A Meta Julho 2014

Page 1


2 - a meta


EDITORIAL A IMPORTÂNCIA DO DESPORTO PARA OS JOVENS! FICHA TECNICA Direção Mónica Freitas e Nuno Lourenço Imagem Nuno Lourenço montagem e design SOFIA JESUS Redação Mónica Freitas Colaboradores desta edição: Catarina Pinto (Nutricionista) Andreia Freitas (Fisioterapeuta) joão sousa (personal trainer) Aurélio Davide (Fotografia) Robert Erens (Fotografia) Vítor Jesus (Redação) Amidamaru (Redação)

capa nuno lourenço (FOTOGRAFIA) sofia jesus ( EDIÇÃO E MONTAGEM)

contactos revistaametA@gmail.com revistaameta.com

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a distribuição, a comunicação pública ou colocação á disposição, da totalidade ou parte dos conteúdos desta publicação, com fins comerciais diretos ou indiretos, em qualquer suporte e por quaisquer meios técnicos, sem autorização da Revista A Meta. Revista escrita segundo o novo acordo ortográfico Periodicidade Mensal

Nº 5 julho 2014

Entramos no mês de julho, mês de férias para a maioria das pessoas, em especial para os mais jovens, acabou as aulas e lá vêm os dias de praia e lazer. No entanto, falemos de desporto sem nenhuma pausa. Em Portugal, só na segunda metade da década de 70, é que o desporto foi consagrado como um direito, não se encontrando até então uma política desportiva que chegasse do à maioria da população. A Educação Física nas nossas escolas passou a ser obrigatória, no entanto continua a não incentivar os nossos jovens para a prática desportiva. Desta forma, a participação ativa na prática desportiva de um jovem passa muito pelo incentivo dos pais. Segundo o artigo de João Ruela Ribeiro, intitulado “Portugueses são dos que fazem menos desporto na Europa”, no jornal Publico em Março 2014, concluiu-se através de uma sondagem do Eurobarómetro, que os portugueses estão entre os que praticam menos atividades desportivas. Os habitantes dos países do Sul da Europa são genericamente os menos ativos em termos desportivo. Em Portugal, 64% dos inquiridos afirmaram nunca ter praticado desporto, enquanto que nos países do nórdicos, as pessoas praticam

desporto mais regularmente. A prática desportiva tem estado aliada a atividades sociais, instituições e projetos de solidariedade, inclusive alguns projetos foram criados com o intuito de promover a capacidade física e psicológica de determinada comunidade, através do desenvolvimento de atividades desportivas, em parceria com as diferentes Associações Desportivas, como por exemplo a Bike4Life. Aproveitem e façam uma visita às nossas serras, participem em muitas das provas que estão previstas no calendário desportivo de verão. E lembrem-se! Façam o vosso filho gostar de Desporto, em vez de o ensinar a gostar apenas de ganhar.

Mónica Freitas

a meta - 3


REPORTAGEM

SUMARIO 03 EDITORIAL 04 Sumário

atletismo 6 meia maratona porto santo 8 XVI corrida do ambiente 10 ix circuito rota dos dragoeiros 12 santana/são jorge

trail 14 II Trail do porto moniz ciclismo 18 4a Prova do Campeonato Regional de XCO 20 v grande prémio açores 22 2a prova do campeonato regional de dhi Reportagem 24 bike4life

Entrevista 28 josé adriano gonçalves : uma vida dedicada ao atletismo +Saúde 36 trail running: recuperação pós prova 38 alimentação de treino: Comer para vencer 40 treino de elásticos 46 agenda

4 - a meta



ATLETISMO FOTO: aníbal rodrigues

MEIA MARATONA

DO PORTO SANTO

N

a ilha dourada do Porto Santo, num fim de semana recheado de atividades desportivas, a manhã do dia 31 de maio foi reservada para a Meia Maratona e Mini Maratona. A organização das provas de atletismo estiveram a cargo da Associação de Atletismo da Madeira. A Meia Maratona teve a extensão total de 21.097,50 metros e a Mini Maratona de 7.500 metros, aproximadamente, ambas com partida em frente ao hotel Torre Praia. Participou um total de 126 atletas de diversos escalões, masculinos e femininos, que se lançaram num percurso repartido pela praia, estrada e montanha. A prova mais longa, no setor feminino, teve como vencedora Lúcia Franco (Individual), chegando à meta após 1:57:00s, seguida por Fabiana Gonçalves (CNOpSé) e no último lugar do pódio a Veterana Zita Jesus (ADRAP).

No pelotão masculino, o primeiro a finalizar a prova, após 1:27:15s, foi Luís Almeida (Estrela F.C. Vendas Novas), depois pisou o tapete Silvestre Rodrigues (Individual) e o veterano Carlos Fernandes (CCDCMF), preencheu o último lugar do pódio. Na prova mais curta, o Clube de Atletismo do Funchal dominou ao arrecadar o primeiro e segundo lugares do pódio feminino, com Cecília Andrade, finalizando a prova com o tempo de 29:46, e Carla Figueira, por fim, no último lugar do pódio a atleta Vanessa Silva. A hegemonia do Clube de Atletismo do Funchal, também, se fez sentir no setor masculino tendo dois atletas nos lugares cimeiros, com Nelson Prioste no primeiro lugar, terminando a prova em 23:23 e a Emídio Rodrigues no segundo lugar, sendo o bronze atribuído a Aurélio Góis (ZAPCAR).


CLASSIFICAÇÃO Meia Maratona Femininos Séniores

1ª Fabiana Gonçalves (CNOpSé) 2:00:50 2ª Susana Freitas (CAF) 2:33:30

Veteranos

1º Lúcia Franco (IND) 1:57:00 2º Zita Jesus (ADRAP) 2:09:40 3º Felicidade Soares (CCDTHF) 2:16:40

Masculinos Séniores

1º Silvestre Rodrigues (IND) 1:29:35 2º Enio Silva (CAF) 1:36:06 3º Elvio Silva (CAF) 1:37:42

Veteranos

1º Luís Almeida (EFC) 1:27:15 2º Carlos Fernandes (CCDCMF) 1:32:33 3º João Pedro (CAF) 1:35:40

Mini Maratona Femininos Séniores

1ª Carla Figueira (CAF) 30:27 2ª Vanessa Silva (IND) 32:46 3ª Lucinda Viegas (LUSOS) 38:26

Veteranos

1º Cecília Andrade (CAF) 29:46 2º Gilberta Vasconcelos (ADRAP) 33:28 3º Sandra Silva (IND) 37:02

Masculinos Séniores

1º Nélson Prioste (CAF) 23:23 2º Sérgio Pestana (CAF) 26:58 3º Nuno Lopes (IND) 31:49

Veteranos

1º Emídio Rodrigues (CAF) 24:00 2º Aurélio Góis (ZAPCAR) 25:27 3º Cipriano Sá (IND) 26:07

a meta - 7


CORRIDA DO AMBIENTE FOTOS: aurélio davide

N

a manhã do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a 10 de junho, foi organizada pela Associação de Atletismo da Madeira a Corrida do Ambiente. Esta corrida é diferente de qualquer competição do Madeira a Correr, porque proporciona aos participantes uma prova que se carateriza por um percurso verdejante, a mil metros de altitude, com algum declive e inexistência de áreas planas. A corrida teve uma extensão aproximada de 4.000 metros e o total de 143 participantes. A partida e a meta estavam situadas junto ao Posto Florestal do Fanal, percorrendo a estrada florestal que liga a Ribeira da Janela ao Paul da Serra. No setor feminino, Daniela Sousa

daniela sousa

alcança vitória nos femininos

8 - a meta


c l a s s i f i c a ç ã o (ADRAP) obteve a vitória com o tempo de 15:16, seguida pela sua colega de equipa Débora Silva e, por fim, Cristina Nascimento (CAF) que assim fechava o pódio feminino. O pódio masculino foi formado por três atletas do Clube de Atletismo do Funchal, com a chegada mais rápida à meta por Roberto Prioste, após 12:41. O segundo lugar pertenceu a Nelson Prioste, enquanto o veterano Américo Caldeira obteve a última posição do pódio. Na vertente coletiva, as vitórias foram conquistadas por diferentes equipas. No setor feminino, a ADRAP ganhou com um total de 10 pontos, a vitória nos masculinos, com um total de 6 pontos, foi para o CAF.

