Panorama Set.Out.2016

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Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – setembro | outubro 2016

Os desafios dos processos de contas

hospitalares

Hospitais, operadoras e ANS debatem a falta de padrão para uma terminologia adequada, glosas e a necessidade de revisão de processos. Pág. 20

Opinião: O desejo genuíno de uma saúde mais ética. Pág. 06

“Temos recursos limitados do orçamento, e sempre teremos essa limitação”, afirma Ministro da Saúde em entrevista ao Panorama Anahp. Pág. 16


Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – setembro | outubro 2016

03 editorial

32 perfil

06 opinião

36 membros

Para contribuir com a discussão e com o desenvolvimento de melhores práticas na área de padronização de materiais - ponto fundamental nos processos de contas hospitalares - a Anahp promoveu um estudo de caso sobre o stent farmacológico para artérias coronárias

O desejo genuíno de uma saúde mais ética Leia o artigo de Francisco Balestrin, Presidente do Conselho de Administração da Anahp, e Claudia Scarpim, Diretora Executiva do Instituto Ética Saúde

10 Anahp por dentro

A partir de 2017, além dos indicadores de performance, o SINHA passará a contar com o Programa DRG e indicadores de desfecho. Saiba mais!

16 saúde

Em entrevista ao Panorama Anahp, Ministro da Saúde, Ricardo Barros, fala sobre gestão e o orçamento do setor, as alternativas para melhorar o acesso e a qualidade do sistema de saúde, a composição do Ministério e o futuro das Agências Reguladoras.

26 eventos

Belém, no Pará, reúne 200 pessoas para debater o tema Ética: A Sustentabilidade da Saúde no Brasil

Mesmo em cenário adverso, a White Martins acredita que a preocupação da sociedade com a saúde e o envelhecimento da população são fatores que contribuíram para a resistência do mercado de saúde, sobretudo, na iniciativa privada.

Hospitais associados investem em expansão e qualidade assistencial

Capa saúde

Saiba mais sobre os desafios e soluções do processo de contas hospitalares. Pág 20

Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – setembro | outubro 2016

Os desafios dos processos de contas

hospitalares

Hospitais, operadoras e ANS debatem a falta de padrão para uma terminologia adequada, glosas e a necessidade de revisão de processos. Pág. 20

Opinião: O desejo genuíno de uma saúde mais ética. Pág. 06

“Temos recursos limitados do orçamento, e sempre teremos essa limitação”, afirma Ministro da Saúde em entrevista ao Panorama Anahp. Pág. 16


Caro leitor Para contribuir com a discussão e com o desenvolvimento de melhores práticas na área de padronização de materiais, a Anahp promoveu um estudo de caso sobre o stent farmacológico para artérias coronárias”.

Poucas questões são tão complexas e exigem tanto dos hospitais

os sistemas de informação do Sistema Único de Saúde (SUS);

como os processos que envolvem contas hospitalares. Eles

e fortalecer o Complexo Industrial da Saúde, entre outras

exigem empenho tanto de hospitais como de operadoras e

medidas. Ricardo também garantiu que, apesar do período de

seguradoras, pressionam o órgão regulador por mais medidas e

recessão, “os convênios assumidos serão todos cumpridos”.

também impactam no índice de glosas dos agentes envolvidos.

Veja também a cobertura do seminário “Ética: A

Esse é o principal assunto desta edição do Panorama, que traz a

sustentabilidade da saúde no Brasil”, edição que ocorreu em

cobertura de um workshop sobre o assunto, realizado no último

Belém, no Pará, no último mês de agosto. Tema de 2016

mês de setembro. Nele, reunimos representantes de hospitais,

dos eventos e seminários realizados pela Anahp, o assunto

operadoras de saúde e também do órgão regulador para apresentar

também é explorado em artigo nesta publicação. Dados

cases e soluções para esse difícil processo dentro das entidades.

alarmantes do Instituto Ética Saúde são compartilhados.

Para contribuir com a discussão e com o desenvolvimento

Por fim, aproveito para convidar a todos para o 4° Conahp –

de melhores práticas na área de padronização de materiais -

Congresso Nacional de Hospitais Privados, que ocorre dias 16,17,18

ponto fundamental nos processos de contas hospitalares -

de novembro de 2016, abordando o tema “Ética: A sustentabilidade

a Anahp promoveu um estudo de caso sobre o stent

da saúde no Brasil”. Lá, discutiremos em profundidade as ações

farmacológico para artérias coronárias. Os resultados do

necessárias para um setor mais ético e sustentável. Até lá!

estudo foram apresentados durante o evento, e o leitor poderá conferir as informações nesta mesma reportagem.

Boa leitura!

Ainda nesta edição, confira a entrevista com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros. Nela, ele elenca as prioridades para seu mandato como: melhorar a gestão e o financiamento do setor para promover a saúde e prevenir as doenças; aperfeiçoar

Francisco Balestrin Presidente do Conselho de Administração

Associação Nacional de Hospitais Privados

Panorama Anahp

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Panorama Anahp

Conselho de Administração Presidente: Francisco Balestrin | H. Vita Curitiba – PR

Diamond

Vice-Presidente: Antônio C. Kfouri | H. do Coração (HCor) – SP Eduardo Amaro | H. e Maternidade Santa Joana – SP Fernando Torelly | H. Sírio-Libanês – SP Francisco Eustácio Vieira | H. Santa Joana – PE Henrique Neves | H. Israelita Albert Einstein – SP José Ricardo de Mello | H. Santa Rosa – MT José Roberto Guersola | Hospital Barra D’Or – RJ Maria Norma Salvador Ligório | H. Mater Dei – MG

Expediente

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Panorama é uma publicação bimestral da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados. Jornalista Responsável Evelyn Tiburzio – MTB 11.385/MG Redação Evelyn Tiburzio Maria Carolina Buriti Conselho Editorial Carlos Figueiredo Evelyn Tiburzio

Silver

Direção de Arte Luis Henrique Lopes Fotos Gustavo Rampini Shutterstock Tiragem 3.500 exemplares

Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados Rua Cincinato Braga, 37 – 4º andar – São Paulo – SP www.anahp.com.br – 11 3178.7444

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Opinião

O desejo genuíno de uma

saúde mais ética

* Francisco Balestrin e Claudia Scarpim

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Frequentemente falam de ética como se o simples fato de

A iniciativa, no entanto, acabou ganhando proporção e

pronunciar esta palavra mágica fosse o suficiente para que

importância singular e teve seu escopo de atuação ampliado

ela adquirisse validade. Essa, no entanto, não é bem uma

para congregar os demais atores do segmento saúde e ser

verdade - haja vista a quantidade de casos de corrupção no

disponibilizada como uma importante ferramenta para a

Brasil, de empresas que aparentemente tinham regras claras

mobilização e a transformação do mercado de dispositivos

e bem estabelecidas de compliance e outras iniciativas com

médicos, tornando-se atualmente um Instituto independente,

o objetivo de mitigar condutas e práticas inadequadas.

que desempenha um trabalho contínuo neste sentido.

