Fotomanya Vip Nº 3

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REVISTA MENSAL - Nº 3 - Dezembro 2012

“O MILAGRE DA VIDA “ Cláudio Português/ Mónica Dias “OS MENINOS DO MUSSULO “ Gonçalo Afonso Dias “AS FOTOS SECRETAS “ de Catarina Furtado

“Mundo Vip“ Jorge Jacinto “Natal Fotomanya Vip“ Vários Fotógrafos “Comboios“ Gabriel Salvador

Revista Fotomanya Vip

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2/3 4/5 6/7

8/11

Editorial Ana Luar

Gabriel Salvador “Amor” Paula Cristina

Feminilidades Maria Churkina

Foto de Capa 12/13

Movimento

Cláudio Português / Monica Dias

Isabel G Silva

Edição

14/25

O Milagre da Vida Cláudio Português / Monica Dias

26/41

Natal Fotamanya Vip

42/43

Mensagens Vips

Ana Luar

Editorial Ana Luar

Jornalistas Jorge Jacinto ( Reportér- Fotográfico) Filipe Morais

Dados Legais Distribuição Mensal Online/Papel

44/51

“Os Meninos Do Mussulo” Gonçalo Afonso Dias

Tiragem

100 exemplares

Impressão

62/69

Paisagem As Fotos Secretas de Catarina ...

70/75

Catarina Furtado

DIGISET, LDA

Regº 399674/14 Número de Depósito Legal 352970/12 Nif: 128905352

76/79 82/ 99 100/ 101

Macro-Fotografia Vitor M Gonçalves de Oliveira

Galerias de Membros O Meu Jardim Manuel Silva

102/ 103 Makin Off

Nuno Borges

Endereço

Praça Duque de Cadaval nº2 2660-352 Flamenga /Loures


EDITORIAL As caixas guardadas ao longo do ano, saem dos armários e delas saltam bolas, fitas, estrelas, e um mundo de cores que nos reportam á infância quando os sonhos e as crenças eram pintados de inocência…. Sintome sempre menina, ansiosa por ver piscar na minha árvore, um mar de luzes de todas as cores, como se em cada piscadela gritassem um desejo… PAZ, AMOR, SAÚDE, ALEGRIA, REALIZAÇÃO. Por muito piroso que possa parecer, não acredito, que exista um ser humano que não sinta o coração diferente nesta altura do ano. Tudo é mágico, tudo nos parece possível, é como se o mundo dos sonhos se abrisse e os sentimentos sejam tão íntimos que até os cheiros parecem evocar mais vivamente certas memórias, acho que se passa com toda a gente que consiga sonhar e que tenha um olfacto normal (risos). Somos por momentos como que literalmente, transportados para outros lugares ou tempos, vivendo em pensamento, momentos cheios de alegria. Na casa dos meus pais, por motivos religiosos não se festejava o Natal, mas os aromas da época inundavam todas as divisões da casa deixando em mim uma saudade imensa de ver a minha mãe ao fogão a fritar os adorados sonhos de abóbora e cenoura, a minha avó a mexer o tacho do doce de tomate e eu e os meus irmãos a rolarmos os doces pelo açúcar. Não tínhamos árvore, nem prendas, não tínhamos luzinhas , nem bolas douradas e vermelhas…. Mas tínhamos uma família a nossa família! Uma família que se reunia nos melhores momentos, não para festejar o Natal, mas segundo a minha mãe... para festejar o Amor, o amor da nossa família. Tal como muitos de vós, sinto que os tempos mudaram, já nada tem a mesma magia…. Mas o Natal continua a cheirar a bacalhau azeitado com batatas e couves, cheira a rabanadas, a filhós, doce de tomate e abóbora. A mesa continua a ser posta com rigor e elegância e o cheiro das velas mistura-se com os aromas que vem da cozinha. Ainda não sinto o cheiro do azevinho, mas sei que o irei sentir e que o irei espalhar pela mesa junto com os cestos de frutos secos e deliciosos bombons de chocolate. Os momentos á lareira em roda da avó a contar as suas peripécias de miúda, são trocados pelos anúncios da TV, onde a voz doce de uma criança anuncia o nascimento do menino Jesus, e das imensas publicidades de marcas de objectos a comprar para a tão esperada, troca de prendas. Pode não ser o Natal das nossas memórias, mas continua a ser um Natal de amor em que reunimos os que amamos numa noite de serenidade, cheia de risos e sorrisos, onde as crianças, as nossas crianças... vibram de olhos brilhantes, perante a alegria de perceberem que tem toda a atenção sobre si mesmas. Este será o Natal da memória dos nossos filhos e dos nossos netos…. Cabe a nós proporcionar-lhes memórias tão aromáticas , quanto aquelas que os nossos pais e avós nos deixaram. Que seja sempre um belo Natal…. E que os albúns de fotos se encham de momentos especiais!

Feliz Natal

Ana Luar


Gabriel Salvador 4

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... 52 anos, casado, e com um filho teen. Natural de Espinho, residente em Vila nova de Gaia. Tenho o 11º ano do Curso Complementar de Mecanotecnia, e com a profissão em vias de extinção de Desenhador de Tapeçarias, acumulando funções de design, desenvolvimento e comercialização em empresa de tapeçarias artesanais (Tufting Manual). A fotografia sempre esteve presente desde a infancia, o meu pai e a sua Kodak sempre a captar as diabruras dos cinco filhos, no tempo em que as fotos (P/B) eram mais importantes que a TV e não havia PC nem Telemóveis. Uma compacta Minolta (analógica) foi a companheira para as viagens, férias e acompanhar os primeiros passos do filho. Após essa fase as fotos foram ficando cada vez mais focadas nos detalhes, os recantos, as velhas ruas das cidades e aldeias,o povo as tradições... não sabendo muito bem que uso dar a essas fotos, comecei a partilhar no site de fotografia (canal foto), onde o contacto com fotógrafos a visualização de fotos e as opiniões dos colegas me fizeram tentar melhorar os conhecimentos de fotografia e edição, sempre lentamente e de uma forma autodidacta, com a consulta de livros e revistas de fotografia.