Masculinos

Femininos

Juniores

Juvenil

o

1 Miguel A. Gouveia (ZAPCAR)1 3:57 2o Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 14:21 3o Xavier Sousa ( ajs) 14:39

Séniores 1o Roberto Prioste (caf) 12:41 2o Nélson Prioste ( caf) 12:49 3o J. Manuel Gomes (ADRAP) 13:16

Veteranos 1o Américo Caldeira (CAF) 12:58 2o Élvio Encarnação (AJS) 13:23 3o Eugénio Pinto (RCT) 13:35

1oº Jéssica Gonçalves

(CCDTHF)

23:45

Juniores 1o Catarina Gonçalves (CPCL) 23:45

Séniores 1o Daniela Sousa (ADRAP) 15:16 2o Débora Mª Silva (ADRAP) 15:47 3o Cristina Nascimento (CAF) 16:11

Veteranos 1o Cecília Andrade (CAF) 16:51 2o Manuela Morgado (CCDTHF) 17:23 3o Zita Jesus (ADRAP) 17:41

4.000 METROS a meta - 9


FOTOS: nuno lourenço

IX CIRCUITO

DRAGOEIROS

ROTA DOS

6.000 METROS

N

o dia 8 de Junho a Associação de Atletismo da Madeira, com o apoio da Junta de Freguesia de São Gonçalo, organizou mais uma emblemática prova do calendário do Madeira a Correr, o Circuito da Rota dos Dragoeiros. Esta prova foi destinada aos escalões de Juniores, Seniores e Veteranos, com a partida e a meta no Largo junto ao Restaurante STOP, com a extensão aproximada de 6.000 metros. Ao longo destes quilómetros, o sol esteve presente e fez com que os 154 participantes passassem por algumas dificuldades durante o percurso.

BRUNO MONIZ E DANIELA SOUSA

VENCEM A PROVA

bruno MONIZ

o atleta mais rápido

O atleta mais rápido no setor masculino foi Bruno Moniz, da equipa da ADRAP, que cortou a meta após 20:43, acompanhado, a pouca distância, por Roberto Prioste (CAF) que finalizou a prova com uma diferença de 6 segundos ficando em segundo lugar. O pódio masculino fechou com mais um atleta do CAF, Nelson Prioste. Relativamente ao setor feminino, os lugares do pódio foram divididos pelas equipas do CAF e da ADRAP. Numa maré de conquistas e vitórias no atletismo, Daniela Sousa foi a vencedora com o tempo de 25:43, seguida por Cristina Nascimento, que ainda foi á luta mas chegou à meta após 25:56, sendo que o terceiro lugar do pódio foi a veterana Cecília Andrade. Na vertente do coletivo, a vitória nos setores masculino foi destinado à equipa do CAF, com um total de 18 pontos, assim como no setor feminino com 9 pontos.


CLASSIFICAÇÃO Femininos Juniores 1º Bárbara Fernandes (CNOpSé) 36:59 2º Catarina Gonçalves (CPCL) 43:48 Séniores 1ª Daniela Sousa (ADRAP) 25:43 2ª Cristina Nascimento (CAF) 25:56 3º Carla Figueira (CAF) 28:33 Veteranos 1º Cecília Andrade (CAF) 28:10 2º Zita Jesus (ADRAP) 28:37 3º Manuela Morgado (CCDTHF) 28:42

Masculinos Juniores 1º Miguel A. Gouveia (ZAPCAR) 22:23 2º Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 24:27 3º Bruno F. Correia (ZAPCAR) 25:32 Séniores 1º Bruno Moniz (ADRAP) 20:43 2º Roberto Prioste (CAF) 20:49 3º Nélson Prioste (CAF) 21:01 Veteranos 1º Carlos Fernandes (CCDCMF) 22:11 2º António Gonçalves (CCDTHF) 22:32 3º Marco Silva (CPC) 22:46

a meta - 11


SANTANA/ SÃO JORGE CLASSIFICAÇÃO

Femininos Séniores 1ª Carla Figueira (CAF) 1:18:12 2ª Carla Neves (CAF) 1:27:13 3º Filipa Calaça (ZAPCAR) 1:27:15 Veteranos 1º Manuela Morgado (CCDTHF) 1:12:47 2º Cecília Andrade (CAF) 1:13:28 3º Zita Jesus (ADRAP) 1:15:10

Masculinos Séniores 1º Roberto Prioste (CAF) 52:23 2º Bruno Moniz (ADRAP) 54:39 3º Énio Silva (CAF) 58:55 Veteranos 1º Carlos Fernandes (CCDCMF) 55:21 2º Carlos Nóbrega (MCDON) 57:36 3º Emídio Rodrigues (CAF) 58:09

12 - a meta


MANUELA MORGADO

conquistou o o primeiro lugar do pódio

FOTO: catarina spínola

PRIMEIRA EDIÇÃO A

prova de atletismo mais longa do Madeira a Correr teve lugar no dia 15 de junho no concelho de Santana. Pela primeira vez, a Associação de Atletismo da Madeira organizou a prova Santana/São Jorge formada por uma extensão aproximada de 14.000 metros. Esta prova apenas estava destinada aos escalões Seniores e Veteranos Masculinos e Femininos, logo o número de participantes foi reduzido, com total de 85 atletas. A partida foi junto à Câmara Municipal de Santana e a chegada em frente à Junta de Freguesia de São Jorge. Os 14.000 metros estiveram expostos na cara destes resistentes, numa luta constante até o último quilómetro. O pódio no setor masculino foi repartido por três

diferentes equipas, o mais rápido foi Roberto Prioste (CAF) com passagem na meta aos 52:23, seguido por Bruno Moniz (ADRAP) com cronometragem de 54:39 e fechou o pódio Carlos Fernandes (CCDCMF) após 55:21. No setor feminino, o pódio foi constituído pelo escalão de veteranas, Manuela Morgado (CCDTHF) conquistou o o primeiro lugar do pódio com o tempo de 1:12:47, na segunda posição, em bom plano, Cecília Andrade (CAF) chegou á meta após 1:13:28, a última veterana foi Zita Jesus (ADRAP), que pisava o tapete com a cronometragem de 1:15:10. A equipa do CAF ganhou no plano coletivo tanto no setor feminino como masculino.

a meta - 13


TRAIL FOTOS: CÁTIA BARBOSA

II TRAIL DO PORTO MONIZ

N

Ester Alves

VENCE PROVA 38 KM

o dia 15 de junho decorreu a segunda edição do Trail do Porto Moniz, uma prova organizada pelo Clube Montanha do Funchal e que pontuou para o Circuito de Trail Running da Madeira 2014. A prova era constituída por duas distâncias diferentes, a principal e mais longa com 38km e a menor 16km. Estiveram presentes nesta prova mais de três centenas de atletas. No dia anterior, foi proporcionado aos interessados uma palestra com Ester Alves e Nuno Silva. Ester Alves mencionou as variações fisiológicas durante a corrida aeróbia e anaeróbia e Nuno Silva partilhou o seu percurso pelo mundo do Trail Running, desde as suas maiores conquistas e, inclusive, deixou algumas dicas. O Clube Montanha do Funchal somou mais 2km à prova principal em relação a anterior edição, tornando-a mais dura. Na prova mais curta, os 16km permaneceram como a edição passada, mas com a sempre desafiante descida para o Porto Moniz. A prova principal foi composta por 38km de extensão e um desnível positivo de 1500 metros, cujo percurso inclui-o uma subida até ao campo de futebol do Porto Moniz, uma ligeira descida até à levada da Ribeira da Janela, sendo que após 7km, voltava a subir até à Fonte do Bispo. A partir da Fonte do Bispo, começava a fase descendente da prova, percorrendo a Levada do Elias e passando pela “Feira do Gado”. Após diversas descidas por caminhos e veredas a meta estava instalada no Centro de Ciência Viva.