Nas últimas décadas, este contexto foi agravado por grandes

Informações da Abraidi relatam que no Brasil há 14.482 empresas

escândalos que repercutiram mundialmente, como as falências da

atuando no mercado de Dispositivos Médicos Implantáveis (DMI), que

Enron e Worldcom em 2001, o escândalo do Lehman Brothers em

geram mais de 135 mil empregos diretos. Em 2013 o país ocupou o

2008, a fraude financeira do Banco Panamericano em 2011, e mais

11º lugar no mundo em relação ao Consumo de DMI, movimentando

recentemente os desvios investigados na Petrobras. Todos são

algo em torno de U$D 10,6 bilhões. Ou seja, um mercado

exemplos concretos de fragilidade dos dispositivos de compliance,

extremamente relevante, que merece uma atenção especial do setor.

gerando perdas irreparáveis a estas empresas e para a sociedade.

Entretanto, em 2009, de 180 países, o Brasil ocupou a 75ª

Mas o que é ética afinal de contas? Como ela vem sendo

colocação no ranking de corrupção percebida elaborado pela

entendida nas relações pessoais, profissionais e institucionais?

ONG Transparência Internacional. Dados da Confederação

Ética é, principalmente, a relação que estabelecemos uns com

Nacional da Indústria (CNI) demonstram ainda que 6 em cada 10

os outros. Sem ética, não sabemos nos situar em nenhuma

brasileiros consideram que a corrupção é o principal problema

esfera de nossas vidas. Sem ética individual, de nada adiantam

do país. A Fiesp, por sua vez, apurou que o custo médio anual

mecanismos para inibir condutas perversas nas organizações.

da corrupção foi estimado em R$ 41,5 bilhões, correspondendo

A sociedade está doente e cética em relação ao futuro do

a 1,38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008.

país – o que é compreensível diante de tantos escândalos –

Essas são apenas algumas das razões que levam a crer que o

mas é exatamente em momentos como este que iniciativas

tema Ética, sem dúvida, é uma das questões mais importantes

brilhantes e genuínas acabam surgindo e se transformando

no atual contexto político, econômico e social do país.

em algo muito maior do que inicialmente foi proposto.

Após 10 meses de atuação, os dados do Instituto Ética Saúde são

Neste sentido, o Ética Saúde - movimento liderado pela Associação

alarmantes, o que endossa ainda mais a necessidade de discutir

Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (ABRAIDI)

o tema no setor. Estatísticas do Canal de Denúncias do Instituto

e o Instituto Ethos – nasceu a partir de um Acordo Setorial entre

reportaram 366 denúncias com informações de suspeitas e indícios

Importadores, Distribuidores e Fabricantes de Dispositivos Médicos.

de irregularidades. Ao todo, 1195 denunciados foram citados, sendo 467 distribuidores (39%), 403 médicos (33,7%), 163 hospitais (13,6%), 86 importadores (7,2%) e 76 fabricantes (6,4%). Destes, 384 são signatários do Ética Saúde e 811 não. O Estado com o maior número de denúncias é São Paulo (92), seguido de Mato Grosso do Sul (54), Mato Grosso (48), Rio Grande do Sul (41), Maranhão (21), Rio de Janeiro (20), Paraná (18), Espírito Santo (11), Bahia (11) e Pernambuco (10). Os demais estados somam 40 chamados. O assunto que mais registra relatos é “Concessão de incentivos pessoais ou comissões.

366

* Francisco Balestrin, Presidente do Conselho de Administração da Anahp e Claudia Scarpim, Diretora Executiva do Instituto Ética Saúde

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SABR.ENO.16.03.0327

Opinião


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anahp por dentro

SINHA passa por processo de

aprimoramento

A partir de 2017, além dos indicadores de performance, o SINHA passará a contar com o Programa DRG e indicadores de desfecho.

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“Não se gerencia o que não se mede”. Essa é uma das frases mais

membros da Anahp, o SINHA passa atualmente por mais um

comuns no ambiente de negócios. Na saúde, mais especificamente

processo de melhoria e ampliação de seu escopo. “Queremos

no setor hospitalar, a necessidade de acompanhar indicadores de

que o SINHA tenha como premissa produzir informações que

desempenho torna-se ainda mais urgente quando o resultado está

auxiliem os gestores no planejamento estratégico e na tomada

diretamente relacionado à qualidade do atendimento ao paciente.

de decisão das entidades. Por isso estamos reavaliando e

Há 12 anos, quando o Sistema Integrado de Indicadores

aprimorando os indicadores, e ampliando o SINHA com a

Hospitalares Anahp (SINHA) foi criado, o objetivo

adoção do DRG (Diagnosis Related Group) e Indicadores

principal dos hospitais era medir o desempenho das

de Desfecho, uma realidade iminente para os hospitais”,

instituições associadas, proporcionando uma fonte para

explica Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Anahp.

benchmarking setorial, algo raro naquele momento.

“O setor hospitalar mudou muito na última década, especialmente

Com o passar dos anos, o SINHA foi aprimorado e as

com as acreditações nacionais e internacionais. A mensuração

informações, antes restritas ao grupo de hospitais membros

de resultados e a comparabilidade com outras fontes,

da Anahp, também passaram a ser compartilhadas com o

sejam elas nacionais ou internacionais, é uma necessidade

mercado em 2009, por meio do Observatório Anahp. Em sua

para as instituições. Essa evolução do SINHA acompanha

oitava edição, a publicação é hoje referência para o setor.

a evolução das nossas instituições e é extremamente

Com indicadores periódicos sobre o desempenho financeiro,

necessária”, completa Paulo Zimmer, Coordenador do Grupo

operacional, de recursos humanos e assistenciais dos hospitais

de Trabalho melhores Práticas Assistenciais da Anahp.

