Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – maio | junho 2015
opinião A atenção domiciliar no processo de desospitalização Pág. 06
anahp por dentro Associação lança a 7ª edição do Observatório Pág. 12
tecnologia e saúde Com o objetivo de melhorar o gerenciamento dos leitos, hospitais investem em soluções de TI Pág. 46
Os desafios na gestão de leitos de
longa permanência
Publicação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados – maio | junho 2015
03 editorial
44 perfil
Este ano de 2015 tem sido muito produtivo para a entidade, que se dedica cada vez mais a proporcionar subsídios para o aprimoramento do setor, compartilhando as experiências e melhores práticas de seus associados com o mercado
Após a aquisição da Covidien pela norte-americana Medtronic em 2014, executivo da companhia fala sobre as perspectivas de expansão no Brasil em 2015
06 opinião
46 tecnologia e saúde
08 em foco
50 hospitais associados
Os serviços de atenção domiciliar vêm se transformando em uma eficiente ferramenta de gerenciamento do cuidado integral e uma solução para o acompanhamento de pacientes que podem ser desospitalizados
Eduardo Rahme Amaro, Diretor do Grupo Santa Joana (SP) e Conselheiro da Anahp fala sobre os desafios das maternidades no Brasil
12 anahp por dentro
Associação lança a 7ª edição do Observatório e o aplicativo da entidade. A partir de agora, todas as publicações da Anahp poderão ser acessadas pelo aplicativo, bem como a agenda de eventos da Anahp
26 eventos
“Engajamento como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho organizacional” e “Crises Hídrica e energética: experiências de hospitais brasileiros”, foram os temas dos seminários promovidos pela Anahp na Hospitalar
38 bem-estar
Com programas que estimulam a expressão criativa dos colaboradores, instituições aumentam o engajamento de suas equipes, melhoram o clima organizacional e criam processos e serviços mais eficientes e inovadores
Com o objetivo de conquistar maior rotatividade e um melhor gerenciamento dos leitos, muitos hospitais têm investido em soluções de Tecnologia da Informação
Hospitais Anahp investem em ampliações e certificações de qualidade
Capa saúde
Pesquisa realizada entre os hospitais Anahp avalia as ações e ferramentas desenvolvidas para monitorar a longa permanência de pacientes Pág. 18
Caro leitor Ainda nesta edição do Panorama, abordaremos um tema que impacta diretamente o sistema de saúde e tem se tornado objeto de discussão frequente entre os hospitais e operadoras de planos de saúde – a gestão de leitos de longa permanência nas instituições de saúde. Este cenário está diretamente relacionado às mudanças no perfil demográfico e epidemiológico da população. Dados recentes do Observatório Anahp demonstram que o tempo médio de permanência do paciente aumentou nas instituições associadas, passando de 4,4 dias em 2013 para 4,6 em 2014. Além disso, não podemos deixar de levar em consideração os pacientes residentes, que Este bimestre foi um dos mais importantes para a Anahp. Como
apresentam tempo de internação superior a 90 dias – em 2014 foram
todos os anos, a Associação participou de maneira bastante ativa
quase 6 mil internações com essas características nos hospitais Anahp.
na Hospitalar Feira e Fórum, um dos principais eventos da saúde
Para lidar com essa realidade, o Panorama traz ainda uma matéria
no Brasil, realizada entre os dias 19 e 22 de maio de 2015.
abordando o uso da tecnologia da informação na gestão de leitos;
Além de um estande dedicado aos hospitais associados e parceiros,
e um artigo sobre o papel da atenção domiciliar no processo
e do tradicional lançamento do Observatório, principal publicação de
de desospitalização, baseado no documento elaborado pelo
indicadores da entidade e referência para o mercado, a Associação
Grupo de Estudos sobre Home Care, com o objetivo de avaliar a
promoveu dois Seminários abordando os temas – engajamento e
pertinência de integrar a internação domiciliar ao serviço hospitalar
crises hídrica e energética; lançou o “Manual Diretrizes de TI para
ou, ao menos, de aumentar a interação entre estes serviços.
Hospitais Privados”, fruto do trabalho do Grupo de Estudos da
Acompanhe ainda os desdobramentos do Workshop sobre o que
Anahp sobre Tecnologia da Informação; e apresentou o temário
impacta os custos na saúde, promovido em maio, bem como a
do 3º Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), a ser
cobertura detalhada dos seminários realizados durante a Hospitalar.
realizado entre os dias 11 e 13 de novembro de 2015, em São Paulo.
Dando continuidade às entrevistas com os principais gestores
Este ano de 2015 tem sido muito produtivo para a entidade, que se
dos hospitais associados das diferentes regiões brasileiras,
dedica cada vez mais a proporcionar subsídios para o aprimoramento
contaremos, nesta edição, com a participação de Eduardo
do setor, compartilhando as experiências e melhores práticas de seus
Amaro, Diretor do Grupo Santa Joana (SP) e Membro do
associados com o mercado. Neste processo, os hospitais membros
Conselho da Anahp, abordando os desafios das maternidades
da Anahp têm papel fundamental, pois tudo o que produzimos
brasileiras e as perspectivas de crescimento para o setor.
conta com a dedicação dessas instituições, que entendem o
Outro tema interessante abordado nesta edição do Panorama
propósito da Associação e contribuem de maneira abnegada.
é a inovação e criatividade no ambiente de trabalho. Com
Entre todos os produtos lançados recentemente, não poderia
programas que estimulam a expressão criativa dos colaboradores,
deixar de citar de maneira muito especial o Observatório Anahp,
as instituições aumentam o engajamento de suas equipes,
que a cada ano se supera, proporcionando análises setoriais mais
melhoram o clima organizacional e criam processos e serviços
completas e dados mais precisos. Entendemos a importância
mais eficientes e inovadores. Acompanhe a matéria na integra
dessa publicação para o mercado e procuramos aprimorar
e saiba como os hospitais estão trabalhando esse conceito.
cada vez mais o nosso trabalho. Gostaria, inclusive, de fazer um
Para finalizar, gostaria de parabenizar os hospitais associados citados
agradecimento especial aos colegas Alceu Alves da Silva e Laura
nesta publicação pelos investimentos em qualidade e infraestrutura.
Schiesari, respectivamente editor da publicação e Diretora Técnica da Anahp, que se comprometeram com a produção do Observatório,
Desejo a todos uma boa leitura!
assim como o Conselho Editorial da publicação e a nossa equipe – nas figuras de Evelyn Tiburzio e Marina Biancalana – que não mediram esforços para produzir um material de alta qualidade.
Francisco Balestrin Presidente do Conselho
Associação Nacional de Hospitais Privados
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Conselho de Administração Presidente: Francisco Balestrin | H. Vita Curitiba – PR
Diamond
Vice-Presidente: Antônio C. Kfouri | H. do Coração (HCor) – SP Eduardo Amaro | H. e Maternidade Santa Joana – SP Francisco Eustácio Vieira | H. Santa Joana – PE Henrique Neves | H. Israelita Albert Einstein – SP José Ricardo de Mello | H. Santa Rosa – MT José Roberto Guersola | Hospital Barra D’Or – RJ Maria Norma Salvador Ligório | H. Mater Dei – MG Paulo Chapchap | H. Sírio-Libanês – SP
Expediente
Gold
Panorama é uma publicação bimestral da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados. Jornalista Responsável Evelyn Tiburzio – MTB 11.385/MG Redação Evelyn Tiburzio Lucas Martini Conselho Editorial Carlos Figueiredo Evelyn Tiburzio Laura Schiesari Direção de Arte
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Graphic Designers Fotos Shutterstock, Jô Mantovani Tiragem 5.000 exemplares
Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados Rua Cincinato Braga, 37 – 4º andar – São Paulo – SP www.anahp.com.br – 11 3253.7444
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opinião
Atenção domiciliar no processo de desospitalização Essa modalidade assistencial tem se transformando em uma eficiente ferramenta de gerenciamento do cuidado integral e uma solução para o acompanhamento de pacientes que podem ser desospitalizados Nos últimos anos, observamos importantes transformações no sistema de saúde brasileiro, consequência das mudanças demográficas e epidemiológicas da população. O aumento do número de idosos demanda soluções para os problemas que as instituições hospitalares hoje enfrentam e, sobretudo, um redesenho dos sistemas de saúde, com mudanças importantes no cuidado prestado. O ritmo acelerado do envelhecimento da população ilustra a magnitude deste desafio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa de vida hoje é de 74 anos, e será de 81 anos em 2050. No Brasil, a expectativa de vida aumentou de 43 para 75 anos de 1945 a 2013. Em 30 anos o número de idosos quintuplicou e até 2050 será sete vezes maior. Em nosso país a alteração da pirâmide etária ocorreu em um terço do tempo se comparado aos países desenvolvidos. A transição epidemiológica acompanha a demográfica, e a concomitância de doenças infecciosas e crônicas não transmissíveis demandam maiores recursos e arranjos peculiares do sistema de saúde. Esta rápida evolução aumenta a necessidade de administrarmos e assimilarmos a inversão da pirâmide etária com maior rapidez do que os sistemas europeus, que enriqueceram primeiro, para depois envelhecer. Em alguns segmentos, a população de beneficiários apresenta hoje a estrutura etária prevista para o ano de 2030. A faixa etária dos acima de 65 anos utiliza mais os serviços de saúde, sobretudo hospitais, as hospitalizações são mais longas, a mortalidade maior, bem como as admissões em unidades de terapia intensiva e a taxa de institucionalização.
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Dados do Observatório 2015, publicação anual de indicadores hospitalares, desenvolvido pela Anahp, apontam que apenas em 2014 foram 5.956 internações com permanência hospitalar superior a 90 dias entre os hospitais associados à entidade. Isso acontece, principalmente, porque o sistema de saúde não está preparado e não oferece assistência adequada, uma vez que o modelo de atenção encontra-se ultrapassado, priorizando os casos agudos e de forma fragmentada. Será necessário reorganizar a rede de atenção para acolher e cuidar da população idosa.
Mas qual é a solução para essa realidade? Já é possível observar algumas movimentações do setor, com maior ênfase nas ações preventivas e de promoção da saúde, com aumento da prática do autocuidado. Observamos ainda a rearticulação dos hospitais, com o desenvolvimento de linhas de cuidado de atendimento capazes de responder de maneira eficaz e eficiente às necessidades emergentes, bem como o surgimento, nos últimos anos, de empresas especializadas no cuidado domiciliar. A Anahp, preocupada com essa realidade do setor, estabeleceu em 2014 o Grupo de Estudos sobre Home Care, com o objetivo de avaliar a pertinência de integrar a internação domiciliar ao leque de prestações hospitalares ou, ao menos, de aumentar a interação entre estes serviços. Após um ano de intenso trabalho, o Grupo chegou à definição de um documento que apresenta um estudo do contexto nacional, a regulamentação da atividade, os benefícios proporcionados pela
Como contribuição ao melhor entendimento da atividade
atenção domiciliar e os critérios para sua indicação, entre outros.
de internação domiciliar e como recomendação para
Os serviços de atenção domiciliar, em especial a modalidade de
o exercício das boas práticas de governança clínica
internação domiciliar, vêm se transformando em uma eficiente
nesse importante segmento da atenção à saúde no
ferramenta de gerenciamento do cuidado integral e uma solução para
Brasil, o Grupo de Estudos sobre Home Care da Anahp
o acompanhamento de pacientes que podem ser desospitalizados.
propõe um roteiro prático para admissão de pacientes em
Entre os inúmeros benefícios, o modelo de atenção domiciliar
programas de internação domiciliar. Tal roteiro corresponde
vem contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de
a instrumento de classificação de pacientes para admissão
comunicação da equipe multiprofissional com os familiares
e alta da internação domiciliar, ainda em fase de validação.
dos pacientes e uma maior adesão a programas de
Este estudo da Anahp foi, inclusive, o motivador principal para
prevenção de agravos clínicos e de promoção da saúde.
que o Home Care passasse a ser uma categoria de entidade
Destacam-se ainda a diminuição do risco de infecção hospitalar, a
afiliada à Associação, uma vez que a atenção domiciliar vem sendo
humanização do cuidado, a sensação de bem-estar e segurança
apontada como fundamental na atenção à saúde do idoso, da
proporcionados pelo ambiente familiar e seu impacto na recuperação
criança e dos dependentes de cuidados técnicos continuados ou
dos pacientes. Além disso, uma das principais contribuições do Home
de tecnologias para a manutenção das suas atividades vitais.
