo – dor durante ou após o exercício pode ser um sinal de excesso carga.

EQUIPAMENTO INADEQUADO FALTA DE PROTEÇÃO

OU

A sua atividade desportiva terá de ser realizada nas melhores condições. Por exemplo, uso de capacetes protetivos, calçado adequado ou proteções para os ombros, podem ser excelentes opções para evitar lesões.


RETORNO PRECOCE À ATIVIDADE DESPORTIVA APÓS LESÃO

O regresso precoce ao exercício após uma lesão desportiva poderá ser um factor determinante para a repetição da lesão ou de uma nova lesão.

QUALQUER LESÃO PODE O(A) PREDISPOR A NOVAS LESÕES

Assegure-se que resolveu e tratou convenientemente a sua lesão. O fisioterapeuta é um profissional de saúde que lhe presta os cuidados clínicos apropriados, incluindo informações adequadas para prevenir futuras lesões.

O QUE É UMAlesão LESÃO? grave, quando

Deve considerar que tem uma sente dor intensa, presença de hematoma (pele negra). Nestes imediatamente um fisioterapeuta do PRICE.

edema (inchaço) ou casos deve consultar e aplicar os princípios

PRICE PROTEÇÃO - proteger a área lesada aplicando ligadura ou não fazer carga sobre a mesma utilizando canadianas. REPOUSO - descanse e faça repouso de toda a atividade desportiva. GELO - aplique gelo com regularidade na área lesada durante 5 a 10 minutos nas primeiras 4872 horas para poder controlar o edema (inchaço) e reduzir a dor. COMPRESSÃO - deve comprimir suavemente a região do edema através de uma ligadura. ELEVAÇÃO - deve elevar a área lesada para prevenir a acumulação do fluído inflamatório (edema inchaço).

Diogo Sousa Fisioterapeuta da Clinica Médica Estreito e CAB - Madeira Nº cédula profissional: C - 036602078 ft.diogosousa@gmail.com


As maiorias das estradas são regulares e previsíveis. No trail running isso já não ocorre, porque ao caminhar sobre as rochas ou terrenos escorregadios o teu corpo tem que aprender a estabilizar facilmente. Para aqueles que estão a se iniciar no trail running sugerimos os seguintes exercícios para uma preparação física mais adequada. No trail running temos que saltar trilhos, evitar a lama e passar em rochas. E os músculos e tendões podem não estar devidamente fortes e preparados para tais impactos. Neste sentido, sugerimos uma amostra de exercícios pliométricos, que irão ajudar a fortalecer os tendões e músculos das pernas. Realize estes exercícios em terreno macio, 1 a 2 vezes por semana, depois de uma corrida leve.

EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS

fortalecimento para mÚsculos e tendões

salto com

impacto CARATERÍSTICAS

Este exercício tem 2 etapas e prepara os quadríceps para os impactos das descidas. 1ª Etapa: é uma aproximação do impacto em descida. 2ª Etapa: reforça a perna inteira

COMO EFETUAR:

Salte do step ou muro de 15 a 30 cm e, imediatamente ao tocar no solo, salte o mais alto que puder. Volte a repetir o exercício de novo, entre 3 a 5 repetições e faça, somente, 1 circuito. Depois de 3 sessões, adicione mais um circuito e aumente para 8 repetições.

44 - a meta


saltos com

uma perna CARATERÍSTICAS

Este exercício aumenta a força e estabilidade do tornozelo, bem como a propriocepção (habilidade do corpo no espaço), melhorando o equilíbrio em geral.

COMO EFETUAR:

Mantenha-se somente num pé e salte formando uma cruz, isto é, da direita para a esquerda e depois de frente para trás, rapidamente 10 vezes em cada pé. O objetivo é o equilíbrio, não é saltar para atingir determinado comprimento ou altura. Quando este exercício se tornar fácil, faça-o com os olhos fechados.

Ski

em Salto CARATERÍSTICAS

Saltar e desenvolver a força explosiva e fortalece as pernas e os glúteos, permitindo uma melhor técnica.

COMO EFETUAR:

Isto é um exercício feito na lateral, de onde começamos com os pés juntos e saltamos na lateral, repetindo o salto para a posição de origem. Repita 15 vezes em 3 circuitos.

a meta - 45


A estabilidade da perna depende de ancas e bacia fortes e estáveis. Sem esta estabilidade, os membros inferiores têm que se ajustar à constante mudança do tronco e aos diferentes pisos, aumentando o risco de lesões. Faça estes exercícios 2 a 3 vezes por semana, depois de uma corrida leve, podendo combinar com os exercícios pliométricos.

ABDOMINAIS

prancha

lateral CARATERÍSTICAS

Este exercício fortalece a zona abdominal e os glúteos auxiliando na estabilização das pernas.

COMO EFETUAR:

Em posição de prancha, rode para um dos lados, com o antebraço no chão e a anca levantada. Após manter-se nesta posição entre 20 a 60 segundos, mude de lado. Quando este exercício tornar-se fácil, levante a perna e aguente um segundo e depois baixe. Faça entre 5 a 10 repetições por lado

ponte

com perna levantada CARATERÍSTICAS

Fortalece os glúteos que são os estabilizadores principais para toda a perna. Glúteos fortes ajudam nas subidas.

COMO EFETUAR:

Deite-se de costas no chão, com o joelho dobrado e o pé no chão. Levante do chão a anca juntamente com as costas e, por último, uma das pernas. De forma a permanecer 5 a 10 segundos mantenha os glúteos contraídos e repita 10 vezes. Faça 2 circuitos.

46 - a meta


FLEXIBILIDADE

Ter uma boa flexibilidade diminui o risco de lesões. O seguinte exercício poderá fazê-lo após uma corrida..

alongamento

das virilhas

CARATERÍSTICAS

A virilha é ignorada pela maior parte dos corredores.

COMO EFETUAR:

Afaste as pernas lateralmente, posicione-se num dos lados com a perna fletida. Aguente em cada perna 30 segundos.

a meta - 47


AGENDA MAIO 2014

1

atletismo Grande Prémio 10º de Maio Local: Ribeira Brava Passeio Dia do Trabalhador Cicloturismo Local: Funchal

SÁBADO atletismo Circuito do Clube Desportivo Nacional/Bioforma Local: Funchal II Enduro Challenge Mountain Biking-Madeira Islands Local: Portinho-Jardim do Mar

11 DOMINGO

atletismo Circuito do Imaculado Coração de Maria Local: Funchal 20 Prova do Campeonato DHI Local: Cabo Girão

48 - a meta

atletismo Campeonato Nacional de Clubes-Apuramento 17 e 18 de Maio Local: Centro Desportivo da Madeira-Ribeira Brava

QUINTA- FEIRA

3

17

SÁBADO

18

DOMINGO 3a Prova do Campeonato de CICLISMo de estrada Local: Calheta 20 Edição do Trail Funchal

25

31

DOMINGO atletismo Pontinha-Casa da Luz Local: Funchal

SÁBADO atletismo Meia-Maratona do Porto Santo Data: 31 de Maio Local: Porto Santo




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