Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – julho | agosto 2015
em foco Fundador do ‘Doutores da Alegria’ compartilha como a Arte pode ajudar no cotidiano de pacientes, familiares e equipe médica. Pág. 08
eventos Seminário Anahp promovido em Belo Horizonte reúne mais de 300 participantes. Pág. 16
perfil DRG: Conheça os desafios para implementação do sistema de classificação no Brasil e os primeiros passos do projeto piloto entre os hospitais associados à Anahp. Pág. 24
Em busca do
hospital digital
Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – julho | agosto 2015
03 editorial
O Panorama Anahp se tornou um importante veículo para abordagem de temas pertinentes ao setor saúde no Brasil.
36 hospitais associados Hospitais Anahp investem em ampliações e certificações de qualidade.
06 opinião
Coordenadores do Grupo de Trabalho sobre TI nos hospitais compartilham os desafios das instituições de saúde para alcançar o status de Hospital Digital.
08 em foco
Fundador do ‘Doutores da Alegria’ compartilha como a Arte pode ajudar no cotidiano de pacientes, familiares e equipe médica.
16 eventos
Abordando o tema “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios”, seminário Anahp promovido em Belo Horizonte reúne mais de 300 participantes.
24 perfil
DRG: 3M fala sobre os desafios para implementação do sistema de classificação no Brasil e os primeiros passos do projeto piloto entre os hospitais associados à Anahp.
Capa tecnologia e saúde Em busca do Hospital Digital: Pautados por modelos internacionais, é cada vez maior o número de hospitais brasileiros a adotarem tecnologias de suporte à assistência clínica. Pág. 28
Caro leitor Além de debater e buscar soluções para os problemas do setor, precisamos compartilhar as melhores práticas alcançadas pelas instituições de saúde em vários aspectos”.
Gostaria de iniciar este editorial falando sobre o papel que o
hospitais. Trata-se de um trabalho extremamente humanizado.
Panorama Anahp conquistou nos últimos anos. A publicação
Em junho, a Anahp promoveu em Belo Horizonte (MG), no
se tornou um importante veículo para a abordagem de temas
Hospital Mater Dei, a primeira edição do Seminário abordando
pertinentes ao setor saúde no Brasil, proporcionando o
o tema “O hospital na construção da excelência do sistema de
aprofundamento das discussões, ou mesmo despertando
saúde: Perspectivas e desafios”. O evento reuniu mais de 300
o interesse dos leitores para determinados assuntos que
participantes e as discussões foram muito positivas. Acompanhe
nem sempre têm espaço na agenda dos executivos, como
a cobertura completa do Seminário nesta edição da publicação.
gestão de pessoas, tecnologia, governança, entre outros.
Aproveito a oportunidade para lembrar os nossos leitores que
Manchetes negativas sobre a saúde no Brasil são frequentes nos
a 3a edição do Congresso Nacional de Hospitais Privados
últimos tempos, mas entendemos que além de debater e buscar
(Conahp) se aproxima. O evento acontecerá entre os dias 11 e
soluções para os problemas do setor, precisamos compartilhar
13 de novembro de 2015, no WTC Golden Hall, em São Paulo
as melhores práticas alcançadas pelas instituições de saúde
(SP). As inscrições já estão abertas e o site do Congresso, com a
em vários aspectos. Nesta edição do Panorama, por exemplo,
programação completa, palestrantes e informações sobre a sessão
compartilhamos a experiência de hospitais que com investimento
pôster está no ar. Acesse o endereço www.conahp.org.br para
em tecnologia e revisão de processos, buscam a certificação
mais detalhes do evento. Contamos com a sua participação!
de Hospital Digital. Este recurso contribui significativamente
Não poderia encerrar este editorial sem antes parabenizar os
com a assistência clínica e a segurança do paciente.
hospitais membros da Anahp pelos investimentos em infraestrutura
Outro tema abordado nesta publicação, e que particularmente
e qualidade, primando sempre pela segurança do paciente.
muito me inspirou, é o espetacular trabalho desenvolvido pelos Doutores da Alegria. Em entrevista ao Panorama Anhap,
Desejo a todos uma excelente leitura!
Wellington Nogueira, fundador do ‘Doutores da Alegria’, compartilha como surgiu a ideia de formar um grupo de artistas para ajudar crianças, idosos e adultos em recuperação nos
Francisco Balestrin Presidente do Conselho
Associação Nacional de Hospitais Privados
Panorama Anahp
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Conselho de Administração Presidente: Francisco Balestrin | H. Vita Curitiba – PR
Diamond
Vice-Presidente: Antônio C. Kfouri | H. do Coração (HCor) – SP Eduardo Amaro | H. e Maternidade Santa Joana – SP Francisco Eustácio Vieira | H. Santa Joana – PE Henrique Neves | H. Israelita Albert Einstein – SP José Ricardo de Mello | H. Santa Rosa – MT José Roberto Guersola | Hospital Barra D’Or – RJ Maria Norma Salvador Ligório | H. Mater Dei – MG Paulo Chapchap | H. Sírio-Libanês – SP
Expediente
Gold
Panorama é uma publicação bimestral da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados. Jornalista Responsável Evelyn Tiburzio – MTB 11.385/MG Redação Evelyn Tiburzio Lucas Martini Conselho Editorial Carlos Figueiredo Evelyn Tiburzio Direção de Arte Graphic Designers
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Fotos Shutterstock, Jô Mantovani Tiragem 5.000 exemplares
Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados Rua Cincinato Braga, 37 – 4º andar – São Paulo – SP www.anahp.com.br – 11 3178.7444
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opinião
Diretrizes de TI para hospitais A Anahp estabeleceu um importante marco na história da informática
definição de requisitos técnicos, padrões e metodologia, que
em saúde no Brasil ao criar o Grupo de Estudos de Tecnologia da
atendam as instituições de saúde, independente da sua
Informação, formado por CIO’s dos hospitais membros da Anahp.
estrutura, além de apoiar os demais grupos da Anahp no
Iniciamos os trabalhos apenas como um grupo de estudos a fim de
processo de informatização e melhoria de processo”.
avaliar a viabilidade da sua composição, atividades e entregas, até
No início, a nossa principal preocupação foi equalizar o
que recentemente nos consolidamos como um Grupo de Trabalho.
conhecimento dos participantes do grupo, por meio de workshops
Na era atual, em que a tecnologia é cada vez mais essencial para
técnicos e reuniões presenciais / web conferências para
a sustentação das organizações, proporcionando processos maduros e otimizados, sistematizações e agilidade, a Anahp entendeu que era importante ter “pessoas pensando e discutindo tecnologia”, a fim de produzir conhecimento que agregasse valor aos hospitais membros da Anahp, bem como pudesse contribuir com o mercado hospitalar privado brasileiro. Mais especificamente, o objetivo deste grupo é “desenvolver documentos técnicos com recomendações para elevar o nível de maturidade e adoção de TI nos hospitais, com a
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discussão sobre “Hospital Digital”, “HIMSS”, “Padrão EMRAM”,
Claramente os hospitais estão em estágios de informatização
“Certificação Digital” e cases de sucesso dos hospitais. A ideia
diferentes, algumas TIs ainda são vistas apenas como uma área
foi movimentar o grupo para que se tivesse ampla participação,
de suporte e apoio, e outras já como uma área estratégica que
e consequentemente uma variedade de visões e experiências.
auxilia a empresa a alcançar seus objetivos de negócio. Neste
Foi interessante observar que os participantes trouxeram
grupo, há hospitais altamente informatizados, próximos de
discussões práticas, dificuldades do dia a dia junto a fornecedores
serem um Hospital Digital; alguns em estágios mais avançados
e qualificação de profissionais e novas tecnologias, o que
no modelo EMRAM (estágios 5 ou 6); e pouquíssimos são
propiciou grande troca de informações e a construção coletiva
quase paperless. De certa forma, esta grande diversidade é
de conhecimento para melhoria da TI dos hospitais.
um retrato da realidade dos hospitais privados do país. A tendência dos hospitais é cada vez mais buscar a informatização, a fim de melhorar seus processos, aumentar a qualidade assistencial, a segurança do paciente e um maior controle e conscientização dos custos. Do ponto de vista dos CIO’s deste grupo, os seguintes itens estão em pauta para discussão: certificação digital, mobilidade, segurança da informação, infraestrutura de alta disponibilidade, equipes capacitadas, qualificação de fornecedores e gestão orçamentária. Nos últimos 10 meses de reuniões, a dinâmica de discussão no grupo convergiu para a elaboração do manual de “Diretrizes de TI para Hospitais Privados”, como uma forma concreta de recomendar as melhores práticas, ferramentas, tecnologias e, ao mesmo tempo, oferecer uma visão executiva para a Diretoria dos hospitais. Certamente esta foi apenas a primeira entrega deste grupo. Os próximos passos são: a elaboração de novos documentos técnicos, criação de projetos no conceito de serviços compartilhados Anahp, dentre outras iniciativas que possam contribuir de fato para a adoção plena da TI pelos hospitais membros da Anahp, e que também sirvam como orientadores para o mercado hospitalar no Brasil.
