Revista Panorama | Ed. Maio/ Junho

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Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – maio | junho 2016

Mulheres no comando A liderança de algumas executivas têm inspirado mudanças para a igualdade de gêneros em cargos de decisão. Pág. 40

anahp por dentro Associação lança 8ª edição do Observatório Anahp durante a Feira Hospitalar. Pág. 06

saúde Hospitais Anahp expandem seus negócios em busca de mais competitividade para driblar crise econômica no país Pág. 12


Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – maio | junho 2016

03 editorial

Esta edição do Panorama Anahp tem um brilho especial. A matéria de capa da publicação traz entrevistas com algumas executivas que comandam importantes instituições de saúde no Brasil e que estão contribuindo para que a igualdade de gênero seja discutida no país.

48 membros

Instituições membros da Anahp investem em qualidade e infraestrutura, sempre visando a segurança da atenção ao paciente.

06 anahp por dentro

Mais de 200 pessoas participaram do lançamento da 8º edição do Observatório Anahp durante a Feira Hospitalar.

12 saúde

Hospitais Anahp expandem seus negócios em busca de mais competitividade para driblar crise econômica no país.

24 eventos

Governança, compliance, comunicação, transparência e escolhas adequadas foram os principais tópicos abordados durante o seminário da Anahp sobre “Ética: A sustentabilidade da saúde no Brasil”, promovido no dia 19 de abril de 2016, em Porto Alegre (RS).

Capa perfil

A nova cara da saúde brasileira: Elas são mulheres que comandam algumas das mais importantes instituições de saúde do Brasil e estão contribuindo para que a igualdade de gênero seja discutida no país. Pág. 40


Caro leitor Apesar das disparidades serem menores do que há alguns anos, a liderança feminina em esferas políticas e sociais ainda é modesta.”

Esta edição do Panorama Anahp tem um brilho especial. A matéria

compliance e novas dimensões da qualidade na prática hospitalar.

de capa da publicação traz entrevistas com algumas executivas que

Gostaria de chamar a atenção de nossos leitores para o

comandam importantes instituições de saúde no Brasil e que estão

lançamento da 8ª edição do Observatório Anahp, também durante

contribuindo para que a igualdade de gênero seja discutida no país.

a Feira Hospitalar. Mais de 200 pessoas estiveram presentes

Apesar das disparidades serem menores do que há alguns anos, a

no estande da Anahp para o lançamento da publicação que

liderança feminina em esferas políticas e sociais ainda é modesta.

se tornou uma referência no mercado brasileiro de saúde.

Nesta edição do Panorama conheceremos um pouco mais sobre os

Diferente dos anos anteriores, no entanto, esta edição do

desafios e a visão sobre a liderança feminina no mercado de trabalho,

Observatório apresenta os reflexos da deterioração da atividade

a partir da visão de grandes executivas do mercado de saúde.

econômica e da profunda crise de confiança na política do

Outro assunto importante abordado na publicação refere-

Governo Federal. Os indicadores demonstram desaceleração

se ao momento político e econômico controverso vivido

do ritmo de crescimento dos hospitais membros da Anahp,

pelo país e como as instituições hospitalares estão se

crescimento das despesas superior ao das receitas, aumento

reinventando para expandir seus negócios e se manterem

do número de demissões e retração no ritmo de contratação

competitivas por meio da modernização de suas infraestruturas

de pessoal. Além disso, o setor continua a sentir os efeitos do

e atividades, mantendo o foco na diferenciação de seus

envelhecimento populacional e das múltiplas comorbidades, que

negócios e no aumento da qualidade assistencial.

requerem cuidados cada vez mais complexos, exigindo que as

Nos últimos dois meses a agenda de eventos da Anahp foi

instituições invistam em infraestrutura e eficiência do atendimento.

bastante intensa. Em abril, promovemos em Porto Alegre

A cobertura completa da participação da Anahp na

o primeiro Seminário de 2016 abordando o tema “Ética: A

Hospitalar pode ser acompanhada nesta publicação.

sustentabilidade da saúde no Brasil”. O evento reuniu mais

Por fim, gostaria de parabenizar as instituições membros da Anahp

de 200 participantes, que discutiram assuntos como –

pelos constantes investimentos em qualidade e infraestrutura,

governança, compliance e transparência na saúde.

sempre visando a segurança da atenção ao paciente.

Durante a Feira Hospitalar, na qual a Anahp teve um participação bastante ativa com a realização de eventos, lançamentos e

Desejo a todos uma excelente leitura!

um estande de mais de 120 m² dedicados ao relacionamento para os nossos membros e parceiros, também promovemos

Francisco Balestrin

dois Seminários de Grupos de Trabalho abordando os temas

Presidente do Conselho de Administração

Associação Nacional de Hospitais Privados

Panorama Anahp

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Panorama Anahp

Conselho de Administração Presidente: Francisco Balestrin | H. Vita Curitiba – PR

Diamond

Vice-Presidente: Antônio C. Kfouri | H. do Coração (HCor) – SP Eduardo Amaro | H. e Maternidade Santa Joana – SP Fernando Torelly | H. Sírio-Libanês – SP Francisco Eustácio Vieira | H. Santa Joana – PE Henrique Neves | H. Israelita Albert Einstein – SP José Ricardo de Mello | H. Santa Rosa – MT José Roberto Guersola | Hospital Barra D’Or – RJ Maria Norma Salvador Ligório | H. Mater Dei – MG

Expediente

Gold

Panorama é uma publicação bimestral da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados. Jornalista Responsável Evelyn Tiburzio – MTB 11.385/MG Redação Evelyn Tiburzio Lucas Martini Conselho Editorial Carlos Figueiredo Evelyn Tiburzio

Silver

Lucas Martini Direção de Arte Graphic Designers Fotos Gustavo Rampini Shutterstock Tiragem 3.500 exemplares

Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados Rua Cincinato Braga, 37 – 4º andar – São Paulo – SP www.anahp.com.br – 11 3178.7444

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anahp por dentro

Programa de desenvolvimento de lideranรงas

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Panorama Anahp


Programação desenhada pelos executivos de RH dos principais hospitais privados do Brasil, em parceria com a Leader Soluções Educacionais, e pensada especialmente para formar uma nova geração de líderes no setor hospitalar O desenvolvimento das lideranças é um dos principais

mas não possui necessariamente formação gerencial.

desafios dos hospitais membros da Anahp. Essa preocupação

A partir deste entendimento, o Grupo de Trabalho Gestão de Pessoas

foi especialmente evidenciada a partir do resultado de uma

da Anahp – composto pela alta gestão de Recursos Humanos dos

pesquisa de clima organizacional, que apontou a necessidade

principais hospitais privados de excelência do país – entendeu que era

de desenvolvimento da equipe de liderança formal e informal

necessário desenvolver um programa de capacitação dessas lideranças,

que, de forma geral, tem conhecimento técnico bastante robusto,

focado nas necessidades e particularidades do setor hospitalar.

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anahp por dentro

De acordo com Fábio Patrus, Diretor de Gestão de Pessoas do Hospital Sírio-Libanês (SP) e Coordenador do Grupo de Trabalho Gestão de Pessoas da Anahp, o setor hospitalar tem muitas particularidades que exigem lideranças preparadas para tornar

O programa de desenvolvimento de lideranças foi construído a várias mãos, considerando as particularidades do ambiente hospitalar. Foram meses de intenso trabalho e dedicação dos gestores de Recursos Humanos dos hospitais associados à Anahp”, comenta Carlos Figueiredo.

a instituição competitiva. “Um líder afeta até 70% do resultado de engajamento de uma empresa, por essa razão é necessário investir na capacitação desses profissionais”, afirma Fábio Patrus. Varias empresas especializadas em programas de capacitação e reconhecidas no mercado foram consultadas. Ao final de um longo processo de avaliação de propostas que melhor atendessem as necessidades dos hospitais, a Leader Soluções Educacionais foi escolhida para ministrar o curso. Dividido em seis módulos, o programa contempla aspectos conceituais, contextualização e aplicação prática. Serão 96 horas presenciais e mais 96 horas de educação a distância com monitoramento em tempo integral. O corpo docente é composto por mestres e doutores experientes, e o curso pode ser realizado In Company, em sete diferentes regiões do Brasil, mediante formação de turmas. A programação do curso foi desenhada pelos executivos de RH dos principais hospitais privados do Brasil, em parceria com a Leader Soluções Educacionais, e pensada especialmente para formar uma nova geração de líderes no setor hospitalar. “O programa de desenvolvimento de lideranças foi construído a várias mãos, considerando as particularidades do ambiente hospitalar. Foram meses de intenso trabalho e dedicação dos gestores de Recursos Humanos dos hospitais associados à Anahp, da empresa contratada para ministrar e preparar a programação, mas finalmente chegamos a uma proposta completa e abrangente. Temos a certeza de que será um passo importante para o aprimoramento dos nossos gestores”, finaliza Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Anahp.

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DAS LIDERANÇAS

Recomendado pelos executivos de RH dos principais hospitais do Brasil 96 horas de aula presencial

96 horas de educação a distância com monitoramento em tempo integral

Programação exclusiva pensada para o ambiente hospitalar

Localidades em que o Programa pode ser ministrado mediante formação de turmas: SÃO PAULO

BRASÍLIA

RIO DE JANEIRO

BELO HORIZONTE

CURITIBA

SALVADOR

PORTO ALEGRE

RECIFE


4º CONAHP

Congresso Nacional de Hospitais Privados

16, 17 e 18 de Novembro de 2016

WTC | São Paulo

ÉTICA: A SUSTENTABILIDADE DA SAÚDE NO BRASIL

O ACESSO QUE VOCÊ BUSCA, A PROXIMIDADE QUE VOCÊ PRECISA!

Associados e afiliados à Anahp Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Individual

645,00

688,00

731,00

774,00

817,00

860,00

3 a 5 inscrições

593,00

633,00

672,00

712,00

751,00

791,00

acima de 6 inscrições

548,00

585,00

621,00

658,00

694,00

731,00

Outras instituições Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Individual

1.290,00

1.376,00

1.462,00

1.548,00

1.634,00

1.720,00

3 a 5 inscrições

1.187,00

1.266,00

1.345,00

1.424,00

1.503,00

1.582,00

acima de 6 inscrições

1.097,00

1.170,00

1.243,00

1.316,00

1.389,00

1.462,00

Saiba mais sobre o principal evento do setor saúde no Brasil! www.conahp.org.br


saúde

É hora de se

diferenciar Hospitais Anahp expandem seus negócios em busca de mais competitividade para driblar crise econômica no país

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Panorama Anahp

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Soteropolitano, o empresário e publicitário Nizan Guanaes começou

Especificamente no que tange ao setor da Saúde, houve

sua carreira como redator publicitário. Trabalhou em agências da

grande desaceleração do crescimento dos hospitais em

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1988, após receber o maior

2015. Segundo dados do Núcleo de Estudos e Análises (NEA)

prêmio da publicidade mundial, o troféu do Festival de Cannes,

da Anahp – que analisou as atividades de 23 hospitais de

sentia-se preparado para ter sua própria agência. No ano seguinte,

excelência em 2015 –, pela primeira vez desde que passou a

com investimento de U$ 1 milhão obtido no mercado financeiro,

acompanhar o desempenho do sistema de saúde privado, a

ele dava o maior passo de sua carreira, abrindo a agência DM9

Anahp registrou em 2015 uma desaceleração no comportamento

em setembro. Meses depois, Collor assumia a presidência da

dos principais indicadores econômico-financeiros.