Em 2008 participei no concurso Objectivamente onde fui premiado com 1º lugar na categoria “URBANOS” e uma menção honrosa na categoria “turismo” Decidi então comprar uma reflex (Nikon D 80) e comecei a dar mais importancia a este Hobby . No ano seguinte participei no concurso promovido pelo Corte Inglês “Olhares D’ouro” e fui premiado com o 1º lugar. Comecei a participar activamente, nos passatempos de revistas de fotografia e no site 500px, fui também convidado a participar num livro de um colectivo de fotógrafos “Da Sombra e da Luz” e uma exposição colectiva de fotógrafos da Portografia sobre o Mosteiro de Grijó, colectiva com membros do Fotomanya-vip “Cenários Urbanos” e “The World in Black and White “ Actualmente fotografar já se tornou uma das actividades prioritárias na ocupação dos tempos livres, e a máquina transformou-se em amiga inseparável.


“O AMOR “ Paula Brasil O amor. É verdade! Creio também ser capaz de escrever sobre coisas sérias. O que sei eu sobre o amor? Sei muitas coisas, acreditam? Apesar de ser uma perfeita desgraça no que diz respeito aos homens, de amor percebo eu. Estou completamente apaixonada e por mais que não seja um amor "carnal", é o melhor do mundo, sinto-me a transbordar, é um estado de alma! Sei o que é amar a família, era capaz de dar a minha vida por qualquer um dos meus irmãos, dos meus pais, sem falar da minha filha, eu sei que sem ela a minha vida já não fazia sentido. E é no seio da família que as relações sofrem o maior desgaste, mas tudo se recupera, tudo sara, tudo se perdoa, porque nos amamos e nos queremos acima de qualquer palavra azeda, acima de qualquer cara carrancuda, acima das discordâncias sobre as decisões de cada um. Acima de tudo está o amor e o sentido de família. Sei o que é amar os amigos, a preocupação, a ternura, tomo as suas dores como minhas, e vibro com as coisas boas que acontecem nas suas vidas. Mimá-los muito e falar "grosso" quando tem que ser...lá de vez em quando. Um amigo verdadeiro é parte da nossa vida em todos os momentos. E sei o que é amar um homem, amá-lo por dentro e por fora tanto, que ele deixa de ser só uma pessoa, é uma entidade que existe para além do corpo mundano, e não preciso de o ver, de me lembrar do seu rosto para saber que o amo. Eu já amei assim...já fiz loucuras por amor, já chorei, já sofri muito, mas também já sorri... Conheço o amor resistente (o verdadeiro), que resiste ao tempo numa forma renascida e madura, que resiste às mágoas, às irritações, ao desgaste e até às traições, porque esse amor é na verdade uma grande e verdadeira AMIZADE! E mesmo quando esse "amor amizade" existe no meio de "turras", de pequenas implicações, é maravilhoso! Porque durou, resistiu e as duas pessoas que o vivem tiveram que lutar muito e sofrer, sim sofrer também, para o manter e consolidar. Não acredito em amor sem amizade, acredito em paixão, mas a paixão acaba, extingue-se e depois? Já perdi uma pessoa que amei, já vi rostos destruídos de dor por perderem o seu amor...porque às vezes eles não nos abandonam, só partem e nada podemos fazer. Afinal até tinha muito para dizer.


Também sei que muitas vezes só percebemos o quanto amamos alguém quando descobrimos que podemos perder essa pessoa. Ou só lhe damos o devido valor quando está longe de nós e nas mais pequenas coisas sentimos a sua falta, e percebemos o espaço gigantesco que afinal ocupa na nossa vida. Acredito que podemos amar sem nos darmos conta disso, e acredito que às vezes insistimos em tentar amar quando isso não é possível. Acredito que se pode sentir amor em muitas coisas, eu sei que sinto... e correndo o risco de parecer uma lamechas incurável, sinto amor quando vejo uma bela paisagem e inspiro tranquilamente, sinto amor quando vejo alguém sorrir abertamente de felicidade, sinto amor quando consigo ajudar um perfeito desconhecido na rua, quando uma criança olha para mim, sorrio e ela retribui, sinto amor quando passeio pela cidade ao entardecer, as sombras alaranjadas nas fachadas, ou quando vou andar a pé pela manhã e apanho alguns ramos de alfazema, hum cheira tão bem... Amor é um estado de alma e sinto-me feliz por amar desta minha maneira. Revista Fotomanya Vip

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Maria Churkina

36 anos de idade e vive numa pequena cidade às margens do rio Danúbio. Estudou arte na escola "Dimitar Marinov" na minha cidade natal - Lom e "University" St. Kliment Ohridski ", Sofia. na Búlgaria.

Há cerca de 3 anos surgiu a paixão pela fotografia e como amadora tornei-me autodidata na fotografia. As minhas fotografias correm vários sites de fotografia pelo mundo Gosto de fotos ao ar livre, pois adoro usar a luz em diferentes momentos do dia. Fotografo tudo o que parece interessante, mas tenho uma paixão em fotografar pessoas. Apaixona-me captar os diferentes estados das pessoas e modelos - alegria, tristeza, melancolia, - Inspirado pela beleza natural e radiante. São todas essas emoções que espero que encontrem nas minhas fotos. A beleza está em todos os lugares do mundo, em todos os povos e em toda a arte, só temos que ter olhos para ver e coração para sentir!

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Isabel G Silva

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Mónica Dias & Cláudio Português Dupla de fotógrafos captura ternura, carinho e emoção dos primeiros dias de vida Flashvideo desenvolve conceito inovador em serviço criativo e artístico para recém-nascidos O choro dos recém-nascidos é uma queixa comum por parte dos pais no estúdio, no entanto no trabalho realizado pela Flashvideo essa realidade parece nunca existir, devido à serenidade e tranquilidade que é visível nas fotografias. Que pai ou mãe resiste a ver o seu bebé embalado num sono angelical, nem que seja numa fotografia? A efemeridade dos momentos mais especiais da vida torna cada experiência única e irrepetível, preenchendo o imaginário de quem os vive com recordações que perduram no tempo, embora nem sempre bem definidas. Para os novos pais, os primeiros traços de ternura, surpresa e emoção do recém-nascido constituem um destes momentos, apenas memorizado de forma detalhada com recurso a uma objetiva fotográfica. Fazê-lo de forma profissional e cuidada, fomentando a confiança dos pais, levou a dupla de fotógrafos, Mónica Dias e Cláudio Português, a criar na Flashvideo, um projecto direccionado para o trabalho com bebés de apenas alguns dias. O projeto assenta na concretização de trabalhos únicos e adaptados à personalidade de cada recém-nascido. A criatividade das sessões evidencia, muitas vezes, posses aparentemente impossíveis, confundidas, a um olhar mais desatento, com verdadeiras montagens. O segredo é simples: os bebés são fotografados entre os 6 e os 12 primeiros dias de vida, quando são mais sonolentos e maleáveis, não se sentindo incomodados com o que decorre em seu redor. De acordo com a fotógrafa, a posição em que surgem na fotografia é aquela em que se encontram. “Existem apenas algumas poses que precisam de uma pequena ajuda, mas as perninhas rechonchudas estão mesmo caprichosamente dobradas e os bracinhos cruzados em torno do rosto. Não se força nada”.