Care tem sido o favorecimento da liberação dos leitos hospitalares para os casos que dependam exclusivamente de procedimentos e terapêuticas que só podem ser realizados em ambiente hospitalar.
Laura Schiesari, Diretora Técnica da Anahp Evelyn Tiburzio, Coordenadora de Comunicação da Anahp
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em foco
Os desafios das maternidades no Brasil Em entrevista ao Panorama Anahp, Eduardo Rahme Amaro, Diretor do Grupo Santa Joana e Conselheiro da Anahp aborda o cenário atual das maternidades no país
Nos últimos meses, acompanhamos uma série de notícias referente ao fechamento de leitos de maternidade no país e os motivos que levaram as instituições de saúde a essa decisão. Mas de fato faltam leitos de maternidade no Brasil? Para falar sobre o tema, essa edição do Panorama Anahp conta com a participação de Eduardo Rahme Amaro, Diretor do Grupo Santa Joana (SP) – uma das principais redes brasileiras especializadas em maternidade. De acordo com levantamento realizado pela Anahp, a partir de dados do Datasus, o país conta atualmente com 54.903 leitos de maternidade, o que representa uma queda de 8,8% em relação a 2010 (5.272 leitos a menos). A queda foi observada tanto nos leitos públicos (SUS) quanto privados (não SUS). Para o Diretor do Grupo Santa Joana (SP), este cenário está relacionado à comparação entre custo e remuneração/rentabilidade de um leito de maternidade com um leito de outra especialidade que envolve materiais e medicações de alto custo. “Caso a instituição não tenha um volume adequado de partos, a maternidade se torna inviável financeiramente”, comenta. Entre 2010 e 2015, a quantidade de leitos de maternidade públicos caiu 9,4%, enquanto que nos leitos privados a queda foi menor, de 6,7%. Segundo Amaro, o principal desafio das maternidades no país é o envelhecimento da população, que resulta em um aumento da complexidade dos casos, com gestações de alto risco, má-formação, etc. “Para cuidar de forma adequada destas pacientes, as maternidades precisam de recurso tecnológicos de ponta, uma retaguarda ampla de especialistas. Tudo isso acarreta em uma elevação de custos”, argumenta. Acompanhe a entrevista na íntegra.
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Qual a sua avaliação sobre o modelo de saúde praticado no Brasil hoje? O modelo de saúde no Brasil, embora denominado universal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda é muito precário e pouco abrangente. Neste contexto, temos o modelo complementar, baseado nos planos de saúde e hospitais particulares (cerca de 25-30% da população), e que tem enfrentado um grande desafio por conta do aumento da demanda (aumento da população com acesso aos planos – emprego formal) e dos custos hospitalares, bem acima da inflação do país. Assim, minha avaliação é que este modelo “híbrido” precisa de alguns ajustes significativos para que tenhamos uma maior abrangência e qualidade dos serviços públicos e sustentabilidade da saúde complementar.
Muitos hospitais no Brasil estão fechando as maternidades e investindo em outras modalidades de atendimento de alta complexidade. Como o Santa Joana avalia este cenário? Faltam maternidades no Brasil? O que acontece é que quando se compara o custo e remuneração/ rentabilidade de um leito de maternidade com um leito de outra especialidade que envolve materiais e medicações de alto custo, a maternidade leva desvantagem. Além disso, ter uma maternidade de qualidade envolve ter recursos humanos (neonatologia, obstetriz, medicina fetal, obstetras 24 horas, etc.) e tecnológicos (UTI nenonatal) de um hospital geral. Assim, caso a instituição não tenha um volume adequado de partos, a maternidade se torna inviável financeiramente. Acreditamos sim que haja um déficit de leitos de maternidade, principalmente quando envolve casos de alta complexidade.
Frente ao envelhecimento populacional e às dificuldades do modelo de remuneração do setor, quais os desafios das maternidades brasileiras? Um dos grandes desafios das maternidades brasileiras é o envelhecimento da população, que resulta em um aumento da complexidade dos casos, com gestações de alto risco, má-formação, etc. Assim, para cuidar de forma adequada destas pacientes, as maternidades precisam de recursos tecnológicos de ponta, uma retaguarda ampla de especialistas. Tudo isso eleva os custos.
Um dos grandes desafios das maternidades brasileiras é o envelhecimento da população, que resulta em um aumento da complexidade dos casos, com gestações de alto risco, má-formação, etc”. Associação Nacional de Hospitais Privados
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em foco
Leitos de maternidade no Brasil, 2010 a 2015 60.175 60.000
58.127
57.891
58.000
56.643
55.997
56.000
54.903
54.000 52.000 50.000
2011
2010
2012
2013
2014
2015
Evolução de leitos de maternidade, por modalidade de financiamento SUS 50.000
46.045
44.523
44.085
40.000
Não SUS 42.126
42.731
41.723
30.000 20.000
14.130
13.604
10.000
13.806
2011
2010
2012
13.912
13.871
2013
2014
13.180
2015
Evolução de leitos de maternidade, por região do Brasil em 2015 9% 10% Centro-Oeste
34%
Norte
15%
Sul Nordeste Sudeste
32%
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Associação Nacional de Hospitais Privados
Fonte: Elaborados pela Anahp a partir de dados do Datasus.
Caso a instituição não tenha um volume adequado de partos, a maternidade se torna inviável financeiramente.
Como o Santa Joana faz para se manter na vanguarda das maternidades no Brasil, com resultados assistenciais tão bons? Acreditamos que por sermos focados na saúde da mulher e do recém-nascido, ao longo do tempo fomos adquirindo uma experiência muito grande em promover uma assistência de qualidade, com segurança para nossas pacientes. Além disso, temos um investimento constante em tecnologia e recursos humanos e procuramos sempre resultados assistências iguais ou melhores as principais instituições do mundo. Um exemplo disso é nossa UTI Neonatal, que faz parte da Rede Vermont – uma rede que compila indicadores das melhores UTI Neonatais do mundo.
Quais os principais projetos atuais e futuros do Hospital e Maternidade Santa Joana? Com o aumento da complexidade, um projeto importante que estamos realizando no Hospital e Maternidade Santa Joana é a estruturação de uma Unidade Intensiva Neonatal Cirúrgica e outra Neurológica. Acreditamos que essa mudança será de extrema importância, já que hoje temos um nível de conhecimento e subespecialização da Neonatologia que permite tal divisão. Além disso, temos algumas obras estruturais e o constante aprimoramento dos processos que envolvem a qualidade e segurança de nossos pacientes.
Qual a sua visão em relação ao trabalho desenvolvido pela Anahp? O senhor entende que a Associação desempenha um papel importante na saúde? A Anahp hoje desempenha um papel muito importante na Saúde. Na parte assistencial, os grupos de trabalho são de grande importância para o debate de novas rotinas, problemas comuns enfrentados pelas instituições, adequações às normas regulatórias. Temos também os eventos acadêmicos e simpósios, que proporcionam um importante espaço para o debate entre seus membros. Além disso, a Anahp exerce um papel institucional muito importante, representando seus associados em diferentes esferas governamentais, junto às operadoras de plano de saúde e fornecedores.
anahp por dentro
Anahp apresenta novidades na Hospitalar Feira e Fórum 2015 Entidade anunciou o tema do 3º Conhap – Congresso Nacional de Hospitais Privados, lançou o aplicativo da Anahp, além de estudos e publicações exclusivas
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Panorama Anahp
Associação Nacional de Hospitais Privados
A participação da Anahp – Associação Nacional de Hospitais
energética: experiências de hospitais brasileiros”, no turno vespertino.
Privados na Hospitalar Feira e Fórum 2015 foi marcada por uma série
Reunindo convidados de renome, as discussões contaram com
de lançamentos e ações que prezam pelo debate construtivo e pela
representantes de hospitais associados especialistas nos temas
melhoria da qualidade da assistência médico-hospitalar brasileira.
abordados, além de profissionais de grandes empresas atuantes nas
No dia 19, primeiro dia do evento, a Anahp reuniu em seu estande
áreas de Energia, Sustentabilidade e Gestão de Negócios.
associados, entidades parceiras e personalidades do setor saúde
No mesmo dia, no intervalo entre os dois blocos do Seminário, ainda
para o lançamento do Observatório Anahp 2015 e do aplicativo da
houve o lançamento do Conahp – Congresso Nacional de Hospitais
Associação para smartphones. Com a presença de mais de 200
Privados, que acontecerá entre os dias 11 a 13 de novembro, no
pessoas, o Presidente da entidade Francisco Balestrin, juntamente
WTC Golden Hall, em São Paulo. A cerimônia foi realizada no
com o Editor do Observatório Anahp, Alceu Alves da Silva e o
Lounge da Hospitalar e contou com a presença de membros da
Diretor Executivo da Associação, Carlos Figueiredo, apresentou as
Comissão Científica do Conahp, do presidente do Conselho da
funcionalidades do aplicativo, disponível para aparelhos Apple e
Anahp, Francisco Balestrin e da presidente e fundadora da Hospitalar,
Android, e as novidades da 7ª edição do Observatório.
Waleska Santos. O tema deste ano será: “O hospital na construção
Uma programação intensa foi reservada para a manhã seguinte,
da excelência do sistema de saúde: perspectivas e desafios”.
quando teve início o Seminário Anahp. Divido em dois blocos, o dia
Para concluir sua participação no evento com grande êxito, no dia 21, a
20 teve como destaques os temas “Engajamento como estratégia
Anahp lançou o “Manual de Diretrizes de TI para Hospitais Privados: em
para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho
busca do Hospital Digital”, uma publicação pioneira no país, desenvolvida
organizacional”, durante o período matutino, e “Crise Hídrica e
pelo Grupo de Estudos de Tecnologia da Informação da Anahp.
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anahp por dentro Lançamento Observatório Anahp 2015 Lançado no dia 19 de maio, durante a Hospitalar Feira e Fórum,
O Editor da publicação, Alceu Alves da Silva, chamou a atenção
o anuário setorial reúne uma completa análise dos indicadores
para os principais dados da publicação durante o lançamento.
econômico-financeiros, operacionais, de gestão de pessoas e
“Além do crescimento da demanda, os hospitais enfrentam
de qualidade dos hospitais associados, bem como uma análise
outros desafios, como a defasagem entre as receitas e os custos
do sistema privado de assistência à saúde.
por paciente/dia e pela saída hospitalar, provocada em parte
Para o Presidente do Conselho da Anahp, Francisco Balestrin,
pela pressão das operadoras dos planos de saúde” explica.
a publicação reflete a preocupação da entidade e de seus
“A receita líquida por saída hospitalar registrou uma queda
associados em compartilhar com o mercado os desafios do
de 7,3%, em 2014, em relação ao ano anterior – passando
setor. “Há mais de dez anos medimos os indicadores de nossos
de R$ 20,3 mil em 2013 para 18,8 mil, no ano passado. Esse
hospitais associados e, primando pela transparência das
indicador chama mais a atenção quando se observa que está
iniciativas da Anahp, há sete anos decidimos compartilhar o
na contramão da inflação oficial do País em 2014, medida pelo
nosso desempenho com o mercado de saúde, com o objetivo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que cresceu
de contribuir para as discussões do setor. Hoje, o Observatório
6,4%”, acrescenta Alceu.