República, em 1990, e seu plano econômico desastroso para

O ritmo de crescimento da receita líquida em termos nominais

reverter a inflação do país congelou todo o dinheiro a ser investido.

foi de 5,4% enquanto a despesa total aumentou 9,6% – e há

Foi aí que nasceu uma das frases mais célebres do sempre polêmico

forte tendência de desaceleração para os próximos anos.

Nizan Guanaes: “Enquanto outros choram, eu vendo lenço”.

O caso de Nizan é emblemático porque demonstra que

A mensagem, estampada em um anúncio para vender os serviços

em momentos adversos é preciso se diferenciar. Encontrar

da agência que acabara de adquirir, era direcionada a empresas em

oportunidades e se destacar dos demais em discurso

pânico com a nova dinâmica do país. A mensagem era de que Nizan

e atitudes. Além disso, é o momento em que os líderes

e sua equipe eram capazes de encontrar alternativas, oportunidades.

colocam em prática a sua liderança, ditando os caminhos e

Com sua ousadia, o publicitário reverteu aquele que poderia ter sido

enxergando soluções mesmo em horizontes nebulosos.

o fim de sua trajetória como empreendedor, tornando-se atualmente

É fato que o Sol já brilhou mais forte para as instituições hospitalares

dono de um dos maiores grupos de comunicação do mundo.

do Brasil em anos anteriores. Ainda assim, são diversos os

O atual cenário da economia brasileira guarda semelhanças

hospitais associados à Anahp que com poder de decisão,

com aquele vivido na década de 90. À margem de concretizar

coragem e estratégia, têm expandido seus negócios mesmo em

o segundo impeachment de sua história democrática, o Brasil

meio à crise no Brasil. Eles estão investindo na modernização de

passa por momento delicado. A instabilidade econômica e

sua infraestrutura e atividades, mantendo foco na diferenciação

política coloca em risco a perenidade das empresas.

de seus negócios e aumento da qualidade assistencial.

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saúde

Aumento de competitividade O Hospital Pilar (PR) é um exemplo desse movimento

afirma Rodrigo Milano, Diretor Executivo do Hospital Pilar.

de investimentos dos hospitais brasileiros. A instituição

Milano explica que todos os investimentos são feitos mediante

recentemente concentrou recursos na aquisição de um

grande estudo de viabilidade. “As nossas iniciativas estão

robô capaz de separar automaticamente, de acordo

amparadas por estudos prévios dos efeitos de cada investimento.

com a prescrição médica, os medicamentos.

Portanto, espera-se resultados, que são rigidamente

A máquina se chama Pegasus, foi importada da

acompanhados. Cada empresa é uma. Não há receita para

Itália, é usada em países da Europa, e já entrou

avaliar o risco de um investimento. O efeito de uma medida é o

em funcionamento pleno na instituição.

potencial de integração do corpo clínico com o hospital”, diz.

Com o investimento, o Pilar tornou-se a primeira instituição

Em São Paulo, a robótica também entrou na estratégia da

de saúde da América do Sul a implantar a estocagem dos

Rede D’Or São Luiz, maior grupo de hospitais privados do país.

medicamentos em doses unitárias, permitindo que o processo de

Eles lançaram na cidade, em 2015, o Programa de Cirurgia

dispensação seja automatizado e mais seguro para o paciente.

Robótica com a aquisição do robô Da Vinci Si, implantado

“O principal motivo para os investimentos foi o fator

na unidade Itaim do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).

oportunidade. Acompanhamos minuciosamente o mercado e

Foram investidos cerca de R$11 milhões e o sistema cirúrgico

percebemos a possibilidade de novos negócios e engajamento

robótico faz parte do projeto de investimento da Rede em

de profissionais compromissados com a missão, visão e

medicina de ponta e de alta complexidade. O objetivo é ampliá-

valores da instituição. Além disso, vemos com bons olhos

lo a outros hospitais de São Paulo que fazem parte do grupo.

parcerias com grupos médicos e de investidores. Entre

Investimentos milionários também foram feitos por hospitais

nossos investimentos recentes, podemos citar os serviços

de outras regiões do país. Presente no Espírito Santo, o Grupo

de radiologia, radioterapia e cintilografia, além do robô que

Meridional deu início à sua atuação no Norte do estado com a

acabou de chegar para modernizar ainda mais nossa farmácia”,

inauguração, esse ano, do Hospital Meridional São Mateus (ES).

Acompanhamos minuciosamente o mercado e percebemos a possibilidade de novos negócios e engajamento de profissionais compromissados com a missão, visão e valores da instituição”, Rodrigo Milano.

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Com investimento no valor de R$ 80 milhões, o novo

novo hospital triplicará a capacidade atual de atendimento do

empreendimento ocupa uma área de 10 mil m² e possui 110

HMD para pacientes com câncer nos próximos cinco anos.

leitos, dos quais 39 são de UTI com entrada independente

A novidade faz parte de uma série de investimentos

para os apartamentos. A expectativa é que apenas o

já em andamento, promovidas pelo grupo e iniciada

pronto-socorro realize 8 mil atendimentos por mês.

em dezembro de 2015 com a inauguração da primeira

A nova unidade surgiu da crescente demanda por serviços

Emergência Oncológica do Rio Grande do Sul.

médicos na região. A projeção, inclusive, é tão positiva que

A decisão de investir em um hospital dedicado e exclusivo

a diretoria do Grupo já definiu uma ampliação para 2017,

para o câncer foi baseada em informações epidemiológicas

com duplicação da capacidade física e de atendimento do

que apontam um expressivo aumento na incidência da

hospital. “Esse empreendimento é o maior e mais resolutivo

doença nos próximos anos. De acordo com a análise, o

da rede privada nessa localidade e entorno”, ressalta o

câncer será, em pouco tempo, a principal causa de morte

Diretor Geral do Grupo, Antônio Benjamim Neto.

no estado, superando as doenças cardiovasculares.

Em Porto Alegre, o Hospital Mãe de Deus (RS) inaugurou

“A nossa convicção na relevância desse projeto para a

também em 2016 um hospital dedicado exclusivamente

sociedade foi essencial para decidir fazer um investimento

ao tratamento de pacientes oncológicos. O Hospital

desse porte mesmo em um momento em que vivemos

do Câncer Mãe de Deus será um dos mais modernos

uma séria crise econômica e política. A estrutura de um

centros da América Latina, desenvolvendo programas

hospital especializado vai nos permitir acompanhar toda a

de prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico,

evolução mundial em termos de descobertas e inovações em

tratamentos e pesquisas para o tratamento da doença.

prevenção e tratamentos oncológicos de maneira mais ágil

Com investimento total de R$ 70 milhões, em

e interativa”, aponta Alceu Alves da Silva, Superintendente

três anos, e uma estrutura de 12 mil m², o

Executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus.

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Panorama Anahp

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saúde

O aumento no volume de atendimentos gerou um incremento de 19% na receita do período e um aumento na margem EBTIDA de 42%. Consideramos os resultados espetaculares, haja vista a retração no volume de atendimentos experimentada pelo setor de saúde hospitalar privado em nível nacional desde o ano de 2015”, Benoni Antonio Santos.

Planejamento estratégico O ano de 2015 foi marcado por importantes obras de expansão

a crise é um mal necessário, pois seleciona os melhores

e de melhorias na infraestrutura do Hospital Metropolitano

e mais competentes, o que reflete em melhorias de

(ES), que aumentou em 40% a capacidade operacional

atendimento para a população num horizonte de longo

da instituição. O investimento contemplou as áreas de

prazo”, pondera Benoni Antonio Santos, Diretor de Gestão

Quimioterapia, Hemodinâmica, Cardiologia e Diagnóstico por

Administrativa e Financeira do Hospital Metropolitano (ES).

Imagem. No início de 2016, o processo foi concluído com a

Para ele, o problema da Saúde não está em seu financiamento,

inauguração de laboratório de análises clínicas próprio.

mas sim na falta de uma gestão austera e profissional. “É

Mas o hospital não pretende parar de crescer. Ainda esse

comum na área da Saúde os investimentos serem

ano, a UTI Geral receberá aportes para sua ampliação,

baseados no ‘eu acho’ ou terem motivações políticas e ou

cujo número de leitos aumentará de 20 para 30.

interesses pessoais de profissionais médicos visando a

As ações são fruto de um sistema de Planejamento Estratégico

sua especialidade em detrimento do resto. Não há mais

com horizonte de três anos, implementado desde 2006, e

espaço para amadorismo no nosso segmento”, afirma.

que é revisado anualmente. São avaliados periodicamente o

A estratégia parece estar surtindo resultados.

cenário macroeconômico do mundo, do país, do estado, do

Segundo o executivo, no primeiro trimestre de 2016,

município onde a instituição está inserida, bem como o setor

comparativamente com o primeiro trimestre de 2015, a

da Saúde, seus players, sistema regulatório, entre outros.

instituição observou um crescimento no volume de

O aspecto demográfico é também observado atentamente –

atendimentos gerais da ordem de 9% e um volume

o processo de envelhecimento da população brasileira, o

maior de internações hospitalares da ordem de 15%.

aumento da incidência das doenças crônicas e o natural

“Este aumento no volume de atendimentos gerou um

incremento na demanda hospitalar nos próximos anos.

incremento de 19% na receita do período e um aumento

Apoiado nessa metodologia, nos últimos cinco

na margem EBTIDA de 42%. Consideramos os resultados

anos o hospital investiu cerca de R$ 47 milhões

espetaculares, haja vista a retração no volume de atendimentos

em ampliações, reformas, adequações estruturais,

experimentada pelo setor de saúde hospitalar privado em

tecnologia da informação e novos equipamentos.

nível nacional desde o ano de 2015”, complementa.

“Entendemos que a crise econômica num país em desenvolvimento como o Brasil tem ciclo mais curto e por esta razão nossos investimentos são cuidadosamente preparados com foco na demanda e na capacidade de financiamento do

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Panorama Anahp

sistema. Infelizmente,


Acelerando tudo aquilo que é inteligente Hewlett Packard Enterprise e Intel estão impulsionando a Internet das Coisas com a construção de uma plataforma de sistemas que processam e analisam os dados onde eles estão — em todos os lugares.

Saiba mais em hpe.com.br © Copyright 2016 Hewlett Packard Enterprise Development LP. Intel and the Intel logo are trademarks of Intel Corporation in the U.S. and/or other countries.


Aumenta o interesse pelas

saúde

Parcerias Público-Privadas

Especialista na modalidade de contrato avalia perspectivas para o crescimento dessa prática no Brasil

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Panorama Anahp

Associação Nacional de Hospitais Privados


Nos três primeiros meses deste ano, 617,4 mil pessoas

Privada (PPP), a conjuntura atual é promissora para o surgimento de

perderam o acesso a planos de saúde, principalmente devido ao

oportunidades de PPPs no mercado brasileiro nos próximos anos.

aumento do desemprego no país. Num espaço de tempo muito

Ele defende que em um cenário de crise fiscal, somado à

menor, esse volume equivale a quase o total perdido em 2015,

necessidade de maior demanda a atendimentos no SUS, o

quando 766 mil usuários ficaram sem convênios médicos.

poder público precisará de capital privado para fazer mais

Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),

com poucos recursos e terá de recorrer à iniciativa privada

que acrescenta que esta é a maior queda de beneficiários desde

para ampliar a sua capacidade de atendimento.

2000, quando a agência reguladora começou a apurar os dados

“Há hoje no Brasil seis contratos de PPPs de Saúde, com foco

do setor. Em março de 2016, havia 48,8 milhões de usuários desse

em hospitais, assinados. Esses contratos envolvem oito hospitais,

serviço no país 32,4 milhões deles, de planos de saúde empresariais.

já que, alguns desses contratos, são para mais de um hospital.