Luís Fernandes e Ester Alves vencedores

A

prova principal contava com três candidatos à vitória, mas, desde cedo, Luís Fernandes e Nuno Silva se distanciaram de Manuel Faria. Luís Fernandes e Nuno Silva fizeram a prova quase sempre juntos, só durante a subida para a Fonte do Bispo, Luís Fernandes esteve em vantagem em relação a Nuno Silva, vindo este a encurtar a distância na

descida. Na parte final, a queda de Nuno Silva deitaria por terra a possibilidade de vitória sobre Luís Fernandes. Luís Fernandes tem-se revelado um forte candidato a ganhar o Circuito de Trail Running da Madeira devido á consistência demonstrada ao longo das provas do circuito. No setor feminino, Ester Alves, a atual líder do Circuito Nacional de Trail, não deu hipóteses à concorrência, acabando no Top10 da geral. Os restantes lugares do pódio em segundo Cristina Nascimento e tivemos Luísa Viveiros a fechar o pódio.

atletas dos Aeroportos da Madeira - SSLCI (ANAM), nomeadamente em segundo lugar Flávio Remesso e o terceiro para Nuno Dias da Silva. No setor feminino houve disputa entre as atletas do pódio, acabando por sair vencedora Carla Leite e relegando Alice Sousa e Anita Roque para segundo e terceiro, respetivamente. Na vertente coletiva ganhou a equipa da Associação Cultural e Recreativa do Jardim da Serra nos masculinos, e a equipa do Clube Aventura da Madeira nos femininos.

Na prova mais curta, Jorge Pimenta marcou logo o ritmo da corrida que o levaria até a vitória, sendo que os restantes lugares foram ocupados por

a meta - 15


CLASSIFICAÇÃO TPM - 38KM Masculinos 1º 2º 3º 4º

Luís Fernandes - AJS - 3:14:35 Nuno Silva - Desnível Positivo - 3:15:07 Manuel Faria - AJS- 3:27:21 Francisco Freitas - AJS - 3:46:10

5º Nuno Lourenço - A Meta - 3:51:20

Femininos 1º 2º 3º 4º

Ester Alves - Desnível Positivo - 3:59:05 Cristina Nascimento - CAMadeira - 4:23:15 Luísa Viveiros - CAMadeira - 4:26:15 Lúcia Franco - CAMadeira - 4:26:55

5º Olívia de Sousa - CAMadeira - 5:04:10

16 - a meta

MTPM-16km Masculinos 1º 2º 3º 4º

Jorge Pimenta - IND - 1:05:33 Flávio Remesso - ANAM- SSLCI - 1:06:33 Nuno Dias da Silva - ANAM- SSLCI-1:07:55 Gregório Rodrigues - ANAM- SSLCI - 1:08:25

5º Celestino Freitas - ANAM- SSLCI - 1:11:34

Femininos 1º 2º 3º 4º 5º

Carla Leite - IND - 1:21:51 Alice Sousa - Urban Hair Team- 1:22:00 Anita Roque - Amigos do Calhau-1:22:45 Ana Paula Rodrigues - CMOF - 1:23:02 Fátima Vieira - IND- 1:27:10



CICLISMO

o

4 Prova

do Campeonato

de XCO

FOTOS: robert erens

D

ecorreu no dia 15 de Junho a derradeira prova do Campeonato de Cross Country, em Santana, mais precisamente na zona das Queimadas. A Associação de Ciclismo da Madeira organizou esta prova com um novo circuito, com extensão de 2.75kms. Os 34 atletas tiveram de enfrentar diversos obstáculos nas subidas e descidas, o que exigia máxima concentração e alguma técnica para ultrapassá-los. Esta prova de ciclismo de XCO iria decidir o Campeão Regional de Cross Country 2014. As atenções estavam voltadas para os atletas Paulo Batista (Município do Porto Moniz/CN Seixal) e Mário Moniz (Q10 - Ótica da Sé), os melhores colocados para alcançar o título, havendo entre eles apenas uma diferença de apenas 5 pontos. A partida foi dada para os escalões de competição e, após 00:58:22, chegava à meta o primeiro ciclista do escalão de Elites, Paulo Camacho (C.F. Carvalheiro/ Taberna da Esquina), seguido pelo seu colega de escalão Paulo Batista (Município do Porto Moniz / CN Seixal) com cronometragem de 00:59:15 e a fechar o pódio deste escalão, Mário Moniz (Q 10 - Ótica da Sé).


CLASSIFICAÇÃ

O:

Categoria E lite 1º Paulo C amacho (C F Carvalhe 00:58:22 iro/Taberna da Esquina 2º Paulo B )atista (Mun ic íp 00:59:15 io do Porto Moniz/CN S eixal) 3º Mário M oniz (Q10Ótica da Sé ) - 01:02:1 9

Categoria M a

sters A Luís Rocha (Q10- Ótica da Sé) Categoria M aster B Duarte Fre itas

00:53:52

- 00:57:30

(CS Marítim o/ Barreirin ha Bar Café )-

Categoria S

ub23 Paulo Freit as (CS Marí timo/ Barre 01:04:30 irinha Bar Café) Categoria Ju n

iores Filipe Olive ira (Ludens Clu Categoria C a

be de Mach ico) - 00:4 4:21

detes Leo Camach o (Ludens Club Categoria F em

e de Machic o)- 00:28:3 2

ininos Daniela Ma rtins (Q10-Ó ptica Promoção

da Sé) - 00 :22:40

João Faria - 00:36:20

Coletivame

nte 1º Q10 – Ó ptica da Sé (6pts) 2º Caniço Riders (9pts ) 3º Ludens Clube de M achico (10 pts) A chegada mais rápida à meta pelo ciclista Paulo Batista deu-lhe o título de Campeão Regional de Cross Country 2014. No plano coletivo a vitória foi alcançada pela equipa Q 10 - Ótica da Sé, em segundo lugar Caniço Riders e a terceira posição Ludens Clube de Machico. Relativamente à classificação geral do Campeonato Regional de XCO 2014, que calculou a pontuação total de 4 provas, tivemos os seguintes campeões nos diversos escalões: Elite - Paulo Batista (Município do Porto Moniz/CN Seixal) Sub-23- Paulo Freitas (CS Maritimo/Barreirinha Bar Café) Junior- Filipe Oliveira (Ludens Clube de Machico) Master 30/A- Luís Rocha (Q 10 - Ótica da Sé) Master 40/B- Duarte Freitas (CS Maritimo/Barreirinha Bar Café) Cadete- Francisco Nóbrega (Caniço Riders) Femininos- Daniela Martins (Q 10 - Ótica da Sé) Coletivamente- Q 10 - Ótica da Sé Mais resultados em: http://madeiraciclismo.com/ competicao/crosscountry/classificacaogeral/

a meta - 19


V Grande Prémio

Liberty Seguros açores

D

ecorreu entre os dias 7 e 10 de junho o V Grande Prémio Liberty Seguros nos Açores, na Ilha de São Miguel. Numa competição que contou com um grupo de 73 ciclistas, entre eles nove ciclistas de dois clubes madeirenses o Município do Porto Moniz/ C.N. Seixal e Club Sport Marítimo/Barreirinha Bar Café, equipas estreantes no Grande Prémio Liberty Seguros.

1ª etapa

Apesar de algumas dificuldades iniciais sentidas pelos ciclistas na primeira etapa do percurso, com 72kms de extensão, a corrida desenrolouse a um ritmo alucinante, com Ricardo Gouveia (Clube Sport Marítimo/Barreirinha Bar Café) em primeiro lugar do pelotão acabando por perder ao sprint para João Letras, na chegada à meta.

