FOTOMANYA VIP Nº 5

Page 1

REVISTA MENSAL - Nº 5- Fevereiro 2013

Arte Urbana

Alexandre Serra Sandrina Francisco

Isabel G Silva Fotógrafa do Mês

CMYK O QUE É?

Fotomanya Vip

1


EDITORIAL Desde muitos anos atrás, intelectuais e estudiosos afirmam que as cores nos transmitem sensações, alteram nosso humor e podem até mesmo curar certas doenças devido á energia positiva que transmitem. Também se diz que a luz de diversas cores ao entrar em nossos olhos podem afectar directamente o centro das nossas emoções. Desde os antigos povos do Egipto, Grécia, Índia, China e Roma já relatavam e aplicavam as influências das cores sobre os seres humanos. Por exemplo já todos ouvimos que o Verde Estimula momentos de paz e equilíbrio. É a cor da revelação. Vermelho é paixão, entusiasmo, encontro entre pessoas. Azul é purificação, expulsa energias negativas. Favorece a amabilidade, a paciência a serenidade. Estimula a busca da verdade interior. Branco é purificador e transformador. Representa a perfeição e o amor divino. Estimula a imaginação e a humildade. Produz a sensação de limpeza e claridade. A vida é feita de cores, elas estão visíveis para todos os que usufruem de visão, Estão por toda a natureza, em todo o nosso redor, seja em lugares rurais ou centro urbanos a cor sempre esteve ligada à vida e aos sentimentos... Seja ela visualizada através de fotografias, histórias, contos, momentos de vida, situações espontâneas, tudo na vida tem como base a cor. A nossa revista deste mês é uma revista colorida, alegre e divertida... Sentem-se, apreciem e deixem-se levar por este mundo fascinante e alegre da cor.

2

Fotomanya Vip


Edição Ana Luar

Editorial Ana Luar

Jornalistas Jorge Jacinto Filipe Morais

Dados Legais Distribuição Mensal Online/Papel

Tiragem

100 exemplares

Impressão

DIGISET, LDA

Regº 399674/14 Número de Depósito Legal 352970/12 Nif: 128905352

Endereço

Praça Duque de Cadaval nº2 2660-352 Flamenga /Loures

Fotomanya Vip

3


Ana Luar pag 28/ 29

José Canelas pag 30 / 33

Foto de Capa Alexandre Serra Modelo: Sandrina

Editorial pag 42/ 3

Rogério Costa pag 34 / 35

Grafitis pag 6/ 11 CMYK Ana Luar pag 36/ 37

Á espera de D. Quixote pag 12 / 19 Zé Manél pag 38/ 39

Moda Alexandre Serra pag 20 / 27 Free Spirit João Ramos pag 40 / 45

4

Fotomanya Vip


Paisagem J C Costa pag 46 / 50 Low Key Carlos Silva pag 78 / 79

Poetizar Monsarraz António Caeiro 52 / 57 Óscar Valério pag 80/ 83

Conimbriga Ana B Constantino pag 58/ 59 Parque Mayer Jorge Jacinto pag 84 /89 Making Of Nuno Borges pag 60 / 61 Mulheres de África pag 90 / 93 Fotógrafo do mês Isabel G Silva pag 62 / 65 Isabel Costa Pinto pag 94 /95 Galeria de Membros pag 66 / 77

Fotomanya Vip

5


Arte Urbana

Grafiti

Grafiti é cor, linguagem, textura, arte, intervenção, protesto, provocação. Na linguagem comum, pintura grafite é o resultado de pinturas com uma expressão livre e sentido criativo onde a sua essência é gerar um alto impacto visual suscitando discussão de vários temas pessoais e artísticos ou movimentos revolucionários ligados à politica… o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, comparando o grafiti a puro vandalismo, quando realizados sem a devida autorização, tanto em propriedade pública ou privada, o que adultera o propósito inicial e artístico da arte urbana. Se em tempos passados os grafiteiros queriam manter-se no anonimato, hoje dá-se o contrário pois a maioria dos painéis, são assinados para dar a conhecer o seu autor e alguns são reconhecidos a nível mundial como grandes mestres de arte urbana.

José Manuel Simas

6

Fotomanya Vip


Filipe Correia

A partir do movimento contra cultural de Maio de 1968, quando os muros de Paris, foram suporte para inscrições de carácter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip pop, e a variados graus de infracção. Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa Nova Iorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século xx. Actualmente no século XXI, muitas pessoas usam o grafite como arte em museus de arte e são reconhecidos como artistas chegando a expor em museus do mundo inteiro e até mesmo a estar lado a lado com a arquitectura criando amplitude dos espaços e zonas visualmente interessantes.

Fotomanya Vip

7


JosĂŠ Vieira

8

Fotomanya Vip


Manuel Vagos Paula Silva

Fotomanya Vip

9


Jorge Sousa

Filipe Morais

10 Fotomanya Vip

Milena Seita


Carlos Silva Avlisilva

Hoje, está incorporado de tal forma na vida urbana que já faz parte da identidade das cidades. As histórias dos graffitis se entrelaçam, se recriam. Numa paleta de cores, assumem novas formas e matizes. Os muros são o suporte, a morada de todos esses grafismos, ícones, histórias e memórias de uma metrópole. O graffiti é assim. Nasce da necessidade de passar uma mensagem. Caminha em cores por ruas cinzas. Provoca o olhar para a cidade. Em cada símbolo, torna os muros sociais visíveis. É poético. É ácido. É metáfora. É antítese.