O que muda a partir de agora? O SINHA será subdividido em três grandes Programas –

em fase de discussão e estruturação, mas a nossa ideia é

indicadores de performance, DRG e indicadores de desfecho.

trabalhar com a metodologia da International Consortium for

Os indicadores de performance, que hoje são a base

Health Outcomes Measurement (ICHOM)”, explica Figueiredo.

para a produção do Observatório Anahp, contemplam

A nova plataforma SINHA passará a funcionar em

os desempenhos financeiro, operacional, de recursos

2017, com os dados aprimorados e com os novos

humanos e assistenciais das instituições membros. Esses

serviços a serem disponibilizados.

indicadores estão passando por um processo de avaliação e reparametrização à realidade das instituições hospitalares. “Hoje, por conta dos processos de acreditação e benchmarking internacional os quais os hospitais participam, percebemos a necessidade de rever alguns indicadores do SINHA e de incorporar outros mais pertinentes”, comenta Zimmer. O DRG, metodologia de gerenciamento de custos e da qualidade assistencial-hospitalar, tem sido bastante discutida pelo setor, inclusive pelas operadoras de planos de saúde, uma vez que a ferramenta pode ser uma grande aliada para a remuneração dos serviços hospitalares. Na Anahp, desde 2015 tem sido desenvolvido um projeto piloto com 18 instituições membros, e a intenção é que os demais associados também passem a fazer parte desta base. O terceiro produto SINHA refere-se aos Indicadores relacionados ao desfecho clínico do paciente e na análise completa do perfil epidemiológico dos hospitais Anahp. “Este projeto ainda está

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A nova Cadeia de Suprimentos é colaborativa e integrada E a BIONEXO faz parte da construção dessa cadeia

Tradicionalmente completa

bionexo.com



saúde

Ricardo Barros

fala dos desafios da saúde no

atual cenário político e

econômico do país Em entrevista ao Panorama Anahp, Ministro da Saúde fala sobre gestão e o orçamento do setor, as alternativas para melhorar o acesso e a qualidade do sistema de saúde, a composição do Ministério e o futuro das Agências Reguladoras.

Em meio à crise política, a desaceleração da economia e mais de 10 milhões de desempregados somente no último ano, Ricardo Barros assumiu uma das principais pastas do Governo Federal, o Ministério da Saúde.

verbas crescentes a cada ano e, segundo Barros, não há nenhuma dificuldade na viabilidade de cumprir com o que está programado. “Já recompusemos os recursos do orçamento deste ano, onde estavam contingenciados R$ 5,5 bilhões. Evidentemente, a crise

Assim como todos os setores da economia, a saúde também tem

afeta a todos e a saúde faz parte do governo. O que posso garantir

sentido os efeitos da recessão. Na saúde suplementar, por exemplo,

é que os convênios assumidos serão todos cumpridos”, afirma.

as operadoras de planos de saúde já perderam mais 1,5 milhão de

Entre as medidas prioritárias para a saúde, o Ministro menciona

beneficiários, especialmente por conta do alto índice de desemprego.

melhorar a gestão e o financiamento da saúde, e com isso

O setor saúde, que entre despesas públicas e privadas,

fortalecer as ações de promoção e prevenção; e aperfeiçoar os

movimenta 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ou

sistemas de informação do SUS, integrando-o em todo o território

seja, R$ 563,1 bi, tem grandes desafios pela frente,

nacional para a correta aplicação dos recursos públicos.

especialmente com a atual conjuntura econômica. Segundo Ricardo Barros, “temos recursos limitados do orçamento, e sempre teremos essa limitação”. Entretanto, o Ministério da Saúde tem

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Acompanhe a entrevista na íntegra!


Temos recursos limitados do orçamento, e sempre teremos essa limitação

Nosso país vive um momento político e econômico bastante

O senhor entende que o orçamento da saúde é insuficiente?

delicado. Qual a sua avaliação sobre a saúde no país? Qual

Quais serão as alternativas do Ministério para melhorar o

será o principal desafio?

acesso e a qualidade do sistema de saúde em um momento

A gestão. Temos recursos limitados do orçamento, e sempre

de recessão?

teremos essa limitação. Precisamos melhorar a qualidade dos

O Ministério da Saúde tem verbas crescentes a cada ano e não

serviços prestados, motivar e qualificar o servidor público, que é o

vejo nenhuma dificuldade na viabilidade de cumprir com o que

maior ativo que nós temos, pois 50% de tudo que se arrecada no

está programado. Já recompusemos os recursos do orçamento

Brasil é investido em servidores. Colocar também a informatização

deste ano, onde estavam contingenciados R$ 5,5 bilhões.

em todos os sistemas para que a gente tenha transparência e evite

Evidentemente a crise afeta a todos e a saúde faz parte do

fraudes, além de um grande investimento na prevenção que é para

governo, ela não será uma “ilha” dentro do governo. O que posso

economizarmos recursos e mantermos a população mais saudável.

garantir é que os convênios assumidos serão todos cumpridos.

Quais serão as medidas prioritárias a serem

O senhor acredita que uma maior integração entre os setores

adotadas pelo Ministério da Saúde?

público e privado de saúde é viável? Como o setor privado

Melhorar a gestão e o financiamento da saúde e com isso

pode contribuir com a saúde no Brasil?

fortalecer as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças.

A saúde suplementar coopera muito com o Sistema Único de Saúde

Aperfeiçoar ainda os sistemas de informação do SUS de forma que

e garante acesso de pessoas que podem pagar o seu plano ao nosso

seja integrado em todo o território nacional, para a correta aplicação

sistema, que é universalizado. Essas pessoas quando precisam de

dos recursos públicos. Manter a qualificação permanente dos

atendimento também são atendidos pelo SUS sem nenhuma restrição.

profissionais que atuam no SUS. Fortalecer o Complexo Industrial

Portanto, a relação que haverá é de cooperação e nós receberemos

da Saúde, para garantir a agilidade, a segurança à população e a

essas pessoas que deixaram de ter plano e atenderemos como

proteção ao consumidor. Ampliar e atualizar os protocolos clínicos

todos que necessitarem do sistema como já fazemos.

e as diretrizes terapêuticas. Por fim, manter o diálogo permanente com as entidades representativas dos profissionais de saúde, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).