é um dos produtos mais importantes da Anahp e se tornou uma
Durante a Feira, mais de mil exemplares do Observatório Anahp
referência para o mercado”, afirma.
foram distribuídos.
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Panorama Anahp
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Anahp na vanguarda tecnológica Acompanhando as evoluções tecnológicas do mercado, e objetivando ampliar o alcance dos produtos e serviços da Associação, a Anahp lançou o seu aplicativo no último dia 19 de maio, durante a Feira Hospitalar. A partir de agora, todas as publicações da entidade poderão ser acessadas pelo aplicativo, bem como a agenda de eventos da Anahp. Na ferramenta, há ainda um espaço exclusivo para hospitais membros, que permite acesso às publicações exclusivas para associados, como estudos econômicos e setoriais.
Baixe agora mesmo o aplicativo da Anahp para as versões Android e Apple.
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anahp por dentro
Reserve a sua agenda para o 3º Conahp Evento acontecerá entre os dias 11 e 13 de novembro de 2015 No dia 20 de maio, a Hospitalar Feira e Fórum também foi palco para o lançamento do 3º Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp). Destinado a dirigentes, médicos, lideranças setoriais e profissionais da área, o 3º Conahp acontecerá
O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: perspectivas e desafios
entre os dias 11 e 13 de novembro de 2015 e terá como tema central ‘O hospital na construção da excelência do sistema de saúde: Perspectivas e desafios’, a partir de três principais eixos de discussão: construção da liderança; construção
Novembro 2015
Dom
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Qua
Qui
Sex
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acompanharão as experiências de palestrantes
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nacionais e internacionais renomados.
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da inovação; e a construção de novos modelos. Durante os três dias de congresso, os participantes
A expectativa da Anahp é reunir mais de 800 pessoas. O 3º Conahp contará ainda com a sessão de pôsteres. Serão mais de 150 trabalhos expostos. Em breve divulgaremos mais informações de como participar. Aguarde!
Como se tornar um hospital digital? Atenta às ferramentas que possam ampliar a eficiência dos hospitais e proporcionar condições para uma governança clínica mais efetiva, a Anahp lançou no dia 21 de maio de 2015 o “Manual de Diretrizes de TI para Hospitais Privados”. Com diretrizes e recomendações que colaboram para a adoção progressiva de ferramentas de TI, o Manual é resultado do trabalho do Grupo de Estudos de TI da Anahp, formado por profissionais de diversos hospitais associados. O objetivo é contribuir para que as instituições tenham ampla automação de processos, inovação, mobilidade, segurança, eficiência e possam alcançar o status de “hospital digital”. A publicação está disponível no site da Associação e no aplicativo da Anahp. Conheça mais sobre este produto da Anahp!
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saúde
Os desafios na gestão de leitos de
longa
permanência
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Pesquisa inédita da Anahp avalia como os hospitais no Brasil se preparam para atender à crescente demanda por vagas para pacientes crônicos A longa permanência de pacientes é um problema que atinge
hospitais privados de excelência do Brasil. Foi o início de um
a maioria dos hospitais do país. Entre os fatores para essa
processo que posteriormente deu origem a uma pesquisa
tendência do setor, que abrange, sem distinção, as redes pública
junto aos hospitais associados à entidade, e que avaliou
e privada de saúde, estão as mudanças no perfil demográfico e
as ações e ferramentas desenvolvidas para monitorar a
epidemiológico da população, a recusa de desospitalização por
longa permanência de pacientes nessas instituições.
parte das famílias, dificuldades no relacionamento com as fontes
Para enriquecer ainda mais a análise, a Anahp acionou seu
pagadoras, negativas e demora no processo de liberações de
Núcleo de Estudos e Análises – NEA, que cruzou os dados da
convênios para instituições de longa permanência, entre outros.
referida pesquisa com informações do Ministério da Saúde,
A urgência do tema motivou a Anahp – Associação Nacional
da literatura e de experiências internacionais, criando um
de Hospitais Privados a debater esse assunto em seus grupos
retrato sobre os desafios e perspectivas que a gestão de leitos
de trabalho, formados por representantes dos principais
de longa permanência reserva aos hospitais brasileiros.
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Panorama Anahp
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saúde
O novo brasileiro O estudo desenvolvido pelo NEA detectou uma forte mudança
e propondo ações de melhoria. Como resultado, desde
no perfil demográfico e epidemiológico da população nos
a criação do grupo, em 2008, já tivemos uma redução de
últimos anos. A pesquisa realizada em 2013, com 60 hospitais
37% do número de pacientes internados por dia com tempo
associados à Anahp, apontou que o tempo médio de
de permanência superior a 20 dias”, afirma Marcia.
permanência nesses hospitais aumentou de 4,2 dias em 2009
O grupo é multidisciplinar e composto por médicos, enfermeiras,
para 4,6 dias em 2014, avanço explicado pela grande evolução
assistentes sociais e conta com o apoio eventual de outras áreas,
da expectativa de vida do brasileiro, de 55 anos em 1960
como psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia. “Em 2014, a média
para 73 anos em 2010, segundo dados do Banco Mundial.
de tempo de permanência de pacientes de longa permanência
O bônus demográfico brasileiro, que durará até 2030, irá alterar
foi de 47,3 dias. Esses pacientes são gerenciados em busca de
a dinâmica da pirâmide populacional, com incremento da
otimização dos recursos para que a desospitalização seja feita
população idosa, e trará como consequência uma transição
no tempo adequado, de forma segura e racional, aumentando a
epidemiológica, que por sua vez impactará na demanda por
disponibilidade de leitos para novas internações”, revela Marcia.
serviços sociais e de saúde. Estima-se que em 2030, 17% da população brasileira será de idosos, ante 10,8% em 2012. Para Marcia Yassue Kimura Oka, Médica Supervisora do Grupo de Apoio ao Paciente de Longa Permanência – GRAP do Hospital Santa Catarina (SP), o envelhecimento populacional é uma realidade imutável. “As internações de idosos, além de em maior número, têm uma média de permanência superior ao do adulto jovem para uma mesma doença. Para minimizar os riscos do aumento do tempo de permanência, o hospital criou o GRAP, que discute mensalmente com a Diretoria as dificuldades enfrentadas, assim como os sucessos alcançados, planejando
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Panorama Anahp
Associação Nacional de Hospitais Privados
Perfil epidemiológico Nos últimos anos, a taxa de mortalidade por doenças
“Trabalhamos com Núcleos de Especialidades, parcerias com
crônicas vêm aumentando não apenas no Brasil, mas
centros médicos e ambulatórios, grupo multiprofissional de gestão
também em outros países do mundo. Segundo dados do
de altas e encaminhamento para hospitais de reabilitação e
DataSUS, o número de mortes provocadas por doenças do
cuidados paliativos. Visamos sempre prestar a melhor assistência
aparelho respiratório passou de 5,1% em 2009, para 7,3% em
aos pacientes com alto nível de dependência”, explica Simone
2014. Crescimento que atingiu, no mesmo período, outras
Raiher, Gerente de Práticas Assistenciais do Hospital Samaritano.
causas associadas ao capítulo CID-10, como circulatório,
No Hospital Mãe de Deus (RS), o caso é semelhante.
sistema nervoso, endócrino, neoplasias, entre outras.
Por definição estratégica a entidade também não tem
Observa-se, no entanto, um aspecto importante no Brasil.
unidade de retaguarda. Os pacientes com mais de 30
Diferentemente do que ocorreu com economias desenvolvidas,
dias de internação hospitalar, considerados de longa
nas quais a transição epidemiológica foi historicamente
permanência, são encaminhados para atendimento
lenta, no Brasil este fenômeno tem sido acelerado e vem
domiciliar ou unidades médicas de baixa complexidade.
interferindo diretamente no acesso e utilização das instituições
“As questões sociais têm sido muito prevalentes na nossa
hospitalares do país. Além disso, os hospitais sofrem com
instituição. A falta de locais preparados para receber estes
um modelo de cuidado da saúde focado na instituição
pacientes no pós-alta e o custo elevado cobrado pelos
hospitalar e de baixa oferta de instituições de retaguarda.
residenciais estão entre os complicadores que enfrentamos.
Há ainda outro dado que ajuda a ilustrar a complexidade
Realizamos reuniões com operadoras e institutos para
deste cenário. Muitos hospitais concentram cada vez mais
dividirmos o cenário atual e minimizar os índices de
seus esforços na especialização de suas instituições, e
permanência. Estamos revendo o fluxo de pacientes e
em procedimentos médicos sofisticados e específicos.
testando novas formas de incorporação tecnológica que
Com foco na medicina altamente especializada, o Hospital
permitam aumentar a eficiência do processo interno e da fase
Samaritano (SP) não possui instituição de retaguarda própria.
de reabilitação”, afirma Elenara Oliveira Ribas, Gerente do
Desenvolve processos direcionados ao melhor fluxo do
Serviço de Epidemiologia e Gestão de Risco do Hospital.
paciente dentro da entidade e faz parcerias com instituições que possam oferecer assistência a pacientes crônicos.
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Panorama Anahp
21
saúde
Entraves Conflitos familiares e com fontes pagadoras estão entre os
e conscientização. Além disso, mensalmente são realizadas
maiores obstáculos à desospitalização de pacientes crônicos.
reuniões com as operadoras com maior número de
Para muitas famílias, retirar seus parentes dos hospitais
internações de longa permanência, com o objetivo de discutir
não é factível, dados os custos elevados dessa iniciativa.
os casos e buscar alternativas para otimizar a internação e
Não bastasse o valor de tais serviços, incompatível com a
facilitar o processo de desospitalização (para home care ou
média de renda do brasileiro, a Resolução Normativa da ANS
hospital de apoio), de forma a propiciar a continuidade na
nº 338, de 21 de outubro de 2013, que regula a cobertura
assistência, reduzindo o risco da reinternação”, diz Marcia.
mínima obrigatória das operadoras de planos de saúde (OPS),
No Hospital Samaritano, a análise e o monitoramento dos
deixa claro que o custeio de atendimento domiciliar é opção
casos de longa permanência, bem como a sensibilização
da operadora de plano de sáude. Com isso, muitas vezes é
do corpo clínico, são o ponto de partida para a prevenção
necessário que a Justiça interceda nos casos, impondo que
da ocupação morosa dos leitos. O Hospital realiza reuniões
as operadoras prestem atendimento de home care a seus
periódicas com o Corpo Clínico e Medicina Diagnóstica
conveniados. Como consequência, as famílias postergam a saída
para a apresentação dos dados de longa permanência.
de seus parentes, até que tenham garantido esse benefício.
“Avaliamos com a equipe os motivos mais frequentes, os
Em última instância, são os hospitais que arcam com o ônus
indicadores com altas taxas de permanência e tempo
deste conflito, uma vez que seus leitos preparados para casos de
para realização de exames e entrega de resultados.
alta complexidade estão ocupados por pacientes compensados
Discutimos alternativas para internações mais objetivas
clinicamente. Este cenário impacta diretamente o faturamento
e eficientes. Nestas ocasiões tentamos sensibilizar as
dos hospitais e diminui o acesso dos leitos a pessoas que
equipes discutindo eventos adversos e suas consequências
dependem, de fato, de uma assistência de alta complexidade.
para os pacientes e equipes”, diz Simone .