Fotomanya Vip

11


À espera de D. Quixote Isabel G Silva A manhã traz o vento. Nada mais que o vento. Pobre e triste moinho, abandonado no cimo do monte. A seara de outrora é agora um campo seco pelo correr dos dias sempre iguais. Dos tempos felizes nada mais resta que a recordação, que a saudade. Por companhia, o moinho tem apenas o vento. E até esse, que antes lhe trazia o prazer de uma carícia, somente lhe traz a dor. Uma dor gélida nas pás, já tão cansadas de girar ao sabor das horas, que tanto deseja serem as últimas. Esquecido e sem razão de viver, o moinho amaldiçoa os homens e os deuses. Que malfadada sorte. Onde estarão aqueles que ali, em dias tão distantes, transformavam o trigo em farinha. Aqueles, que entre cantares e suor, ali começavam a criar o pão que até o diabo deixara de amassar. Mas quando o sol se põe e a noite chega de mansinho, o moinho deixa-se embalar pelo brilho das estrelas, que lá no alto, indiferentes e sobranceiras, teimam em reinar. E, assim, adormece, em paz, não fazendo caso nem do vento nem da dor do abandono. Madrugada afora, o moinho sonha. No sonho já não é um velho cansado, mas antes um gigante temido. Enchendo o peito de ar, então grita: “Vem, D. Quixote, vem!” E o Cavaleiro da Triste Figura surge, por entre a bruma, montado em Rocinante. “Aqui me tens, gigante malvado!”, responde, ignorando os avisos do fiel Sancho Pança. Lança em riste, D. Quixote investe. E em cada investida, o vento torna-se mais forte e lança-o para longe. Sancho corre em seu auxílio e diz-lhe a medo: “Senhor, é apenas um moinho”. Mas nada demove o cavaleiro, disposto a morrer pela formosa Dulcineia. “Foi Frestão que o transformou!”, grita, investindo uma e outra e ainda outra vez. E a batalha prossegue, sem se avizinhar um fim. Mas, de súbito, as estrelas apagam-se. O sol surge no horizonte. E o pobre moinho abandona o sonho. Onde está agora o Cavaleiro da Triste Figura? De Sancho Pança não há nem rasto. Não se avistam marcas do combate nos campos secos. Nem mesmo as das gastas ferraduras de Rocinante. O dia desperta. Outro dia igual a todos os que já haviam despertado antes. E o moinho deixa de ser gigante. Não passa de um moinho. De um pobre e velho moinho, abandonado e só no cimo do monte. E a dor gélida nas pás regressa. Malditos homens e deuses. E o vento. Maldito seja o vento. Alexandra Gil

12 Fotomanya Vip


Isabel G Silva

Fotomanya Vip

13


Coelho Duga

Analua ZoĂŠ

14 Fotomanya Vip


Gabriel Salvador

Jo達o Domingos

Fotomanya Vip

15


Sim達o Matos

Paulo Benjamim

16 Fotomanya Vip


Vitor Mnaike

Fotomanya Vip

17


RogĂŠrio Kok You

Ana Mendes Carmo

18 Fotomanya Vip


Orlando Bernardo

Pedro Flora

Fotomanya Vip

19


Alexandre Luis Andrade Serra Naceu a 30-01-1962, natural da Pena

Com uma vasta experiência profissional Alexandre Serra, trabalha à mais de 20 Anos como Profissional na área da Moda e Publicidade com modelos. Trabalhos de catálogos e outros executados para clientes Nacionais e Internacionais como: Regina(França); Spencer(França); CIA Brasil(Brasil); North Polar(Inglaterra); Henri Farm(Inglaterra); American Trade(Usa); Rembo(Belgica)...Internacionais. Via Brasil; Cia Bikini; Mares Vivas; Morena; Joe Star; Corporato; Perttuti; Keny; Peter Pan; Reveri; Simel; Carlo Visconti; Pier Lorenzo; Pietro Donatti; Dielmar; Santix; Triple Marfel; Texidal; Dache; Univeste; Tiagus; Lilás Modas; ADR; W52; Kontágio; Gouache; Afellini; Acetato; Vertigem; Quebra-Mar; Saint Trope; Reciff; Regilcor; Armag; Stessa; Ruga; Agitare..... Nacionais entre muitos outros. Colaboração em Revistas tais como: Activa; Cerimónia; Bodywaer; Guia; Nova Guia; Carícia; Teenager; Luna; Luna Internacional; Revista J; Corpo de Mulher…entre muitas outras. Estúdio Próprio onde actualmente são dados Workshops de Moda no âmbito da formação de novos Fotógrafos e Modelos para enquadramento profissional no Mercado Nacional e Internacional. No seguimento deste Projecto de Formação desenvolve com o seu grupo de trabalho a Revista (Web) de Moda SoWhat?, bimensal e a WhyNot, mensal com caracter mais sensual. Parceria nestas formações com outros Estúdios como é o caso do Estúdio “Imagem e Marca” no Porto e em Men-Martins o Estúdio “Licença para Fotografar”. Fotografo do IMAGE BANK/GettyImages desde 1992... e-mail: alexandreserra@me.com

