Goiânia no Pós Pandemia Setor Campinas Ana Beatriz Stringhini, Carla Esper e Pedro Castro
Universidade Federal de Goiás Introdução ao Urbanismo Profa. Dr. Erika Kneib Goiânia, dezembro de 2020 Ana Beatriz Ferreira Stringhini Carla Esper Spíndula Pedro Henrique de Castro Xavier Imagem da capa: Folha Z, editado no Photoshop.
Sumário 1. Introdução
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2. Metodologia
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3. Locus
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3.1. Localização
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3.2. Histórico
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4. Estudo do entorno
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5. Estudo da área
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6. Estudo de similares
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7. Proposta
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7.1. Problemas e Potencialidades
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7.2. Partido
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7.3. Masterplan
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7.4. Terminal Praça A
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7.5. Reapropriação lotes subutilizados
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7.6. Praça da Igreja
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7.7. Reformulação das calçadas
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7.8. Parklet
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8. Considerações finais
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9. Referências bibliográficas
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Introdução O presente trabalho objetiva, a partir de análises e mapeamentos das características e informações da área de estudo estabelecida, propor diretrizes para uma organização espacial urbana mais eficiente. No intuito de compreender as problemáticas e identificar potenciais intervenções urbana sde determinada área, a região do camelódromo de Goiânia foi definida como objeto de estudo. A escolha da área justifica-se pela sua localização central e pela sua influência como importante centralidade histórica e comercial na cidade. O recorte analisado concentra-se nos arredores do Terminal Praça A, que consiste em um dos terminais de inte-
gração do corredor exclusivo de transO presente trabalho objetiva, porte público do Eixo Anhanguera, no partir de análises e mapeamentos d qual convergem 3 grandes bairros: o características e informações da áre Setor dos Funcionários, Coimbra e de estudo estabelecida, propor diretr Campinas. zes para uma organização espaci O diagnóstico realizado enfatizou urbana mais eficiente. o destaque do camelódromo na cidade, No intuito de compreender dispondo de um grande fluxo de pessoproblemáticas e identificar potencia as e veículos. Em contrapartida, constaintervenções urbana sde determinad tou-se a precariedade de espaços dediárea, a região do camelódromo de Goi cados aos pedestres e de áreas públicas nia foi definida como objeto de estud verdes, de convivência e lazer. A escolha da área justifica-se pela su Sendo assim, surgiram propostas localização central e pela sua influênc preliminares para proporcionar um como importante centralidade histór espaço urbano de qualidade, direcioca e comercial na cidade. nando aos eixos: cidade pós pandemia, O recorte analisado concentraacessibilidade e ambiências. nos arredores do Terminal Praça A, qu consiste em um dos terminais de inte
Fig. 1: Recorte da área de estudo fonte: Google Earth, editado no Photoshop.
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Metodologia Para o desenvolvimento da Revista Goiânia no Pós Pandemia - sobre a análise da área que engloba o Terminal Praça A no Setor dos Funcionários, Coimbra e Campinas, propõe-se o cumprimento das seguintes etapas:
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Levantamentos e pesquisas de modelos e referenciais teóricos para fundamentar a investigação da área escolhida;
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Definição do objeto de estudo e elaboração de um roteiro de análise objetivando determinar os dados que serão levantados;
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Realização dos diagnósticos na escala do entorno e da área específica e concepção dos mapas, utilizando plantas e informações cedidas pela Prefeitura de Goiânia, mapas preexistentes de artigos e trabalhos e análises próprias por meio do Google Earth;
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Avaliação crítica e identificação dos problemas e potencialidades para o desenvolvimento das diretrizes projetuais;
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Estudo de similares para embasar as propostas para a região;
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Consolidação do partido utilizando os referenciais teóricos e os dados coletados e analisados de modo a contribuir para a qualidade do espaço urbano estudado.
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Localização O processo de escolha da área de estudo foi direcionado para regiões urbanas de Goiânia que demonstram alguma importância social, econômica e histórica para a cidade, mas que, ao mesmo tempo, ainda apresentam problemas urbanos que interferem no bem-estar de seus habitantes. A área de estudo que mais se destacou nesse contexto foi a região do Terminal de ônibus da Praça A. Cortado pelo Eixo Anhanguera, uma das princi-
pais avenidas de Goiânia, o terminal se encontra na convergência de três grandes bairros: o Setor Campinas, o Setor dos Funcionários e o Setor Coimbra. Para delimitar a área de estudo, traçou-se uma circunferência de raio 750 m, a partir desse terminal. Mais especificamente, delimitou-se as onze quadras no entorno imediato desse ponto central para um estudo mais aprofundado dos problemas e das potencialidades da área.