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saúde

De que forma os poderes legislativo e judiciário podem contribuir / interferir na condução do Ministério da Saúde? Na intensificação do uso dos sistemas de controle de gastos, e isso é uma das minhas prioridades nessa gestão. Como exemplo

Nós temos uma reclamação muito persistente de morosidade na regulação e isso encarece lá na ponta, para o consumidor

disso, a judicialização. Temos que saber como é gasto cada centavo no SUS. A gestão da informação vai permitir tratar com clareza e transparência quanto e onde é utilizado na saúde os R$ 110 bilhões do governo federal, R$ 70 bilhões dos estados e R$ 60 bilhões dos municípios. Todos os procedimentos e medicamentos que estão fora da regulação do SUS e tudo que está incorporado ao sistema será avaliado por juízes com o auxílio de pareceres técnicos. Estamos trabalhando junto com o Conselho Nacional de Justiça para garantir eficiência do acesso a tratamentos e medicamento que são ofertados no SUS.

Qual o perfil de profissional o senhor busca para

Qual será a condução do Ministério em relação às Agências

compor o Ministério da Saúde em sua gestão?

Reguladoras?

Como ministro de Estado da Saúde é importante fortalecer as

Fortalecer o Complexo Industrial da Saúde, compatibilizando a

ações de promoção e prevenção da saúde e para isso precisamos

atuação das agências reguladoras, ANS e ANVISA, para garantir

buscar perfis de profissionais ousados. Nós necessitamos da

agilidade e segurança à população, bem como a proteção ao

boa vontade das pessoas, da participação, da mobilização

consumidor. Nós temos uma reclamação muito persistente de

e do envolvimento de todos para que a população brasileira

morosidade na regulação e isso encarece lá na ponta para o

que precisa do SUS seja beneficiada na ponta, com o serviço

consumidor. Um laboratório leva três anos para aprovar uma

qualificado. É nesse sentido que busco profissionais, de

instalação ou para aprovar um novo medicamento. Então, hoje

maneira criteriosa, com base em perfil técnico e também de

nós temos esse problema. Se você monta um laboratório, às

gestão que fortaleçam o funcionamento da saúde no país.

vezes, ele fica de seis meses a um ano e meio pronto, esperando a regulação do órgão regulador. Isso custa. Custa o investimento,

Qual o perfil de profissional o senhor busca para compor o

o capital parado e as pessoas que têm que estar contratadas

Ministério da Saúde em sua gestão?

regularmente para que a vistoria possa ser feita. Então, está lá o

Como ministro de Estado da Saúde é importante fortalecer as

empresário com o laboratório pronto, com as pessoas contratadas

ações de promoção e prevenção da saúde e para isso precisamos

e aguardando a autorização para funcionar. Isso tudo depois vai

buscar perfis de profissionais ousados. Nós necessitamos da

impactar no custo do serviço prestado. Alguém vai

boa vontade das pessoas, da participação, da mobilização

ter que pagar a conta. Precisamos fazer o mais

e do envolvimento de todos para que a população brasileira

rápido possível ao mesmo tempo garantindo

que precisa do SUS seja beneficiada na ponta, com o serviço

a segurança e a proteção do consumidor.

qualificado. É nesse sentido que busco profissionais, de

Eu vou buscar diálogo com as agências

maneira criteriosa, com base em perfil técnico e também de

para que isso possa acontecer.

gestão que fortaleçam o funcionamento da saúde no país.

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saúde

Processos de contas

hospitalares Workshop Anahp reúne representantes da ANS, das operadoras de planos de saúde e dos hospitais para discutir os desafios do processo de contas hospitalares

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Marizélia Leão Moreira e Leonisa Obrusnik abordam a interoperabilidade do padrão TISS

Responsável por 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a saúde

no dia 1 de setembro de 2016, no Hospital do Coração – HCor

é um dos setores com maior representatividade econômica no

(SP), o Workshop “Processos de Contas Hospitalares”. O evento

Brasil. Desse montante, 4,3% das despesas são públicas e

reuniu cerca de 200 pessoas, e contou com a participação de

5,2% são privadas. Somente as despesas da saúde suplementar

representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

correspondem a 2,4% do PIB (R$ 143,9 bi), atendendo a 50

abordando as atualizações sobre a Troca de Informações em

milhões de beneficiários, ou seja, 25% da população.

Saúde Suplementar (TISS) e Terminologia Unificada na Saúde

Diante desses números, há alguns desafios constantes no setor

Suplementar (TUSS), e a experiência das Operadoras de Planos

e, um deles, é o processo de contas hospitalares. “Vivemos

de Saúde e dos hospitais na gestão estratégica do faturamento.

um momento muito delicado em nosso país e, olhando para

Marizélia Leão Moreira, da Gerência de Padronização e

o cenário hospitalar, observamos que apesar da taxa de

Interoperabilidade da ANS, falou sobre a interoperabilidade do

ocupação se manter estável, percebemos uma mudança no mix

padrão TISS e afirmou que “é um desafio muito grande fazer a

de paciente, com procedimentos menos complexos”, comenta

governança das informações quando há uma série de variáveis que

Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Anahp. “Dentro deste

não seguem a mesma trajetória, como a tecnologia”, comenta.

contexto, o processo de contas hospitalares é complexo e falta um

A representante da ANS ainda mencionou os desafios atuais da

padrão de terminologia adequado”, complementa o Executivo.

TISS, como padronizar ações administrativas e subsidiar as ações da

Com o objetivo de discutir o tema e buscar soluções conjuntas para

ANS, e reforçou a importância da construção coletiva, ressaltando

otimizar os processos de contas hospitalares, a Anahp promoveu

que a governança da informação é um processo contínuo.