2ª etapa

A disputa na geral mantinha-se ao longo do segundo dia de etapa, com um percurso que ligava o Nordeste ao alto da Lagoa do Fogo, com a extensão de 57kms. Com subidas mais ao jeito dos ciclistas madeirenses, no fim da etapa foi o madeirense Ricardo Gouveia vencedor da etapa com 1min 27seg. sobre o açoriano Tiago Furna. Davide Silva (Município do Porto Moniz /C.N. Seixal) era o outro madeirense no top 10, sendo sexto na etapa e também na geral.

3ª etapa

Após um dia de consagração de Ricardo Gouveia, seguia-se mais uma etapa que iria por à prova o atleta na gestão e controle de corrida, devido ao constante ataque das equipas adversárias. Um percurso cheio de emoção e luta protagonizada pelos ciclistas, até ao fim do percurso. Foram 77kms de percurso, com partida e chegada a Vila Franca e com várias contagens de montanha. Ricardo Gouveia precisava de pontuar para manter a camisola amarela, tentando contrariar e responder aos ataques dos mais

diretos adversários da geral. Foi graças à ajuda da sua equipa e, inclusive, de alguns ciclistas do Clube Naval do Seixal, que Ricardo Gouveia conseguiu manter a camisola. Esta terceira etapa acabaria por ser ganha por João Letras, uma vitória que não trouxe alterações nos lugares cimeiros do pódio, consagrando assim Ricardo Gouveia vencedor da prova. Segundo Ricardo Gouveia: “ Esta foi a pior etapa da sua vida em 12 anos na modalidade e só a união de esforços das 2 equipas madeirenses em prova é que se conseguiu minimizar as perdas”.

4ª etapa

No quarto e último dia, estes ciclistas tinham pela frente uma etapa de 75kms entre Ribeira Grande e Lagoa. Num dia em que a chuva dificultou o trabalho dos atletas, entre eles a equipa do Município do Porto Moniz/ C.N. Seixal ao ameaçar a presença de Davide Silva no sexto lugar da geral. O nevoeiro e a falta de conhecimento da etapa viriam a ser penalizador para os ciclistas madeirenses, tendo apenas Ricardo Gouveia se mantido no pelotão, correndo vários riscos para manter a liderança.

Ricar d

o Gou

con ama segue rela man ter cam isol a

veia


Na classificação final, para além da vitória na geral e na montanha por parte de Ricardo Gouveia (Club Sport Marítimo/Barreirinha Bar Café), esta equipa conseguiu o 16º lugar com Paulo Freitas, 20º lugar para Bruno Freitas, 23º posição para Miguel Rodrigues e em 26º lugar Duarte Freitas. Relativamente á equipa do Município do Porto Moniz /C.N. Seixal, o melhor ciclista foi Davide Silva na 12º posição, Daniel Pegado com o 14º lugar, Cláudio Prioste no 21º da geral e Paulo Baptista em 30º lugar. A classificação por equipas também foi positiva

para as equipas madeirenses, com o quarto lugar para o CS Marítimo/Barreirinha Bar Café e na quinta posição o Município do Porto Moniz/ Clube Naval do Seixal. A Revista A Meta dá os parabéns as duas equipas madeirenses por enobrecerem o ciclismo regional, com especial destaque para o atleta do CS Marítimo Ricardo Gouveia que lutou e venceu com muito mérito.

a meta - 21


2ª PROVA

Campeonato

Regional de DHI

classificação Elite 1º

Emanuel Pombo (Ciclo Madeira Clube Desportivo) 02:43.816

Juniores

Rui Sousa (Ciclo Madeira Clube Desportivo) - 02:49.869

2º 3º

João Rodrigues Riders) - 02:52.630

(Caniço

FOTO: robert erens

Tomás Menezes (Ciclo Madeira Clube Desportivo) 03:07:462

Femininos

Cadetes

1ª Ana Carolina Costa (Caniço

Promoção

Master A

Riders) - 03:29.851

1º Fábio Ferreira - 03:03.075

Master B

Hugo Amaro Riders) - 02:55.844

Rafael Rodrigues (Caniço Riders) - 03:109.303

Coletivamente (Caniço

1º Nuno Quintal (BTTMadeira) - 02:59.967

Ciclo Madeira Desportivo -4 pts

Caniço Riders- 4 pts

3º Factor Energia / CDR Prazeres - 14 pontos.

Clube


N

os dias 21 e 22 de junho decorreu a 2º prova do Campeonato Regional de Downhill, em mais uma competição organizada pela Associação de Ciclismo da Madeira, que teve lugar nas 4 Estradas. O primeiro dia foi preenchido por treinos livres, para os respetivos testes numa pista húmida, que obrigava a manter as rodas no chão e atenção redobrada, para quem queria efetuar os melhores tempos. Esta pista foi preparada pelo clube Ciclo-Madeira, cujo intuito passou por elevar a fasquia na preparação técnica de cada participante, relativamente ao ano anterior. A prova principal estava marcada para o dia 22, contando com a presença de aproximadamente 80 ciclistas para a disputa de mais uma prova deste campeonato regional de DHI.

EMANUEL POMBO SUPERA A somar mais um trunfo, o rider internacional, Emanuel Pombo, com o tempo de 00:02:43.816 segundos após segunda manga, deu-lhe a superioridade relativamente aos seus adversários, o seu colega de equipa Rui Sousa ficou a mais de seis segundos e João Rodrigues (Caniço Riders) a cerca de nove segundos, formando, simultaneamente, o pódio no escalão de Elites. Nos restantes escalões, Fábio Ferreira veio a ser o mais rápido na Promoção, Ana Carolina Costa, Hugo Amaro e Rafael Rodrigues, atletas do clube Caniço Riders, dominaram em Femininos, Cadetes e Master B, respetivamente. No escalão de Master A foi o rider Nuno Quintal (BTT Madeira) o grande vencedor e Tomás Menezes (Ciclo-Madeira Clube Desportivo) venceu no escalão de Juniores. Na geral por equipas, a vitória pertenceu ao Ciclo Madeira Clube Desportivo, seguido por Clube Caniço Riders e o Factor Energia / CDR Prazeres fechou o pódio.


E D Idade:26 anos Naturalidade: Ponta do Pargo Modalidade: BTT


Um projeto...diversas experiências! “ Viver é como andar de bicicleta, é preciso estar

em constante movimento para manter o equilíbrio”.

Albert Einstein

O projeto Bike4Life, iniciado em janeiro de 2013, será desenvolvido na Região Autónoma da Madeira, até final de 2014. Todo este projeto tem origem no trabalho desenvolvido pela Associação de Ciclismo da Madeira em estreita parceria com o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM, e promovido pela da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências. O projeto Bike4Life tem como missão o desenvolvimento de competências pessoais e sociais nos jovens a nível regional e, no futuro, no âmbito Europeu.

A fim de possuir uma base estável e completa para o projeto Bike4Life, foi necessário elaborar uma candidatura ao Programa Europeu Juventude em Ação, estabelecendo sinergias entre vários parceiros locais, entidades públicas e privadas, que abrangesse as diferentes áreas temáticas integradas na missão deste projeto, nomeadamente, saúde, desporto, ambiente, ocupação dos tempos livres, inclusão social, diversidade cultural, cidadania europeia e desemprego juvenil. Questionamos Alícia Freitas, Psicóloga e coordenadora deste projeto através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências, com o intuito de saber as ideias por detrás da escolha do nome para o projeto. O primeiro passo depreendeu-se com a escolha de uma associação que viria a ser a promotora do projeto, neste sentido a palavra “BIKE” advém da aceitação da Associação de Ciclismo da Madeira para apadrinhar o projeto. O algarismo “4” é símbolo do número de grupos jovens, que inicialmente iriam estar envolvidos neste projeto. A última palavra, “LIFE”, tem a ver com a visão deste projeto, ou seja, dar uma nova vida aos jovens através da diversificação de experiências de desporto outdoor. A Bike4Life procura que estes jovens, com menos

oportunidades, através da prática de ciclismo e outras atividades em contexto outdoor, adquirem conhecimentos e desenvolvem competências relacionadas com hábitos de vida saudáveis e a prevenção de comportamentos de risco. Todas estas experiências permitem que o jovem seja um agente ativo no crescimento sustentado da sociedade.