Lilian Correia, MBA Hospital Samaritano de São Paulo Coordenadora do GT de TI da Anahp Claudio Giulliano Alves da Costa, MD, MSc, CPHIMS FOLKS Consultoria e Treinamento em e-Saúde Apoio Técnico do GT de TI da Anahp
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Foto: Luciana Serra
em foco
A arte encontra vida
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Foto: Luciana Serra
Fundador do Doutores da Alegria, Wellington Nogueira aborda os impactos da Arte no cotidiano de pacientes e da equipe médica, relembra a trajetória da ONG e fala sobre a necessidade de se investir em cultura e em humanização nos hospitais
Tudo começou nos anos 80 com o desejo de ser ator de musicais da Broadway, quando foi para os Estados Unidos estudar Artes Cênicas. Na viagem, levava um sonho. O que ele não sabia é que após anos de permanência por lá retornaria para o Brasil com muito mais do que uma vontade realizada: traria na bagagem a capacidade de alegrar e realizar os sonhos de muitas pessoas. Wellington Nogueira é o fundador do Doutores da Alegria, organização não governamental que há 23 anos ajuda crianças, idosos e adultos em sua recuperação nos hospitais por meio da visita contínua de palhaços profissionais especialmente treinados. Premiado, reconhecido e referência por sua atuação, Wellington teve de superar desafios para iniciar seu projeto, que após pouco mais de duas décadas de atuação já atinge a incrível marca de mais de um milhão de visitas a crianças hospitalizadas, seus acompanhantes e profissionais de saúde. Em entrevista à Revista Panorama Anahp, Wellington relembra seu trabalho no programa Clown Care Unit, iniciativa do Big Apple Circus, de Nova York, grupo pioneiro no mundo em levar palhaços para instalações pediátricas dos hospitais. Também conta casos de como a Arte pode impactar o tratamento de pacientes e o trabalho de médicos e equipe multidisciplinar. E afirma que para os hospitais brasileiros a humanização ainda não é uma prioridade de investimento, como em outros países.
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em foco
O que eu adoro na internet é a expressão tempo real. Eu achava que o teatro era assim, o limite do risco para um ator, mas descobri que o palhaço, em um hospital, aprofunda esse risco. Ali você não está mais protegido pelo ensaio, é você e a criança que está na sua frente.”
Doutores da Alegria foi fundado em 1991. Antes você havia trabalhado no renomado grupo Clown Care Unit, iniciativa do Big Apple Circus, dos Estados Unidos. Quais foram as suas inspirações para criar um projeto semelhante no Brasil? A minha inspiração foi uma só: o Big Apple Circus Clown Care Unit. Antes de falar mais sobre eles, deixa eu te contar uma coisa: palhaço em hospital é algo que já existe há muito tempo. Eu vi um recorte de jornal da França, de 1903, com uma ilustração de palhaços visitando crianças como um gesto de boa vontade de um circo que estava chegando a Paris naquela época. A questão é que o palhaço sempre foi a atração do show, geralmente realizado em um espaço do hospital no qual era montado um palco e em que, naquela ocasião, pacientes e seus familiares poderiam ir até lá para assistir ao espetáculo. Ou seja, era como uma apresentação em um teatro, só que no hospital. Por isso, o Clown Care Unit representou um marco. Eles foram os primeiros no mundo a realizar um trabalho contínuo de palhaços profissionais usando uma metodologia pensada para o paciente, e isso em 1986. Eu entrei no grupo em 1988 e permaneci durante três anos. Nesse período em que estivemos juntos, eles me inspiraram. Eles mudaram radicalmente o meu olhar sobre Arte, e me mostraram o seu verdadeiro impacto na vida. Foi um trabalho que promoveu uma grande revolução em mim.
Você sempre quis atuar como palhaço? Fui para Nova York em 1983 para estudar teatro com musical. Durante o curso de três anos de formação, uma das disciplinas era a de palhaço. Eu nunca tinha pensado em ser ou construir uma trajetória como palhaço, eu tinha até certo preconceito com essa carreira. Quando me convidaram para fazer um teste de trabalho no grupo Clown Care Unit, eu pensei: para ser palhaço precisa ser testado? Mas foi aí que eu vi a complexidade de exercer essa profissão. Ao ver o trabalho que eles desenvolviam e o impacto nos pacientes, minha reação foi a de dizer que eu era só um ator da Broadway e que não tinha competência para fazer aquilo. Eles me deram bastante tempo, então aproveitei para me preparar, refinar as minhas habilidades de palhaço, minha criatividade, voltei até lá e passei no teste.
O que mais te surpreendeu nesse trabalho? Primeiro, eu não fazia ideia de que a Arte tinha esse poder e essa força em um lugar como um hospital. Além disso, os artistas que eu vi eram de total excelência no que eles estavam fazendo. A proposta não era ser bonzinho, eles estavam lá levando arte da forma mais profissional e do jeito mais comprometido possível para as crianças. Eram dois palhaços para uma criança dentro do quarto, e eles iam trabalhando de acordo com as reações que a criança manifestava. Outro ponto que me chamou atenção foi a forma como eles construíam a relação, que se iniciava com números de mágica ou malabares na porta do quarto. Eles não invadiam o espaço do paciente, eles aguardavam pela permissão dele. Esse trabalho é sobre você criar as condições para escrever com a criança a sua visita. É lidar o tempo todo com o imprevisível. O que eu adoro da internet é a expressão “tempo real”. Eu achava que o teatro era assim, o limite do risco para um ator, pelo fato de que nunca um espetáculo será igual ao outro e que é tudo ao vivo. Mas eu descobri que o palhaço, quando vai a um hospital, aprofunda esse risco porque ali você não está mais protegido pelo ensaio, é você e o seu público – aquela criança que está na sua frente – e vocês vão construir na hora tudo o que vai acontecer. É justamente por isso que é tão importante ser profissional e receber treinamentos para que a interação ocorra de forma completamente natural, orgânica. O artista não pode de forma alguma submeter a criança a uma performance. Enquanto paciente, ela já é submetida a muitas coisas.
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Foto: Rogério Alves
Quando você voltou ao Brasil e deu início ao Doutores da Alegria, qual era o cenário da Saúde no país e quais foram os desafios que enfrentou para iniciar o projeto? A cultura vigente aqui no Brasil em 1991 era a de pouca valorização da humanização dos hospitais. Ouvi de hospitais muito bem estabelecidos que esse lado humano do tratamento podia ser feito por voluntários ou familiares, que aquilo não era prioridade do médico ou do hospital. A exceção foi o Hospital Nossa Senhora de Lourdes (SP) [atualmente Rede D’Or São Luiz], que passava por um processo de reestruturação e por isso estava mais aberto a novas ideias. Quando eles concordaram com o projeto eu dei início a tudo. Eu ainda era uma ING – Indivíduo Não Governamental, precisava de uma equipe, então comecei a contratar artistas profissionais com o apoio do hospital.
Você acha que hoje essa mentalidade mudou? Pouco. Os hospitais mantêm uma estrutura medieval até hoje. Os investimentos em infraestrutura e os grandes aportes em tecnologia e hotelaria criam a ilusão de que estamos evoluindo. No entanto, são pouquíssimos os hospitais que de fato estão incorporando a humanização à sua cultura de trabalho. Nesse sentido, acredito que o Brasil ainda está em um estágio inicial em relação a outros países do mundo. E quando faço essa afirmação é importante destacar que não estamos tratando de um sonho distante, algo utópico. Isso já é realidade, já existe em outros lugares. Na Inglaterra, o Chelsea & Westminster Hospital é um exemplo de como a Arte pode fazer parte da cultura de um hospital. Ele é um caso único de hospital-museu, com curadoria e obras de grandes artistas nos corredores, como Anish Kapoor. A Arte se integra ao cotidiano do paciente e ao trabalho das diversas áreas do hospital, como pediatria, fisioterapia, obstetrícia, etc. Independente da situação do paciente e de seu perfil, há estímulo para ele caminhar e descobrir as obras, há as cores, as formas, entre outros aspectos, que estimulam seus sentidos e emoções, desviando o foco da doença. Esse e outros casos comprovam que a Arte é capaz de transformar positivamente a realidade de um hospital.
Os hospitais mantêm uma estrutura medieval até hoje. Os investimentos em infraestrutura e os grandes aportes em tecnologia e hotelaria criam a ilusão de que estamos evoluindo. No entanto, são pouquíssimos os hospitais que de fato estão incorporando a humanização à cultura de suas organizações.” Associação Nacional de Hospitais Privados
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Fotos: Ricardo Teles
em foco Na Inglaterra, o Chelsea-Westminster Hospital é um exemplo de como a arte pode fazer parte da cultura de um hospital. O Hospital é um museu, com obras de arte em exibição nos corredores, para pacientes e familiares.”