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Panorama Anahp

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saúde Ainda recebemos uma grande parte das tabelas na versão antiga, mas nós temos um prazo para adequação dos prestadores e, passando esse período, vamos começar a glosar”, afirma Rosemeire. A reestruturação do processo de contas hospitalares no Hospital

os desafios enfrentados, foram mencionados a incompatibilidade

Alemão Oswaldo Cruz foi compartilhada por Marcos Alexandre

do tipo de tabela versus o serviço em cobrança; erro na leitura do

Dalmolin, Gerente Financeiro da Instituição. “Nossas glosas iniciais

demonstrativo de análise de conta médica (dúvidas sobre os motivos

eram de 4,1%, a provisão com devedores duvidosos era duas

de glosas, abertura dos itens, status da conta, etc); dúvidas quanto

vezes acima do orçado e nossos prazos médios de faturamento

ao envio de materiais, OPME e medicamentos; falta de elegibilidade

e recebimento eram superiores a 30 e 90 dias, respectivamente”,

no momento do atendimento; e cobrança de códigos na tabela

menciona Marcos. “Separamos os processos em quatro grandes áreas e colocamos todos os envolvidos numa sala para mapearmos

anterior negociada e não na codificação TUSS equiparada e alinhada. “Ainda recebemos uma grande parte das tabelas na versão antiga,

os problemas, discutir e corrigir os procedimentos”, complementa.

mas nós temos um prazo para adequação dos prestadores e,

De acordo com Marcos, a revisão de processos e o realinhamento

passando esse período, vamos começar a glosar”, afirma Rosemeire.

dos fluxos melhorou muito a situação no Hospital. “Não foi fácil,

Wagner, por sua vez, reforçou a importância do alinhamento

houve desentendimento, situações delicadas e desconfortáveis,

nos hospitais, para evitar as glosas. “O acompanhamento

mas era necessário promover a mudança e isso aconteceu

contínuo dos valores respondidos e respectivas pendências

e ganhamos muito em eficiência operacional. As glosas

é fundamental, pois não há possibilidade de troca de

caíram para 2,8%, o prazo médio de faturamento caiu para

serviço enviado no faturamento inicial”, explica.

22 dias e o de recebimento para 85 dias”, compartilha.

Para Rosemeire, o relacionamento é a palavra-chave neste

Os impactos das versões da TISS para as operadoras foram

processo. “Nós temos que entender o lado do hospital, mas o

abordados por Rosemeire Ishiguro e Wagner Marciliano, Gerentes

hospital também precisa entender o lado da operadora”, finaliza.

da Superintendência de Sinistros e Saúde da SulAmérica. Entre

Rosemeire Ishiguro, Wagner Marciliano, Marcos Alexandre Dalmolin e Fernando Rocha compartilham as suas experiências durante o Workshop Anahp

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Padronização

de materiais Os desafios para a padronização de materiais são

padronização dos itens com maior impacto sobre as despesas

enormes devido à variedade de produtos, diversidade

e com maior frequência nos hospitais (Curva ABC). Para

de tabelas, difícil correlação entre os itens, falta de

a validação pelos fabricantes dos itens identificados nas

padrão entre os fabricantes, entre outras questões.

primeiras etapas, a Associação propõe o desenvolvimento de

Com o objetivo de contribuir com as discussões acerca da

um portal. “Novos produtos ou atualizações dos atuais terão

padronização de materiais, a Anahp promoveu um estudo

um portal para padronização da entrada, após o processo

de caso com Stent Farmacológico para Artérias Coronárias.

de Registro na ANVISA ser concluído”, comenta Carlos.

Foram 1115 itens identificados, 717 incidências nos 30

O Executivo da Anahp reforça, no entanto, que a entrada

hospitais avaliados, sendo que deste montante, havia 306

na terminologia não significa que foi incorporado no rol da

itens únicos, 107 itens possuíam Código Simpro e apenas

ANS. Significa, apenas, que o produto possui um código

37 possuíam código TUSS. “Vale lembrar que ainda há

para que possa ser negociado no mercado de saúde.

possibilidade de que nem todos os fabricantes tenham

O principal objetivo para a proposta de padronização é

respondido o edital da Anvisa sobre atualização dos nomes

que exista uma fonte única de referência para o mercado,

técnicos, base de origem para o estudo de caso da Anahp”,

sem informações de preços. O portal contemplaria

explica Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Associação.

uma interface de fácil navegação, a possibilidade de

De acordo com Carlos, o estudo realizado demonstra que

correlacionar com outras tabelas e terminologias existentes,

não há referências seguras para os diferentes modelos de

e de classificar os produtos por categorias, grupos, tipos

produtos disponíveis no mercado, todas as bases existentes

e características principais, bem como a validação dos

são incompletas e fragmentadas, o processo de entrada

materiais por um comitê de especialistas em produto.

de dados no sistema de saúde é falho, não há padrão entre

O estudo de caso foi desenvolvido no âmbito da Associação,

os fabricantes, e o registro Anvisa não permite conversão

mas de acordo com o Diretor Executivo da Anahp a ideia

automática dos produtos registrados para diferentes itens.

é abrir para a participação da indústria, operadoras e

A partir deste diagnóstico, a Anahp propõe a identificação e

demais elos da cadeia interessados em contribuir.

HOSPITAL

FABRICANTE

REGISTRA

OPERADORAS

SOCIEDADE

ANAHP

Valida Altera Inclui

ENCAMINHA

A valia

Portal

ANS

COPISS

CODIFICA

Comitê

Aprova Publica

ANVISA

Terminologia ANAHP

TUSS

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INOVANDO COM FOCO EM PACIENTES, MÉDICOS E HOSPITAIS Ajudar os pacientes a ter saúde, sentir-se melhor, viver mais. Tudo isso faz parte de um dia de trabalho na Medtronic. Ajudar os sistemas de saúde a serem mais eficientes também. Saiba mais sobre como juntos estamos levando a saúde além em www.medtronicbrasil.com.br

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eventos

Ética:

A sustentabilidade da

saúde no Brasil Belém (PA) foi palco para o segundo seminário do ano abordando o tema Ética. Evento reuniu cerca de 200 participantes.

Luis Eduardo Loureiro Bettarello (em pé), Superintendente Técnico Médico no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP)

A necessidade de mais financiamento, uma gestão mais adequada e,

Para Francisco Balestrin, Presidente do Conselho da Anahp, o tema

principalmente, conduta ética na saúde foram as prioridades citadas

Ética é pertinente em qualquer tempo, mas ainda mais apropriado

pelo Secretário de Estado da Saúde do Pará, Vitor Manuel Jesus

no atual cenário brasileiro. “O nosso objetivo é promover reflexões

Mateus, e pelo Prefeito da Cidade, Zenaldo Rodrigues Coutinho,

e debates sobre a estreita correlação entre atitudes e posturas

durante o Seminário sobre “Ética: A sustentabilidade da saúde no

éticas e a viabilidade do sistema de saúde. Ou seja, uma discussão

Brasil”, promovido no dia 19 de agosto de 2016, em Belém (PA).

sobre ética conectada à sustentabilidade do setor”, comenta.