População-Alvo

O projeto envolve, atualmente, a participação direta de jovens organizados em 5 grupos: Grupo 1 - Jovens residentes no Centro Social e Paroquial da Santíssima Trindade da Tabua (Concelho da Ribeira Brava); Grupo 2 - Jovens residentes na Fundação Aldeia da Paz (Concelho de Machico); Grupo 3 - Jovens que integram o Projeto Residências de Autonomização “Um passo para o futuro” do Centro Social a Paroquial de Santo António; Grupo 4 – Grupo informal de jovens da Calheta; Grupo 5 - Jovens voluntários da comunidade que manifestaram interesse em participar. O projeto já abrangeu diretamente 81 jovens, com idades compreendidas entre os 15 e 30 anos.


“existem pequenos gestos QUE valem mais que mil palavras” Metodologia Adotada

Foi adotada a educação não formal como metodologia principal, tendo em vista os objetivos delineados tal como a promoção do jovem como ser biopsicossocial, ou seja, um ser caraterizado por possuir fatores biológicos, psicológicos e sociais. Esta intervenção valoriza a aquisição de novas competências através de métodos vivenciais, por isso são proporcionadas experiências diferenciadas, de forma a apelar aos seus participantes a reflexão e a partilha de pensamentos, “sentires” e emoções decorrentes das mesmas. Desta forma, fornecendo as ferramentas para estes jovens tomarem as melhores decisões e escolhas, com as quais serão confrontados no dia-a-dia. A metodologia de educação não formal motiva e cativa os jovens, pois estes manifestam grande entusiasmo e, após as atividades, as partilhas surgem voluntariamente e com a intensidade própria da idade.

Plano de atividades

Foi efetuado um Plano de Atividades durante a formação deste projeto, para que houvesse uma gestão eficaz de meios e recursos. A primeira fase, designada de fase de preparação, foi realizado um trabalho de pesquisa, para assim estabelecer contactos para o apoio deste projeto. No ano de 2014, deu-se início à segunda fase do projeto, a fase de implementação de atividades como Workshops e Forúns temáticos, atividades outdoor e proteção do meio ambiente. A divulgação na comunicação social, participação numa prova de orientação e a última atividade que decorreu, com apoio da Câmara Municipal da Calheta, o Festival de Encerramento. Alícia Freitas, respetiva coordenadora deste projeto, transmitiu-nos que neste momento iniciaram a fase de avaliação, estando a ser reunidos todos os intervenientes presentes ao longo deste percurso, desde os jovens aos parceiros, com o recurso a sessões avaliativas e de reflexão para, posteriormente, serem partilhados os resultados e conclusões. Na sua opinião, este é um projeto extremamente rico e diversificado, levando, por vezes, estes técnicos a saírem da sua “zona de conforto” e viverem algumas emoções junto destes jovens, exemplo disso foi a atividade de Arvorismo no Parque Aventura da Madeira, que lhes criou alguns desafios. As últimas duas fases do projeto designa-se por fase de disseminação de resultado, que culmina com uma sessão pública de apresentação de resultados e por

fim a fase de follow-up.

Pelo que nos foi transmitido, inclusive através de testemunhos de todos os envolvidos neste longo percurso percebemos que existe pequenos gestos valem mais que mil palavras. A temática do desporto associada á juventude esteve na génese de todas estas mudanças de atitudes e pensamentos, de forma positiva na vida de cada jovem. Parabéns pela iniciativa e esperemos que seja viável outra edição deste projeto.

Relatos de jovens “Para nós, jovens do Lar da Paz, a participação no projeto Bike4Life tem sido muito positiva. Temos participado em várias atividades, não só desportivas (terrestres e náuticas), mas também noutras ligadas a temas da atualidade. As experiências que nos têm proporcionado enriquecem-nos como pessoas, mas também nos ensinam, principalmente, a ter muito cuidado. Com este projeto também estamos a conhecer novas pessoas. Temos a oportunidade de nos relacionarmos com jovens de outras instituições e também com aqueles que nos recebem e acompanham nas várias atividades que realizamos.” Marco, 17 anos “O que mais gostei foi de descer os montes e dar alguns saltos, senti tanta adrenalina! Aprendi que é preciso termos confiança em nós próprios, para conseguirmos fazer as coisas bem” António, 15 anos “Para mim, tem sido uma experiência brutal participar no Bike4Life, sinto-me útil, aprendo coisas novas, divirto-me, faço novos amigos. Percebi que existem tantas formas “fixes” de me divertir e para isso não é preciso consumir drogas!” Nádia, 18 anos

26 - a meta


desafios

atividades

aprendizagem

OUTDOOR

ORIENTAÇÃO

EMOÇÕES

WORKSHOPS

coletividade

a meta - 27


Nome: José Adriano Gonçalves Profissão: Chefe de Secção Empresa de Eletricidade da Madeira

Modalidade: Atletismo Data de Nascimento: 12-04-1961


foto: nuno lourenço

José Adriano Gonçalves

uma vida dedicada

ao atletismo

José Adriano Gonçalves, treinador da Associação Cultural e Recreativa do Jardim da Serra, dedica-se, há mais de quarenta anos, à modalidade de atletismo. Como atleta, inicialmente, e depois vindo a se tornar um treinador de grande talento. José Adriano Gonçalves, conhecido por ter levado ao pódio grandes atletas nas mais diversas disciplinas do atletismo, neste momento, além de se dedicar a ACR do Jardim da Serra, partilha momentos de luta e vitória com a seleção nacional de Atletismo para Deficiência Intelectual.

Como é que descobriu o atletismo?

Foi através do desporto escolar, andava na escola Industrial e havia o campeonato escolar a nível dos quintos e sextos anos. Naquela época, não havia outras modalidades, até o Basquete ou o Andebol ainda se jogava na escola, mas as modalidades em voga eram o futebol, a natação e o atletismo. Eu, como tinha maior aptidão para o atletismo, acabei por aderir. Os campeonatos escolares de

atletismo eram giros, havia muita malta apoiar e eu tinha bons resultados. Quando corri nos campeonatos escolares pela primeira vez, puseram-me a fazer cinco provas e ganhei-as todas. A partir daí, o Paulo Morna, antigo atleta e treinador, levou-me para o Marítimo. Foi considerado o maior angariador de atletas para o atletismo, mas infelizmente já faleceu. Naquela altura, vestir camisola do Marítimo era fantástico.


recordes de iniciados dos 300 metros e o recorde escolar dos 80 metros. A seguir, como juvenil, praticamente não treinei atletismo, na altura apareceu o Taekwondo e comecei a conciliar o treino desta arte marcial com o atletismo Como nesse ano a seleção Nacional de juvenis ia à Alemanha e o treinador na altura era Dinis Gomes, teve a infeliz ideia de dizer que eu podia ir à Alemanha pela seleção nacional, só que tinha de fazer uma escolha entre o atletismo ou taekwondo. Aquele tipo de chantagem não combinava comigo, era miúdo, mas já tinha uma personalidade muito vincada, e acabei por abandonar a modalidade de que gostava. Depois voltei na primeira época de juniores, e aí já treinei a sério. Cheguei a ser internacional, no triangular Espanha/ Itália/ Portugal, nesse ano fiz 50.01segundos nos 400metros.

Adriano Gonçalves aos 13 anos

“fui recordista nacional e

vice-campeão nacional nos 400 metros juvenis” Como foi o seu percurso de atleta?