20 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

21


22 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

23


24 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

25



Fotomanya Vip

27


Ana Luar 28 Fotomanya Vip



José Henrique Pereira Canelas e nasceu a 11 de Setembro de 1971. É mais conhecido por Canelas, pela sua boa disposição e pela forma como vai brincando com a vida. Ao descobrir a fotografia percebeu que podia descrever o mundo com os seus olhos, fazer com que os outros vejam o que ele vê e sintam de forma individual o que ele mostra. Cada fotografia retrata uma viagem, uma aventura, uma recordação. Retrata a vida que vai passando e as mudanças que vai deixando nele, em nós, no mundo

http://jhcanelas.wix.com/photo

30 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

31


32 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

33


RogĂŠrio Costa

34 Fotomanya Vip



Aprendendo

São muitos os fotógrafos que apesar de trabalharem em edição, e participarem em revistas, livros de fotografia não entendem quando lhes é pedido que nos enviem as fotos em tons CMYK em vez do usual RGB e por isso achámos de importância um artigo para que percebam como funciona e o que é o CMYk CMYK é a abreviatura do sistema de cores formado por Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (“K”ey- do inglês=chave, pois é a base). (como apresentada na figura da direita) O CMYK funciona devido à absorção de luz, pelo fato de que as cores que são vistas vêm da parte da luz que não é absorvida. Este sistema é empregado por imprensas, impressoras e fotocopiadoras para reproduzir a maioria das cores do espectro visível, e é conhecido como quadricromia. É o sistema subtrativo de cores, em contraposição ao sistema aditivo, o RGB. Ciano é a cor oposta ao vermelho, o que significa que actua como um filtro que absorve a dita cor (-R +G +B). Da mesma forma, magenta é a oposta ao verde (+R -G +B) e amarelo é a oposta ao azul (+R +G -B). Assim, magenta mais amarelo produzirá vermelho, magenta mais ciano produzirá azul e ciano mais amarelo produzirá verde. O padrão CMYK é mais usado para impressão, enquanto que monitores e televisões usam o padrão RGB (Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue)), onde são usadas apenas três cores. Como o CMYK que se usa na indústria gráfica é baseado na mistura de tintas sobre o papel e o CMYK usado nos sistemas de computador não passa de uma variação do RGB, nem todas as cores vistas no monitor podem ser conseguidas na impressão, uma vez que o espectro de cores CMYK (gráfico) é significativamente menor que o RGB. Alguns programas gráficos incorporam filtros que tentam mostrar no monitor como a imagem será impressa. As cores usadas na impressão são semi-transparentes, de modo que a sobreposição do ciano e do amarelo, produzam o verde, por exemplo. Entretanto, para a variar a quantidade de tinta transferida para o papel é necessário um recurso denominado meio tom. Meio tom é a transformação das massas de cores em malhas de minúsculos pontos correspondentes a cada uma das quatro cores. Sem estes pontos, cada cor primária seria apresentada como uma massa densa e uniforme de cor. Com meios-tons é possível variar o tamanho ou a freqüência dos pontos, produzindo variações percentuais na aplicação das cores. O tamanho reduzido dos pontos aplicados no papel e sobrepondo aos pontos das outras cores faz com que o olho humano perceba o conjunto como uma única cor. O conjunto de pontos específico de cada uma das quatro cores é costumeiramente chamado de tela, ou retícula.

36 Fotomanya Vip


Na reprodução realística de cores, a quadricromia é limitada pela amplitude do espectro cromático do sistema CMYK. Na prática isso quer dizer que determinadas cores visíveis pelo olho humano ou reproduzíveis em outros sistemas, como o RGB, por exemplo, não podem ser obidas pelo processo de quatro cores. Isso não chega a ser um problema na maioria das aplicações práticas da quadricromia, mas é um obstáculo quando se deseja a reprodução de cores específicas, como tons de céu, de água ou a cor de determinada marca corporativa, por exemplo. O avanço tecnológico recente tem baixado os custos de impressão, popularizando o uso de mais cores nos processos, a fim de reduzir ou eliminar as limitações da quadricromia na reprodução de determinados tons. Desse modo tem surgido sistemas de impressão com seis ou mais cores, como o Pantone hexachrome[1], que agrega às quatro cores da quadricromia o verde e o laranja, ampliando o espectro cromático e a fidelidade das cores reproduzidas.

ALTERAR AS CORES DAS FOTOS DE RGB PARA CMYK NO PHOTOSHOP Vá em Imagens/ Modo/ e retire a marcação do RGB e marque CMYK. Se reparar perceberá que as cores originais sofrem uma ligeira alteração notando-se mais nos verdes já editados, pode então usar novamente a edição a seu gosto , tendo sempre em atenção que o seu monitor está programado para fazer a leitura de cor em RGB.... o que significa que na impressão só ficará o que está a ver se o seu monitor estiver calibrado para CMYK

E NO PRETO & BRANCO? Para que os tons cinza não sejam adulterados absorvendo magentas , azuis, e amarelos, deverá converter a foto para GRAYSCALE exactamente no mesmo local onde converte para cmyk...... onde os tons cinza serão preservados sem sofrerem alteraçõs de tons. Muitas vezes ao levarmos fotos para impressão em gráficas rápidas, as fotografias são feitas na hora e saiem com tons que pouco se asemelham ao preto e branco, dando a ideia de edição ...isso acontece porque não converteu a foto para que o preto e branco se mantenha fiel ao que os seus olhos viram no monitor.

Fotomanya Vip

37


ZÉ MANÉL em ... A Rapariga do "Acordeon"....

