Marรงo de 2013 - Jร - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
Palavras da Diretora ::
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Índice ::
2 Palavras da Diretora
Literacia digital, competências e… alguns Paulos!
3 Reflexões de um Diretor de Turma Literacia ou Iliteracia? Editorial por Paulo Carregã 4 Notícias e atividades Alunos premiados na CMC Gestos pequeninos Simulacro na EB2 5 Parlamento Jovens 6 Lan Party + Dica Tic 7 Dia da Internet Segura 8 O Carnaval no Agrupamento 10 Desporto
Literacias 14 A importância da literacia 15 16 17 18 19 20
para o desenvolvimento Inquérito às bibliotecas de Condeixa ”A falar é que a gente se entende” Para Ler é preciso… Literacia em Artes Literacia ou Iliteracia digital Literacia Financeira
22 Na Biblioteca acontece… 26 Textos e Produção de textos 28 Diversões 30 Crónica de Ana Paula Amaro A força das palavras Que cena, meu!
31 Ainda não sabiam? O mar longe da costa Do sudoeste alentejano ao sotavento algarvio
32 Últimas
Março de 2013 Direção do Jornal
Literacia digital, competências e… alguns Paulos! Acredito que a aprendizagem é uma das atividades mais importantes do ser humano e, como tal, deve ser uma atividade permanente ao longo da vida. Mas, como as demais atividades, as aprendizagens têm espaços e momentos próprios e só se realizam quando circunstâncias especais estão reunidas… às vezes tardiamente! Tardiamente aprendi a noção de competência! Ou acho que aprendi!… Devo isso a um professor de Matemática, Paulo Abrantes, que com a maior serenidade do mundo, nas suas comunicações a outros professores de matemática, nos fazia acreditar que o conhecimento adquire um valor acrescentado quando quem o adquire faz dele o processamento adequado. Quero com isto dizer que pouco interesse terá saber o Teorema de Pitágoras, se eu não reconhecer que num problema de distâncias posso desenhar triângulos retângulos e através deles aplicar o dito Teorema para determinar as distâncias pretendidas. Da frase mais que repetida “competência é um saber em ação” fiz a ponte para a noção de literacia. Fala-se tanto em literacia… Literacia da informação, literacia da leitura, literacia matemática, literacia digital… Mas curiosamente, para mim, a intersecção entre competência e literacia é grande. A destreza para obter informação nos mais variados suportes, compreendê-la, interpretá-la e mobilizá-la na oportunidade certa é o meu entendimento de literacia multimédia. Infelizmente não sou uma nativa da era digital. Sou do tempo em que não havia telemóveis ou redes sociais! Sou do tempo em que visitávamos “o” computador do centro de informática do departamento de matemática da Universidade de Coimbra!!! Assusta-me saber que o fosso que me separa dos nativos da era digital é grande. Mas ele é incomensuravelmente maior quando se trata de pensar na utilização que os jovens de hoje fazem dos computadores e da internet relativamente aos adultos que não fazem ideia do que é ou para que serve um computador. E aí sou remetida para a minha crença ideológica no poder democratizante que tem a escola pública e por uma das tarefas que empreendeu, entre 2006 e 2012, na Educação de Adultos, patente nos Centros Novas Oportunidades. Aí … volta à memória Paulo Freire, outra aprendizagem tardia, infelizmente tardia. Eu que nunca nutri grande admiração pela Filosofia vejo, na literacia digital, o poder de outrora das campanhas de alfabetização, um instrumento privilegiado no combate à exclusão! O que pensaria Paulo Freire do Twitter ou do Facebook?! Anabela Lemos
Ana Rita Amorim Isabel Neves Fernando Pascoal Paulo Carregã Editores Isabel Neves Paulo Carregã Grafismo Ana Rita Amorim aec.jornal@aecondeixa.pt
2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: Reflexões de um Diretor de Turma Literacia ou
Iliteracia?
As novas tecnologias de informação e comunicação, sobretudo as interações nas redes sociais e os SMS com as abreviaturas e símbolos icónicos, os audiovisuais, o apelo da imagem em detrimento do texto escrito são os principais responsáveis por esta iliteracia incipiente. Um dicionário pequeno de língua portuguesa terá cerca de 28000 entradas. Os nossos jovens deverão utilizar, no seu quotidiano, cerca de 300 palavras, muitas delas próprias da gíria dos estudantes. Cada vez vão fazendo menos a separação dos registos de língua utilizados entre amigos e dentro da sala de aula e assim já nem o
Nunca a escolaridade obrigatória dos jovens portugueses foi tão longa como nos nossos dias. Diz a lei que, até aos 18 anos, todos têm de frequentar a escola, independentemente do ano ou ciclo de ensino que frequentem ou do percurso escolar escolhido. A maior parte dos nossos atuais alunos frequentaram o ensino pré-escolar, ou seja, para cumprirem o estipulado na lei, frequentarão a escola 15 anos das suas vidas, pelo menos. Então como se justifica que, sabendo eles ler e escrever, tenham cada vez maiores dificuldades em ler em voz alta e de forma expressiva um texto, compreender o que leem, produzir um texto organizado e coerente e fazer-se entender oralmente? A maior parte dos jovens, ao fugir da leitura de obras literárias, não desenvolve competências a nível do conhecimento do vocabulário, articulação e organização discursiva e compreensão/ interpretação textual. Assim, em primeiro lugar, não compreende o que lê, pois não possui o conhecimento lexical para descodificar o signo linguístico. Em segundo lugar, falta-lhe a sensibilidade para o valor dos articuladores discursivos do texto. Em terceiro lugar, não conhece o prazer das subtilezas de uma prosa bem escrita.
cuidado que antes havia na escolha do vocabulário dentro de portas, que poderia ser uma mais-valia, existe. Será que, não podendo falar de analfabetos, não estaremos a criar novos iletrados, que, embora frequentando a escola durante 15 anos das suas vidas, poucas competências ao nível da compreensão e produção escritas terão? Até que ponto é que o acordo ortográfico e a nova terminologia linguística do português não contribuirão ainda mais para este novo perfil dos alunos? Embora estejamos perante a geração com mais formação de sempre do nosso país, a qual frequenta as escolas mais bem apetrechadas de sempre a nível de bibliotecas escolares e de tecnologias informáticas, estamos, também, perante uma geração que pouca atenção dedica à atualidade do país e do mundo e constrói planos de futuro. Cabe à escola despertar consciências, espírito crítico, ensinar a pensar e decidir, a optar com responsabilidade. Para o conseguir, tem de criar o gosto pela leitura e pela escrita, promotoras do pensamento e da sua organização e expressão. A Coordenadora dos DT do Secundário Mª João Mariano
Editorial O segundo número do JÁ desenvolve o projeto de que partimos, mas introduz uma alteração significativa: a impressão do jornal. O jornal passa a ser impresso de forma profissional, numa tipografia, mas, por motivos económicos, teremos de limitar o uso da cor, utilizando sobretudo o preto e branco. Também será alterado o número de exemplares impressos, que serão mais, e a forma de distribuição do jornal. Esperemos que estas alterações contribuam para que o jornal chegue mais facilmente à comunidade e ganhe leitores. No que se refere à estrutura do jornal, mantivemos o essencial, embora neste número as páginas dedicadas às notícias das atividades escolares tenham aumentado; mantivemos ainda assim a componente reflexiva e de análise, presente em diversos textos. Neste número do JÁ o tema escolhido foi a literacia; a razão principal para a escolha deste tema é o facto de, segundo diversos estudos, os níveis de desempenho da população de um país nos diversos tipos de literacia serem determinantes para o seu desenvolvimento social e económico; este facto, conhecido que é o baixo nível de desempenho da população portuguesa nos estudos nacionais e internacionais de literacia, deve merecer uma atenção especial das escolas, que são o principal responsável pelo fornecimento de competências necessárias à literacia. A situação difícil por que passa o nosso país não é alheia aos baixos desempenhos da população portuguesa em literacia; na verdade, como mostra o trabalho realizado pelos alunos do curso profissional de apoio psicossocial, um alto nível de literacia está associado a altos níveis de desenvolvimento económico e social, nomeadamente a um melhor nível de vida, a menos desemprego, a menos desigualdade social e a um maior envolvimento cívico das pessoas na procura de soluções equitativas para a sua vida em comum. O desafio que se coloca ao estado não é, como alguns parecem acreditar, do domínio do “refundar” – em vulgar, redescobrir a roda – mas sim do domínio do desenvolver, de modo a atingir os níveis de bem−estar daqueles países nos quais os elevados níveis de desempenho em literacia se associam a elevados níveis de bem−estar e de equidade; Portugal é, entre os países da Comunidade Europeia, o país que tem piores resultados em ambos os campos: somos o país mais desigual e também somos o país com piores resultados em literacia; estes dois aspetos precisam realmente de ser radicalmente “refundados”, ou seja, mudados. Paulo Carregã
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: ALUNOS DO AGRUPAMENTO PREMIADOS NA CÂMARA MUNICIPAL DE CONDEIXA
No dia 20 de fevereiro, os alunos do 2º e 3º ciclo e secundário do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova que tinham sido premiados, no dia 28 de setembro de 2012, com os diplomas de Quadro de Mérito e de Valor, foram recebidos no salão nobre da Câmara Municipal. Nesta cerimónia a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova atribuiu prémios monetários aos quadros de mérito ( 46 alunos) e aos quadros de valor (12 alunos). Um reconhecimento autárquico aos melhores estudantes do Concelho que valoriza o sucesso escolar, motivando e incentivando os alunos para a noção de trabalho útil e cidadania.
Gestos pequeninos…
Esta cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a -Nova, da Vice-Presidente da CMC, da Diretora do Agrupamento de Escolas de Condeixaa-Nova, da Presidente do Conselho Geral, vereadores, encarregados de educação, pais, professores e alunos. O Presidente da Câmara Municipal de Condeixa defendeu esta iniciativa “ como um estímulo” e um reconhecimento de que, “ o trabalho e o esforço individual valem a pena”. O autarca acrescentou que “apesar de vivermos atualmente numa sociedade onde parece
A solidariedade é um laço
que nada é reconhecido, não deveremos desistir de lutar por aquilo em que acreditamos”, apelando às cerca de 200 pessoas, que encheram o Salão Nobre, que não se alheiem dos
que nos liga aos outros.
problemas e adversidades do dia-a-dia, através de uma maior participação cívica. (retirado
Hoje, é uma palavra de ordem para a harmonia social. Prestar o bem aos seus semelhantes, ajudá-los, mostrar compreensão, honestidade e preocupa-
de http://cm-condeixa.pt)
ção com todas as pessoas é uma das maiores virtudes que se pode ter. Está nas nossas mãos contribuir para uma sociedade mais justa.
Os alunos do 5ºE, num pequenino gesto de solidariedade, continuam a fazer “acontecer… a 17”, no mês de fevereiro, em mais uma campanha de recolha
SIMULACRO na EB2 No dia 29 de janeiro decorreu mais um simulacro na Escola Básica n.º 2. Este ano foram testados os procedimentos a ter na situação de “bomba”. Contámos com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Condeixa,
de alimentos, desta feita, contribuindo
com a Brigada de Minas e Armadilhas
com enlatados. Obrigado, 5ºE!
da GNR e os seus cães treinados na deteção de explosivos, bem como com a da Proteção Civil do Município e do Clube de Proteção Civil desta escola. Este Clube também participou, no dia 8 de fevereiro, na organização do cortejo de Carnaval dos alunos da Escola Básica nº 1.