Muito irregular. Comecei como infantil tinha 12 anos, neste mesmo escalão bati todos os recordes, um deles perdura até hoje, que é 35 segundos nos 250 metros. Depois tive duas épocas como iniciado, onde fui recordista nacional e vice-campeão nacional nos 400 metros juvenis, o que para um iniciado era muito bom, pois estava a correr com atletas três anos mais velhos. Nessa mesma categoria, ainda detenho os atuais

30 - a meta

fui atleta e treinador do clube SPIROC, onde treinava alguns dos melhores atletas da Madeira

Ganhei a Taça Olímpica, que era uma competição feita com os oito melhores juniores de Portugal nas diversas disciplinas. Tudo perspetivava para continuar na senda dos bons resultados, mas casei nesse ano. O meu pai queria que eu continuasse os estudos, mas eu queria era ter dinheiro e, por isso, fui trabalhar. Durante alguns anos, não me foi possível conciliar o treino com o trabalho e por essa razão tive que deixar de treinar. Voltei na terceira época do escalão sénior, comecei a treinar-me a mim próprio. Excetuando os escalões de infantil, iniciado e a primeira de juniores, fui sempre o meu treinador. Tirei curso de treinadores em 1981 e fui atleta e treinador do clube SPIROC, onde treinava alguns dos melhores atletas da Madeira. Estive nesse clube dois anos e depois voltei ao Marítimo. No Marítimo, cheguei a ter no mesmo ano duas equipas na primeira divisão, uma feminina e uma masculina, só com atletas madeirenses. Treinava os vários setores (saltos, lançamentos, corrida e marcha). Eu tinha de os treinar e ensinar, era atleta e treinador ao mesmo tempo. Os meus atletas começaram a fazer boas marcas e muitos deles queriam treinar comigo, era muito


Adriano Gonçalves no marítimo

difícil conciliar as funções de atleta e treinador, pelo que tive de optar, optei por ser treinador.

“Fui pioneiro em certos métodos de treino que se aplicaram cá.” Como iniciou a sua carreira de treinador?

Sou treinador de nível III de velocidade e barreiras, e sou formador de treinadores de nível I e nível II, também especializei-me nos lançamentos do peso e disco. Mas não deixo de dizer que tenho grandes resultados no meio fundo. Fui pioneiro em certos métodos de treino que se aplicaram cá. Fazia muita investigação, quando ia para Lisboa metia-me no ISEEF e passava tardes a fotocopiar documentação e a tirar anotações. Cheguei a levar os meus programas de treino e pedir opinião aos treinadores com mais experiência que eu, depois o que interessava aplicava e o que não interessava excluía. Tive dois anos na SPIROC como treinador, e 26 como treinador do Marítimo, sendo os últimos 22 consecutivos. Esta época estou como treinador na Associação Cultural e Recreativa do Jardim da Serra.

Quais foram os seus “professores” na carreira de treinador? Conheci treinadores com quem aprendi muito,

mas já na minha carreira de treinador, como por exemplo, Renato Carnavali, com quem fiz muitos estágios, o brasileiro Jaime Neto, que é treinador da seleção de velocidades do Brasil e o Júlio Cirino, são alguns exemplos.

treinar é arte, treinar não é ciência” Para si ser treinador o que significa?

Treinador é aquele que tem um método de treino próprio. Há indivíduos que fazem gestão de treino, que recebem treinos e agarram treinos de alguém e aplicam esses treinos. Considero um treinador aquele que tem um conceito próprio de treino, e tenta evoluir esse conceito de treino. Para mim treinar é arte, treinar não é ciência, mas é a arte da forma como se aplica a ciência. Nós não podemos pegar na metodologia de treino,

a meta - 31


na área científica, e aplicar aos nossos atletas indiscriminadamente, porque cada ser humano é um ser diferente, é único e com caraterísticas específicas. Não é fácil de encontrar dois ou três atletas que se revejam no mesmo programa de treino, mas a ciência tem de ser aplicada, por isso que digo treinar é arte. Eu tenho de saber dominar os conceitos científicos, mas geri-los e aplicá-los segundo um conceito meu, bem ou mal, e depois ir aperfeiçoando ao longo da carreira.

“valorizo mais o esforço do atleta, a dedicação” O que mais valoriza? Os prémios ou o desempenho do atleta?

O que valorizo mais é o esforço do atleta, a dedicação, porque quando começamos a treinar um atleta temos de ter a noção que o atleta é um ser humano. A primeira coisa que temos de nos perguntar, quando começamos a treinar um atleta, é que tipo de ser humano que queremos ajudar a construir. Nós, através do treino, temos o objetivo de conseguir construir ou ajudar a criar um ser humano com grande força de vontade, que consegue se superar nos momentos mais difíceis, um ser humano que não desiste com facilidade dos seus objetivos, uma pessoa educada e que tenha valor para a sociedade. Isso é o maior prémio que podemos ter, muito mais que as marcas que possam alcançar, porque pode não ser um vencedor no atletismo, mas poderá ser um vencedor na vida.

Porque a criação de um blog, em 2009?

A criação do blog foi num momento de transformação na minha vida, onde tomei algumas decisões que achava importantes para mim como ser humano, uma delas foi passar a ser vegetariano. Acima de tudo, teve a ver com uma necessidade que tive de colocar os meus parcos conhecimentos à disposição de pessoas que estavam a se iniciar no atletismo. Eu notava que a literatura que havia era uma literatura muito científica e complexa, pouco acessível para que uma pessoa chegasse a uma pista e conseguisse pôr na prática. Eu queria falar de coisas importantes para o treino de uma forma muito simples, utilizando a terminologia corrente para as pessoas que estavam a se iniciar foto: nuno lourenço

32 - a meta


na modalidade como treinadores, monitores e inclusive para alunos da universidade que me colocavam questões e posteriormente tentava disponibilizar essa informação no blog.

Como surgiu o convite para fazer parte da equipa técnica da Seleção Nacional de Atletismo para Deficiência Intelectual? Já estou trabalhar com a área da deficiência desde 2003, o primeiro atleta foi na área da deficiência visual, o Rodolfo Alves. Cheguei a ser convidado para o acompanhar um campeonato do IPC, que é um campeonato onde competem as deficiências motoras, visual, intelectual e paralisia. Por alguma razão os responsáveis gostaram de ver a forma como eu trabalhava, como estava organizado e interagia com os atletas, seguidamente começaram a fazer outros convites, entre os quais participação em estágios. O grande responsável de eu estar aqui é o grande promotor da área da deficiência intelectual, Engenheiro Costa Pereira, que simpatizou comigo e gostou do meu trabalho, depois endereçou-me uma serie de convites. Fui como coordenador técnico a um Campeonato do Mundo da IBSA, que é da deficiência visual, este foi um campeonato realizado em São Paulo, no Brasil. Uma competição com uma dimensão enorme, não tinha apoio de treinadores, estava sozinho com um grupo enorme, tinha um chefe de missão invisual, consegui arranjar uma pessoa administrativa para me ajudar. Tive que gerir

uma equipa médica, constituída por um médico, uma fisioterapeuta e um massagista, os guias, os cegos, os ambliopes e toda a problemática da competição. Lembro-me que depois de ter dito que aceitava esse cargo, tive dois ou três dias a pensar onde tinha-me metido e como ia fazer as coisas. Após este campeonato ter terminado, e ter corrido tudo bem, fui convidado para ser diretor técnico no Campeonato nacional da FPDD (Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência) e depois para fazer parte da equipa técnica dos jogos paralímpicos e, ainda, no ano passado, fui coordenador técnico do Campeonato do Mundo do IPC, em Lyon. No ano passado, perguntei à FPDD porque é que era eu o escolhido para coordenador técnico, a resposta que a federação me deu foi que era devido à minha versatilidade, por eu já ter treinado todas as disciplinas do atletismo e ter tido muitos atletas de bom nível.

A presença em competições e mesmo em estágios implica ausentar-se da região algumas vezes. Como é relativamente ao apoio da família? Eu tenho o apoio da minha mulher, também é treinadora de atletismo no Marítimo, logo nos entendemos. Dificilmente fazia uma vida destas sem estar com uma pessoa que tivesse dentro deste mecanismo, também tenho um filho que é praticante da modalidade.

foto: augusto fontes

a meta - 33


“ acabo de receber o projeto paralímpico para Rio 2016 do atleta Samuel Freitas” O Adriano concorda com a denominação “Desporto Adaptado”?