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Mónica Dias Desde cedo a Mónica Dias se apercebeu que a Imagem faria parte da sua vida. Indecisa entre a fotografia e o cinema ingressou, em 1990 no curso Técnico-profissional de Imagem e Meios Audiovisuais da Escola Secundária Artística António Arroio. A fotografia ganhou e decidida a alargar conhecimentos na área, frequentou o curso Profissional de Fotografia do IPF – Instituto Português de Fotografia, em Lisboa, e desde essa altura além da fotografia especializou-se também em pós-produção de imagem.

Cláudio Português Iniciou a sua carreira profissional numa área completamente distinta da Arte Fotográfica, e nunca pensou que um dia viria a fazer da fotografia a sua profissão. Quando, em 2004 surgiu a necessidade de ajudar a esposa no seu estúdio, trocou a Consultoria e o Marketing pela Fotografia. Comunicador por natureza, não sentiu no trabalho do fotógrafo tradicional a sua forma de expressão fotográfica. Estudou, experimentou e observou, muitos trabalhos de vários autores.... quase dois anos até se aventurar no seu primeiro trabalho, procurando um conceito cada vez mais pessoal. Desde então fotografar é um estilo de vida, uma actividade à qual se dedica com perseverança e criatividade que já lhe valeu uma distinção pela A.F.P. (Associação de Fotógrafos Profissionais), e cinco distinções pela W.P.P.I. (Wedding & Portrait Photographers International) em trabalhos a concurso nos Estados Unidos, duas das quais foram recebidas no presente ano de 2012.

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Remexi as gavetas das minhas memórias e entrei nos anos 60 do século passado. Lá estava um dos meus natais – antes de um velhote bonacheirão da coca cola se ter tornado o símbolo do Natal, dos pinheiros do tipo escandinavo, da neve carbónica e da mais recente descoberta que vaca e burro não pertencem ao presépio. A aventura começava nos pinhais das proximidades em busca de musgo. Em casa desembrulhavam-se os bonecos dos anos anteriores. Depois tudo ia tomando forma: o estábulo feito com pedras e paus, os caminhos em areia fina, o lago feito com um espelho e a inevitável ponte, entre várias figuras que tentavam recriar um quotidiano imaginário o pastor a apascentar o seu rebanho e com um cordeirinho nos braços – oferenda ao Menino Jesus – e os três Reis Magos, que dia a dia se iam deslocando um tudo nada até ao dia 6 de Janeiro, a vaca, o burro, S.José, Maria e o Menino Jesus. Ah! O Menino Jesus a figura central de todo o presépio e desses natais. Era ele que na noite de Natal descia pela chaminé e dava um presentinho aos meninos que se tinham portado bem – e aos outros também – um dia até afirmei, jurei a pés juntos, que ainda lhe tinha visto uma das perninhas quando já estava de partida chaminé acima! A emoção da manhã do dia de Natal! Umas meiinhas, um pacotinho de doces ou um singelo brinquedo eram recebidos quase como dádivas celestiais, longe – muito longe – da fúria consumista e da exigência desenfreada de hoje em dia. Já não há como recriar esses momentos, mas que todos e cada um tente manter vivo o espírito de boa-vontade, o sentido de família, releve quezílias e amuos e viva um Natal em Paz. Feliz Natal Ana Eme

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NATAL

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Ant贸nio Tedim

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De repente , não importa a nação; não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque sendo humanos e descendentes de um só Pai, lembramo-nos apenas de um só verbo: AMOR.

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Mario Tuga

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Apache Cherokee

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Rosรกrio Soares

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Ana Eme João Lapa

Alegria em cada rosto sem mascarar a tristeza, Mudanças de atitudes e gestos de solidariedade, Inquietação vestida da mais simples e calorosa nobreza, guarda em cada ser o sentindo da sua própria verdade, Originando a fagulha da mais verdadeira e sincera felicidade, somamos as nossas expectativas numa única vontade: PAZ

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Jo達o Domingos

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Paula Cavaleiro

NATAL ! . . . Na tal ! . . . Tão gra n d e festa . O nde são qu ente s a s ca sa s, C o m fam íl i as che ga d a s As m esas qu ase sempre a bon a d a s.

Manita Lapa

E nc om endam - se se n time n tos Pe rdem - se saud a d e s força d a s! Tão grande é o me u son ho, Ve r a s c ri anç as a ma d a s. Me ia s grandes e usa d a s C o m m i l desej os a ca ba d a s, S ão de manto bra n co cria d a s J á as c ri anç as estã o a cord a d a s! C a rl os Pal hau

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Natal, tempo de paz, de luz, de alegria e gratas recordações. Tempo em que relembramos nossa infância repleta de fantasias, expectativas impregnadas de amor e saudades. Tempo em que revivemos o carinho de nossos pais, o aconchego da família e todas as pessoas queridas que marcaram positivamente nossas vidas. Feliz Natal!

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Boas Festas e Feliz Ano Novo

Carlos Palhau

Mário Tuga

Carlos Jaguar

São nos pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão a todos que nos cercam. Que o espírito Natalício encha os nossos corações.

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De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num só pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ e AMOR.