Para identificar riscos inerentes aos pacientes e às famílias, para
Na outra ponta do trabalho preditivo está o relacionamento com
que estes se tornem de longa permanência, o Hospital Santa
as famílias dos pacientes e operadoras de planos de saúde.
Catarina desenvolveu um mecanismo. Uma entrevista é realizada
“Realizamos reuniões semanais com as principais operadoras para
pela equipe do GRAP em visita ao quarto do paciente, avaliando
planejamento de altas e discutimos estratégias de abordagem
as prováveis dificuldades para a desospitalização. A ação permite
com familiares. Contamos com equipe capacitada para a
que a equipe aborde o médico e a família precocemente para
mediação destes conflitos, que conduz reuniões entre médicos
dar suporte durante a internação e atuar como facilitador no
e pacientes para esclarecimento de dúvidas, compartilhamento
processo da alta. O corpo clínico e as operadoras de planos
do plano de alta e discussão das reais necessidades do
de sáude também recebem atenção especial da instituição.
paciente e familiar para a desospitalização ou transferência
“Fazemos reuniões com o corpo clínico para a sensibilização
para clínicas de menor complexidade”, complementa Simone.
22
Panorama Anahp
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A evolução dos leitos crônicos no país não tem acompanhado a progressiva demanda por atendimentos desta espécie, foi o que constatou o estudo da Anahp.
Panorama brasileiro A evolução dos leitos crônicos no país não tem acompanhado a
em hospitais para cada 1.000 habitantes acima de
progressiva demanda por atendimentos desta espécie, foi o que
65 anos nos países da OCDE versus 0,8 leitos em hospitais nacionais.
constatou o estudo da Anahp. Nos países da OCDE, existiam em
A discrepância é, em parte, explicada pelo alto investimento
média 49,1 leitos de longa permanência para cada 1.000 habitantes
público em cuidado de longa permanência destinado por
acima de 65 anos em 2011. Destes leitos, 44,3 encontravam-
países da OCDE. Na Holanda, por exemplo, este valor chegou
se em instituições de retaguarda contra 4,8 em hospitais.
a 3,7% do PIB em 2011. Em relação a todos os países da
No Brasil, assistimos a uma realidade inversa. Há baixa
OCDE, a média no mesmo ano foi de 1,6% do PIB.
oferta de serviços em instituições de retaguarda e os
Um estudo feito pela Anahp a partir de informações do DataSUS
hospitais de alta complexidade concentram, também, o
revelou ainda que praticamente não houve evolução em leitos
atendimento a pacientes de longa permanência. No país,
crônicos no Brasil. De 2009 até 2013, o número de leitos deste tipo
até 2011, existiam 0,82 leitos de longa permanência em
em hospitais privados e no SUS (considerando vagas em hospitais
hospitais para cada 1.000 habitantes acima de 65 anos.
públicos e privados) permaneceu quase inalterado. Em 2009, existiam
Ainda que os dados nacionais encontrem-se disponíveis
11.509 leitos, já em 2013 a oferta passou para 11.386 leitos.
apenas para os leitos em hospitais, prejudicando a comparação
Mas há uma mudança no período, que deve servir de
internacional – pois não é possível contabilizar também
alerta aos hospitais privados do país. Entre 2009 e 2013,
os leitos em instituições exclusivamente de retaguarda – fica
a oferta de leitos crônicos diminuiu 8% na rede pública,
evidente a disparidade do Brasil em relação a países considerados
pressionando a rede privada a abrir mais 6% de leitos
com economias desenvolvidas: 4,8 leitos de longa permanência
crônicos. E a tendência é que esta demanda cresça.
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23
saúde
Home care ou internação hospitalar: qual tem maior custo?
No Brasil, seguindo tendência internacional, a principal opção para a desospitalização de idosos, sobretudo no sistema suplementar, é o home care. Para os familiares, trata-se de uma exigência para a alta do paciente. Para as operadoras de planos de saúde, sinônimo de altos custos, recusa do benefício e processos decididos pela Justiça. A Anahp comparou os gastos do atendimento em internação e home care para alguns perfis de pacientes, a fim de demonstrar que muitas vezes a transferência para a atenção domiciliar é vantajosa para os dois segmentos, reduzindo substancialmente o risco de reinternação, aumentando a produtividade dos hospitais e minimizando os gastos diretos e indiretos com os pacientes.
Diária home care
Simulação de custos de home care e internação hospitalar
10%
Paciente do sexo masculino, 59 anos. Diagnóstico: pós-AVCH. Totalmente dependente. Internação domiciliar de média complexidade 24 horas
menor que a hospitalar
menor que a hospitalar
Paciente do sexo masculino. 86 anos Paciente do sexo feminino, 96 anos Diagnóstico: Alzheimer avançado + Diagnóstico: ICC descompensado PNM (AP: Traqueostomia secundária Diária + ITU de repetição. Totalmente a traqueomalácia). Totalamente home care dependente. Internação domiciliar dependente. Internação domiciliar de média complexidade de alta complexidade 24 horas 24 horas Diária home care menor que a hospitalar
90%
80%
Paciente do sexo masculino, 65 anos. Diagnóstico: Ostiomielite por Salmonela em fêmur esquerdo. Procedimentos: aplicação de antibiótico medicação PiCC 1x/dia
Paciente do sexo feminino. 94 anos Diagnóstico: BCP + delirium hipoativo. Totalmente dependente. Internação de média complexidade 24 horas
Raio-X do paciente de longa permanência
SAÚDE:
é portador de doenças crônicas.
91%
COBERTURA:
91% possuem planos de saúde
Panorama Anahp
70%
60%
menor que a hospitalar
24
Diária home care
Diária home care
menor que a hospitalar
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ESTRUTURA FAMILIAR:
encontram-se em situação vulnerável e de dependência comumente de parentes, como filhos e irmãos.
60 a 89 anos
IDADE:
Encontram-se na faixa etária dos 60 aos 89 anos
PERMANÊNCIA:
possuem predisposição a internações superiores a 90 dias
Fonte: Custo estimado a partir de dados do mercado
eventos
O que impactam os
custos na saúde 26
Panorama Anahp
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“O envelhecimento populacional e as mudanças do
a atenção diz respeito à média de permanência, que
perfil clínico e epidemiológico da população são fatores
aumentou de 4,4 para 4,6 dias. Essas mudanças,
importantes que impactam diretamente nos custos da
naturalmente aumentam o consumo e a complexidade
saúde”, afirma Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da
dos atendimentos nas instituições”, explica Figueiredo.
Anahp durante o Workshop sobre o ‘O que impactam os
Segundo o executivo, além do avanço da demanda e o
custos na saúde’. O evento foi promovido pela Associação
aumento de usuários com maior consumo de serviços e
no dia 07 de maio de 2015, no Hospital do Coração – HCor,
materiais, o setor hospitalar tem observado ainda crescente
em São Paulo (SP) e reuniu cerca de 200 participantes.
pressão de operadoras de planos de saúde pela redução de
“Dados do Observatório Anahp de 2015 revelam que
suas despesas assistenciais. “Essa tendência é verificada na
a mediana de idade dos pacientes passou de 37 para
defasagem de reajustes contratuais, e no forte crescimento
41 anos. Outro dado importante que também chama
das despesas em relação às receitas”, completa.
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Panorama Anahp
27
eventos
Panorama geral da economia e inflação no Brasil: Macrotendências Frente ao aumento dos custos em saúde, o evento contou com a participação de Luiz Gustavo Cherman, Economista do Itaú BBA para falar sobre as perspectivas econômicas do país. De acordo com o palestrante, em 2014 o crédito nos bancos públicos tinha crescido muito, mas com a atual situação econômica do país foram reduzidos, pois não há mais recursos para manter a expansão. Outro ponto mencionado por Cherman foi os preços administráveis (água, luz, etc), que caíram nos últimos anos. “Essa realidade já indicava que alguma coisa estava errada. Agora, com esse momento econômico delicado, esses custos já começaram a subir significativamente, especialmente com as crises hídrica e energética”, comenta. Ao abordar as tendências econômicas globais, o palestrante
Workshop sobre custos na saúde reúne mais de 150 pessoas
reforça o baixo crescimento dos países emergentes. “Nos Estados Unidos, a desaceleração econômica recente parece ser temporária e deve haver aumento na taxa de juros ainda em 2015. A atividade econômica na Europa continua melhorando, assim como a China, após a desaceleração econômica do primeiro trimestre. Já
custos para as correções necessárias na economia do país. “2015 será um ano de tratamento, com a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% e inflação de
os países emergentes, apresentam
8,2%. Em 2016 ainda será difícil, a perspectiva de crescimento
crescimento fraco e o espaço
do PIB é de 0,7% e a inflação de 5,5%. É baixa, mas já é
para estímulos está ficando cada
alguma coisa, pois precisamos sair do vermelho”, afirma.
vez mais restrito”, explica.
Além do fraco desempenho econômico, a taxa de desemprego
Para o economista, 2015
apresenta tendência de aumento e a perspectiva é que
será um ano de alta de
ao final de 2015 chegue a 7,3%, segundo Cherman.
Gustavo Cherman, Economista do Itaú BBA fala sobre as perspectivas econômicas do país
28
Panorama Anahp
Walban Damasceno de Souza, Diretor de Assuntos Corporativos da BD aborda os desafios da indústria de suprimentos hospitalares
Experiências da indústria de suprimentos hospitalares As elevadas cargas tributárias na indústria de suprimentos
constante na indústria, especialmente em um momento como
hospitalares, o ambiente regulatório pouco favorável e os
este, em que teremos, por exemplo, um impacto de R$ 1,5
efeitos do baixo desempenho da economia do país na indústria
milhão só em energia. O Governo, infelizmente, faz políticas
de suprimentos hospitalares foram abordados por Walban
com o pensamento sindical da década de 80”, afirma.
Damasceno de Souza, Diretor de Assuntos Corporativos da BD.
A variação cambial e os impactos nas importações, a
“A carga tributária no nosso setor é muito alta, além dos
falta de estrutura logística do país e falta de planejamento
custos para arrecadação desses tributos. A regulação é
de demanda da área pública também foram citadas
outro ponto importante que precisa ser revisto. Nós não
como dificuldades enfrentadas pela indústria.
somos contra a regulação, no entanto, ela precisa ser
Para amenizar essas questões, a indústria investe em
inteligente e contribuir com os processos”, explica Souza.
treinamento e capacitação, melhoria de processos e tecnologias
Segundo o executivo, o aumento dos preços administrados,
alinhados às necessidades dos países emergentes. “Essas
como energia, por exemplo, é um desafio para o setor, pois
iniciativas colaboram para a redução de custos do sistema e
não estavam previstos. “Redução de custo já é uma questão
contribuem para a sustentabilidade do setor”, argumenta.