Para se ter ideia do impacto que esse quadro pode provocar nos

Percebe-se, portanto, que o número é muito pequeno. No cenário

hospitais privados do Brasil, vale lembrar que atualmente, segundo

de crise fiscal, que nos acompanhará por mais alguns anos, creio

estudo do SINHA (Sistema Integrado de Indicadores Hospitalares

que uma tendência será o aumento da eficiência de hospitais

Anahp), a distribuição de receita das instituições fechou 2015 com 9,5%

públicos com baixa produtividade via PPP”, avalia Bruno.

de atendimentos particulares e 89,7% de convênios – aumento de 0,4%

O momento parece ser realmente oportuno. De acordo com

ante 2014 no que se refere às contas pagas por planos de saúde.

pesquisa da consultoria, o interesse de prefeituras e governos

O que as análises indicam é que com o decréscimo de beneficiários

estaduais em projetos para PPPs aumentou quase três vezes

de planos de saúde em 2015 e o agravamento desse cenário em

de 2014 para o ano passado, impulsionada por fatores como

2016 devido a fatores como o avanço do desemprego, há uma forte

a obrigatoriedade de as prefeituras assumirem a iluminação

tendência de retração na demanda por serviços da rede suplementar

pública das cidades e a proximidade de eleições municipais.

de saúde, afetando diretamente as receitas dos hospitais, que ainda

“Para o investidor, a vantagem é ter um perfil de receita diferente,

devem lidar com a elevação dos custos de insumos, alta da inflação,

com outro equilíbrio entre risco e retorno, assim como um risco

instabilidade econômica e volatilidade do dólar, entre outros.

de demanda mitigado – pois o poder público em regra contrata

Para o setor público, a migração de todo esse

na PPP uma disponibilidade de atendimento, sem transferir o

contingente para o Sistema Único de Saúde (SUS) pode

risco de demanda. Para o poder público, a vantagem é poder

sufocar a já insuficiente rede de atendimento.

contar com o capital privado diante do desafio de gastar recursos

Segundo Bruno Pereira, sócio da Radar PPP, consultoria

públicos com qualidade, podendo recorrer ao capital privado

especializada em projetos de concessão ou Parceria Público-

para ampliar sua capacidade de atendimento”, complementa.

Número de usuários que ficaram sem convênios médicos:

2016 JANEIRO

2015 JANEIRO

MARÇO

617,4 mil DEZEMBRO

766 mil

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Panorama Anahp

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saúde Revista Panorama – Com a crise econômica atual e o

manter e operar um novo hospital ou gerir um hospital público

avanço do desemprego, os efeitos para o Sistema Único de

existente. Em troca dos riscos e dos serviços prestados, a

Saúde (SUS) e rede suplementar de saúde em 2016 devem

concessionária poderá auferir, desde que atue conforme o contrato,

ser, respectivamente, de aumento da demanda para um e

um fluxo de pagamentos provenientes do poder público, pelo

diminuição para o outro. As Parcerias Público-Privadas (PPPs)

prazo que o contrato estabeleceu para a fase de operação.

são uma solução para a Saúde no Brasil e uma forma de

Creio que os modelos de contratação via PPP não podem

driblar a crise no que tange aos hospitais privados?

ser classificados como solução ou que tenham a condição de

Bruno Pereira – É compreensível o cenário desafiador para

driblar a crise, entretanto podem ser uma ótima solução para um

os hospitais privados, assim como para vários outros setores

grupo empresarial que, em função de desafios enfrentados no

econômicos que são liderados pela iniciativa privada no Brasil. Essa

seu mercado tradicional, quer utilizar suas competências para

situação, em diversos setores, deve durar alguns anos para voltar

apresentar uma proposta de valor para o poder público. É uma

aos patamares de 2012 ou 2013. As PPPs podem contribuir com o

ótima alternativa, mas que deve ser considerada projeto a projeto.

mercado dos hospitais privados, desde que tais hospitais tenham interesse de pensar em projetos público-privados de longo prazo, já

Como ocorrem os recebimentos por parte dos

que os contratos de PPP (previstos na Lei Federal nº 11.079/2004)

hospitais privados?

são arranjos de 5 a 35 anos, em que o poder público transfere parte

Em um contrato com 24 meses para a implantação do equipamento

relevante dos serviços e riscos de um projeto para uma empresa

público e 18 anos para a sua operação, a concessionária

ou grupo de empresas que venceu uma concorrência pública.

deverá se capitalizar com capital próprio e de terceiros para

Em saúde, podemos ter uma PPP de hospital, em que o licitante

implantar o hospital no prazo de 24 meses e, em regra, apenas

vencedor, que criará a futura concessionária dos serviços, será

depois da conclusão dessa etapa é que o poder público

responsável por apresentar projetos executivo, financiar, construir,

iniciará os pagamentos mensais pelo prazo de 18 anos.

20

Panorama Anahp

Associação Nacional de Hospitais Privados


As PPPs podem contribuir com o mercado dos hospitais privados, desde que tais hospitais tenham interesse de pensar em projetos público-privados de longo prazo.”

Quais são, atualmente, as Leis que regem

a concessionária poderá auferir, desde que atue conforme o

as PPPs com hospitais no país?

contrato, um fluxo de pagamentos provenientes do poder público,

Há no Brasil a Lei Federal de PPPs, de 2004 (nº 11.079) e leis

pelo prazo que o contrato estabeleceu para a fase de operação.

estaduais e municipais. Não há uma lei específica sobre PPPs

Creio que os modelos de contratação via PPP não podem

de Saúde, de modo que a Lei nacional é aplicável a diversos

ser classificados como solução ou que tenham a condição de

projetos de PPP, independentemente do seu objeto ou serviço.

driblar a crise, entretanto podem ser uma ótima solução para um

O Brasil tem um quadro normativo de boa qualidade sobre PPPs. A

grupo empresarial que, em função de desafios enfrentados no

Lei Federal completou 10 anos e já foram assinados 88 contratos

seu mercado tradicional, quer utilizar suas competências para

de PPP no geral. O maior desafio no âmbito jurídico não é de

apresentar uma proposta de valor para o poder público. É uma

caráter legal, mas sim de caráter infralegal, ou seja, no que diz

ótima alternativa, mas que deve ser considerada projeto a projeto.

respeito ao desenho das concorrências e dos contratos de PPP.

Como ocorrem os recebimentos por parte dos Com a crise econômica atual e o avanço do desemprego,

hospitais privados?

os efeitos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e rede

Em um contrato com 24 meses para a implantação do equipamento

suplementar de saúde em 2016 devem ser, respectivamente,

público e 18 anos para a sua operação, a concessionária

de aumento da demanda para um e diminuição para o outro.

deverá se capitalizar com capital próprio e de terceiros para

As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são uma solução para a

implantar o hospital no prazo de 24 meses e, em regra, apenas

Saúde no Brasil e uma forma de driblar a crise no que tange

depois da conclusão dessa etapa é que o poder público

aos hospitais privados?

iniciará os pagamentos mensais pelo prazo de 18 anos.

É compreensível o cenário desafiador para os hospitais privados, assim como para vários outros setores econômicos

Quais são, atualmente, as Leis que regem as PPPs com

que são liderados pela iniciativa privada no Brasil. Essa

hospitais no país?

situação, em diversos setores, deve durar alguns anos para

Há no Brasil a Lei Federal de PPPs, de 2004 (nº 11.079) e leis

voltar aos patamares de 2012 ou 2013. As PPPs podem

estaduais e municipais. Não há uma lei específica sobre PPPs

contribuir com o mercado dos hospitais privados, desde

de Saúde, de modo que a Lei nacional é aplicável a diversos

que tais hospitais tenham interesse de pensar em projetos

projetos de PPP, independentemente do seu objeto ou serviço.

público-privados de longo prazo, já que os contratos de PPP

O Brasil tem um quadro normativo de boa qualidade sobre

(previstos na Lei Federal nº 11.079/2004) são arranjos de 5 a

PPPs. A Lei Federal completou 10 anos e já foram assinados 88

35 anos, em que o poder público transfere parte relevante

contratos de PPP. O maior desafio no âmbito jurídico não é de

dos serviços e riscos de um projeto para uma empresa ou

caráter legal, mas sim de caráter infralegal, ou seja, no que diz

grupo de empresas que venceu uma concorrência pública.

respeito ao desenho das concorrências e dos contratos de PPP.

Em saúde, podemos ter uma PPP de hospital, em que o licitante

O ciclo de vida de uma PPP, desde o momento em que o poder

vencedor, que criará a futura concessionária dos serviços,

público prioriza uma ideia inicial de PPP até o momento em que a

será responsável por apresentar projetos executivo, financiar,

licitação ocorre é de, em média, 24 meses. Sendo assim, se um

construir, manter e operar um novo hospital ou gerir um hospital

hospital privado quiser iniciar uma trajetória no mercado de PPP

público existente. Em troca dos riscos e dos serviços prestados,

é necessário compreender que a fase de originação é longa.

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saúde

Como você avalia o potencial das PPPs para o setor Saúde

O poder público precisará de capital privado para fazer mais com poucos recursos e terá de recorrer à iniciativa privada para ampliar a sua capacidade de atendimento.

em nosso país nos próximos anos? Teremos muitas oportunidades de PPPs de Saúde nos próximos anos. Em um cenário de crise fiscal, somado à necessidade de maior demanda a atendimentos no SUS, o poder público precisará de capital privado para fazer mais com poucos recursos e terá de recorrer à iniciativa privada para ampliar a sua capacidade de atendimento. O grande fator de sucesso de uma trajetória em PPP é conhecer profundamente a necessidade de interesse público que será satisfeita via PPP e conceber um modelo que equilibre os interesses público e privado em jogo.

Essa modalidade de contratos na Saúde é algo que já está amadurecido no Brasil? Há hoje no Brasil seis contratos de PPPs de Saúde – com foco em hospitais –, assinadas. Esses contratos envolvem oito hospitais, já que, alguns desses contratos, são para mais de um hospital. Percebe-se, portanto, que o número é muito pequeno. No cenário de crise fiscal, que nos acompanhará por mais alguns anos, creio que uma tendência será a busca de hospitais públicos com baixa produtividade por mais eficiência. Ou seja, não estou falando de um grande número de novas PPPs em que é necessário construir um hospital, mas sim de PPPs que seriam concebidas partindo de um hospital existente. Creio que há também um potencial de PPPs que contribuam com a gestão da demanda, ou seja, que contribuam para que o poder público possa gerir sua capacidade de atendimento em comparação com sua demanda por serviço de saúde. Seriam PPPs focadas em TIC e na implantação de capacidade de atendimento marginal, para funcionar como um equilíbrio em momentos de pico do SUS.

Na sua opinião, quais são as principais vantagens para os hospitais privados e para o Governo em uma relação de PPP? Há algum caso que mereça destaque? Sim, o Hospital do Subúrbio, cujo contrato de PPP do Estado da Bahia foi assinado em 2010, é um bom caso. Para o investidor, a vantagem é ter um perfil de receita diferente, com outro equilíbrio entre risco e retorno, assim como com risco de demanda mitigado – pois o poder público em regra contrata na PPP uma disponibilidade de atendimento, sem transferir o risco de demanda. Para o poder público, a vantagem é contar com o capital privado diante do desafio de gastar recursos públicos com qualidade, podendo recorrer ao capital privado para ampliar sua capacidade de atendimento.