Carlos A V Silva Revista Fotomanya Vip

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"Até que não se sinta a verdadeira alegria do Natal, ele não existe. Todo o resto são aparências, são enfeites. Porque não se trata de presentes, da neve, da árvore ou da chaminé. O Natal é o calor que retorna ao coração das pessoas, a generosidade que se compartilha e a esperança de seguir em frente" (Anónimo) Desejo a todos os "Fotomanyacos", um Santo Natal e um Próspero Ano Novo! Sejam felizes Carla Quelhas Lapa

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Ana Luar Queremos armar uma árvore nos nossos corações e colocarmos, no lugar de presentes, os nomes de nossos amigos... .........os de longe e os de perto, os antigos e os recentes, os que vemos todos os dias e os que não, os que recordamos e os que esquecemos, os das horas difíceis e os das alegres, os que sem querer ferimos e os que nos feriram, os que conhecemos profundamente e os que superficialmente, nossos amigos humildes e os importantes, aqueles que nos ensinaram e os que aprenderam. Queremos uma árvore de raízes profundas para que os nomes nunca sejam arrancados de nossos corações. Uma árvore de folhas largas para que os nomes vindos possam juntar-se aos existentes. Uma árvore de sombra agradável para que a nossa amizade seja um momento de repouso na luta pela vida. Que o espírito do Natal faça de cada lágrima um sorriso, da amargura a sabedoria e de cada coração uma casa aberta para receber a todos. FELIZ NATAL!

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Ana Filipa Garin Scarpa

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A todos os leitores da Fotomanya Vip, os desejos de um Natal rico em amor e afectos e um 2013 cheio de saúde que o que não for indo a " gente " empurra. Paz e amor para todos! PATRÍCIA TAVARES

Que o nosso Natal seja cheio de grandes e inesquecíveis imagens de amor, (com ou sem máquina) para todos os Fotomanyacos! CRISTINA AREIA

Desejo a todos os leitores da Fotomanya um Feliz Natal, com muito amor, saúde e alegria e claro muitas fotografias! Há momentos únicos que só são captados por uma boa lente, um beijinho. INÊS SIMÕES

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Mensagens de Natal

Um Natal carregado de sorrisos e alegrias é o que desejo aos leitores da revista Fotomanya Vip. RITA PEREIRA

O poder da união é celebrado, em família e amigos sabemos com quem contar. Se é casamento ou Natal não importa, Amor é a base de tudo! MAFALDA MATOS

Fotos de Jorge Jacinto Revista Fotomanya Vip

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“ Os Meninos do Mussulo”

Gonçalo Afonso Dias Nasceu em Lisboa em Setembro de 1964. A partir de 1966 viveu em Angola (Lobito e Luanda) onde fez os estudos primários (Escola D. Pedro Alexandrino da Cunha) e secundários (Liceu Mutu Ya Kevela) regressando a Portugal em 1981 para completar os estudos superiores, primeiro na E.S.B.A.P. (Porto) e por fim na F.A.U.T.L. (Lisboa). Natural de Portugal, é detentor de dupla nacionalidade: portuguesa/angolana. Paralelamente à arquitectura dedica-se à fotografia e ao desenho/pintura, tendo já participado em diversas exposições em Portugal e em Espanha (Barcelona/Granollers). Em 1994 fundou com Daniela Antunes a empresa Metáfora – Arquitectos Associados, que tem vindo a desenvolver inúmeros projectos nas mais diversificadas áreas, tanto em Portugal como em Angola. Colaborou, entre 1987 e 2003 entre outros com os arquitectos: Victor Figueiredo, Francisco Conceição Dias, Manuel Graça Dias + Egas José Vieira (Contemporânea,) onde desenvolveu e coordenou diversos projectos, tendo adquirido uma experiência significativa na pormenorização de edifícios e na preparação e assistência técnica à obra, bem como na coordenação de equipas de projecto. A partir de 1992, começou paralelamente a exercer actividade por conta própria, e desde 2004 que se dedica exclusivamente ao seu gabinete, Metáfora Arquitectos Associados, Lda. Com vários prémios e distinções quer na arquitectura, Exposições fotográficas, Gonçalo Afonso Dias é um homem de conversa fluida e bem-disposta com uma sensibilidade apurada.

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Canon EOS 50D, 1/1024s, f/5,7


AL _ Gonçalo perguntar-te como começou a fotografia na tua vida não seria muito lógico, visto seres filho do grande Carlos Afonso Dias fotógrafo já falecido mas conhecido pelos seus olhares simples quase tímidos, mas marcantes, tão marcantes que muitos os designam como tendo uma “alma mater” (a mãe que nutre ou alimenta). É fácil percebermos que a fotografia sempre fez parte da tua vida. O que te pergunto é: Em que altura sentiste que a fotografia se tornou um caso sério? _ Comecei a fotografar mais a “sério” depois de me ver atirado para uma cadeira de rodas vítima de um AVC hemorrágico de que estou praticamente recuperado, felizmente. Encontrei, nesse tempo duro onde o vazio imperava, uma motivação decisiva para dar um uso diferente – das fotografias de família ou de trabalho – para a memorável G5 que tinha na altura. Comecei, como disse, a fotografar muito tarde – tenho 48 anos – talvez por me sentir inibido perante o “peso” da obra fotográfica do meu pai. Hoje, que ele já partiu, cada clique que faço é, de certo modo, uma homenagem que lhe presto. AL_ Quem conhece o teu trabalho fotográfico rapidamente percebe que te integras mais na área do fotojornalismo, pois os “Meninos do Mussulo” são nada mais nada menos que puro fotojornalismo onde as emoções e as vivências estão gravados em pixéis. Gostaria de te perguntar: O que é para ti fotografar? _ Em fotografia interessam-me sobretudo as pessoas. Entendo que fotografar na área do fotojornalismo é, de certo modo um “acto cruel”. Os sentimentos crescem connosco, fazem-nos melhores ou piores pessoas, mais ou menos sensíveis, com maior ou menor compaixão. O fotógrafo, em muitas situações, transforma-se num predador. Só assim é possível, em determinadas circunstâncias, registar a verdade. Depois, dependendo de cada um, chora-se quase sempre em silêncio como se se carregasse uma culpa. “Fotografar é para mim como respirar”. Não serei eu a decidir o momento para deixar de o fazer”. AL_ No entanto, apesar dessa paixão pela fotografia sei que por vezes sentes necessidade de parar um pouco, queres falar-nos dessa necessidade e porque surge? _ Sabes Ana, por vezes é importante uma “interrupção dos ciclos”. De outro modo dificilmente se consegue um distanciamento que permita uma reflexão (auto) critica sobre a forma e sobre os conteúdos de qualquer actividade de expressão artística. Volta-se também ciclicamente, diria mesmo inevitavelmente… É aquilo a que chamo “tempo ganho” onde impera o auto-retrato sem máquina. AL_ Quais os géneros de fotografia que mais te agradam (já sabemos que o fotojornalismo é um deles)?

