A Meta Junho 2014

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EDITORIAL WELCOME VERÃO, BYE BYE PRIMAVERA FICHA TECNICA Direção Mónica Freitas e Nuno Lourenço Imagem Nuno Lourenço montagem e design SOFIA JESUS Redação Mónica Freitas Colaboradores desta edição: catarina pinto (Nutricionista) Aurélio Davide (Fotografia) Sofia Fernandes (Redação) Himura kenshin (Redação)

capa luís lopes (FOTOGRAFIA) sofia jesus ( EDIÇÃO E MONTAGEM)

contactos revistaametA@gmail.com revistaameta.com

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a distribuição, a comunicação pública ou colocação á disposição, da totalidade ou parte dos conteúdos desta publicação, com fins comerciais diretos ou indiretos, em qualquer suporte e por quaisquer meios técnicos, sem autorização da Revista A Meta. Revista escrita segundo o novo acordo ortográfico Periodicidade Mensal Nº 4 junho 2014

Estamos a nos despedir da Primavera e a pequenos passos do Verão. Foi com a influência regeneradora da Primavera que lançamo-nos neste novo projeto e fez o nosso jardim florir. Uma energia positiva que também é transmitida pelos atletas que acompanhamos ao longo destes meses. Lançamos um desafio aos nossos seguidores, que de forma afluente participaram e influenciaram a nossa decisão de manter estas iniciativas. O Verão é altura propícia a todo o tipo de atividades outdoor, desde desportos mais radicais, aulas de ginásios, ou seja, muita da atividade desportiva passa pela organização de eventos ao ar livre, como um convite para a prática da atividade física seja em que vertente for aproveitando o clima apetecível da ilha. De forma a preparar os desportistas para os dias de calor, propomos, ao longo desta edição, algumas soluções de forma a manter uma temperatura corporal equilibrada e poder fazer, de forma saudável, o seu exercício físico. Mantemoslhe a par dos resultados das principais competições de desporto outdoor madeirense. Acompanhe-nos pelos trilhos emocionantes da Ponta de Pargo, à velocidade da bicicleta e, em entrevista

exclusiva para A Meta, fique a conhecer o melhor rider português Emanuel Pombo. Trazemos, ainda, uma das novidades em equipamentos desportivos, a utilização do TRX (Treino em suspensão), sendo este fruto de um marketing mais competitivo e mais direcionado para a vida ativa, que a comunidade tem adotado. Esperamos que usufruam desta edição e mantenham a vossa leitura para as próximas. Sejam felizes com o desporto, ultrapassando as vossas metas.

Mónica Freitas

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ENTREVISTA

CAMPEÃO

E D

RODAS

EMANUEL POMBO

Idade:26 anos Naturalidade: Ponta do Pargo Modalidade: BTT

24

SUMARIO 03 EDITORIAL 04 Sumário 05 DESTAQUES

atletismo 10 GRANDE PRÉMIO 1º Maio 12 Circuito CD Nacional/bioforma 14 circuito do imaculado coração de maria 16 LII Pontinha/casa da luz

ciclismo 18 2a Prova do Campeonato Regional de DHI 20 3a Prova do Campeonato regional de CE trail 24 II Trail do funchal Entrevista 28 emanuel pombo: campeão de 2 rodas Reportagem 38 ii enduro challenge 2014

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+Saúde 48 importância da hidratação fitness 50 trx - treino em suspensão 56 AGENDA


DESTAQUES trail:

Madeirenses

na Transvulcania 2014

D

estacamos a presença de dois madeirenses na ultramaratona da Transvulcania, que decorreu no dia 10 de Maio na ilha de Las Palmas. Numa prova competitiva e que desafiava os atletas a percorrerem o total de 73.3 km de distância, tivemos a presença de Helder Fernandes, que chegou á meta após 12:37.57. Enquanto, o atleta Leonardo Diogo, obteve o excelente 2º lugar do escalão de veteranos, correspondente ao 25° do geral, concluindo a prova após 8horas e 13 minutos. Leonardo Diogo, desta forma, consolida o seu percurso no Ultra Trail Running, como um dos melhores traillers veteranos do circuito mundial.

Clube de Montanha do Funchal

no Azores Trail Run

fotos: carla del moral

D

ecorreu no dia 24 de maio, na ilha do Faial, a primeira edição do Azores Trail Run, competição constituída por duas provas com aproximadamente 200 participantes, entre os quais, alguns dos melhores trail runners internacionais. Com a participação de dois atletas do Clube de Montanha do Funchal: Lourens Naudé (7.ª posição à geral / 4.º SenM) e Nuno Gonçalves (13.º posição à geral / 5.º VetM40), foi Armando Teixeira o primeiro atleta a concluir os 48km que constituíam a prova principal.

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Madeirenses

DESTAQ

na 3° Taça de

Portugal de DHI

N

atletismo:

o dia 4 de maio, disputouse a terceira etapa da Taça de Portugal de DHI Vodafone, que realizou-se na zona de Tarouca, em Viseu. Francisco Pardal completou a manga decisiva em 2:48.664 minutos reforçando a liderança na geral da Taça na categoria de Elite. Esta competição contou com uma forte presença de atletas madeirenses, entre eles, e na corrida da Elite masculina, o internacional de BTT, Emanuel Pombo (Liberty Seguros/ MEO/CicloMadeira) que, após distanciar-se do vencedor, arrecadou o 4° lugar da geral, com a cronometragem de 2:55.383, enquanto o seu colega de equipa, Daniel Pombo, ocupou o 47º lugar. No top 10, houve a presença do atleta Pedro Silva (Caniço Riders/Mel de Cana /Ribeiro Seco), ao conseguir o 9° lugar da geral, finalizando a manga após 3:01.851. Na corrida feminina, obteve destaque a atleta madeirense,

Francisco Gouveia

conquista ouro no Europeu

ANA COSTA (Canico Riders/ Mel de Cana/Ribeiro Seco), que ao percorrer a distância total em 4:18.339, conquistou o 3° lugar do pódio, seguida por Stephanie Erens, da mesma equipa.

nacional de atletismo adaptado e conseguio conquistar duas medalhas de bronze, a primeira nos 800 metros, com o registo de 2:02.62 minutos e a última na distância dos 1500 metros, com o registo de 4:10.13 minutos.

FOTO: FPDD

E

ntre os dias 21 a 26 de maio, em Póvoa de Varzim, decorreu os campeonatos internacionais SU-DS de Atletismo, Judo e Ténis de Mesa, para Atletas com Síndrome de Down e o Campeonato Nacional de Atletismo Adaptado. Francisco Gouveia, atleta do clube Desportivo “Os Especiais”, este presente no campeonato internacional e vestiu a camisola das quinas em atletismo,de forma a contribuir para que Portugal sagrasse-se TriCampeão Europeu de Síndrome de Down. A grande prestação, deste atleta madeirense, recaio sobre a conquista da medalha de ouro nos 1500 metros, estabelecendo um novo recorde mundial, desta feita com o tempo de 10:42.78minutos. Para além desta vitória, conquistou o 2° lugar na prova dos 200 metros masculinos, com o registo de 33.91 segundos. Samuel Freitas, outro atleta madeirense e do mesmo clube, esteve presente no campeonato

Portugal bronze nos 20km marcha femininos

da Taça do Mundo

A FOTO: NUNO LOURENÇO

Seleção Nacional feminina conquistou, no dia 3 de maio, a medalha de bronze nos 20km

marcha na Taça do Mundo da disciplina, prova que teve lugar em Taicang, na China.


QUES Apuramento

para Campeonato Nacional de Clubes

D

benfica com

Alberto Paulo

FOTO: NUNO LOURENÇO

ecorreram nos dias 17 e 18 de maio, no RG3 e no Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, o apuramento para o Campeonato Nacional de Clubes. Conforme divulgação da Federação Portuguesa de Atletismo, apuraram-se as seguintes equipas madeirenses: A GDE e a AJS conquistaram a I Divisão Feminina e Masculina. A ADRAP com ambas equipas, ficando na III Divisão Feminina e na II Divisão Masculina. A CSM participou com a equipa feminina, classificandose para a II Divisão.

Madeira

N

os dias 17 e 18 de Maio, Pedro Silva, atleta do Clube Caniço Riders, esteve a competir para o Campeonato escocês de Downhill, em Ae Forrest. Conseguiu superar as dificuldades e trouxe na mala a vitória na sua categoria “Senior” e o 11º lugar á geral.

no Centro da Europa

Vice-Campeão O Europeu ealizou-se nos dias 24 e 25 de maio, em Vila Real de Santo António, uma competição europeia de atletismo em pista, com a participação do madeirense Alberto Paulo. Alberto Paulo, atleta do Benfica, obteve resultados que possibilitou a sua equipa ganhar o título de Vice-Campeão na Taça dos Clubes Campeões Europeus. O atleta madeirense fez a prova dos 3.000metros obstáculos, registando o 4 ° lugar com a marca de 8:49.91 minutos, enquando o vencedor da distância, o turco Tarik Akdag, fez a marca de 8:38.18 minutos.