4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES ”Parlamento dos Jovens”
ao tema “ultrapassar a crise”, que teve como gran-
2012/2013
de objetivo preparar os alunos para a discussão do
A Coordenadora do projeto realizou uma Assembleia de Delegados de Turma, de modo a fazer a apresentação do “Parlamento dos Jovens”. Os delegados, por sua vez, transmitiram a informação a todas as turmas, em aulas de Cidadania e Mundo Atual, apelando à formação de listas candidatas à sessão escolar. Numa fase inicial, a coordenadora do projeto, Sónia Vidal, constituiu a Comissão Eleitoral Escolar, composta pelos seguintes elementos: como presidente, Sónia Vidal; como representantes do corpo docente, Ana Rita Amorim, Carlos Fontes, Fernando Abreu e Jorge Simões; como representantes dos alunos, João Ferreira e Mariana Pedrosa. Esta comissão preparou e supervisionou o ato eleitoral, que se realizou no dia 18 de janeiro de dois mil e treze. Das sete listas que concorreram, foram eleitos trinta e um deputados para participar na sessão escolar, tendo sido a lista G a que obteve um maior
para apresentar na sessão distrital. Foram também No dia 11 de janeiro realizou-se um debate relativo
tema em destaque. Contámos com a presença de três palestrantes que falaram na crise sobre diferentes perspetivas: Dr. Diamantino Leal (Presidente
eleitos os deputados para representar o nosso agrupamento em Coimbra: Miguel Carvalho (8ºD), Vasco Santos (8º B) e Diana Oliveira (7ºB). Foi também eleito como elemento a poder vir a integrar a mesa da sessão distrital o aluno André Bernardes (8ºC).
da Administração da Caixa de Crédito Agrícola de Como coordenadora do projeto, faço um balanço Pombal), Dr. Fernando Abreu (Historiador) e Dra. muito positivo do mesmo, uma vez que contribuiu Margarida Guedes (Vice-Presidente da Câmara para a concretização dos seguintes objetivos: Municipal de Condeixa-a-Nova, responsável pelo a) incentivar o interesse dos jovens pela participagabinete de ação social da C.M. de Condeixa). No dia 21 de janeiro esteve presente na nossa escola o Sr. Deputado do partido socialista, Dr. Rui Pedro Duarte, conforme indicação da Assembleia da República, para a realização de uma palestra e
ção cívica e política; b) sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afetam o seu presente e o futuro individual e coletivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político;
debate. Estiveram presentes cerca de cinquenta c) dar a conhecer o significado do mandato parlaalunos, acompanhados por quatro professores. Os mentar e o processo de decisão da Assembleia da alunos mostraram muito interesse na palestra do República (AR), enquanto órgão representativo de senhor Deputado e na fase de debate a participa- todos os cidadãos portugueses; ção foi muito positiva. Fizeram perguntas muito d) incentivar as capacidades de argumentação na pertinentes. Este debate permitiu esclarecer algu- defesa das ideias, com respeito pelos valores da mas dúvidas que os jovens deputados tinham.
número de mandatos (9 mandatos, 169 votos), a No dia 22 de janeiro realizou-se a sessão escolar
tolerância e da formação da vontade da maioria. A Coordenadora do Projeto: Sónia Vidal
lista D (9 mandatos, 101 votos), a lista C (4 manda- com a tomada de posse dos 31 deputados eleitos. tos, 47 votos), a lista F (3 mandatos, 41 votos), a Nesta sessão debateram-se as medidas apresentalista A (3 mandatos, 36 votos), a lista B (2 manda- das de modo a elaborar-se o projeto de recomentos, 27 votos) e a lista E (1 mandato, 23 votos).
dação do Agrupamento de Escolas de Condeixa,
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5
NOTÍCIAS/ ATIVIDADES ::
No passado dia 20 de fevereiro realizou-se, na escola básica nº2, a primeira LAN PARTY do agrupamento. De entre os jogos escolhidos, numa inscrição inicial, decorreram o Counter Strike 1.6 e o Nedd For Speed. Esta atividade foi proposta pelo Curso de Educação e Formação de Instalação e Operação de Sistemas Informáticos, na qual os formandos se propunham instalar uma rede local (sem acesso à internet), em que os jogadores competiam entre si. A preparação da LAN iniciou-se em janeiro, nas aulas de Instalação e Configuração de Redes Locais e de Internet, com a preparação da rede e aprendizagem sobre a matéria
Uma LAN party é um evento temporário para juntar pessoas com os seus computadores, ao qual os ligam numa rede local (LAN - local area network), geralmente com o objetivo de se jogar jogos de computador multiplayer. Tendo a sua origem no norte da Europa, onde são frequentes, e a sua tradição remonta há mais de 10 anos.
e culminou num dia completo de trabalho, lazer e diversão na escola básica nº2. A LAN PARTY teve o seu início pelas 14h30min e terminou pelas 17h, na sala C1.02. Realizaram-se torneios dos dois jogos, referidos anteriormente, tendo os primeiros e segundos classificados direito a um prémio. Todos os participantes tiveram direito a um doce e um certificado de presença. A adesão à atividade foi boa e a avaliação final foi bastante positiva, tendo os alunos da escola básica nº2 demonstrado interesse em atividades futuras.
Gostaste da LAN Party? Porquê? Gostei porque estava bem organizada, podíamos jogar jogos divertidos e havia prémios muito bons para o 1º lugar. - Tiago Simões 7D Sim, eu gostei muito, mas o prémio para o 2º lugar podia ser muito melhor. Espero que para o ano haja mais LAN Partys. Acho que foi o melhor evento da escola nos meus 3 anos de escolaridade nesta escola.- Serhiy 7D Adorei a LAN Party porque adorei os jogos. - Pedro Mendes 6B Gostei. Foi divertido, mas perdi logo à primeira vez.- Ricardo Ribeiro 6B Gostei porque fiquei em primeiro lugar. - Ricardo Ferreira 6F Eu não fui, mas sei que foi muito fixe. Gostava que houvesse mais . - João Santos 6E Adorei. Porque houve jogos que eu gostei muito de jogar (CS) e gostei de participar. - José Guilherme Borges 5A
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6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES
A Internet na nossa vida No dia 5 de fevereiro comemora-se em todo o mundo o dia da internet segura. No nosso agrupamento também assinalámos o momento. Durante toda a semana, nas televisões das escolas, passaram alguns filmes sobre a temática: cyberbulling, redes sociais, os perigos da internet, … No moodle e na página do Agrupamento também podíamos visionar alguns filmes. No dia 5, à noite, os professores de Informática prepararam uma sessão sobre a Segurança na Internet para os nossos pais. A Profª Laurentina falou das atitudes seguras que devemos ter quando utilizamos os computadores e a internet. Por um lado, o nosso computador deve estar protegido, devemos ter um antivírus atualizado, devemos ter sempre a Firewall ligada e devemos… Depois, a Profª Laurentina também explicou que devemos pensar sobre as nossas atitudes quando nos ligamos à Internet. Os cuidados a ter com o e-mail, com o spam, com o phishing, com os nossos dados, com as nossas contas e deu exemplos do tipo de senhas seguras que devemos utilizar. Os Encarregados de Educação viram algumas notícias chocantes de casos, em que jovens foram vítimas de cyberbulling e até desapareceram depois de conhecerem pessoas através das redes sociais, e ficaram mais avisados sobre a importância de saber o que andam a fazer os seus filhos quando estão na internet. Os professores de TIC
Na sessão sobre internet na sede do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, foram dadas a conhecer as vantagens e desvantagens desta nova tecnologia, que, apesar dos grandes perigos, é indispensável no nosso dia-a-dia. Para navegar em segurança na internet, é importante termos a firewall ligada e um antivírus atualizado no nosso computador, de forma a diminuir a possibilidade de ataque de vírus. As nossas palavras-passe não deve ser simples, mas devem, de preferência, ser constituídas por números, letras e símbolos, assim como não se deve utilizar a mesma palavra-passe para vários acessos. Além destes cuidados, devemos ter muita atenção com quem conversamos na internet, pois nunca sabemos quem está do outro lado! Nunca devemos revelar dados pessoais. Se navegarmos com segurança, podemos aproveitar ao máximo a internet, socializando com outras pessoas e adquirir conhecimentos, no entanto, sempre que retirarmos alguma informação, devemos saber se a fonte é fidedigna e respeitar os direitos de autor. Ricardo Simões Nº25 7ºB
Na minha opinião, a palestra sobre “Os Direitos e os Deveres na Internet”, à qual a minha mãe assistiu, mostrou-se enriquecedora na medida em que permitiu o esclarecimento dos encarregados de educação e a comunidade educativa sobre temas atuais que são motivo de preocupação para os mesmos. Assim, esta atividade foi produtiva também para nós, os próprios alunos, pois contribuiu para uma consciencialização acerca dos benefícios da Internet, mas também dos perigos que nos tornam vulneráveis, sem que muitas vezes nos apercebamos deles. Mariana Pedrosa—9ºA
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NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: O CARNAVAL do Centro Educativo na Fernando Namora
CARNAVAL do ATL da Fernando Namora
Realizou-se, no passado dia 11 de fevereiro, o desfile de Carnaval Mundo da Fantasia que reuniu cerca de 1000 crianças e jovens dos Centros de Atividades de Tempos Livres da Cáritas e cerca de 175 idosos numa festa de arromba! Às 13 horas, os jovens reuniram-se no Largo da Portagem, vestidos a
rigor com diferentes personagens do mundo da Fantasia - smurfs, flautistas, carochinhas, a Branca de Neve e os sete anões, os mosqueteiros, entre muitos outros. O desfile seguiu pela Rua Ferreira Borges e Visconde da Luz até à Praça 8 de Maio e subiu a avenida Sá da Bandeira até à discoteca Theatrix, onde os mais novos
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passaram a tarde a dançar, em animada diversão. Da escola Fernando Namora, estiveram presentes no evento, 24 alunos do Centro de ATL que, com muita animação representaram a escola, mascarados de Minnie e Mickey, à moda do mundo da fantasia Disney.
:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES
Carnaval na Escola Azul No dia 8 de fevereiro, a EB Nº1 de Condeixa, realizou o seu tradicional desfile de carnaval, no período da tarde, pelas ruas da nossa vila. Aproveitando o mote do Ano Internacional da Cooperação pela Água, a nossa escola está a desenvolver, desde o início do ano letivo, atividades subordinadas ao tema “Águas Mil”. Foi à volta deste projeto que as diversas turmas trabalharam as caracterizações alegóricas para o desfile. Assim, os meninos da turma A do jardim-de-infância trabalharam os peixes e outras criaturas com escamas; a turma B explorou o livro “A menina gotinha de água e, a turma C, abordou o acesso à água no antigamente, com as cantarinhas e regadores. No 1º ciclo, o 1º ano identificou-se com as gotinhas de água, o 2º ano com as nuvens e os moinhos de água, o 3º ano trabalhou a obra “A menina do mar” e foi com as personagens desta história que os alunos se mascararam. Por sua vez, o 4º ano, com os animais do mar juntaram-se às gotas de água. Professores, alunos, auxiliares e encarregados de educação juntaram a boa vontade à arte e começou a diversão com tesouras, lápis, tintas, panos, cartolinas, pincéis e muita imaginação e criatividade. A obra começava a ganhar forma a cada dia que passava. Ao fim de vários compridos dias, os artistas tinham realizado o seu sonho. Finalmente, a obra estava pronta para desfilar! Assim, pelas 13h e 30m, do dia 8 de Fevereiro, saímos da nossa escola e passámos pela EB Nº2. Aí a Casa de Saúde Rainha Santa Isabel juntou-se a nós, com mais figurantes e
com muita animação e seguimos para a Praça da República, onde realizámos uma sessão foto gráfica. A tarde estava maravilhosa, com muitos raios de sol e as ruas de Condeixa encheram-se de alegria, de luz, cor e ritmo ao ver passar estes pequenos artistas, que eram aplaudidos e acarinhados pelo público observador, ao longo do percurso. Pais, avós, tios, padrinhos, fotógrafos, irmãos, vizinhos, amigos e anónimos, gente da nossa terra,
muito contribuíram para dar mais alegria e transformaram o cansaço ar da caminhada dos mais novos num desafio de permanente forma física para chegarem ao fim do desfile. Um agradecimento à GNR e ao Clube de Proteção Civil do nosso agrupamento que nos garantiram a segurança, ao longo de todo o desfile e, à equipa da comunicação social aecTV do nosso agrupamento, um bem-haja pela imagem e divulgação do nosso evento. Para o ano cá estaremos de novo com novos figurinos e outras animações. Carnaval sempre! A coordenadora da EB1, Alcina Dias
No ATL da EB2 também comemorámos o Carnaval… pintámos
caras, jogámos jogos e divertimo-nos um bocadinho… gostámos muito da brincadeira porque…
NO CARNAVAL… NINGUÉM LEVA A MAL!