38 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

39


João Ramos nasceu em Lisboa, no ano de 1970. Não se

lembra da primeira vez que pegou numa máquina de fotografar, nesses tempos brincava com uma máquina quadrada que pertencia a sua mãe. Aos 14 anos recebe a sua primeira máquina fotográfica, uma Agfa Mini como prenda de natal, ficou fascinado. Depois disso teve várias compactas e sempre muita vontade de registar momentos. Mais recentemente a três anos atrás com uma cadeira do curso de Animação Sócio-cultural, começou a fazer reportagens fotográficas e a paixão pela fotografia ganhou novo fôlego. Fotografava com uma Bridge Fugi Filme (requisitada) e sempre que possível com câmaras emprestadas. Além da cadeira da faculdade, onde fez várias Reportagens fotográficas, fez formação paralela em fotografia, além de ler imenso sobre fotografia e de por em prática os conhecimentos adquiridos. Tem participado em algumas exposições colectivas e projectos artísticos ligados a fotografia. Actualmente não vive sem fotografar tal como o ar que respira. A fotografia _uma das minhas paixões, capta um lapso de tempo, congela o momento para a quase eternidade! O tempo passa e o esquecimento faz parte também da nossa memória por isso uns segundos bastam para regista o momento como que magia para que a memória perdure. É reparar nas árvores, no céu, nos olhares, nas casas velhas cheias de alma, é o dia que começa e o dia que acaba. Fotografar é amar as pequenas coisas da vida, que afinal são maiores pois existem e são belas! A alegria de olhar e encontrar a poesia nos momentos... https://www.facebook.com/pages/Jo%C3%A2o-F-Ramos-Photographer/137531136327972 Facebook: Joâo F. Ramos Photographer

40 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

41


42 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

43


44 Fotomanya Vip


Projeto“FREE SPIRIT” Este projecto nasceu da ideia de trabalhar com a Joana Peta, nossa miss Portugal e actual miss internacional beaty, além da Joana convidei a modelo Patrícia Fontinhas e o modelo Fábio Martins. Já a algum tempo que desejava criar imagens com cavalos e assim nasceu um projecto com a colaboração de várias pessoas. As fotografias foram feitas a linda zona de Alcochete. Fotógrafo: João Ramos Assistente de produção. Alice Pereirinha Maquilhadora: Andreia Carvalhais Modelos: Joana Peta, Patrícia Fontinhas e Fábio Martins Agradecimentos: António Vieira, Alex Leandro, Mário e ao grande toureiro Carlos Reis Sem a colaboração de todos nada seria possível João Ramos

Fotomanya Vip

45


SERRA DA ESTRELA

José Carlos Costa

website: www.jccosta.net facebook: www.facebook.com/JCCosta.Photography e-mail: carloscosta.jg@gmail.com

Natural de Braga, José Carlos Costa começou a fotografar por lazer em 2004, já em plena era digital. Apesar da modéstia da sua compacta Sony, foi desenvolvendo o seu “olhar” e a sua técnica, sempre num processo autodidacta. O seu vício foi crescendo à medida que “devorava” fotografias. Em 2009, a aquisição de uma reflex Canon trouxe-lhe a liberdade para explorar novas técnicas e marcou o 1º ponto de viragem na sua paixão pela fotografia e o seu verdadeiro início como fotógrafo. O seu primeiro projecto fotográfico focou-se no Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), o seu “refúgio” e o “local mais belo de Portugal Continental”. Em 2009 e 2011 percorreu milhares de quilómetros, subindo montanhas e descendo rios, respirando ar puro e contemplando a paz. A constante procura de registar as 1001 maravilhas do PNPG permitiu-lhe criar um vasto portfólio desta “Maravilha de Portugal”. Em meados de 2011 “descobriu” a fotografia Fineart que rapidamente se tornou a sua maior paixão e representou o 2º ponto de viragem na sua fotografia! Em 2012 e 2013 os seus maiores projectos fotográficos estão inseridos nesta área que lhe permite dar asas à criatividade e produzir “imagens que transmitam emoção”. No entanto, sempre que possível ainda percorre os trilhos do PNPG na procura de serenidade e locais inexplorados. Um dos seus próximos objectivos centra-se na delineação de uma exposição itinerante que mostre ao país as inúmeras belezas naturais do parque. Numa busca incessante por aprender, continua em busca do seu “Santo Graal” procurando que a sua melhor fotografia seja sempre a próxima. A água (elemento favorito) e as longas exposições (técnica favorita) são o fio condutor e uma presença quase obrigatória no seu portfólio.

46 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

47

Autumn Sunset Canon 40D f13 0.5� 10mm ISO 100


Arado Waterfall Canon 40D f13 5” 100mm ISO 100 Fountain of Youth Canon 40D f16 2” 10mm ISO 100

Force of Nature Canon 40D f16 3.2” 17mm ISO 100


6) Flowing Hymn of Colors Canon 40D f11 30” 30mm ISO 200 Flowing Canon 40D f16 0.4” 14mm ISO 100

Magic Place Canon 40D f13 6” 18mm ISO 100

Fotomanya Vip

49


A Path Into Nature Canon 40D f11 1/200 18mm ISO 100

Flow Canon 40D f11 0.6” 23mm ISO 100

The Last Beam of Light Canon 40D f13 0.3” 22mm ISO 100

50 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

51


António Caeiro, há 45 anos a viver na Aldeia de Paio Pires, mas

com raízes bem vincadas no Alentejo. Desde há alguns anos que o gosto pela Fotografia e por partilhar as imagens captadas, levaram a participar em algumas exposições colectivas e consequentemente a ver publicadas algumas delas em revistas da especialidade. Em 2010 foi membro da Organização e Júri num Concurso de Fotografia. Em Novembro de 2011 editou o livro “O Silêncio das Pedras” e em Janeiro de 2013 coordenou a edição do livro “Poetizar Monsaraz”. Porém… é só um simples amador nesta arte que é a Fotografia. Contacto amcaeiro@gmail.com Galeria de Imagens www.antoniocaeiro.net

