EMPREENDEDOR DO SORVETE
para sorvetes no Brasil, com mais de 50.000 clientes diretos e indiretos, a Duas Rodas foi pioneira no Brasil há cerca de 30 anos, na capacitação de
TE
empreendedores do mercado de sorvetes.
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Líder em matérias-primas e distribuição de produtos
SORV
Estimamos que, neste período, cerca de 150.000 pessoas participaram dos tradicionais “Cursos de sorvetes iniciante e aperfeiçoamento” ministrados em todo o Brasil. Hoje, o empreendedor busca aprimoramentos técnicos, mercadológicos, administrativos e comerciais para fazer prosperar o seu negócio. Em constante evolução, a Duas Rodas e a Selecta lançam a UNIVERSIDADE DO SORVETE, com novos cursos de sorvetes e picolés, entre eles o EMPREENDEDOR DO SORVETE, que busca aprimorar técnicas que garantirão qualidade na fabricação de sorvetes e picolés, dentro de processos legais e corretos, conseguindo extrair os melhores resultados nas diversas alternativas deste mercado. BOM PROVEITO!
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UNIVERSIDADE DO SORVETE
EMPREENDEDOR DO SORVETE | MÓDULO 1 - ASPECTOS TÉCNICOS
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ÍNDICE MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS
7.3 Receitas para Fabricação de Sorvetes a Base de
1. Classificação (Sorvete, Sorbet, Etc) ................................................................................... 08 2. Componentes dos Gelados Comestíveis .......................................................................... 09
7.4 Receitas para Fabricação de Sorvetes Light e Diet ................................................... 26
3. Processo de Fabricação de Sorvetes .................................................................................. 11
MÓDULO 2 – ASPECTOS LEGAIS
3.1 Fluxograma do Processo de Fabricação de Sorvetes ................................................... 11
1. Legislação Vigente para Gelados Comestíveis ............................................................... 27
4. Processo de Fabricação de Sorvetes e Picolés ............................................................... 12
1.1 RDC Nº. 266, de 22 de Setembro de 2005 V
4.1 Preparação da Mistura .......................................................................................................... 12
Regulamento Ténico para Gelados Comestíveis e
4.2 Pasteurização, Homogeneização e Resfriamento da Calda ...................................... 13 4.3 Maturação ............................................................................................................................... 14
Preparados para Gelados Comestíveis ............................................................................. 27 1.2 RDC Nº. 3, de 15 de Janeiro de 2007 Regulamento Técnico sobre “Atribuição de
4.4 Congelamento e Batimento ............................................................................................... 15
Aditivos e Seus Limites Máximos ....................................................................................... 27
4.5 Envase e Armazenamento .................................................................................................. 15
2. Boas Práticas de Fabricação ............................................................................................ 28
4.6 Distribuição e Armazenagem para Servir ...................................................................... 16
2.1 RDC Nº 267, de 25 de Setembro de 2003
4.7 Processo de Fabricação de Picolés a Base de Leite e Água .................................... 16
Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação ................................................ 28
5. Sistema de Produção de Sorvetes e Picolés (Maquinário) ........................................... 17
2.2 Legislações Complementares ...................................................................................... 29
5.1 Planta para Produção de Sorvetes .................................................................................... 17
2.2.1 Portaria Nº 326, de 30 de Julho de 1997 Regulamento
5.1.1 Processo Descontínuo ........................................................................................................ 17 5.1.2 Processo Contínuo .............................................................................................................. 18 5.2 Planta para Produção de Picolés ...................................................................................... 19
Técnico sobre Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação .............................................................................................. 29 2.2.2 RDC Nº 275, de 21 de Outubro de 2002. Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais
6. Balanceamento de Fórmulas ............................................................................................... 20
Padronizados Aplicados aos Estabelecimentos
7. Receitas para Fabricação de Sorvetes com Pasteurização ......................................... 22
Produtores/Industrializadores de Alimentos .................................................................. 29
7.1 Receitas para Fabricação de Sorvetes e Picolés
2.2.3 RDC Nº 12, de 2 de Janeiro de 2001
com Pasteurização ...................................................................................................................... 22
Regulamento Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos ........................................................................................ 30
7.2 Receitas para Fabricação de Sorvetes e Picolés a Base de Água ........................................................................................................................... 25
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Soja - sem Lactose – sem Colesterol .................................................................................... 26
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3. Rotulagem de alimentos .................................................................................................. 31
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ÍNDICE 3.1 RDC Nº 259, de 20 de Setembro de 2002 – Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados ................................................... 31 3.2 RDC Nº 360, de 23 de Dezembro de 2003 Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados ...................................................................................................... 31 3.3 RDC Nº 359, de 23 de Dezembro de 2003 Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional .......................................................... 32 3.4 RDC Nº 54, de 12 de Novembro de 2012 - Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complemen...................................................... 32 3.5 Portaria Inmetro Nº 157, de 19 de Agosto de 2002 Regulamento Técnico Metrológico ................................................................................... 32 3.6 Portaria Inmetro Nº 077 de 06 Março de 2007 Regulamento Técnico Metrológico .................................................................................... 33 4. Legalização/ Registro da Empresa .............................................................................. 33 4.1 Definição do Tipo de Empresa .................................................................................... 33 4.1.1 Empresário (Individual) ............................................................................................... 33 4.1.2 Sociedade Empresária Limitada .............................................................................. 33 4.1.3 Sociedade Simples Limitada .................................................................................... 34
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 1. CLASSIFICAÇÃO (SORVETE, SORBET, ETC) TIPOS DE GELADOS COMESTÍVEIS SORBET
SHERBERT
SORVETE TRADICIONAL
SORVETE PREMIUM
SORVETE SUPERPREMIUM
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2. COMPONENTES DOS GELADOS COMESTÍVEIS TEOR DE GORDURA
O QUE SÃO
Gelados à base de água, elaborados com polpas ou sucos de frutas.