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9
NOTÍCIAS/ ATIVIDADES ::
Uma longa corrida de SUPERAÇÃO Corta-Mato Distrital 2013 Infantis A Femininos Individuais
75ª 85ª 167ª 168ª 169ª 174ª
5ºA
17
Mafalda Martins
5ºA
3
Carolina Ferreira
5ºB
21
Leonor Pereira
5ºB
1
Ana Acúrcio
5ºC
5
Iara Noivo
5ºB
4
Carolina Pinto
Infantis A Femininos Equipas: 27ª Total de participantes: 193 - Equipas: 29
Infantis A Masculinos 37º 83º 99º 107º 110º 201º
5ºB
25
5ºD
10
5ºA
18
Rafael Silva
5ºB
11
Gonçalo Costa
5ºA
7
Guilherme Duarte
4ºA
10
Carlos Preces
Pedro Ferreira Diogo Oliveira
Infantis A Masculinos Equipas: 18ª Total de participantes: 219 - Equipas: 37
Infantis B Femininos 33ª 35ª 47ª 132ª 199ª 200ª
7ºB
10
Diana Oliveira
7ºA
8
Filipa Lopes
6ºD
10
Laura Góis
6ºA
21
Virgínia Gonçalves
6ºD
19
Sara Rodrigues
6ºA
5
Bárbara Veríssimo
Infantis B Femininos Equipas: 13ª Total de participantes: 231 - Equipas: 37
Infantis B Masculinos 53º 55º 95º 144º 145º 209º
15
Pedro Jimenez
6ºF
1
André Costa
7ºB
17
Guilherme Nunes
5ºA
4
Daniel Santos
7ºB
13
Francisco Palrilha
6ºF
8
José Branco
6ºE
Infantis B Masculinos Equipas: 19ª Total de participantes: 256 - Equipas: 45
Iniciados Femininos 92ª 144ª 159ª 172ª 173ª 212ª
8ºA
12
9ºB
6
Ana Rita Marques
8ºA
11
Maria Francisca Rodrigues
7ºG
14
9ºB
4
Ana Margarida Rodrigues
8ºC
10
Tânia Ribeiro
Mariana Coutinho
Mariana Fonseca
Iniciados Femininos Equipas: 32ª Total de participantes: 221 - Equipas: 37 10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
Dar menos que o seu melhor é sacrificar um dom. Steve Prefontaine, corredor
Mais uma vez, pedimos, a alunos participantes na atividade, a opinião acerca da mesma, e as alunas Mafalda Martins (5ºA) e Ana Filipa Acúrcio (5ºB) corresponderam muito positivamente com o seguinte texto, que resume muito bem esta experiência: “No dia 29 de janeiro os alunos da nossa escola, que já tinham sido selecionados, deslocaram-se à Praça da Canção, em Coimbra, para participarem no corta-mato distrital. Desde cedo a impaciência dos mais novos contrastava com a calma dos mais velhos, que já estavam mais habituados a estas andanças, e observavam a participação neste evento como mais uma oportunidade de representar a escola. Chegados ao local, aproximaram-se do local das provas, esperando ansiosamente a altura de poderem participar e representar a escola em que estudam. Todos competiram nos escalões respetivos, tentando dar o melhor de si para que as classificações fossem o melhor possível e a escola que frequentam fosse conhecida, empenhando-se ao máximo, sem diminuir esforços, para atingir as melhores classificações. Os nossos alunos tiveram classificações dignas dentro das centenas de alunos que, das várias escolas do distrito, competiam pelos lugares superiores.
:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES Depois de todos os escalões concorrerem, fomos todos juntos almoçar à beira do rio, brincámos, jogámos à bola. Foi um dia muito desportivo que vai ficar sempre nas nossas memórias.” Resta-nos dar a conhecer os resultados gerais e dar os parabéns a todos os participantes, especialmente ao aluno João Fonseca, que alcançou o brilhante 1º lugar em juvenis masculinos e aos alunos Dmytro Bodnarchuk (9ºB), João Frota e Carlos Cardoso (9ºC), André Bernardes (8ºC) e Tiago Pinheiro (9ºA), cuja equipa conquistou o fantástico 3º lugar em iniciados masculinos.
Iniciados Masculinos 14 9ºB Dmytro Bodnarchuk 8º 21 9ºC João Frota 22º 1 André Bernardes 25º 8ºC 6 9ºC Carlos Cardoso 73º 20 Tiago Pinheiro 109º 9ºA Iniciados Masculinos Equipas: 3ª Total de participantes: 245 - Equipas: 42
Juvenis Masculinos 1º 62º 121º
9ºB
17
João Fonseca
10ºC
11
Pedro Sales
9ºB
19
Rúben Dinis
Total de participantes: 225
A coordenadora do Desporto Escolar Teresa Cadete
Entrevista ao João Fonseca (aluno participante no Corta-Mato Nacional do Desporto Escolar trabalho realizado pelo aluno Paulo Banaco, 5º C – n.º 14, no âmbito da disciplina de Educação Física - Olá João, quantos anos tens e onde estudas? - Tenho 16 anos e estudo na Escola Secundária Fernando Namora, em Condeixa-a-Nova. - Como começaste a praticar desporto e porquê?
- Comecei a praticar desporto enquanto frequentava a Escola Básica, através do Desporto Escolar e por incentivo de amigos e professores. - O que é para ti o Atletismo? - O Atletismo é para mim uma forma de descontrair… - Que clube representas na modalidade de Atletismo? - Represento o clube Gira Sol Ramos Catarino. - Em que provas oficiais já participaste?
- Eu Já participei nos 400, 800, 1000 e 1500 metros, para além do corta-mato em que fiz cerca de 3500 metros. - O que ganhaste? Ganhei várias provas pelo desporto escolar e pelo meu clube, mas a prova que eu mais gostei foi uma prova chamada CPLP (uma prova em que competi contra outros países que também falam português, ou seja, países lusófonos), na qual fiquei em primeiro lugar e ganhei uma medalha de ouro. Já ganhei mais depois disso, mas essa vitória foi especial.
Todas as informações e fotos do Clube de Desporto Escolar em: http://efdeaecondeixaanova.blogspot.pt/ ERRATA: Na edição anterior, por lapso, indicou-se o apuramento da aluna Maria Rocha (5ºE) para a prova da fase distrital Megasprinter. A aluna classificou-se em terceiro lugar no escalão de infantis A femininas, estando no seu lugar apurada a aluna Maria Francisca Garrido (5ºD) que obteve o 2º lugar.
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11
NOTÍCIAS/ ATIVIDADES :: - Quanto tempo treinas por semana? - Eu treino cinco dias por semana (segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira), durante aproximadamente noventa minutos em três dias, e nos restantes dois, durante quarenta e cinco minutos, faça chuva ou faça sol… - Como são os teus treinos? - Os meus treinos são muito intensos, tendo de me esforçar muito. Costumo correr longas distâncias ou também fazer sprints. - Tens algum cuidado com a alimentação? - Sim, costumo comer especialmente comida nutritiva (fruta, legumes, peixe, leite…) e não como gorduras nem açúcares (refrigerantes, batatas fritas, bolos, pizza…). Como sempre tudo
(sopa, conduto e fruta) e também como em grandes quantidades. Nunca saio de casa sem tomar o pequeno-almoço. - Quais são os teus objetivos, nesta modalidade, no futuro? - Quero chegar o mais longe possível…espero não me lesionar. E, a longo prazo, quiçá, os Jogos Olímpicos. É sempre bom ter sonhos e objetivos. - Que conselho darias a um amigo teu que quisesse iniciar a modalidade? - Dir-lhe-ia que tem de gostar da modalidade, tem de ser persistente, responsável, interessado, concentrado, e acima de tudo, ter o desejo de vencer. João, obrigado por me teres dado esta entrevista. Desejo-te muitas provas bem sucedidas e com muitas medalhas ganhas.
Boa sorte!
O Agrupamento representado no Corta
Mato Nacional pelo aluno João Fonseca O dia 2 de março amanheceu bastante frio, mas o sol acalentava as esperanças do nosso aluno e de todos os que se encontravam a apoiá-lo no Parque da Canção. Depois de um desfile de todas as comitivas a nível nacional, perfazendo um total de cerca de 1000 participantes, e após um bom aquecimento, pelas 11h45 o João Fonseca estava a postos na linha de partida, completamente focado na sua prova de 3500 metros. Com o entusiasmo e ambição que lhe conhecemos, lá partiu com um ritmo a comprovar um nível de excelência a que já nos habituou. Depois de uma primeira parte da prova sempre colado ao grupo da frente, passou na meta num honroso 17º lugar, deixando orgulhosos professores, familiares, amigos e representantes da Coordenação Local de Desporto Escolar do Centro. Parabéns João! E continua empenhado no teu percurso desportivo, porque estamos certos que te encontraremos em futuros pódios nacionais… 5º B: Pedro Ferreira, Gonçalo Costa, Gabriel Monteiro, Eduardo Amado, Leandro Pires, Leonardo Pita, Leandro Borba
Os pequenos ronaldinhos e ronaldinhas Torneio Inter-turmas de Futsal O dia 26 de janeiro de 2013 foi muito importante. Gostei muito! Perdemos, mas o que interessa é participar. Vamos jogar outra vez e vamos dar o nosso melhor. Gostei da minha equipa, que fez um bom trabalho. Para a próxima, tentaremos ganhar. Rafaela Ribeiro, nº16, 5ºC Gostei muito de jogar na equipa de futsal. Acho que fizemos um bom trabalho mesmo que tenhamos perdido. Desporto Escolar é “fixe”! Vamos jogar outra vez e vamos dar o nosso melhor. Cláudia Alves, nº22, 5ºC Reservámos o segundo período para dinamizar o torneio inter-turmas de futsal, que é, sem dúvida, umas das atividades com maior adesão por parte dos alunos. Participam neste torneio um total de 246 alunos, que perfazem 45 equipas. Apraz-nos registar que, ao fim de alguns anos de realização deste torneio, pela primeira vez, contámos com a participação de equipas femininas no 2º ciclo e realizámos uma competição exclusivamente feminina. Por esse motivo, sublinhamos o entusiasmo com que as alunas mencionadas nos deixaram as suas impressões. Até ao momento foram já apuradas as equipas vencedoras
6ºE: Hugo Costa, Pedro Gonçalves, Diogo Panão, Daniel Lourenço, Pedro Jimenez, João Santos
7ºA: André Diogo, Diogo Manaia, Fernando Torres, João Domingues, João Silva, João Rafael Vieira, Tiago Rodrigues
8ºE: Bruno Gaspar, Gonçalo Beja, Henrique Lourenço, Pedro Sá, Vasco Abreu
do 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos masculinos. Até à data do fecho do jornal para edição, os quadros competitivos do 2º ciclo feminino e do secundário ainda não estavam concluídos, pelo que os responsáveis pelo torneio divulgarão os respetivos resultados na próxima edição.
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
9ºD: Diogo Menezes, Diogo Viseu, Flávio Teixeira, Gonçalo Fernandes, Pedro Santos, Ricardo Ferreira, Rodrigo Ferreira, Rodrigo Figueiras
Futsal No passado dia 20 de fevereiro, a equipa de Futsal infantis masculinos do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova iniciou a sua participação nas concentrações de futsal. Este convívio decorreu no Agrupamento de Escolas da Pedrulha, em Coimbra. Participaram nestes jogos a nossa escola, a escola EB 2,3 da Pedrulha e o Colégio Bissaya Barreto. Os alunos da nossa escola estão de parabéns, visto que participaram nos jogos com muito entusiasmo, demonstrando um grande espirito de equipa e competitividade. Apesar dos nossos alunos serem significati-
vamente mais novos, o seu desempenho deixou-nos bastante orgulhosos. De realçar a presença de familiares dos nossos alunos, que prestaram um grande apoio no decorrer dos jogos.
Ténis de Mesa Esta equipa tem treinado regularmente e com afinco desde o início do ano letivo e já começou a recolher os frutos desse empenhamento. Com dois encontros realizados até ao momento (um na Escola Secundária Quinta das Flores e outro na Escola Básica Ferrer Correia) esta equipa tem vários nomes no topo dos rankings por escalão. A Laura Freitas, do 5ºA. encontra-se, neste momento, em segundo lugar de Infantis Femininos. A Catarina Portugal, do 9ºE ocupa o primeiro lugar no escalão de Iniciados Femininos. A Ana Tenente, do 10ºB, está empatada em primeiro lugar com uma outra atleta Juvenil. O Henrique Gaspar, do 10ºB, está em terceiro lugar (exe quo com outro atleta) do ranking de Juvenis Masculinos. No dia 6 de março, realizar-se-à, na Escola Básica de Eugénio de Castro, em Coimbra, o terceiro e último encontro desta fase local de apuramento à fase distrital. Esperamos que estes e mais atletas do nosso Agrupamento sejam apurados. Boa sorte para todos!!!
:: NOTÍCIAS/ ATIVIDADES As Equipas do Natação Desporto Escolar do Agrupamento
Basquetebol
A equipa de Basquetebol, de infantis femininos, iniciou a sua participação competitiva na 2ª jornada da sua série, realizada também no dia 20 de fevereiro, na Escola Básica Maria Alice Gouveia, de Coimbra, tendo defrontado as equipas da escola organizadora e da Escola Básica Eugénio de Castro, também de Coimbra. Sendo a primeira experiência competitiva para a maioria destas meninas é de enaltecer a atitude e empenho que demonstraram nos dois jogos realizados. A equipa continuará a treinar semanalmente às 3ªs e 4ªs feiras, para se preparar para os próximos encontros, calendarizados para os dias 16 de março e 17 de abril, na Escola Básica João de Barros, na Figueira da Foz e na nossa Escola Básica, respetivamente.