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Você já relatou diversos benefícios que a arte agrega aos pacientes, mas e para o corpo clínico e equipe multidisciplinar, quais são os efeitos?
aconteceu como exemplo: um dia, o chefe da UTI de um grande
Nas pesquisas que realizamos desde 1994, vemos resultados
na unidade de tratamento intensivo aos 2 anos, agora com 15, tinha
um cúmplice do profissional de saúde. Vou citar um caso que hospital recebeu o pedido de um paciente. O garoto, que entrara
que vão desde a mudança do olhar – o profissional enxerga
um sonho. Descrente em ver seu pedido se realizar, após insistência
a criança, não apenas o paciente – e citam melhoras na
do médico, confidenciou que nunca tinha visto a Lua. Assim, este
qualidade das relações entre a equipe, ao se disponibilizarem
era o seu desejo. Mas como retirar um paciente da UTI sem colocá-
a ouvir melhor e abrirem espaços para falar de questões
lo em risco? De que dependeria esse pedido ao mesmo tempo
sensíveis. Percebo que o médico é encarado como a figura
simples, mas de execução extremamente complexa? A nossa
do oráculo, com a obrigação de saber tudo; não tem direito
crença no lúdico foi a ponte para mostrar que algo aparentemente
à dúvida e comumente enfrenta situações em que é preciso
impossível poderia se transformar em realidade. Fomos, junto com
tomar decisões difíceis. Sofre pressão de si mesmo, dos
outros profissionais, o agente mobilizador. O menino não apenas
familiares, e carrega uma carga de responsabilidade muito
viu a Lua como ainda foi presenteado com um luau. Diversos
grande. A presença de ações que contraponham esse ritmo
colaboradores do hospital participaram voluntariamente desse dia
ajuda a criar um clima mais harmonioso, acalmando todos
e até levaram suas famílias. Nesse dia, quem era médico e quem
e dividindo um pouco desse peso com os profissionais.
era paciente? A Arte tem essa incrível capacidade de nos unir, de
Além disso, a nossa capacidade de improviso pode ser um aliado,
mostrar que somos uma coisa só, que todos somos seres humanos.
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Relação das crianças com o próprio tratamento Influência da atuação dos Doutores da Alegria na maneira com que a criança lida com a experiência da internação/ tratamento, segundo os profissionais de saúde
Relação dos profissionais de saúde com a equipe de trabalho Impacto da atuação dos Doutores da Alegria nas relações dos profissionais de saúde entre si
O médico é encarado como a figura do oráculo. Ele tem a obrigação de saber tudo. Sofrem pressão de si mesmos, dos familiares, carregam uma grande carga. A nossa presença ajuda a criar um clima mais harmonioso e divide um pouco desse peso com os profissionais.”
56,8% 49,5% 45,8% 40,4% 35,5% Fonte: Relatório Anual 2008 – Doutores da Alegria
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em foco
Os hospitais privados investem em muitas frentes, mas infelizmente ainda têm uma visão equivocada sobre a Arte, um olhar conservador sobre seu uso nos hospitais, que a torna algo ousado demais.”
O que você acha que falta para os hospitais privados mudarem essa percepção e começarem a encarar a Arte como algo que pode trazer mais eficiência e rentabilidade para seus negócios? Acho que falta olhar para a Arte de forma diferente. Existem diversas pesquisas e cases que comprovam a sua eficácia para a saúde. Não estamos falando em substituir um tratamento, mas sim da Arte enquanto um agente fundamental à motivação do paciente, à autoestima dele e que colabora para uma recuperação ou internação de melhor
A atuação do Doutores da Alegria sempre esteve muito ligada ao sistema público de saúde. Hoje, qual é o nível de interação da ONG com os hospitais privados?
qualidade. Além dos efeitos para a equipe do hospital. Em 2008, o Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social realizou uma pesquisa com 567 profissionais de saúde de 13 hospitais de São Paulo e Rio de Janeiro, onde trabalhávamos
Os hospitais privados investem em muitas frentes, mas
naquela época. Médicos (16,3%), enfermeiros (15,5%), auxiliares
infelizmente ainda têm um olhar conservador sobre a Arte nos
(28,1%) e residentes (5,2%), que atuavam na enfermaria dos
hospitais, ela ainda não é vista como investimento na saúde.
hospitais (47,9%), na UTI (15,2%) e no ambulatório (7,6%), entre
Outro ponto é que temos o compromisso ético de devolver
outros setores, foram ouvidos. Com base nessas respostas,
à sociedade, por meio de nosso trabalho na rede pública, os
podemos afirmar que a relação das crianças com o próprio
incentivos que recebemos. Doutores da Alegria é uma ONG
tratamento melhora muito com a presença dos palhaços. Para
que se mantém com base na Lei de Incentivo à Cultura, e com
os profissionais ouvidos, as crianças ficaram mais à vontade no
isso pode receber doações de empresas e pessoas, além de
ambiente do hospital (96,3%), tornaram-se mais colaborativas com
obter receita por meio de palestras, cursos, entre outros.
a equipe do hospital (89,2%), apresentaram evidências clínicas
Atualmente, o Programa de Palhaços Besteirologistas está
de melhora (85,4%) e passaram a se alimentar melhor (77,7%).
presente em sete hospitais públicos de São Paulo e
A análise também buscou entender os efeitos na relação dos
quatro do Recife. Todos eles recebem uma dupla
profissionais de saúde entre si. Para 56,8%, a disponibilidade
de palhaços três vezes por semana, durante 6
para ouvir os colegas aumentou; 49,5% disseram que a
horas por dia. Visitamos áreas como Pediatria,
equipe ficou mais coesa; e 45,8% disseram que
Oncologia, UTI, UTI neonatal, Hemodiálise, Hospital
passaram a ter espaço na equipe para falar sobre
Dia, Queimados, etc . Só em 2014 foram mais
questões delicadas e sensíveis. E houve ainda
de 180 mil visitas a pacientes, seus acompanhantes
diversos outros impactos no relacionamento
e profissionais em hospitais das duas cidades.
entre os médicos e seus pacientes.
A nosso pedido, Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, listou três sugestões para você tornar um hospital mais alegre e humanizado. Crie estímulos para valorizar aquilo que está em plenitude no paciente Vale descobrir e incentivar qualquer habilidade que ele tenha, aquilo que lhe gera prazer. Isso ajuda a desviar o foco e faz com que o paciente e aqueles a sua volta não pensem apenas na doença. O paciente não pode ser encarado somente como mais um doente que necessita de tratamento.
Para a equipe do hospital, a respiração consciente é a chave do sucesso Quando você se pegar em uma situação difícil, respire até se acalmar, reflita, e só então tome qualquer decisão.
Invista em arte Vale de todo o tipo: música, artes plásticas, filosofia, literatura. A arte é balsâmica para a vida.
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eventos
O hospital na construção da
excelência do
sistema de saúde:
Perspectivas e desafios Seminário Anahp promovido em Belo Horizonte reúne mais de 300 participantes
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“As mudanças demográfica e epidemiológica da população impactam diretamente no sistema de saúde. O modelo atual não suportará as demandas da população e precisa ser revisto. O hospital tem papel fundamental neste processo, e certamente pode contribuir com o setor”. Foi com esta preocupação que o Presidente do Conselho de Administração da Anahp, Francisco Balestrin, abriu as atividades do Seminário Anahp abordando o tema “O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios”, promovido no dia 12 de junho, no Hospital Mater Dei (MG), em Belo Horizonte.
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eventos Sistema de saúde de excelência Miguel Cendoroglo, Superintendente do Hospital Israelita
proporcionam eficiência. No entanto, para que seja possível,
Albert Einstein (SP) compartilhou a experiência da
a liderança assistencial é necessária”, explica Miguel.
instituição com a inclusão do Triple Aim, do Institute for
O palestrante compartilhou ainda alguns programas
Healthcare Improvement (IHI), como conjunto de princípios
aceleradores implementados no Einstein e reforçou a
e objetivos estratégicos do Sistema Einstein de Qualidade.
importância da integração e formação da liderança de alto
A ferramenta tem como principais finalidades melhorar a
impacto. “Estabelecemos times multidepartamentais, com
experiência do paciente, melhorar a saúde da população
foco e autonomia; gestores das unidades na liderança;
e reduzir o custo per capita com cuidados de saúde.
indicadores e metas passaram a integrar o dashboard da
“Toda essa mudança acontece a partir de uma nova
instituição, com as lideranças responsáveis por prestar
mentalidade, que utiliza como princípio a medicina
contas; e proporcionamos ainda o envolvimento da base com
baseada em evidências. Antes, pensávamos que era
instrumentos de engajamento e redes sociais”, explica.
necessário escolher entre qualidade e sustentabilidade,
A iniciativa do Einstein apresentou resultados positivos
mas hoje percebemos que as duas coisas andam juntas e
para a instituição. “O giro de leitos aumentou e o
Ao mostrar seus resultados, a instituição engaja o corpo clínico e se torna melhor”, diz Ary Ribeiro.
Miguel Cendoroglo, Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)
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Panorama Anahp
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Existe uma desconfiança muito grande que dificulta o diálogo do setor. Com essa iniciativa do Triple Aim é possível buscar a mudança necessária do modelo de saúde, associada à mudança do financiamento”, comenta Martha Oliveira. tempo médio de internação diminuiu, proporcionando
comenta. Eugênio ainda reforça que instituir uma rede
aumento de saídas sem a necessidade do aumento de
coordenada de atenção primária à saúde é fundamental.
leitos na mesma proporção”, compartilha Miguel.