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O evento reuniu cerca de 200 participantes e

as pessoas percebam e entendam o código de conduta”, explica.

abordou temas como compliance, transparência,

Segundo Gustavo, se a instituição não possuir um controle

escolhas adequadas na saúde e governança.

interno forte, due diligence, todo o trabalho acaba se

Para Florence Oliva, Gerente Executiva de Auditoria Interna e

esvaindo. “O nosso desafio é manter a discussão e o tema

Controles Internos da Beneficência Portuguesa de São Paulo

compliance perene na instituição”, complementa.

(SP), o programa de compliance é importante porque dissemina elevados padrões éticos e culturais nas instituições, auxilia nas decisões de novos negócios, adequa às áreas de acordo com o código de ética, melhora o relacionamento com os stakeholders e fortalece os controles internos das organizações. “Um programa efetivo de compliance deve permitir o adequado nível de supervisão, controle e reporte dos riscos de conformidade interna e externa”, explica. No entanto, ela ressalta que “é preciso entender o negócio para implementar o compliance”. Florence apresentou ainda as iniciativas adotadas pela Beneficência Portuguesa, como atitude ABC (atenção, bem-estar e carinho).“Incorporar um comportamento ABC é pensar no coletivo, de forma cooperativa e natural. Uma atitude legítima e verdadeira”, completa. A experiência do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) em relação à política de ética organizacional foi compartilhada por Gustavo Teixeira, Gerente Jurídico da Instituição. “A governança e a liderança ética são fundamentais neste processo, pois o exemplo tem que vir de cima, além disso, é importante um programa de integridade para que

Florence Oliva, Gustavo Teixeira e Lorena Porto Pereira

Um programa efetivo de compliance deve permitir o adequado nível de supervisão, controle e reporte dos riscos de conformidade interna e externa”, Florence.

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conflitos éticos na medicina. “A relação entre médico e paciente

eventos

mudou muito nos últimos anos. Hoje o paciente não é mais passivo, ele é questionador e empoderado. Precisamos ampliar o nosso olhar sobre as instituições, expectativas e paciente”, afirma.

A relação entre médico e paciente mudou muito nos últimos anos. Hoje o paciente não é mais passivo, ele é questionador e empoderado”, Marcelo.

Os comitês de ética e o envolvimento das equipes multiprofissionais na discussão sobre o tema também foram citados como fundamentais. “Com o envolvimento das equipes, todos começam a entender que a boa conduta ética na linha do cuidado é fundamental para que a instituição cresça e amadureça”, comenta Gideon Basílio, Diretor Geral do Hospital Adventista de Manaus (AM). A importância de ouvir o paciente também foi um dos pontos mencionados durante o debate. “As instituições estão focadas na gestão, mas o paciente deveria ser envolvido para ajudar a melhorar o sistema de saúde como um todo”, diz Monica Rosenberg, Diretora e Fundadora do Instituto Não Aceito Corrupção.

A ética nas relações com pacientes também foi um dos temas

Para Rômulo Nina, Diretor de Qualidade do Hospital

abordados no evento. De acordo com Marcelo Godoy, Especialista

Porto Dias (PA), o grande dilema é como empoderar

em Bioética Clínica, a evolução da tecnologia tem trazido grandes

o paciente sem perder a autoridade técnica.

Marcelo Godoy, Gideon Basílio, Mônica Rosenberg e Rômulo Nina

A Ética nas escolhas em saúde foi debatida por Ary Ribeiro,

Antonio, por sua vez, abordou as dualidades da ética impostas

Presidente da Comissão Científica do 4° Conahp; Antonio

pelo setor e o desafio de manter o equilíbrio entre crescimento,

Eduardo Antonietto, Diretor de Governança Clínica do Hospital

qualidade e eficiência; e mencionou ainda as habilidades e

Sírio-Libanês (SP) e Felipe Riani, Gerente Executivo da Gerência

atitudes da liderança e os benefícios de trabalhar com gestão da

de Relacionamento entre Prestadores e Operadoras de Planos

estratégia. “Líderes estadistas comandam instituições colaborativas.

de Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Instituições colaborativas são mais sustentáveis”, afirma.

“Ética é sustentabilidade e faz bem para o negócio. Se

O momento atual de recessão no país, a necessidade de tomar

conseguirmos que essa premissa seja disseminada no setor,

decisões para reduzir custos pautadas na ética, bem como a relação

estaremos contribuindo com a saúde no país”, afirma Ary.

direta do tema com a judicialização foram alguns pontos mencionados

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por Felipe. O representante da Agência ainda compartilhou algumas iniciativas da ANS convergentes com o tema, como a criação de um grupo específico para discutir órteses, próteses e materiais especiais (OPME), a revisão do roll de procedimentos, entre outras. Para Ary, no entanto, a maturidade dos órgãos de regulação ainda é primária. “Precisamos de mais maturidade para saber quais são as nossas ações no campo ético”, explica.

Ética é sustentabilidade e faz bem para o negócio. Se conseguirmos que essa premissa seja disseminada no setor, estaremos contribuindo com a saúde no país”, Ary.

Ary Ribeiro, Felipe Riani e Antonio Eduardo Antonietto

O papel da governança também foi objeto de discussão

trabalhados. “Os nossos próximos passos serão a instalação dos

entre os participantes do evento. “Os gestores têm

Canais de Denúncia, aprofundamento dos Controles Internos

responsabilidade de criar um ambiente em que o

e a consolidação do Escritório de Compliance”, afirmou.

exercício da ética seja facilitado”, afirma Balestrin.

Raul, por sua vez, compartilhou o desafio de implantar a governança

Luci Emídio, Diretora Executiva do Hospital Santa Marta (DF) e Raul Sturari, Diretor Técnico do Grupo Santa (DF)

em um hospital familiar, para a sustentabilidade da instituição. “Existe uma grande dificuldade em separar o que é família,

compartilharam os desafios para a implementação do modelo

propriedade e gestão. A governança, no entanto, proporciona a

de governança nas instituições e como este processo tem

percepção dos valores e a perenidade da instituição”, comenta.

contribuído para a sustentabilidade dos hospitais.

“As empresas familiares são muito importantes na nossa

De acordo com Luci, após a implementação de uma Sistema de

sociedade, fonte de emprego e renda, por isso é fundamental

Gestão de Riscos, integrando Governança, Riscos e Compliance,

profissionalizar a gestão dessas organizações”, finaliza.

a instituição identificou uma série de pontos que precisavam ser

Luci Emídio, Francisco Balestrin, Raul Sturari e Carlos Figueiredo

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retranca perfil

Foco na

resiliência do mercado

Mesmo em cenário adverso, a White Martins acredita que a preocupação da sociedade com a saúde e o envelhecimento da população são fatores que contribuíram para a resistência do mercado de saúde, sobretudo, na iniciativa privada.