_ Tenho alguma dificuldade em aceitar qualquer género de fotografia precedida de um “de” (Fotografia de Moda, Fotografia de Estúdio, Fotografia de Arquitectura também). Para mim, há apenas Fotografia. Dentro da fotografia há inúmeros caminhos; todos válidos, todos importantes desde que percorridos de um modo sério, coerente e empenhado. Embora não seja a minha vocação, entendo que a fotografia pode ser, (em limite) apenas um suporte, um ponto de partida para outras formais mais elaboradas (manipuladas, sofisticadas…?!) de expressão. AL _ Sei que tens um blogue onde partilhas os teus diversos trabalhos e abres as portas de todo um sentir a quem aprecia a tua obra fotográfica… Como lidas com essa partilha de tudo o que te vai por dentro que está implícito em cada olhar teu? _ Eu parto de um princípio simples; qualquer fotografia é também, de certo modo, um auto-retrato do seu autor. Por outro lado o conceito de “Site de Fotografia” é relativamente abstracto – para mim há sítios onde os fotógrafos partilham os seus trabalhos e, evidentemente, os seus sentimentos, as emoções que a eles estão associadas. Desse ponto de vista, um texto, um poema, um “convite” a ouvir uma música, um desabafo até… complementam e (melhor informam) o olhar do autor. A arte e, neste caso, a fotografia, é (acredito) um produto contaminado pelas distintas experiências de vida, (acima de tudo) de quem a faz. Tudo é importante – os filmes que se viram, os livros que se leram, até as mulheres que se amaram. Na minha opinião, e para não ser maçador, a abrangência, ou se quiseres, a envolvência de qualquer partilha pode (e deve) ser muito esclarecedora. Depois há o (já referido) mundo das emoções, dos sentimentos… sem ele, assumindo uma postura meramente cerebral, pragmática, a mensagem perde muito do seu sentido. AL_ Sei que tens uma ligação grande a Angola onde viveste e estudaste.... facilmente se percebe que foste conquistado pelo local e pelo povo.... mas não posso deixar de te perguntar, como entraram os meninos do Mussulo, na tua vida?


__ O meu trabalho com os "meninos do mussulo" começou em 2004. Interessei-me por aquilo que poucos se interessam naquela ilha - o povo, os costumes, as tradições. Desde então visitei regularmente esses miúdos, os seus pais, os avós - tenho um "afilhado" que está numa das fotografias - o Wilson - ajudo as famílias com dinheiro para as vacinas e para outras necessidades primárias. Conheci o Wilson com 1 ano - já tem 9!

Gostam de ficar "de molho" a beber umas "cucas". Eu percorro a ilha toda. Conheço-a bem. AL_ Obrigada Gonçalo por nos abrires a porta do teu sentir e os olhos da tua alma. É um gosto para toda a administração do grupo Fotomanya Vip ter a tua participação na revista de Natal. _ Tive o maior gosto e agradeço esta oportunidade para “falar” de Fotografia.

A generalidade dos frequentadores do Mussulo vive de "costas voltadas para aquele povo.

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Canon EOS 50D, 1/1579s, f/5,7

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14-11-2004

Canon Powershot Pro1, 1/614 s, f/4

07-2012 Canon EOS 50D, 1/2048s, f/5,7

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Canon EOS 50D, 1/328s, f/6,4


07-11-2004

Canon Powershot Pro1, 1/403 s, f/3,5

29-12-2011

Canon EOS 50D, 1/666s, f/8,0

14-11-2004

Canon Powershot Pro1, 1/1244 s, f/4

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Canon Powershot Pro1, 1/0002 s, f/3,2

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28-04-2007

Canon EOS 30D, 1/1125s, f/5,6

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07-2012 Canon powershot G12, 1/1244s, f/3,2

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Canon EOS 50D, 1/128s, f/8

28-04-2007

Canon EOS 30D, 1/200s, f/5,6


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14-11-2004

Canon Powershot Pro1, 1/1202 s, f/5,7


28-11-2004

Canon Powershot Pro1, 1/1636 s f/4

Canon EOS 30D, 1/80s, f/5,6

Canon EOS 50D, 1/790s, f/5,7

28-04-2007

29-12-2011

Canon EOS 50D, 1/395s, f/5,7

Canon Powershot Pro1, 1/125, f/5,6

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09-2004

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Filipe Morais

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Nuno Mota Sou ceramista e nasci em Cascais, em 1980. Desde muito cedo soube que o meu caminho teria de passar pelas artes. A fotografia, um desejo adormecido que despertou de forma intensa, tal como a crise... Uma "crise" que me conforta e faz esquecer, admirar a paisagem, recriar-me e lembrar o quanto gosto da proximidade com a natureza. Imagino estórias antigas ou fantasio novas, um momento mágico que começa antes do inicio de uma exposição e não acaba quando as cortinas fecham.

The Never Ending Battle Canon EOS 550D F/14 ISO 100 10mm 4segundos 56 Revista Fotomanya Vip


The Magic Water Canon EOS 550D F/14 ISO 100 10mm 24segundos Rusty Time Canon EOS 550D F/8 ISO 400 10mm 108 segundos

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Fred Concha

(Frederico Concha) 30 anos,resi-

de na zona de Sintra, Portugal.

Desde sempre fotografei compulsivamente como se quisesse registrar as diversas partes da minha vida, do que me rodeia, das pessoas e dos locais que felizmente tenho conhecido. O contacto com o mar e a Natureza foi algo a que sempre senti uma forte ligação e em 2011 começo a fotografar paisagem. Juntei assim, a paixão pela fotografia ao contacto com a Natureza e o mar de uma forma mais próxima, mais atenta a detalhes e pormenores que de outra forma me passariam ao lado e despercebidos. Para mim fotografar é mais que técnica, enquadramento, regra dos terços ou tantas outras coisas, fotografar é uma continuação de mim mesmo e um vicio que se encontra impregnado na pele e na alma. Mas acima de tudo é emoção, sensibilidade, sentimento… é algo que me faz pensar, criar mundos e inventar historias através da imagem. É ter o poder de parar o momento e guarda-lo para sempre.