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eventos

Ética:

A sustentabilidade da

saúde no Brasil Primeiro seminário Anahp em 2016 reúne mais de 200 participantes em Porto Alegre para discutir ética na saúde

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Governança, compliance, comunicação, transparência e escolhas adequadas foram os principais tópicos abordados durante o seminário da Anahp sobre “Ética: A sustentabilidade da saúde no Brasil”, promovido no dia 19 de abril, em Porto Alegre (RS). “Vivemos um momento bastante delicado em nosso país e, por essa razão, nada mais oportuno do que discutir a ética nas relações pessoais, profissionais e corporativa. Este é o tema que pautará os nossos eventos em 2016 e, esperamos com esta iniciativa, compartilhar experiências, melhores práticas e os desafios em relação a esta questão tão sensível para o nosso setor saúde”, comenta o Presidente do Conselho de Administração da Anahp, Francisco Balestrin, durante cerimônia de abertura do evento, que também contou com as presenças de Pedro Westphalen, Diretor da Confederação Nacional de Saúde (CNS), Cláudio José Allgayer, Presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (RS), Fernando Torelly, Vice-presidente do Comitê Científico

Presidente da Anahp fala sobre a importância de abordar o

do Conahp, e Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Anahp.

tema Ética no atual contexto político e econômico do país.

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eventos Carlos Alberto Marsal, Lino José Rodrigues Alves e Otavio Gebara

José Roberto Goldim, Rafaela Leonardi, Vania Rohsig e Luiz Felipe

debatem o desafio da implementação do compliance nos hospitais.

Gonçalves falam da Ética nas relações com pacientes e equipes de saúde.

“A Anahp, ao abordar esse tema, almeja contribuir para a

sociedade e das empresas diante deste novo cenário. “Hoje

construção de um futuro mais sólido e promissor para a saúde

há uma série de ferramentas e mecanismos de controle para

brasileira. Nesse sentido, a participação de todos os envolvidos

evitar fraudes, e observamos ainda uma valorização dos

de alguma forma com a saúde, seja por meio da assistência, da

princípios de ética nas transações comerciais”, afirma. A Lei

gestão, entre outros, é fundamental para o sucesso dessa iniciativa

Anticorrupção também foi citada pelo palestrante como um

da entidade”, enfatiza o Presidente do Conselho da Anahp.

momento de reflexão e mobilização importante, que reforça o

“Compliance é uma cultura que deve ser implantada e que nasce

compromisso perante o Estado e as próprias organizações.

a partir dos anseios éticos das organizações”, comenta Carlos

Lino José Rodrigues Alves, Superintendente Jurídico do

Alberto Marsal, Superintendente de Controladoria e Finanças

A. C. Cancer Center (SP) chama a atenção para a necessidade

do Hospital Sírio-Libanês (SP), ao abordar os desafios para a

de adaptar os modelos de compliance à realidade de cada

implementação de modelos de compliance nos hospitais.

instituição e reforça a liderança dos hospitais Anahp neste

“Nosso setor tem uma série de peculiaridades e transtornos que

processo. “Nós somos agentes conscientes e responsáveis

precisamos enfrentar, como as barreiras culturais, os conflitos

pelas mudanças nas relações do setor”, comenta.

sistêmicos entre os agentes, a tendência de aumento dos custos, a

A ética nas relações entre pacientes, hospitais e equipes de

barreira da ampliação da base de clientes, custo elevado que privilegia a

saúde também foi discutida durante o Seminário. Para debater

cura e não a prevenção, desperdício, concentração de fontes pagadoras,

esta questão, o painel contou com a participação de José

judicialização, necessidade de investimento contínuo, excesso de

Roberto Goldim, Membro do Comitê de Bioética do Hospital

oferta e uma população cada vez mais exigente”, complementa.

de Clínicas de Porto Alegre (RS), Rafaella Leonardi, Paciente

Para o executivo, o tema ganhou mais força recentemente

Transplantada, Vania Rohsig, Superintendente Assistencial

em virtude de grandes eventos de fraude que afetaram a

do Hospital Moinhos de Vento (RS) e Luiz Felipe Gonçalves,

imagem das organizações e evidenciaram a necessidade

Superintendente Médico Assistencial do Hospital Mãe de Deus (RS).

de práticas de compliance mais transparentes.

A transparência e o diálogo entre a equipe e com o paciente foram

Marsal ainda reforça a mudança de comportamento da

os principais pontos mencionados pelos participantes do talk show.

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“Há dois anos e meio eu passei por um transplante renal e, antes

Segundo Alceu, a ética das lideranças é a bola da vez no

disso, fiz hemodiálise por quatro anos à espera de um doador. Eu

mundo corporativo. “As questões éticas precisam estar

passava pelo menos 20 horas por semana dentro do hospital e o

no centro dos processos de seleção para cargos de alta

apoio da equipe, a transparência e a comunicação efetiva foram

gestão. O perfil do executivo que as empresas buscam deve

fundamentais para que eu confiasse na instituição”, comenta Rafaella.

inspirar confiança, habilidade de transformar valores éticos

Vania compartilhou o programa de terceira opinião médica

em resultados, estar disposto a correr riscos e não maquiar

que o Hospital Moinhos de Vento implementou, reduzindo

resultados, e que ele reconheça a necessidade de aumentar

em mais de 50% o número de indicações cirúrgicas, e a

ou manter o lucro com a adoção de uma política ética”.

criação do Fórum de Pacientes, para que eles troquem

Mohamed Parrini, Superintendente Executivo do Hospital

informações, esclareçam dúvidas, compartilhem experiências

Moinhos de Vento (RS), mencionou a falta de tradição no uso de

que já enfrentaram, ajudando-os mutuamente.

ferramentas de gestão e a pouca ênfase em gestão de pessoas

Goldim ressaltou a importância da congregação entre colegiados

nas organizações, e afirmou ainda que a perpetuidade das

ou comitês nas instituições de saúde com uma visão institucional,

instituições de saúde está relacionada à governança corporativa.

e mencionou as dificuldades dos hospitais em implementar ações

O desafio de manter a forte cultura organizacional da instituição e a

simples. “O desafio é transpor o discurso para o dia-a-dia e fazer

necessidade de se reinventar foi relatada por Paulo Chapchap, CEO

com que as iniciativas se materializem. Não há nada mais deletério

do Hospital Sírio-Libanês (SP). O executivo chamou a atenção para

para uma organização do que a disfunção cognitiva”, comenta.

a ausência da palavra “transparência” entre os valores da instituição,

Os modelos de governança também foram discutidos no

mesmo que esta esteja cada vez mais disseminada entre os seus

Seminário. “Mesmo diante de estrutura robusta de governança,

públicos de interesse. “Só divulgaremos a transparência como um

a falta de ética ainda é uma companhia indesejada”, afirma

de nossos valores quando ela efetivamente for aplicada de forma

Alceu Alves da Silva, Diretor Geral do Hospital Mãe de Deus

ampla. Não se trata de mostrar para o mercado, mas de se deixar

(RS), ao se referir à principal estatal brasileira – a Petrobrás.

ver. Esta é uma das metas que pretendemos atingir”, explica.

O perfil do executivo que as empresas buscam deve inspirar confiança, habilidade de transformar valores éticos em resultados, estar disposto a correr riscos e não maquiar resultados, e que ele reconheça a necessidade de aumentar ou manter o lucro com a adoção de uma política ética”, Alceu Alves da Silva.

Ética nas relações e modelos de governança discutidos por Francisco Balestrin, Mohamed Parrini, Alceu Alves da Silva e Paulo Chachap.

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eventos

Estamos diante de um sistema de saúde em que todos os players reclamam. Isso quer dizer que alguma coisa está errada. Ele não serve para ninguém”, Carlos Serapião. Como lidar com as dualidades impostas pelo setor e as habilidades

restrições aos indivíduos”, comenta. “Vivemos um sistema que

e atitudes da liderança também foram pontos levantados por

precisa ser pensado no coletivo”. Para o Professor da Unifesp,

Paulo. Para ele, as dualidades nem sempre são conflitantes, mas

precisamos fazer as escolhas certas, reconhecer interesses, alinhar

é preciso buscar o equilíbrio. Para isso, a governança corporativa

os incentivos, agir em curto prazo e pensar em longo prazo.

pode ajudar no cumprimento da missão e construção dos valores

“Estamos diante de um sistema de saúde em que todos os

da instituição, bem como contribuir para a tomada de decisão.

players reclamam. Isso quer dizer que alguma coisa está

Para fechar as discussões com chave de ouro, o último painel do

errada. Ele não serve para ninguém”, comenta Carlos.

seminário reuniu Marcos Bosi Ferraz, Presidente do Conselho de

Para a Diretora da ANS, o tema a fez pensar em ética a partir

Administração do Grupo Fleury e Professor Adjunto da Escola Paulista

de três aspectos principais – primeiro, a informação com a qual

de Medicina (UNIFESP), Martha Oliveira, Diretora de Desenvolvimento

dialogamos com o paciente; segundo, a ética da qualidade;

Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Guilherme

e terceiro, a ética do fee for service – será que este modelo

Freire de Barros Teixeira, Desembargador do Tribunal de Justiça

de remuneração traz um retorno ético para o meu resultado?

do Estado do Paraná, e Carlos José Serapião, Coordenador do

Outro aspecto mencionado por Martha foi a comunicação

Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa e Presidente da

que não alcança a população na era do Dr. Google.

Sociedade Brasileira de Bioética da regional Santa Catarina. Os

Ao ser questionado sobre a interferência do poder judiciário

participantes da mesa debateram a ética nas escolhas em saúde.

nas decisões de saúde, o Desembargador explica que a

“Como tomar as melhores decisões com os recursos

constituição federal assegura atendimento digno à pessoa,

disponíveis, considerando a dimensão tempo?”, com esta

e é papel do judiciário decidir quando a demanda chega.

pergunta Marcos iniciou o debate sobre o tema. “Se a

Guilherme ainda chama a atenção para a necessidade de

ética não governar a razão, a razão desprezará a ética”,

maior envolvimento dos poderes executivo e legislativo.

complementa Marcos a citação de Saramago.

“Triste é o país que depende tanto do judiciário, como temos

“A decisão individual afeta o coletivo e a decisão coletiva impõe

observado no Brasil ultimamente”, finaliza Guilherme.

Carlos Serapião, Marcos Bosi, Martha Oliveira e Guilherme Teixeira falam da Ética nas escolhas em saúde

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SABR.ENO.16.03.0327


eventos

Anahp apresenta Seminรกrios sobre

ร tica e Qualidade

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O momento político no Brasil tem estimulado e ampliado o debate sobre ética e corrupção no âmbito corporativo e na sociedade de modo geral. Recentes escândalos de desvio de dinheiro público, associados a denúncias de comportamentos inadequados de médicos fizeram com que o assunto chegasse também à Saúde em caso que ficou conhecido como a Máfia das Órteses e Próteses, e que culminou na condução de CPI na Câmara dos Deputados. Setor extremamente complexo, por sua extensa regulamentação, fragmentação e a participação de diversos segmentos (indústria, importadores, instituições hospitalares, financiadores, etc.), a Saúde no Brasil evidencia a necessidade de uma discussão contínua sobre o tema. Por isso, em 2016, a Anahp tornou “Ética: a Sustentabilidade da Saúde no Brasil” sua matéria principal durante ano. Durante a Feira Hospitalar, nos dias 18 e 19 de maio, levou o assunto ao evento em dois Seminários abertos ao público: “Compliance – Desenvolvimento no Mercado Brasileiro de Saúde” e “Novas Dimensões da Qualidade em Saúde”. A iniciativa reuniu 17 profissionais da Saúde, lideranças das principais instituições hospitalares do país e de entidades representativas do setor, em uma programação que contemplou cinco painéis expositivos e talk shows. A abertura dos trabalhos foi feita pelo Presidente do Conselho de Administração da Anahp, Francisco Balestrin. Ele destacou que o desafio é modificar o setor da melhor forma possível, dentro de um ambiente de sustentabilidade, de qualidade, de segurança e de tudo o que representa Compliance – que vai da conduta ética, ao cumprimento dos resultados à boa governança. “Queremos que todos os presentes saiam daqui enriquecidos com novos conhecimentos, sendo capazes de transmitir às suas instituições aquilo que de mais importante foi dito aqui. De modo que ao transformar vocês e seus hospitais, a Anahp deseja produzir transformações na Saúde do Brasil. Juntos, poderemos levar nossos valores e construir uma sociedade mais ética em nosso país”, enfatizou.