Pedro Silva

no Campeonato escocês de Downhill

FOTO: ROBERT ERENS

R

Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, irá receber a Taça da Europa de Provas Combinadas (1ª e 2ª ligas), nos dias 5 e 6 de Julho de 2014.


olívia sousa

vencedora do passatempo

No passado mês de maio, A Meta lançou um passatempo através da sua página de Facebook. Esta iniciativa, direcionada a todos os leitores da revista, contou com a colaboração da loja de artigos desportivos, especializada em Triatlo e Trail, TRIZONE. O desafio apelou à criatividade de cada um, com a construção de uma frase com as palavras “A META”, seguida de uma votação on-online em: https://www. facebook.com/revistaameta?ref=hl A vencedora deste passatempo foi a Olívia Sousa com a frase: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe qual A META da sua vida” A Meta agradece a todos os participantes pela dedicação e deixa uma sugestão: mantenha-se atento à página de facebook da revista!



ATLETISMO

XVII

GRANDE PRÉMIO 1O MAIO FOTOS: NUNO LOURENÇO

A

Associação de Atletismo da Madeira comemorou o Dia do Trabalhador, no concelho da Ribeira Brava, com mais uma prova a contar para o ranking do Madeira a Correr. Numa manhã que esteve presente o sol, partiram para a estrada um total de 197 atletas, numa prova dividida em duas partidas, dando oportunidade aos mais novos de participarem nestas comemorações, num percurso mais curto (2.000 metros), enquanto, para os escalões Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos, o percurso total contabilizava 3.000 metros. Numa prova extremamente rápida, capaz de testar ao máximo a velocidade de cada atleta, saiu vencedor, o veloz, Bruno Moniz (ADRAP) após 8:58. Os restantes lugares do pódio foram alcançados pelos colegas de equipa, Tiago Silva e J. Manuel Gomes, respetivamente. Ambos, ultrapassando a linha de chegada abaixo dos 10 minutos. No setor feminino, Daniela Sousa (ADRAP), liderou a corrida e conseguiu manter a sua vantagem em relação às restantes atletas, chegando à meta após 10:55. Não muito distante e apenas alguns segundos depois, pisou o tapete, a sua colega de equipa Débora Silva e no último lugar do pódio, marcou presença Cecília Andrade (CAF). Coletivamente, a liderança nos setores masculino e feminino, foi da equipa da ADRAP.

BRUNO MONIZ DANIE


ELA SOUSA

CLASSIFICAÇÃO

MASCULINOS FEMININOS Juvenis

1º Elisabeth Gomes (ACDSJ )15:16

Juniores

Juvenis

1º José Gonçalves (ACDSJ) 10:15 2º Paulo C. Gonçalves (GDE) 10:32 3º Rogerio Pestana (ERBRAVA) 10:38

Juniores

1º Sandra Vieira (ADRAP) 13:30 2ºCatarina Gonçalves (CPCL) 13:49

1º Xavier Sousa (AJS) 10:33 2 º Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 10:51 3 º Marcio Moreira (IND) 11:33

Séniores

Séniores

1ª Daniela Sousa (ADRAP) 10:55 2ª Débora Mª Silva (ADRAP) 11:32 3º Catarina Dinis (DRA) 12:31

Veteranos

1º Cecília Andrade (CAF) 12:14 2º Maria Silva (CCDTHF) 13:02 3º Zita Jesus (ADRAP) 13:10

1º Bruno Moniz (ADRAP) 8:58 2º Tiago F. Silva (ADRAP) 9:13 3º J. Manuel Gomes (ADRAP) 9:26

Veteranos

1º Élvio Encarnação (AJS) 9:30 2º Américo Caldeira (CAF) 9:36 3º Eugénio Pinto (RCT) 9:54

a meta - 11


TIAGO SILVA O MAIS RAPIDO DE TODA A PROVA /

N A EQUIPA ADRAP OBTEVE VITORIA NOS MASCULINOS E FEMININOS /

o dia 3 de maio, decorreu o 1° Circuito do Clube Desportivo Nacional, organizado pelo Clube Desportivo Nacional em conjunto com a Associação de Atletismo da Madeira e com o apoio da Bioforma, com a participação de 211 atletas. Com o intuito de alargar a competição a toda a comunidade, a comissão organizadora não cobrou as inscrições e premiou todos os participantes da prova com um ingresso para o jogo de futebol C.D. Nacional vs Sporting C.P. e com uma t-shirt alusiva ao evento. Este circuito decorreu em redor da “casa” do C.D. Nacional, logo a partida e a meta encontravamse junto à entrada principal do Estádio da Madeira (Choupana). Os participantes para percorrerem o circuito, com o total 5.000 metros, tinham de pertencer aos seguintes escalões: Juvenis, Juniores,

CIRCUITO

DO CLUBE DE FOTOS: cd nacional 12 - a meta


211 ATLETAS 5.000 METROS Seniores e Veteranos. Nos masculinos o pódio foi preenchido pela ADRAP, Tiago Silva, o mais rápido, concluiu a prova após 15:32. O grande espírito de equipa permitiu a conquista dos restantes dois lugares do pódio, através de J. Manuel Gomes e Carlos Freitas, respetivamente. Nos femininos a luta para o pódio, revelou-se mais feroz, mas Daniela Sousa (ADRAP) acabaria por alcançar a vitória, com a cronometragem de 20:06, apesar de no mesmo minuto, terem-se mantido a sua colega de equipa, Débora Silva, e a atleta Cristina Nascimento (CAF), que desta forma arrecadou a 3ª posição do pódio feminino. Coletivamente, a equipa da ADRAP obteria a vitória nos femininos e masculinos, deixando para segundo a equipa do CAF, também em ambos os setores.

c l a s s i f i c a ç ã o Masculinos Juvenis 1o Paulo Pinto 2o Angel Gama

(ZAPCAR) 19:27 (Individual) 22:39

Juniores

Femininos

1o Miguel A. Gouveia (ZAPCAR) 18:00 2o Vítor Hugo Morgado (ADRAP) 18:41 3o Bruno F. Correia (ZAPCAR) 21:14

Juniores

Séniores

Séniores

1o Bárbara Fernandes (Individual) 27:58 2o Catarina Gonçalves (CPCL) 37:16

1 Tiago Silva (ADRAP) 15:32 2o J. Manuel Gomes (ADRAP) 15:54 3o Carlos E. Freitas (ADRAP) 16:10

1o Daniela Sousa (ADRAP) 20:06 2o Débora Mª Silva (ADRAP) 20:19 3o Cristina Nascimento (CAF) 20:27

Veteranos

Veteranos

o

o

1 Américo Caldeira (CAF) 16:24 2o Eugénio Pinto (RCT) 16:51 3o Élvio Encarnação (AJS) 17:06

1o Cecília Andrade (CAF) 21:42 2o Maria Silva (CCDTHF) 23:08 3o Zita Jesus (ADRAP) 23:16

ESPORTIVO NACIONAL /BIOFORMA a meta - 13


FOTOS: ricardo spinola

XX CIRCUITO

IMACULADO CORAÇÃO

DE MARIA N

CLASSIFICAÇÃO

o dia 11 de maio, saiu à estrada, pela vigésima vez, o Circuito Imaculado Coração de Maria. Esta prova foi organizada pela Associação de Atletismo da Madeira, contando com o apoio da Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria e da Câmara Municipal do Funchal. De forma a abranger toda a população, antecipou-se à corrida principal uma marcha/passeio permitindo, também, que houvesse uma maior contribuição, em géneros alimentícios, para a causa solidária da instituição “Monte de Amigos”.


A vitória da Daniela Sousa e de Tiago Silva Esta prova contou para o Ranking do Madeira a Correr, pontuando para a classificação coletiva e individual, teve a extensão aproximada de 3.900 metros, sendo a partida e a meta no mesmo local, isto é, na Rua da Levada de Santa Luzia. A competição destinada aos escalões de Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos, obteve um total de 208 atletas. Na chegada á meta, houve apenas algumas alterações nas posições, relativamente às anterores provas, em ambos os setores, porém, os nomes dos corredores da frente mantêm-se inalteráveis. A vitória da Daniela Sousa (14:12) e de Tiago

Silva (11:36), ambos atletas da ADRAP, nesta prova, faz com que se mantenham na conquista do título de campeões no Ranking do Madeira a Correr. Coletivamente, a equipa da ADRAP obteve a vitória nos femininos e masculinos, remetendo para segundo lugar a equipa do CAF, também em ambos os setores.