Brasil
Goiás
Goiânia
Legenda: Entorno da área Área específica Fig. 2: Mapa de localização. fonte: Google Earth.
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Histórico Setor Campinas: Segundo Mota (2004, p. 129), Attílio Correia Lima definiu, no plano original de Goiânia, um sítio de implantação para a nova cidade próximo a um núcleo urbano já existente. Este sítio era Campinas, um núcleo tradicional frente à cidade moderna que surgia. Ambos se mantinham interligados pelo eixo Anhanguera, principal avenida da cidade, criada por Attílio Correia Lima sobre a estrada que já levava à Campinas. Assim, o desenvolvimento de Campinas esteve integrado ao de Goiânia (MOTA, 2004, p. 130-131). “É um bairro singular, com memória própria e atividades que lhe são características. Grande parte da vida do bairro se encontra na Avenida 24 de Outubro, que está incluída no traçado tombado. Entretanto, edifícios que não são considerados patrimônio, como por exemplo a igreja Matriz de Campinas, o Mercado Municipal ou o Estádio Antônio Accioly, são sempre citados como referências para os usuários e moradores [...].” (DE OLIVEIRA; PRADO; GODINHO, 2017, p. 2) Setor dos Funcionários: Na década de 1960, Goiânia se expandia e se desenvolvia, originando assim novos bairros, entre eles o Setor dos Funcionários, um bairro majoritariamente residencial.
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Legenda: Setor Campinas Setor dos Funcionários Setor Coimbra
Fig. 3: Mapa da divisa dos setores. fonte: Google Earth.
Setor Coimbra: O parcelamento da Vila Coimbra foi incluída no Plano de Urbanização de Goiânia de 1938 por influência de Jerônimo Coimbra Bueno e seu irmão Abelardo. Os irmãos, que eram engenheiros e donos da firma contratada para executar as primeiras obras da capital, receberam as áreas que hoje compreendem o Setor Coimbra e Bueno como pagamento pelos serviços prestados. A década de 60 marcou a chegada dos serviços de infraestrutura na Vila satélite de Campinas que, com o crescimento de Goiânia passou de vila a Setor Coimbra. Atualmente o setor encontra-se no centro expandido de Goiânia e se caracteriza como uma área adensável.
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Estudo do entorno Cheios e Vazios
Observa-se, na região, uma nítida predominância de cheios sobre vazios. A maior parte dos lotes das quadras estão ocupados. Os lotes vazios, em sua maioria, estão sendo subutilizados como estacionamentos de veículos, para garantir que o público que circula na área por meio do automóvel particular acesse o comércio da região. Duas áreas se destacam na paisagem. O Estádio de futebol Antônio Accioly [1], que possui uma área extensa de grama, e o Cemitério Santana [2], que apesar de abrigar certa vegetação,
caracteriza-se como uma área potencialmente contaminada, por funcionar irregularmente (Jornal Opção, 2018). Ademais, destaca-se a Praça Frei Nazareno Confaloni [3], no Setor Coimbra, que abriga somente a Paróquia São Judas Tadeu, mas conta com certa área verde que atualmente é cercada por grades. E a área entre as Avenidas Anhanguera e Perimetral [4], que se mostra majoritariamente vazia na paisagem, mas atualmente comporta um edifício em construção.
Legenda: Cheios Vazios Estádio de futebol Cemitério: bem tombado
Fig. 4: Mapa de cheios e vazios. fonte: Google Earth.
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Estudo do entorno Uso do solo
A morfologia da região analisada apresenta predominância comercial e de serviços, podendo identificar edificações de uso misto no Setor Campinas. Por outro lado, nas imediações do Setor Coimbra, há umamudança para um caráter majoritariamente residencial. A característica comercial da área advém da época de construção de Goiânia, na qual a cidade de Campinas se caracterizou como um apoio comercial e de serviços à nova capital. Assim,
essa dinâmica se estruturou junto à cidade de Goiânia, tornando-se e um polo de fornecimento de matéria prima de indústrias têxteis, eletrônicas, a atacadistas e ao consumidor final. Dessa forma, esse ambiente comercial pujante se torna a característica mais marcante da área estudada, interferindo no modo de vida dos moradores e transeuntes.