Realizou-se no passado dia 20 de fevereiro, nas Piscinas Municipais de Condeixa-aNova, o encontro de natação do Desporto Escolar, Fase de Grupos. Participaram nesta competição um total de 34 alunos, do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova e do Instituto Educativo de Souselas. Apesar de a maioria dos alunos estarem pela primeira vez a participar em competições de natação e terem pouco tempo de treino, as provas (de 25m livres, 25m costas e 25m bruços) foram bastante disputadas, com os alunos da casa a baterem -se por conseguir os melhores tempos nas suas séries, e a alcançar excelentes prestações. De destacar a ajuda preciosa dos árbitros, André Santos, Aldo Santos, Bruno Nico, Vélia Carvalho e Jéssica Vaz, que mostraram uma grande eficiência nas tarefas que desempenharam.
Badminton Contando com a participação de alunos em quase todos os escalões, a equipa de badminton do Agrupamento realizou até ao momento dois encontros com a Escola Básica Martinho Árias, de Soure e com o Colégio Bissaya Barreto. As competições decorreram bastante bem, sendo de salientar a forma como em jogos entre os alunos classificados nos lugares cimeiros, os nossos atletas equilibraram as partidas, apesar do maior tempo de formação na modalidade por parte dos seus adversários. De registar ainda a evolução nos resultados obtidos por parte de alguns alunos, do 1º para o 2º encontro, que nos faz acreditar que os alunos têm trabalhado bem e devem continuar empenhados. A equipa participará ainda no 3º encontro que se realizará na nossa Escola Básica, no dia 24 de abril. Contamos com o apoio de todos!
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LITERACIAS :: No âmbito do tema deste Jornal, os alunos do curso profissional de apoio psicossocial, na disciplina de comunidade e integração social, realizaram um trabalho de investigação com o objetivo de preparar, por um lado, um inquérito às bibliotecas de Condeixa e, por outro lado, um texto sobre a importância da literacia para o desenvolvimento. Os dois textos que a seguir se apresentam traduzem os resultados desse trabalho.
A importância da literacia para o desenvolvimento 1.
O que é a literacia.
A literacia tem sido um importante objeto de estudo para as ciências sociais ao longo das duas últimas décadas em virtude da sua importância para o desenvolvimento humano de um país. Entendese por literacia a capacidade de processamento de informação escrita de uso corrente contida em materiais impressos (textos, documentos, gráficos), que são usados na vida diária, a nível social, profissional e pessoal, procurando analisar as competências de leitura, escrita e cálculo por parte das populações adultas. O termo literacia é contudo usado de uma for-
ma mais geral, referindo−se então à capacidade de compreensão e interpretação de documentos multimédia, sobretudo os que são disponibilizados em plataformas digitais como a internet (literacia digital). A literacia é desta forma entendida de um modo não estático, ou seja, considerase que as competências de uma população neste domínio tendem a alterar-se, quer por via da evolução (positiva ou negativa) das capacidades individuais, quer por via da transformação permanente das exigências da própria sociedade. Deste modo, deve distinguir−se claramente entre alfabetização (ter aprendido a ler) e literacia (ser capaz de compreender e utilizar textos e documentos escritos ou visuais). A avaliação da literacia de uma população faz−se através de provas que usam textos em prosa, documentos diversos, incluindo documentos com informação quantitativa, que procuram simular situações concretas do quotidiano com que os indivíduos usualmente se confrontam.
2. Tipos e níveis de literacia.
Entendendo genericamente a literacia como a capacidade de processamento de informação escrita na vida quotidiana, distinguiram−se quatro tipos fundamentais de literacia: 1) processamento de informação veiculada em textos em prosa, 2) pro-
cessamento de informação veiculada em documentos legais, 3) processamento de informação veiculada em documentos contendo operações matemáticas, 4) processamento de informação veiculada em documentos digitais. De uma forma geral, foram identificados cinco níveis de desempenho para medir a competência em literacia de uma determinada população; estes níveis têm sido utilizados em diversos estudos internacionais, permitindo assim comparar os países entre si. Os cinco níveis referidos são os seguintes (exemplificamos com o caso do texto em prosa, mas os níveis são os mesmos para os outros tipos de literacia): Nível 0 – Tarefas menos complexas: localizar uma única peça de informação e identificar o tema principal do texto. 1 – Tarefas básicas: localizar informação simples e compreender o significado de parte definida do texto. 2 – Tarefas de complexidade moderada: localizar segmentos de informação e estabelecer relações entre as várias partes de texto. 3 – Tarefas difíceis: localizar informação implícita e avaliar criticamente um texto. 4/5 – Tarefas sofisticadas de leitura: compreensão detalhada de textos, inferência das informações relevantes, avaliação crítica.
3. Literacia em Portugal.
Os diversos estudos feitos em Portugal sobre o desempenho da população portuguesa nas provas de literacia têm revelado que o desempenho da população portuguesa se situa maioritariamente nos níveis mais baixos de literacia (43% no nível 1 e 29 % no nível 2) e, em termos comparativos, se situa abaixo dos países da união europeia. O gráfico mostra claramente esta situação (ver acima).
4. Literacia em Portugal e desenvolvimento. A importância da literacia para o desenvolvimento social e económico dos países tem vido a ser evidenciado por diversos estudos na área da economia e da sociologia; de um modo geral, quanto menor é o desempenho de um país em literacia maior é o seu atraso social e económico. Com efeito, «as competências de literacia
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– a capacidade de utilizar informações a partir de suportes impressos para resolver problemas – têm sido consideradas, desde há muito, um dos elementos fundamentais do capital humano. Em teoria, a literacia influencia resultados económicos geralmente definidos a três níveis: o individual; o social, nomeadamente as escolas, as comunidades e as empresas; e o nível macro da economia e da sociedade.» (T. Scott Murray, A dimensão económica da literacia em Portugal) Neste sentido, «os baixos níveis de literacia têm sido responsáveis pela criação de grande parte da desigualdade social que se encontra em muitos dos resultados que os cidadãos portugueses mais valorizam – boa saúde física, capacidade de aceder a oportunidades de aprendizagem, confiança na participação social e na vida democrática e oportunidade de beneficiar de empregos estáveis e com salários elevados. A eficácia dos mercados portugueses de bens públicos – o mercado de trabalho, os sistemas de saúde e de aprendizagem e o sistema político – encontra-se seriamente limitada pelo baixo nível médio de literacia e pelos elevados níveis de desigualdade social na sua distribuição.» (T. Scott Murry, id.) De acordo com o estudo acima referido, Portugal apresenta os níveis mais baixos de competências de literacia de entre os países onde se realizaram inquéritos, o que influencia negativamente o funcionamento de diversos aspetos da sociedade, nomeadamente das escolas e das empresas; por outro lado, a existência de baixos níveis de literacia impede o crescimento da economia, do emprego e da tecnologia, o que aumenta em geral a pobreza. Em conclusão, Portugal deve preocupar−se em melhorar o desempenho da sua população em literacia devido à influência que a literacia exerce na capacidade da economia para criar riqueza; também porque o défice de literacia gera grande desigualdade social e económica e, por fim, porque uma baixa literacia reduz a eficácia dos investimentos públicos realizados. Trabalho realizado por: José Costa, Nuno Correia, Maria Parede, Ana Ascenso, Verónica Rodrigues (ponto 1); Ana Sousa, Andreia Roberto, André Guiomar, Palmira Silva, Gonçalo Pita (ponto 2); Beatriz Cordeiro, Rafaela Monteiro, Jéssica Dias, Tiago Marto, Carlos Sabino (ponto 3); Barbara Santos, Inês Santos, Jéssica Vaz, João Veloso, Laura Monteiro (ponto 4)
:: LITERACIAS Inquérito às bibliotecas de Condeixa sobre o papel das bibliotecas no desenvolvimento da literacia 1. Objetivos. O nosso inquérito tinha dois objetivos, o primeiro era estabelecer um ranking das obras mais lidas ou consultadas nas diversas bibliotecas de Condeixa, por categorias (por exemplo, literatura, ciência, filosofia…), e o segundo objetivo era inquirir as responsáveis pelas bibliotecas – escolares e municipal – sobre o papel das bibliotecas no desenvolvimento da literacia.
2. Método.
No âmbito da disciplina de comunidade e intervenção social estudámos as diversas metodologias de investigação e de recolha de dados; no número anterior do JÁ praticámos a realização de uma entrevista; desta vez optámos por realizar um inquérito por questionário (na verdade, também tínhamos planificado uma pequena entrevista à bibliotecária da biblioteca municipal, mas não foi possível realizá−lo devido a doença da bibliotecária). O inquérito por questionário tinha duas partes, a primeira era composta por quatro quadros nos quais se podiam referir o número de livros e de jornais e revistas consultados ou requisitados (o quadro previa 10 categorias, em função do sistema de classificação usado nas bibliotecas); o número de cd’s e dvd’s de música (distribuídos por 8 categorias), filmes de ficção (distribuídos por 14 categorias) e de filmes de não ficção (distribuídos por 7 categorias). A segunda parte do inquérito por questionário compunha−se de 14 itens, de resposta fechada, com uma escala de três valores (não concordo, concordo parcialmente e concordo totalmente); distribuímos o inquérito nas bibliotecas e fomos também nós que o recolhemos. Todas as bibliotecas responderam. Os 14 itens da segunda parte do inquérito foram as seguintes: 1) a biblioteca é fundamental para desenvolver a literacia, 2) a biblioteca é fundamental para se atingirem os objetivos escolares, 3) o recuso à biblioteca justifica-se mais nas disciplinas de letras, 4) o recurso à biblioteca desenvolve a autonomia dos alunos na procura de informação, 5) os projetos educativos das escolas devem conceder uma atenção primordial à leitura, 6) os projetos educativos das escolas devem conceder uma atenção primordial às atividades desenvolvidas na biblioteca, 7) os professores das escolas de Condeixa planificam atividades de aprendizagem para desenvolver nesta biblioteca, 8) as bibliotecas desenvolvem atividade de promoção da
leitura dirigidas a todos os públicos, 9) os horários das bibliotecas permitem aos utentes a consulta em horário pós−laboral (hora de almoço e noite), 10) a biblioteca tem os livros suficientes para o tipo de público que a utiliza, 11) os leitores estão satisfeitos com os serviços da biblioteca, 12) os alunos procuram na biblioteca, fundamentalmente, recursos lúdicos (jogos e computadores), 13) o uso da internet na biblioteca é mais lúdico do que escolar, 14) o comportamento dos alunos na biblioteca não é adequado; no final do inquérito havia um espaço para observações ou esclarecimentos.
3. Resultados.
Devido a problemas organizacionais, as bibliotecas – com a exceção da biblioteca da Escola Fernando Namora – não tinham os dados quantificados por categorias disponíveis, pelo que também esta parte do trabalho não pôde ser feita. Do nosso trabalho só nos foi possível obter dados relativos ao papel das bibliotecas no desenvolvimento da literacia. Tendo em conta as questões acima, o gráfico seguinte apresenta os resultados obtidos de uma forma descritiva: Os dados recolhidos indicam que as responsáveis pelas bibliotecas consideram que as bibliotecas têm um papel fundamental no desenvolvimento da literacia e desenvolvem a autonomia dos alunos na procura de informação (100% concordo totalmente); ainda assim, a mesma unanimidade não existe acerca da ideia de que os projetos educativos das escolas devam conceder uma atenção primordial à leitura (não há nenhum concordo totalmente). No que se refere ao trabalho realizado pelas bibliotecas na promoção da leitura, há alguma insatisfação quanto ao trabalho realizado, pois os itens 8. 9 e 10 obtém uma pontuação baixa, embora tal não pareça impedir que os leitores estejam satisfeitos com os serviços da biblioteca (item 11, 80% de concordo totalmente). No que se refere à utilização que alunos e professores fazem das bibliotecas, os resultados indicam que, quanto aos alunos, se considera que o seu comportamento na biblioteca é em geral adequado e que o uso que fazem da biblioteca mistura o lúdico e o estudo, com alguma tendência para o uso lúdico (menos acentuado na bibliote-
ca da escola secundária); no que se refere ao uso que os professores fazem da biblioteca verifica−se alguma insatisfação, embora se acredite que o uso da biblioteca é mais para os alunos de letras.