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A Malhada do Louriçal é um local idílico situado na proximidade do Cabo da Roca, Portugal. O caminho de acesso faz-se através de um miradouro com vista para Sul e a partir daí por trilhos que nos levam à Praia da Malhada. O trilho descendente e sinuoso torna-se bastante íngreme na parte final, no entanto ao atingir o nível do mar somos presenteados por uma pequena cascata que borbulha ao cair de rocha em rocha até formar uma pequena ribeira que desagua na praia. Seguindo o caminho da água chega-se a bela praia de grandes seixos rolados, com o seu branco a contrastar com os tons escuros das falésias. À esquerda podemos observar a pedra de Assentiz com os seus dois grandes arcos trespassados pelo mar e em frente vemos o imponente rochedo da Malhada do Louriçal.

NIKON D90 F/11 ISO 100 15mm 6 segundos

O Parque Natural de Sintra-Cascais, Portugal. É um parque natural localizado em Portugal. Estende-se desde a zona de Sintra até às zonas da praia do Guincho e do Cabo da Roca. Fazer esta foto foi uma grande aventura. Acompanhado do Pedro Carmona, ao chegar ao local, uma chuva intensa pairava sobre nós. Abrigados por baixo das perigosas falésias foi uma luta intensa para manter tudo seco. Esperei por uma aberta e umas tréguas para fazer esta foto. Por tudo isso, considero ser um dos meus melhores registos.

NIKON D90 F/9 ISO 200 10mm 2 segundos Revista Fotomanya Vip

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Este local fica situado no Cabo Raso que faz parte da costa ocidental marĂ­tima Portuguesa e situa-se na freguesia e concelho de Cascais. Apesar da chuva, decidi arriscar e esperar por uma aberta. NIKON D90 F/11 ISO 200 10 mm 168 segundos

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Obra-prima da arquitectura popular, o cais palafítico da Carrasqueira, único da Europa, é construído em estacas de madeira irregulares, aparentemente frágeis, das décadas de 1950 e 1960, que servem de embarcadouro aos barcos de pesca que ali acostam. Ora estão enterradas no lodo, ora na água, segundo as marés. Integrada na reserva natural do Estuário do Sado, a aldeia ribeirinha conserva uma impressionante rede de estacaria que se estende centenas de metros pelos esteiros lamacentos do rio Sado. Ponto de atracção turística, é um dos locais mais visitados no concelho; o cais continua, no entanto, a cumprir a missão para que foi construído: permitir o acesso dos pescadores aos barcos, mesmo durante a baixa-mar. Ao longo dos diversos cais erguem-se pequenas casas construídas em madeira, que servem de arrecadações. NIKON D90 F/11 ISO 200 15mm 94 segundos

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João Almeida, 40 anos, nasceu numa pequena aldeia do concelho de Coimbra, vive na Lousã desde 2002, sitio onde afirma gostar muito de viver, devido às suas características naturais e urbanas, basicamente sente-se sempre entre a cidade e a serra e isso terá contribuído para a paixão pela fotografia de paisagem natural e urbana.

Como começou para ti a fotografia João , foi surgindo ou veio de rompante, em qualquer dos casos o que representa na tua vida? A fotografia para mim é um Hobby muito importante, é uma grande paixão, e está presente em todos os momentos da minha vida, para mim fotografar é ter a liberdade de poder criar, estimular a arte e as emoções através da objectiva e sobretudo ver a vida e as coisas de forma diferente, única e especial. Em termos fotográficos qual a tua area favorita , aquela que mais te inspira? A minha vertente fotográfica preferida é de longa exposição e é através dela que tento descrever á minha maneira toda a magia e a luz que encontro nas zonas costeiras e nas inúmeras e belas paisagens de Portugal. Sou autodidacta, gosto imenso de ler livros e revistas relacionadas com o tema, e principalmente ver fotos de outros autores, acho isso fundamental para aprender “fotografia”. Tiveste algum momento em que achaste que a fotografia era realmente algo mais sério, ou tudo foi acontecendo gradualmente ? Tive as minhas primeiras experiências com câmaras de filme, até á chamada “era digital”. Á cerca de 2 anos, adquiri uma Canon EOS 550D e comecei a ter a certeza que isto era um “caso sério”, comecei a fotografar com mais regularidade e sobretudo a extrair imenso prazer da actividade. Criei o meu site pessoal e tenho participado em várias exposições individuais e colectivas. Já é costume na arte termos sempre uma referência ou alguém que nos inspire ou se tenha tornado numa referência a ponto de estimular ainda mais a nossa paixão .... No teu caso isso também se faz sentir? Claro que sim Ana... Temos sempre nomes que são referências e obviamente nos influenciam, gosto imenso do trabalho do Marc Adamus, Joe cornish, David Noton, etc. mas com o passar do tempo, fiz a fantástica descoberta dos fotógrafos portugueses, verifico que em Portugal á cada vez mais e melhores fotógrafos, que também escrevem e editam bons livros, partilham conhecimentos através workshops, artigos etc. e isso é fantástico! Quais os locais de eleição para fotografar, porque os eleges como únicos e quais os que te fazem querer sair da Lousã? Devido á zona onde moro, fotografo mais na costa da zona centro; Figueira da Foz , São Pedro de Moel, etc. Obviamente gosto muito da costa vicentina e das praias do parque natural de Sintra, Torres vedras, muito por culpa das magnificas imagens que tenho visto, são seguramente locais para explorar em breve!

www.joaoalmeidafotografia.com.pt Joao.a.almeida@sapo.pt

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“M in imal is m…”C ab o Mon d ego (F igueira d a Foz) F/ 11 I S O 100 14m m 3 0 s e gu nd o s ( 3 0/ 1) Cano n E O S 550D


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The lighthouse..” São Pedro de Moel F/13 ISO 100 13mm 25 segundos (25/1) Canon EOS 550D

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“Farol da Figueira da Foz” Figueira da Foz F/8 ISO 100 10mm 240 segundos (240/1) Canon EOS 550D

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Poço do Inferno Este local é, de há longa data, um dos ex-libris da Serra da Estrela. A cascata, com cerca de 10 metros, deve-se à variação da litologia dos locais atravessados pela Ribeira de Leandres. O curso de água, que corre em rochas graníticas, encontra uma barreira natural resistente de rochas endurecidas, pelo metamorfismo de contacto, despenhando-se após o seu atravessamento. Na linha de água, junto à cascata, é visível o contacto do granito porfiróide com uma rocha negra muito dura e de aspecto compacto designada por comeana. Esta rocha forma-se por recristalização dos minerais de xistos e grauvaques, por acção do calor proveniente dos magmas graníticos que neles se instalaram há 300 milhões de anos. A transformação das rochas por este processo tem o nome de metamorfismo de contacto. A sua maior resistência à erosão origina relevos de aspecto agreste, com picos escarpados, bem visíveis do miradouro da curva da estrada, logo a seguir à cascata.