Gelados à base de leite com teor reduzido de gordura e proteínas, sendo a gordura necessariamente de origem láctea.
Gelados à base de leite e outros ingredientes com teor de gordura ideal para um sorvete cremoso e equilibrado.
Gelados à base de leite e outros ingredientes nos quais os teores de gordura são superiores a 10%, proporcionando um sorvete com mais cremosidade.
Gelados à base de leite ou derivados lácteos e outros ingredientes nos quais os teores de gordura são superiores a 16%, resultando num sorvete cremoso e com menos ar.
Os sorvetes são fabricados a partir de uma emulsão estabilizada (calda de sorvete) que, através de um processo de batimento e congelamento, produz um produto cremoso e agradável ao paladar. Essa emulsão é composta por produtos lácteos, água, gorduras, açúcares, estabilizantes, aromatizantes, entre outros.
0% COMPONENTES DA EMULSÃO
DICAS
ÁGUA
A água é o único componente que congela. Hidrata os estabilizantes e solubiliza os demais sólidos.
PRODUTOS LÁCTEOS
O leite é a fonte de produtos lácteos. Ele pode ser in natura ou em pó (integral ou desnatado). Um sorvete de leite deve conter em torno de 70 a 80% de produtos lácteos na formulação. Outras fontes: soro do leite, leite condensado, creme de leite.
GORDURAS
Podem ser de origem láctea ou vegetal. Um sorvete tradicional de qualidade deve ter no mínimo 6% de gordura, que proporciona textura e cremosidade ideal.
AÇÚCARES
O percentual ideal de utilização de sólidos de açúcar para obter uma textura suave e para regular o ponto de congelamento é de 12 a 20%. Principais açúcares utilizados: sacarose, glicose e açúcar invertido.
ESTABILIZANTES
A dosagem correta do estabilizante inibirá a formação de cristais de gelo decorrentes das variações das temperaturas, contribuindo no corpo e textura, além de dar resistência ao derretimento.
EMULSIFICANTES
Além de homogeneizar/emulsionar a massa e dar resistência ao derretimento, contribui no overrun* resultando uma massa com textura suave e macia.
AROMATIZANTES E CORANTES
Contribuem para uma padronização de cor e sabor. Os saborizantes apresentam ótimo custo x benefício.
POLPAS E FRUTAS FRESCAS
As frutas frescas devem ser misturadas com açúcar (12 a 35% do peso total da fruta), um dia antes da sua utilização. As frutas secas devem ser maceradas em bebida alcóolica e a semente oleaginosa recomenda-se cortar ou picar.
PREPARADOS DE FRUTAS, CHOCOLATE E DOCE DE LEITE, OUTROS
O Selecta Top saboriza e enriquece a formulação, agregando alto valor ao produto final, mantendo o padrão de qualidade com praticidade.
ACIDULANTE
Deverá ser adicionado à parte caso não estiver contido nos saborizantes. É indispensável para sabores frutais.**
1 a 2%
6 a 10%
10 a 16%
Superior a 16%
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2. COMPONENTES DOS GELADOS COMESTÍVEIS
MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 3. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE SORVETE
* Overrun
3.1 Fluxograma do Processo de Fabricação de Sorvetes Durante o processo de congelamento, há incoporação de ar na calda do sorvete, aumentando o volume da calda inicial. A incorporação do ar pode ocorrer pelo simples batimento ou através da injeção de ar. Este aumento do volume é chamado de overrun (rendimento) e o controle do overrun é primordial no cálculo dos custos do sorvete. Segue fórmula: Overrun % = Volume final de sorvete – Volume inicial de calda x 100 Volume inicial de calda
Um sorvete com muito ar tem consistência de espuma e, com pouco ar, a massa é pesada. Um alto conteúdo de sólidos normalmente justifica o maior overrun. Por legislação, o sorvete deve ter uma densidade aparente mínima de 475g/L. COMO CONSEGUIR UMA INCORPORAÇÃO DE AR IDEAL? - Adquirindo emulsificantes e estabilizantes de qualidade; - Balanceando a calda corretamente; - Utilizando a calda com temperatura correta ( 3 a 5 ºC).