Executivos discutem as iniciativas de compliance nas instituições brasileiras.

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eventos

Setor discute Compliance Dia 18, no primeiro painel dedicado ao tema compliance, a Anahp convidou Viviane Miranda, Diretora de Auditoria, Gestão de Risco e Compliance do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), para relatar a experiência do Comitê Estratégico de Compliance da Anahp, criado pela entidade em 2016 e do qual ela é membro. Ela detalhou que os objetivos do Comitê se baseiam em estratégias, políticas, normas e procedimentos para a difusão e adoção da cultura de compliance no âmbito corporativo e clínico e revelou que o grupo iniciou pesquisa que avaliará o grau de compliance dos hospitais associados para definir as frentes que devem ser priorizadas. Outra ação será a formulação do Risk Assessment com todos os hospitais membros, para analisar quais são os pontos críticos e, assim, traçar a melhor forma de atuação no setor.

Hoje, a maior dificuldade que enfrentamos está na Comunicação e Treinamento, em saber como engajar, como tocar as pessoas de que o compliance é um caminho sem volta, uma realidade, uma necessidade para o agora”, Viviane Miranda.

“O compliance não se faz sozinho, todos devem estar integrados e possuir clareza do valor que o compliance tem para uma instituição. Hoje, a maior dificuldade que enfrentamos está na Comunicação e Treinamento, em saber como engajar, como tocar as pessoas de que o compliance é um caminho sem

Lições Moderado por Otávio Gebara, Diretor Clínico do Hospital

volta, uma realidade, uma necessidade para o agora”, disse.

Santa Paula (SP), o segundo painel, “Compliance – Cases

Viviane destacou a importância de investimentos na criação

de Sucesso”, contou com a participação de Reynaldo

de uma área ou grupo de trabalho de compliance nos

Goto, Diretor de Compliance da Siemens.

hospitais, que conte com a participação de gestores de

O executivo recordou o caso de corrupção em que a multinacional

diversas áreas e níveis da instituição, incluindo CEOs. Além

alemã se envolveu entre 2001 e 2007 (período investigado

disso, ela defende estender a atuação das entidades a

pelas justiças americana e alemã), no qual a companhia pagou

terceiros e fornecedores, fiscalizando-os e orientando-os, pois

subornos em troca de contratos com Governos de diversos

eles representam indiretamente a imagem dos hospitais.

países. O caso se tornou conhecido no Brasil graças à compra

Os investimentos devem se concentrar em duas frentes:

suspeita de trens para o metrô por parte do Governo de

preventiva e de detecção. “Ter um manual de conduta

São Paulo. O desfecho das investigações levou a empresa

bastante claro e abrangente, criar um mapa de riscos e

a ser condenada a pagar, em 2008, US$1,6 bilhão.

manter auditorias para monitorar o trabalho dos colaboradores

Por tudo isso, Goto ressaltou que não se trata exatamente de

e condutas suspeitas, tudo isso faz parte. Mas educar

um case de sucesso, mas sim de um grande ensinamento. “Pior

talvez seja o ponto principal, a prevenção”, explicou.

do que ter de pagar um valor enorme de multa é você presenciar bons profissionais partindo da sua empresa e indo para concorrentes porque não acreditam mais nela. Foi uma mancha enorme na imagem da Siemens”, relembrou. “Nós não fazíamos treinamentos, não tínhamos tanto rigor com esse assunto. O lado bom desse acontecimento foi que saímos dele muito mais fortalecidos. Depois que colocamos a casa em ordem, os resultados recentes da empresa foram alguns dos melhores de sua história”, completou. E fez um alerta. “Estamos há 10 anos investigando e sabemos que ainda não acabou. Uma coisa eu digo, se você não está preparado, não inicie um processo por conta própria, chame uma consultoria para te ajudar. Não é raro, nas investigações, você descobrir pessoas que estão agindo de forma criminosa. E crimes devem ser denunciados à Justiça ou você se torna cúmplice. Não é algo simples”, destacou. “É difícil mapear risco em compliance, pois é muito ingrato

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Otávio Gebara, Reynaldo Goto, Claudia Scarpim e Florence Oliva apresentam suas experiências com iniciativas de compliance.

perguntar às pessoas se elas são íntegras. Conforme algumas

O escândalo motivou a iniciativa, mas hoje o Instituto Ética

pesquisas, apenas metade das empresas têm riscos mapeados

Saúde ganhou vida própria, tem uma ação de mobilização de

e menos de 30% mapeiam riscos de compliance”, observou.

compliance integrado, mas não substitui as iniciativas das empresas

Florence Oliva, Gerente Executiva de Auditoria Interna e Controles

e dos prestadores de serviços, apenas as complementa.

Internos da Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP), compartilhou

“O Ética Saúde é um indutor da mudança de paradigma no setor da

a experiência de implementar o programa de compliance no

saúde, por meio da organização de um mecanismo de autorregulação

hospital. O grande desafio era mudar a cultura interna de uma

da conduta dos signatários, para definir regras claras entre as

instituição com 156 anos de existência e das dimensões que

empresas que participam do acordo e, assim, prevenir e controlar

o hospital possui – 1.200 leitos e 7.500 colaboradores.

todas as formas de corrupção e suborno”, salientou Claudia.

Segundo ela, a vontade de ser compliance deve começar

Segundo ela, pesquisas indicam que as duas maiores preocupações

pela alta administração. Na Beneficência, de acordo com

dos brasileiros hoje são a Saúde e a Corrupção, o que dá a

Florence, o processo de implantação do programa iniciou

dimensão da importância desse movimento, e identifica que

com o pleno entendimento do negócio, seus riscos, e onde

a legislação brasileira precisa avançar mais nessa pauta.

se quer chegar. “Com base na percepção de modelo de

“O crime de corrupção, segundo previsto em nossa

classificação de processos e com base na identificação dos

legislação, está relacionado ao exercício de funções

riscos, elaboramos um plano de auditoria que nos auxilia

públicas. Não há na legislação brasileira a tipificação do

muito. Além disso, nosso código de conduta foi revitalizado”.

crime de corrupção entre entes privados”, ponderou.

Outra iniciativa importante foi a intensificação e melhoria do Canal

Claudia também revelou como tem sido o trabalho do Canal de

de Denúncia, operado por consultoria especializada, que realiza pré-

Denúncias criado pelo Instituto Ética Saúde, e salientou que os

filtragem das queixas e direciona às áreas adequadas. “Uma coisa

números apresentados são assustadores e alarmantes. “Foram

que sempre me perguntam é o que poderia ocorrer com denúncias

366 denúncias e 1064 denunciados. O maior número de

que envolvessem a alta gestão. Para cada tipo de denúncia há um

denunciados até agora foi de distribuidores, com 414, e em

caminho pré-estabelecido para que a consultoria direcione a queixa

segundo lugar, de médicos, com 394. Cada um dos stakeholders

de modo que nenhum executivo da instituição, independente de

deve contribuir para acabarmos com esse grave problema,

seu nível hierárquico, consiga interferir no processo”, esclareceu.

que não é só de um, mas sim de todo o setor”, ressaltou.

Claudia Scarpim, Diretora Executiva da Associação Brasileira

“Vemos aí o enorme índice de denúncias contra médicos.

de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi),

Então, gostaria de argumentar que falta na educação médica

que lançou em 2015 o Ética na Saúde, acordo setorial de

brasileira a inclusão do tema compliance no currículo. Hoje, o

dispositivos médicos, afirmou que Abraidi conseguiu obter

médico se depara com uma realidade em que esse assunto

uma mobilização importante dentro do setor, impulsionada

já se faz muito necessário, ele deve estar preparado antes

pelas denúncia da Máfia das Órteses e Próteses, em 2015.

que ocorra”, opinou o moderador do painel, Otávio.

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eventos

Novas dimensões da qualidade na prática hospitalar Cerca de 150 pessoas participaram do Seminário sobre dimensões da qualidade durante a Feira Hospitalar 2016 “A complexidade da Saúde no Brasil demanda uma visão

operacional voltado para a eficiência e segurança, desenvolvido

ampla da qualidade, sob diversos ângulos. Mas como

no hospital a partir da construção de um novo prédio, de

medir a qualidade, avaliá-la e aprimorá-la?”, questiona o

grandes dimensões, que demandaria um aumento no número do

Diretor Executivo da Anahp, Carlos Figueiredo, na abertura

efetivo, o que era inviável. Após estudos para a definição de uma

do Seminário sobre “Novas dimensões da qualidade”,

solução, a escolha foi pelo concierge, um serviço que assumiu

realizado no dia 18 de maio, durante a Feira Hospitalar.

as funções de acolhimento, atendimento e controle, e tem se

Segundo Figueiredo, o Institute of Medicine dos Estados Unidos

mostrado bastante eficiente, otimizando todo o atendimento.

definiu, há mais de uma década, as dimensões de qualidade pelas

“Tiramos da responsabilidade da enfermagem algumas

quais os cuidados de Saúde devem ser avaliados: segurança,

funções que não precisam necessariamente de enfermeiros

efetividade, centralidade no paciente, oportunidade, eficiência

para serem feitas. Com essa redefinição de tarefas e áreas,

e equidade. Na época, foi objeto de estudo no País e, agora, o

passamos a solucionar 96% das demandas operacionais.

assunto é retomado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar

Antes, este indicador era de 76%”, comenta Ivana.