MASCULINO

FEMININO JUVENIS

JUNIORES

SÉNIORES

1o Mariana Gomes (IND)

20:21

1o Leandro Franco (Adrap) 2o Paulo Pinto (ZAPCAR)

13:38 15:13

1o Bárbara Fernandes (CNOpSÉ)

20:19

1o Miguel A. Gouveia (ZAPCAR) 2o Vítor morgado (Adrap) 3o Bruno F. Correia (ZAPCAR)

13:10 14:21 15:38

1o DANIELA SOUSA (ADRAP)

14:12 14:38 15:00

1o TIAGO Silva (ADRAP)

11:36 11:37 12:20

15:44 16:52 16:59

1o américo caldeira (caf)

2o Débora Silva (ADRAP) 30 Cristina Nascimento (CAF)

1o Cecília Andrade (CAF) VETERANOS

o

2 Zita Jesus (ADRAP) 30 Maria Silva (CCDTHF)

2o CARLOS FREITAS (ADRAP) 3O Roberto prioste (cAF)

o

2 Carlos Nóbrega (MCDON) 3O Carlos Fernandes (CCDCm)

12:27 12:35 12:27

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FOTO: NUNO LOURENÇO

BRUNO MONIZ VENCE PROVA MASCULINA

16 - a meta


H

á 52 anos que ocorre a corrida PontinhaCasa da Luz, uma prova mítica do atletismo, que este ano ocorreu no dia 25 de março. Esta prova foi organizada pela Associação de Atletismo do Funchal e contou com a parceria dos Portos da Madeira e do Clube Naval do Funchal. A iniciativa permitiu associar, mais uma vez, a vertente competitiva à causa solidária, revertendo o valor das inscrições da corrida e da Marcha /Passeio para a Associação “Garota do Calhau”. Numa competição destinada aos escalões de Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos, marcaram presença 255 atletas que contaram com uma extensão aproximada de 2.000 metros para percorrer. A partida foi do extremo do molhe da Pontinha e estava garantida a vitória para os mais velozes, capazes de cortar a meta junto ao Cais do Funchal em menos tempo. Em apenas 5:39, o atleta mais rápido a chegar à meta foi Bruno Moniz (ADRAP), seguido pelo seu colega de equipa Tiago Silva, e dois segundos depois, finalizava a sua prova, Roberto Prioste (CAF) com o tempo de 5:55. No setor feminino, liderou a corrida a atleta da ADRAP, Daniela Sousa, com o tempo de 6:52 e, a poucos segundos de diferença, chegou Débora Silva (ADRAP), e a ocupar o último lugar do pódio tivemos Cecília Andrade (CAF). Coletivamente, a ADRAP mantém a conquista de vitórias no “Madeira a Correr”, com as equipas femininas e masculinas a somarem ambas 10 pontos.

lii PONTINHA / CASA DA LUZ

MASCULINO

FEMININO JUVENIS

JUNIORES

SÉNIORES

1o Vadim Parkhomchuk (CFA-M) 2o Paulo gonçalves (gde) 2o diogo nóbrega (adrap)

06:22 06:34 06:44

2 Patrícia freitas (Aquagym-opt sé) 10:27 30 Marlene gonçalves (ind) 10:37

1o Miguel A. Gouveia (ZAPCAR) 2o Valentim fernandes (ajs) 3o Vitor morgado (adrap)

06:13 06:26 06:43

1o DANIELA SOUSA (ADRAP)

06:52 06:56 07:48

1o bruno moniz (ADRAP)

05:39 05:53 05:55

07:41 08:13 08:16

1o américo caldeira (caf)

1o Mariana Gomes (IND)

1o Bárbara Fernandes (CNOpSÉ) 09:56 o

o

2 Débora Silva (ADRAP) 30 Carla figueira (CAF)

1o Cecília Andrade (CAF) VETERANOS

09:00

o

2 Zita Jesus (ADRAP) 30 manuela morgado (CCDTHF)

2o Tiago silva (ADRAP) 3O Roberto prioste (cAF)

o

2 Carlos Nóbrega (MCDON) 3O Carlos Fernandes (CCDCm)

06:08 06:17 06:19

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A FOTOS: NUNO LOURENÇO

pós ter sido adiada a primeira prova do Campeonato Regional de Downhill, por motivos de segurança, a Associação de Ciclismo de Madeira, inaugurou a primeira competição do Campeonato de Downhill, sendo favorecida com excelentes dias de sol. No fim-de-semana de 10 e 11 de maio, na Pista do Ovo Girão, decorreu a segunda prova de Downhill do Campeonato Regional, contando com algumas novidades implementadas pela equipa de terreno Bike Bus, responsável pela elaboração do traçado da pista. Esta vertente de BTT, numa pequena comparação com o ano de 2013, registou, de forma gradual, mais adeptos. Estiveram inscritos 108 riders, distribuídos pelos seguintes escalões: Escolinhas, Femininos, Promoção, Cadetes, Master A e B, Juniores e Elite, sendo que na hora da descida o total foi de 98 saídas. Como é comum neste tipo de prova, o 1º dia foi ocupado pelos treinos livres, permitindo aos atletas testarem o terreno e todo o material que iriam fazer uso na prova. Para o 2º dia, estava reservada uma prova extremamente rápida e cheia de adrenalina, constituída por duas descidas oficiais e capaz de proporcionar um magnífico espetáculo de saltos, reforçado pela presença do internacional de BTT, Emanuel Pombo do Liberty Seguros/MEO/CicloMadeira, um dos candidatos ao título de campeão regional de downhill.

PEDRO SILVA DEU LUTA AO CANDIDATO AO TÍTULO

EMANUEL POMBO

D

esde cedo percebeu-se o potencial de alguns riders capazes de dar luta a Emanuel Pombo, principalmente, dentro do escalão de Elites, onde Pedro Silva, atleta revelação do Caniço Riders, terminou a primeira descida a quatro segundos após o primeiro classificado da geral. Na segunda descida oficial, Emanuel Pombo executou uma descida ao limite e mesmo após uma queda, conseguiu garantir a vitória com o melhor tempo de 00:02:34:928 segundos, sobrando o 2º lugar do pódio para Pedro Silva com a cronometragem de 00:02:36:820 segundos. A última posição do pódio coube ao atleta do escalão de Juniores, Diogo Soares da Ciclo Madeira Clube Desportivo, com o melhor tempo de 00:02:46.502 segundos. No que se refere à classificação por equipas, esta foi dominada pelo Ciclo Madeira com 3 pontos, seguidos do Caniço Riders com 4, e do Município do P. Moniz/ CN Seixal com 19 pontos.


CLASSIFICAÇÃO Elite 1º Emanuel Pombo (Ciclo Madeira Clube Desportivo) 00:02:34.928 2º Pedro Silva (caniço Riders) 00:03:27.999 3º Alexandre Gouveia (CDR Prazeres) 00:03:37.149

Escolinhas 1º João G. Nóbrega (ciclo Madeira Clube Desportivo) 00:03:25.670

Femininos 1ª Ana Carolina Costa

(Caniço Riders ) 00:03:32.146

Promoção 1º José Silva

00:02:55.766

Cadetes 1º Hugo Amaro

(caniço Riders) 00:02:53.497

Juniores 1º

Diogo

Soares

(Ciclo

Madeira

Clube

Desportivo)

00:02:46.502

Master A 1º Ricardo Pinto (Ciclo Madeira Clube Desportivo ) 00:02:54.804

Master B 1º Rafael Rodrigues

(Caniço Riders) 00:02:59.379

Coletivamente 1º Ciclo Madeira Clube Desportivo -3 pts 2º Caniço Riders- 4 pts 3º Município do P. Moniz/ CN Seixal - 19 pontos.