EQUIPAMENTO DESCONTÍNUO 50 a 80% overrun
EQUIPAMENTO CONTÍNUO 80 a 110% overrun
PROCESSO DE FABRICAÇÃO MÁQUINA DESCONTÍNUA
PROCESSO DE FABRICAÇÃO MÁQUINA CONTÍNUA / INDUSTRIAL
Preparação da mistura
Preparação da mistura incluindo estabilisante/emulsificante
Pasteurização 70 a 80°C
Pasteurização 70 a 80°C
Homogeneização
Homogeneização
Resfriamento a ≤ 4°C
Resfriamento a ≤ 4°C
Maturação mínima de 4 horas
Maturação mínima de 4 horas
Saborização e adição de emulsificante
Saborização
Batimento e Congelamento
Batimento e congelamento
Adição de cobertura, polpas para mescla
Incorporação de coberturas, polpas e mesclas
Envase
Envase
Armazenamento e Congelamento ≤ -18°C
Armazenamento e Congelamento ≤ -18°C
Distribuição
Distribuição
Armazenamento para servir (freezer) ≤ -12 °C
Armazenamento para servir (freezer) ≤ -12°C
** Tabela de Ácido Cítrico SABOR
10
QUANTIDADE PARA 1 LITRO ml (solução)*50%
g (puro)
ABACAXI
5ml
3g
GROSELHA
2,5ml
1,5g
LARANJA
5ml
3g
MAÇÃ
4ml
2,4g
MORANGO
4ml
2,4g
UVA
6ml
3,6g
Exceto para as linhas TROPICAL , LÍQUIDO SELECTA e ESPECIAL (Morangurte e Morango Silvestre), que já CONTÊM ACIDEZ. * Solução a 50% com 1 litro de água mais 1kg de ácido cítrico.
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 4.2 PASTEURIZAÇÃO, HOMOGENEIZAÇÃO E RESFRIAMENTO DA CALDA
1
Para garantir a qualidade do produto final e atender a legislação para gelados comestíveis, a pasteurização é obrigatória para sorvetes e picolés a base de leite. É um processo térmico que elimina possíveis microorganismos patogênicos. Para ser eficiente, é necessário que a calda seja aquecida a temperatura de 80°C por 25 segundos em processos contínuos ou no processo por batelada, aquecida a temperatura de 70C° por 30 minutos. Pode haver outras combinações de tempo e temperatura inferiores desde que o tratamento térmico seja comprovado pela ausência de fosfatase. Além disso, para garantir um produto seguro, é importante que todo o processo atenda às BPFs (Boas Práticas de Fabricação).
2
Simultaneamente, ocorre a homogeneização, muito importante para a qualidade da emulsão do sorvetes/calda. São pistões que comprimem as partículas da gordura, que juntamente com os emulsificantes tornam a calda uniforme, lisa, evitando a separação dos glóbulos de gordura durante a maturação ou congelamento do sorvete.
4. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE SORVETES E PICOLÉS
desenvolvimento de micro-organismos e equilibrando a viscosidade da calda.
4.1 PREPARAÇÃO DA MISTURA Inserir os ingredientes líquidos (água ou 1 equipamento de mistura e iniciar o aquecimento.
Imediatamente após a pasteurização e homogeneização, a calda 3 deve ser resfriada à temperatura igual ou inferior a 4°C, evitando assim o
leite) no
2
Obs.: Sorvetes e picolés à base de água não necessitam de pasteurização, porém, devem atender aos padrões microbiológicos estabelecidos em legislação específica (Boas Práticas de Fabricação).
Após alcançar temperatura de 40°C colocar os pós, como emulsificante e estabilizantes, Selecta Cream Livre Trans, leite em pó, açúcar, Topping, glicose e gordura. Com o aquecimento, as matérias-primas serão dissolvidas de forma homogênea. Parte ácida não poderá ser incluída nesta fase.
3
Para evitar formação de grumos, recomenda-se fazer uma mistura prévia dos estabilizantes com açúcar, antes de colocálos no misturador.
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 4.3 MATURAÇÃO
4.4 CONGELAMENTO E BATIMENTO
Na temperatura de 4°C ou inferior acontece a maturação, que é quando a calda fica 1 descansando no mínimo por 4 horas para ser eficiente. Quanto maior o teor de gordura, maior
Esta é a etapa mais importante do processo de fabricação de sorvetes, onde se obtém o rendimento/overrun, que vai definir a qualidade do sorvete em textura, sabor e a lucratividade. Na medida em que a calda vai congelando, incorpora-se o ar até obtenção do rendimento desejado, que pode ser de 80 a 110%.
deve ser o tempo de maturação, podendo ficar neste estágio até no máximo 24 horas em agitação lenta e constante. Durante este período, acontecem mudanças físicas primordiais para obtenção de um 2 ótimo produto final: Hidratação das proteínas do leite;
O processo de congelamento divide-se em duas partes:
1 Congelamento na própria máquina produtora de sorvete; 2 Congelamento e endurecimento em câmara fria ou freezer.
Aumento da viscosidade, pois os estabilizantes absorvem a água livre ainda existente na mistura;
Dependendo do equipamento, a performance do produto e rendimento podem oscilar:
Cristalização da gordura.