Para Martha Oliveira e Michele Mello, respectivamente
“Ao mostrar seus resultados, a instituição engaja o
Diretora-presidente Substituta e Gerente de Monitoramento
corpo clínico e se torna melhor”, acrescenta Ary Ribeiro,
Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar
Superintendente de Serviços Ambulatoriais e Comercial do
(ANS), a mudança do modelo atual de saúde deve contemplar
Hospital do Coração-HCor (SP) e moderador da mesa.
a assistência, remuneração e aspectos culturais. “Na ANS
Para Eugênio Villaça, Consultor em Saúde Pública, o Triple
trabalhávamos esses tópicos de maneira fragmentada, mas
Aim trabalha o modelo de gestão como parte do objetivo de
hoje buscamos fazer isso de forma integrada”, explica Michele.
melhora da qualidade de vida da população. “Há necessidade
“Existe uma desconfiança muito grande que dificulta o diálogo
de um modelo com foco na população, que seja baseado em
do setor. Com essa iniciativa do Triple Aim é possível buscar
evidências, bem como um novo modelo de remuneração. O
a mudança necessária do modelo de saúde, associada
Triple Aim contempla exatamente esses três pontos principais”,
à mudança do financiamento”, complementa Martha.
Ary Ribeiro, Superintendente de Serviços Ambulatoriais e Comercial do Hospital do Coração-HCor (SP)
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eventos
O papel do líder médico na revolução da assistência transdisciplinar ao paciente
Visão e prática de um hospital como Henrique Moraes Salvador, Diretor-presidente do Hospital Mater Dei (MG); Ângelo Pimenta, Diretor Clínico do Hospital Felício Rocho (MG); José Mariano Soares de Moraes, Diretor Superintendente do
“Somente com o alinhamento de interesses entre o corpo clínico
Hospital Monte Sinai ( MG); e Patrícia Pena, Gerente Corporativa
e o hospital, entenderemos o papel de cada um na instituição”,
de Saúde da Vale (MG) discutiram o papel do Hospital como
afirma José Henrique Germann Ferreira, Diretor do Instituto de
protagonista na busca pela excelência do sistema de saúde.
Consultoria e Gestão do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Para Henrique Moraes Salvador, Diretor-presidente do Hospital
Paulo Chapchap, Superintendente de Estratégia Corporativa do
Mater Dei (MG), as instituições hospitalares enfrentam grandes
Hospital Sírio-Libanês (SP), abordou o desafio de financiamento
desafios atualmente. “Vivemos uma realidade em que o acesso
da saúde a partir de uma gestão eficiente. “Hoje, o governo é responsável apenas pela metade do que é investido em saúde. Além disso, há uma carência de infraestrutura e recursos humanos, com déficits de 140 mil leitos e 60 mil médicos”, comenta. A necessidade de compartilhamento de responsabilidades, inclusive com os pacientes, também foi citada por Paulo. “A medicina hoje está cada vez mais preventiva, preditiva, personalizada e participativa. A participação do paciente na segurança do cuidado é fundamental, assim como a participação dos médicos na qualidade, segurança e abrangência do cuidado”, afirma. De acordo com Paulo, o gestor é o facilitador estratégico, a governança clínica faz parte do processo e o ativismo dos pacientes é fundamental. “Nós não vamos sobreviver com um sistema que trata apenas o paciente internado”, ressalta.
Paulo Chapchap, José Jair, Márcia Salvador e
A relação médico e instituição foi outro ponto mencionado por
José Henrique Germann Ferreira
Paulo. “O médico cliente do hospital não existe mais. Hoje ele é um parceiro da instituição e cresce junto com a entidade”, completa. Márcia Salvador, Vice-presidente Assistencial, Operacional e Diretoria Clínica do Hospital Mater Dei (MG) e José Jair James de Arruda Pinto, Diretor Executivo Regional São Paulo da Rede D´Or São Luiz (SP) também compartilharam os desafios e as iniciativas das entidades para o engajamento do corpo clínico.
Paulo Chapchap,
“Quando falamos em uma rede, com instituições em
Superintendente de Estratégia
diferentes localidades do país e diferentes culturas, o
Corporativa do Hospital
processo de engajamento do corpo clínico é muito mais
Sírio-Libanês (SP)
complexo”, comenta José Jair ao abordar os desafios de engajamento na Rede D’Or São Luiz. Segundo Márcia, as iniciativas para engajamento do corpo clínico adotadas pela rede Mater Dei é participativa e apresenta resultados positivos desde a sua adoção pela instituição. “A integração do Corpo Clínico com a gestão das organizações hospitalares é hoje imprescindível para a sustentabilidade do setor. Este modelo envolve o corpo clínico, tornando-o um participante ativo nos processos gerenciais e assistenciais”, explica.
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protagonista na busca pela excelência do sistema de saúde é restrito; a profissionalização da gestão é uma necessidade;
hospitais, se os profissionais não possuem formação adequada
o relacionamento com os clientes é cada vez maior; os
e visão sistêmica do mercado”, afirma José Mariano.
investimentos na captação, desenvolvimento e retenção das
De acordo com Henrique, o resultado que buscamos em
pessoas nas organizações é cada vez mais necessário; e a
saúde deve ser baseado em alguns princípios fundamentais
gestão dos custos para o sistema uma prioridade”, comenta.
para a sustentabilidade do setor. “Uma vez que haja acesso ao
“Somos o 2º país do mundo com maior número de escolas
sistema, três outras dimensões são fundamentais – segurança,
médicas, e ainda assim não temos médicos o suficiente para
resultados assistenciais e respeito ao indivíduo”, explica. O
atender a população brasileira. O mesmo acontece com
palestrante compartilhou ainda alguns exemplos de sistemas
o número de hospitais. Não adianta ter muitas escolas e
integrados a partir de experiências internacionais.
Antonio Antonietto, Henrique Salvador, Ângelo Pimenta, José Mariano e Patrícia Pena
Experiências de hospitais da Anahp na construção da excelência do sistema de saúde “Precisamos envolver o paciente em todas as fases do processo
atende 100% pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica.
terapêutico”, afirma Sandra Cristine da Silva, Gerente de Qualidade do
Para que esta iniciativa fosse possível, o Hospital Moinhos
Hospital Sírio-Libanês (SP), ao abordar a perspectiva do paciente neste
de Vento investiu na capacitação da população ao redor do
processo. De acordo com a palestrante, o cuidado centrado no paciente
complexo e na construção de três unidades de saúde da
proporciona melhor eficiência operacional, uso apropriado dos recursos,
família. O palestrante citou ainda os desafios dessa inicitiva,
melhores resultados com qualidade e segurança e retenção da equipe.
como a dificuldade de integração dos vários níveis de atenção,
Sandra abordou ainda as tendências em relação às expectativas
o sistema de regulação e a sustentabilidade do projeto.
do paciente. “Hoje, eles buscam se envolver no processo
Evandro Tinoco, Diretor Clínico do Hospital Pró-Cardíaco (RJ), abordou
de cuidado e querem autonomia na tomada de decisão. Os
a redução do custo per capita a partir de programas de cuidados
pacientes solicitam informações sobre as condições e opções de
continuados em Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Insuficiência
tratamento e buscam serviços de alta qualidade”, compartilha.
Cardíaca Congestiva (ICC). De acordo com o palestrante, os programas
Para falar sobre gestão de saúde populacional, Fernando Torelly,
para doenças específicas, com abordagem multidisciplinar baseadas
Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento (RS),
em evidências, melhoram a qualidade assistencial e promovem
compartilhou a experiência do Sistema Regional de Saúde Restinga
a redução dos custos médico-hospitalares. “Por meio destes
e Extremo Sul. “O Hospital Restinga foi construído a partir de um
programas é possível aumentar o número de pacientes atendidos e
modelo de filantropia, e entregue ao Ministério da Saúde. A instituição
ainda atraímos a incorporação de soluções e inovação”, comenta.
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DRG como ferramenta de gestão Apesar de único, cada paciente possui características demográficas, diagnósticas e terapêuticas comuns a outros pacientes, que determinam o tipo e nível de serviços que receberá, diz André Alexandre Osmo.
Para finalizar as discussões, André Alexandre Osmo, Superintendente de Desenvolvimento de Novos Negócios do Hospital Sírio-Libanês (SP) e Alexandre Holthausen, Médico Pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) citaram as experiências das instituições com a implementação do sistema de classificação por Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG – sigla em inglês), que busca correlacionar os tipos de pacientes atendidos nas instituições com os recursos consumidos durante o período de internação. Os participantes apresentaram os ganhos assistenciais e financeiros proporcionados pela ferramenta. “Por meio do sistema de DRG é possível identificar o perfil nosológico do hospital; avaliar a qualidade assistencial; comparar médicos, áreas e instituições; identificar áreas e processos com oportunidades de melhoria; e facilitar as negociações com as fontes pagadoras e médicos”, comenta Alexandre. “O hospital possui tantos produtos quanto o número de pacientes tratados. Apesar de único, cada paciente possui características demográficas, diagnósticas e terapêuticas comuns a outros pacientes, que determinam o tipo e nível de serviços que receberá. O agrupamento de pacientes com características clínicas e perfil de tratamento semelhantes permite identificar o perfil nosológico hospitalar em termos de recursos consumidos durante a internação, e assim mensurar o produto hospitalar”, finaliza André.