E C E D a prova 3

O T A N O E P M CA

L A N O I G E R ETA H L A C

s estrada io, as Prova do a m 18 de correr a 3ª de o dia iclismo a ra de a C p e s d a l elho d escolhid ato Regiona o conc a n o e m p a r m Ca nce , perte otal Estrada al, o t e ip c in r . p ão, qu Calheta , na prova ompetiç tensão a c ç n e e d s e s x am pr escalõe o com uma e Marcar d s, dos a a t ç s a r li t ic c m eitos de 35 orrer u oram f ão f de perc a v m o a r h t tin desta p o pelo 4kms. metros permitindo a , sendo ó il de 45. u q eiros Pargo lmo, Os prim mo mais ca nta do dos ciclistas, o P à it r té a um retorno nto, a rso até r-se ju rcado para o ercurso inve e t n a m p a local m idamente, o , nos u este o g e s apenas do, , n iu la g a r d u s pe acesa o pódio puta estava ta. d e s lh e a r C a (C.S. g à is pelos lu a etapa. A d rdo Gouveia tara t lu A d as ica 5kms mas R ) viria a af é s um últimos tro ciclistas, f ó a p C A ria. Bar ua ó q it a v a h r in a a p r nicípio eir o/Barr ios para obte ide Silva (Mu im ít r a M pódio ár av advers sou a meta D ando o erna s h o c d e f e e s as iro/Tab , ultrap /C.N. Seixal) arvalhe C minuto iz . F n . o C ( to M andes do Por or Fern ít V s o tivem uina). da Esq

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URÉLIO FOTOS: A

DAVIDE

a meta - 21


ร conquista

dos aรงores


v A

Grande Prémio

liberty seguros

s equipas de ciclismo, Município do Porto Moniz/ C.N. Seixal e o Club Sport Marítimo/Barreirinha Bar Café iram participar no V Grande Prémio Liberty Seguros, prova inserida no calendário nacional da Federação Portuguesa de Ciclismo, que se realizará nos Açores, na Ilha de São Miguel, entre os dias 7 e 10 de Junho. A prova é composta por 4 etapas num total de 281km, passando por paisagens magníficas, tais como a Lagoa do Fogo. O objetivo de ambas as equipas passa por dignificar a Região Autónoma da Madeira, por obter vitória nas classificações individuais, tais como, camisola amarela, da montanha ou

a dos pontos, culminando com a vitória na classificação coletiva. A equipa do Município do Porto Moniz/C.N. Seixal irá contar com alguns dos seus melhores elementos: Daniel Pegado (Master 30), Davide Silva e Paulo Batista (Elites) e Cláudio Prioste (Sub23). Os dirigentes são Diretor Desportivo Paulo Vieira e do staff técnico de apoio composto por Renato Ferreira, Luís Gouveia e Luís Abreu. A equipa do Club Sport Marítimo/ Barreirinha Bar Café conta com os seguintes elementos: Ricardo Gouveia (Elite), Duarte Freitas (Master 40), Miguel Rodrigues (Elite), Paulo Freitas e Bruno Freitas (Sub23). Os dirigentes são António Rodrigues e Fábio Teixeira.


II

TRAIL FUNCHAL N

o dia 18 de maio, ocorreu a segunda edição do Trail do Funchal, uma prova organizada pelo Clube Aventura da Madeira e que confirmou a afluência da prática do Trail Running na Madeira, com a participação de 401 atletas, distribuídos pelos diversos percursos disponibilizados pela organização. O Clube Aventura da Madeira estabeleceu um formato diferente nesta edição, apostou em concentrar a prova somente em áreas de montanha, com as partidas e chegadas na zona da Ribeira das Cales, assim como, lançou a primeira prova, de Trail Running para jovens menores de idade, que se realizou na Madeira. Antecedendo da prova dos jovens, ocorreu um passeio, a todos os interessados, pelo Parque Ecológico do Funchal para a visita aos Viveiros de Plantas e com a possibilidade de assistir ao desenrolar das provas. Os dois percursos mais extensos, Trail Zona Militar da Madeira (TZMM)

com distância total de 25km e Trail Funchal (TFX) com distância total de 15km, pontuaram para o Circuito de Trail Running Madeira 2014. Além de alguma dureza durante o percurso, o sol fez assídua presença durante toda a prova,aumentando os termómetros dos atletas de 15km e 25km. A prova principal desta edição foi o TZMM, com 25km de extensão e um desnível positivo de 1150m. Após saírem da Ribeira das Cales, os atletas deram uma volta no interior do vale e passaram novamente na zona de partida, sendo a próxima paragem no Pico Alto. O percurso, ainda, incluiu a passagem pelos caminhos florestais no interior do Parque Ecológico do Funchal e pelo ponto mais elevado do percurso, isto é, a Casa do Areeiro, efetuando, seguidamente, mais uma subida até o regresso ao ponto de partida.



CLASSIFICAÇÃO Trail TFX Escalões Sub 12

Hugo Araújo (Individual)

Sub 14 Maria Gomes (Ergoram) Nuno Sousa (Individual)

Sub 16

Diva Castro (Individual) Henrique Gama (Esco´l@r)

Sub 18 Cláudia Soares (Clube Aventura da Madeira) Pedro Rocha (CP Telecom)

Luís Fernandes e Cristina Nascimento

vencedores do TZMM O atleta do ACD Jardim da Serra, Luís Fernandes, cedo se destacou na corrida para a vitória e acabou por vencer o TZMM 25km, com o tempo de 2:014:23, mas teve sempre por perto Leonardo Diogo (CAMadeira) que terminou em segundo, com diferença de 59 segundos, e em terceiro lugar, Marco Silva (Individual). No setor feminino, Cristina Nascimento (CAMadeira), retornou às vitórias, concluindo os 25km em 2:51:58. Na segunda posição, classificou-se Lúcia Franco (Individual) com o tempo de 2:54:39, e no terceiro lugar ficou Luísa Viveiros (CAMadeira), com 3:03:36. No TFX 15km, destaque para Jorge Pimenta, da PSP, que venceu com o tempo de 1:19:56, com alguma diferença da segunda chegada por Flávio Remesso (ANAM/SSLCI), com a cronometragem de 1:25:08, seguido pelo seu colega de equipa, Gregório Rodrigues, com 1:26:15. Na mesma distância, no setor feminino, a vencedora foi Rubina Xíxaro com 2:04:55, em segundo Bárbara Fernandes e ocupando o último lugar do pódio, Luzia Camacho. Na classificação coletiva, relativa à prova principal (TZZM 25km), por equipas masculinas a vitória coube à AJS, o RG3 em segundo e na última posição o CAMadeira. Na classificação por equipas femininas venceu o CAMadeira e na segunda posição a equipa da Urban Hair Team.

Trail TzMM 25KM Geral Masculina 1.º Luís Fernandes (AJS/ZMM) -2:14:23 2.º Leonardo Diogo (CAMadeira) - 2:15:22 3.º Marco Silva (Individual) - 2:16:47

Geral Feminina 1.ª Cristina Perestrelo (CAMadeira) – 2:51:58 2.ª Lucia Franco (Individual) – 2:54:39 3.ª Luísa Viveiros (CAMadeira) – 3:03:36

Trail TFX 15Km Geral Masculina 1.º Jorge Pimenta (PSP) – 1:19:56 2.º Flávio Remesso (ANAM/SSLCI) – 1:25:08 3.º Gregório Rodrigues (ANAM/SSLCI) – 1:26:15

Geral Feminina 1.ª Rubina Chícharo (Individual) 2:04:55 2.ª Bárbara Fernandes (Individual) 2:06:23 3.ª Luzia Camacho (Individual) 2:07:03

Classificação Coletiva masculina 1.º ACD Jardim da Serra 2.º RG3 3.º Clube Aventura da Madeira

Classificação Coletiva Feminina 1.º Clube Aventura da Madeira 2.º Urban Hair Team

Resultados finais http://trailfunchal.camadeira.com/?page_id=1608

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a meta - 27


CAMPEテグ E D

RODAS

EMANUEL POMBO Idade:26 anos Naturalidade: Ponta do Pargo Modalidade: BTT


foto: madproduction


Entrevista Emanuel Pombo

Uma carreira de

F

desafios e vitórias

oi desde míudo, nas brincadeiras com o seu irmão, que surgiu o interesse de Emanuel Pombo para a modalidade de BTT, a bicicleta tinha-se tornado como um amor à primeira vista. Praticante da vertente de Downhill, conquistou diversos títulos regionais, nacionais e encontra-se entre os 30 melhores raiders do mundo. Hoje, aos 26 anos e após concluir licenciatura em turismo, os seus objetivos já passam por mostrar ao mundo, as potencialidades da prática do BTT na sua terra.

“Começamos com os nossos amigos a fazer pistas atrás da minha casa”

A META:Como foi o seu percurso inicial, na modalidade do BTT?

EMANUEL POMBO:Eu aprendi a andar de bicicleta tinha os meus 12 anos, na altura, por ter dito boas notas, recebi uma bicicleta normal. Dois anos mais tarde, tivemos acesso á Internet, na Ponta do Pargo, então eu e o meu irmão pesquisamos o que era Downhill. Começamos com os nossos amigos a fazer pistas atrás da minha casa, e passado cerca de um ano houve uma prova, na qual participei com uma bicicleta emprestada e a ascensão desportiva começou a partir daí, tinha eu 15 anos.

A.M:Tendo consciência que é uma modalidade que envolve alguns riscos, como foi a aceitação dos seus pais e familiares?