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Panorama Anahp
29
eventos
Como indicadores econômicos são construídos e qual a sua utilidade? Como pensar em um indicador para a área da saúde? Denise de Pasqual, Economista da Tendências Consultoria Integrada abordou os requisitos necessários para a construção de indicadores e apresentou exemplos de iniciativas que se tornaram referência, como a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e o Monitor da Construção Civil (MCC). “Para construir indicadores econômicos, além de identificar as possíveis oportunidades, a relevância desse indicador com as variáveis econômicas, a sua abrangência e como esta informação pode contribuir. É importante, por exemplo, avaliar o comportamento dos preços de alguns insumos que são importantes para a cadeia da saúde. O custo tem que ser entendido como algo que vai além da relação médico, paciente e hospital, porque ele também é impactado por variáveis externas”, explica a economista. Denise de Pasqual, Economista da Tendências Consultoria Integrada apresentou experiências para a construção de indicadores econômicos
Impactos da variação dos custos da saúde sobre o mercado de saúde suplementar Para Adriano Londres, Diretor de Atendimento Empresarial na Qualicorp, a transição na saúde, o modelo assistencial inexistente e o modelo de remuneração desalinhado explicitam a necessidade de mudanças do setor. “Ao compararmos os principais indicadores de inflação geral de preços versus a inflação médica, percebemos o alto custo da saúde. Para mudar esta realidade, todos precisam se envolver: usuários, corretoras, empresas patrocinadoras, médicos, laboratórios, hospitais, operadoras de saúde e a Agência Reguladora”, comenta Londres. O palestrante também mencionou como alternativa para começar a mudar essa realidade do setor, trazer o bom médico para perto e pensar que o usuário tem papel fundamental na utilização consciente do sistema. Melhorar o processo de comunicação entre os atores do setor também foi citado como fundamental por Londres. “Quando nos comunicamos é para nos defendermos e não para nos comunicarmos efetivamente. Uma das coisas que podem ser feitas para reduzir os impactos da variação dos custos nos hospitais é a instituição produzir
Adriano Londres, Diretor de Atendimento
alguma informação para conversar com as operadoras. Esta
Empresarial na Qualicorp fala sobre a necessidade
é uma iniciativa pontual, mas que pode contribuir”, explica.
de mudanças nas relações do setor
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Panorama Anahp
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Integrando ações nas áreas de suprimentos e comercial: Como enfrentar a questão da variação dos custos da saúde juntos, e como fazer frente aos dilemas atuais? Carlos Oyama, Diretor de Suprimentos e Logística do Hospital
“Não basta comprar bem, temos que usar bem”, afirma Oyama.
Israelita Albert Einstein (SP); Paulo Ishibashi, Superintendente
O Diretor de Suprimentos do Einstein compartilhou ainda a
Comercial, Marketing e Negócios do Hospital Samaritano (SP)
experiência da instituição a partir de uma parceria com uma
e Ary Ribeiro, Superintendente de Serviços Ambulatoriais e
Operadora de Plano de Saúde para uma segunda avaliação
Comercial do Hospital do Coração – HCor (SP) apresentaram
de pacientes recomendados para cirurgias e utilização de
as iniciativas adotadas para enfrentar a variação de custos.
OPME’s. O resultado demonstrou que pouco mais de 40%
Ishibashi citou a necessidade de mais cuidado no processo de
dos casos de fato tinham recomendação cirúrgica.
incorporação tecnológica. “A incorporação tecnológica em saúde
“O assunto é complexo e está claro que a maneira como
deve possuir uma abordagem sistemática, que visa garantir
os custos em saúde são tratados não reflete a realidade do
custo-efetividade e disponibilidade para o atendimento”, explica.
setor. Existe uma série de variáveis a serem consideradas.
“Não queremos a incorporação tecnológica sem que
Mas o primeiro passo foi dado. A disponibilidade da cadeia
a sua eficácia seja comprovada por meio da medicina
em discutir o tema reflete a preocupação em mudar este
baseada em evidência”, complementa Oyama.
cenário, e somente juntos conseguiremos progredir”,
Outro ponto abordado pelos palestrantes foi o uso consciente.
finaliza Carlos Figueiredo, Diretor Executivo da Anahp.
Carlos Oyama, Diretor de Suprimentos e Logística do
Paulo Ishibashi, Superintendente Comercial, Marketing e Negócios
Hospital Israelita Albert Einstein (SP) apresentou as iniciativas
do Hospital Samaritano (SP) citou a necessidade de mais
adotadas para enfrentar a variação dos custos
cuidado no processo de incorporação tecnológica na saúde
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31
eventos
Engajamento
como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do
desempenho organizacional
Liderança técnica é desafio para o setor Realizado dia 20 de maio, durante a Hospitalar Feira e Fórum
grande percepção da importância da segurança e do foco no
2015, o Seminário Anahp “Engajamento como estratégia para
paciente. No entanto, também apresenta descontentamento dos
o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho
colaboradores em lidarem com líderes extremamente técnicos e
organizacional” apresentou os resultados de uma pesquisa inédita
pouco sensíveis a aspectos essenciais na gestão de pessoas.
sobre os desafios de engajamento do setor hospitalar privado.
“É fundamental desenvolver nos líderes, cujo perfil é técnico, também
Desenvolvida por meio de uma parceria entre a Anahp e a Hay Group,
a gestão de pessoas para que elevem suas equipes a um novo
empresa global de consultoria de gestão de negócios, o estudo
patamar em clima organizacional, com colaboradores mais efetivos
foi apresentado por Eliana Guglielmoni, Gerente de Consultoria da
e preparados para os desafios do dia a dia de trabalho. Por isso,
Hay Group, e Fábio Patrus, Superintendente de Gestão de Pessoas
enfatizo que investir na liderança não é custo, é investimento para as
e Qualidade do Hospital Sírio-Libanês (SP) e Coordenador do
organizações”, disse Eliana, destacando que foram ouvidos 7.030
Grupo de Trabalho em Gestão de Pessoas da Anahp (GTGP).
profissionais, de 30 hospitais, situados em seis estados brasileiros.
Na avaliação dos palestrantes, a pesquisa revela que os profissionais dos hospitais privados têm clareza sobre suas responsabilidades e
Para Fábio Patrus, no segmento saúde a liderança técnica se confunde com a liderança administrativa ou de gestão do negócio. “São competências completamente distintas, mas se tivéssemos mais líderes com a união dessas duas capacidades traríamos grandes resultados para o setor e uma nova realidade aos colaboradores dos hospitais”.
Fábio Patrus, Sueli Campos, Laura Schiesari e Eliana Guglielmoni
32
Panorama Anahp
Diálogo e plano de carreira
empresa por vontade própria. Além disso, em relação às últimas
Diretora de Recursos Humanos da Johnson & Johnson, Sueli Campos
com profissionais de fora. Os índices, ela afirma, demonstram que o
falou sobre o Processo de Desenvolvimento de Lideranças na
modelo de gestão da Johnson & Johnson valoriza os colaboradores,
posições preenchidas no último ano, apenas 30% delas contou
empresa. Lá, o desenvolvimento dos talentos ocorre em várias frentes,
motivando-os e tornando-os mais engajados com a empresa.
com metodologias integradas e bem definidas pela corporação. A
“Os líderes não são cobrados apenas por seus resultados, mas
dinâmica inclui cinco conversas individuais com datas pré-definidas
também por como os atingiram. Devem envolver todos da equipe e se
durante o ano entre o gestor e cada membro da equipe.
preocupam com o plano de sucessão. Fizemos com que entendessem
São discutidos aspectos como performance, remuneração,
que a única forma de eles crescerem na carreira é preparando seus
planejamento de carreira, entre outros. A intenção é que o funcionário
liderados. É uma relação em que todos ganham”, afirma Sueli.
saiba o que é esperado dele, mas também que a empresa entenda as
Atualmente a Johnson conta com uma Academia de Gestão de
ambições do colaborador e que o gestor apoie seu desenvolvimento,
Pessoas para auxiliar os líderes de sua empresa a exercerem o papel de
criando condições para que ambas as expectativas sejam atendidas.
liderança. O aprendizado é dividido em módulos, tem duração de um
Segundo Sueli, em 2013, 15% dos profissionais indicados por seus
ano e ocorre através da troca de experiências com outros profissionais,
gerentes alcançaram uma promoção e apenas 4% se deligaram da
a partir da experimentação de novas experiências e por treinamentos.
Silvana Castellani, Tooru Tanaka, Marlene Gasparelo e Bruna Menezes
Fernado Torelly, Maria Alice Rocha, Eduardo Queiróz e Vivien Rosso
Troca de experiências
Silvana Castellani, do HCor – Hospital do Coração (SP).
O Seminário Anahp “Engajamento como estratégia para o
de Recursos Humanos do Hospital Beneficência Portuguesa de São
desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho
Paulo (SP); Fernando Torelly, Superintendente Executivo do Hospital
organizacional” contou com a importante participação
Moinhos de Vento (RS); Vivien Rosso, Superintendente Geral do
Em seguida, sob a moderação de Maria Alice Rocha, Superintendente
de sete hospitais associados da entidade.
Hospital AC Camargo Cancer Center (SP) e Eduardo Jorge Marinho
Os gerentes de recursos humanos Bruna Menezes, do Hospital
de Queiróz Júnior, Superintendente de Saúde do Hospital Santa
Felício Rocho (MG), Tooru Tanaka, do Hospital Nipo-Brasileiro
Izabel (BA), participaram de um Talk Show no qual contaram como
(SP), Silvana Castellani, do HCor – Hospital do Coração (SP) e
seus hospitais desenvolvem o engajamento dos colaboradores.
Marlene Gasparelo Olczyk Jesus, do Hospital AC Camargo
Para eles, o ambiente que se constrói hoje, oferecendo
Cancer Center (SP), compartilharam suas experiências no
motivação, suporte ao crescimento dos profissionais e o
trato com os colaboradores em uma mesa redonda.
diálogo entre a instituição e seus colaboradores, é o único
Os palestrantes foram unânimes ao reforçarem a importância
meio de alcançar um futuro promissor para as entidades.
das lideranças no engajamento das equipes, mas destacaram
Fernando apontou para a importância de uma atmosfera
também o caráter humanizador e estratégico e de uma
engajadora. “Para engajar, o discurso técnico e estratégico
boa gestão dos talentos para as corporações.
não funciona, é muito chato. É preciso criar um ambiente de
“Temos sim que ter um olhar estratégico em nosso trabalho,
engajamento, lúdico, que transmita os objetivos que queremos
mas não podemos perder de vista o nosso papel enquanto
alcançar, deixando claro que o sucesso é de todos”, disse.
profissionais que trabalham para pessoas e que devem levar
“Escutar dá trabalho, mas é fundamental. Só assim os objetivos da
suas necessidades ao conhecimento das altas lideranças”, disse
instituição serão compartilhados pelo colaborador”, finalizou Vivien.
Associação Nacional de Hospitais Privados
Panorama Anahp
33
eventos
Crises hídrica e energética:
Experiências de hospitais brasileiros
Vanessa Torres e Adriana Isenburg O desabastecimento de água que atingiu recentemente algumas
Compliance do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
regiões do país foi o principal motivador para a realização do
Adriana apresentou dados alarmantes sobre a disponibilidade
Seminário Anahp promovido na tarde do dia 20 de maio, durante
de água nas bacias do Estado de São Paulo e simulou como se
a Hospitalar Feira e Fórum 2015, abordando o tema “Crises
dará o futuro neste setor caso a situação se mantenha inalterada.
hídrica e energética: experiências de hospitais brasileiros”.
“A humanidade usa a água doce como se fosse um recurso
A programação contou com uma palestra sobre
infinito, mas ela não é. O desperdício e os maus usos têm
“Problemática atual e perspectivas: o exemplo de
contribuído para que a disponibilidade de água venha diminuindo.
Campinas”, apresentada por Adriana Isenburg, Gerente de
Segundo índices de referência da UNESCO, de 2012, neste
Integração e Desenvolvimento Tecnológico da Sociedade
momento vivemos uma situação de escassez absoluta em
de Abastecimento de Água e Saneamento S. A. (SANASA)
algumas Bacias do Estado de São Paulo, com disponibilidade
e mediação de Vanessa Torres, Sustentabilidade e
inferior a 500 m3 por habitante por ano”, relatou Adriana.