Paulo Monteiro,

31 Anos, consultor informático e fotógrafo amador, é um apaixonado pela fotografia desde que tem memória IA fotografia esteve presente desde muito cedo na sua vida quando usava a a velhinha máquina dos meus pais e com o crescimento sentiu-se uma apetetência a evoluir pois era vasta toda a informação em distintas áreas da fotografia que não deixou passar de lado com o objectivo de aprender as melhores formas de mostrar a minha visão de tudo o que o rodeia. Quando mais novo experimentou várias vertentes de fotografia, desde fotografia jornalística até fotografia de casamentos, no entanto, acredita que agora encontrou a área que mais o fascina, a fotografia de Paisagem Natural.

Piodão A aldeia de Piódão, situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto, tecto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas de azul. O aspecto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas, fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”.

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AS FOTOS SECRETAS DE CATARINA FURTADO

Irrecusável este convite do Jorge Jacinto. Por ser ele, que me pede sorrisos sempre tão amavelmente desde que comecei a dar os primeiros passos em televisão. Há 15 anos. E porque, fixar o mundo no enquadramento de uma máquina fotográfica é uma das minhas perdições. Queria ser bailarina, queria ser jornalista, queria ser fotógrafa. Com o excelente professor Silveira Ramos aprendi no Cenjor (Centro de Formação para Jornalistas) a “olhar com olhos de ver”. As suas mãos grandes, sempre me lembraram a personagem de um pintor que Nick Nolte interpretava em “Histórias de Nova Iorque”. Inspirou-me. O Jorge sabia disso e fez-me o desafio. Sem qualquer pretensão, gostava apenas que se sentassem ao meu lado e que olhássemos juntos estas imagens roubadas em Belém.

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Amor

Espreitar com autorização

As raízes que sustentam o futuro

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Luzes

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Schhh


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Desvio do olhar

Quando a Paz é podre a Guerra não acaba

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Fotos de Catarina por: Jorge Jacinto


Vítor Manuel Gonçalves de Oliveira ... nasceu em Braga em 03 de Julho de 1970, casado, dois filhos, exerce Contabilidade e Gestão

. Tem como hobby a fofografia mais propriamente a macrofotografia. Considera-se um simples amador na fotografia “Licenciado pela Universidade da vida” (expressão que usa para definir a sua formação fotográfica), tudo que aprendeu foi pela prática, leitura

O gosto pela fotografia surgiu naturalmente como à maior parte das pessoas. Sempre gostei de registar bons momentos em família e como toda a gente, gosto de tirar boas fotografias, e, mesmo não estudando fotografia, todos gostamos de ter boas fotos de bons momentos, primeiro o interesse surgiu pela fotografia em geral, depois surgiu a paixão pela macrofotografia que ainda tem pouco tempo, cerca de dois ano, e só este ano começei a usar a tecnica da luz natural na macrofotografia, e tudo isto surgiu como um escape ao quotidiano para quebrar as rotinas da vida profissional. O grau de exigência e de complexidade deste tipo de fotografia também foi e é um desafio que eu gostei de enfrentar e tentar superar em todos os disparos e por isso o tentar fotografar macro só com luz natural, ainda muito pouco explorada esta tecnica na fotografia macro. Este ramo da fotografia está muito voltada para os pequenos objectos, insectos e flores, mostrando aos nossos olhos detalhes muitas vezes invisíveis a olho nu, sendo também um dos motivos do meu encanto por este ramo da mesma.

Fotografar macro pode ser uma experiencia tão gratificante quanto frustrante exigindo uma enorme paciência para captar momentos fugazes em seres que facilmente se sentem intimidados pela presença humana e pelas nossas camaras fotográficas. Pessoalmente tenho alturas em que regresso a casa sem resultados dignos do meu esforço. Mas claro que não é impossível e a recompensa são imagens poderosas e que oferecem uma visão da vida que raramente testemunhamos. Sempre gostei do ar livre, da natureza e da vida selvagem. Gosto das coisas simples, de um rio de águas claras, de flores, de campos. Gosto da natureza, da sua simplicidade e pureza, da terra, do mar e do sol. Vivendo eu num meio rural, encontrar assuntos não poderia ser mais fácil, como os insectos que são os meus favoritos. Só é preciso andar atento ao que a natureza nos oferece do que tem de melhor que é a vida. A natureza brinda-nos quase sempre com imagens fantásticas. O que mais gosto é fazer macrofotografia só com luz natural e não existem truques, existe sim muita paciência, persistência, dedicação e muita paixão pela macrofotografia.


Fotografar com luz natura pode ser especialmente dificil em fotografia macro, pois geralmente a fotografia macro requer configurações de luz precisas, mas uzando só a luz natural não é impossivel, desde que saiba entender a luz natural e isso implica saber como ela se manifesta nas diversas situações. Precisamos então saber posicionarmo-nos em relação á luz e inventar outras formas de o fazer e isso vai depender depender de nós. Mais uma razão para euusar esta técnica ainda pouco utilizada na macrofotografia.

Ficha Tecnica (equipamento e suporte): Maquina Canon 7D; Lente Sigma 150mm 2.8 Macro APO; Tubos de extensão Canon 25II Duplicador Sigma 1.4 APO; Tripé Gittos 9351b; Comando Canon Refletores e difusores.

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Emanuel Fernandes

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JosĂŠ Cardoso

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Olavo Azevedo

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Ana Sim천es

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Rui Catarino

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Joรฃo Antรณnio Esteves

Fรกtima Malheiro

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Diana Martins Jorge Sim達o Meira

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Maria Luisa T Lis Ruas

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Paula Silva

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Ă‚ngela Silva


Antonio Caetano

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Julio Caldas Pedro Flora

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Analua ZoĂŠ

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Bruno Cruz

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José Barbosa José Esteves

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HelLag Margarida Antunes Vieira

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Carlos Roxo

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Óscar Valério

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Luis Mota

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Manuel Silva

Nasceu em 1967 e desde que se lembra que adoro imagens/fotografia. Fala-nos um pouco sobre ti Manuel... Sei que na tua vida a fotografia não veio em primeiro lugar, queres contarnos um pouco sobre isso? Bem , minha primeira máquina foi o papel e lápis, depois as aguarelas, guaches e pasteis que levava para o campo e aí ficava longas horas a pintar paisagens, detalhes de plantas ou flores. Acho que o meu gosto pelas paisagens e pela vastidão dos espaços abertos nasce aí, nessa infância livre da cidade e vivida numa aldeia do Alentejo.