E.P:À minha mãe fazia confusão ver uma prova, pois tem um risco mais elevado que as outras modalidades, é mais radical. Eu e o meu irmão estarmos na mesma modalidade deu-lhe mais um pouco de segurança, apesar de, quando íamos a uma prova, ela fechava os olhos sempre

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que passávamos. Eu ia fazer na mesma, fosse na vertente profissional ou amadora, pois é uma modalidade que, com tempo e experiência, vaise aprendendo.

A.M:Porque o downhill e não outra vertente do ciclismo, ou até mesmo outro desporto?

E.P:Foi o que mais me cativou. Pratiquei atletismo, joguei futebol, mas nenhum chamavame atenção como o Downhill. Aliás, eu gosto de tudo que seja de duas rodas, mais o Downhill. Chamou-me atenção o facto de, por exemplo, na prática do atletismo ou do futebol, as pistas ou o campo de futebol é sempre igual. No Downhill não, nas diferentes zonas que estejamos a correr é diferente de pista para pista. Mesmo a nível mundial, de país para país o tipo de terreno varia, as condições climatéricas, a bicicleta. Posso dizer que são diversos os factores que influenciaram a minha participação nestas competições.

A.M:Mencionou a preferência de modalidades de duas rodas, mais concretamente quais? E.P:Eu as faço como parte do treino de Downhill. Gosto muito de motocross, de bicicleta de estrada, de Enduro. Tudo o que tenha rodas eu faço.


foto: robert erens

foto: luis lopes

logo que tive uma bicicleta aproveitei ao máximo, mesmo não tendo as condições ideais

A.M:Teve uma grande e rápida ascensão nesta modalidade, como foi a nível de apoios?

E.P:Eu desde pequeno que gostei de bicicletas, mas os meus pais não tinham possibilidades de me darem uma. Por isso, logo que tive uma bicicleta aproveitei ao máximo, mesmo não tendo as condições ideais. Esta é uma modalidade, que mesmo com apoio é caro. Não é como jogar futebol, que basta uns calções, aqui o equipamento é muito caro, inclusive, parte da logística para treinar implica teres uma carrinha e um condutor, algo que não era viável na altura e dificultava as coisas. Atualmente, para descer eu subo na carrinha e desço com a bicicleta. Na primeira prova com um bom resultado, tive o apoio do Paulo Sousa, do clube Ciclo Madeira. Após essa prova, perguntou-me se queria entrar para a competição no Campeonato Regional, eu disse que sim, só tinha de ter a bicicleta, eles arranjaram-me o equipamento e após os bons resultados no regional, eles trataram de eu ir fazer uma prova a nível nacional.

plena competição a percorrer uma pista a grande velocidade, em cima da sua bicicleta?

E.P:Eu por vezes tento entender o que sinto, mas é difícil, pois difere de prova para prova e do estado de motivação. Quando estou realmente focado, não penso em nada, o segredo é esse, por mais estranho que seja. Ao mesmo tempo é uma sensação de separação de tudo o que me rodeia, é liberdade e adrenalina, acho que é isso que sinto. O facto de encaixar, meses de treino, numa descida única de 2 ou 4 minutos, é difícil. Envolve não é só parte física, mas é preciso a parte técnica e psicológica. Porque para mim, em competição, a parte psicológica é a mais importante e mais forte.

“tiv e Sou o apo Cicl sa, do c io do P a oM l u ade be ulo ira”

A.M:O que sente quando está em

a meta - 31


2003 CAMPEÃO NACIONAL DE CADETES VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL CADETES

2004 CAMPEÃO NACIONAL DE JUNIORES VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL JUNIORES

2005 CAMPEÃO NACIONAL DE JUNIORES VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL JUNIORES

2007 CAMPEÃO NACIONAL DE ELITES DHI

2008 CAMPEÃO NACIONAL DE ELITES DHU

2009 VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL ELITES DHI VENCEDOR DO TROFÉU DHX

2010 VENCEDOR DO TROFÉU MAXXIS INTERNACIONAL CAMPEÃO NACIONAL DE ELITES DHI VENCEDOR DA TAÇA DE PORTUGAL ELITES DHI

2011 VENCEDOR DO TROFÉU MAXXIS INTERNACIONAL CAMPEÃO NACIONAL DE ELITES DHU

2012 CAMPEÃO NACIONAL DE DHI

2013 VICE-CAMPEÃO NACIONAL DE DHI

32 - a meta

“para mim, em competição,

a parte psicológica é a mais importante e mais forte.”

A.M:Qual a maior dificuldade, numa prova de downhill?

E.P:Neste momento, a minha maior dificuldade é gerir a pressão e as emoções, muitas das vezes criada por mim próprio, para só depois conseguir-me focar.

A.M:Este é um desporto que exige muitas horas de treino? E.P:Sim, exige muita variedade de treino.

A.M:Pode ser mais preciso?

E.P:No Downhill temos de ser bons a pedalar, ter uma boa capacidade física, mas também ter bastante técnica e uma boa parte superior do corpo, que vai levar muita pancada. Logo, o treino divide-se em treinos de bicicleta de estrada, de enduro e downhill, complementando com treinos de ginásio. Posso dar um exemplo de um plano de treinos semanal, em que tenho três treinos de ginásio, três treinos de bicicleta de estrada e três treinos de bicicleta de downhill. Normalmente são treinos bi-diários.

A.M:Quais os spots que elege para a prática, desta modalidade, em Portugal Continental e nas ilhas?

E.P:Qualquer parte da ilha da Madeira é bom para a prática. Sou suspeito a dizer, mas a parte da Calheta, na Ponta do Pargo é o meu spot favorito, pois são zonas rápidas e de saltos, boas para a prática do Downhill. A nível nacional, gosto muito do Bike Park


em Ponta de Lima e uma serra, que é a Serra da Lousã, são os dois preferidos.

A.M:Após tantos anos com uma bicicleta SPECIALIZED, porque a mudança para uma GP?

E.P:A mudança deveu-se a várias razões, mas uma delas foi que eu precisava de mudar de ares, mudar para algo novo, no fundo enfrentar um novo desafio. Com uma bicicleta nova, sistema de travões e suspensões novos, eu tinha de me adaptar e assim, dar uma lufada de ar fresco à minha carreira.

lhe faz mais falta?

E.P:Tirando as pessoas, é mais as paisagens e os cheiros da montanha. Apesar de competir praticamente na montanha, as nossas fazem-me relembrar a minha infância.

A.M:Qual a dica que deixas para quem está a iniciar-se no Downhill?

E.P:Usar sempre as proteções entre elas, capacete integral, goggles (proteção para os olhos), joelheiras, cotoveleiras e proteção de costas. A bicicleta deve ter o mínimo de equipamento para o Downhill, pode ser uma bicicleta de iniciação. Depois para quem vai à primeira prova, divertir-

“neste momento estar a competir ao lado de pessoas que admiro Para mim é um sonho concretizado e um orgulho” A.M:As provas que faz na Madeira têm para si outro sabor?

E.P: Gosto de competir cá porque é menos pressão, estou mais relaxado e com os amigos, logo é mais divertimento. Outro ponto importante e que me cativa é porque as nossas pistas têm um bom grau de dificuldade.

A.M:Descreve-nos competir ao lado mundo?

a sensação dos melhores

de do

E.P:Para mim é um sonho, alguém como eu, que era da Ponta do Pargo, que tinha poucas alternativas para chegar até lá, e neste momento, estar a competir ao lado de pessoas que admirava, para mim é um sonho concretizado e um orgulho. Felizmente, a ilha da Madeira já começa a ser mais conhecida por estes praticantes de Downhill, devido aos nossos trilhos e toda a sua divulgação.

se é o essencial. O meu conselho é, nunca travar com o travão da frente bruscamente, usar sempre os dois travões, lembrar-se sempre, de travar antes da curva e não em cima ou depois, porque pode dar queda. Nas curvas, travar antes e sair a velocidade, a fim de precaver as situações. Eu tenho um lema: “Entrar a gatinho e sair a leão” Eu antes de descer de bicicleta, desço a pé para memorizar a pista. Eu, também, em competição, costumo fazer exercícios de visualização, cinco minutos antes de sair, concentro-me um pouco, fecho os olhos e visualizo a pista onde vou passar, e depois aquilo sai automático. O último conselho que deixo é praticarem esta modalidade em grupo, porque é mais fácil de socorrer em caso de queda, não aconselho individualmente mas se o fizerem levem sempre o telemóvel.

A.M:Quando ausenta-se da região o que

a meta - 33


Sinto que todos os

dias posso ir um

pedacinho mais,

adoro o que faço.


foto: luis lopes


“quero continuar

a dar o meu melhor e, se possível, ficar entre os 20 melhores

do mundo”

A.M:O Emanuel veio dar vida ao concelho da Calheta, através de um novo projeto. Em que consiste?