34
Panorama Anahp
Associação Nacional de Hospitais Privados
Experiências bem-sucedidas Com o intuito de gerar benchmarking entre os hospitais, a Anahp convidou profissionais de hospitais e empresas do setor de energia e sustentabilidade para relatarem suas experiências na contenção dos problemas decorrentes da crise hídrica. Claudia Cristina de Oliveira, Coordenadora de Governança do Hospital Nove de Julho (SP), Marcos de Jesus Barros, Coordenador de Engenharia Hospitalar do Hospital Samaritano (SP) e Eduardo Pedroza da Cunha Lima, Operações e Novos Negócios da Odebrecht Ambiental, estiveram entre os participantes. Claudia relatou um problema vivido pelo Hospital Nove de Julho (SP), que gastava muita água no tratamento do piso das unidades de internação. O processo aplicado trazia incômodo aos pacientes, risco de queda e um grande volume de água. A solução foi tecnológica. O hospital adquiriu uma máquina que otimizou o gasto de água e a limpeza do corredor de 300 m², que antes demandava 300 litros de água e até 24h de trabalho, passou a ser feita com 25 litros e em 4h. “Nem sempre a solução se baseia apenas na forma como nos relacionamos com os recursos. Muitas vezes a tecnologia pode ser de grande valor para o aumento da eficiência, evitando desperdícios. Quando apresentamos aos colaboradores as economias que obtivemos ao adotar novos processos e eles sentem na prática as vantagens do uso racional da água, isso muda a forma como eles se relacionam com os recursos hídricos”, explicou Claudia. Outro ponto levantado pelos presentes foi a falta de índices comparativos ou de métricas que ajudem os hospitais a avaliarem e compararem seus resultados com os demais. “Como não há padrão comparativo e o perfil dos hospitais é muito diferente, mesmo que tenhamos acesso aos dados
O gasto de água e a limpeza do corredor de 300 m2, que antes demandava 300 litros de água e até 24h de trabalho, passou a ser feita com 25 litros e em 4h”, afirma Cláudia.
de outro hospital, é difícil fazer uma análise objetiva”, apontou Vanessa, mediadora da mesa.
Eduardo Lima, Claudia Oliveira, Vanessa Torres, Adriana Isenburg, Laura Schiesari e Marcos Barros
Panorama Anahp
35
eventos Fernando Ramos, Humberto Mata e Francisco Neves
Energia em pauta
Cases
A “Crise energética – problemática atual e perspectivas” foi o tema
A crise energética voltou a ser discutida na mesa
da apresentação das palestrantes Flávia Goldenberg, Gerente de
“Experiências bem-sucedidas de gestão da crise
Desenvolvimento de Negócios para a América Latina de Serviços
energética”, com presença de Humberto Rodrigues da
de Sustentabilidade da Schneider Eletric, e Renata Lourenço,
Mata, Responsável pelo Departamento de Manutenção do
Gerente de Conta do Segmento de Energia e Sustentabilidade da
Hospital Sírio-Libanês (SP) e de Fernando Ramos, Gerente
Schneider Eletric, que ainda contou com mediação de Gizelma
de Hotelaria do HCor – Hospital do Coração (SP).
Rodrigues, Gerente de Hospedagem do Hospital Sírio-Libanês (SP).
Fernando destacou a importância do planejamento,
O custo da energia no país, hoje com bandeira tarifária vermelha,
exemplificando com o caso de substituição de lâmpadas
equivalente a R$ 55 MW/h por hora, foi um dos pontos abordados
comuns por LED. “Para toda mudança é necessário estudo
por Flávia. Após apresentar diversas análises, ela afirmou que “não
de viabilidade. Não adianta trocar tudo de uma só vez. O que
há perspectivas de redução do custo energético em 2015”.
faremos com as lâmpadas antigas, vão para o lixo? Pensar
Renata Lourenço relatou casos de clientes que por meio de ajustes
no longo prazo e construir a mudança aos poucos é a melhor
no sistema de refrigeração de Data Centers ou até mesmo de
forma de conquistar economias verdadeiras”, disse.
medidas simples como alterações no motor do ar condicionado,
Para Humberto, uma opção interessante às entidades é buscar
conseguiram obter grandes reduções nos gastos com energia.
a participação do paciente no processo de redução dos gastos
“Antes de pensarmos em como reutilizar ou obter fontes alternativas
energéticos do hospital. “Em nossos quartos há comunicações
de energia, devemos buscar meios de gastar menos energia.
que reforçam o compromisso do Sírio-Libanês com o meio
Rever processos e mudar hábitos é a forma mais eficiente e
ambiente e com o uso racional da energia e da água, reforçando
barata de cortar gastos sem perder eficiência”, disse Flávia.
que a troca do enxoval é uma escolha do paciente”, finalizou.
Flávia Goldenberg, Vanessa Torres, Laura Schiesari e Renata Lourenço
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bem-estar
Hospitais investem em inovação e criatividade no ambiente de trabalho Com programas que estimulam a expressão criativa dos colaboradores, instituições aumentam o engajamento de suas equipes, melhoram o clima organizacional e criam processos e serviços mais eficientes e inovadores 38
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A satisfação de um colaborador com o seu trabalho, já há bastante tempo, não se limita mais à questão salarial. Remuneração, bônus e benefícios adicionais têm grande relevância, é claro, mas formas indiretas de motivação, como a disposição da empresa em ouvir o funcionário, o reconhecimento da instituição à sua participação e um bom ambiente de trabalho, geram tanta satisfação quanto as ações de apelo exclusivamente financeiro. Para o colaborador que dispõe de um canal de comunicação com a empresa há um sentimento de pertencimento, integração e orgulho pelo trabalho e pelas realizações alcançadas. Para as empresas, o cenário econômico atual, marcado pela acirrada competição, exige que criem constantemente novas formas de encantar o cliente e se adaptar rapidamente às demandas de seus mercados. Para ambos, a expressão da criatividade é benéfica, estratégica e necessária. Consultores em clima organizacional afirmam ser fundamental que os profissionais busquem expandir e exercitar suas habilidades criativas, potencializando competências , mas acima de tudo, é papel do empregador criar condições para que a criatividade e a inovação sejam expressas em suas organizações. No Brasil, alguns hospitais já entenderam as vantagens de investir em criatividade e inovação e conceberam ambientes orientados para a geração e valorização de ideias inovadoras entre os colaboradores. Desde 2014, o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) conta com uma Diretoria de Inovação, criada com o objetivo de intensificar o desenvolvimento e implantação de estratégias voltadas para o tema inovação. Uma das áreas da Diretoria, o Centro de Inovação Tecnológica (CIT), atua como canal de recebimento de ideias de todos os colaboradores. O CIT disponibiliza ferramentas e presta assessoria técnica a funcionários, possibilitando a convergência de ideias, recursos e pessoas para a geração de novos produtos, processos e negócios na área da saúde. “A Diretoria é responsável por disseminar a cultura de inovação por meio de cursos de propriedade intelectual e inovação para os gestores, além de atividades como workshops de criatividade e design thinking, envolvendo profissionais de todos os níveis da organização. Há uma participação ativa dos colaboradores e o feedback é tipicamente positivo. Em 2014, apenas no primeiro ano da Diretoria, 37 propostas foram submetidas a análise”, afirma José Claudio Terra, Diretor Executivo de Inovação e Gestão do Conhecimento do Einstein. Segundo o Diretor, antes da criação do CIT, ideias de colaboradores já haviam gerado grandes resultados ao hospital, daí a vontade da instituição em criar um programa dedicado ao tema. “Dentre outros cases, destaca-se a Hemolenta, uma solução utilizada na terapia contínua de substituição renal, que teve o pedido de patente em 2006 e foi licenciada em 2012 para uma das maiores indústrias farmacêuticas nacionais do país. A nova composição permite uma economia de aproximadamente 400 horas por mês quando comparada com a manipulação comum”, revela.
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bem-estar
Dentro das empresas nos submetemos a processos repetitivos, controlados e, o que é mais grave, sem espaço para o erro. Com isso, deixamos de exercitar o lado direito do cérebro, responsável pelo pensamento holístico. O erro não é entendido como parte do processo de acerto, mas sim como algo inadmissível e prejudicial”, explica Gisela. Também da capital paulista, o Hospital Sírio-Libanês (SP) sempre estimulou a geração de conhecimento e incentivou a inovação em sua instituição. Foi assim que desenvolveu, entre outras, uma patente já emitida na Europa, protegida em 12 países da Comunidade Europeia e nos Estados Unidos. O foco dado era, principalmente, para atividades de pesquisa e a publicação científica como forma de divulgação do conhecimento gerado. Desde março de 2015, no entanto, o hospital criou o Centro de Inovação do Colaborador, um ambiente dedicado na intranet, em que os colaboradores podem registrar suas ideias de novos processos ou produtos. As sugestões seguem um fluxo no qual o conceito é valorizar a participação do profissional. Em um primeiro momento, o gestor do banco de ideias seleciona os revisores e os notifica sobre uma nova ideia a ser avaliada. O revisor dá notas à ideia segundo critérios pré-estabelecidos e devolve sua avaliação ao gestor. A média das duas avaliações determina o caminho a ser trilhado: melhorar, explicar melhor ou aprovada. O feedback sempre é dado ao colaborador e, mesmo se não aprovada, jamais uma ideia é descartada – ela deve ser melhorada. As ideias aprovadas são apresentadas ao Fórum de Inovação (conjunto de 80 gestores), que indica ao Comitê de Inovação (composto por 8 superintendentes e gerentes) as ideias consideradas prioritárias. A critério do Comitê de Inovação, o número de ideias
Segundo Luiz, desde março deste ano, quando o banco de ideias
a serem implementadas pode variar, segundo a estratégia da
foi criado na intranet do hospital, mais de 100 sugestões já haviam
instituição e as oportunidades do momento. À medida que uma ideia
sido registradas. “Podemos medir a repercussão dessa nova
avança, os “donos” vão sendo reconhecidos de forma cumulativa.
inciativa pelo número de ideias e pelo barulho nos corredores
“Incluímos nesse processo um programa de reconhecimento
do hospital. Nossos números mostram o que a literatura sobre
aos colaboradores que pode chegar, inclusive, ao depósito de
o tema relata. Em um ano, deveremos atingir um número de
patentes e participação em eventuais receitas que possam advir
ideias registradas igual a 20% do número de colaboradores, o
do licenciamento dessas ideias”, afirma Luiz Fernando Lima
que deve significar cerca de 1.200 novas ideias”, estima.
Reis, Superintendente de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.
No Hospital Madre Teresa (MG), a partir da sugestão de um
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Segundo Cristina Correa, Coordenadora de Treinamento, Desenvolvimento e Benefício do Hospital Madre Teresa, as encenações contribuem para a manutenção do clima organizacional e são utilizadas como método de ensino – em apresentações ou em intervenções in loco, apresentando pequenas esquetes em vários setores do hospital, dando apoio a ações institucionais. Um exemplo emblemático ocorreu em 2012, durante o processo de acreditação internacional do Modelo Canadense, em que a Companhia esteve envolvida e promoveu ações lúdicas para adesão e entendimento das equipes do hospital em torno das exigências para a conquista do título. “Quando a Companhia de Teatro está incluída, percebemos que há uma adesão maior aos protocolos, campanhas, iniciativas e movimentos do hospital. São os colaboradores atuando na formação de seus próprios colegas. O hospital apoia integralmente a Companhia, seja com figurino, cenário ou proporcionando a dispensa do trabalho de colaboradores envolvidos nas peças para ensaios e apresentações”, afirma Cristina. Para a consultora em Inovação e Sócia-diretora da agência Pande, Gisela Schulzinger, quando uma organização cria espaço para as pessoas vivenciarem suas capacidades e competências, o impacto é poderoso. “A maioria das pessoas não conhece sua capacidade de criar e até se auto-denomina não criativa. No momento em que as pessoas são estimuladas a pensar de forma diferente, a desenvolverem novos pontos de vista e a arriscarem mais, se sentem empoderadas e percebem que são capazes de realizar coisas que não acreditavam que seriam”, enfatiza.