Legenda: Comercial Misto Residencial Institucional Área verde Estacionamento
Fig. 5: Mapa de usos. fonte: Google Earth.
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Estudo do entorno Centralidades
A centralidade da área estudada gira em torno do terminal “Praça A”, esta que estimula os demais fatores de centralidades. Por se tratar de um importante ponto de conexão de transporte público, o terminal impulsiona a movimentação contínua de pessoas que transitam pela região em seu exercício diário das diversas atividades cotidianas. Despontando a partir do entorno do terminal e se expandindo por toda a extensão da região, é possível identifi-
car nichos variados de comércio. De maneira geral, o comércio formal e informal se apropria demasiadamente das ruas e calçadas, ocasionando em um fluxo caótico entre veículos e pedestres. Além disso, identifica-se alguns usos institucionais na região caracterizados como polos menores de atração, sendo os de maior destaque as igrejas, órgãos públicos, bancos e faculdade.
Legenda: Terminal Praça A Camelódromo Faculdade e Escola Igreja
Fig. 6: Mapa de centralidades. fonte: Google Earth.
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Estudo do entorno Questões Ambientais
Dentro do recorte de análise, não há áreas verdes públicas. Há somente uma maior arborização em torno da Igreja São Judas Tadeu, que se localiza na Praça Frei Nazareno Confaloni, no Setor Coimbra. O cemitério Santana (área de bem tombado), localizado na Av. Independência, na quadra P-89, no Setor dos Funcionários, é considerado com uma área potencialmente contaminada, por funcionar de forma irregular. Em 2018, ele foi denunciado mas o processo foi indeferido (Jornal Opção, 2018). Uma questão a se considerar é a forte insolação que permeia a região, gerando desconforto aos habitantes e aos transeuntes. A arborização pública é pouca e, neste caso, não contribui para amenizar a situação. É válido citar que nas proximidades, à direita, há o Córrego Capim Puba (APP - área de preservação permanente) e o Parque Lago das Rosas (área de bem tombado) e à esquerda, o Córrego Cascavel (APP - área de preservação permanente). Entretanto, estes não influenciarão na proposta para a área.
Fig. 7: Vista da arborização na Praça Frei Nazareno Confaloni, onde está localizada a Igreja São Judas Tadeu. fonte: Google Earth.
Fig. 8: Vista do Cemitério Santana. fonte: Google Earth.
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Estudo do entorno Mobilidade
O entorno se desenvolve a partir de um ponto central no qual convergem as principais vias da região. A confluência é dada pelo Terminal Praça A, que consiste em um dos 3 terminais de integração do Eixo Anhanguera: um corredor de transporte coletivo exclusivo em modalidade BRT (sistema de ônibus de trânsito rápido). O percurso da linha faz ligação entre as extremidades leste e oeste de Goiânia, totalizando 13,5km de extensão no decurso da Avenida Anhanguera. (Metrobus, 2020)
Assim, o terminal traça o aparecimento radial de grandes vias de caráter arterial (Avenida Anhanguera, Avenida Independência e Rua 210) e coletora (Rua Dr. Gil Lino e Rua 234), sendo elas os principais meios de acesso à região. Por outro lado, essas vias se conectam às ruas locais, estas que encontram-se em maior quantidade, situando-se em áreas residenciais no Setor dos Funcionários e Setor Coimbra e abastecendo uma zona predominantemente comercial no Setor Campinas.
Legenda: Via arterial Via coletora Via local Eixo Anhanguera
Polos geradores de tráfego Principais acessos Corte do perfil da via
1. Terminal Praça A 2. Camelódromo 3. Estádio Antônio Accioly 4. Shoppings do camelódromo 5. Faculdade Unicamps
6. Paróquia São Judas Tadeu 7. Igreja Assembleia de Deus 8. Colégio Princípios
Fig. 9: Mapa de mobilidade. fonte: Prefeitura de Goiânia.
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Estudo do entorno Perfil das vias
Dentre os variados perfis de ruas, destacam-se 3 principais. Primeiramente, a Avenida Anhanguera (via arterial) (Fig. 10) é a única que possui o corredor exclusivo para ônibus, sendo a via mais larga do entorno. Possui faixa de estacionamento em ambos os lados e duas faixas de rolamento, sendo uma para cada sentido. Entre elas, há a linha de ônibus em duas faixas de rolamento, uma para cada sentido, separadas das faixas de carro por uma zona de amortecimento. A Avenida Independência (via arterial) (Fig. 11), por sua vez, também é larga. No entanto, se difere por ter duas faixas de rolamento para cada sentido (totalizando, portanto, quatro faixas) distanciadas por uma ilha central de plantio. Por fim, a Rua Senador Jaime (Fig. 12), embora seja uma via coletora, é similar às vias locais da região: contém uma faixa de estacionamento em cada margem da via, entretanto apresenta apenas uma faixa de rolamento em um único sentido. Logo, conclui-se que as vias carecem de um espaço adequado e acessível nas calçadas para o trânsito de pedestres, de uma infraestrutura de qualidade com equipamentos e mobiliários urbanos e de uma arborização apropriada.