(ANS) a partir da ampliação do Programa de Monitoramento

A vivência do Hospital Samaritano (SP), em “cultura justa” foi

da Qualidade dos Prestadores de Serviços (QUALISS).

explicada pela Gerente de Qualidade da Instituição, Priscila

As experiências inovadoras dos hospitais associados da

Rosseto, que destacou ser a cultura da segurança algo

Anahp, apresentadas no Seminário, mostram a liderança

extremamente importante para a instituição. “Os funcionários

dessas instituições no mercado hospitalar brasileiro no que

precisam entender a responsabilidade que têm no cuidado e

diz respeito a atendimentos que preconizam a qualidade.

em como usar adequadamente a estrutura do hospital para

Ivana Siqueira, Superintendente de Atendimento e Operações do

isso, o que vai além de técnica e das melhores práticas, mas

Hospital Sírio-Libanês (SP), por exemplo, falou sobre o modelo

depende do cumprimento de evidências e protocolos”. Rosseto,

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Panorama Anahp

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Marta Fragoso, Afonso de Matos, Luis Eduardo Bettarello e Isabel Bonfim falam sobre a continuidade da atenção hospitalar.

inclusive, compartilhou que esta questão levou a formação de um grupo de discussão de “cultura justa” na instituição. Outra experiência sobre a qualidade, apresentada durante o seminário da Anahp, foi a do Hospital A. C. Camargo Cancer Center (SP), especializado em oncologia, que criou o Encontro com o Cuidador, um serviço de atendimento aos pacientes que não estão mais internados, mas que podem retornar e necessitam de assistência fora do hospital. Por isso, seus cuidadores devem adquirir conhecimentos para auxiliá-los com os dispositivos em uso, como sondas, entre outros. Isabel Miranda Bonfim, Gerente de Enfermagem do Hospital, mostrou os benefícios do projeto e como são realizados os encontros. Os desfechos adotados pelo Hospital Vita Batel (PR), após a

Os funcionários precisam entender a responsabilidade que têm no cuidado e em como usar adequadamente a estrutura do hospital”, Priscila Rosseto.

alta de um processo de cirurgia bariátrica, foi detalhado por Marta Fragoso, Gerente do Núcleo de Gestão de Segurança do Paciente Grupo Vita. O hospital de Curitiba é acreditado em Cirurgia Bariátrica pela Surgical Review Corporation e desenvolve um trabalho minucioso, com uma abordagem multiprofissional e de interação junto ao paciente, respaldado por uma estrutura física e humana para garantir a qualidade de vida.

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eventos Satisfação faz parte da experiência do paciente, que é algo bem maior, embasada em várias questões que o paciente tem durante o cuidado que recebe dos profissionais e da instituição”, Marcelo Alves Alvarenga. As tendências do mercado de saúde e a importância de valorizar as linhas de cuidados dos pacientes nas organizações, e assim obterem resultados sustentáveis, foi a abordagem de Afonso José de Matos, Diretor-presidente da Planisa. Luiz Felipe Gonçalves, Superintendente Médico assistencial do Hospital Mãe de Deus (RS), falou sobre a metodologia do “Planetree” que o hospital está implantando e a participação do paciente na reestruturação do serviço. Ele lembrou que o cuidado centrado no paciente vai além da questão da qualidade. Por isso é o foco de todas as instituições, que devem constantemente rever os modelos de atendimento e tecnologias desenvolvidas para um cuidado coordenado, que ainda encontra dificuldades de efetivação, principalmente em sistemas de saúde pouco estruturados, como existem no Brasil. Como o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) se adaptou às ações e experiências do paciente dentro da visão global foi explicada por Marcelo Alves Alvarenga, Gerente Médico do Escritório de Experiência do Paciente na instituição. “Em minha opinião, satisfação faz parte da experiência do paciente, que é algo bem maior, embasada em várias questões que o paciente tem durante o cuidado que recebe dos profissionais e da instituição”. Por isso, a experiência deve ser medida sob a ótica do paciente e sob a ótica da instituição, que se vale dos indicadores de qualidade e segurança. Luiz Felipe Gonçalves e Marcelo Alves Alvarenga falam sobre a experiência do paciente.

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Anahp lança

eventos

8ª edição do Observatório O estande da Anahp na Feira Hospitalar também foi palco para o lançamento do Observatório Anahp 2016

O Observatório Anahp está disponível para download no site e no aplicativo da Associação.

Mais de 200 pessoas acompanharam o lançamento da

de grau de investimento e desvalorização cambial, mais de 1,5 milhão

8ª edição da publicação que se tornou uma referência no

de desempregados em 2015, e aumento da incerteza no ambiente

mercado brasileiro de saúde. Diferente dos anos anteriores, no

de negócios. Este cenário político-econômico desfavorável impactou

entanto, esta edição do Observatório apresenta os reflexos

todos os setores da economia, e na saúde não foi diferente. Em

da deterioração da atividade econômica e da profunda

2015, houve redução de mais de 760 mil beneficiários de planos de

crise de confiança na política do Governo Federal.

saúde, resultante da recessão e do desemprego, interrompendo

Recuo do Produto Interno Bruto (PIB), inflação acima da meta, perda

a expansão do sistema de saúde suplementar dos últimos anos.

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Panorama Anahp

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Apesar deste cenário controverso para a economia brasileira, identificamos o enorme esforço dos hospitais Anahp em readequar seus gastos após um ciclo de expansão da capacidade de atendimento na última década”, Francisco Balestrin. Os indicadores da publicação demonstram desaceleração

Houve redução gradual das margens operacionais das instituições”

do ritmo de crescimento dos hospitais membros da Anahp,

explica Francisco Balestrin, Presidente do Conselho da Anahp.

crescimento das despesas superior ao das receitas, aumento

O Observatório Anahp 2016 também foi entregue ao Ministro da

do número de demissões e retração no ritmo de contratação

Saúde, Ricardo Barros, durante visita ao estande da Anahp na

de pessoal. Além disso, o setor continua a sentir os efeitos do

Hospitalar. Na ocasião, Balestrin comentou que estamos vivendo

envelhecimento populacional e das múltiplas comorbidades, que

um momento especialmente particular em nosso País. “Muitos

requerem cuidados cada vez mais complexos, exigindo que as

setores da economia precisam de uma maior atenção. Mas, a

instituições invistam em infraestrutura e eficiência do atendimento.

saúde, como o bem mais precioso do cidadão, necessita ser

“Apesar deste cenário controverso para a economia brasileira,

revista em vários aspectos. Esperamos que com as mudanças

identificamos o enorme esforço dos hospitais Anahp em readequar

recentes, possamos pensar em um sistema que aproveite melhor os

seus gastos após um ciclo de expansão da capacidade de

seus recursos, invista em uma gestão mais eficiente dos serviços,

atendimento na última década. O aumento do índice de custo

proporcionando o acesso a uma saúde de melhor qualidade e com

de internação, por exemplo, foi menor que a variação do IPCA.

mais segurança para o paciente”, ressaltou o Presidente da Anahp.

Ministro da Saúde, Ricardo Barros, visita o estande da Anahp na Hospitalar 2016.

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perfil

A nova cara da

saúde brasileira Elas são mulheres que comandam algumas das mais importantes instituições de Saúde do Brasil. Conversamos com as executivas que estão mudando o panorama do setor e contribuindo para que a igualdade de gênero seja discutida no país.

Especificamente em relação à área da Saúde, o trabalho de liderança de algumas mulheres têm inspirado mudanças no setor e demonstrado que há um caminho promissor para que a participação do gênero feminino se intensifique no segmento, principalmente em cargos de decisão.

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Em setembro de 2015, cerca de 80 líderes mundiais se reuniram em evento da Organização das Nações Unidas (ONU) para se comprometerem em acabar com a discriminação contra as mulheres até 2030. O pedido feito pelos organizadores foi para que desde já incluíssem em suas agendas de Governo ações concretas para reduzir as diferenças de gênero em seus países. Entre outros fatores, a inciativa foi motivada por recente relatório da ONU Mulheres, entidade oficial das Nações Unidas, que constatou que a liderança feminina em esferas políticas e sociais ainda é bastante modesta – em poucos países do mundo existem vozes femininas representadas em quantidade equânime nas decisões econômicas, estruturais e culturais das nações. No Brasil, o número de mulheres em cargos de liderança obteve um leve aumento este ano em relação a 2015, de acordo com a pesquisa International Business Report (IBR) – Women in Business, realizada pela Grant Thornton, em 36 países. Houve queda de 4 pontos percentuais no volume de empresas no país sem mulheres


em cargos de liderança: de 57% para 53%. Segundo as informações, em 2015, 5% das mulheres ocupavam cargos de CEO e CFO em empresas brasileiras. Felizmente, em 2016, para as duas posições, o número mais do que dobrou, atingindo 11%. O estudo, que ouviu 5 mil empresários em mais de 36 países, também demonstrou que na América Latina apenas 18% das funções de gerenciamento sênior são ocupadas por executivas, dado que se manteve estável no último ano. Apesar dos avanços obtidos recentemente, o panorama apresentado ainda está distante do ideal. Na comparação com dados globais, a média na América Latina, por exemplo, ainda está abaixo dos 24% que se remetem à diversidade de lideranças no mundo. É consenso que é necessário intensificarmos o debate de inclusão e igualdade de oportunidades, produzindo ideias capazes de proporcionar uma tendência de futuro mais justo em qualquer que seja o segmento econômico. Especificamente em relação à área da Saúde, o trabalho de liderança de algumas mulheres têm inspirado mudanças no setor e demonstrado que há um caminho promissor para que a participação do gênero feminino se intensifique no segmento, principalmente em cargos de decisão. Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP); Maria Norma Salvador Ligório, Vice-presidente Financeira, Administrativa e Comercial da Rede Mater Dei de Saúde (MG); Solange Beatriz Palheiro Mendes, Presidente da FenaSaúde – Federação Nacional de Saúde Suplementar; e Claudia Scarpim, Diretora Executiva da Abraidi – Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes; estão entre estas mulheres expoentes da Saúde brasileira, que vêm desbravando um ambiente predominantemente masculino no Brasil.

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perfil

Uma reunião, um novo destino Foram cinco meses de conversas até que no início de 2009, teve, em suas palavras, o privilégio de ser escolhida para ingressar em um novo segmento: a Saúde. Denise tornou-se a primeira mulher a comandar uma rede de hospitais no Brasil, assumindo a presidência do Hospital e Maternidade São Luiz, onde atuou por três anos.

Em 2008, bem estabelecida em sua carreira, Denise foi convidada a

a assustou e a fez sair de lá pensativa.

se reunir com um headhunter da consultoria Spencer Stuart.

“Inicialmente fui sondada para uma posição na área de Serviços,

Formada em engenharia elétrica pela Faculdade de Engenharia

mas era no segmento de Mídia. No final da conversa percebemos

Industrial de São Paulo (FEI) em 1990, Denise iniciou a sua trajetória

que a vaga não combinava muito comigo. Eu já me sentia

profissional na Siemens como trainee, e em 1996 assumia o cargo

bastante contente por ter sido considerada para uma posição

de Gerente de Contratos e Projetos da área de telecomunicações –

que era totalmente fora do meu segmento. Me motivava uma nova

redes de infraestrutura fixa. Não demorou muito para assumir a sua

experiência profissional em um projeto com uma causa bastante

primeira Diretoria, em 2000, na Divisão de Redes Micro-ondas, onde

nobre e importante por trás, um projeto de transformação mútuo, em

foi responsável pela implantação das primeiras torres de rádio para

que eu pudesse agregar e aprender”, relembra.

rede de comunicação móvel no país (tecnologia GSM).

“Até que surgiu um insight, e ele me apresentou um projeto que era de

Dois anos depois, tornava-se Diretora de Operações de Redes

um hospital. Vou confessar que tomei um susto quando soube que se

Móveis para América Latina. Em 2004, como Diretora para a área de

tratava de um cargo de liderança em hospital. Realmente nunca tinha

celulares, foi responsável pelo desenvolvimento do varejo brasileiro em

me imaginado em uma instituição hospitalar. Mas saí de lá pensando:

aparelhos celulares, anteriormente comercializados apenas nas lojas

por que não?”, completa.

de operadoras. Caminho que a levaria, em 2006, a ser responsável

Foram cinco meses de conversas até que no início de 2009, teve, em

por cuidar da venda dessa divisão da Siemens para a BenQ Mobile,

suas palavras, o privilégio de ter sido escolhida para ingressar em

em um negócio de 1 bilhão de dólares, que culminou em sua ida para

um novo segmento: a Saúde. Denise tornou-se a primeira mulher a

BenQ, onde tornou-se CEO BenQ Mobile no Brasil por dois anos.

comandar uma rede de hospitais no Brasil, assumindo a presidência

Naquele dia, no breve encontro marcado pelo headhunter, Denise

do Hospital e Maternidade São Luiz, onde atuou por três anos.

era, portanto, uma executiva experiente. Há quase 18 anos atuava

“Uma das minhas maiores alegrias foi que eu seria nova para o

em multinacionais. Ainda assim, algo naquela conversa

ambiente e o ambiente seria novo pra mim. Esse é um privilegio que

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Muito evoluímos em prol da diversidade, não apenas de gênero, mas de grupos sociais distintos. É fato que nos cargos de alta liderança, especialmente diretoria e C-Level, ainda temos uma predominância masculina, porém, a exemplo da Beneficência, encontramos cada vez mais um número maior de empresas onde temos mulheres no alto comando”.

Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP).

poucas pessoas têm, principalmente num avançar de carreira. Era

desempenhar um cargo de liderança mesmo em meio a um segmento

algo que eu queria muito fazer, me aproximar do consumidor final e o

prevalentemente masculino, como ocorre na Saúde.

hospital tem uma coisa muito legal que é essa proximidade que você

“Enfrentei um processo ao longo da vida de ser a minoria e me

necessariamente tem que ter com as pessoas. Não foi preciso muito

adaptar. Para começar, eu cresci nesse universo masculino. Sou

tempo para que eu me apaixonasse pelo setor”, afirma.

gêmea de um menino. Eu e meu irmão Beto crescemos juntos.

Ela chegava à Saúde em um momento de transição. Comandada por

Quem você acha que brincava com quem? Eu tinha que seguir as

familiares e médicos, as instituição começava a trazer executivos de

brincadeiras dele, de bola e carrinho. Eu fiz engenharia e me formei

outros setores, em busca de uma gestão mais profissionalizada.

em 1990. Na minha turma, de 60, éramos apenas 5 mulheres, hoje

Denise chegou ao Hospital São Luiz (SP) em 2009, foi a segunda CEO

essa proporção deve ser muito mais equilibrada”, aponta.

da instituição e a primeira mulher. “Eu trazia para o meio hospitalar

Sobre as características que as mulheres agregam a ambientes

um domínio grande de processos, metodologias, o que ajudou muito

mais ‘masculinizados’, ela acredita que a sensibilidade da mulher

no avanço do hospital. Por outro lado, tive de assimilar uma série de

complementa o ambiente de trabalho, por vezes mais racional quando

coisas peculiares desse segmento. Quase todas as profissões são

visto sob um olhar masculino.

colecionáveis dentro de um hospital. É uma diversidade de pessoas.

“Hoje, possuímos mais de 7 mil colaboradores e 72% desse quadro

Além do que, não é como uma fábrica, que apaga as luzes e fecha

é composto por mulheres. Desse total, 192 mulheres ocupam cargos

a porta. Hospitais têm atividade contínua. Pessoalmente, foi uma

de liderança no hospital – o que representa 67,84% dos líderes da

adaptação importante, uma rotina nova de vida”, enfatiza.

instituição. Não foram apenas as mulheres que passaram a ocupar

Atualmente CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP),

um novo papel na sociedade, os homens também passaram por

Denise diz que as dificuldades que enfrentou em sua carreira

um processo de transformação e hoje são mais colaborativos nas

estiveram muito mais ligadas às responsabilidades de cada

atividades domésticas. Acredito que aos poucos essas diferenças

cargo do que ao fato de ser mulher, e que não se incomoda em

tendem a ser mais reduzidas”, finaliza.

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perfil

História de família

O homem é mais focado. Isso não quer dizer que somos melhores ou piores, só temos uma capacidade maior de enxergar mais coisas ao mesmo tempo, uma percepção do ambiente diferente do homem de maneira geral. Tanto na Saúde, quanto em qualquer outra área, a mulher tem seu espaço como o homem também tem”.

Maria Norma Salvador Ligório, Vice-presidente Financeira, Administrativa e Comercial da Rede Mater Dei de Saúde (MG). Quando, em 1985, se formou em Medicina na Faculdade de

aumentado. “A diferença da época da mamãe para cá é enorme”, diz.

Ciências Médicas de Minas Gerais, Maria Norma Salvador Ligório

Segundo ela, a Rede Mater Dei é um exemplo dessa mudança. “Tem

já se espelhava no exemplo dos pais. Ambos médicos, eles haviam

muito mais mulher no Hospital hoje do que homem, inclusive em

fundado o Hospital Mater Dei cinco anos antes, em 1980, e desde

cargos de gestão. Na hora de escolher um gerente, todos têm a

muito cedo ela havia aprendido a importância de cuidar das pessoas.

mesma capacidade e oportunidades”.

Maria Norma e seus irmãos sempre viram a dedicação e o carinho

Primeira mulher a integrar o Conselho de Administração da Anahp,

com que os pais tratavam os pacientes, e o sonho que tinham de

Maria Norma acredita que foi uma questão de oportunidade que a

construir um hospital com um atendimento mais humanizado.

levou a compor o Conselho – possivelmente devido à região que

“Este modelo, este exemplo, sempre me chamou atenção. Sempre

ela representa –, já que existem outras mulheres à frente de outras

quis trabalhar com pessoas, e vi na Medicina uma forma de me

instituições de Saúde.

realizar, especialmente na área de Obstetrícia: fazer um ser nascer é

Única mulher em meio a oito homens – na Anahp, o modelo de

muito bacana, muito prazeroso. Hoje, me divido entre a gestão e a

governança corporativa tem por princípio a eleição de representantes

medicina”, recorda.

para todas as regiões do Brasil em que há associados. Para o último

Vice-presidente Financeira, Administrativa e Comercial da Rede Mater

triênio foram escolhidos nove conselheiros, de seis regiões –, Maria

Dei de Saúde, Maria Norma afirma que foi criada em uma família

Norma diz não sentir nenhuma diferença de tratamento por ser minoria.

que sempre a ensinou a respeitar o papel da mulher e do homem

“Homens e mulheres têm características diferentes. Nós, quando

igualmente. Mesmo tendo irmãos homens, seus pais sempre deram

engravidamos, lidamos com o cuidar, nos dividimos entre o trabalho

responsabilidades e oportunidades iguais a todos.

e os filhos. Precisamos ser polivalentes, mas isso acaba sendo

“Fomos acostumados assim, sem diferenças entre homem e mulher.

nosso diferencial: conseguimos dar conta de muito mais coisas

Eu tenho exemplos em casa: minha mãe foi uma das únicas mulheres

ao mesmo tempo. O homem é mais focado. Isso não quer dizer

médicas na época dela. Ela veio de Feira de Santana, na Bahia, para

que somos melhores ou piores, só temos uma capacidade maior

estudar medicina e morar com os tios dela aqui em Belo Horizonte. Em

de enxergar mais coisas ao mesmo tempo, uma percepção do

sua sala na faculdade havia uma ou duas mulheres. Após a formatura,

ambiente diferente do homem de maneira geral. Tanto na Saúde,

casou-se, continuou aqui e exerce a Medicina até hoje”, relata.

quanto em qualquer outra área, a mulher tem seu espaço como o

Maria Norma acredita que o número de mulheres médicas têm

homem também tem”, comenta.

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Preconceito velado Diretora Executiva da ABRAIDI – Associação Brasileira de

há pessoas que julgam as profissionais da área da saúde pelo gênero,

Importadores e Distribuidores de Implantes, Cláudia Scarpim

é por que ainda há mudanças a serem feitas e isso acontecerá com

iniciou sua história na associação em 2012, naquela época, como

demonstrações de conhecimento e competência”, explica.

representante de uma empresa associada. Foi coordenadora

E ilustra o que passa com um caso real. “Estive em um órgão ligado

de vários grupos de trabalho e alcançou o cargo eletivo de vice-

ao Governo recentemente para uma apresentação e o servidor me

presidente. Em 2015, assumiu a diretoria executiva da instituição e hoje

perguntou: mas você veio sozinha? Nenhum diretor veio com você?

também está à frente do Instituto Ética Saúde, entidade que promove

Teremos umas 20 pessoas na reunião... sorri e respondi, ontem fiz

uma mudança de paradigma no setor no tocante à ética e integridade,

essa mesma palestra para 300 pessoas, acho que dou conta de falar

atuando na prevenção e controle de todas as formas de suborno e

para 20”, relembra. E finaliza: “A mulher sempre busca entregar o seu

corrupção na área de medical devices.

melhor porque tem que constantemente provar o seu valor”.

Foi a primeira Diretora-executiva da entidade, que possui ainda três mulheres em seu Conselho de Administração. Advogada de formação e especialista em gestão, compliance e outras áreas ligadas à Saúde, iniciou sua trajetória no setor em 2007. Para Cláudia, uma de suas principais características é não ter medo de desafios. “Enfrento-os com coragem e determinação. Sou também muito pragmática e objetiva”, afirma. A executiva considera que as mulheres vêm, paulatinamente, ganhando espaço, seja em cargos públicos ou privados e conseguindo romper barreiras históricas de desigualdade de gêneros, com competência, profissionalismo e muita sensibilidade. “Eu particularmente creio em meritocracia e os méritos independem do gênero. O que precisamos romper são as barreiras do preconceito e as mulheres devem ser reconhecidas por suas habilidades técnicas, sua capacidade de articulação, de relacionamento e assertividade. Não tenho dúvida que este quadro já está se alterando, uma prova disso é esta edição pensada pela Anahp e dedicada inteiramente a ouvir e prestigiar mulheres do setor. São ações como estas que rompem as barreiras do preconceito e certamente são capazes de contribuir para o empoderamento da mulher. As mulheres vêm avançando, é apenas uma questão de tempo para corrigirmos as diferenças históricas”, enfatiza.

Claudia Scarpim, Diretora Executiva da Abraidi.

Apesar do otimismo, Cláudia fala sobre os desafios de ser mulher em uma área em que os homens são maioria. “Eu acho que o maior desafio é o preconceito velado. Todas as vezes que faço interações com pessoas que não me conhecem, eu me preparo para uma sabatina de perguntas, sobre assuntos diversos, muitas vezes desconexos com o tema da interação, seja uma reunião, um seminário, ou um simples encontro com pessoas do setor, é como se eu estivesse sendo testada sobre os meus conhecimentos e que este teste é uma

Estive em um órgão ligado ao Governo

nota de corte para o que virá dali para frente. É como se ouvisse: ah tá

recentemente para uma apresentação e o servidor

bem, ela sabe o que está falando, podemos continuar...”, aponta.

me perguntou: mas você veio sozinha? Tem

Adaptada a este ambiente, diz não ver a situação de forma

certeza? Nenhum diretor veio com você?

completamente negativa. “Conquistar essa credibilidade me enche

Teremos umas 20 pessoas na reunião... sorri e

de orgulho e me motiva a superar as barreiras e conquistar esse

respondi, ontem fiz essa mesma palestra para 300

espaço, que é das mulheres tanto quanto é dos homens. Vencer o

pessoas, acho que dou conta de falar para 20”.

preconceito, seja de gênero, racial, religioso, é uma tarefa de todos nós que queremos construir uma sociedade mais equânime. Se ainda

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Competência não tem sexo operadoras de planos e seguros de assistência à saúde –, onde já havia atuado entre 2006 e 2010 como Diretora-executiva. Em relação a ser a primeira mulher a assumir a Presidência de uma entidade representativa do setor de seguros, explica que “nunca valorizou essa questão de gênero”. “Esse não é o meu ponto, mesmo agora como Presidente da FenaSaúde. Em minha vida profissional, sempre orientei meu trabalho para a busca de resultados. Assim, é preciso entender que qualquer executivo, homem ou mulher, tem condições de conquistar o respeito dos colegas e do mercado, obtendo apoio para que resultados e realizações venham naturalmente e ganhem reconhecimento”, pondera. Sobre o setor de seguros, avalia que o mercado agrega um número cada vez maior de mulheres, o que sem dúvida se trata de uma conquista, e destaca que profissionais do sexo feminino vêm conquistando cada vez mais cargos de liderança, em todos os setores. “Um líder – homem ou mulher – precisa estar aberto ao diálogo para tomar decisões que gerem resultados positivos. Nesse sentido de geração de valor, a racionalidade é uma característica bem feminina e que contribui de forma decisiva. Aliada a esse poder de decisão, a sensibilidade permite a conciliação de Solange Beatriz Palheiro Mendes, Presidente da FenaSaúde.

vários interesses para as realizações diárias, tanto nos negócios quanto nas relações pessoais. Diante das conquistas das

Formada em Direito, Solange Beatriz ingressou no Banco do Brasil

mulheres, a sociedade vem amadurecendo. A questão de

em 1978. Foi Assessora Jurídica no Conselho Interministerial de

gênero no mercado de trabalho vem sendo superada”, opina.