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perfil
DRG é uma tendência no mercado brasileiro de saúde 3M fala sobre os desafios para implementação do sistema de classificação no Brasil e os primeiros passos do projeto piloto entre os hospitais associados à Anahp
Recentemente, o tema DRG – sigla de Diagnostic Related Groups – e que em português corresponde a Grupos de Diagnósticos Relacionados (GDR), tem sido abordado com certa frequência no setor saúde. Desenvolvido na década de 1960 por um grupo de pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados unidos (EUA), DRG é um sistema de classificação que busca correlacionar os tipos de pacientes atendidos nas instituições com os recursos consumidos durante o período de internação. Apesar da ferramenta já ser bastante utilizado em outros países, no Brasil ainda estamos dando os primeiros passos nesse sentido. Para Flávia Vendramini, Market Access Manager da 3M – uma das empresas líderes em sistemas de informações em saúde e com experiência na implementação de DRG em outros países – o recurso proporciona uma visão clara dos processos nos hospitais, possibilitando através da mensuração de variáveis críticas a identificação de oportunidades de melhorias de qualidade e de custos relacionados aos tratamentos de pacientes. “Pela experiência que a 3M acumulou durante todo o tempo que participou do processo de implantação do DRG em diversos continentes, acreditamos que seja uma tendência também no Brasil uma vez que o custo da Saúde aqui, assim como no restante do mundo, tem crescido além do crescimento do PIB devido a diversos fatores, entre eles o avanço tecnológico e o envelhecimento da população”, explica. A Anahp, entendendo a importância dessa metodologia para o setor, iniciou um projeto piloto entre os hospitais associados, em parceria com a 3M. Para entender os desafios dessa iniciativa e como os hospitais precisam se preparar para a implementação da metodologia DRG, Flávia compartilha a experiência e expectativa da 3M com o projeto piloto e as tendências do mercado brasileiro em relação ao sistema de classificação. Acompanhe a entrevista na íntegra:
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Flávia Vendramini, Market Access Manager da 3M
A 3M acredita que a gestão assistencial por meio do DRG é uma tendência no mercado brasileiro? O DRG é um sistema utilizado há mais de 30 anos, tendo sido implementado em mais de 30 países ao redor do mundo. É uma tecnologia que proporciona uma visão clara dos processos nos hospitais, possibilitando através da mensuração de variáveis críticas a identificação de oportunidades de melhorias de qualidade e de custos relacionados aos tratamentos de pacientes. Pela experiência que a 3M acumulou durante todo o tempo que participou do processo de implantação do DRG em diversos continentes, acreditamos que seja uma tendência também no Brasil uma vez que o custo da Saúde aqui, assim como no restante do mundo, tem crescido além do crescimento do PIB devido a diversos fatores, entre eles o avanço tecnológico e o envelhecimento da população. Precisamos encontrar formas de otimizar os processos de cuidados com o paciente, melhorando a qualidade e reduzindo os custos. O DRG é uma ferramenta que pode ajudar nesse processo.
A 3M possui alguma experiência com a implementação de DRG no Brasil além do projeto piloto Anahp? Quais foram as principais dificuldades e quais os resultados até o momento? Estamos implantando o sistema DRG no Hospital Israelita Albert Einstein e estamos com um projeto piloto em andamento no Hospital
O principal desafio para a implantação do DRG é a adequação da documentação clínica dos pacientes para que os resultados de saída do programa DRG tenham qualidade”.
Sírio-Libanês. O principal desafio para a implantação do DRG é a adequação da documentação clínica dos pacientes para que os resultados de saída do programa DRG tenham qualidade. Como atualmente não é rotina dos hospitais a documentação de todos os diagnósticos secundários, complicações e comorbidades dos pacientes tratados, é preciso uma readequação do processo de documentação para que as informações sejam contempladas e garantam a qualidade do agrupamento. Isso foi realizado pelos hospitais que participaram do projeto, garantindo o resultado positivo na implantação do DRG.
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Quais os principais desafios dos hospitais brasileiros para a implementação da ferramenta de DRG? O principal desafio é a adequação do processo de documentação clínica dos pacientes. Isso garante a qualidade dos resultados do DRG. Além disso, a análise das saídas do programa é fundamental para a identificação de oportunidades de melhorias nos processos, para garantir avanços tanto na qualidade do cuidado do paciente quanto nos custos dos tratamentos.
Quais os principais ganhos para o hospital e para o sistema de saúde com a implementação do DRG? Os principais ganhos para os hospitais são a melhoria da qualidade no cuidado com o paciente e melhor utilização dos recursos. Isso se torna possível pela análise e monitoramento de variáveis críticas. As análises possibilitam comparações de qualidade e custo entre hospitais, regiões, estados e até outros países. Os hospitais com melhores resultados passam a ser referência para os demais e assim todo o sistema se beneficia. Todos ganham, hospitais, pacientes e o sistema de saúde como um todo. As análises também fornecem informações muito úteis para distribuição de recursos públicos entre os hospitais, de acordo com o case mix e procedência do paciente entre outras variáveis.
Precisamos encontrar formas de otimizar os processos de cuidados com o paciente, melhorando a qualidade e reduzindo os custos. O DRG é uma ferramenta que pode ajudar nesse processo”. 26
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Qual a avaliação da 3M em relação aos primeiros passos do projeto piloto com os hospitais Anahp? Houve um grande interesse dos associados da Anahp em participar do projeto piloto e estamos muito otimistas, pois sabemos que essa será uma grande oportunidade para os hospitais terem contato com o sistema DRG. Esse projeto permite primeiramente ao hospital avaliar hoje a documentação clínica dos pacientes e fazer os ajustes necessários a fim de obter resultados de saída do sistema DRG que reflitam a complexidade da instituição. O projeto também permite a comparação de variáveis críticas como – tempo de permanência, mortalidade, entre outros, com a média do grupo participante do piloto (benchmarking), além de identificar oportunidades de melhoria.
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Em busca do
Hospital Digital Pautados por modelos internacionais, é cada vez maior o número de hospitais brasileiros a adotarem o amplo uso de tecnologias de suporte à assistência clínica São inúmeras as exigências para que um hospital seja considerado digital, e cumprir todas elas exige muito mais do
Inspiração internacional
que investimentos financeiros. É necessário planejar a longo prazo, integrar a equipe aos desafios e, muitas vezes, até
Além do benchmarking entre os hospitais, o Grupo de Estudos de TI
incorporar novos processos e valores à cultura da empresa.
da Anahp teve como inspiração modelos e requisitos de acreditação
A tarefa não é fácil. Por essa razão, em 2014 a Anahp criou o
em TI nacionais e internacionais. A principal referência foi o modelo de
Grupo de Estudos de Tecnologia da Informação. O objetivo era
adoção do Prontuário Eletrônico da HIMSS – Healthcare Information
desenvolver recomendações para elevar o nível de maturidade e
and Management Systems Society, chamado de EMRAM –
adoção de TI pelos hospitais, com a definição de requisitos técnicos,
Electronic Medical Record Adoption Model (PEP), que preconiza
padrões e metodologias a fim de contribuir para que as instituições
a incorporação progressiva de tecnologias que suportam o
alcancem o status de hospital digital, com ampla automação
processo assistencial, definindo oito estágios evolutivos (do 0
de processos, inovação, mobilidade, segurança e eficiência.
ao 7) e com requisitos específicos que os hospitais devem
Um ano depois, os aprendizados do grupo foram
atender para conquistar a classificação de cada estágio.
condensados em uma publicação: o Manual de Diretrizes
Fundada em 1961, nos Estados Unidos, a HIMSS,
de TI para Hospitais Privados, lançado com grande
organização global sem fins lucrativos focada em
sucesso durante a Hospitalar Feira e Fórum 2015.
melhorar a saúde por meio da Tecnologia da
O documento, construído a partir de um trabalho de espírito
Informação, é uma das mais respeitadas entidades
associativo entre profissionais de TI dos principais hospitais privados
a atuar nessa área. Seu modelo EMRAM foi
do Brasil, reúne 10 eixos e diretrizes específicas para cada um
desenvolvido inicialmente em 2005 e, desde
deles. São pilares como Sistemas, Automação, Gestão Estratégica,
então, tem servido de referência para os
Paciente, Equipe de TI, Compliance, Infraestrutura, entre outros.
hospitais de todo o mundo. Funciona
No total, 30 hospitais de diferentes regiões do Brasil
como uma acreditação hospitalar, já
participaram do desenvolvimento do conteúdo, contribuindo
que define os requisitos mínimos que
para que o documento final abrangesse perfis de TI
um hospital deve atender, sendo
bastante diversificados e realidades de negócio distintas,
esses relacionados à adoção de
universalizando sua utilização e alcançando todo o país.
tecnologias do prontuário eletrônico.