4. Discussão dos resultados e conclusão. Tendo em conta as dificuldades apontadas acima, o nosso trabalho vale sobretudo pelas respostas dadas pelas responsáveis pelas bibliotecas à segunda parte do nosso inquérito. Dos resultados acima referidos, destacamos o facto de todas as responsáveis considerarem que a biblioteca é fundamental para desenvolver a literacia e que o seu uso pelos alunos desenvolve a sua autonomia na procura de informação, aspeto fundamental na sociedade atual. Destaca−se também a opinião de que os utentes das bibliotecas estão satisfeitos e se comportam adequadamente quando lá vão; assinala−se contudo que os equipamentos, os horários e as atividades desenvolvidas são ainda insatisfatórios, aspetos que po-
dem assim ser melhorados; também parece ser de alterar a ideia de que as bibliotecas são preferencialmente para alunos de letras – na verdade, dado que os livros técnicos e os meios audiovisuais exigidos nas ciências são muito dispendiosos, a sua consulta na biblioteca é uma forma de fomentar a igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento. Em conclusão, os resultados obtidos neste pequeno inquérito permitem−nos ter uma perceção razoável sobre o que as responsáveis pelas bibliotecas de Condeixa têm acerca do papel das bibliotecas no desenvolvimento da literacia; fora do âmbito escolar, conclui−se (itens 8, 9 e 10) que há ainda algum trabalho a fazer para chegar aqueles públicos que, não frequentando a escola, têm poucos hábitos de leitura e de frequência da biblioteca, talvez porque os horários em período não laboral não existam ainda. Nota: agradecemos a colaboração prestada pelas bibliotecas do agrupamento de escolas de Condeixa e pela biblioteca municipal.
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LITERACIAS ::
PROJETO - “A falar bem é que a gente se entende”
Os sons e as palavras Vibram os sons pelo ar, cantam nos nossos ouvidos. Vamos lá desencantar palavras que são ruídos. Pim,pim,pim,pinga a chuva, chap,chap,chap,chapinha o pato, zum,zum,zum,zumbe o mosquito, miau,miau,miau,mia o gato.
As rimas, as lengalengas, trava-línguas e as adivinhas são aspetos da tradição cultural portuguesa que podem ser trabalhados na educação pré-escolar quando pretendemos desenvolver a sensibilidade infantil à estrutura sonora das palavras. Têm por base a exploração da linguagem oral, através de uma forma lúdica, o que permite às crianças terem um envolvimento ativo no seu desenvolvimento. Todas as crianças demonstram particular prazer em ouvir e repetir palavras que rimam. Estas formas de expressão caracterizam-se por serem textos construídos por frases curtas, palavras com estruturas silábicas simples, que geralmente rimam ajudando as crianças a refletir sobre os segmentos sonoros das palavras. Esta aprendizagem baseia-se na exploração do carácter lúdico da linguagem, prazer em lidar com as palavras, inventar sons e descobrir relações. Podem ainda ser meios de competência metalinguística, ou seja, de compreensão do funcionamento da língua. Desde a década de setenta que foi demonstrado que a consciência fonológica desempenha um papel chave no desenvolvimento de competências de literacia.
Mu,mu,mu,muge a vaca, piu,piu,piu,o pinto pia, cá,cá,cacareja a franga, chi,chi,chi,o rato chia. Ron,ron,ron,ronrona a gata, tlim,tlim,tlim,tilinta o sino, tam,tam,tam,faz o tambor, toca um i o violino. Cu,cu,cu,o cuco canta, ru,ru,ru,ruge o leão, si,si,si,a cobra silva, bom!,bom! ribomba o trovão. Tau,tau,tau,levas tautau, Su,su,o homem susurra, ui,ui,uiva a ventania, u,u,u, a fera urra. Tró,tró,tró, lá vai a trote o cavalo do Leote. Op,op,op, mete a galope quando, zás, zarpa o chicote. Fecho os olhos, oiço os sons: as palavras, os ruídos. É como se o mundo entrasse todo pelos meus ouvidos. Luísa Ducla Soares
16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: LITERACIAS
Literacia é uma combinação de competências e de conhecimentos que torna o indivíduo capaz de dominar todo o tipo de mensagens, independentemente do suporte.
Para Ler é preciso a criança conhecer: -o vocabulário (conceitos e significados das palavras) -as estruturas narrativas ( ficção, não-ficção, personagens, ação, narrador,…) -o conhecimento do material impresso (o livro) e das suas convenções (direção da escrita, palavra e letra, sinais de pontuação, espaçamentos entre as palavras,…) -as ilustrações (formas, cores, materiais, …) e procurar descobrir o seu significado -os sons das letras e das sílabas (consciência fonológica) No primeiro ano aprendemos a ler, -as formas das letras (a grafia, os símbolos da Cada um à sua maneira. escrita).
Literacia
A leitura e a escrita estão associadas à linguagem oral. Quanto melhor as crianças reconhecem as rimas, sons e palavras, tanto melhor aprendem a ler… A educação Pré-escolar proporciona um contexto de socialização e vivências relacionadas com o alargamento do ambiente familiar. A escola estimula a participação e o diálogo, a relação com os outros , a expressão e a Comunicação Oral.
No Pré-escolar as crianças devem:
O difícil é compreender, Para não fazer asneira. É complicado interpretar O que as palavras nos transmitem, Temos de nos concentrar Para descobrir o que nos omitem. Palavras com mais de um sentido Não são fáceis de entender.
Na abordagem da Leitura:
Na abordagem da Escrita:
Ao que nos é pedido
-Contactar com diversos tipos de histórias
-Saber para que serve a escrita
Nem sempre conseguimos responder.
-Realizar abordagens diversificadas à escrita
Gostamos muito de ler,
-Importância de imitar a escrita – valorização das tentativas
Em aventuras embarcar, Para poder surpreender
-Praticar a leitura das “imagens” – descrever e interpretar o que veem
-Praticar o desenho como forma de escrita
A quem nos perguntar.
-Praticar a linguagem oral – compreensão e produção linguística através do diálogo entre o educador e a criança
-Contactar com diversos tipos de texto escrito
Ler diferentes textos
-Contactar com as diferentes funções do código escrito – livros, cartazes, jornais, cartas, …
-Analisar a sua função informativa notícias de casa, dos jornais, da -Praticar o caracter lúdico da lingua- TV… gem – rimas, lenga-legas, travalínguas, adivinhas
Da narrativa à poesia, Compreender o que nos dizem Tudo isto é literacia. Texto Coletivo 3.ºA da EB N.º3
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
LITERACIAS :: A arte é dom de quem cria;
a análise e a compreensão da comunicação feita a partir de imagens.
Portanto não é artista Aquele que só copia As coisas que tem à vista. António Aleixo
Um desenho é uma obra de arte, até um simples risco exprime mil e uma sensações. Ana Beja – 8E
Simplicidade ou perfeição. Uma obra é sempre feita com o coração. Vanessa Paulino – 8E
A arte não vem do pincel nem da mão, provém do coração. Pedro Sá – 8E
Uma obra não é simplesmente uma tela com um monte de tinta chapada nela,. Para quem a pintou pode representar sentimentos, pensamentos, visões da sua alma, por isso, não a podemos julgar pela aparência. Carolina Bilheta – 8E
A arte representa o que o artista sente, alegria, dor ou simplesmente um sorriso. A arte é vida. Rui Pinto – 8E
A arte é uma faísca que pode ser levada tão levemente como um balão. Bruno Gaspar – 8E
Quando faço um esboço começo a sonhar, quando começo o desenho começo a acreditar e quando acabo de pintar o sonho concretiza-se. Henrique Lourenço – 8E
A arte, para mim, é o processo pelo qual nós, humanos, transmitimos ao mundo exterior o que sentimos, pela pintura, pela escrita… pela música, quando desenhamos as letras, as notas musicais. Tudo isso, bem composto, transmite o que sentimos. Isso é arte! Ana Miranda – 8E
A arte, como a música ,transmite o que pensamos. Patrícia – 8E
A arte é uma paixão, que nasce, cresce e desaparece. Ema Gaspar – 8E ALUNOS DE ARTES PLÁSTICAS-Profª Isabel Campos
LITERACIA em
ARteS
O tempo livre dos jovens é, hoje, passado entre largas horas a navegar na internet e o visionamento passivo de programas de televisão, num bombardeamento constante de imagens e de mensagens visuais. Pouco leem, mas são magneticamente atraídos por cores e formas visuais que os rodeiam, pelo movimento, pelos filmes publicitários... Por vezes, procuram uma identidade e uma cultura visual, com a qual se identificam, mas que não conhecem, nem sabem explicar. Os nossos alunos, jovens nativos digitais e contemporâneos da televisão e da internet, vivem inundados de imagens, de reconstruções de imagens, de recriação de novas imagens “inventadas” a partir de outras, anteriores, que não conhecem, não identificam, não conseguindo relacionar ou analisar corretamente todas as mensagens subliminares ou mesmo todos os seus significados explícitos, e todos sabemos que… uma imagem vale mais do que mil palavras! Existem muitas definições de literacia visual, mas todas apontam para o desenvolvimento de competências necessárias à compreensão do mundo. No seu sentido mais genérico, a literacia visual consiste em sermos capazes de entender elementos visuais e sermos capazes de comunicar o seu sentido. Por vezes, confunde-se a literacia visual com a educação artística, mas a literacia visual não é educação para saber ler ou apreciar obras de arte, mas, sim, um aspeto da disciplina de Educação Visual, que reflete
18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
A interpretação de imagens promove o pensamento, a reflexão, a expressão (escrita, visual,…), a comunicação. Não existe tempo suficiente, no currículo dos alunos, nem momentos específicos em que estes se debrucem na análise das imagens que lhes passam à frente dos olhos, constantemente, e a uma velocidade estonteante … A disciplina de Educação Visual, sendo de âmbito teóricoprático, está, infelizmente, reduzida a uma carga horária de 90 minutos semanais, e não tem conseguido realizar este exercício da promoção de uma verdadeira literacia visual, de forma constante e consistente. “Literacia em artes pressupõe a capacidade de comunicar e interpretar significados usando as linguagens das disciplinas artísticas. Implica a aquisição de competências e o uso de sinais e símbolos particulares, distintos em cada arte, para percecionar e converter mensagens e significados. Requer ainda o entendimento de uma obra de arte no contexto social e cultural que a envolve e o reconhecimento das suas funções nele. Desenvolver a literacia artística é um processo sempre inacabado de aprendizagem e participação que contribui para o desenvolvimento das nossas comunidades e culturas, num mundo onde o domínio de literacias múltiplas é cada vez mais importante.” (DEB, 2001: 151) Ana Rita Amorim Referências bibliográficas: DEB - Departamento de Educação Básica (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais. Lisboa: Ministério da Educação.
:: LITERACIAS
Literacia ou Iliteracia Digital Comummente, a apropriação do conceito no layout do programa); pesquisar informa-
Literacia Digital é a destreza para usar com eficácia a tecnologia digital. É a capacidade que uma pessoa tem para desempenhar tarefas em ambientes digitais (ler e interpre-
“literacia digital” assenta em bases incorre- ção na WWW obriga a uma combinação de tar media, reproduzir dados e imagens por maniputas ou superficiais. De forma simplista, po- habilidades processuais (usar consciente- lação digital e avaliar e aplicar novos conhecimentos der-se-á associar literacia digital à destreza mente os motores de busca) e de habilida- digitais). com que alguém utiliza o computador, à des cognitivas (avaliar os dados, filtrando Porque vivemos numa sociedade dinâmica e em agilidade com que se move na Internet ou à desse modo os verdadeiros/ relevantes dos rede, é necessário ter literacia digital, que é o mesmo que ter a capacidade de pesquisar, selecio-
forma como usa as ferramentas da era digi- falsos/ irrelevantes); comunicar de forma nar e aplicar a informação mais credível. tal para resolver questões do quotidiano. eficaz, numa conversa online, requer com-
Literacia Digital é uma competência-chave como
Tudo isto é verdade, no entanto, a literacia petências sociais e emocionais, se não ler, escrever e contar. digital é bastante mais, direi mesmo, surpre- superiores pelo menos semelhantes às endentemente mais.
Ana Francisca Esteves 9ºA
exigidas numa conversa presencial.
Estará a literacia digital relacionada com O conceito aqui explorado tem servido, de a literacia da informação?
forma crescente, a inúmeros estudos aca-
A literacia digital terá alguma vertente démicos. Baseado num trabalho apresentasocio-emocional?
do no II Congresso Internacional - TIC e
A literacia digital requererá alguma com- Educação (Paulo Faria, Altina Ramos, Ádila petência do foro visual-interpretativo?