Fig. 10,11, 12: Perfil das vias. fonte: Google Maps.
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Estudo da área Alturas
Com predominância de cheios sobre vazios e de uso comercial, a maior parte dos edifícios da área são baixos, com apenas 1 pavimento. Edifícios de 2 pavimentos também marcam a paisagem da região, enquanto edifícios mais altos (3-6 pavimentos) são mais escassos e se localizam ao sul, à sudeste e à sudoeste. Não há edifícios com mais de 6 pavimentos na área delimitada, o que faz da sua paisagem, majoritariamente horizontal.
Legenda: 1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos 5 pavimentos 6 pavimentos
Fig. 13: Mapa de alturas. fonte: Google Earth.
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Estudo da área
Mobilidade e infraestrutura
Além das calçadas estreitas e danificadas, a área não apresenta arborização e infraestrutura urbana suficientes para propiciar pontos de permanência. Existem poucos espaços públicos de convivência isolados e restritos: À praça na Av. Independência, que, embora aparenta ter sido recentemente reformada, é pequena e insuficiente; Aos bancos e cadeiras situados na esquina da Av. Anhanguera com o ter-
Legenda: Via Arterial Via Coletora Via Local Abrigo de ônibus Banco Passeio
minal, que são mobiliários precários, escassos e mal localizados; Ao passeio em frente ao Camelódromo de Campinas 2, que, embora aparenta ter sido reformado, não possui nenhum equipamento urbano; À praça da Paróquia São Judas Tadeu, que é um ambiente potencialmente apropriado, no entanto, é vedado por grades, impossibilitando o acesso público.
Semáforo Árvore Poste de iluminação
Fig. 14: Mapa de mobilidade e infraestrutura. fonte: Google Earth.
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Estudo de similares Eixos de conexão
Ao abordar a temática do transporte coletivo neste trabalho associando aos efeitos causados pela pandemia do vírus da Covid-19, nos questionamos acerca do futuro do transporte coletivo nas cidades. O cenário atual apenas evidencia a situação caótica do sistema de transporte coletivo em Goiânia, sendo intensificado por diversos fatores, tais como: 1. Políticas urbanas incentivando o uso do transporte individual; 2. Espraiamento urbano, perdendo ganhos de escala no atendimento de periferias; 3. Rotas cada vez mais defasadas em relação aos padrões de deslocamento das cidades; 4. A depreciação das frotas e da qualidade de serviço; 5 Tarifas de transporte coletivo cada vez mais altas. A perspectiva do futuro pós-pandêmico busca medidas sanitárias adequadas para repensar os espaços coletivos, principalmente o modelo de transporte público atual. Seguindo essa temática, objetivamos estudar influências positivas de organização espacial de terminais, procurando trabalhar uma nova abordagem de integração das linhas de transporte tornando-o um local agradável, verde e arejado.
Fig. 15: Estação Norreport. fonte: Gottlieb Paludan Architects + Cobe (Archdaily).
Fig. 16: Cobertura da Estação de Ônibus de Aarau. fonte: Vehovar & Jauslin Architektur (Archdaily).
Fig. 17: Estação de Trem de Kaohsiung.
Fonte: ArchDaily.
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fonte: Archinect.
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Estudo de similares De estacionamento a ponto de encontro
Por mais de 25 anos, o lote de estacionamento em Milwaukee mostrou-se como um vazio problemático na paisagem do centro da cidade, sendo descrito como um "buraco negro" e um "ponto dolorido". Ao mesmo tempo, líderes cívicos e organizadores comunitários conseguiram reconhecer o tremendo potencial deste espaço. Ele não apenas está entre vários destinos importantes do centro da cidade, como também é um lugar do qual todos podem compartilhar. No início de 2014, uma equipe multidisciplinar começou a identificar os melhores usos para o local. Este processo criativo de resolução de problemas incluiu um engajamento público rico e variado, juntamente com um estudo cuidadoso das características espaciais do centro da cidade e uma análise do potencial do local. A equipe do projeto seguiu os princípios de Placemaking para garantir que o projeto fosse colaborativo, inclusivo e liderado pela comunidade. Descobriram, então, que havia uma grande demanda por atividades mais dinâmicas, inclusivas e voltadas para a comunidade no centro da cidade e que qualquer desenvolvimento do local deveria incluir um espaço público flexível que suportasse uma ampla variedade de atividades. Fonte: Project for Public Spaces.