Muito além de uma ideia Na tela, uma lâmpada surge pouco acima da cabeça do personagem, ela acende e ele tem uma nova ideia. A representação visual da criatividade costuma ser associada a algo que surge ao acaso. Puro equívoco. Segundo especialistas, a criatividade está associada a inúmeros fatores, como a capacidade de observação, ao tempo dedicado para a reflexão e a possuir conhecimento prévio, entre outros. Em outras palavras, proporcionar condições ideais para que os pensamentos floresçam é tão importante quanto ter ideias. “Dentro das empresas nos submetemos a processos repetitivos, controlados e, o que é mais grave, sem espaço para o erro. Com colaborador , há 10 anos surgiu um dos programas de maior
isso, deixamos de exercitar o lado direito do cérebro, responsável
sucesso do hospital. A sugestão dele foi enviada pelo Projeto
pelo pensamento holístico. O erro não é entendido como
Caixa de Sugestões, que existe até hoje. A intenção era criar
parte do processo de acerto, mas sim como algo inadmissível
a Companhia de Teatro do hospital, formada por atores que
e prejudicial. O paradoxal é que cada vez mais os dirigentes
seriam os próprios profissionais da instituição. E deu certo.
cobram que suas equipes sejam criativas e tragam soluções
Difundindo mensagens importantes do hospital, a Companhia
inovadoras, sem criar condições para isso”, diz Gisela.
completa uma década de existência com números relevantes: 31
No Hospital Santa Paula (SP), um Comitê de Novos Projetos foi
peças criadas e protagonizadas por colaboradores e a participação
criado em 2012 com o intuito de gerar inovação na entidade e
de aproximadamente 80 profissionais do hospital neste período.
incentivar a participação de seus cerca de 980 colaboradores.
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bem-estar
O profissional envia sua ideia acompanhada de uma descrição e pode anexar croqui ou desenho se preferir. A sugestão não precisa ser necessariamente original ou inédita e pode ser criada individualmente ou em grupo. Se atender aos critérios do programa, o autor apresenta sua sugestão a um Comitê formado pelas áreas da Diretoria e de Recursos Humanos. “É um espaço para expressarem o seu lado criativo sem medo, inclusive com espaço para falhas”, afirma Paula Gallo, Gerente de Marketing do Hospital. Desde então, o Comitê do Hospital Santa Paula já recebeu 30 projetos de 13 setores diferentes, desde o Pronto-socorro até as áreas administrativas, como Hotelaria, Farmácia e RH, demonstrando o envolvimento de diversos departamentos do hospital. “Alguns projetos trazem sugestões simples, mas que causam grandes impactos e efetivas mudanças em processos antigos. Por isso ressaltamos a importância de enviarem qualquer tipo de sugestão, para não ficarem presos a ‘grandes projetos’. Acreditamos que nos dias de hoje, uma empresa que não acompanha as mudanças e não inova é superada por concorrentes mais ágeis, em qualquer tipo de segmento, inclusive no nosso”, afirma Paula.
Menos também é mais Um dos mitos da inovação e da criatividade é o de que algo só é inovador ou criativo se for inédito, extremamente complexo e original; praticamente a nova “invenção da roda”. Apesar de lógico e comum, tal raciocínio é completamente precipitado. Para Steve Jobs, por exemplo, “a criatividade é simplesmente conectar as coisas”. E conclui: pessoas tidas como criativas, na verdade, apenas fizeram “a ligação entre as experiências que já tiveram e então sintetizaram coisas novas”. Casos em diversos hospitais comprovam como é importante ouvir o colaborador e suas ideias. Além disso, demonstram como muitas vezes sugestões relativamente simples escondem verdadeiras inovações e têm efeito poderoso no dia a dia das instituições. Na Rede Mater Dei de Saúde (MG), que criou há cerca de 10 anos o Programa Sugestão Criativa para estimular os colaboradores a proporem melhorias em processos e serviços do hospital, foi a sugestão implantada de uma enfermeira supervisora que levou à padronização da primeira gaveta do carro de emergência, melhorando a visualização dos medicamentos. Foram feitas divisórias identificadas por cores com a finalidade de separar cada grupo de medicamentos. Assim, todos os setores do hospital que usam carrinhos de emergência passaram a utilizar o mesmo padrão de organização. Qualquer colaborador, independente de qual área seja, agora tem mais facilidade, agilidade e segurança na manipulação dos medicamentos. “Das 35 sugestões implantadas nos últimos três anos, oito contribuíram para a redução de custos ou aumento no faturamento, 17 ajudaram na melhoria dos processos de trabalho e 10 aperfeiçoaram o atendimento ao cliente. Não investir ou incentivar essas iniciativas seria abrir mão de um potencial muito grande que as organizações possuem; a capacidade de geração de conhecimento, por meio das pessoas que aqui trabalham e que se envolvem e se comprometem com a melhoria dos processos e do atendimento”, ressalta Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente da Rede Mater Dei de Saúde.
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perfil
Medtronic não descarta a possibilidade de novas aquisições em 2015 De acordo com o Oscar Porto, Diretor Geral da Medtronic, com a aquisição da Covidien, a companhia se consolidou como a maior empresa mundial de materiais e equipamentos médicos
Em 2014, acompanhamos a compra da Covidien pela
US$ 28 bilhões”, explica Oscar Porto, Diretor Geral da Medtronic.
fabricante norte-americana de aparelhos médicos
De acordo com o executivo, apesar da recente aquisição, é
Medtronic – uma operação de US$ 42,9 bilhões.
possível que outras empresas ou produtos sejam adquiridos
Com a fusão, a companhia passou a ter um abrangente portfólio de
em 2015. “A empresa cresce de maneira orgânica, por
produtos e amplo alcance geográfico. “Com a aquisição da Covidien,
meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento,
a Medtronic consolidou-se como a maior empresa mundial de
mas também através de aquisições”, afirma.
materiais e equipamentos médicos. São mais de 80 fabricas, sendo
Saiba mais sobre as perspectivas da companhia
duas no Brasil (85 mil funcionários) e um faturamento de mais de
para o mercado brasileiro em 2015.
Recentemente houve a fusão entre a Covidien e Medtronic. Hoje, qual a representatividade da companhia no mercado brasileiro e no mercado mundial? Com a aquisição da Covidien, a Medtronic consolidou-se como
A empresa cresce de maneira orgânica, por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, mas também através de aquisições”.
a maior empresa mundial de materiais e equipamentos médicos. São mais de 80 fábricas, sendo duas no Brasil (85 mil funcionários) e um faturamento de mais de US$ 28 bilhões. Com um portfólio completo, a empresa espera melhorar a vida dos pacientes.
Há perspectivas de novas aquisições / incorporações para 2015? A empresa cresce de maneira orgânica, por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, mas também através de aquisições. Sim, é possível que outras empresas ou produtos sejam adquiridos em 2015, desde que tragam terapias em linha com a missão da empresa – de aliviar a dor, reestabelecer a saúde e prolongar a vida.
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Oscar Porto, Diretor Geral da Medtronic
Quais são os projetos da companhia para 2015 no Brasil (novas soluções, produtos, ampliações, etc)?
saúde é fundamental, buscando reduzir os excessos e evitando as más práticas. Existem oportunidades de melhoria na eficiência
Nosso trabalho no Brasil visa trazer terapias que melhorem a
e na ética da cadeia como um todo. É hora de rever o modelo
vida de pacientes brasileiros. Inovações que tenham relevância
de negócio para a indústria, hospitais e planos de saúde.
científica, mas que também sejam economicamente viáveis a um maior grupo de pacientes. Entre os projetos que possuímos no Brasil, destacam-se o LATIN/STEMI – um programa implementado
Qual a percepção da companhia em relação ao mercado de suprimentos médico-hospitalares no Brasil?
em vários centros no Brasil, que com o auxilio da Telemedicina está
O Brasil é um país de grandes oportunidades. Embora tenhamos
reduzindo o tempo porta-balão e salvando vidas de pacientes que
um sistema de saúde universal, calculamos que 20% da população
sofreram infarto do miocárdio. Estamos trabalhando com vários
não tenham real acesso à saúde. Esses 20% representam
hospitais na capacitação tecnológica e administrativa, buscando
40 milhões de brasileiros. Se pudermos trazer parte desta
maior eficiência operacional das instituições. Implementamos
população para ser atendida em nossos hospitais, o mercado
no Brasil o CCI – um centro de inovação tecnológica voltado
de suprimentos médicos continuará crescendo dois dígitos
para treinamento de profissionais de saúde. Existem apenas
anualmente. Outro fator é o envelhecimento populacional. Com
quatro centros deste no mundo, e um deles está no Brasil.
uma vida mais longa, os brasileiros precisarão de mais hospitais,
O ano de 2015 tem sido menos próspero para a economia brasileira. A companhia tem sentido os efeitos dessa crise? Quais as medidas adotadas para lidar com a situação?
mais produtos que melhorem e prolonguem suas vidas.
Para a Medtronic, qual a importância de ser um parceiro da Anahp? O que a companhia espera da Associação? Através dos hospitais da Anahp fica provado que o Brasil
2015 tem sido um ano desafiador, os ajustes econômicos afetam
possui um sistema privado de saúde comparável ou superior
as verbas públicas de saúde e, com o desemprego, o número
ao de muitas nações europeias e também dos Estados Unidos.
de pacientes com acesso ao mercado privado também reduz. O
Estar com a Anahp significa para a Medtronic construir uma
mercado como um todo tem sentido os efeitos do momento de
aliança para promover as melhores práticas de assistência à
ajuste, mas acreditamos que o Brasil sairá mais forte de 2015.
saúde em nosso país. Nossa expectativa é poder colaborar
Um diálogo aberto com todos os participantes da cadeia de
com a Anahp na melhoria contínua desta assistência.
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Tecnologia da Informação na
gestão de leitos
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Para adquirirem mais eficiência, hospitais investem em softwares e sistemas customizados para auxiliá-los na administração de leitos Em 2014, mais de 879 mil internações foram realizadas nos
e agilizando a disponibilização de informações.
hospitais privados associados da Anahp, segundo dados do
Implantado no segundo semestre de 2014, o sistema foi
Observatório Anahp 2015, que considerou uma amostra de 52
criado por meio de um trabalho conjunto entre as áreas de
hospitais. Na média, foram 15 mil internações por ano nessas
tecnologia da informação e de atendimento, envolvendo
organizações. Os números ressaltam a grande demanda por leitos
equipes médicas, de enfermagem e de hotelaria hospitalar.
que as entidades assistenciais vêm enfrentando nos últimos anos.
Ele cria um ‘mapa de locação’ dos leitos com um diferencial:
Com o objetivo de conquistar maior rotatividade e um melhor
uma previsão de alta com melhor confiabilidade.
gerenciamento dos leitos, muitos hospitais têm investido
“Em uma rápida avaliação, podemos considerar que esse sistema
em soluções de Tecnologia da Informação. São softwares
já nos permite uma redução de 8% no tempo de internação e
e sistemas customizados que os ajudam na difícil tarefa
desocupação do leito de cada paciente, o que é bastante considerável
de prever a demora na alta de pacientes e que os auxiliam
em um período tão pequeno de uso. Ampliamos o número de
no acompanhamento do trabalho do corpo clínico.
internações médicas em mais 770 em comparação à primeira metade
Uma pesquisa inédita, desenvolvida pelo NEA – Núcleo de Estudos
do ano”, revela Gabriel Dalla Costa, Gerente Médico do hospital.