Equipamento Descontínuo – realizado em bateladas entre 10 e 20 litros, podendo obter uma média de 40% de rendimento. Neste equipamento, o tempo, para cada batelada é de aproximadamente 7 minutos, chegando a uma temperatura de -3 a -4C°.
Após esta etapa, e completada a adição dos ingredientes, como os saborizantes em 3 pó Algemix, Selecta Especial, Tropical ou líquidos, polpas, entre outros. Dependendo do ingrediente a ser adicionado, pode ser necessário bater em liquidificador com a calda.
4
Caso seja utilizado emulsificante em pasta, como Emustab, Emustab DR ou Emulsificantes Selecta, deve ser acrescentado à calda após a maturação e antes da produção de sorvete.
Equipamento Contínuo – a produção é realizada sem pausas, ou seja, de forma contínua, onde a performance de rendimento pode chegar a 110%. O tempo de congelamento médio é de 24 segundos, numa temperatura de -5 a -6°C Quando o sorvete adquire uma consistência “pastosa/cremosa”, é retirado da produtora. O sorvete sai desta fase com 40 a 50% da água congelada. Neste momento, podem ser acrescentadas Coberturas para Taças Selecta, Esquimó, Variegatos, Preparados de frutas como Selecta Top, contribuindo na saborização e visual, proporcionando alto valor agregado com sorvetes mesclados, de flocos ou coberturas diferenciadas. Caso não se tenha incorporadora automática, este processo pode ser feito de forma manual.
4.5 ENVASE E ARMAZENAMENTO Ainda na saída da produtora é feito o envase de acordo com a embalagem vendida: potes de diversos tamanhos, cones, caixas, entre outros. Caso se tenha uma extrusora, a massa segue automaticamente para o equipamento que estará realizando todo processo de envase, incorporação de coberturas ou recheios e embalamento. Após estar na embalagem, o produto deve seguir para o congelamento/endurecimento total, em freezers ou câmara fria, numa temperatura igual ou inferior a -18°C. Caso ficar em temperatura ainda mais baixa, pode influenciar na textura do produto. 14
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 4.6 DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAGEM PARA SERVIR
5. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SORVETES E PICOLÉS (MAQUINÁRIO
As condições de transporte devem manter a integridade e qualidade do produto final, sendo permitida temperatura igual ou inferior a -12°C. A temperatura do freezer do sorvete/picolés para servir deve ser sempre superior à temperatura do armazenamento e igual ou inferior a -12°C, caso contrário a massa estará muito endurecida. Nos equipamentos de venda ambulante, sem unidade de refrigeração, é permitido temperatura igual ou inferior a -5°C no produto final.
5.1 PLANTA PARA PRODUÇÃO DE SORVETES 5.1.1 PROCESSO DESCONTÍNUO 1 - Pasteurizador
2- Tina de maturação
Preparação de calda base. Aquecimento a 80ºC Após, resfriamento a 4ºC
Matura a calda base (mínimo 4h podendo ficar 24h) Temperatura 4ºC
4-Produtora horizontal descontínua
3- Liquidificador
Para quantidades menores de 20 litros/ cada batelada
Mistura a calda base com: O saborizante O emulsificante em pasta
4.7 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PICOLÉS À BASE DE LEITE E ÁGUA ÁGUA
1 Pesar os ingredientes secos e misturá-los; 2 Colocar a parte líquida (água) no agitador, adicionando aos poucos os pós; 3 Bater durante 3 minutos; 4 Despejar a calda nas formas com extrator e alinhador de palitos e colocar para congelar na produtora de picolés. LEITE Este deve ser pasteurizado. A preparação da calda é da mesma forma dos sorvetes. DICA: a temperatura ideal de armazenamento de picolés é de -20C°. 16
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS 5.1.2 PROCESSO CONTÍNUO
5.2 PLANTA PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS
1 - Pasteurizador
2 - Placa de resfriamento
3 - Homogeneizador
PICOLÉS À BASE DE ÁGUA
Preparação de calda base. Aquecimento a 80ºC Após, resfriamento a 4ºC
Troca de Calor
Redutor de partículas da gordura
1 - Liquidificador
2 - Produtora de Picolé
Mistura ingredientes.
Capacidade: 500 - 1.000 picolés/ hora.
Extrator e alinhador de palitos:
1 Alinhador de palitos
5- Produtora Contínua
4 - Tina de Maturação
A partir de 100litros/hora
Matura a calda base (de 4h a 24h)
2
2 - Tina de maturação
Preparação de calda base. Matura a calda base Aquecimento a 80ºC (de 4h a 24h) Após, resfriamento a 4ºC
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de Palitos.
4
PICOLÉS À BASE DE LEITE 1 - Pasteurizador
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3 Extrator
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3 - Liquidificador
4 - Produtora de Picolé
Mistura saborizantes Capacidade: 500 - 1.000 picolés/hora.
