Casa de Tijolos | Mies van der Rohe

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CASA DE TIJOLOS

1929 | Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona, Espanha

mies van der rohe

A OBRA

Mesmo não tendo sido construída, a Casa de tijolos (1923) de Ludwig Mies van der Rohe é tida como, além de um projeto, uma obra de arte. Existem apenas dois desenhos no escritório de Mies em Berlim que descrevem o projeto: uma planta e uma perspectiva. Entretanto, ao que tudo indica, a perspectiva não foi desenhada por Mies e foi gerada a partir de uma planta diferente. Aparentemente, nunca houve um nível superior, além do lado externo representado na perspectiva não se alinhar ao interior.

OS VÉRTICES

Há três tipos de vértices que representam as paredes no desenho da planta: vértice 1, vértice 2, vértice 3, vértice 4. No desenho, o vértice 1 prevalece sobre os outros dois, assim como o segundo prevalece sobre o terceiro.

A PLANTA

Uma característica da planta é a ausência de elementos que separam os ambientes, sem o fechamento dos cômodos, fornecendo uma integridade ao espaço. Na extremidade inferior, as paredes formam linhas aglomeradas menores e mais próximas que, gradualmente, vão se afastando e expandindo, criando espaços mais amplos até que chegam nas três paredes mais extensas, que se abrem para o espaço infinito externo e criam uma relação com o espaço interno, assim como também existe essa relação no uso do vidro. Apesar disso, os desenhos representam um interior sem exterior. A paisagem é desconhecida e não é representada na perspectiva. O projeto não deixa claro qual é a parte da frente, qual é a parte de trás ou qual é a entrada principal. Os muros exteriores fazem com que o único jeito de transitar entre as três áreas que eles criam seja pela casa e promovem uma divisão sem definir função.

1945 | Casa Farnsworth Chicago, EUA

1950 | Crown Hall Chicago, EUA

PRINCIPAIS OBRAS

Ludwig Mies van der Rohe nasceu em Aachen, Alemanha, em 27 de março de 1886. Assim como Le corbusier e Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe aparece com grandes contribuições para a arquitetura moderna. Importantes contribuições: objetividade construtiva valorizando a materialidade; criação de ambientes flexíveis através de planos verticais e horizontais sem a divisão espacial; minimalismo; edifícios em pele e ossos, criando um espaço ordenado e fluido que sugere liberdade de utilização; funcionalismo arquitetônico dos arranha-céus como a concretização do poder das grandes corporações empresariais. Essas características se mostram em várias obras, como o Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona, na Espanha, o Crown Hall, a sede do departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois,a Casa Farnsworth, em Illinois, o Edifício Seagram, em NY e a Neue Nationalgalerie, em Berlim.

1954 | Edifício Seagram NY, EUA

O TIJOLO

1929 | Pavilhão Barcelona, Mies van der Rohe Fluidez espacial: sequência de salas abertas; Planta livre: paredes como planos independentes da estrutura; Aberturas: permeabilidade do chão ao teto e sem definição clara da separação entre interior e exterior.

O conforto do lar estava ligado à escolha do material. Parte do gênio da casa é que ela era imaginada em tijolos: material retardatário para promover uma nova visão de domesticidade.

1904 | Casa Martin Frank Lloyd Wright

Casas da Pradaria: horizontalidade, volumes regulares, linhas longilíneas, uso do tijolo aparente e do concreto. 1914 - 1918 | Primeira Guerra Mundial Mudança sociopolítica da Europa, desilusão e surgimento das vanguardas. 1917 | De Stijl Buscavam a fuga da subjetividade como fuga da causa da guerra; O neoplasticismo terminaria por se integrar à arquitetura, dando fim à pintura.

1918 | Dança Russa Theo van Doesburg

HISTÓRIA DA ARQUITETURA 3

1931 | Casas-pátio Mies van der Rohe Fluidez espacial: sequência de salas abertas; Paredes e muros: planos independentes e delimitadores do espaço; Vértices: expressão mínima das paredes como divisão entre ambientes.

2005 | Casa de Campo Shigeru Ban Reinterpretação literal da obra, se diferindo na escolha dos materiais.

Docente: Lucas Jordano Discentes: Ana Beatriz Stringhini, Carla Esper, Kleber Antônio e Giovanna Camilo.


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