Faia), no qual os autores procedem a uma
Muitas outras questões se poderiam equaci- análise documental do significado de onar, no entanto, as apresentadas permitem “literacia digital”, constatámos a implicação alertar o leitor para o facto de este tema ser de múltiplas dimensões. Uma das dimen- Literacia digital é a capacidade que uma pessoa demasiado complexo para ser desenvolvido sões é a “aprendizagem transformativa”, tem para desempenhar, de forma efetiva, tarefas em
ambientes digitais - incluindo a capacidade para ler e interpretar, para reproduzir dados e imagens Numa abordagem um pouco mais elabora- uma verdadeira transformação das práticas através de manipulação digital, e avaliar e aplicar da, podemos afirmar que a “literacia digital é do sujeito tanto na sua vida profissional novos conhecimentos adquiridos em ambientes digitais. Ana Vanessa 9ºA
num artigo desta dimensão.
isto é, “só existe literacia digital quando há
uma combinação de competências técnico- como pessoal”. processuais,
cognitivas
e
socio - Concluindo, não basta fazer um uso instru- Tradicionalmente, a expressão Literacia designava
a destreza numa determinada língua, sobretudo, no que diz respeito à leitura, escrita e oralidade, que seguintes literacia digital, é necessário que a sua utili- desempenham um papel preponderante na comuni-
emocionais”. Para desmontar a definição mental nas novas tecnologias para haver apresentada
atenda-se
aos
exemplos: para interagir com um programa zação tenha impacto na aprendizagem do cação e na compreensão de ideias. Esta destreza de computador é necessário habilidades utilizador e na resolução de questões do processuais (manipulação de ficheiros, edi- quotidiano. ção de imagens, …), bem como competências cognitivas (capacidade de decifrar intuitivamente mensagens visuais incorporadas
Fernando Pascoal
implica um conhecimento bastante profundo do funcionamento dessa língua. A expressão Literacia Digital pretende designar o uso eficaz da tecnologia digital, tal como os computadores, as redes informáticas, os telemóveis, entre outros. O conhecimento, tanto do funcionamento destes equipamentos, como dos programas informáticos que lhe estão associados, está associado à literacia digital. Conhecer como funciona um determinado equipamento aumenta significativamente a probabilidade de o utilizar mais eficazmente. Ana Bastos 9ºA
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
LITERACIAS ::
€
LITERACIA FINANC
IRA
De 23 a 25 de janeiro decorreu, na Eb2, a exposição itinerante de Educação Financeira, por proposta da câmara municipal de Condeixa-a-Nova, com o objetivo de sensibilizar, estimular e mobilizar os jovens para as questões financeiras. Este projeto é uma iniciativa conjunta do Projeto Matemática Ensino e da Caixa Geral de Depósitos. Representantes desta escola e câmara municipal trabalharam em conjunto na preparação e distribuição das turmas de modo a que todos usufruíssem desta sensibilização. Os alunos do 2º ciclo realizaram atividades conducentes ao desenvolvimento da perceção do valor e das funções do dinheiro. Os discentes do 3º ciclo foram sensibilizados para a importância do consumo responsável, para o valor do trabalho e dos hábitos de poupança, tendo sido levados a pensar no contexto da realização de objetivos e gastos pessoais. Por esta exposição passaram alunos do 2º e 3º ciclo. Aqui fica a opinião de 2 alunas sobre as atividades desenvolvidas. A coordenação da EB2
A propósito de uma sessão de “Educação +” Um dia, a turma do 6º A assis- davam-nos o dinheiro do custo de tiu, na escola, a um projeto cha- cada coisa que tínhamos adquirido mado “Educação +”.
e
íamos
depositá-la
no
banco.
Começaram por nos fazer a sua Aqui, recebíamos um documento apresentação, explicaram o que para preenchermos com o dinheiro era e como antigamente se com- que queríamos depositar. Assim, prava apenas o necessário. aprendemos como se comprava, Ficámos a saber, que se trocava antes de existirem moedas, e tamo que as pessoas tinham, em ex- bém como se deposita o dinheiro cesso, por um produto de que pre- no banco. cisavam. Depois, inventaram-se as
Antes de nos virmos embora,
moedas, que facilitaram as com- deram-nos alguns presentes, tais pras, e, só mais tarde, apareceram como, autocolantes e um caderno os bancos.
de apontamentos.
A seguir, os alunos participaram
Ficámos a saber que o dinheiro
num jogo. Dividiu-se a turma em é importante e devemos ser cuidaquatro grupos e as duas equipas dosos a gastá-lo. jogaram uma com a outra. O jogo consistiu em trocar o que precisávamos (como noutros tempos), de acordo com certas 20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Marçoregras. de 2013
No final,
Pela turma do 6º A, Ana Beatriz Martins, nº 3
:: LITERACIAS Gastos, poupanças e hábitos velhos feitos novos Falar de dinheiro leva-nos a falar também das formas de o gastar, do interesse em o poupar e nas maneiras de fazer qualquer uma das anteriores.
Educação Financeira No passado mês de janeiro decorreu uma formação sobre o tema Educação Financeira feita através de módulos um dos quais foi intitulado de “Dinheiro para quê?” Este módulo foi dirigido essencialmente aos alunos do 1.º e 2.º ciclos da nossa escola. Durante esta formação foi-nos apresentado um PowerPoint que nos esclareceu como nasceu o dinheiro. Este nem sempre existiu, as pessoas faziam trocas diretas de produtos consoante o que produziam e aquilo de que necessitavam. Mais tarde apareceram as moedas, os reais, os escudos e o euro (moeda atual). Depois do aparecimento do dinheiro começaram a surgir problemas, como guardar seguramente esse dinheiro? A falta de segurança levou ao aparecimento dos bancos que serviriam para guardar em segurança o dinheiro das pessoas. Estas poderiam levantar esse seu dinheiro sempre que dele necessitassem. Todos entendemos e para melhor testar a nossa compreensão fizemos um jogo. Os empreendedores, no final deram aos alunos um lápis, um livro de charadas, um catálogo com o Programa da exposição e autocolantes. Todos adorámos o tema que nos fez pensar em começar a juntar as nossas economias, quem sabe num banco? Rita Antunes Simões, n.º 18, 5.º C
Não é preciso estar especialmente atento para dar conta que nos últimos tempos – talvez nos últimos dois anos ou três – o tema especial dos políticos, dos economistas, dos comentadores, dos jornalistas e de todos os senhores que parecem ter um opinião muito importante a transmitir a todos os portugueses é a crise económicofinanceira. Criam-se teorias, fazem-se conferências, organizam-se debates, fala-se, fala-se, fala-se… E, no final, quase ninguém percebe o que é que pretendem dizer; até porque as coisas, incluindo a tal crise económico-financeira, podem ser explicadas de um modo muito mais simples. E quem diz explicar, diz mudar. Até porque esta crise económica não passa do culminar de antigos hábitos de gastar aquilo que não se tem e, por vezes, o dinheiro dos outros, chegando a um ponto em que não se consegue pagar a quem se pediu emprestado. Mais do que uma crise financeira, hoje em dia, predomina uma crise de valores. Ainda a respeito da crise, e porque tinha algumas dúvidas sobre o assunto, procurei ajuda em casa. Tentei perceber como tínhamos, então, chegado, a uma crise tão grave e percebi que governar um país é como gerir uma casa. Percebi que a primeira coisa a fazer é ter a consciência de que, gastar-se mais do que se ganha nunca dá bom resultado. Viver à custa de dinheiro que não sabemos se alguma vez poderemos restituir a quem o emprestou, ainda pior. A mim parece-me que as coisas são fáceis de fazer: em primeiro lugar, é preciso saber quanto se ganha num mês; depois, anotar as despesas que se têm, procurando organizá-las segundo a importância real que tenham na nossa vida e, por último, verificar se o primeiro valor chega para suportar os gastos e, se não chegar, começar a eliminar o que se mostrar menos importante. Claro que há uma outra atitude que não pode ficar esquecida e que é a de procurar criar uma poupança para as situações inesperadas. A mim, ofereceram-me um mealheiro semelhante aqueles porquinhos que não se podem abrir e de onde só se pode tirar o dinheiro, partindo-os. Pode ser uma maneira, mas há outras, claro. E no final, a descoberta do valor que conseguimos poupar é o melhor de tudo! Quer-me parecer que se ideias tão simples tivessem sido usadas no nosso país, talvez não estivéssemos a viver a tal crise de que todos falam; mas isto é, naturalmente, apenas o que eu penso. João Francisco Letras Ferreira 8º D Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
Na Biblioteca acontece… :: “A biblioteca escolar é essencial a qualquer tipo de estratégia de longo prazo no que respeita a competências, à leitura e escrita, à educação e informação e ao desenvolvimento económico, social e cultural. […]A BE deve ser gratuita.” Manifesto da Biblioteca Escolar da IFLA/UNESCO (1999) Nesta edição do jornal “JÁ”, dedicado à temática da literacia, a equipa da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Condeixa não podia deixar de dizer algumas palavras acerca da importância do tema em questão. Luís de Camões, no século XVI, parecia estar consciente da necessidade de mudança e da importância de se aliar o saber teórico ao saber empírico, quando se afirmou perante El`Rei D. Sebastião como o resultado do “honesto estudo, / com longa experiência misturado”. (1) Esta é uma realidade a que Portugal não pode estar alheio, pois inserido num mundo caracterizado pelo livre acesso à imensa informação existente, o nosso país deve esforçar-se por acompanhar os tempos para sair da sua “austera, apagada e vil tristeza”. (2) É essencial a continuação do desenvolvimento de estratégias de ensinar explici-
tamente os nossos alunos a pesquisar, selecionar, tratar e utilizar a informação, de forma autónoma. Perante a massificação de informação a que se assiste cada vez mais, há que alertar para o perigo de, caso esta não seja filtrada de forma inteligente e consciente pelo sujeito, se poder criar o favorecimento de uma falsa cultura, apelidada de “cultura enlatada”. A educação básica de qualquer indivíduo tem de ser abrangente, pois a sociedade da informação exige a todos os cidadãos um vasto leque de conhecimentos e competências literácitas, assim como autonomia, espírito crítico, criatividade, capacidade de resolução de problemas e de aprendizagem ao longo da vida. Neste contexto, a biblioteca escolar é um recurso educativo que disponibiliza ao indivíduo a possibilidade de aceder ao saber, através de linguagens e formatos díspares, oferecendo-lhe uma panóplia de ofertas ao nível de estraté-
gias, técnicas, recursos e situações de aprendizagem. Embora ainda falte percorrer um longo caminho em diversas situações, as bibliotecas não são, atualmente, os “enfeites”, os “lugares de grande solenidade”, nem “os templos da cultura silenciosa” (Calixto, 1996, p. 26) de outrora. Passaram a ser janelas abertas para o universo do conhecimento, recursos ao serviço da escola para “Saber para dar a conhecer; conhecer para fazer; saber fazer para ser”.
Anabela Costa (Coordenadora da Biblioteca Escolar Agrupamento de Escolas de Condeixa)) (1)Versos constantes da estância 154, canto X, da epopeia Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (Séc. XVI) (2)Versos constantes da estância 145, canto X, da epopeia Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (Séc. XVI) Referências bibliográficas Calixto, J. A. (1996). A biblioteca escolar e a sociedade da informação. Lisboa: Editorial Caminho.
Algumas das nossas muitas novidades… Porque a interrupção letiva da Páscoa está a chegar, aqui vos deixo algumas doces amêndoas, que apenas engordam o espírito. Estas são algumas das novidades que te sugerimos. Com estes e muitos outros livros que te esperam nas BE, poderás partir à aventura e conhecer novos mundos, fantásticos, mágicos e divertidos. Parte à descoberta.
A Grande Fábrica de Palavras, de Agnes de Lestrade e Valeria Docampo Conta a história de um país onde as pessoas quase não falam. Um país onde é preciso comprar e engolir as palavras para pronunciá-las. Palavras que são muito caras e por isso nos obrigam a escolhas! Que palavras comprar?! A professora Rita Amorim levou os alunos do 5º E até este magnífico país.
O Diário de um banana 6 “Tirem-me daqui!”, de Jeff Kinney O Greg está metido num grande sarilho. A escola foi vandalizada e ele é o principal suspeito. Mas o que é incrível é que ele está inocente. Ou pelo menos em parte. Entretanto, uma tempestade de neve chega de surpresa e a família fica impossibilitada de sair de casa. O Greg sabe que, quando a neve derreter, terá de sofrer as consequências, mas haverá algum castigo pior do que ficar fechado em casa com a família durante as férias?