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Fig. 18: Antes - apropriação do lote. fonte: Project for Public Spaces.
Fig. 19: Depois - reapropriação do lote. fonte: Project for Public Spaces.
Fig. 20: Ponto de encontro da comunidade. fonte: Project for Public Spaces.
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Estudo de similares
Praça das Mães - São Nicolau
Após ser requalificada, a Praça das Mães, localizada entre as Avenidas República do Líbano e Anhanguera, no setor Oeste, ganhou uma nova denominação: Praça das Mães – São Nicolau. A mudança de nome atende à comunidade da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Antioquina São Nicolau de Goiânia. A Praça fica em frente à igreja e é utilizada pelos membros como centro de convivência e lazer. Executado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), o projeto de revitalização incluiu a construção de calçadas com piso tátil,
implantação de bancos de madeiras, lixeiras e canteiros com plantio de gramas, mudas de árvores e palmeiras, além do reforço na iluminação pública da área de lazer. A obra ainda incluiu a escultura “Amor de Mãe”, que passou por reparos e ganhou nova pintura e iluminação. O monumento faz parte do conjunto de obras que marca a história de Goiânia, e é localizado centro da praça. A escultura possui 3,2 metros de altura é do artista Antenor Silva, criada em 1969. Fonte: Site da Prefeitura de Goiânia.
Fig. 21: Vista superior da Igreja e sua nova Praça. fonte: Google Earth, editado no Photoshop.
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Estudo de similares
Guia Global de Design de Rua
O Guia Global de Design de Ruas é um roteiro para o desenho das vias urbanas, reconhecendo a cidade como um espaço que privilegia os pedestres em detrimento aos veículos, visando garantir acessibilidade, segurança, conforto, qualidade ambiental e de vida. Nesse sentido, é imprescindível que as calçadas sejam qualificadas para acomodar o movimento de pessoas. De maneira geral, as calçadas devem ser projetadas a partir de quatro critérios de configuração: 1. Zona de fachada: seção que abrange a entrada do edifício. 2. Passeio: via que define um caminho para os pedestres que deve ser
seguro e acessível. 3. Zona de mobiliário: seção entre o passeio e o meio fio que deve conter equipamentos urbanos. 4. Zona de amortecimento: seção complementar destinada à ciclovias, estacionamento, parklets, entre outros. Em uma região predominantemente comercial, as calçadas tendem a comportar um grande volume de pessoas. Assim, é fundamental assegurar que a zona de fachada sejam ativamente definidas, o passeio seja largo e a zona de mobiliário tenha equipamentos para acomodar os transeuntes. Fonte: Guia Global de Design de Ruas.
Fig. 22: Configuração das calçadas comerciais. fonte: Guia Global de Design de Ruas.
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Estudo de similares
Hammersmith Parklets
A promoção de Parklets comunitários no bairro de Hammersmith, em Londres, foi uma colaboração de Hammersmith BID, Hammersmith and Fulham Council, Medidata e a Prefeitura de Londres, no intuito de ser uma iniciativa para proporcionar espaços verdes e encorajar o ciclismo – uma proposta de incentivo à biodiversidade. Assim, 8 vagas de estacionamento foram transformados em 4 Parklets arborizados, possibilitando que os transeuntes desfrutem de um ambiente calmo em meio à cidade. Os Parklets possuem dimensões de 10 metros por 2,5 metros contendo áreas verdes combinados com bancos de madeira e vagas para bicicleta. O projeto dos Parklets foi uma proposta eficiente na proposição de espaços verdes comunitários, contribuindo para a biodiversidade e para a melhoria da qualidade do ar, criando um Bairro de Baixa Emissão. Além disso, constatou-se que os Parklets beneficiaram a qualidade de vida dos residentes da região e impulsionaram em 30% o comércio de cafeterias e restaurantes. Fonte: Hammersmith BID.
Fig. 23-25: Parklets em Hammersmith. fonte: Hammersmith BID.