Não concordo. Eu concordava que fosse denominado de desporto integrado, porque no atletismo tudo é adaptado, os pesos são adaptados aos escalões, a altura da barreira são adaptadas aos escalões e as provas são adaptadas aos escalões e aos sexos. A deficiência intelectual não é para pessoas malucas, são simplesmente pessoas que têm dificuldade de aprendizagem, porque se não tiverem um comportamento adequado eles não podem fazer parte destas competições. Eu penso que ficaria melhor deficiência cognitiva, visto que os atletas vêm de extratos mais baixos, as pessoas aceitavam melhor esta dominação.

A presença nestas competições e o lidar constantemente com estes atletas mudou sua forma de pensar?

Aprendi muito. A primeira vez que fui a um campeonato do IPC na Finlândia aquilo chocoume, eu sai de lá a prometer a mim mesmo que nunca mais ia dar importância a coisas mínimas.

34 - a meta

Quando contactamos com pessoas com tantas dificuldades e tantos problemas na sua vida e, mesmo assim, conseguem ultrapassar com alegria e com conformismo as barreiras, isto muda a nossa forma de vermos a vida. O que era o nosso conceito de chatice e problema passa a ter outro nível. Eu tenho uma ideia que transmito aos meus atletas, só existe dois tipos de problema, um problema grave é uma doença que não tem cura de resto é tudo soluções.

temos de tirar prazer da vida e competir é

um prazer


A seleção Nacional de Atletismo para a Deficiência Intelectual tem muitas competições internacionais e inclusive possui o atleta madeirense Samuel Freitas. Quais os apoios que este atleta tem?

Ele tem os apoios da alta competição nacional, a nível regional ele nunca teve apoios. Neste momento acabo de receber o projeto paralímpico para Rio 2016 do atleta Samuel Freitas, pois ele tem mínimos A para os jogos.

Quantos mais anos no atletismo?

Não sei. Agora tenho o meu filho a praticar a modalidade no escalão infantil, enquanto ele estiver aqui eu também estarei, uma vez que passei a vida a treinar os filhos dos outros, agora que o meu filho começou a praticar, não tinha lógica eu sair. Fará que tenho compromissos na área do desporto adaptado.

foto: maria joão pereira

Qual os benefícios provenientes da prática desportiva?

Desporto de competição faz mal á saúde, não dá saúde. É preciso é ter boa saúde para fazer desporto de competição, mas a vida não é só feita de coisas que nós idealizamos como benefícios de saúde, temos de tirar prazer da vida e competir é um prazer. Importante explicar aos atletas que o treino de competição é um treino que não é benéfico para a saúde, mas se o atleta for assíduo e treinar ao longo dos anos e as cargas forem dadas progressivamente minimizamos essa situação. Nós, no atletismo, temos tempo para criar mecanismos no treino que são capazes de minimizar esses malefícios. Tem de ser feita uma diferenciação de desporto de competição para a comum prática desportiva, pois essa é benéfica para a saúde.

a meta - 35


fisioterapia

TRAIL RUNNING:

RECUPERAÇÃO PÓS-PROVA

foto: dinarte jesus

O Trail Running (modalidade em ascensão em todo o mundo) carateriza-se como uma prova de resistência de longa duração, com variações de terreno e de condições atmosféricas que exige alterações constantes do ritmo de corrida e distância da passada, expondo os participantes a um grande risco de queixas e lesões. A fisioterapia apresenta-se com um papel fundamental na recuperação pós-prova garantindo a integridade física do atleta.

A

tualmente, assiste-se a um crescente número de pessoas e atletas de elite que opta por correr entre a natureza. Falamos de Trail Running - uma versão mais ousada do atletismo que consiste em correr em diversos ambientes na montanha, por trilhos técnicos, devidamente balizados, durante o dia e/ou noite, idealmente, em semi ou autossuficiência. A crescente aderência ao Trail Running deve-se à associação entre as componentes espiritual e física que o contacto com a natureza proporciona. Segundo Cristina Ponte, praticante de Trail Running, trata-se de “um estado de espírito quase uma simbiose entre nós e a natureza, como se nos juntássemos a ela”. O Trail Running exige um trabalho muscular diferente ao da corrida de rua; enquanto esta exige um movimento repetitivo, no trail o atleta é confrontado com terrenos irregulares com grandes desníveis, percursos de subida e descida, tendo

36 - a meta

que adaptar o seu ritmo e passadas, variando entre a caminhada, corrida, os saltos e a escalada. Estas variações em termos de piso, as longas durações e distâncias - associadas ao objetivo/desafio que cada atleta tem em completar a prova - fazem com que ultrapassem os seus próprios limites, ficando assim expostos a um grande número de lesões, sejam estas por traumas diretos ou por esforço excessivo. Num estudo, de 2000, de Laurino et al., refere-se que 65% dos atletas apresentam queixas de lesões músculo-esqueléticas e que este tipo de corrida é uma modalidade com um risco elevado de lesões.

Queixas e lesões mais frequentes em provas de corrida de aventura:

Num estudo, realizado em 2010, por Nunes et al., analisaram as queixas dos atletas que foram atendidos pelo serviço de fisioterapia à chegada


de uma prova de trail. As queixas mais frequentes e os locais de lesão estão ilustrados nos gráficos que se seguem.

Fig. 1. Queixas e locais de lesão mais frequentes segundo um estudo realizado em 2010 por Nunes et al.

Através deste estudo, concluiu-se que a dor muscular, a nível dos membros inferiores, é a queixa mais frequente, sendo, com mais incidência no joelho (64.7%). As cãibras incidem com mais frequência nas pernas e coxas. Estes resultados coincidem com outros estudos realizados, em corridas de aventura e outras modalidades como o triatlo, por exemplo. As queixas articulares devem-se, essencialmente, à grande força de impacto exercida nas articulações, a lesões prévias ou traumas diretos. Quer as queixas musculares quer as cãibras surgem por esforço excessivo a que os músculos são sujeitos; definem-se como uma contração muscular involuntária dolorosa que pode ser indicativa de condições que predispõem a ocorrência de lesões; a maioria das cãibras ocorre em músculos previamente encurtados.

ritmicamente), nos pós prova, irá eliminar resíduos tóxicos, elevar o fluxo de nutrientes, promover a circulação, reduzir a ocorrência de espasmos musculares, evitando a dor muscular tardia, aumentar a extensibilidade de tecido conjuntivo, bem como, ampliar os movimentos articulares, pelo relaxamento muscular. A massagem pós evento promove uma recuperação duas a três vezes mais rápida que o repouso, somente. O alongamento, entendido como a capacidade do músculo aumentar o seu comprimento seja ativa ou passivamente, é um recurso terapêutico usado com a finalidade de melhorar a flexibilidade e mobilidade muscular. Para que o atleta tire proveito de todos os benefícios do alongamento muscular este deve ser realizado após cerca de 15 minutos à prática desportiva para que o músculo tenha tempo de arrefecer. Pelo elevado número de unidades motoras recrutadas durante a atividade física de grande intensidade, como é o caso do Trail Running, alongar após a corrida é fundamental para amenizar os efeitos prejudiciais pós-exercício sendo indicado para evitar possíveis complicações ao atleta, nomeadamente: (1) encurtamento muscular; (2) desestabilização da postura; (3) a compressão das fibras nervosas; (4) a pressão muscular excessiva sobre as articulações; (5) incidência de cãibras. Em suma, verifica-se uma elevada incidência de queixas de dor e lesões, durante provas de grande intensidade e resistência que podem estar associadas, entre outros fatores, às sobrecargas cíclicas impostas ao sistema músculo-esquelético dos atletas. Desta forma, é de destacar a importância da atuação da fisioterapia nestas competições contribuindo, assim, para uma melhor recuperação e manutenção da integridade física do atleta

A Recuperação pós-prova A recuperação pós-prova é otimizada por uma intervenção imediata da fisioterapia contribuindo para minimizar queixas, atuar precocemente na ocorrência de lesões e promover o regresso à atividade desportiva. A fisioterapia revela ter um papel de extrema importância. Após uma prova de Trail Running, as técnicas de fisioterapia incidem, fundamentalmente, sobre a massagem e o alongamento, podendo passar pela crioterapia para reduzir alguma reação inflamatória existente e/ou pela imobilização articular. A massagem (estimulação mecânica nos tecidos por meio de pressão e alongamento aplicados

Dra. Andreia Freitas Fisioterapeuta Contacto: 966636338 andreiagfreitas@hotmail.com

a meta - 37


foto: nuno lourenço

Alimentação de treino

Comer para vencer! MUITOS FACTORES INFLUENCIAM O SUCESSO DO ATLETA, E UM DELES É SEM DÚVIDA A ALIMENTAÇÃO! NO ENTANTO PARA QUE POSSAMOS EXTRAIR DELA OS MÁXIMOS BENEFÍCIOS, A PREOCUPAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO DEVE PERMANECER DURANTE TODA A ÉPOCA DESPORTIVA.