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS Composição aproximada de ingredientes para balanceamento de gelados comestíveis:
6. BALANCEAMENTO DE FÓRMULAS
1
Para garantir bons resultados quanto a rendimento, cremosidade, estabilidade, os ingredientes devem ser adicionados em proporções corretas e relacionadas sempre umas com as outras. Estas relações e proporções corretas são chamadas de “Balanceamento de Receita ou Balanceamento de Fórmulas”.
2 A composição de um sorvete deverá ter o balanceamento conforme teor de gordura. Veja tabela abaixo da composição aproximada de sorvetes de diferentes teores de gordura:
SÓLIDOS DE GORDURA %
S.N.G %
SÓLIDOS DE AÇÚCARES %
SÓLIDOS TOTAIS
Água
0%
0%
0%
0%
Leite Integral
3%
9%
0%
12%
Leite Desnatado em Pó
1%
97%
0%
98%
Leite integral em Pó
26%
72%
0%
98%
Selecta Cream
26%
62%
10%
98%
Selecta Cream SC
17%
66%
15%
98%
0,3%
68%
30%
98,3%
GORDURA %
S.N.G. %
AÇÚCAR %
SÓLIDOS TOTAIS %
Selecta Cream Livre Trans Topping
28%
50%
20%
98%
3%
14 - 15%
14 a 18%
31 - 36%
Soro de Leite em Pó
1%
97%
0%
98%
4%
12 - 14%
14 a 18%
30 - 36%
Creme de leite
17%
7,4%
0%
25,3%
5%
11 - 13%
14 a 18%
30 - 36%
Creme de Leite
25%
6,7%
0%
31,7%
Creme de Leite
50%
4,5%
0%
54,5%
Manteiga sem Sal
83%
1,44%
0%
85,44%
Açúcar
0%
0%
100%
100%
Açúcar Invertido
0%
0%
71,5%
71,5%
6%
11 - 13%
14 a 18%
31 - 37%
8%
10 - 12%
16 a 18%
34 - 38%
10%
10 - 11%
16 a 18%
36 - 39%
12%
9 - 10%
16 a 18%
37 - 40%
14%
8 - 9%
16 a 18%
38 - 41%
16%
7 - 8%
16 a 18%
39 - 42%
18%
6 - 7%
16 a 18%
40 - 43%
20%
5 - 6%
16 a 18%
41 - 44%
}
São os teores mais utilizados em sorvetes
S.N.G. - São Sólidos Não Gordurosos, podendo ser de leite, ou sólidos não gordurosos provenientes de outros ingredientes.
20
INGREDIENTES
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Glicose Líquida
0%
0%
80%
80%
Glicose em Pó
0%
0%
98%
98%
Gordura Vegetal
100%
0%
0%
100%
Para exemplificarmos como se efetua um balanceamento, partiremos da seguinte fórmula: INGREDIENTES
QUANT (g)
GORDURAS
S.N.G.
AÇÚCAR
SÓLIDOS TOTAIS
Leite (3% gordura)
1.000g
30g
90g
-
120g
Leite em pó integral
100g
26g
72g
-
98g
Açúcar
180g
-
-
180g
180g
Glucose Líquida
70g
-
-
56g
56g
Gordura
30g
30g
-
-
30g
TOTAL
1.380g
86g
162g
236g
484g
%
100%
6,20%
11,7%
17,1%
35%
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS Estabilizantes e Emulsificantes: apesar de serem indispensáveis na fabricação de sorvetes, não citamos propositadamente, pois os níveis de uso geralmente são muito baixos e não interferem no balanceamento. Deve-se observar rigorosamente as dosagens recomendadas pelo fabricante para cada tipo de emulsificante e estabilizante.
b Leite integral in natura + Selecta Cream Livre Trans - COM ADIÇÃO DE GORDURA • 1 Litro Leite tipo C • 90g Selecta Cream Livre Trans
Balanceamento: Gordura 6% S.N.G. 11% Açúcar 16,3% Sólidos Totais 33,2%
• 150g Açúcar Cálculo para obtenção dos resultados em %, utilizaremos uma regra de três:
• 60g Glicose
X = 100x86
8.600 = 1.380g
• 50g Gordura
1.380
• 10g Emustab
=
1.380
• 10g Super Liga Neutra ou 3g Liga Neutra Extra Industrial Ou seja: multiplicamos o total da gordura, 86g por 100% = 8.600 e dividimos este número pelo peso total da fórmula que são 1.380g. O resultado será 6,2% de gordura nos sorvetes. Quando a fórmula não estiver balanceada, poderá ocasionar defeitos no sorvete quanto à textura, corpo e precipitar o derretimento. DICA: Além dos ingredientes normalmente utilizados na formulação, podemos utilizar outros componentes lácteos conforme citados na tabela acima como: creme de leite, manteiga, entre outros. Estes elevam o teor de gordura. Receitas com maior teor de gordura são utilizadas em climas mais frios, pois minimizam a sensação de gelado na massa do sorvete. No entanto, deve-se tomar cuidado para que estes não interfiram no sabor do produto final.