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Propostas
Problemas e Potencialidades ausência de áreas verdes
convergência de três bairros
arborização e infraestrutura urbana insuficiente
grande fluxo de pessoas
calçadas estreitas e danificadas
centralidade comercial
excesso de pessoas e espaço escasso para acomodá-las
importância histórica na cidade
prioridade do carro sobre o pedestre
polo de circulação modal
ausência de espaços públicos de convivência
geratriz de atividades sazonais (igreja, faculdade etc.)
monofuncionalidade: o fechamento do comércio enfraquece a região à noite
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Partido Conectar, integrar e apropriar — A conexão que integra, a integração que apropria e a apropriação que conecta. Os pontos chaves deste projeto são: a valorização do transporte público como meio conectivo; a valorização das áreas de comércio e dos espaços verdes de convivência como meios de integração; a prioridade do pedestre sobre o carro, a reapropriação do espaço público e o combate à ociosidade de espaços subutilizados como meios apropriativos. Diante de uma região que apresenta como ponto forte a conexão de grandes bairros de Goiânia, buscou-se estabelecer uma estratégia de projeto que destacasse a questão da mobilidade urbana. Paralelamente, buscou-se integrar ambos os setores comercial e residencial da região ao se [re]apropriar das calçadas, dos espaços públicos e dos espaços subutilizados.
Diretrizes
ACESSIBILIDADE .Prioridade do pedestre sobre o automóvel; .Conexão do transporte público;
CIDADE PÓS-PANDEMIA .Criação de espaços abertos e amplos;
AMBIÊNCIA .Criação de espaços de convivência, com áreas verdes;
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Propostas
Masterplan
A proposta apresentada busca inerir na área estudada conceitos que fazem nexo com urbanismo sustentável, com objetivo de fortalecer pontos identificados como potencialidades: o comércio, a presença e convergência do sistema de transporte público, o potencial dos edifícios institucionais de centralidade, áreas atualmente não ocupadas e também, em menor escala, o fluxo residencial. Como resposta aos problemas de ausência de áreas verdes, da insuficiência da estrutura urbana nos passeios púbicos (lixeiras, iluminação e espaços de convivência), calçadas estreitas e danificadas, espaços escassos para acomodação do fluxo de pessoas, a monofuncionalidade e a priorização do carro, direcionamos nossas diretrizes em três princípios: CIDADE PÓS-PANDEMIA Máxima ampliação do espaço para o pedestre, possibilitando atividades flexíveis e integradas à cidade. Foi proposta a apropriação dos espaços vazios como locais de lazer e ambiência, ar puro e espaço usual que servem de local de descanso e lazer, assim como a apropriação do terminal como praça. Assim, esses espaços fortalecem a área como comunidade, como exemplo da Praça da Igreja que, junto à universidade ali inserida, se torna um espaço de convivência diurno e noturno.
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ACESSIBILIDADE Redesenho das calçadas, reapropriação de espaços como estacionamentos, praças e o terminal, remanejamento de espaços possibilitando a instalação de parklets nas ruas como opção de convivência aos transeuntes, tendo em vista sua má estrutura e a alta ocupação das calçadas pelo comércio. AMBIÊNCIA No intuito de valorizar o comércio e atrair mais consumidores, buscou-se atribuir novos e convenientes usos que proporcionassem uma arborização urbana eficiente e locais funcionais, de descanso e interação pensados para as pessoas que trabalham, transitam, moram e coabitam essa região. Trabalhou-se, também, a nova arquitetura urbana no Pós-pandemia, transformando os espaços urbanos em áreas confortáveis e adequadas à nova realidade, como no caso do Terminal Praça-A redesenhado com maiores aberturas para circulação de ar e arborização.
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Fig. 26: Implantação das propostas na área de estudo. fonte: Imagem autoral.