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Comparar para aperfeiçoar Uma das grades vantagens em usar o modelo de adoção em TI da HIMSS, o EMRAM, é que a organização, por ser global e uma referência do setor, fornece subsídios para que os hospitais brasileiros se comparem com outros do mundo, apresentando as deficiências e as oportunidades para o aperfeiçoamento das instituições. Os trabalhos começam justamente com a avaliação inicial de qual estágio se encontra o hospital. Deve se responder a um questionário disponibilizado pela HIMSS, que coleta informação sobre a utilização ou não das tecnologias preconizadas em cada estágio. Com as respostas a este questionário, através de um algoritmo em sua base de dados, a HIMSS indica qual é o estágio em que o hospital está. Se o hospital for pré-classificado como estágio 6 ou 7, há então um processo específico de validação para confirmar que o hospital realmente está utilizando todas as tecnologias exigidas. A primeira etapa da validação é a resposta a um questionário subjetivo com cerca de 60 questões, que exploram a adoção do prontuário eletrônico, seu nível de utilização, suas tecnologias e demais aspectos que esclarecem aos auditores da HIMSS qual é o perfil do hospital. Esse questionário é então analisado pela equipe do HIMSS Analytics, que retorna com comentários e dúvidas adicionais. A etapa seguinte é a validation call na qual, através de uma web conferência, o hospital deve realizar uma apresentação para os auditores da HIMSS, de forma que estes tenham ainda maior convicção que o hospital está realmente no estágio 6 ou 7. Se for assim confirmado, é agendado o validation on site, momento em que o hospital é visitado pessoalmente pelos auditores da HIMSS, que percorrem todo o hospital, entrevistando médicos, enfermeiros e gestores para evidenciar na prática que o hospital está realmente utilizando todos os recursos esperados para esses estágios. Após todo esse processo e estando o hospital em conformidade com o EMRAM, a HIMSS então certifica o hospital com o estágio que lhe compete, apresentando um relatório estruturado com todas as conformidades e não conformidades encontradas pelos auditores.
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Não importa em qual estágio o hospital esteja no modelo de adoção, submeter-se a este processo com certeza irá ajudá-lo a confirmar se sua avaliação interna está correta e irá direcioná-lo para as ações que precisam ser tomadas para a melhoria contínua da área”, Margareth Ortiz de Camargo, Superintendente de TI do Hospital Sírio-Libanês.
Hospital Digital Atualmente, existem 205 hospitais com a classificação
No final de 2013, o Hospital Sírio-Libanês decidiu avaliar em qual
de estágio 7 do EMRAM nos Estados Unidos.
estágio se encontrava em relação ao modelo de adoção EMRAM
No resto do mundo apenas seis hospitais já
da HIMSS. Na ocasião, como o hospital já dispunha de um
conseguiram atingir a classificação de estágio
sistema de TI avançado, o único valor investido foi o utilizado para
7: 2 na China, 1 na Coreia e 3 na Europa.
o pagamento de taxas à HIMSS para participar do processo.
No Brasil, pensar a Tecnologia da Informação nos hospitais, baseado em modelos como o EMRAM, é algo relativamente novo. Como referência, até setembro de
Tudo começou com a resposta ao questionário, no qual posteriormente a instituição foi avaliada como estágio 5 e, potencialmente 6. Em agosto de 2014 ocorreu a validation call com
2014, apenas nove
dois auditores europeus e a participação de dois CIO’s de hospitais
instituições
do mesmo continente. Para essa etapa, a instituição preparou uma
haviam sido
apresentação Institucional, abordando a Demografia do Hospital e da
classificadas
área de TI, e demonstrou o ciclo de atendimento do paciente, com
seguindo os
evidências dos processos informatizados. O retorno veio rápido, no
critérios da entidade. Apesar de até o momento nenhuma instituição do país ter alcançado o estágio 7, dois hospitais
mesmo mês, com a confirmação da visita para validação on site, em que um auditor da HIMSS visita pessoalmente o hospital para avaliá-lo. Em setembro do mesmo ano a instituição recebeu a visita de um auditor americano. Uma apresentação institucional e um tour pelas áreas assistenciais foram feitos para que o auditor pudesse constatar, in loco, os processos informatizados e validar
foram reconhecidos oficialmente pela HIMSS como estágio 6.
com os colaboradores das áreas. O roteiro para a validação foi
Entre esses hospitais brasileiros bem sucedidos no processo
construído para evidenciar as questões específicas do questionário
de acreditação da HIMSS está o Hospital Sírio-Libanês (SP).
respondido no momento da candidatura para o estágio 6.
A experiência da instituição foi compartilhada no Grupo de
Segundo a Superintendente de TI do Hospital Sírio-Libanês,
Estudos de TI da Anahp pela Superintendente de Tecnologia da Informação do hospital, Margareth Ortiz de Camargo. Desde 2007, com a adoção de um ERP de mercado (sistema integrado de gestão empresarial) e, a partir de 2012, com o desenvolvimento de um Prontuário
passar pelo processo da HIMSS agregou à instituição um melhor direcionamento das prioridades de investimento e desenvolvimento de soluções. “Com base no relatório de GAP Analysis que foi provido pela HIMSS após o processo de
Eletrônico próprio (PEP-HSL), a instituição já se
auditoria, já temos o mapeamento de todas
preparava para aperfeiçoar seus processos
as melhorias e investimentos necessários
de atendimento, ampliar a segurança ao paciente, e, consequentemente, atingir um alto estágio de adoção pelo modelo da HIMSS. As melhorias incluíram o desenvolvimento de circuito fechado de medicamento (closed-loop
para alcançarmos o estágio 7. Estamos neste momento trabalhando no cronograma deste projeto e no levantamento dos requisitos necessários. Nosso planejamento inicial é nos submetermos a uma nova avaliação no final do próximo ano”, revela Margareth.
medication) – realizado em 100% das unidades
Ela recomenda a experiência a outros hospitais. “Não importa em
de internação à beira-leito; protocolo de Hiperglicemia – para a
qual estágio o hospital esteja no modelo de adoção, submeter-se a
rápida detecção desta condição em todo paciente; protocolo de
este processo com certeza irá ajudá-lo a confirmar se sua avaliação
TEV (Tromboembolismo Venoso) – para reduzir a ocorrência de
interna está correta e irá direcioná-lo para as ações que precisam
TVP e TEP; interface do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)
ser tomadas para a melhoria contínua da área. Gosto de ilustrar
disponibilizada aos médicos em plataforma online permitindo
que o modelo do EMRAM representa um farol que guia as ações
consultar o registro de saúde do paciente e a substituição de
e investimentos do hospital na geração de informação, para que
formulários impressos por digitais (paperless), entre outras.
tenhamos mais certeza de estarmos seguindo o caminho correto”.
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tecnologia e saúde
Só o fato de não manipularmos documentos em papel é um grande ganho, pois eliminamos desvios, perdas e ganhamos mais espaço físico”, afirma Carlos R. Yamashita, gerente de TI do Hospital Nove de Julho.
À Espera Carlos R. Yamashita, gerente de Tecnologia da Informação do Hospital Nove de Julho (SP), vive a expectativa de receber a auditoria da HIMSS no hospital em outubro deste ano. A decisão de adotar o modelo EMRAM foi tomada em março de 2014 com o objetivo de comparar o nível de adoção de tecnologia de sua instituição com outras, internacionais. Tendo como motivações a melhoria dos níveis de atendimento, o incremento de segurança ao paciente e o alcance de um estágio elevado na avaliação da HIMSS, o hospital vem participando do Grupo de Estudos em TI da Anahp para benchmarking com outros hospitais nacionais e tem aprimorado sua estrutura de TI. Aproveitou a oportunidade para implantar uma nova versão do sistema de prescrição, a automação de protocolos e evoluiu nos processos suportados pela utilização de tecnologia. Investiu ainda em equipamentos à beira-leito, carrinhos beira-leito e infraestrutura de Wi-Fi para mobile. “Todos os prontuários em papel já são digitalizados no SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística) e todos os processos de back office, como auditoria interna, externa e faturamento são feitos em cima de documentos digitais. Só o fato de não manipularmos documentos em papel é um grande ganho, pois eliminamos desvios, perdas e ganhamos mais espaço físico”, afirma Carlos. Atualmente com cerca de mil PCs, 98 servidores, 370 mini PCs Android e 110 dispositivos mobile, a estrutura de TI do Hospital Nove de Julho é acessada por aproximadamente 3500 usuários. Segundo Carlos, os processos de melhoria estão sendo feitos em conjunto com as áreas assistencial, de enfermagem, corpo clínico e de boas práticas assistenciais, que dedicam parte de seu tempo aos projetos de TI. “Face a todo o esforço despendido nesse último ano, acreditamos que a busca da certificação nível 6 esteja dentro de nossa capacidade. Mas já estamos trabalhando em muitos requisitos do nível 7”, enfatiza.