52 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

53


Local de destino: MONSARAZ 38˚26ˈ38.02ˈˈN │ 7˚22ˈ48.64ˈˈW Monsaraz, fica a pouco mais de duas horas de Lisboa, e é uma freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz, com 88,29 km² de área e 782 habitantes (números de 2011) e com uma densidade de 8,9 h/km². Actualmente, dentro das muralhas, vivem menos de meia centena de pessoas. A freguesia de Monsaraz é composta por Monsaraz, Ferragudo, Telheiro, Outeiro, Barrada e Motrinos. Antiga sede de concelho, transferida pela primeira vez em 1838 e definitivamente em 1851 para a então vila de Reguengos de Monsaraz, hoje cidade. Embora muitas vezes se confundam, é importante referir, que não se deve confundir Reguengos de Monsaraz com Monsaraz, pois são duas localidades distintas e separadas por dezena e meia de quilómetros. A Vila de Monsaraz foi conquistada aos mouros, em 1167, pelos homens de Geraldo Sem Pavor. O primeiro foral veio a ser concedido por D. Afonso III, em 15 de Janeiro de 1276. O castelo de Monsaraz desempenhou ao longo dos séculos, o chamado papel de sentinela do Guadiana, vigiando atentamente a fronteira com Castela. A vila chegou a administrar três freguesias: a Matriz de Santa Maria da Lagoa, Santiago e São Bartolomeu e foi sede do concelho até 1838, quando este cargo que passou para a freguesia de Reguengos. A sua posição estratégica permitia detectar o inimigo com antecedência, pois dava conta do perigo através da comunicação visual entre o conjunto fortificado e a rede de atalaias envolvente.

54 Fotomanya Vip


O sistema defensivo de Monsaraz é considerado sob duas tecnologias e épocas distintas: - fortificação medieval: o castelo e a cintura de muralhas envolvente, que surgem numa altura em que não existiam armas de fogo (séc. XII – séc. XIV). Os panos de alvenaria são verticais e bem altos, construídos em alvenaria de pedra irregular de xisto, com excepção nos cunhais e bases, em aparelho regular de silharia de granito. - fortificação seiscentista: constituída essencialmente por baluartes do tipo Vauban, hipoteticamente atribuída a Nicolau de Langres, e coroada a norte por uma obra avançada. Os progressos de artilharia obrigaram os engenheiros militares à substituição das altas muralhas dos castelos por obras de defesa menos aparentes e vulneráveis. Os panos de muralha são de uma espessura bastante superior, em alvenaria de xisto um pouco mais aparelhado. A aterragem da plataforma era feita através de compactação do solo. Monsaraz, é um local aprazível, tranquilo, onde podemos calmamente percorrer as suas ruas assimétricas feitas de pedras de xisto e apreciar as Casas Quinhentistas, os Portais Góticos e as Janelas Manuelinas, tudo isto numa atmosfera Medieval muito bem preservada. Monsaraz conta com um abundante património a merecer uma cuidada visita, como por exemplo a Ermida de Santa Catarina, Pelourinho, Igreja de Nossa Senhora da Lagoa, A Casa da Inquisição, Capela de São José, Antigos Paços de Audiência actual Museu do Fresco, Cisterna, Igreja de Santiago, Capela de São Bento ou Ermida de São Bento, Capela de São João Baptista (Cuba), Hospital do Espírito Santo e Casa da Misericórdia, Igreja da Misericórdia, Igreja de São Bartolomeu e a Ermida de São Lázaro. Não sendo fácil destacar um, ainda assim arrisco e destaco como visita (quase) obrigatória, o Museu do Fresco. Remodelado, em 2012, neste Museu podemos apreciar o “Fresco do Bom e Mau Juiz”. Peça única na Europa, trata-se de uma pintura dos finais do século XV que foi descoberta em 1958 e que representa a alegoria da justiça terrena, em que o bom e o mau juiz são os elementos principais e que evidenciam as fórmulas tradicionais de isenção e corrupção humanas.

Fotomanya Vip

55


Alentejo é igualmente sinónimo de boa comida e bom vinho. Em Monsaraz essas iguarias, regadas moderadamente com o bom vinho da região, também podem ser degustadas nos diversos restaurantes da Vila. Com a chegada da noite, os alojamentos na Vila são diversos, e proporcionam, ao visitante, o prolongamento da estadia que dá a oportunidade de ver Monsaraz de uma outra forma, com uma outra cor. A noite traz outro encanto. As pacatas ruas e ruelas iluminadas convidam a um tranquilo passeio, onde o silêncio, só é quebrado pelo toque dos sinos na Torre do Relógio. Outro atributo desta região é o céu. O céu noturno, com características únicas, e que foi reconhecido como a primeira reserva mundial Dark Sky atribuída pela Unesco e pela Organização Mundial do Turismo. Monsaraz em conjunto com outras localidades do Alentejo, faz parte dessa reserva. Muitas são as razões para visitar, ou revisitar a Vila de Monsaraz!