E.P:Este ano, estou a ter o apoio da Câmara Municipal da Calheta, que é, sem dúvida, uma ajuda enorme nas despesas que a competição acarreta. Em contra partida, o objetivo é fomentar o mercado de turismo ativo, das bicicletas, no próprio conselho. Nós temos muitos e excelentes trilhos, o objetivo passa por criar condições para a prática do BTT, no concelho da Calheta, de forma a alavancar a economia local. Por exemplo, neste momento as provas de Downhill e outras, vêm dar uma ajuda extra à economia local, zonas na Ponta do Pargo, Prazeres e Fajã da Ovelha, como restaurantes e isso, que não viam muitas pessoas, a não ser os turistas de fim-de-semana, hoje em dia têm muito pessoal da bicicleta e isso vai gerando algum movimento, é um pouco nessa ordem de ideias.

A.M:O Emanuel foi um dos embaixadores “Wings for Life Worls Run Portugal”, qual foi a razão para este apoio?

E.P:Eu apoiei esta Fundação “Wings for life”, porque, em 2010, tive uma lesão grave na coluna, na Taça do Mundo, em Itália, tendo fraturado a minha vertebra D3. Pôs em risco a minha saúde, podia ter ficado paraplégico, e a minha carreira desportiva, cheguei mesmo a pensar desistir. Posso dizer que perdi um pouco das capacidades que tinha, que era andar no limite. Posteriormente, nas minhas pesquisas descobri esta fundação, que tem como objetivo, a pesquisa para lesões na espinal medula. Quando soube que,

36 - a meta

nesta corrida todas as receitas iriam reverter para esta fundação, contactei a organização e disse que estava disponível para apoiar, porque podia ser eu a precisar dessa ajuda. Como tive o grande susto da lesão, decidi que queria apoiar e vou continuar a apoiar esta fundação. Vejo a lesão de duas formas, inicialmente, via como a pior coisa do mundo, foi como um atraso de vida na minha carreira desportiva, poderia estar um pouco mais longe. Noutra perspetiva, mudou a maneira de eu ver as coisas, tornou-me um pouco mais responsável, dedicado, metódico e mais consciente das coisas, inclusive, ao mesmo tempo mais agradecido por tudo o que conquistei. Sinto que todos os dias posso ir um pedacinho mais, adoro o que faço.

A.M:Com um percurso já recheado de vitórias, o que ainda pretende alcançar na sua carreira desportiva?

E.P:Levo o Downhill, atualmente, como um desafio pessoal. Tenciono, este ano, conquistar a 10º Camisola de Campeão Nacional. O sonho de ser o melhor do mundo mudou desde a lesão, já não ponho muitos objetivos, apenas quero continuar a dar o meu melhor e, se possível, ficar entre os 20 melhores do mundo. Na altura que tive lesão, estava numa época que ganhei tudo em Portugal e ainda somei bons resultados nas provas do mundial, faltava duas semanas para o campeonato da europa e do mundo, inclusive, estava no último ano da licenciatura em Turismo. Tudo corria como tinha planeado, dum momento para o outro as coisas desabaram um pouco. Hoje existe mais conhecimento, as pessoas dão mais atenção ao treino, à alimentação e outras coisas á volta. Cada ano que passa, cada um busca o máximo de rendimento. Neste momento a minha maior dificuldade, é adaptar-me a essas mudanças, porque o tempo é limitado e as coisas passam a correr. Eu gosto sempre de ter os pés assentes na terra, eu sei que o Downhill não vai durar para sempre e precisava de encontrar algo que gostasse para trabalhar no futuro, envolvendo o turismo rural, natureza e desporto.

A.M:Quais os seus ídolos?

E.P:Tenho várias pessoas que admiro, pela sua luta diária, humildade e acreditarem nos seus sonhos. No Downhill, um dos meus ídolos é o Greg Minnaar, pela sua postura e consistência em competição.


foto: paulo gouveia



ENDURO II

C H A L L E NG E 2 0 1 4 fotos: nuno lourenรงo


O D N I T E P M

O C , O D N A L A D E P LAXANDO E RE

O

ENDURO CHALLENGE 2014 foi um projeto criado pela empresa Freeride Madeira que realizou-se no dia 3 de Maio nas serras compreendidas entre a Fonte do Bispo, Ponta do Pargo e Raposeira. Com o objetivo de fazer crescer a prática do BTT na nossa região, acompanhamos a empresa Freeride Madeira e todos os participantes neste evento, que retratou o que de melhor há na Madeira em termos de recursos para a prática da vertente de mountain bike.

O ligação - 10 min ligação - 30 min ligação - 30 min ligação - 25 min

almoço - 14:30h

ligação - 15 min

40 - a meta

Enduro Challenge ocorre pelo segundo ano consecutivo, na ilha Madeira e por iniciativa da empresa Freeride Madeira. Um evento que aliou a prática desportiva com a descoberta da natureza. A edição do ano de 2013, o percurso incluiu partes do Concelho da Calheta, com início da prova na Ponta do Pargo, passagem pela Fajã da Ovelha e término no Paul do Mar. O Enduro é uma vertente do ciclismo pouco conhecida na Madeira, proporcionando grandes aventura nos trilhos das nossas serras. Essencialmente, consiste em percorrer um trajeto caracterizado por percursos longos e desnivelados, por subidas e descidas. O piso pode variar de características, entre os solos de terra batida, troncos, pedras,

tendo como paisagens as montanhas vertiginosas da ilha da Madeira. Sendo uma vertente que cruza com o cross-country e o downhill, exige aos participantes muita resistência e destreza. Os ciclistas desta vertente usam várias proteções, capacete aberto ou inteiro, caneleiras, cotoveleiras, luvas e óculos de proteção.

39 participantes

8 provas 32 km

Após o sucesso da edição de 2013, por iniciativa da empresa Freeride Madeira e de outros patrocinadores tais como: MADproductions SCHWALBE; VAUDE; Red Bull; Sixt rent a car Portugal; Henrique Seruca/


Photography; Pedro Faria Photos; Meio Publicidade & Marketing, foram abertas inscrições para esta prova de enduro da vertente mountain bike junto à comunidade local e turismo ativo, limitando as inscrições a 50 participantes. O desafio para estes participantes, era percorrer o total de 32km, ou seja, toda a área oeste, mais concretamente as serras compreendidas entre a Fonte do Bispo, Ponta do Pargo e

Raposeira, respetivamente, por serem as zonas características da Ilha da Madeira para a prática da modalidade. Os dias que antecederam à prova foram dedicados a demarcações entre estradões e trilhos já existentes em várias etapas, entre cada zona. As oito provas especiais cronometradas (PEC´S) foram sinalizadas com setas, para que nenhum rider se perdesse. Alguns trilhos

já estavam delimitados pela Direção Regional das Florestas. A Freeride Madeira contou ainda com o apoio da empresa Bike Bus Madeira para a manutenção/ reabilitação dos trilhos e para o transporte no dia de prova, de forma a proporcionar as melhores as condições de participação de cada rider.

a meta - 41


FONTE D

D Day O BISPO

- PONTA

DO PAR

GO - RA POSEIR A

A

o nascer do sol, os participantes foram chegando ao local de concentração, no Jardim do Mar, para depois ser efetuado o transporte de todos os riders e respetivas bicicletas e partir rumo à Quinta da Fonte do Bispo. Já na área de lazer da Fonte do Bispo, os participantes receberam os respetivos dorsais e os chips utilizados para a cronometragem do tempo de passagem em cada PEC. Entre os 39 ciclistas, alguns já praticantes de outras vertentes do ciclismo, destacamos a participação nesta iniciativa de três riders suíços, o que, eventualmente, poderá ser advento de uma maior presença de turismo ativo na prática do BTT, na Ilha da Madeira. Relativamente à hidratação fornecida a cada participante no momento de passagem em cada PEC, ficou a cargo da Red Bull, ocorrendo a distribuição e transporte da bebida nos jipes que acompanharam as provas.

NEGRAS O trilho de partida para esta prova de Enduro, designado por NEGRAS, ocorreu no miradouro do Galhano e final da Fonte de Barro, atravessando pela estrada que vai de encontro a Santa do Porto Moniz, o rider Paulo Batista, levava o dorsal nº 1, iniciou esta etapa. A designação de NEGRAS está relacionado com a vegetação existente e, também, por se identificar com a Cova do Negro que se situa a menos de um quilómetro deste trilho.