• 10g Selecta Real Sabor • Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
C Leite integral in natura + Selecta Cream Livre Trans + Topping - SEM ADIÇÃO DE GORDURA • 1 litro Leite tipo C • 90g Selecta Cream Livre Trans Balanceamento: Gordura 3,2% S.N.G. 12,5 % Açúcar 17 % Sólidos Totais 32,7%
• 150g Açúcar • 60g Glicose • 40g Topping • 10g Emustab
7. RECEITAS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES COM PASTEURIZAÇÃO 7.1 RECEITAS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES E PICOLÉS COM
a Leite integral in natura + Selecta Cream Livre Trans - SEM ADIÇÃO DE GORDURA • 1 litro Leite tipo C • 150g Açúcar • 60g Glicose
• 10g Selecta Real Sabor • Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
d Água + Leite em pó integral + Selecta Cream Livre Trans - SEM ADIÇÃO DE GORDURA
PASTEURIZAÇÃO
• 130g Selecta Cream Livre Trans
• 10g Super Liga Neutra ou 3g Liga Neutra Extra Industrial
• 1 litro Água • 140g Leite em pó integral • 130g Selecta Cream Livre Trans
LIVRE DE GORDURAS TRANS
• 10g Emustab • 10g Super Liga Neutra ou 3g Liga Neutra Extra Industrial
Balanceamento: Gordura 2,4% S.N.G. 13% Açúcar 17,3% Sólidos Totais 32,7%
• 10g Selecta Real Sabor
• 150g Açúcar • 60g Glicose
LIVRE DE GORDURAS TRANS
• 10g Super Liga Neutra • 10g Emustabv
Balanceamento: Gordura 2,6% S.N.G. 12,5% Açúcar 15,7% Sólidos Totais 30,8%
• 10g Selecta Real Sabor • Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
• Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
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EMPREENDEDOR DO SORVETE | MÓDULO 1 - ASPECTOS TÉCNICOS
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS e
Água + Leite em pó integral + Selecta Cream Livre Trans - COM ADIÇÃO DE GORDURA
• 1 Litro Água
a Sorvetes à base de água
• 140g Leite em pó integral a • 90g Selecta Cream Livre Trans • 50g Gordura • 150g Açúcar • 60g Glicose
• 1 Litro Água
Balanceamento: Gordura 6% S.N.G. 10,7% Açúcar 14,8% Sólidos Totais 31,3%
• 200g Açúcar • 110g Glicose • 50g Selecta Cream Livre Trans • 50g Topping
• 10g Super liga neutra
• 14g Emustab
• 10g Emustab
• 14g Super Liga Neutra
• 10g Selecta Real Sabor
• Saborizante (Tropical, Algemix, Selecta Especial ou Plus)
• Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
f
Água + Leite em pó integral + Selecta Cream Livre Trans + Topping + Creme de Leite (25%)
• 1 Litro Água
• 50g Topping • 200g Creme de leite 25% • 150g Açúcar
b Picolés à base de água
• 1 Litro Água
• 220g Açúcar
• 140g Leite em pó integral • 80g Selecta Cream Livre Trans
7.2 RECEITAS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES E PICOLÉS À BASE DE ÁGUA
• 50g Glicose
Balanceamento: Gordura 6% S.N.G. 11,3% Açúcar 13,6% Sólidos Totais 31%
• 10g Super Liga Neutra • Saborizante (Tropical, Algemix, Selecta Especial ou Plus)
C Picolés à base de água com frutas
• 50g Glicose
• 700ml Água
• 10g Super Liga Neutra
• 300g Polpa de Frutas
• 10g Emustab
• 220g Açúcar
• 10g Selecta Real Sabor
• 30g Selecta Cream Livre Trans
• Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
• 80g Glicose
g
• 10g Super Liga Neutra
Água + leite em pó desnatado + Selecta Cream Livre Trans - COM ADIÇÃO DE GORDURA
• 1 Litro Água
d Paleta à base de água – Morango
• 120g Leite em pó desnatado • 80g Selecta Cream Livre Trans • 90g Gordura • 150g Açúcar • 60g Glicose • 10g Super Liga Neutra • 10g Emustab
Balanceamento: Gordura 6,1% S.N.G. 11,2% Açúcar 14,5% Sólidos Totais 31,8%
• Saborizante (Tropical, Algemix, Selecta Especial ou Plus)
PARA PICOLÉS COM PASTEURIZAÇÃO
• 850ml Água
• 150g Polpa de Frutas • 220g Açúcar
(A BASE DE LEITE)
• 30g Selecta Cream Livre Trans
Não se faz necessário
• 80g Glicose
o uso de emulsificantes
• 10g Super Liga Neutra ou 5g Estabilizante Selecta à base de água
• 10g Selecta Real Sabor
• 50g Selecta Plus Morango
• Saborizante (Algemix, Selecta Especial ou Plus)
• 150g Variegato Morango
Mesmo colocando a polpa, utilizar o saborizante numa dosagem menor (a gosto). Dependendo do percentual da água na fruta/ polpa, deve-se reduzir a água proporcionalmente. (Ex.: Melancia, Melão)
• Saborizante (Tropical, Algemix, Selecta Especial ou Plus)
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MÓDULO 1 – ASPECTOS TÉCNICOS
MÓDULO 2 – ASPECTOS LEGAIS
7.3 RECEITAS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES A BASE DE SOJA SEM LACTOSE - SEM COLESTEROL
1. LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA GELADOS COMESTÍVEIS
• Água + Soya Ice + Gordura • 1 Litro Água
1.1 RDC Nº. 266, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 - REGULAMENTO TÉCNICO PARA GELADOS COMESTÍVEIS E PREPARADOS PARA GELADOS COMESTÍVEIS Fixa a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Gelados Comestíveis e os Preparados para Gelados Comestíveis.