Fotografias: António Caeiro Texto: António Caeiro baseado em informações históricas recolhidas no site oficial da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz

56 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

57


Ana Batista Constantino Conímbriga é a maior cidade romana encontrada em Portugal e que conserva a cintura de muralhas, aproximadamente triangular. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande vila urbana com peristilo central, a Norte da via. Em trabalhos junto à muralha Sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características. Conímbriga localizava-se na via que ia de Olísipo (actual Lisboa) a Bracara Augusta (actual Braga). Foi ocupada pelos romanos no reinado do imperador César Augusto (século I). Nos finais do século IV e com o declínio do Império Romano, foi construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de mil e quinhentos metros de extensão, possivelmente para substituir e reforçar a antiga muralha do tempo de Augusto. A forma um tanto rústica como esta muralha está construída demonstra uma certa urgência na sua obra, dando evidência ao clima de tensão e de iminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. Devido às então invasões bárbaras da Península Ibérica, em 464 os Suevos assaltaram a cidade, destruindo parte da muralha em novo assalto em 468. Depois da vitória dos Visigodos sobre os Suevos, a cidade perdeu o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (hoje Coimbra). Os habitantes que permaneceram, findaram Condeixa-a-Velha. As primeiras escavações arqueológicas começaram em 1899, graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. Dos seus pesquisadores destaca-se Virgílio Correia desde 1930 a 1944, pondo a descoberto toda a área contígua à muralha leste e extramuros, as termas públicas e três vivendas. Entre as últimas destaca-se a Casa dos Repuxos, pavimentada com mosaicos e com um jardim central onde se conserva todo o sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha revela-se uma basílica e uma luxuosa vivenda com termas privativas. As escavações revelam um fórum augustano, demolido na época do Flávios. Foi escavada também uma zona habitacional, que seria ocupada pela classe média da população. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida para Conímbriga através de um aqueduto. Em meados do século XX, intensificou-se o ritmo das escavações. Os abundantes materiais arqueológicos, não sendo possível mantê-los no local, encontram-se no Museu Monográfico de Conímbriga.

58 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

59


Making Of N.º 5 Neste artigo vamos aprender como captar um motivo em movimento, congelando-o na imagem, mantendo o fundo desfocado, ou seja, panning, e também, como captar um motivo estático a transmitir a ideia de movimento usando a técnica de zoom burst. Não é necessário programa de edição de fotografia. Uma das técnicas criativas de captar movimento nas fotografias é conhecida como panning. Para desfocar o fundo e manter o objecto bem nítido, devemos usar uma velocidade baixa (1/15 a 1/100) dependendo da velocidade do objecto e acompanhar o seu movimento com a câmara. Use o modo de focagem continua para permitir um seguimento do motivo, mas se possível, para evitar um funcionamento irregular do motor de focagem, foque de um modo automático para a distância desejada passando depois para focagem manual. Use preferencialmente um monopé ou segure a câmara com as duas mãos e cotovelos encostados ao corpo rodando o corpo apenas da cintura para cima. Assim que o objecto se move comece a segui-lo, quando passar em frente a si, na posição desejada, prima o botão do obturador continuando a segui-lo com a câmara depois de ter disparado. Um bom panning requer prática com movimentos suaves até se conseguir seguir o objecto com precisão. Para o zoom burst, utilize uma objectiva zoom, coloque uma velocidade baixa de obturador (1/2, 1/8, 1/15), foque de um modo automático para a distância desejada passando depois para focagem manual, mantenha a câmara firme e dispare durante a acção de mudança da distância focal, aproximando ou afastando o zoom. Experimente velocidades diferentes, para dar mais ou menos desfoque e use um tripé para a criação de linhas direitas. O panning e zoom burst ficam mais interessantes com fundos contrastantes e coloridos.

Boas criações. Nuno Borges – Lovejoydivision©

60 Fotomanya Vip


Formula Renault com efeito panning com velocidade de obturador 1/100. Mata de Monchique zoom burst com velocidade de obturador 1/3.

Fotomanya Vip

61


Fotógrafa do Mês

Isabel Gomes da Silva Nasci em Lisboa e apesar de ter estudos na área das Ciências sempre estive ligada à arte. A fotografia sempre foi alvo da minha atenção e desde a juventude tive sempre máquinas fotográficas que inicialmente usava para registar apenas eventos familiares. Quando comecei a viajar, apaixonei-me perdidamente pela fotografia na medida em que me permitia eternizar os momentos de contacto com outros mundos, outras vivências. Só quando a era digital se instalou é que comecei a levar mais a sério esta minha paixão e fui trocando de máquina fotográfica. Neste momento uso quase exclusivamente uma Canon 5D e as objectivas Canon 16-35 mm f/2,8L e Canon 70-200 mm f/4L. Já ganhei alguns prémios fotográficos, participei em algumas exposições colectivas e tenho fotografias publicadas em vários livros e revistas. Revejo-me plenamente nos versos de Álvaro de Campos ( heterónimo de Fernando Pessoa): Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

62 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

63


64 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

65


Galeria de membros

Carlos Silva Avlisilva Valter Patrial

66 Fotomanya Vip


SĂŠrgio Moreira Joaquim Machado

Fotomanya Vip

67


Vitor Manike Nuno Sousa

68 Fotomanya Vip


Jos茅 Manuel Simas Ant贸nio Marciano

Fotomanya Vip

69


Filipe Morais SĂŠrgio Coutinho.