A vida de Pi, de Yann Martel Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na Índia, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família emigra para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se e Pi vê-se na imensidão do Pacífico, a bordo de um salva-vidas, acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala.
A nascente de tinta, de Pedro Seromenho Gonçalo, ao receber um búzio com poderes, entra num universo fantástico! É através desta porta encantada que o menino mergulha até ao fundo do mar, onde precisam da sua ajuda. Este é o início de uma mirabolante viagem por sítios tão fantásticos quanto o Reino das Letras, o Reino das Mãos Falantes, a Colina dos Desejos ou o Deserto das Ideias. 22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: Na Biblioteca acontece... “Este lugar é um mistério, Daniel, um santuário. Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte.”
Este excerto transmite, magnificamente, a magia encantatória do universo da leitura e a liberdade interior que se pode encontrar na biblioteca, apontando muitos caminhos, muitas leituras, consoante o leitor e o contexto em que se dá este encontro. Aí, o indivíduo desenvolve também a sua vertente cívica e emocional, pois as bibliotecas ensinam-nos a propriedade coletiva dos livros, ensinam-nos que o que vem nos livros já uniu outros sonhos, outras interrogações e ensinam-nos outras formas de nos vermos a nós e ao mundo. O leitor tem vários direitos, tal como aponta Daniel Pennac, mas tem também o inquestionável dever de amar e respeitar o livro e a arte de o escrever.
Frases famosas sobre… “Se temos uma biblioteca e um jardim, temos tudo.” Marcus Cícero "Sempre imaginei que o paraíso será uma espécie de biblioteca." Jorge Borges “O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê.” Mário Quintana. “A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Malba Tahan RECOMENDAÇÃO:
Leia a resenha de Como um Romance, de Daniel Pennac.
“Ler é Aprender!” São diversas as opiniões acerca da leitura, mas, falsas modéstias aparte, garanto-vos que a minha é das melhores. Ler é, para mim, aprender a lidar com a vida e com os factos reais que se apoderam das nossas vidas todos os dias, a todos os minutos. Basicamente, a minha opinião apenas se fundamenta na famosa frase “Ler é aprender!”. A leitura é muito importante, pois, nos dias de hoje, com o avanço tecnológico e a multiplicidade de informação disponível, se não dominarmos as competências que nos permitem pesquisar e `saber ler` e utilizar aquilo que lemos, não conseguiremos ser livres. Lembro-me de poucas coisas de quando era pequeno, mas nunca me esquecerei de quando aprendi a ler. Guardo, na minha memória, o dia em que decifrei o que diziam os esquisitos desenhos a que as pessoas chamavam letras. Poderia ficar aqui muito mais tempo a descrever a leitura, no entanto, apenas acrescento que a leitura é a base de tudo o que existe e acreditem: eu falo por experiência própria! Philippe Simões, 8º D
Na Semana da Leitura, coincidente com a celebração do Dia do Patrono, Fernando Namora, que decorrerá de 15 a 19 de abril, celebrar-se-á, no Agrupamento, o prazer de ler. Convidamos, desde já, alunos, pais, funcionários, professores e outros elementos da comunidade, a participar e/ou assistir nas diversas atividades que estamos a preparar para vós. Até lá...
Boas Leituras!!
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23
Na Biblioteca acontece… :: Vinda do escritor Pedro Seromenho às Escolas Fernando Namora e Escola Básica nº3 No dia 6 de fevereiro, veio à ESFN e bito dos temas dos seus livros, e que se
Vejamos o testemunho do Francisco
à EB nº3 o escritor/ilustrador Pedro Se- encontram expostas nas Bibliotecas Esco- Leandro; Luís Pereira; Marco Marques; romenho Marques apresentar os seus lares destas duas escolas. Os alunos inte- Miguel Marques e Rita Alexandra do 4º B: livros, falar das suas vocações de escritor ragiram de uma forma ordenada e as pa-
“Enquanto o Pedro nos contava as infanto-juvenil e ilustrador. Foi um mo- lestras foram animadas, agradando imen- suas histórias nós delirámos. Nunca mento especial que os alunos do 9º ano, so ao público. tínhamos ouvido histórias tão bem contadas, encantámo-nos com a fordo 4º e uma turma do 3º tiveram oportuma como ele fazia chegar até nós as nidade de vivenciar. O autor/ilustrador suas personagens das histórias que apresentou obras adequadas a cada faixa publicou e que nos fizeram rir muito e etária, e, enquanto ia desenvolvendo a aprender coisas novas. Adorámos!” apresentação, ilustrou duas telas, no âm-
ENCONTRO COM PEDRO SEROMENHO No dia 6 de fevereiro veio à nossa escola o escritor e ilustrador Pedro Seromenho. O escritor contou-nos as suas histórias, rimando e brincando com as personagens e com as palavras, dramatizando algumas cenas, tendo todos nós viajado no Mundo da Imaginação. Para nos transportar a esse Mundo Mágico, desenhou, numa tela em branco, uma nave espacial e convi-
24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
dou-nos a viajar nela. Aceitámos o convite, e de história em história, vivemos cada uma das aventuras com entusiasmo, alegria e diversão. O encontro com este escritor e ilustrador terminou com uma sessão de autógrafos personalizados e muito criativos, com ilustrações muito giras e palavras de incentivo à leitura. Gostámos muito de conhecer este artista e os seus livros.
Texto Coletivo do 4ºB
da EB1 de Condeixa nº3
::Na Biblioteca acontece...
Semana dos Afetos
As bibliotecas Escolares do Agrupamento de Condeixa celebraram a “Semana dos Afetos”. As professoras bibliotecárias, Anabela Costa e Adelaide Monteiro, não quiseram deixar passar esta data especial para todos nós, que precisamos de nos sentir especiais. Promoveram o amor, a amizade, o carinho, a solidariedade… através de várias situações. Assim, a equipa das bibliotecas realizou marcadores de livros, corações com frases alusivas ao tema, troca de correspondência e cartazes no âmbito do amor
e da amizade (os monitores foram os pombos-correio). Fez-se exposição de trabalhos realizados pelos alunos e
„Me
de documentos sobre esta temática. As sessões de cinema tiveram bastante público e foram vendidas, a um preço simbólico, rosas vermelhas para que a comunidade educativa presenteasse os seus amores e amigos.
“T u
me
Foi um dia especial e que muito agradou à nossa comunidade escolar. A declaração de afeto
“Gosto de ti!” fica linda em
qualquer língua, se não vejamos:
liano) piaci”(em ita
“Ich
Gust as
mag dic h
!
“ ( em
!” (em
o) ам!” (em búlgar “Аз те харесв
”Îmi place de tine!”
espan
hol)
alemã o
(em romeno)
Outros Momentos Especiais que se salientaram em: dezembro
Atribuição de prémios e diplomas nos concursos: Top Leitor; “A melhor frase sobre o livro”; “Quem é Quem…”
janeiro Holocausto Aristides de Sousa Mendes Concurso “Quem é Quem” Concurso “Ouvir Ler? Que Prazer!” Miguel Torga e Eugénio de Andrade Projeto “30 dias, 30 livros” (…)
fevereiro Pedro e Inês, Almeida Garrett, José Craveirinha, José Gomes, David Mourão Ferreira e Vitorino Nemésio Concurso “Faça lá um poema” (PNL)
Lançamento da IIIª Edição do Concurso de Poesia (BE e BM) Projeto “30 dias, 30 livros” (…)
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
)
Textos :: “As palavras são mais do que letras arrumadas umas atrás
Os Livros
das outras. São códigos, são chaves que servem para abrir
É então isto um livro, este, como dizer?, murmúrio, este rosto virado para dentro de alguma coisa escura que ainda não existe que, se uma mão subitamente inocente a toca, se abre desamparadamente como uma boca falando com a nossa voz? É isto um livro, esta espécie de coração (o nosso coração) dizendo ‘eu’ entre nós e nós?
no nosso cérebro as portas de tantas e tantas imagens.” Edson Athayde, A Publicidade Segundo o Meu Tio Olavo
«As palavras têm moda. Quando acaba a moda para umas começa a moda para outras. As que se vão embora voltam depois. Voltam sempre, e mudadas de cada vez. De cada vez mais viajadas». Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro
(Manuel António Pina, in Como Se Desenha Uma Casa)
“A palavra (…) não é só palavra escrita, nem tão-pouco palavra à distância: já é – e de maneira absolutamente indesmentível – palavra virtual. A informática e sobretudo a informatização em rede veio trazer a possibilidade de a palavra não ser escrita, nem falada, estar visível num ecrã (…), o que permite a possibilidade de a palavra estar e não estar e, todavia, se se quiser, estando ou não estando, trazê-la ao mundo normal da palavra escrita em suporte de papel. Notícias do Milénio, 1999
As palavras são «pedras», mas o que importa, «o que nelas vive», «é o espírito que por elas passa». Vergílio Ferreira
Palavras tantas vezes perseguidas palavras tantas vezes violadas que não sabem cantar ajoelhadas que não se rendem mesmo se feridas. Palavras tantas vezes proibidas e no entanto as únicas espadas que ferem sempre mesmo se quebradas vencedoras ainda que vencidas. Palavras por quem eu já fui cativo na língua de Camões vos querem escravas palavras com que canto e onde estou vivo. Mas se tudo nos levam isto nos resta: estamos de pé dentro de vós palavras Nem outra glória há maior que esta. Manuel Alegre, O Canto e as Armas
26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: Produção de textos Um poeta é---
Ser amigo é ser companheiro Ser verdadeiro É apoiar o outro Com o coração Com muita satisfação Ter um amigo é saber com Quem contar É ajudar Se com um amigo queres contar Podes contar comigo, eu vou ajudar.
Um poeta é pombo-correio; Diferente, é certo, Mas, ainda assim, pombo-correio Que leva as suas mensagens Decoradas com amor e harmonia. Um poeta é inventor; Diferente, é certo, Mas, ainda assim, inventor De vidas, histórias e pessoas, Em que realidade e sonho se confundem Graças a uma imaginação que só ele possui. Um poeta é um conquistador, Diferente, é certo, Mas, ainda assim, conquistador De corações, almas e paixões Daqueles que, sofregamente, leem as palavras que espalha
Sobre uma qualquer folha de papel. Um poeta é uma estrela, Diferente, é certo, Mas, ainda assim, estrela Que brilha num firmamento de palavras E as ilumina qual estrela cadente a atravessar os céus. Um poeta é especial, Igual a tudo o que é especial, Diferente de todos, Porque ninguém é como ele, Que escolhe as palavras certas Para explicar o que sente, De um modo que, por ser seu, Tem sempre de ser diferente.
Bárbara Rato – 6C
Ser amigo é ajudar, Mas não podemos falhar Se tens um amigo É sinal que não estás sozinho Com um amigo por perto Não te vais sentir sozinho Nem no deserto. Bernardo Simões – 6ºc
Ser amigo é Ter alguém para falar Alguém com quem nos divertir Alguém para amar. Ser amigo é Uma grande alegria Ter uma noite de pensamento E um dia de magia.
Gonçalo Lopes – 6C
Ser amigo é ter alguém Que nos faça bem Ser amigo é dar amor Sem esperar nenhum favor Ser amigo é dar carinho A alguém que se sente sozinho A amizade é um sentimento Que surge a qualquer momento João Simões – 6C
Ser amigo é ser feliz Como uma criança É acordar de manhã E ver o sol a nascer Ter amigos é bestial E poder brincar com eles Somos todos amigos Somos todos iguais Raquel Henriques – 6C
O poeta
João Francisco Letras Ferreira - 8D Um poeta é um sentimentalista, Um amante de palavras, Um transgressor, um artista. Escreve sobre o que imagina, Cria uma frase que fica no ouvido E sem se aperceber, rima. Um mágico que transforma palavras Em sentimentos ou piadas.
Um poeta conta um conto; Verídico, inventado. Sentido e apaixonado. Ou o oposto. Pode ser a tristeza de um feio e triste desgosto. Pode ser tudo o que ele quiser Desde que tenha a coragem de o dizer, Como mais ninguém consegue fazer. Matilde Paula Bernardo
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DIVERSÕES :: HUMOR Humour humor
28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
:: DIVERSÕES Um tigre e um ouriço têm ambos três anos. Qual deles é o mais velho? O ouriço, porque tem três anos e picos. Porque é que as galinhas chocam? Porque não têm travões. O que acontece quando um elefante se apoia numa pata? O pato fica viúvo. Qual foi a primeira coisa que a rainha fez quando chegou ao trono? Sentou-se. Sabes porque é que a água foi presa? Porque matou a sede. Porque é que o elefante não joga boxe? Porque tem medo de levar na tromba. Porque é que a manteiga não entrou na discoteca? Porque foi barrada! Porque é que o canguru entrou para a universidade? Porque tinha bolsa. Qual é o animal mais antigo do mundo? É a zebra, que ainda é a preto e branco.