• 160g Açúcar • 200g Soya Ice • 50g Glucose
DEFINIÇÃO Gelados Comestíveis: são os produtos congelados obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas; ou de uma mistura de água e açúcar(es). Podem ser adicionados de outro(s) ingrediente(s) desde que não descaracterize(m) o produto.
• 50g Gordura • 10g Emustab • 10g Super Liga Neutra • Saborizante (Tropical, Algemix, Selecta Especial ou Plus)
REQUISITOS ESPECÍFICOS - Gelados Comestíveis: densidade aparente mínima de 475 g/litro.
7.4 RECEITAS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES LIGHT E DIET
a Água + Selecta Light + Leite em pó desnatado LIGHT - ZERO EM AÇÚCAR E GORDURAS • 1 Litro Água
1.2 RDC Nº. 3, DE 15 DE JANEIRO DE 2007 - Regulamento Técnico sobre “Atribuição de Aditivos e seus Limites Máximos para a Categoria de Alimentos 3: Gelados Comestíveis” Estabelece quais são os aditivos permitidos, suas funções e seus limites máximos para Gelados Comestíveis.
• 150g Selecta Light • 170g Leite Desnatado em Pó • 10g Emustab • Saborizantes Linha Emultina ou Líquidos Selecta
b Água + Selecta Light leite em pó integral + Creme de leite(25%) ou 30g gordura
• 1 Litro Água
• 150g Selecta Light • 180g Leite Integral em Pó • 30g Gordura ou 100g Creme de Leite (25% Gordura) • 10g Emustab • Saborizantes Linha Emultina ou Líquidos Selecta
C Água + Selecta Light + Leite em pó integral - SEM ADIÇÃO DE GORDURA VEGETAL
• 1 Litro Água
• 150g Selecta Light • 200g Leite Integral em Pó • 10g Emustab • Saborizantes Linha Emultina ou Líquidos Selecta
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MÓDULO 2 – ASPECTOS LEGAIS 2. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO 2.1 RDC nº 267, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003 - REGULAMENTO TÉCNICO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS INDUSTRIALIZADORES DE GELADOS COMESTÍVEIS Estabelece procedimentos de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos industrializadores de gelados comestíveis a fim de garantir as condições higiênicosanitárias do produto final. DEFINE: Gelados Comestíveis Manual de Boas Práticas de Fabricação Procedimento Operacional Padronizado-POP Higienização Contaminantes Medida de Controle Registro
2.2 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES: ESTABELECE REQUISITOS DE BPF PARA: Matérias-primas, Ingredientes, Embalagens e Utensílios; Preparo da Mistura, Homogeneização, Pasteurização, Resfriamento e Maturação, Batimento e Congelamento, Acondicionamento, Rotulagem, Armazenamento e Controle de Qualidade do Produto Final; Transporte do Produto Final e Exposição à Venda; Responsável pelo Processamento, Documentação e Registro. A responsabilidade pelo processamento deve ser exercida por funcionário devidamente capacitado com curso de carga horária mínima de 40 horas, abordando os seguintes temas: a) Microbiologia de Alimentos; b) Boas Práticas de Fabricação; c) Processamento Tecnológico de Gelados Comestíveis; d) Pasteurização de Gelados Comestíveis e) Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle-APPCC. Os estabelecimentos industrializadores devem dispor de certificado de capacitação do responsável pelo processamento, devidamente datado, contendo a carga horária e conteúdo programático do curso.
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2.2.1 Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997 - Regulamento Técnico sobre “Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores Industrializadores de Alimentos” Estabelece os requisitos gerais (essenciais) de higiene e de boas práticas de fabricação para alimentos produzidos/fabricados para o consumo humano.