42 - a meta


PA R G O S Os atletas iniciaram a 2º PEC acima da Fonte de Barro, no primeiro estradão que encontrou no lado direito de quem sobe a estrada entre a Santa do Porto Moniz e a Fonte do Bispo. Este pequeno trilho denominou-se de PARGOS, por ser um trilho que afasta-se no sentido descendente à Ponta do Pargo e, pela história característica desta freguesia. O nome, Ponta do Pargo, “PONTA” por estar localizado no ponto mais a oeste da ilha, e, “ PARGO”, porque, se diz, que o mar que banha a localidade é rica numa espécie de peixe chamada Pargo.

ENCHURDEIRAS O rider Roberto Pombo praticante da vertente de downhill e residente do freguesia da Ponta de Pargo, com o dorsal nº 2, ultrapassou os obstáculos da 3ª PEC, denominada ENCHURDEIRAS, partindo no topo do monte das Enchurdeiras. Local onde, atualmente, tem início a partida da prova de DHI, até a Ribeira da Vaca. Este percurso caracteriza-se por uma descida mais íngreme e, ao mesmo tempo, com algum pedal pelo meio, impondo a cada rider alguma concentração e técnica na parte final do percurso.

COMEBACK Na 4ª PEC, designada por COMEBACK, avistávamos os formosos vales cobertos de verde e deslumbramos com as lindas paisagens que cobrem a freguesia da Ponta do Pargo. Neste PEC, os riders percorreram uma vertiginosa descida, desde o cume de uma montanha até encontrar um estradão, pedalando mais 300 metros. O facto de a 4ª PEC ter sido designada por COMEBACK é um tributo a Emanuel Pombo e ao seu característico documentário de recuperação do internacional de BTT desenvolvido pela MADproductions.

CORUJEIRA A 5ª PEC, designada por CORUJEIRA, a última antes do almoço, foi feita num trilho no qual predomina várias espécies de corujas entre vales e árvores, conforme foi constatado ao longo deste último ano, por alguns riders. Num percurso indicado para ir sempre a “fundo”, com passagem por cima de duas margens construídas em varas de eucalipto.Até o final desta PEC, os riders encontraram a levada dos Moinhos, e viraram à direita pedalando cerca de 700 metros, até chegarem à primeira ribeira, fazendo aí a marcação final.

a meta - 43


Era hora de repor energias destes riders para terem forças para as três PEC’S da tarde. Após a recolha de todos os atletas, a concentração para o almoço realizou-se, mais uma vez, na Quinta da Fonte do Bispo, disfrutando de um merecido descanso e aproveitando o espaço de convívio, para saborear uma bela sopa de trigo caseira. Após uma hora de descanso, voltavam a percorrer nas veias destes riders a adrenalina de percorrem mais três PEC´S.

VACAS Na 6ªPEC, os riders tomavam, novamente, as rédeas das suas bicicletas. Num trajeto que apelava a muita concentração e muito pedal, a organização denominou por VACAS.

PA T R I C A No penúltimo PEC, designado PATRICA, começou no alto da Ponta do Pargo e acabou no Salão mesmo perto da estrada. Os riders estavam em alerta, porque este trilho era composto por algumas “ratoeiras”, como exemplo alguns buracos que obrigavam a saltos de maior dificuldade. A designação PATRICA teve origem nos respetivos apelidos dos riders que construíram este trilho e naturais da Ponta de Pargo. As duas primeiras letras “PA” do apelido “Pana”, advém de Artur Ferreira. O rider Roberto Pombo que tem o apelido “TRIPAS”, a sílaba “TRI”. Por fim, Alexandre Gouveia conhecido pelo apelido “CABELAÇA”, a primeira sílaba “CA”.

44 - a meta


AV A L A N C H E Todos os riders reuniram-se no Restaurante do Forno,para serem transportados, para a Quinta da Fonte do Bispo. Deste último lugar,os atletas partiram para a última PEC, etapa localizada na Raposeira e mais conhecida pela AVALANCHE da Raposeira.

A CLASSIFICAÇÃO 1° Paulo Batista (Bikezone) 00:46:51 2° Rui Sousa (Bikezone) 00:48:21 3° Roberto Pombo (Prazeres) 00:53:15 4° Luís Filipe (Bikezone) 00:54:33 5° Vienzenz Bras (Swiss) 00:56:06

pós o término da etapa era altura de todos se reunirem e ver quem tinha forças e material necessário para se fazer, em modo passeio, o percurso até o Jardim do Mar. Na chegada ao Jardim do Mar, após um dia quente e de muito suor, muitos daqueles que estiveram em prova e que tornaram toda esta iniciativa possível, davam, num mar convidativo, uns merecidos mergulhos. O dia terminou com muito convívio entre toda a comunidade de riders presentes e respetivos familiares, com um jantar servido pelo Restaurante Portinho, com bela feijoada de Chôco. Após a fase de relaxamento e de partilha de experiências, como é próprio de uma competição, foi tempo de reunir tempos para ser divulgados os lugares do pódio. O grande vencedor, com passagem mais rápida em cada PEC, foi Paulo Batista da Equipa Bike Zone, com tempo total de 00:46.51, seguido do seu colega de equipa, Rui Sousa, e ocupando o último lugar do pódio Roberto Pombo, da equipa dos Prazeres. A Freeride Madeira, neste evento, quis arriscar e elevar a fasquia com nota exemplar, preenchendo este dia com momentos de amizade, numa mistura constante de belas paisagens e grandes trilhos, algo que pretendem manter em futuras edições.


testemunhos João Rodrigues Miguel Ângelo Parabéns à organização. Para quem não conhecia os trilhos era um pouco difícil de saber o que nos esperava, mas como já tinha feito o reconhecimento de metade foi uma experiência maravilhosa. Penso que o futuro do BTT também passa por aqui. Tendo sido tudo feito dentro do enquadramento legal e é de valorizar esse esforço. Para próxima poderão contar comigo!

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Para a minha estreia foi uma prova difícil a nível das descidas, cheguei a dar algumas quedas. Prova bem organizada, algo que tem futuro, pessoal espetacular, com uma boa cobertura d’A Meta. Gostei bastante, estou cá na próxima!

Paulo Batista Vencedor do Enduro Challenge 2014 Este é segundo ano que participo nesta prova de Enduro, este ano uma prova bastante diferente do ano passado, com especiais maiores e mais exigentes fisicamente, mas estavam excelentes, a organização está de parabéns pelo evento que fez. Nesta prova fiz as etapas todas a gerir, dei o meu máximo e agora vamos esperar pelos resultados. Para o próximo ano estou cá novamente!

vienzenz bras Foi a minha primeira corrida, foi bastante agradável. Foi difícil porque não conhecia os trilhos e cheguei a perder-me duas vezes, mas acabei por encontrar o caminho. Eu gostaria de voltar na próxima edição de Enduro, acima de tudo é um desporto que faço por prazer não por competição.


foto: r obert e rens

Roberto Chaves

Sócio/Gerente da Freeride Madeira

organizador da prova O QUE É NECESSÁRIO PARA ORGANIZAR UMA PROVA DE ENDURO?

Primeiro é preciso ter muita experiência de terrenos e conhecer bem a modalidade em si, a fim de podermos fazer as provas especiais cronometradas (PEC’S). Isto envolve uma logística muito grande desde parceiros, a nossa própria empresa, ter uma equipa grande e todos estarem dispostos a colaborar, mesmo na diversificação dos trilhos e arranjar coisas novas. Basicamente é ter conhecimento deste nicho de mercado que é o mountain bike. Nestes últimos quatro anos, o enduro foi umas das modalidades que mais cresceu na vertente de mountain bike, com uma bicicleta de enduro consegues misturar o cross-country, o downhill e explorar os vários montes e cumes de montanha. No fundo, o espírito de mountain bike passa por tentar fazer o máximo de quilómetros acumulados só num

dia. PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO TRÊS RIDERS SUIÇOS. ESPERA VIR A TER UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS ATRAVÉS DA FREERIDE?

Estamos a trabalhar o mercado estrangeiro há cerca de 2 anos, tem vindo a crescer o mercado Suiço, Aústriaco e Inglês. QUAL O BALANÇO DESTE EVENTO?

QUE

FAZ

O balanço foi extremamente positivo. Esta é a segunda edição que nós fazemos Enduro Challenge. A primeira edição foi para testar as nossas capacidades, embora já tinha conhecimento na área de organização de eventos. Entretanto, desafiei-me a mim próprio a organizar uma prova de enduro. Este ano, é a segunda edição, as coisas estão a crescer, só temos de acompanhar essa evolução e tentar melhorar alguns aspetos

a nível de organização. Este evento surge no âmbito de tentar promover o enduro e os trilhos que temos cá, a fim de captar as atenções dos organizadores a nível mundial. Isto é ainda um embrião que está a nascer mas, o nosso próximo objetivo passa por trazer cá o representante do Enduro a nível Mundial e, possivelmente, organizar um Campeonato Mundial de Enduro. ALGO A ACRESCENTAR?