Econômicos da Anahp e pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, por
Com mais de 25 mil internações em 2014, o Hospital Moinhos
meio de seu Centro de Tecnologia de Informação Aplicada FGV –
de Vento credita o sucesso de sua ferramenta também ao
EAESP, constatou que os hospitais Anahp gastam em média 1,9%
envolvimento dos colaboradores. Desde o primeiro dia da
de suas receitas em Tecnologia da Informação. O dado consta na
internação, as informações dos pacientes são coletadas por
pesquisa “Uso de Tecnologia da Informação nos hospitais Anahp”,
todos os membros da equipe de atendimento, permitindo
realizada em 2014 com 17 hospitais associados da instituição.
constituir a perspectiva de previsão de alta e liberação.
O Hospital Moinhos de Vento (RS), está entre as entidades
“Temos índices de acerto de previsibilidade de 66% para
que investiram em recursos tecnológicos para um melhor
casos de pacientes clínicos, 88% para cirúrgicos e 98% para
controle de seus leitos. A instituição desenvolveu um
obstétricos, o que nos permite diminuir consideravelmente
sistema exclusivo de gestão informatizada, centralizando
o índice de ociosidade”, comemora Dalla Costa.
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tecnologia e saúde
GESTÃO DE LEITOS 6%
O ‘Mapa de Ocupação de Leitos’ é a ferramenta usada pelo HCor – Hospital do Coração para centralizar, organizar, padronizar, controlar e distribuir informações a fim de facilitar e agilizar a internação hospitalar de acordo com a similaridade
6%
38%
38%
6%
6%
Tasy; SIH
Tasy
TrakCare
SiA
MV2000
HosixV
SUCESSO DE PÚBLICO E os percentuais de êxito devem aumentar. Para tornar mais ágil
O Tasy: SIH e o MV2000 foram os softwares mais
o abastecimento de informações e a desocupação do leito, está
utilizados em 2013 pelos hospitais associados da Anahp
em fase de implementação um sistema no qual o profissional responsável pela etapa de limpeza do leito informa por meio de voz a conclusão do trabalho para uma central, evitando o tempo gasto com a alimentação por um terminal computadorizado. “Todo o trabalho visa garantir maior segurança nas informações e uma maior rapidez em sua disponibilização para toda a
para prescrição eletrônica e gestão de leitos, com 38% da preferência dos hospitais cada. Foi o que descobriu a pesquisa “Uso de Tecnologia da Informação nos hospitais Anahp”, realizada pelo NEA – Núcleo de Estudos Econômicos da Anahp e pela FGV – Fundação Getúlio Vargas. O estudo considerou as respostas de 17 hospitais privados.
equipe, assim conseguimos a redução de desperdícios de uma forma global, mantendo a alta qualidade no atendimento e nos cuidados oferecidos”, enfatiza Dalla Costa. Desenvolvido há mais de 10 anos pelas áreas de TI, hotelaria e equipe multidisciplinar do HCor – Hospital do Coração
CUSTO ANUAL DA TI POR LEITO (Disponível + UTI)
(SP), o ‘Mapa de Ocupação de Leitos’ é a ferramenta usada pela entidade para centralizar, organizar, padronizar, controlar e distribuir informações a fim de facilitar e agilizar a internação hospitalar de acordo com a similaridade. Tornar o uso da solução algo integrado ao dia a dia da instituição levou tempo, mas os resultados alcançados compensaram a demora. Foram cerca de dois anos até que houvesse aceitação, disseminação do conhecimento e aplicação da ferramenta na entidade. “Hoje, a adesão é de todos os profissionais. O gerenciamento dos leitos é mais fácil e ágil, temos uma metodologia compartilhada
US$ 8.841
quanto à decisões (Administrativa, Médica e Assistencial), melhora no tempo de espera para internação e leito adequado conforme diagnóstico e complexidade. Tudo isso é possível ser comparado por meio do histórico da ocupação do HCor e seus indicadores. São informações que antes da ferramenta não tínhamos acesso”, afirma Fernando Ramos, Gerente de Hotelaria do HCor.
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Não há relação disponível no mercado nacional para comparação
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hospitais associados
notas
hospitais associados A AACD completa 65 anos, ajudando mais de 23 milhões de pessoas com deficiência física Referência no tratamento de pessoas com deficiência física (PcD) de alta complexidade, a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente (SP) ajudou, em seus 65 anos de existência, mais de 23 milhões de pessoas com deficiência física. A Instituição já beneficiou mais de 50 milhões de pessoas, direta ou indiretamente. Apenas em 2014, a Instituição fez 1.391.715 atendimentos. Privada e sem fins lucrativos, a AACD tem o propósito de trabalhar nas frentes necessárias para que as pessoas com deficiência possam atingir seu máximo potencial. Buscando sempre inovação e excelência, tornou-se referência para médicos, terapeutas e professores.
Sala Híbrida do Mater Dei traz maior segurança nos procedimentos cirúrgicos A Sala Híbrida que a Rede Mater Dei de Saúde (MG) instalou na Unidade Mater Dei Contorno representa um dos maiores avanços da medicina dos últimos anos. O objetivo dessa iniciativa é proporcionar mais conforto, segurança e qualidade no desempenho de procedimentos cirúrgicos mais complexos, em um ambiente humanizado. “A Sala Híbrida funciona de maneira integrada com os equipamentos de hemodinâmica e promove a interação entre especialistas e tecnologia avançada. O ambiente combina intervenções guiadas por cateteres e técnicas cirúrgicas convencionais complementares ou de segurança, a Sala possibilita diagnosticar, tratar e corrigir procedimentos de todo nível de complexidade, como exemplo, a cardiopatias valvares e estruturais”, explica o Coordenador da Sala Híbrida, Guilherme Athayde.
Serviço de Radiologia do Hospital Moinhos de Vento recebe mais de R$ 16 milhões em investimentos O Hospital Moinhos de Vento (RS) investiu nos últimos dois anos mais de R$ 16 milhões na área de diagnóstico por imagem. Para o Chefe do Serviço Médico de Radiologia, Leonardo Vedolin, o investimento reforça a estratégia de expansão com alta tecnologia em diagnóstico por imagem do Hospital Moinhos de Vento e alinha a unidade com a missão da instituição: cuidar de vidas, garantindo qualidade médico-assistencial e segurança ao paciente. Para 2015, a estimativa é continuar investindo em novas áreas de diagnóstico por imagem, para garantir acessibilidade aos pacientes que procuram a instituição.
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Curitiba ganha novo Centro Médico O VITA Batel (PR) acaba de inaugurar um Centro Médico. A nova opção de atendimento à população de Curitiba está localizada junto ao Hospital e oferece especialistas nas áreas de urologia, ginecologia e cirurgia geral. O espaço, que é composto por sala de espera e nove consultórios, tem a finalidade de agilizar o processo de consultas e exames e otimizar o tempo de pacientes e médicos. Segundo a Superintendente do Hospital VITA, Neidamar Fugaça, por fazer parte da estrutura do complexo hospitalar, o Centro Médico oferece mais comodidade para o corpo clínico e pacientes, já que reúne, num mesmo local, estrutura completa com centro de diagnóstico, consultórios, centro cirúrgico, UTI’s, alas de internação, entre outros serviços. “Outro ponto positivo é a localização. Além de estar em um bairro nobre da capital, o empreendimento fica próximo ao centro da cidade”, explica Neidamar. Para garantir um alto nível de qualidade, o VITA Batel tem investido em ampliação da infraestrutura, tratamentos com equipes multidisciplinares, modernização dos equipamentos, humanização no atendimento, qualificação dos profissionais e segurança assistencial, o que possibilita oferecer maior qualidade nos serviços prestados aos pacientes. O hospital possui seis andares, 97 leitos, sendo 32 de UTI, seis salas cirúrgicas e centro de diagnóstico.
Hospital Madre Teresa inaugura centro de atendimento urológico “Toda vez que o corpo clínico cresce o Hospital Madre Teresa (MG) também cresce junto”, foram com essas palavras que a diretora geral do HMT, Irmã Simone Santana resumiu a importância de mais uma vitória para a Instituição com a inauguração de um espaço exclusivo para o atendimento urológico. “É importante que o nossos médicos tenham o desejo de crescer e a equipe de urologia vem se destacando muito e nós queremos nos tornar referencia também nesta especialidade clínica”, salienta a diretora geral Irmã Simone Santana. Para o Coordenador da equipe de urologia, Pedro Romanelli, o novo espaço traz mais conforto e comodidade para o paciente, além da maior integração entre a equipe. “Com a equipe mais próxima poderemos mensurar mais dados e criar novos indicadores sobre o nosso atendimento e, com isso, é possível oferecer cada vez mais qualidade aos nossos pacientes”. O Coordenador ressalta ainda que “conquistar um espaço maior foi um processo natural que condiz com o crescimento no número de atendimentos, principalmente no que diz respeito às cirurgias minimamente invasivas”.
Einstein inaugura o primeiro pronto-atendimento oncológico no país O tratamento de um câncer vem sempre acompanhado de muitos sintomas indesejados relacionados principalmente às medicações. Os pacientes geralmente procuram os pronto-atendimentos gerais e nem sempre conseguem contato com os médicos que os acompanham. Além da exposição a outras doenças, já que o paciente oncológico pode estar imunossuprimido, os serviços dentro dos hospitais gerais não contam com oncologistas de plantão. Pensando nisso, o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) inaugurou o primeiro pronto-atendimento focado em pacientes oncológicos. O Serviço oferece atendimento especializado, por uma equipe de oncologistas clínicos, com protocolos internacionais, para uma atenção de emergência às complicações decorrentes da doença e do tratamento. Os pacientes também serão atendidos pela equipe multidisciplinar especializada em Oncologia. Inicialmente, o pronto-atendimento deve atender 7200 pacientes/ano e vai funcionar dentro do Centro de Oncologia e Hematologia Familia Dayan-Daycoval.
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Excelência por princípio!
Hospitais Membros Associados Titulares
Associados
Beneficência Portuguesa de São Paulo
Hospital Madre Teresa
Hospital Santa Cruz
AACD – Associação de Assistência
Casa de Saúde São José
Hospital Mater Dei
Hospital Santa Joana
à Criança Deficiente
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Hospital Márcio Cunha
Hospital Santa Paula
Hospital Aliança
Hospital A. C. Camargo – Câncer Center
Hospital Memorial São José
Hospital Santa Rosa
Hospital Marcelino Champagnat
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Hospital Meridional
Hospital São Camilo Pompeia
Hospital Pilar
Hospital Anchieta
Hospital Metropolitano
Hospital São José
Hospital Primavera
Hospital Bandeirantes
Hospital Moinhos de Vento
Hospital São Lucas
Hospital Santa Genoveva
Hospital Barra D’Or
Hospital Monte Sinai
Hospital São Luiz – Unidade Itaim
Hospital Santa Izabel
Hospital Copa D’Or
Hospital Nipo-Brasileiro
Hospital São Lucas de Aracajú
Hospital Santa Lúcia
Hospital Dona Helena
Hospital Nossa Senhora das Graças
Hospital São Rafael
Hospital Santa Marta
Hospital do Coração – HCor
Hospital Nove de Julho
Hospital Saúde da Mulher
Hospital Santo Amaro
Hospital e Maternidade Brasil
Hospital Porto Dias
Hospital Sírio-Libanês
Hospital São Mateus
Hospital e Maternidade Santa Joana
Hospital Português
Hospital Vera Cruz
Hospital Villa-Lobos
Hospital Esperança
Hospital Pró-Cardíaco
Hospital VITA Batel
Imperial Hospital de Caridade
Hospital Felício Rocho
Hospital Quinta D’Or
Hospital VITA Curitiba
Real Hospital Português
Hospital Infantil Sabará
Hospital Rios D’Or
Hospital VITA Volta Redonda
Hospital Israelita Albert Einstein
Hospital Samaritano
Santa Casa de Maceió
Hospital Mãe de Deus
Hospital Santa Catarina
Vitória Apart Hospital