2.2.2 RDC nº 2 75, de 21 de outubro de 2002. Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos Estabelece Procedimentos Operacionais Padronizados que contribuam para a garantia das condições higiênico-sanitárias necessárias ao processamento/
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MÓDULO 2 – ASPECTOS LEGAIS 3. ROTULAGEM DE ALIMENTOS
2.2.3 RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001 – Regulamento Técnico Sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos
3.1 RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002 – Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados
Estabelece os Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos e determina os critérios para a Conclusão e Interpretação dos Resultados das Análises Microbiológicas de Alimentos
GRUPO DE ALIMENTOS
MICRO-RGANISMO
TOLERÂNCIA PARA AMOSTRA INDICATIVA
TOLERÂNCIA PARA AMOSTRA REPRESENTATIVA n
c
m
M
b) gelados comestíveis e produtos especiais gelados, de base não láctea (água, suco de fruta) e similares;
coliformes a 45ºC/g
5x10
5
2
10
5x10
Estaf.coag.positiva/g
5x102
5
2
102
5x102
Aus
5
0
Aus
-
coliformes a 45ºC/g
5x10
5
2
10
5x10
Salmonela sp/25g
Aus
5
0
Aus
-
Salmonela sp/25g
Denominação de venda do alimento Lista de ingredientes Conteúdos líquidos Identificação da origem
21. Gelados comestíveis e produtos para o preparo de gelados comestíves a) gelados comestíveis e produtos especiais gelados à base de leite e produtos lácteos (sorvetes e picolés com ou sem cobertura, sanduíche e bolo de sorvete) e similares;
O Regulamento Técnico se aplica à rotulagem de todo o alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para oferta ao consumidor. A rotulagem de alimentos embalados deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
Nome ou razão social e endereço do importador, no caso de alimentos importados Identificação do lote Prazo de validade Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário.
3.2 RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 – Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional O Regulamento Técnico se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores. É obrigatório declarar a quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes:
Carboidratos; Proteínas; Gorduras totais; Gorduras saturadas; Gorduras trans; Fibra alimentar; Sódio.
Optativamente podem ser declarados as vitaminas e os minerais estabelecidos neste regulamento técnico, sempre e quando estiverem presentes em quantidade igual ou maior a 5% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção indicada no rótulo.
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MÓDULO 2 – ASPECTOS LEGAIS 3.3 RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 – Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional
3.6 Portaria Inmetro nº 077 de 06 março de 2007 - Regulamento Técnico Metrológico
A porção e a medida caseira correspondente devem ser utilizadas para a declaração de valor energético e nutrientes, em função do alimento ou grupo de alimentos. Para gelados comestíveis são estabelecidas as seguintes porções e medidas caseiras:
Dispõe que os sorvetes que se comercializem como pré-medidos deverão indicar o conteúdo líquido em unidades legais de massa. Adicionalmente, poderão indicar o conteúdo líquido em unidade de volume, com caracteres de igual ou inferior destaque e tamanho que o da indicação em unidades de massa.
PRODUTO
PORÇÃO
MEDIDA CASEIRA
Sorvetes de Massa
60g ou 130ml
1 bola
Sorvetes Individuais
60g ou 130ml
x unidades
3.4 RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012 - Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar Informação Nutricional Complementar (INC) é qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui propriedades nutricionais particulares em relação ao seu valor energético e/ou ao seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar, assim como ao seu conteúdo de vitaminas e minerais. A declaração da INC é opcional para os alimentos. A RDC estabelece os termos para declaração de INC como “baixo”, “não contém”, “alto conteúdo”, “fonte”, “muito baixo”, “sem adição”, “reduzido” e “aumentado”, bem como as condições para declaração destas propriedades nutricionais.
3.5 Portaria INMETRO nº 157, de 19 de agosto de 2002 - Regulamento Técnico Metrológico Estabelece a forma de expressar a indicação quantitativa do conteúdo líquido dos produtos pré-medidos.
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4. LEGALIZAÇÃO/ REGISTRO DA EMPRESA O primeiro passo para abrir uma empresa é pesquisar e entender o mercado, planejar o negócio e verificar a definição do tipo de empresa, junto a uma contabilidade.
4.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DE EMPRESA 4.1.1 EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL) Neste tipo de forma jurídica, o único responsável pelos atos da mesma será o titular. A empresa que optar por ser um empreendedor individual (MEI), não pode admitir sócios e nem transferir a empresa para outra pessoa jurídica, somente seu estoques, máquinas, etc.
4.1.2 SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA Nesta modalidade jurídica, a empresa é constituída por dois ou mais sócios em atividades comerciais ou industriais. Cada sócio terá mais ou menos quotas, porém, todos respondem pela empresa.
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SEG
TER
QUA
QUI
SEX
SÁB
DOM
4.1.3 SOCIEDADE SIMPLES LTDA. É constituída por duas ou mais pessoas em atividades intelectuais, científicas, literárias ou artísticas. Mais informações sobre a abertura de empresa: Quero abrir um Negócio http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio MEI – Microempreendedor Individual http://www.sebrae.com.br/customizado/microempreendedor-individual Passo a passo de como abrir uma empresa http://www.sebrae-rs.com.br/index.php/7-passos-para-abrir-minha-empresa Tipos de Empresas http://revistapegn.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA459067-2552,00.html
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QUI
SEX
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