Anedotas livrescas: - Qual é o cúmulo do livro? - Caírem-lhe as folhas no Outono. A mulher diz ao marido: - Que descaramento... Tu acreditas que há um tal de Fernando Pessoa que publicou um livro com os poemas que tu me escreveste quando namorávamos?
Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
Crónica:: A força das palavras
Que cena, meu! por Ana Paula Amaro «Devido ao facto de vivermos numa sociedade da informação, que se começou a falar de um novo tipo de analfabetismo afetando a população que, apesar do aumento das taxas e dos anos de escolarização, evidencia incapacidades de domínio da leitura, da escrita e do cálculo, vendo por isso, diminuída a sua capacidade de participação na vida social. Este novo “analfabetismo”, dito funcional, teria a ver com aprendizagens insuficientes, mal sedimentadas e pouco utilizadas na vida. Entende-se por literacia como a capacidade de cada indivíduo compreender e usar a informação escrita contida em vários materiais impressos, de modo a atingir os seus objetivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e potencialidades e a participar ativamente na sociedade. A definição de literacia vai para além da mera compreensão e descodificação de textos, para incluir um conjunto de capacidades de processamento de informação que os adultos usam na resolução de tarefas associadas com o trabalho, a vida pessoal e os contextos sociais.» (in http://literaciadainformacao.web.simplesnet.pt/ Literacia_da_informacao.htm)
Dado que está o recado de forma politicamente correta, vamos agora ao exemplo da vida prática e à sua análise de forma politicamente incorreta. Para quem não sabe ainda, adoro esplanadas. Há alguma coisa na cultura do exterior, em roda de uma mesa e de um café, que ilumina radicalmente o meu dia. Inventei mesmo um verbo maravilhoso para a ação de adorar o sol desta forma tão mediterrânica: lagartar. Ora, estava eu lagartando um dia destes num dos meus locais de eleição, senão quando fui ouvinte acidental de um texto deveras admirável. Um empregado de mesa dissertava com um seu colega de trabalho sobre a experiência de ter assistido a Django Libertado, filme de Quentin Tarentino, protagonizado por Jamie Foxx. Desiluda-se quem pense que dissertava sobre a polémica da escravatura que tanto tem incomodado os EUA, país que lida muito mal com o seu passado histórico e com o presente dos outros países. Ou quem pense que o tema era a questão da violência nos filmes de Tarantino, que a mim (se calhar, só a mim) parece inofensiva face à escalada de maníacos adolescentes armados que têm dizimado escolas e universidades
nos últimos anos pelo país fora. Mas isso são contas de outro rosário, ou se calhar de outra crónica futura. Não, não era nada tão elevado. Da boca deste estudante universitário (vim a saber mais tarde) saiu um discurso que vou tentar reproduzir o mais fielmente que sou capaz. Era algo assim: «Ontem fui ver aquele filme daquele gajo negro que gramo bué. Daquele preto de filmes de ação e o caraças. Brutal, meu! Brutal! Tem umas cenas memo memo fixes. O gajo dá-lhe bué e malta curtiu …estás a ver? A garina ao meu lado ainda se meteu a mete nojo e começou a falar umas cenas maradas mas eu cá amandei-a fechar a matraca. Quem não gosta, não come, olha então! Armada em finória c’umas palavras de sete e meio. É mesmo brutal, meu! Tens que ir ver. Cenas memo do caraças!» Nem sei memo por onde hei de começar! Se pela análise lexical, morfológica ou ideológica… Analisemos, em primeiro lugar, as ideias (ou a falta delas!). Perceberam alguma coisa? Eu cá, que nem me considero burra de todo, percebi que o rapaz foi ver o filme Django Libertado e que teve um desaguisado com outra espetadora. O que ele achou do filme, não sei… Brutal é um adjetivo que qualifica uma pessoa bruta, desumana, violenta ou selvagem. Não me parece que era o
que o rapazola tinha em mente. Pareceme mais que ele estava a classificar o filme como maravilhoso, fantástico, bem elaborado, magnificamente filmado. Quanto à questão da classificação dos outros seres humanos, enfim, o vocabulário não melhora substancialmente. O gajo (Jamie Foxx entenda-se) não haveria de achar graça nenhuma aos epíte-
30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013
tos negro e preto num país que cunhou a expressão “afro-americano” como a única socialmente aceitável. Quanto à garina, se era açoriana ou não, não sei, mas fechar a matraca não me parece que deva alguma coisa à elegância. Deste modo, hás de ter muitas namoradas…Hás de. Hás de… Palavras de sete e meio, também desconheço o significado, mas, pela quantidade de dissílabos usados, devem ser todas aquelas que tenham três ou mais sílabas. Aquelas memo difíceis, estão a ver? No que se refere ao léxico, verifica-se uma repetição dos termos brutal, gajo, cenas, memo e esse termo tão incontornável – caraças! Ora, espremidito o discurso, o domínio vocabular deste estudante universitário (convém não esquecer) pode ser comparável ao de um dealer da margem sul lisboeta que desistiu da escola após a quarta classe tirada aos tropeções. Ai, Nuno Crato, se tu soubesses como anda a deseducação neste país… A análise morfológica é a minha favorita, admito! Adoro o uso de “amandei-a”. Das duas, uma: ou o rapaz é possuidor de uma força hercúlea e agarrou na rapariga e arremessou-a pela sala fora ou então mandou-a calar. A conjugação verbal deve ser eu amando-a, tu amanda-la, etc. Já quanto à palavra memo deve ser o contrapeso de amandar: uma palavra ganha letras, outra perde. Isto tudo numa sequência de frases com conjunções coordenativas básicas (e, mas, que), mas com muita emoção. Veja-se a quantidade de pontos de exclamação e de interrogação?! Para terminar tenho um recado para este estudante universitário: «Caro rapaz, deves continuar a ir ver cinema pois só te faz bem à cultura. Aconselho também ir às aulas, de vez em quando, pois pode ser que aprendas novas palavras muito úteis na tua vida futura. Um dicionário monolingue de português também dava jeito.» No entanto, como temo não ser entendida, vou traduzir: «Garino, meu: bué de filmes! Essas cenas são brutais! Aulas – estás a ver? – só um coche, ficam bem no emprego da malta, ok? Um calhamaço de palavras de sete e meio é que era do caraças!» Casais do Campo 19 de Fevereiro de 2013
:: Ainda não sabiam?
A Associação de Pais da Escola Básica Nº1 de Condeixa candidatou-se ao concurso “Pais com a Ciência”, promovido pela Ciência Viva, através da sua Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. A candidatura apresentada com o tema “O mar longe da costa” foi aprovada pelo Painel de Avaliação, com referências muito positivas ao projeto, salientando a boa qualidade científica e pedagógica, a boa organização de trabalho, face aos resultados esperados e, acima de tudo, uma mais-valia na promoção da educação e cultura científica, junto dos nossos alunos. Este projeto vai ter a duração de dois anos (2013/2014) e é desenvolvido com todos os alunos da EBNº1 – jardim-de-infância e 1º ciclo, através da realização de visitas de estudo a ecossistemas marinhos (ilha da Berlenga e estuário do Mondego), de dinamização de atividades laboratoriais, em contexto de projetos de investigação e palestras, asseguradas por investigadores e docentes do ensino superior. O projeto tem também apoio em instituições do ensino superior, através de parcerias com a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, o Instituto Politécnico de Leiria e o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. No passado dia 21 de fevereiro, deu-se início ao projeto com as atividades laboratoriais. Os alunos do pré-escolar foram os primeiros a dar o arranque e, ainda no decorrer deste período, todos os alunos serão contemplados com uma primeira sessão. As palestras vão ter o seu início em abril, com o tema “Berlenga – um laboratório natural”, seguida de uma outra, em maio, subordinada ao tema “O que comem os peixes?”. Está também agendada uma visita de estudo a Peniche, para os meses de maio e junho, sendo os alunos distribuídos por três grupos, de acordo com a sua faixa etária. Este projeto traduz-se numa mais-valia para todos os alunos e professores pois potencia atividades inovadoras de aprendizagem. A promoção de uma educação para a ciência e tecnologia no ensino, partilhada por instituições especializadas, dá mérito e orgulho à nossa escola que, no próximo dia 7 de março, comemora 10 anos da sua existência. Em nome de todos os professores e alunos, um agradecimento à Associação de Pais pela viagem a remar ao mundo da ciência, através de “O mar longe da costa”. Vamos continuar a promover a nossa escola, onde juntos, construímos o sucesso dos nossos alunos. A coordenadora da EB1, Alcina Dias
“Do sudoeste alentejano ao sotavento algarvio” Uma viagem do Curso de Turismo
Nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro, os alunos do Curso Profissional Técnico de Turismo de nível IV realizaram uma visita de estudo “ Do Sudoeste Alentejano ao Sotavento Algarvio”, no âmbito das disciplinas de Inglês, Área de Integração, TurismoInformação e Animação Turística, Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico, Operações Técnicas em Empresas Turísticas e Educação Física. Os alunos foram acompanhados pelo diretor do curso, Rui Damasceno Rato, pelas formadoras Justina Almeida e Susana Guerra e pela Diretora do Agrupamento, Anabela Lemos.
Michel Ferreira: “ A visita de estudo foi muito produtiva pois visitámos regiões que não passavam de imagens e, desta forma, pudemos vê-las na realidade local. Foi uma experiência inesquecível que nos permitiu consolidar conhecimentos e adquirir outros”. João Filipe: ”Penso que a visita de estudo foi bastante importante para a nossa formação profissional porque aumentou os nossos conhecimentos culturais, uma vez que estivemos em locais de extrema importância turística, a nível nacional e internacional.”
Inês Ferreira: “ No meu ponto de vista, foi uma viagem que permitiu o contacto direto com profissionais de Turismo e ainda tivemos a oportunidade de concretizar percursos, elaborados pelos vários elementos do curso, durante os quais apreciámos o património das várias regiões visitadas. Por outro lado, pudemos mostrar as capacidades e conhecimentos adquiridos durante estes três anos de curso.” Março de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
Percurso sensorial/radical Vai decorrer entre 11 e 15 de março, na Praça da República, uma ação promovida pela Câmara Municipal, através do Plano Local de promoção de acessibilidades de Condeixa. Esta tem como finalidade sensibilizar os discentes para as questões da acessibilidade, através da simulação de incapacidades num percurso previamente definido e delimitado. Pretende-se que os jovens, alunos do 2º e 3º ciclo e secundário do Agrupamento tomem contacto direto com a temática e, através de uma experienciação, terão oportunidade de compreender as dificuldades das pessoas de mobilidade condicionada. Depois de uma abordagem inicial acerca dos objetivos do projeto RAMPA, explicam-se as noções de acessibilidade: conceito de mobilidade condicionada, obstáculos e inclusão social. Num segundo momento, convida-se as crianças e jovens a vestir a “pele” de uma pessoa com mobilidade física, visual e auditiva condicionada. Serão facultadas vendas e bastões, cadeiras de rodas, bengalas e canadianas, tampões auriculares e fatos de envelhecimento. Os participantes são acompanhados por pessoas com mobilidade condicionada que explicam como se superam os obstáculos, promovendo o diálogo e transmissão de conhecimentos e experiências de vida. Concluído o percurso, os jovens são convidados a inscreveremse como polícias dos passeios, ou seja, a comprometerem-se, na sua vida futura, a zelar para que não existam obstáculos nos passeios. Será ainda pedido aos jovens que redijam um breve texto, falando desta experiência, do que aprenderam e/ou sobre a acessibilidade, participando num concurso literário.
Clube de Rádio Parabéns à Inês Ribeiro do 9º C Foi apurada para a Final Nacional das XXXI Olimpíadas
Na escola eb2 do nosso agrupamento há Portuguesas de Matemática, que decorrerá um novo projeto… de 14 a 17 de março em Albufeira, A rádio escolaEB2. Este projeto será dinamizado pelos alunos que para o efeito apresentaram uma proposta. Pela escola já se ouve música e o entusiasmo começa a notar-se. Como estamos numa fase experimental, voltaremos mais tarde com notícias mais esclarecedoras sobre este projeto. Teresa Amaral
no meio de algum trabalho e muita diversão. Regista-se, com orgulho, que é a única representante na categoria A (do 8º e 9º ano) do distrito de Coimbra.
Ficamos a torcer por ti!
A Direção do Agrupamento de Escolas de Condeixa deseja a toda a comunidade educativa uma Boa Páscoa.
32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Março de 2013