O cenário econômico adverso foi menos impactante para o setor de saúde. Essa é a opinião da fabricante de gases medicinais, White Martins. Segundo Cristiano Cruz, gerente nacional de healthcare da empresa, isso se deve a dois fatores principais: preocupação da sociedade com o tema saúde e também ao envelhecimento da saúde. A esses fatores, também soma-se o movimento das PPPs (Parcerias Público Privada), a entrada de capital

Avaliamos que toda a cadeia da saúde terá melhores perspectivas em 2017

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estrangeiro para saúde e as fusões e aquisições no segmento. Na opinião de Cristiano, neste segundo semestre, o setor deve retomar a confiança, o que culminará também em melhores perspectivas no cenário de saúde em 2017. Veja a seguir, a entrevista na íntegra.


Christiano Cruz, Gerente Nacional de Healthcare White Martins

O atual momento do país impactou quase todos os setores da economia, a White Martins sentiu alguma mudança no segmento de gases medicinais? Mesmo com retração da atividade econômica nos últimos três anos no Brasil, avaliamos que o segmento médico-hospitalar – especialmente no âmbito da iniciativa privada – comprovou ser mais resiliente que outros setores neste mesmo período. Verificamos que dois fatores são essenciais neste processo: maior preocupação da sociedade com a saúde e o envelhecimento da população. Desta forma, temos maior demanda por serviços e produtos marcados por inovações e soluções integradas. Também devemos considerar a existência de um forte movimento para ampliação das Parcerias Público Privadas (PPPs), aporte de capital estrangeiro e o número crescente de fusões e incorporações.

Verificamos que dois fatores são essenciais neste processo: maior preocupação da sociedade com a saúde e o envelhecimento da população

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retranca perfil Temos respondido a rápida demanda do setor médico-hospitalar com novos produtos e serviços, e com excelência no atendimento a nossa base de clientes

4. Quais as perspectivas da White Martins para 2017? Há investimentos previstos? Avaliamos que toda a cadeia da saúde terá melhores perspectivas em 2017. A retomada da atividade econômica a partir de uma maior estabilidade de fatores macroeconômicos será fundamental para gerar um melhor ambiente para investimentos e concretização de negócios. A White Martins terá como pilares a continuidade nos aportes em inovação para desenvolvimento de produtos e serviços, bem como fortalecimento de sua excelência na gestão de atendimento aos clientes.

2. Como a White Martins se mantém na liderança do segmento? Qual o diferencial da companhia para fidelização dos clientes? Mantemos um alto índice de confiabilidade no fornecimento a nossos clientes. Temos respondido a rápida demanda do setor médico-hospitalar com novos produtos e serviços, e com excelência no atendimento a nossa base de clientes. Além disso, o relacionamento com o mercado – baseado em excelência operacional, inovação, transparência e ética – nos credencia ao reconhecimento e fidelização em um segmento que temos grande expertise.

3. Qual o balanço da White Martins para o primeiro semestre de 2016 em termos de atividade econômica? O primeiro semestre pode ser contextualizado por uma menor liquidez no mercado e uma breve redução da agenda econômica prevista para o setor médico-hospitalar. É importante notar que este momento deverá ser superado a partir do segundo semestre, quando já verificamos a retomada da confiança do empresariado, o que possibilitará maior geração de aportes somada à circulação mais intensa de capital.

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O primeiro semestre pode ser contextualizado por uma menor liquidez no mercado e uma breve redução da agenda econômica prevista para o setor médico-hospitalar



membros

notas membros Complexo Hospitalar de Niterói investe cerca de R$ 2 milhões em modernização de centro cirúrgico A cifra de R$ 2 milhões foi o mais recente investimento do Complexo Hospitalar de Niterói (RJ) na modernização de seu centro cirúrgico. O hospital fez a aquisição de duas novas tecnologias que beneficiarão procedimentos de alta complexidade, principalmente neurocirurgias e cirurgias vasculares. No total, foram adquiridos quatro equipamentos, sendo três intensificadores de imagem e um microscópio do modelo Pentero – o CHN será o pioneiro na região Leste Fluminense a utilizar esses recursos, que darão ainda mais conforto, precisão e segurança ao ato cirúrgico. “Fomos também o primeiro hospital da região Leste Fluminense a disponibilizar uma sala cirúrgica inteligente à população de Niterói e adjacências. Agora, investir no aprimoramento de nosso centro cirúrgico significa oferecer ainda mais tecnologia aos médicos que operam em nossa unidade e mais segurança aos pacientes”, reforça Eduardo Duarte, Coordenador do Centro Cirúrgico CHN.

Hospital Sírio-Libanês (SP) investe R$ 59 mi para ampliar complexo cirúrgico O Hospital Sírio-Libanês (SP) amplia o seu complexo cirúrgico. Localizado em uma torre nova, já construída, a ala de cirurgias está sendo equipada — um investimento total de R$ 59 milhões. As 14 salas para operações, que devem ser abertas em meados de 2017, receberão R$ 40 milhões —R$ 23 milhões só em equipamentos. Na mesma área, começa a funcionar no próximo dia 29 um centro pré-operatório para acomodar os pacientes [antes das intervenções] com quartos e banheiros privativos. “O fluxo é otimizado, não se perde tempo. Um mesmo anestesista faz todos os procedimentos. A enfermagem da área é especializada em cirurgia”, diz o CEO Paulo Chapchap. O hospital acaba de abrir um centro de esterilização de material, departamento que dobra de tamanho ao ocupar 1.200 m². Com aporte de R$ 18,5 milhões, a unidade é toda automatizada e cresce em capacidade, afirma. “O aumento de cirurgias minimamente invasivas demanda equipamento diferente para manter a qualidade da esterilização.”