70 Fotomanya Vip


Luis Mota Rosa Mouziho

Fotomanya Vip

71


Gonรงalo Afonso Dias

72 Fotomanya Vip


Gonรงalo Afonso Dias Dulce Maria

Fotomanya Vip

73


Iorge Santos

74 Fotomanya Vip


Ana Ribeiro

Fotomanya Vip

75


Vitor de Sousa Mafalda Teixeira

76 Fotomanya Vip

Simone de Oliveira JosĂŠ Rapouso


Fotomanya Vip

77


78 Fotomanya Vip


LOW KEY Carlos Silva “Avlisilva”

Low key é uma imagem composta principalmente de sombras. Nela poucos detalhes são claros, somente para mostrar o assunto fotografado. A iluminação Low-key requer apenas uma luz principal, opcionalmente controlada por uma luz de preenchimento ou por um simples rebatedor. Este tipo de configuração é usualmente feita com um fundo preto ou escuro.... num local onde incida luz e haja um fundo plano e em sombra focamos e medimos na luz e escurecemos ainda mais o fundo recorrendo a compensação de exposição de 1 a 2 stops a menos que se queira fazer com luz artificial arranjamos um candeeiro direcionando a luz para o motivo que escolhemos e num quarto ou sala completamente escuro em que só haja a luz de um candeeiro (também se pode fazer fazer com flash )com velocidade maxima e jogando com as aberturas F/

O ideal é usar apenas uma luz, ou no máximo duas, criando sombras fortes pelo uso da iluminação dura . Posicione um foco de luz diagonal (de frente para o modelo, porém levemente afastado para o lado), e vá testando até conseguir o efeito que quer. A segunda luz precisa ser bem mais fraca, apenas para detalhar a silhueta. Esse foco precisa ficar atrás do modelo, totalmente escondido e, de preferência, vindo de baixo. Lembre-se de que, para um melhor efeito Low Key, você deve usar focos de iluminação pontual e direcionados, para clarearem apenas a área desejada.

Fotomanya Vip

79


Óscar Valério

“Da série “ estoira o chão e as portas batem” Uma tradição ancestral que repesca as raizes do verdadeiro Carnaval do nosso povo. Este é o Carnaval de que os meus pais e avós falavam, compadres, comadres..., representada pelo Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses. Aqui não há samba nem corpos despidos, sigam-me e divulguem algo genui-

80 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

81


82 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

83


NO TEATRO MARIA VITÓRIA (FAZ 90 ANOS) UMA REVISTA QUE É UMA APOSTA NO FUTURO

Parque Mayer Reportagem: JORGE JACINTO Desde miúdo que o Parque Mayer exerce um fascínio inexplicável, diz o actor Paulo Vasco, nesta revista, com um elenco jovem, rejuvenesci cerca de 20 anos e cá estou eu para vos ajudar a esquecer a crise, a rir, que é o melhor que podemos ainda fazer. Façam o favor de se sentar, que o espectáculo vai começar… É com uma grande alegria que regresso à casa onde estreei há quase 10 anos! Relembra a actriz Melânia Gomes, durante a minha curta ausência, envolvida noutros projectos, nunca deixei de me identificar com este género de teatro, que me recebeu sempre de braços abertos… É emocionante pisar um dos palcos com mais e maiores tradições no teatro português. Por aqui passaram os grandes nomes e os grandes amigos da nossa arte de representar. A revista é uma porta aberta para todos os géneros de actor. É para mim (Henrique Carvalho) uma nova responsabilidade… A minha carreira de actriz, lembra Mafalda Teixeira, começou há sensivelmente seis anos atrás, na série “Morangos com Açucar”. Desde então o “bichinho” da representação instalou-se definitivamente. Agora, a minha grande estreia no teatro de Revista! Estou radiante com esta oportunidade… É com enorme prazer que integro o elenco deste grande espectáculo. Esta é a minha terceira Revista consecutiva e o que posso dizer: (Élia Gonzalez) É que me sinto mais feliz do que nunca… É com esta esperança que nos anima, eu e toda esta maravilhosa equipa de trabalho deste Teatro Maria Vitória-que este ano celebra os seus 90 anos de actividade constante ao serviço do Teatro de Revista. E porque acreditamos que há mais futuro para além da crise, que há mais vida para além das dívidas, aqui deixamos o nosso cheque de “Humor Com Humor se Paga”. (Hélder Freire Costa)

Ficha Técnica: Actores: Paulo Vasco, Melânia Gomes, David Ventura, Ana Marta,Flávio Gil, Élia Gonzalez,Henrique de Carvalho,Mafalda Teixeira,Diogo Costa e Ana Sofia Gonçalves. Produção: Hélder Freire Costa. Direcção e Encenação: Mário Rainho. Autores do texto: Mário Rainho, Carlos Mendonça e Flávio Gil. Música: José Cabeleira, Carlos Dionísio e Pedro Lima. Coreografia: Marco de Camillis