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Propostas
Terminal Praça A
No intuito de incorporar o Terminal ao bairro, a reestruturação surgiu como diretriz para uma nova apropriação de um espaço público de convivência com áreas verdes. Assim, a proposta permite uma visão contemporânea, multifuncional e dinâmica do espaço público a partir dos aspectos do transporte coletivo. De acordo com dados da RMTC, o Terminal Praça A dispõe de 3 plataformas de embarque, sendo elas: 1 central do Eixo Anhanguera e 2 Auxiliares, somando 9 baías de embarque que contemplam 18 linhas. Na proposta, as linhas auxiliares são dispostas no térreo (cobertas por uma laje jardim com aberturas circulares onde se situa a nova praça) e o fluxo do Eixo Anhan-
guera foi redirecionado por meio da construção de uma trincheira subsolo. Em contraposição ao projeto atual, cujo espaço é inteiramente fechado e desagradável paisagisticamente e ambientalmente, a proposta objetiva trazer ventilação e iluminação natural para o novo Terminal. Ao criar grandes aberturas com árvores e um terraço jardim semicoberto como praça pública, buscou-se apropriar do conceito de praça como lugar de convivência, permanência e lazer. Para compor uma nova ambiência urbana, objetivou-se criar, principalmente, novos espaços de uso comunitário necessários aos transeuntes e moradores, tendo em vista a carência de espaços verdes públicos na área.
Fig. 27: Vista superior esquemática da proposta do novo Terminal. fonte: Imagem autoral.
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Cobertura Terraço jardim como praça pública.
Terminal - nível térreo 7 baías embaque 2 baías de desembarque
Circulação para o pedestre em volta de toda praça, integrando ao bairro. Trincheira - Eixo Anhaguera Corredor exclusivo em modalidade BRT subsolo
Fig. 28: Perspectiva explodida dos níveis. fonte: Imagem autoral.
Fig. 29: Vista interna esquemática da proposta do novo Terminal. fonte: Imagem autoral.
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Fig. 30: Perspectiva esquemática da nova apropriação dos lotes subutilizados. fonte: Imagem autoral.
Propostas
Reapropriação de lotes subutilizados A área de estudo conta com aproximadamente dez lotes subutilizados, que são atualmente apropriados como estacionamento para veículos. Dentro das amplas propostas de minimizar a prioridade que o automóvel particular tem na cidade e de potencializar a apropriação da paisagem urbana da região pelas pessoas, esses lotes podem ser reapropriados como espa-
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ços verdes públicos de convivência e de lazer, que, no presente, são escassos na área. Esses espaços podem contar com vegetação, bancos, mesas, iluminação, arte de rua, parquinhos infantis e feiras, apresentando-se flexíveis o suficiente para comportarem atividades diversas. Essa reapropriação pode contar com o envolvimento da população, para despertar nela um sentimen-
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to de pertencimento em relação a esses novos espaços. Seria uma reapropriação embasada nos princípios de placemaking. Com suas raízes na participação comunitária, o placemaking abrange o planejamento, o desenho e a gestão de espaços públicos. Facilita a criação de atividades e conexões (culturais, econômicas, sociais, ambientais) que definem um espaço e dão
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suporte para a sua evolução. Em tempos de pandemia, em que se preza por áreas abertas, que permitem o contato com a natureza, incluir espaços verdes públicos na região influenciaria diretamente na qualidade de vida dos seus habitantes, uma vez que esta é proporcional à quantidade de espaços verdes públicos presente numa cidade (AMORIM; LIMA, 2006).
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Propostas
Praça da Igreja A igreja São Judas Tadeu se localiza na Praça Frei Nazareno Confaloni, no Setor Coimbra, uma área que conta com uma maior arborização. Entretanto, esta apresenta-se vedada por grades. A proposta é retirar esse fechamento, para que o espaço possa ser apropriado pelos transeutes, como uma área verde de convivência e de recreação. Para isso, o desenho atual da praça pode ser aproveitado. Seria indispensável, entretanto, completar a vegetação e o mobiliário urbano do local. Grama, arbustos, árvores, bancos, mesas, iluminação, parquinhos infantis e bancas de comércio efêmero ajudariam a criar a “Praça da Igreja”, um espaço atrativo e agradável a todo o bairro, que ajudaria, inclusive, a valorizar a igreja nele presente. Historicamente, a igreja e a praça das cidades pequenas sempre estiveram bastante interligadas. Tradicionalmente, a igreja se situava no centro da praça, toda a cidade expandia ao seu redor e ambas se caracterizavam como pontos de encontro. É lógico, portanto, que esse cenário se reproduza, em diferentes proporções, nas cidades grandes, uma vez que uma igreja precisa do apoio que uma praça oferece, enquanto a vitalidade de uma praça se beneficia do movimento que uma igreja provoca.
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Fig. 31: Vista superior esquemática da nova apropriação da Praça da Igreja. fonte: Imagem autoral.