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TENDÊNCIAS Gerente geral de Electronic Medical Record da Philips, Solange Plebani listou as principais tendências em sistemas, tecnologias ou procedimentos em torno da digitalização dos hospitais. Confira a seguir se você está atento a tudo o que está rolando no mercado. Utilização das bases de dados já existentes, principalmente com informações clínicas, para a aplicação de ferramentas avançadas de avaliação de informações, como, por exemplo, Analytics/Big Data. Aquisição de soluções no modelo Cloud Computing. Maior mobilidade. Maior uso de ferramenta fora das instituições hospitalares por meio de acesso à internet. Maior colaboração entre diferentes hospitais para o compartilhamento de informações clínicas. Inclusão dos pacientes no mundo digital para aumentar o conhecimento e o engajamento com relação aos cuidados de saúde.
Cenário
grandes centro populacionais e ou são considerados de referência – na maioria pertencem aos segmentos filantrópico e privado”, explica.
Embora nos últimos anos o Brasil tenha avançado muito na
Para ambas, existe hoje um grande desafio para o aprimoramento da
adoção de TI na área clínica, quando comparado o nível de
TI dos hospitais brasileiros: investimento. “A conjuntura econômica
informatização do país em termos de adoção percentual, o
mundial atravessa um momento de ponderação. Isso faz com
resultado do Brasil ainda é inferior a países como Holanda e
que existam menos investimentos, por exemplo, menos hospitais
Estados Unidos. A afirmação é de Solange Plebani, gerente geral
a considerarem mudar de HIS [Hospital Information System]. No
de EMR da Philips, que representa uma das empresas mais
entanto, esta mesma conjuntura abre múltiplas possibilidades, como a
expressivas do mundo em sistemas de gestão da Saúde.
exploração de todas as capacidades do HIS já instalado”, afirma Isabel.
Para ela, o que explica esse cenário é o fato de que a adoção de TI
“O mercado ficou mais avançado e as instituições fizeram um
nos hospitais brasileiros é relativamente recente no Brasil. Iniciou-se
grande volume de investimentos em tecnologia da informação, ou
na década de 80, impulsionada pela necessidade de informatizar os
seja, na infraestrutura, no software, na melhoria de processos e na
processos de faturamento para garantir maior controle e melhor gestão
qualificação das equipes assistenciais e administrativas. Mas ainda
financeira. Posteriormente, a profissionalização da gestão hospitalar fez
não é o suficiente. O mercado nacional hoje representa um montante
surgir a procura por sistemas que pudessem reunir e integrar todas as
equivalente a 150 milhões de euros, com estimativas de crescimento
áreas da organização e prover indicadores de performance operacional.
de 12% ao ano. Considerando o parque de informatização que temos
Por fim, a própria integração dos fluxos de trabalho – em função da
no Brasil, esse número poderia ser muito maior. Se compararmos
informatização das demais áreas, além de fatores como a busca por
nosso mercado de TI em Saúde com o mercado alemão, por exemplo,
certificações como ONA e JCI – estimulou a adoção de ferramentas
veremos que esse cenário representa cerca de 400 milhões de euros
clínico-assistenciais que pudessem complementar todo o fluxo de
para um total de 1,6 mil instituições de saúde, enquanto o mercado
informações do paciente e aumentar a segurança no atendimento.
brasileiro possui cerca de 6 mil hospitais”, destaca Solange.
“Há hospitais com núcleos muito avançados, como o Hospital Samaritano (SP), o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e o Hospital Sírio-Libanês (SP). Esses são bons exemplos de avanços em informática clínica, mas que, infelizmente, não representam a maioria das entidades do país”, aponta Solange. A opinião é compartilhada pela Gerente de Garantia de Qualidade da HIMSS Europa e responsável pelo HIMSS Analytics no Brasil, Isabel De Jesus Simão. “Neste momento, o número de hospitais avaliados segundo o EMRAM não nos permite retirar conclusões sobre o estágio de digitalização das instituições brasileiras de modo geral, mas dentro da amostra que temos o estágio de digitalização é muito bom. Cabe ressaltar, por outro lado, que a maioria dos hospitais avaliados está situada em
O mercado nacional hoje representa um montante equivalente a 150 milhões de euros com estimativas de crescimento de 12% ao ano”, Solange Plebani, Gerente Geral de EMR da Philips. Associação Nacional de Hospitais Privados
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tecnologia e saúde
DIRETRIZES ANAHP Em casos em que a lei do país obriga a uma conduta que não consideramos como melhor prática, a nossa função é apoiar o hospital no seu objetivo em ser paperless e estimular o mercado em busca de soluções alternativas”, Isabel De Jesus Simão, Gerente de Garantia de Qualidade da HIMSS Europa.
Reconhecendo os avanços em tecnologia da informação como tendência nas instituições de saúde, o Grupo de Estudos de Tecnologia da Informação da Anahp desenvolveu o
“Manual de Diretrizes de TI para Hospitais Privados – Em busca do Hospital Digital”
Para Isabel, a lei brasileira também apresenta seus desafios às instituições em busca do status de Hospital Digital. “A interação de um hospital brasileiro com os seus parceiros ainda é muito centrada no papel, o que faz com que mesmo as instituições paperless necessitem imprimir declarações e recibos. Em casos em que a lei obriga a uma conduta que não consideramos como melhor prática, a nossa função é apoiar o hospital no seu objetivo em ser paperless e estimular o mercado em busca de soluções alternativas”, pondera. No entanto, uma melhoria significativa em torno da TI dos hospitais brasileiros parece estar em curso. A começar pela mudança de comportamento nos últimos anos e pelo aumento do interesse das instituições nesse tema. “Os hospitais no Brasil estão investindo mais em TI e buscando um ambiente digital. Se compararmos o histórico de implementação do que os hospitais buscavam há cerca de sete anos com o que buscam hoje, perceberemos a evolução. As ferramentas clínicas e assistenciais estão sempre inclusas nas propostas da Philips, e isso é uma forma de dizer que o mercado está buscando mais pela informatização completa e integrada”, destaca Solange. Isabel afirma que o interesse na avaliação EMRAM vem de diferentes partes e que a adesão ao processo da HIMSS aumentou entre os hospitais brasileiros se comparados os números deste ano com 2014. “Atualmente existem 26 hospitais do Brasil que já concluíram a primeira fase de avaliação. Destes, cerca de cinco hospitais estão trabalhando para receber a certificação ainda este ano e, se tudo correr bem, irão receber prêmio estágio 6 na conferência HIMSS América Latina, marcada para novembro, em São Paulo. Além disso, ao que tudo indica, em breve anunciaremos a atribuição do primeiro estágio 7 na América Latina”, projeta.
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O documento apresenta diretrizes e recomendações que colaboram para a adoção progressiva de ferramentas de TI, a fim de contribuir para que os hospitais do Brasil alcancem o status de hospital digital, com ampla automação de processos, inovação, mobilidade, segurança e eficiência. Consulte o documento completo, fazendo o download da publicação pelo nosso site, pelo aplicativo para smartphones da Anahp ou ainda usando o QR Code abaixo.
RENOVE SEUS CONHECIMENTOS E TROQUE EXPERIÊNCIAS COM
LIDERANÇAS DA SAÚDE 11 a 13 DE NOVEMBRO DE 2015
3º CONGRESSO NACIONAL DE HOSPITAIS PRIVADOS O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios NOVOS MODELOS
INOVAÇÃO
LIDERANÇA
46 PALESTRANTES DEBATENDO TEMAS ATUAIS E TENDÊNCIAS
ROBERT S. KAPLAN Fundação Baker na Harvard Business School (HBS)
JAMES SCHEULEN CAO Johns Hopkins Department of Emergency Medicine
LAÉRCIO COSENTINO CEO da TOTVS
PAULO CHAPCHAP Superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês (SP) e Membro do Conselho de Adm. Da Anahp
FRANCISCO BALESTRIN Presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).
conahp.org.br Apoio estratégico:
Realização:
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hospitais associados
notas
hospitais associados Nova Unidade de Transplantes do HMC: chance de vida nova para pacientes Único centro transplantador do Leste de Minas Gerais, o Hospital Márcio Cunha (MG) atende a pacientes de terapia renal substitutiva e transplantados renais provenientes de Itaobim, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Caratinga, Manhuaçu e todo o Vale do Aço. Envolve ainda sete centros de terapia renal substitutiva, com a qualidade de quem se posiciona entre os melhores centros da especialidade no país. Por isso investiu em infraestrutura física e tecnológica, bem como em recursos humanos para o aprimoramento contínuo da equipe médica e paramédica, consolidando um serviço de qualidade. “Estamos trabalhando para ampliar o número de transplantes realizados, bem como oferecer um atendimento cada vez melhor a estes pacientes, em harmonia com a necessidade de saúde da população regional. Neste novo espaço, poderemos oferecer um trabalho mais abrangente, multidisciplinar, envolvendo psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais em um só lugar, além, é claro, da assistência médica”, afirma o Médico Nefrologista e Coordenador do Serviço de Transplante Renal do HMC, Carlos Alberto Calazans.