84 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

85


Parque Mayer

Élia Gonzales

Paulo Vasco

Henrique de Carvalho

86 Fotomanya Vip


Mel창nia Gomes

Mafalda Teixeira

Fotomanya Vip

87


88 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

89


MULHERES DE ÁFRICA Berta Gonçalves

África é um continente multifacetado , pelo que falar da mulher africana é , por consequência, um tema multifacetado também, pelo que o abordaremos numa perspetiva transversal a todo o continente. A mulher africana é , por nascimento ,livre em direitos e dignidade, mas dizer-se que ela goza, em pleno, desses direitos e dignidade é ainda hoje , uma utopia. Alguns Estados africanos têm tomado medidas no sentido de dar às suas mulheres os direitos inerentes à condição de cidadãs livres. Contudo, e salvo pequenas exceções, a maioria está ainda longe das instituições que têm o poder de decisão. Nas décadas de 60 e 70 verificaram-se algumas mudanças relativamente à condição dos direitos da mulher. Foi , essencialmente, nestas décadas que muitos dos Estados africanos adquiriram as suas independências. Enquanto essa nova África fervilhava, politicamente, como dona do seu destino, a mulher africana de uma maneira geral, continuava a ser o que sempre fora: a guardiã da sua matriz cultural. Dizia o então 1º presidente da Costa do Marfim, Félix Boigny, referindo-se à mulher que ela tinha de ter " os pés na tradição e a cabeça na modernidade". Queria ele dizer que a mulher africana tinha os seus direitos ,mas teria de continuar a ser esposa e mãe modelo . A vida profissional sim, desde que não interferisse com aquela matriz.

90 Fotomanya Vip


Berta Gonçalves

A mulher africana representa , segundo dados de 2012, 57 % da população africana e 66% da força de trabalho, no mundo. No entanto ela é , em todo o continente, o género mais vulnerável, a mais pobre e quem mais sofre violências de toda a espécie: desde violência doméstica( em alguns Estados , como Egipto, é quase uma instituição familiar ) , violações sexuais que começam na família e são uma prática nas zonas de guerra( caso da Libéria,região do Darfur no Sudão e República Democrática do Congo....) e ainda a prática da mutilação genital . Esta é, ainda hoje, um assunto polémico, vivenciado em segredo e silêncio, quer pelas vítimas , quer por quem a autoriza e por quem a pratica. Apesar de ser um acto condenável, continua a ser praticada, por exemplo na Costa do Marfim e Guiné. Os seus defensores ( homens e pasme-se , algumas mulheres ), defendem que, os que a criticam põem em causa as tradições ancestrais e mesmo o seu

Fotomanya Vip

91


As sociedades patriarcais dominaram em África ( ainda há resquícios dessas sociedades) , logo, os direitos da mulher diluem-se.. ou são mesmo inexistentes .Mas, a mulher africana é uma guerreira nata. Além de enfrentar as adversidades da natureza, nem sempre pródiga, também tem enfrentado aqueles que lhe tem retirado os seus direitos: os homens. Ela continua discriminada é certo, mas tem conquistado espaços que lhe eram vedados e a fazer-se ouvir , às vezes, de forma pouco visível. Ela pôs em prática um provérbio africano" um leão não precisa de rugir para manter a multidão aterrorizada". Aplicou-o na sua luta e, hoje, temos algumas mulheres em cargos governativos , temos mulheres a liderar organizações nacionais e internacionais , caso da Organização Pan-africana da Mulher , a Organização das Mulheres de Angola, A Organização das Mulheres Moçambicanas...e muitas outras e temos mulher africana como prémio Nobel ( a leberiana Leymah Gbowee).

África é multifacetada, mas as suas mulheres estão lá e continuam a lutar contra a desigualdade , contra a incompreensão , contra a intolerância e outros preconceitos, atentas aos seus direitos . A senegalesa Bineta Diop, embaixadora para a igualdade, ativista pelos direitos da mulher diz ,"não é certo que os homens possam expressar as necessidades das mulheres. A liderança feminina deve estar refletida diretamente nos mecanismos da tomada de decisão ".

92 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

93

Margarida Antunes


Isabel Costa Pinto África, tão longe e aqui tão perto..... A vida não é feita só de memórias mas de factos e vivências reais. Quem somos é um somatório de experiências, de influências, de socializações que nos moldam, formam e transformam em seres cada vez mais "politicamente correctos". Autenticidade é aquilo pelo qual deveríamos batalhar, viver e existir. Ser como ser preocupado com o sentir e vivenciar... Memórias fazem cada vez mais sentido num correr de dias que nos fazem perder o tino e o sentido da existência.... Á infância longínqua com suas brincadeiras e sentires tão puros. Como deslizavam felizes nas suas gingas coloridas, como brincavam ao esconde, ao prego, á mata, ao lencinho... Onde se encontram essas ????.... O mundo evolui, será mesmo?!... As crianças vivem um mundo mais duro e cruel com um futuro inseguro deixado e construído por todos aqueles que como nós brincaram felizes na rua sem perigos. Saudades é o cheiro a terra queimada após uma boa e inesperada chuvada, o cheiro das queimadas, o pôr-de-sol único, o sentir das gentes, o batuque que me adormecia, a alegria do dia a dia, o ambiente entre as pessoas. O amanhecer pelas 4 horas, o cair abrupto da noite com todo o seu colorido e, as águas,.... puxa que águas límpidas e quentes dum verde esmeralda translúcido. Claro que falo de Moçambique pois a sua gente é diferente. Voltei á minha terra em 2007 e foi voltar a estar em locais da minha adolescência, ver o liceu, a casa onde vivi, a casa da minha avó, bom, nem sei descrever as emoções sentidas a partir do momento em que pisei o 1º degrau da escada do avião e vi que estava tudo igual e por fim receber aquele cheiro tão especial de África que tanto ansiava.

94 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

95


96 Fotomanya Vip


Fotomanya Vip

97


98 Fotomanya Vip

UM GRUPO MIL OLHARES


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.