38 - a meta


É essencial iniciarmos o treino bem hidratados, pelo que a ingestão de líquidos deverá aumentar, certificando-se que a urina seja a mais clara possível.

Durante o exercício

U

ma seleção adequada dos alimentos, quanto à quantidade, combinação com outros alimentos e o momento da sua ingestão, terá influência na saúde quer na performance do atleta! Deste modo, a otimização da nutrição, irá promover melhores adaptações aos treinos, diminuir o risco de lesão e de doença, preservar as massas muscular e óssea, auxiliar na obtenção de um peso e composição corporal adequados, regular a disponibilidade energética, e contribuir para uma recuperação eficaz. Tendo em conta o desgaste de um atleta, a sua alimentação deverá colmatar o maior gasto energético, especialmente através de um maior porte de hidratos de carbono, vitaminas, minerais e água. Destacam-se assim os cuidados especiais que o atleta deve ter em conta, particularmente antes, durante e depois do treino/competição.

antes do treino

A prioridade nutricional é maximizar as reservas energéticas. Deste modo, deve-se evitar estar em jejum ou muito tempo sem comer antes de um treino. No entanto estar com “boas reservas”, não significa estar de barriga cheia, mas sim ter tudo o que precisa para uma boa prestação. Em treinos superiores a 1 hora, que potencialmente esgotam as reservas, é recomendado fazer uma refeição rica em hidratos de carbono, nas 3-4 horas anteriores. Esta estratégia é especialmente útil quando a ingestão durante o treino é inexistente ou limitada, ou quando o tempo de recuperação para o próximo é muito curto. A quantidade a ingerir de gorduras e proteínas deve ser moderada e baixa em fibras, ou seja com alimentos de fácil digestão, de modo a evitar a permanência no estômago. Nas 1-2 horas que antecedem um treino, poderá fazer um pequeno lanche, com uma pequena porção de hidratos de carbono, sem que esta cause desconforto.

Não há um consumo “ideal”, pois o melhor ajuste dependerá do desgaste imposto em função do exercício, do ambiente e das caraterísticas do atleta. Em treinos intensos e superiores a 1 hora, o factor mais determinante é a manutenção dos níveis de energia, ou seja, dos níveis de açúcar e insulina do sangue. Sendo aconselhado a ingestão de hidratos de carbono, 30-60g por hora, em intervalos regulares de 10 a 30 minutos, para atrasar a fadiga e antes que esta se instale. De modo a promover a ingestão voluntária de líquidos, as bebidas devem conter uma quantidade adequada de sódio, pois melhora o seu sabor e estimula a sede.

Depois do exercício

Por fim a restabelecer as reservas, deve-se consumir 7-10g/kg peso corporal, de hidratos de carbono nas seguintes 24h, mas eventualmente mais se o exercício for diário e extenuante ou houver lesão muscular. Uma vez que a taxa de recuperação é maior logo após o exercício, o atleta deve ingerir 1,0-1,5g/kg de hidratos de carbono na primeira meia hora, e iguais quantidades até às primeiras 4-6h. Quanto às proteínas, devem ser em pouca quantidade, exceto se o objetivo for o aumento da massa muscular, não excedendo as 10-20g. Ainda assim, a sua ingestão deverá ser acompanhada de hidratos de carbono, pois facilita a renovação muscular. Uma refeição adequada é capaz de repor as reservas, desde que se escolham alimentos apropriados. Estes devem ser: ricos em hidratos de carbono complexos (massas, cereais ou tubérculos); ricos em vitaminas e minerais (legumes, hortaliça e fruta) e uma boa fonte proteica (carnes brancas, peixe ou ovo). E não se esqueça, que a rehidratação é essencial para o bom funcionamento do organismo! Continuação de bons treinos, mas…bem nutridos!

Dra. Catarina Pinto Nutricionista acatarinap8@gmail.com

a meta - 39


Personal Trainer: João Sousa

email: joaosousa.j@gmail.com

TREINO DE ELÁSTICOS

O RESISTÊNCIA ÀS EXERCÍCIOS IDEAIS PARA LESÕES

40 - a meta

s elásticos de resistência são económicos e fáceis de transportar, devido ao peso e tamanho. Os exercícios com estes elásticos de resistência são vantajosos visto que os núcleos dos seus músculos exercitam durante o treino, ao contrário de outros exercícios força tradicional. Os elásticos tornaram-se mais utilizados devido aos resultados demonstrados na área de estética, nos Pilates, em aulas localizada e, inclusive, na área de fisioterapia por servirem de auxílio para recuperação de lesões.


a meta - 41


Estes exercícios têm duas opções de execução:

agachamentos

abdutores

1ª Opção: Em circuitos, nomeadamente 5 a 7 circuitos de 12 a 15 repetições, com intervalos de 20 a 30 segundos entre cada exercício. 2ª Opção: Realizar individualmente cada exercício de 4 a 5 séries com 10 a 12 repetições, com um intervalo de recuperação de 30 segundos.

1

2

1

2


triceps/ombro

remada 1 2

1 2


Benefícios do treino:

quadríceps

pernas/glúteos

- A execução dos movimentos exige um maior reagrupamento de fibras musculares, o que resulta na redução de boa quantidade de calorias. - Como todo exercício aeróbio melhora o sistema circulatório, reduz os níveis de stresse e evita a obesidade. - Gera fortalecimento muscular, tanto hipertrofia (desenvolvimento ou crescimento excessivo) quanto aumenta a resistência, resultando em consistentes melhoras no condicionamento físico e em maior resistência contra lesões.

1

2

1

2


bíceps

abdominais/oblíquos

- Os praticantes têm uma significativa melhora na coordenação motora, na mobilidade e apresentam maior flexibilidade. - Pode ser utilizado para tratamentos físicos pós-cirúrgicos.

1

2

1

2


AGENDA JULHO 2014 17 a 20 1 5/6 18/19 20 13 TERÇA

atletismo

Corrida do dia da região Local: funchal

QUINTA-FEIRA A DOMINGO

CICLISMO

IV Grande Prémio da Madeira

SEXTA SÁBADO

atletismo

SÁBADO E DOMINGO

campeonato regional absoluto Local: Centro Desportivo da Madeira (Ribeira Brava)

atletismo

Taça da Europa de Provas Combinadas (1 e 2ºLiga) Local: Centro Desportivo da Madeira (Ribeira Brava) Informações em: http://www.madeira2014.com

DOMINGO

atletismo

campeonato regional de montanha Local: porto moniz

DOMINGO

atletismo

Pico dos Barcelos - São Roque Local: Funchal

III Trail Ludens Machico Local: Machico Informações em: http://trailmx.ludensmachico.pt/

CICLISMO I Grande Prémio do marítimo local: são vicente

26

SÁBADO

atletismo

Circuito Horários do Funchal Local: Funchal

27

DOMINGO

ciclismo

3o Prova do Campeonato de DHI Local: Prazeres

46 - a meta


Parabén

s Davide

Silva

Revista A Meta em parceria com a Freshlook-Depilação Definitiva premiou mais um dos nossos seguidores, após a partilha do seu “MOMENTO DESPORTIVO”. Relembramos que n’A Meta existe mais do que uma oportunidade para serem vencedores. Obrigada Freshlook por associarem-se a este projeto.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.