Hospital VITA recebe certificação prime pela 3M do Brasil As equipes de enfermagem dos Hospitais VITA Curitiba (PR) e VITA Batel (PR) foram novamente certificadas na categoria Prime pela 3M do Brasil, empresa responsável pela avaliação anual de hospitais, na categoria Prevenção de Lesões de Pele. As avaliações são realizadas anualmente e têm como propósito premiar as instituições com boas práticas hospitalares, com o objetivo de alcançar a qualidade assistencial. O resultado é obtido por meio de visita de auditores da 3M que realizam uma avaliação criteriosa com a equipe e pacientes dos hospitais. A equipe analisou o atendimento assistencial de acordo com as boas práticas assistenciais estabelecidas no manual e protocolo de lesões de pele dos Hospitais VITA. “É sempre gratificante receber a certificação de excelência nos serviços de prevenção e manutenção da pele dos pacientes”, comemora a Gerente de Enfermagem do VITA Curitiba e VITA Batel, Claudimeri Dadas.
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Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe em tecnologia de última geração para cirurgia neurológica O Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) inova mais uma vez ao adotar o Neuronavegador Curve, o modelo mais avançado de neuronavegação do Estado de São Paulo, que permite aos cirurgiões visualizar a área a ser operada com mais detalhes anatômicos, facilitando o planejamento pré-operatório. Segundo o Coordenador Adjunto do Centro de AVC do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Roberto Carneiro, outra vantagem do equipamento é o acesso ao Picture Archiving Communication System (PACs), que promove uma visualização direta dos exames realizados no Centro de Diagnóstico de Imagens do hospital. “Cuidar de seus pacientes com excelência por meio da mais alta tecnologia é uma missão do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Com o novo recurso é possível realizar o download de aplicativos para desenhar sobre as lesões e realizar a fusão de imagens, funções que auxiliam o cirurgião a traçar o melhor caminho para realizar o procedimento, e que também pode ser gravado em diversas mídias”, reforça Carneiro.
Hospital Mãe de Deus adota modelo americano de atendimento de enfermagem Com foco no paciente e nas premissas de humanização e segurança, o Hospital Mãe de Deus (RS) passa a adotar uma nova prática assistencial por parte da equipe de enfermagem a fim de melhorar ainda mais a qualidade assistencial. A partir de agora, o Relationship Based Care (Cuidado Baseado no Relacionamento) é a diretriz de atendimento a ser adotada para pacientes hospitalizados. Tratase de um novo Modelo Assistencial de Enfermagem, que pode ser aplicado em qualquer área do hospital, em que o enfermeiro dedicará mais tempo para simplesmente conversar com o paciente e ouvir seus relatos. Com isso, a ideia é melhorar a comunicação entre paciente, família e equipes/médicos. Desta forma, será possível prestar um atendimento mais humanizado e de acordo com o que ele realmente precisa. “Será uma espécie de conversa de aproximação, estimulando o paciente a dizer como de fato está se sentindo e quais são suas necessidades para que possamos dar uma assistência mais efetiva e personalizada”, afirma Fernanda de M. Guimarães, Gerente Técnica de Enfermagem do HMD. Com a aplicação deste Modelo, a instituição caminha em busca do Reconhecimento Magnet, título internacional de Excelência em Enfermagem.
Hospital 9 de Julho é reacreditado pela Joint Commission International O Hospital 9 de Julho (SP) mantém o selo de qualidade internacional ao ser reacreditado pela Joint Commission International (JCI). A reacreditação é como uma nova certificação, só que mais exigente. Com ela, o Hospital confirmou seu compromisso com as melhorias contínuas, oferecendo atendimento de qualidade seguro e eficiente. “A conquista significa que praticamos atendimento de excelência com foco na segurança do paciente, dos médicos e dos colaboradores”, analisa a Regina Tranchesi, Diretora Técnica do Hospital 9 de Julho. O Brasil possui apenas 52 instituições acreditadas entre hospitais e clínicas, em um universo de mais de 6 mil hospitais. “Isso mostra que estamos entre os melhores hospitais do mundo e na vanguarda do atendimento de qualidade com a máxima segurança”, comemora a Médica.
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Novo Centro de Hérnia do Hospital Moinhos de Vento A hérnia é uma patologia frequente e só pode ser corrigida permanentemente através de cirurgia. Calcula-se que todos os anos sejam realizadas 254 intervenções cirúrgicas a cada 100.000 habitantes dos países desenvolvidos. Segundo o Coordenador de Especialidades Cirúrgicas, Artur Pacheco Seabra, o diferencial do serviço é a participação de equipes de cirurgiões habilitados e com larga experiência na correção cirúrgica de hérnias de todo o grau de complexidade. O corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento (RS) tem à disposição todo o recurso clínico e tecnológico tanto para a avaliação pré-operatória, quanto para oferecer a técnica que melhor se adéqua às características e necessidades do paciente. “São médicos experientes e altamente qualificados, capazes de realizar cirurgias por vídeo e outros procedimentos minimamente invasivos, muitas vezes sem submeter os pacientes à internação. Somos referência na área,” destaca. O Centro de Hérnia está vinculado ao Serviço de Cirurgia Geral do Hospital e seguirá integrado à Hernia International, participando de outras Missões que deverão ocorrer no Brasil e no exterior.
Mater Dei inaugurou 1º pronto-socorro oncológico de Minas Gerais Com inovação e tecnologia que sempre foram inerentes à instituição, o Hospital Mater Dei inaugurou o primeiro pronto-atendimento específico para pacientes com câncer de Minas Gerais e o segundo do Brasil, dentro de um hospital geral. O serviço vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h, no Pronto-Socorro do Mater Dei Contorno para atendimento, adulto e pediátrico, de emergências oncológicas advindas do tratamento ou evolução da doença. Vale ressaltar que o Serviço está aberto para atender a pacientes, em caso de urgência oncológica, que realizam tratamento no Hospital Mater Dei ou em outros locais. Com estrutura diferenciada e equipe especializada e multidisciplinar, o novo serviço vai atender a todos os níveis de complexidade oncológica, como: neutropenia febril (baixa de imunidade com quadro de febre associada), dor tumoral, toxicidades e complicações imediatas nas primeiras 24 horas e tardias do tratamento sistêmico e radioterápico ambulatorial, além de pacientes em cuidados suportivos e paliativos com necessidade específica de atendimento emergencial. “A ideia de fazer um pronto-socorro oncológico no Mater Dei, partiu do dr. Henrique Salvador (presidente do Hospital) para conferir melhoria na cadeia de atendimento ao paciente oncológico, oferecendo cobertura integral e estrutura apropriada para esses pacientes”, ressalta o Coordenador do Centro de Oncologia da Rede Mater Dei de Saúde, Enaldo Melo de Lima.
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Excelência por princípio!
Hospitais Membros Associados Titulares
Associados
Afiliados
Beneficência Portuguesa de São Paulo
Hospital Mãe de Deus
Hospital Santa Cruz
AACD – Associação de
Home Doctor
Casa de Saúde São José
Hospital Madre Teresa
Hospital Santa Joana
Assistência à Criança Deficiente
Pronep Lar
Complexo Hospitalar
Hospital Mater Dei
Hospital Santa Paula
Hospital Adventista de Manaus
Edmundo Vasconcelos
Hospital Márcio Cunha
Hospital Santa Rosa
Hospital Aliança
Hospital A. C. Camargo – Câncer Center Hospital Memorial São José
Hospital São Camilo Pompeia
Hospital Marcelino Champagnat
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Hospital Meridional
Hospital São José
Hospital Novo Atibaia
Hospital Anchieta
Hospital Metropolitano
Hospital São Lucas
Hospital Pilar
Hospital Bandeirantes
Hospital Moinhos de Vento
Hospital São Luiz – Unid. Itaim
Hospital Primavera
Hospital Barra D’Or
Hospital Monte Sinai
Hospital São Lucas de Aracajú
Hospital Santa Genoveva
Hospital Copa D’Or
Hospital Nipo-Brasileiro
Hospital São Rafael
Hospital Santa Izabel
Hospital Dona Helena
Hospital Nossa Senhora das Graças Hospital São Vicente de Paulo
Hospital Santa Lúcia
Hospital do Coração – HCor
Hospital Nove de Julho
Hospital Saúde da Mulher
Hospital Santa Marta
Hospital e Maternidade Brasil
Hospital Porto Dias
Hospital Sírio-Libanês
Hospital Santo Amaro
Hospital e Maternidade
Hospital Português
Hospital Vera Cruz
Hospital São Francisco
Santa Joana
Hospital Pró-Cardíaco
Hospital VITA Batel
Hospital São Mateus
Hospital Esperança
Hospital Quinta D’Or
Hospital VITA Curitiba
Hospital Villa-Lobos
Hospital Felício Rocho
Hospital Rios D’Or
Hospital VITA Volta Redonda
Imperial Hospital de Caridade
Hospital Infantil Sabará
Hospital Samaritano
Santa Casa de Maceió
Real Hospital Português
Hospital Israelita Albert Einstein
Hospital Santa Catarina
Vitória Apart Hospital
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