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Propostas
Reformulação das calçadas
Nas cidades e especialmente na área em estudo observamos a prioridade do carro sobre os indivíduos. Em um lugar marcado por uma acentuada dinâmica social proporcionada pelas trocas comerciais, constatamos a precariedade da estrutura das calçadas em toda a extensão da região, consequentemente prejudicando a caminhabilidade e a acessibilidade dos transeuntes. Nota-se que a seção do
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passeio é estreita equiparada ao contingente de pessoas que se deslocam no local e, além disso, as calçadas não dispõem de uma infraestrutura adequada de calçamento, equipamentos urbanos e arborização, impossibilitando uma caminhada segura e confortável. Nesse sentido, a proposta visa reformular as calçadas das principais vias da região, no intuito de oferecer acessibilidade, segurança e mobilidade.
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Fig. 32: Corte isométrico do perfil da via com a reformulação das calçadas. fonte: Imagem autoral.
Tem como referencial teórico projetual o Guia Global de Design de Ruas e será implementada nas vias mais movimentadas, sendo elas: Avenida Anhanguera, Avenida Independência, Avenida Perimetral e Rua 210. Portanto, para uma área predominantemente comercial, a proposta é ampliar a dimensão do passeio para 4 metros (de forma que o caminho seja claro e comporte os indiví-
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duos), incluir uma zona que contenha postes de iluminação, sinalização de trânsito, bancos, lixeiras e uma faixa arborizada, além de prever uma zona de fachada em frente aos estabelecimentos. Logo, a premissa é melhorar a qualidade das calçadas e proporcionar acessibilidade aos efetivos usuários da cidade: as pessoas.
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Propostas Parklet
Em um lugar marcado pelo contínuo e intenso vaivém do comércio, notamos a escassez de espaços públicos de convivência. A supremacia do automóvel sobre o pedestre revelou a precariedade da estrutura das calçadas e a ausência de locais públicos de permanência, despertando a necessidade
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e a importância de promover pontos de encontro para os usuários da cidade. Dessa maneira, a proposta objetiva criar parklets ao longo da região, com a finalidade de suprir a carência de espaços para o convívio social, sendo uma alternativa para a reformulação dos passeios.
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Fig. 33: Vista isométrica da implementação de parklets adjacente às ruas. fonte: Imagem autoral.
Parklets são estruturas construídas adjacentes às calçadas que ocupam momentaneamente as vagas de estacionamento dos carros. Seu propósito é ser uma extensão da calçada, propiciando espaços de lazer e convivência nas vias públicas. Assim, com as estruturas dos parklets visamos suprir a
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insuficiência da qualidade das calçadas em vias que possuem um intenso fluxo de pessoas em virtude do comércio. Desse modo, nossa proposta pretende criar lugares de encontro, pausa e permanência, convidando os pedestres a se acomodarem e se envolverem com a cidade em um estar lúdico.
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Considerações finais O urbanismo como um todo, relacionado à estrutura urbana da cidade, constantemente sofre transformações, sendo possível identificar no estudo da história dos bairros em que trabalhamos as análises e propostas. O cunho comercial pujante que se formou na área é resultado da construção de Goiânia e da necessidade de um ponto de assistência de comércio concebido em Campinas. Porém, atualmente vivemos uma transformação abrupta em que se vê a necessidade de adequação de infraestruturas e do tecido urbano, nos induzindo a adaptar e repensar os espaços na cidade. Como resultado final desse trabalho, foram analisadas as características dos setores estudados, resultando numa interpretação da estrutura urbana que permitiu a identificação de problemas e potencialidades do espaço, especialmente acerca da infraestrutura urbana, mobilidade e estrutura viária, ocupação e usos do espaço, dentre outros aspectos. Os resultados obtidos desse diagnóstico nos direcionou à materialização de conceitos, tendo como viés principal a acessibilidade, a ambiência e o período pós-pandemia. Com base nesses princípios, concebemos diretrizes que julgamos adequadas para a região, objetivando potencializar e organizar aspectos como a conexão com
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comércio, transporte público e edifícios institucionais. As propostas visaram atender as demandas numa estrutura espacial formada pela articulação e sobreposição dos conceitos estabelecidos. Dessa forma, resultou-se em novas apropriações das calçadas (reformulação do perfil e criação de parklets) e dos espaços subutilizados (transformando-as em espaços de convivência) e em uma readequação do terminal de ônibus, alinhando ao Pós-pandemia.
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Universidade Federal de Goiás Introdução ao Urbanismo Profa. Dr. Erika Kneib Goiânia, dezembro de 2020 Ana Beatriz Ferreira Stringhini Carla Esper Spíndula Pedro Henrique de Castro Xavier