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Hospital Integrado do Câncer Mater Dei investe em tratamento integral de ginecologia oncológica O Hospital Integrado do Câncer Mater Dei (MG) investe no atendimento integral e personalizado da mulher com câncer ginecológico, com equipes multidisciplinares, aconselhamento genético, preservação da fertilidade, além de tratamento de todos os níveis de complexidade. A especialidade é composta por ginecologistas com formação oncológica aptos a realizar procedimentos com o objetivo de diagnosticar e tratar câncer e lesões precursoras de cânceres que acometem o aparelho genital feminino. De acordo com a Ginecologista Oncológica do Hospital Integrado do Câncer Mater Dei de Saúde, Sálua Calil, a mulher deve procurar pela especialidade “para o diagnóstico de tumores que possam ser rastreados como, por exemplo, o câncer de colo uterino, mama, ou tumores hereditários, assim como na suspeita de alterações sugestivas de malignidade do trato genital feminino”. “A equipe atua em estreita parceria e colaboração com as equipes de oncologia clínica, radioterapia, anatomia patológica, radiologia, clínica médica e demais clínicas cirúrgicas, realizando cirurgias de alta complexidade e tratamentos locorregionais combinados. A Rede Mater Dei de Saúde ainda conta com a Medicina Diagnóstica, com todos os recursos e equipamentos para diagnóstico, tratamento e controle do câncer ginecológico”, conta a médica.

Hospital Moinhos de Vento inaugura Centro de Oncologia de referência mundial O Hospital Moinhos de Vento (RS) inaugurou o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling. A unidade visa proporcionar o cuidado centrado no paciente, através de avanços tecnológicos aliados ao cuidado de profissionais de excelência. O investimento de R$ 30 milhões permitiu que os três pavimentos que hoje compõem o Serviço de Oncologia fossem remodelados, transformando-o no Centro de Oncologia mais moderno do Sul do país e um dos principais núcleos de referência no tratamento da doença. A atuação será no tratamento e diagnóstico das principais manifestações da patologia: mama, próstata, colorretal, pulmão e hematológica. A escolha reflete no número de casos. Somando, as quatro primeiras correspondem a quase 80% dos cânceres existentes. Já a neoplasia hematológica se destaca entre os jovens. O aumento da longevidade associado ao tabagismo, dieta inadequada e a um estilo de vida sedentário contribuem para a incidência da doença. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, entre 2016 e 2017, ocorram 600 mil novos casos. E para os próximos anos, esses dados são ainda mais alarmantes. Até 2020, haverá um aumento de 14% no Brasil, e dobrará nos dez anos seguintes.

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membros

Hospital Nipo-Brasileiro comemora recertificação nível 3 conferida pela ONA O Hospital Nipo-Brasileiro (SP) confirmou a sua recertificação em nível 3 conferida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atesta o cumprimento de critérios de alta qualidade assistencial na prestação de serviços na área da saúde com foco principal na segurança do paciente. Para Walter Amauchi, Superintendente Geral da Instituição, ter uma equipe capacitada, equipamentos com tecnologia de ponta, instalações adequadas e cumprimento dos requisitos legais não bastam para quem é certificado em excelência: “é prioritário que haja uma constância de propósitos e que todos estejam comprometidos em fazer a diferença quando o assunto é segurança assistencial.”

Sabará conquista reacreditação internacional de qualidade e segurança O Sabará Hospital Infantil (SP) recebeu pela segunda vez a aprovação da Joint Commission International (JCI), demonstrando a conformidade contínua com os seus padrões internacionalmente reconhecidos. O selo de Acreditação Hospitalar, fornecido às Instituições submetidas ao processo de avaliação, é um símbolo de qualidade que reflete o compromisso da organização com a prestação de cuidados segura e eficaz do paciente. “A reacreditação pela JCI ratifica nosso compromisso com os mais altos padrões de qualidade e segurança na assistência às nossas crianças e seus familiares, comparáveis aos melhores centros de saúde do mundo. Nossa missão, como único hospital privado exclusivamente pediátrico do estado de São Paulo e pioneiro no país, é manter e aprimorar a cada dia o nosso atendimento de excelência que já é referência no Brasil”, diz Wagner Marujo, Diretor-Superintendente do Sabará.

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Excelência por princípio!

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Instituições Membros Associados Titulares

Associados

Afiliados

Beneficência Portuguesa de São Paulo

Hospital Madre Teresa

Hospital Santa Cruz

AACD – Associação de

Pronep Lar

Casa de Saúde São José

Hospital Mãe de Deus

Hospital Santa Izabel

Assistência à Criança Deficiente

SOS Vida

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Hospital Márcio Cunha

Hospital Santa Marta

Hospital Adventista de Manaus

Complexo Hospitalar Niterói

Hospital Mater Dei

Hospital Santa Paula

Hospital Aliança

Hospital A. C. Camargo – Câncer Center

Hospital Mater Dei Contorno

Hospital Santa Rosa

Hospital Evangélico de Londrina

Hospital Albert Sabin

Hospital Memorial São José

Hospital São Camilo Pompeia

Hospital Marcelino Champagnat

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Hospital Meridional

Hospital São José

Hospital Novo Atibaia

Hospital Anchieta

Hospital Metropolitano

Hospital São Lucas

Hospital Pilar

Hospital Bandeirantes

Hospital Moinhos de Vento

Hospital São Lucas de Aracajú

Hospital Primavera

Hospital Barra D’Or

Hospital Monte Sinai

Hospital São Luiz – Unid. Itaim

Hospital Santa Catarina de Blumenau

Hospital Brasília

Hospital Nipo-Brasileiro

Hospital São Rafael

Hospital Santa Lúcia

Hospital Cardiológico Costantini

Hospital Nossa Senhora das Graças Hospital São Vicente de Paulo

Hospital Copa D’Or

Hospital Nove de Julho

Hospital Saúde da Mulher

Hospital São Mateus

Hospital Dona Helena

Hospital Porto Dias

Hospital Sírio-Libanês

Hospital Sepaco

Hospital do Coração – HCor

Hospital Português

Hospital VITA Batel

Hospital Vera Cruz

Hospital e Maternidade Brasil

Hospital Pró-Cardíaco

Hospital VITA Curitiba

IBR Hospital

Hospital e Maternidade Santa Joana

Hospital Quinta D’Or

Hospital VITA Volta Redonda

Policlínica de Cascavel

Hospital Esperança

Hospital Rios D’Or

Laranjeiras Clínica Perinatal

Real Hospital Português

Hospital Infantil Sabará

Hospital Samaritano

Santa Casa de Maceió

Hospital Israelita Albert Einstein

Hospital Santa Catarina

Vitória Apart Hospital

anahp

anahpbrasil

Hospital Santo Amaro

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