Acho que devia de haver mais este tipo de iniciativas, como a d’A Meta, uma revista de especialidade, que quer estar no desporto assiduamente e tentar mostrar as diversas modalidades que existem aqui na Madeira. Porque a nossa ilha vive muito do desporto ativo, não só de mountain bike, mas de muitos outros que ainda estão por se explorar.

a meta - 47


A importância

DA HIDRATAÇÃO

A

par da alimentação, a hidratação é um fator que não deve ser desprezado, principalmente pelos atletas. Estes devem ingerir uma quantidade adequada de líquidos, de modo a prevenir as consequências da desidratação. A quantidade, a composição do líquido e o momento de o ingerir dependem do tipo de exercício, do stress fisiológico e do atleta. A hidratação adequada deve ser uma prioridade para qualquer atleta!

A ingestão voluntária

pode repor

30 a 70% das perdas hídricas 48 - a meta

O estado de hidratação é um dos aspetos mais decisivos no rendimento desportivo e saúde. No entanto, muitos atletas têm dificuldade em manterem-se hidratados durante eventos desportivos. É ainda muito comum ingerirem líquidos apenas quando sentem sede, por vezes em grandes quantidades, que poderão trazer algumas desvantagens competitivas e fisiológicas. A ingestão voluntária pode repor apenas 30 a 70% das perdas hídricas, pelo que é fundamental adaptar a ingestão às necessidades do atleta. Da mesma forma, a reposição de


sais minerais deve ser considerada, uma vez que a desidratação causada pelo exercício físico leva à perda de sódio, cloro, potássio e magnésio. Assim, deixo-vos com algumas considerações a ter relativamente à hidratação.

Hidratação antes do exercício A preparação para o exercício físico deverá iniciarse 4h antes do evento com a ingestão de 5 a 7ml por kg de peso corporal, sobretudo quando há uma perda de água significativa durante o mesmo. O atleta deve iniciar o exercício com um volume estomacal de líquidos confortável, sendo que a maioria tolera cerca de 300-400ml imediatamente antes do exercício. A ingestão de uma quantidade elevada de água antes do exercício é ineficaz, pois o excesso será eliminado rapidamente pela urina, podendo ainda causar desconforto. A ingestão de bebidas com sódio, é uma boa opção, quando o exercício é prolongado, já que aumenta a sensação de sede, reduz a produção de urina e facilita a retenção de líquidos, no entanto podem causar náuseas e vómitos. Assim, aconselha-se a ingestão de bebidas com sódio ou o consumo de refeições contendo alimentos ricos em sal e líquidos, como por exemplo sopa.

Hidratação durante o exercício Os atletas devem ser estimulados a ingerir a máxima quantidade de líquidos que tolerem, bebendo periodicamente, de acordo com as oportunidades que vão surgindo, e suspender a 40 minutos do fim. De facto, é útil assegurar que a bebida tem o tempo necessário para ser absorvida, distribuída, sem qualquer ganho fisiológico. No entanto, pode ser vantajosa uma perda de peso até 2% do peso, especialmente em desportos que envolvam o custo do “transporte” do peso corporal. Por outro lado, em ambientes quentes, esta estratégia leva ao aumento da temperatura corporal e do esforço cardiovascular, diminuição da força, e maior predisposição ao choque térmico. Deste modo, durante exercícios de intensidade baixa ou moderada com duração inferior a 4060 minutos, não causadores de desidratação significativa, não há uma necessidade de ingerir líquidos, sendo mais importante assegurar uma boa hidratação prévia. Em exercícios com duração superior a 1 hora e de alta intensidade deve administrar-se uma bebida desportiva com hidratos de carbono. Apesar da água simples

ser um excelente líquido, a bebida hidratante deverá conter sódio, especialmente em exercícios prolongados acompanhados por grandes perdas pelo suor, pois poderá resultar em fraqueza muscular ou cãibras. Para minimizar este risco, recomenda-se uma bebida hidratante com sódio e potássio. Ainda, a inclusão de cafeína nas bebidas desportivas provou auxiliar a manter o rendimento desportivo em exercícios prolongados. Em alternativa, estes nutrientes podem ser consumidos sob a forma de géis, barras ou outros alimentos.

Hidratação após o exercício

O atleta deve assegurar uma boa reposição hídrica, superior às perdas em suor (450-675mL por cada 0,5kg perdidos), uma vez que estas ainda persistem após o exercício. Esta bebida deverá ter uma concentração de sódio superior à que existe no suor, isto é, ligeiramente acima ao existente na maioria das bebidas desportivas. Sugere-se também a inclusão de potássio, por facilitar retenção de água no organismo, bem como a adição de proteína pelo mesmo efeito. Além disso, a proteína poderá contribuir na reparação e aumento da massa muscular. Neste contexto, o leite magro demonstrou ser adequado para reverter a desidratação ligeira induzida pelo exercício físico. Já o leite achocolatado revelou melhores resultados na recuperação de um esforço intenso, em alternativa à água simples ou bebida desportiva comercial. A ingestão de bebidas alcoólicas é desadequada e prejudicial, por ter um efeito contrário ao pretendido. Continuação de bons treinos, mas… hidratados!

Autora: Catarina Pinto

Licenciatura em Ciências da Nutrição

acatarinap8@gmail.com

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7

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EXERCÍCIOS

IDEAIS PARA TRAIL RUNNERS E CICLISTAS


Personal Trainer: João Sousa

TRX

Treino em Suspensão

É

um dos treinos mais completos, visto que consegue aproveitar o peso do nosso corpo de forma a podermos criar centenas de exercícios. O peso do corpo serve para criar uma resistência variável, de um grau de dificuldade baixo até ao mais alto, sem ser preciso adicionar peso. Estes exercícios podem passar pelos treinos de força, treinos propriocetivos (relação entre cada segmento e o todo corporal), ou até estabilizadores de articulações, proporcionando, assim, uma boa preparação a qualquer pessoa, mesmo para as que têm pouca preparação física. É um tipo de treino ideal para trail runners ou mesmo ciclistas, não deixando de parte os corredores de estrada, visto que melhoraram muitos aspetos não desenvolvidos pela modalidade do atletismo. Para poder efetuar este treino, só necessita de uma base fixa, onde possa prender o TRX e, de preferência, um espaço livre para poder movimentar-se à vontade. Elaboramos este circuito de sete exercícios, para poder começar o seu treino de TRX.

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Estes exercícios têm três opções de execução:

afundos CRUZADOS

afundos

1ª Opção: Em circuitos, nomeadamente, 5 a 7 circuitos de 10 a 12 repetições, com intervalos de 20 a 30 segundos entre cada exercício. 2ª Opção: Efetuar os exercícios seguidamente e fazer no final do circuito, um intervalo de recuperação de 1 a 2 minutos. 3ª Opção: Realizar individualmente cada exercício, 4 a 5 séries de 12 a 15 repetições, com um intervalo de recuperação de 30 segundos.

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1

2

1

2


de braços

FLEXAÇão

COSTAS 1 2

1 2

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prancha COSTAS 54 - a meta

1

2

1

2


salto

1

2

3

Benefícios do treino TRX: • • • • •

Desenvolvimento da consciência cinestésica (perceção) e controlo corporal; Melhor postura e equilíbrio muscular, seja o estático e o dinâmico; Diminuição de incidências de lesões e estabilizador da coluna vertebral; Melhoramento da performance atlética; Aumenta a eficiência dos movimentos. a meta - 55


AGENDA JUNHO 2014

8

DOMINGO ATLETISMO CIRCUITO ROTA DOS DRAGOEIROS LOCAL: FUNCHAL

10

TERÇA ATLETISMO CORRIDA DO AMBIENTE LOCAL: FUNCHAL

15

ATLETISMO CORRIDA DAS MULHERES LOCAL: FUNCHAL

ATLETISMO SANTANA-SÃO JORGE LOCAL: SANTANA

IV PROVA DO CAMPEONATO XCO LOCAL: SANTANA

II TRAIL DO PORTO MONIZ LOCAL: PORTO MONIZ

22

28 13 SEXTA

DOMINGO

29

DOMINGO ATLETISMO CORRIDA DE CÂMARA DE LOBOS LOCAL: CÂMARA DE LOBOS III PROVA DO CAMPEONATO DHI LOCAL: 4 ESTRADAS

SÁBADO ATLETISMO C I R C U I T O ESTABELECIMENTO PRISIONAL DO FUNCHAL LOCAL: FUNCHAL

DOMINGO IV PROVA DO CAMPEONATO DE CE LOCAL: PORTO MONIZ




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