Preços (CIP), em 1986, e em seguida assumiu a Procuradoria Geral

Ao se considerar uma profissional pautada pela determinação, com

da Superintendência Nacional de Abastecimento (Sunab), em 1992.

foco em resultados e execução, além de corajosa e brutalmente

O início no mercado de Seguros ocorreu em 1995, como Secretária-

sincera e direta, Solange diz que nunca teve problemas no mercado

Geral na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Em

de trabalho pelo fato de ser mulher, muito menos foi discriminada.

2004, foi para o setor privado como Diretora-executiva de Saúde

“Em todos esses anos de profissão, um dos momentos mais

na Fenaseg. Após ser Diretora-executiva da CNseg, assumiu

importantes foi conciliar a dupla jornada de trabalho em razão da

em fevereiro desse ano a presidência da Federação Nacional de

maternidade, pois é preciso manter atenção redobrada o tempo

Saúde Suplementar (FenaSaúde) – entidade representativa de

inteiro, tanto no ambiente profissional quanto pessoal”, relembra.

24% 18%

Cargos de liderança ocupados por mulheres

Mundo

Fonte: International Business Report (IBR) – Women in Business

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América Latina

33%

das empresas em todo o mundo ainda NÃO possuem mulheres na gerência sênior.


A 3M entende os seus desafios e se dedica para tornar seu trabalho mais fácil, com produtos e soluções confiáveis e de qualidade.


membros

notas membros Hospital de Niterói investe mais de R$100 milhões em projeto de expansão O Complexo Hospitalar de Niterói, antes chamado de Hospital das Clínicas de Niterói, passou por um reposicionamento, onde deixa de ser um hospital geral e passa a operar clínicas ou hospitais especializados dentro de um complexo. Tal reposicionamento permite o foco em expansão e a garantia da qualidade em diferentes áreas clínicas. No total, em todas as fases do projeto de expansão, serão mais de 100 milhões de reais em investimento. “O hospital foi, cada vez mais, se especializando em algumas coisas que estavam carentes na cidade. Hoje, temos 257 leitos em 17 mil m² construídos, uma maternidade com espaço dedicado e RFID para rastreamento dos bebês, leitos para queimados e uma grande variedade de serviços.”, disse Ilza Fellows, Diretora Geral do hospital. A expansão da unidade de maternidade teve um investimento de 35,5 milhões de reais. Já os próximos projetos envolvem a construção da Unidade 4, já em andamento, com investimento em obra na ordem de 100 milhões de reais. Um dos indicadores para a tomada de decisão foi a taxa de ocupação atual dos leitos, de 90%. “O ideal é trabalhar na faixa dos 84, 85%. Ter 90% significa que, em alguns momentos, você tem uma taxa de 100% de ocupação”, disse Ilza. Além disso, a última fase do projeto contempla a reforma de algumas áreas, como a entrada principal do hospital, com um investimento de mais de 26 milhões de reais previsto para o ano de 2018.

Hospital inaugura nova Unidade de Internação com 15 suítes O Hospital Santa Catarina de Blumenau inaugurou a nova Unidade de Internação, a Unidade C3. Com 15 suítes, 13 convencionais, 1 de isolamento e 1 máster totalmente automatizada, a Unidade possui ambientes diferenciados e finamente decorados, observando rigorosamente as determinações da RDC50 e as novas tendências de hotelaria e humanização. De acordo com o Diretor-superintendente Maciel Costa, a ampliação representa um crescimento de 15% no número de leitos do Hospital, o que vai gerar um potencial de 100 novas pessoas atendidas por mês, além de 35 novos postos de trabalho “A última ampliação de leitos foi realizada há mais de 20 anos”, destacou. A obra que totalizou um investimento de cerca de R$ 3 milhões faz parte do Plano Diretor de Obras e prevê ainda uma nova Clínica de Oncologia, projetada para ser uma das mais conceituadas de Santa Catarina.

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Hospital Alemão Oswaldo Cruz inaugura Centro de Infusão de Imunobiológicos e outras terapias O Hospital Alemão Oswaldo Cruz acaba de inaugurar o serviço de Infusão de Imunobiológicos e outras terapias Infusionais para tratamento de doenças autoimunes. Os medicamentos imunobiológicos são derivados de anticorpos humanos ou de origem animal, modificados em laboratório, que atuam sobre determinadas células malignas ou células do sistema imunológico que estejam atacando as células e tecidos do paciente, causando as doenças autoimunes. A atuação dos agentes imunobiológicos elimina ou impede o desenvolvimento das células anormais. A medicação é, geralmente, administrada por via endovenosa para portadores de diversas enfermidades como artrite reumatoide, lúpus, psoríase, espondilite anquilosante, esclerose múltipla e doença de Crohn. O serviço é oferecido pela Unidade Campo Belo do Hospital e possibilita que o paciente seja atendido de forma humanizada por médicos e enfermeiros com vasta experiência em terapia monoclonal e infusional, garantindo atendimento personalizado, confortável e que cumpre todos os protocolos de qualidade e segurança do paciente.

Home Doctor atinge pela terceira vez o nível máximo na escala de acreditação A Home Doctor foi acreditada pela 3ª vez em Nível de Excelência (Nível III), pela Organização Nacional de Acreditação – ONA. O processo de auditoria foi realizado pela IQG – Health Services Accreditation, que avaliou o sistema de gestão da qualidade da Home Doctor. Ao entregar o relatório no encerramento da auditoria, a avaliadora Ana Flávia Félix, do IQG, destacou: “É inegável e indiscutível, desde o momento em que abrimos a visita, o compromisso da instituição com a segurança do paciente e com a melhoria contínua. A liderança nos deu todo o suporte, mostrando seus resultados com transparência”. A conquista da recertificação pela Home Doctor é uma garantia da qualidade do atendimento aos pacientes e tranquilidade para seus familiares. “A acreditação traz maior visibilidade e credibilidade no mercado e mais transparência nas relações com os clientes”, afirma Cláudio Flauzino, Diretor Executivo. De acordo com ele, a Home Doctor já iniciou sua preparação para obter a acreditação Canadense, que é complementar ao modelo da ONA, porém, com abrangência internacional.

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membros

Hospital Marcelino Champagnat investe meio milhão em aparelho 3D para realização de cirurgias complexas Referência em procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, o Hospital Marcelino Champagnat segue investindo em tecnologia. Neste mês, a instituição importou da Alemanha uma câmera 3D que permitirá melhor acesso e visualização de tumores e nervos em procedimentos realizados por diferentes especialidades. O Hospital é a primeira instituição de saúde do sul do país a adquirir a tecnologia SPIES – Storz Professional Image Enchancement System, que permite iluminar a imagem endoscópia, aumentar ou apresentar tecidos de forma diferenciada, mediante diferentes tonalidades cromáticas, no mais alto nível de qualidade FULL HD. Para o cirurgião do aparelho digestivo, Caetano Marchesini “o uso dessa nova tecnologia, sem dúvida, trará mais realismo aos procedimentos feitos por vídeocirurgia, uma vez que as imagens transmitidas através da tecnologia anterior obrigam o cirurgião a trabalhar apenas com as referencias espaciais de lateralidade, isto é, não há a percepção de profundidade, que é o terceiro plano (3D)”. Com o investimento de R$ 500mil, o hospital espera aumentar o número de cirurgias realizadas mensalmente e garantir ainda mais segurança e resolutividade cirúrgica aos seus pacientes.

Einstein é certificado pela American College of Radiology O Hospital Israelita Albert Einstein recebeu a acreditação máxima nos Serviços de Ressonância Magnética pela American College of Radiology, uma das instituições mais influentes da Medicina de Imagem no mundo. O Einstein foi a primeira instituição a obter este selo de qualidade na América Latina. Foram 12 equipamentos simultaneamente acreditados, em todas as unidades. A ACR já certificou também os Serviços de Tomografia, Ultrassonografia e Mamografia.

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Excelência por princípio!

Instituições Membros Associados Titulares

Associados

Afiliados

Beneficência Portuguesa de São Paulo

Hospital Madre Teresa

Hospital Santa Izabel

AACD – Associação de

Home Doctor

Casa de Saúde São José

Hospital Mãe de Deus

Hospital Santa Paula

Assistência à Criança Deficiente

Pronep Lar

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Hospital Márcio Cunha

Hospital Santa Rosa

Hospital Adventista de Manaus

SOS Vida

Complexo Hospitalar Niterói

Hospital Mater Dei

Hospital São Camilo Pompeia

Hospital Aliança

Hospital A. C. Camargo – Câncer Center

Hospital Memorial São José

Hospital São José

Hospital Evangélico de Londrina

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Hospital Meridional

Hospital São Lucas

Hospital Marcelino Champagnat

Hospital Anchieta

Hospital Metropolitano

Hospital São Lucas de Aracajú

Hospital Novo Atibaia

Hospital Bandeirantes

Hospital Moinhos de Vento

Hospital São Luiz – Unid. Itaim

Hospital Pilar

Hospital Barra D’Or

Hospital Monte Sinai

Hospital São Rafael

Hospital Primavera

Hospital Brasília

Hospital Nipo-Brasileiro

Hospital São Vicente de Paulo

Hospital Santa Catarina de Blumenau

Hospital Cardiológico Costantini

Hospital Nossa Senhora das Graças Hospital Saúde da Mulher

Hospital Copa D’Or

Hospital Nove de Julho

Hospital Sírio-Libanês

Hospital Santa Marta

Hospital Dona Helena

Hospital Porto Dias

Hospital VITA Batel

Hospital Santo Amaro

Hospital do Coração – HCor

Hospital Português

Hospital VITA Curitiba

Hospital São Mateus

Hospital e Maternidade Brasil

Hospital Pró-Cardíaco

Hospital VITA Volta Redonda

Hospital Sepaco

Hospital e Maternidade Santa Joana

Hospital Quinta D’Or

Santa Casa de Maceió

Hospital Vera Cruz

Hospital Esperança

Hospital Rios D’Or

Vitória Apart Hospital

IBR Hospital

Hospital Felício Rocho

Hospital Samaritano

Imperial Hospital de Caridade

Hospital Infantil Sabará

Hospital Santa Catarina

Policlínica de Cascavel

Hospital Israelita Albert Einstein

Hospital Santa Cruz

Real Hospital Português

anahp

anahpbrasil

Hospital Santa Lúcia

anahp


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