Então que papel tem a fotografia na tua vida visto que os teus hobbies não passam somente pelo clicar ? Para ser franco a recordação mais antiga que tenho do contacto com a fotografia está guardada nos inícios dos anos 80 quando os meus pais me compraram uma Kodak num estojo de cabedal, e a primeira fotografia que fiz foi de um campo de malmequeres amarelos, sucederam-se os rolos ao longo dos anos onde não faltam as fotos das idas á praia ou da família. Com os 60 contos amealhados, comprei a minha 1ª máquina digital, (Sony DSC-P32) com uns estonteantes 3,2 megapixéis, e fui transportado para um mundo de possibilidades.

Visto que devido á pintura , tens uma noção sobre estética cor e enquadramento o que achas que é necessário para se ser um bom fotografo ? Acredito que o olhar do fotógrafo é um olhar diferente, que procura incessantemente a estética, o impacto e a verdade, não apenas para mostrar, mas verdadeiramente para interpretar. Acredito que o portfólio da alma, que é composto pelos milhares de fotos tiradas com a retina e com o coração é um tesouros importante que nos marca como pessoas bem como fotógrafos, dessas apenas uma ínfima parte é preservada em formato digital porque por um acaso nesse momento tínhamos a maquina á mão.

Nessa busca pela pela estética das coisas , pergunto qual a vertente da fotografia que mais te apaixona? Sou amante da fotografia espontânea, fica na retina e a sensibilidade manda carregar no botão, embora entenda que na maioria das vezes a planificação e execução de um projecto dá melhores resultados. Depois de saber um pouco mais sobre o Manuel e os seu modo de encarar a fotografia, atrevo-me a perguntar-te: O que representa para ti o grupo Fotomanya Vip? Olha Ana, desde que nasci e me tornei consciente dos meus actos, sinto que estou em constante aprendizagem e este grupo (FotoManyaVip) detêm um manancial enorme de fotografias excelentes que nos permitem evoluir diariamente com a sua visualização. Espero um dia marcar alguém com os meus olhares como muitos me tem marcado a mim. Obrigada Manuel , pelo carinho e também por este momento agradavel, em que descobrimos um pouco mais sobre ti. 102 Revista Fotomanya Vip


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MAKING OF TRATAMENTO CRUZADO

Como estamos na altura do Natal este artigo do Making of é sobre o processamento cruzado, que tem a sua magia na surpresa e imprevisibilidade dos resultados. Não tem custos acrescidos, pois recorre ao programa básico de edição que vem gratuitamente com as nossas câmaras fotográficas. Caracteriza-se pelo alto contraste e saturação com tonalidades surreais. Usa-se muito no mundo da fotografia artística e publicidade.

O processo cruzado, também conhecido por XPRO, é um método antigo de processar fotografia. Na fotografia analógica, que usa o tradicional rolo fotográfico, o tratamento cruzado consiste na revelação deliberada de película de negativo, no químico apropriado para positivo, ou vice-versa, dependendo o resultado de vários factores como o tipo do filme e quantidade de exposição à luz.

O processo cruzado pode ser simulado na fotografia digital abrindo a ferramenta curvas (fig.1), incluída no software básico que acompanha as máquinas fotográficas. As curvas permitem ajustar os

tons e contraste de cada canal de cor que formam no seu conjunto o RGB, vermelho (red), verde (green) e azul (blue).

Fig. 1 – Ferramenta curvas com a configuração do tratamento cruzado.

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Na ferramenta curvas há assim três canais de cor: vermelho, verde e azul (RGB) e uma linha diagonal que vai desde a área de sombra (canto inferior esquerdo) até às altas luzes (canto superior direito). Ao arrastar individualmente os canais de cor, vermelho (R), verde (G) e azul (B), cruzando essa linha diagonal, vamos criar uma mudança em termos de tons, criando-se deste modo o efeito do tratamento cruzado. Em alternativa, mais complexa, pode controlar-se os pontos de controlo para o efeito

em análise ao colocar valores no output quer em input dos vários canais, neste caso: B 237 out, 148 in, 40 out, 66 out. G 225 out, 195 in, 101 out, 67 in. R 224 out, 185 in, 104 out, 76 in. O resultado é ilustrado na fotografia da porta da amizade (fig. 2). Boas Festas. Nuno Borges - Lovejoydivision©

Fig. 2 – Porta da amizade - velocidade: 1/60, abertura: f 10, ISO 100. Revista Fotomanya Vip

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Ant贸nio JS

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MARMELADA.COM E-mail marmeladapontocom@gmail.com Telefones para contacto 934602158 e 914711225 http://marmeladapontocom.blogspot.pt/ A MARMELADA.COM é um bombom de marmelada e nasceu em lisboa. As suas criadoras são Luisa Gonçalves Porto e Ana Filipa Garin Scarpa, duas amigas de longa data com um sentido de responsabilidade e empreendedorismo muito grande. A MARMELADA.COM em forma de bombom é o resultado da nossa paixão pela excelência e também pelo gosto dos sabores genuínos. Juntar outros sabores á MARMELADA.COM é um desafio diário, pois estamos sempre em constante procura de novas sensações. Desenvolvemos o nosso produto com os melhores ingredientes e sempre os de primeira qualidade, de modo a que se garanta assim a excelência no produto e aliado ao sabor, pode ainda contar com a apresentação do produto MARMELADA.COM. Neste momento estamos a comercializar em bombom e em barra (ao kilo) a MARMELADA. COM os seguintes sabores: Nozes Amêndoa torrada inteira Amêndoa Torrada picada Avelã Figo e Laranja Gengibre e limão Queijo da Ilha de São Jorge Queijo da Serra Tomate e canela Ginjinha Uvas passas e Vinho do Porto Cereja “bêbada”

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Morada: Rua Manuel da Silva Gaio,nยบ 2 โ ข 2795-132 Linda-a-Velha - Oeiras - Lisboa

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